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Academic year: 2021

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

“Desatenção ao idoso desamparado na cidade de Guarulhos”

Orientador:

Prof. Dr. Greiner Teixeira Marino Costa

Autores:

Francisco Vincente da Silva - CF 12.112 Gilberto Sousa de Medeiros – CF 12.480 Ricardo Antunes de Abreu – CF 23.120

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AGRADECIMENTOS ________________________________________

Em reconhecimento aos apreços e considerações e principalmente ao profissionalismo impar disponibilizados pelos diversos seguimentos ligados ao universo da nossa pesquisa, sem os quais o nosso trabalho se tornaria deficiente, fizemos questão de representá-los nas pessoas abaixo relacionadas como forma de demonstração dos nossos expressivos agradecimentos, as quais:

- Sra. Cecília Maria de Almeida Gonçalves Mouro – Especialista em Saúde (Assistente Social) – Centro de Referência de Saúde do Idoso - CERESI – SS.

- Sra. Valneide Ferreira – Divisão Técnica de Monitoramento e Avaliação – SAS. - Sra. Maria Luiza Oliveira – Divisão de Gestão de Planejamento – SAS.

- Sra. Roselene Ladeira Constantino de Oliveira – Assistente Social e Gerontologista – Coordenado do CRAS Pimentas – SAS.

- Sra. Érika Pereira do Nascimento - Assistente Social do Recanto do Idoso e do CRAS Ponte Alta – SAS.

- Sra. Margarete Mota – Psicóloga do Centro de Convivência do Idoso – CCI – SAS. - Dra. Rita de Cássia Natalina Pantalena – Divisão Técnica De Higiene e Sanitária – DPHS – SS.

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SUMÁRIO___________________________________________________________ 1 Introdução, 4 1.1 Dados Primários, 5 1.2 Dados Secundários, 5 1.3 Linha Teórica, 6 2 Capítulo I, 7

2.1 O Processo de Envelhecimento e o Aumento da Expectativa de Vida, 7 2.2 Envelhecimento Mundial, Brasil, Estado de SP, RMSP e na Cidade de

Guarulhos, 7

2.3 O Processo de Envelhecimentos nos Bairros de Guarulhos 1991 – 2000, 11 3 Capítulo II, 12

3.1 Diagnóstico Sobre a Política Pública Para o Idoso Desamparado em Guarulhos, 12

3.2 Discussões da Política para o idoso desamparado na Cidade, 13 Fluxograma, 14

Quadro de Atores, 16

3.3 Análise - Fluxograma e Quadro de Atores, 17 4 Considerações Finais, 18

Bibliografia, 20 Relação Anexos, 23

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1 INTRODUÇÃO_____________________________________________________ O Trabalho ora apresentado visa a fazer um levantamento e uma discussão do processo de envelhecimento na cidade considerando, segundo orientação da Organização Mundial da Saúde e Estatuto do Idoso (Lei 10.741 de 01 de outubro de 2003, Art. 1º), as pessoas que estão na faixa etária acima de 60 anos e aquelas, nesta mesma faixa etária, que se encontram desamparadas e ou vitimizadas. Conseqüentemente, estaremos fazendo, também, uma análise da quantidade de equipamentos públicos e a rede de serviços destinados para o atendimento a população idosa relacionado com as taxas de crescimento da população idosa e a proporção desta em relação à de crianças e adolescente ao longo do tempo.

Neste cenário cabe-nos fazeruma reflexão do processo de envelhecimento e estudo das iniciativas e propostas do poder público para resolução dos problemas que afligem este público.

Desta forma, estaremos discutindo os atores políticos responsáveis pelas políticas destinadas ao segmento do idoso como um todo e ao idoso desamparado em particular. Destacamos que entendemos que o idoso desamparado é aquele ou aquela idosa que não possui família ou possui um frágil vínculo familiar e encontra-se abrigado. Neste encontra-sentido vale elencar os principais atores envolvidos com esta problemática, quais sejam: O Conselho Municipal do Idoso - CMI, a Divisão Técnica de Monitoramento e Avaliação, que é órgão ligado a Secretaria de Assistência Social e Cidadania do município de Guarulhos e que coordena a rede de serviços e ações das Entidades em meio aberto e de alta complexidade; o Centro de Convivência do Idoso – CCI, que é órgão também ligado a Secretaria de Assistência Social e Cidadania do município que faz atendimento em meio aberto, Centro de Referência de Saúde do Idoso – CERESI, que é órgão ligado a Secretaria de Saúde e que faz atendimento com idoso em grupos terapêuticos, ambulatorial e domiciliar.

O Método de Diagnóstico Situacional - MDS é a metodologia que adotamos para execução do nosso trabalho e, no que se referem ao levantamento dos dados, eles serão trabalhados da seguinte forma:

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1.1 Dados Primários__________________________________________________ Foram realizadas ao todo 06 (seis) entrevistas com servidores envolvidos com esta problemática na municipalidade e uma visita a uma entidade, “Recanto Nosso Lar” situado na Vila Carmela - Bonsucesso, que atende até 100 (cem) idosos e realiza atendimento nas modalidades do tipo socioeducativo em meio-aberto e alta-complexidade. Descrevemos abaixo os termos utilizados e de entendimento da Divisão Técnica de Monitoramento e Avaliação (SAS) que dizem respeito a estas terminologias - Socioeducativo em Meio Aberto: consiste no fortalecimento de atividades associativas, produtivas e promocionais, contribuindo para a autonomia, envelhecimento ativo e saudável e prevenção do isolamento social.

Atendimento Integral Institucional (Abrigos): atendimento em Instituições de longa permanência, oferecendo os cuidados com assistência, saúde, alimentação, higiene, repouso e lazer aos usuários para desenvolver outras atividades que garantam qualidade de vida. Este serviço é oferecido, prioritariamente, aos idosos sem famílias em situação de vulnerabilidade.

1.2 Dados Secundários________________________________________________ Os dados secundários, ou seja, aqueles que não foram produzidos diretamente pela municipalidade, foram extraídos dos sites dos órgãos - Federal - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE www.ibge.gov.br, e Estadual - Fundação SEADE - www.seade.gov.br.

A importância deste trabalho, do ponto de vista técnico-político e social, é colaborar com um diagnóstico da situação dos problemas que historicamente interfere na qualidade da população idosa desatendida pelo poder público e a margem da sociedade, em razão da sua complexidade e irrelevância na agenda do dirigente, e elencar ações com o intuito de interferir nesta realidade e sanar os efeitos indesejáveis.

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1.3 Linha Teórica ____________________________________________________ Quanto à linha teórica, no que tange ao problema identificado, adotamos os textos apresentados na “Revista de Serviço Social & Sociedade” nº. 75 – Setembro de 2003 da Editora Cortez. Os textos apresentados nesta revista discorrem basicamente sobre o processo de envelhecimento brasileiro e suas cidades e a atenção à qualidade de vida para o público igual ou acima de 60 anos. Quanto ao desenvolvimento da técnica do método de diagnóstico situacional - MDS, ferramenta que utilizamos para fazer a análise desta problemática, utilizamos os textos do livro “Gestão Estratégica em Políticas Públicas”. – Greiner Costa e Renato Dagnino (orgs) – Campinas: T+8, 2008.

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2 Capítulo 1_________________________________________________________ 2.1 O Processo De Envelhecimento E O Aumento Da Expectativa De Vida_____ Na Pré-história, no Império Romano e na Grécia antiga, a idade média das pessoas era de aproximadamente 25 anos. As condições precárias de vida potencializadas pelas guerras, higiene baseada no mito e mão de obra baseada na escravidão, influenciavam enormemente o número de anos que uma pessoa poderia viver. A longevidade e a expectativa de vida foram crescendo com o decorrer do processo histórico. No século XVII subiu para 30 anos e foi somente na metade do XIX que se aumentou para trinta e cinco anos a expectativa de vida humana. Para se ganhar dez anos na expectativa de vida foram necessários quase dois mil anos. De 1900 a 1915 foram acrescidos mais 10 anos na expectativa de vida da humanidade. Em 1950, a expectativa de vida dos países industrializados já era de 65 anos. Em nossos dias a média na expectativa vida dos países desenvolvidos é de 76 anos. Não obstante, ainda há países em que a expectativa de vida é baixa que consta com uma população jovem que vive em média 15 anos.

2.2 Envelhecimento Mundial, Brasil, Estado de São Paulo, Região Metropolita-na de São Paulo, E Na Cidade De Guarulhos _____________________________

A população mundial esta envelhecendo em um ritmo muito acentuado e sem precedentes na história da humanidade. Estima-se que a população mundial de idosos seja por volta de 629 milhões com a taxa de crescimento anual na ordem de 2%, ritmo este considerável alto em relação às outras idades e três mais do que há 50 anos.

Segundo a previsão da Organização das Nações Unidas – ONU, com este ritmo acelerado, por volta de 2050, pela primeira vez na história da espécie humana, o número de pessoas idosas será maior que o de crianças abaixo de 14 anos. Apresentamos abaixo um quadro comparativo do crescimento da população idosa

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mundial referente aos anos de 2002 e 2025, refletindo o acentuado ritmo de crescimento desta população.

Tabela. 1: Número absoluto de Idosos por Países com população superior a 100 milhões em 2002 e projeção para 2025

Ano 2002 Ano 2025

China 134.2 China 287.5 Índia 81.0 Índia 168.5 Estados Unidos 46.9 Estados Unidos 86.1 Japão 31.0 Japão 43.5 Rússia 26.2 Indonésia 35.0 Indonésia 17.1 Brasil 33.4 Brasil 14.5 Rússia 32.7 Paquistão 8.6 Paquistão 18.3 México 7.3 Bangladesch 17.7 Bangladesch 7.2 México 17.6 Nigéria 5.7 Nigéria 11.4 Tabela extraída da revista “Serviço Social e Sociedade” nº. 75 - ANO XXIV – ESPECIAL 2003.

No que diz respeito ao cenário brasileiro, segundo os dados da Contagem da População realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE em 2007, a população brasileira passou de 169 milhões de habitantes em 2000 para 183,99 milhões de habitantes. Com uma taxa de crescimento de 1,2% ao ano, ficou um pouco abaixo das taxas de crescimento que o próprio Instituto estava prevendo, ou seja, 1,4%. Com efeito, no que diz respeito à população idosa brasileira, 9,7% da mesma está com idade acima de 60 anos, ou seja, 17,6 milhões. A contagem também apontou que existem pelo menos 11 mil pessoas com cem anos ou mais, sendo que destes, 70% são mulheres, ou seja, 7.950. Segundo reportagem da Revista “Sociologia” de número 5 (reportagem elaborada pela jornalista Bianca Encarnação), o Brasil figura entre os dez países do mundo, com população acima de 60 anos. O Instituto de Pesquisa Aplicada – IPEA, órgão de levantamento de dados

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e estatísticos do governo federal, afirma que este número poderá chegar em 2020, a 12% da população brasileira.

Tabela – 2: Apontamos abaixo quadros sobre o processo de envelhecimento no Estado de SP, RMSP e na cidade de Guarulhos.

Índice de Envelhecimento - Proporção de pessoas de 60 anos e mais por 100 indivíduos de 0 a 14 anos.

Categorias População Índice de Envelhecimento*

Estado de SP 41.029.414 41,90

RMSP 19.586.265 35,85

Guarulhos 1.286.523 24,87

Fonte: Fundação Seade – projeção para o ano de 2007.

Tabela – 3: Percentual (%) da população idosa (de 60 anos ou mais)

Categorias População % da pop. de 60 anos ou +

Estado de SP 41.029.414 10,04

RMSP 19.586.265 9,23

Guarulhos 1.286.523 6,70

Fonte: Fundação Seade – projeção para o ano de 2007

Tabela – 4: Guarulhos - População total, População idosa e taxas de crescimento de 1980 a 2020. Ano Pop População Idosa acima de 60 anos % Taxa de.

Crescimento Vol Fonte

1980 532.726 19.918 3,74 - - Ibge 1991 787.866 38.332 4,87 6,77 18.414 Ibge 1996 972.197 49.112 5,05 5,08 10.780 Ibge 2000 1.072.717 61.016 5,69 5,58 11.904 Ibge 2008 1.315.478 91.410 6,95 5,18 30.394 Seade 2020 1.590.259 179.716 11,30 5,55 88.306 Seade

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Acrescentando ao cenário acima descrito, apontamos que a cidade de Guarulhos estava com 1.072.717 em 2000 e passou para 1.236.192 habitantes, segundo a projeção elaborada pelo IBGE para 2007. Com uma taxa de crescimento de 3,03% ao ano (00-07) o município de Guarulhos figura como o segundo maior município do Estado em população e têm a maior taxa de crescimento entre os dez municípios mais populosos do estado. No que diz respeito à população acima de 60 anos, ainda sobre Guarulhos, temos o seguinte cenário: Em 1980 a população total que era de 532.726, a de idosos 19.918 e a de crianças 200.635 numa relação de 10 idosos para cada 100 crianças/adolescentes. Em 2000 essa relação praticamente dobrou. A população total era de 1.072.717, a de idosos 72.991 e a de crianças 375.422 numa relação de 19 idosos para cada 100 crianças/adolescentes. Com a Contagem da população divulgada pelo IBGE no final de 2007, para uma estimativa de população de 1.236.192, a relação idoso/criança permanece a mesma, ou seja, 19 idosos para cada 100 crianças/adolescentes.

No que diz respeito à projeção populacional da população idosa poderemos constatar que em 2000 a proporção da população idosa era de 5,69% e em 2020 este percentual será quase o dobro, ou seja, 11,30%. Em termos de volume, temos para o ano 2000 a quantidade de 60.000 pessoas igual ou acima de 60 anos e para o anos 2020 este número chegará a 179.000, ou seja, praticamente três vezes mais.

A tabela abaixo traduz em tempo escalar os motivos da nossa preocupação. Guarulhos - Taxa de Natalidade, que é a quantidade de filhos por mulher; Taxa Fecundidade, que é a Relação entre o número de nascidos vivos ocorridos numa determinada unidade geográfica, num período de tempo, e a população feminina em idade fértil - de 15 a 49 anos; e Taxa de Mortalidade (de 60 anos ou mais).

Tabela – 5: Taxa de Natalidade, Taxa de Fecundidade e Taxa de Mortalidade. 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Taxa de Mortalidade 4.272 4.010 3.994 4.115 4.134 3.866 4.020 Taxa de Natalidade 22,32 20,02 19,25 18,23 17,88 17,46 16,47 Taxa de Fecundidade 75,24 67,41 64,74 61,25 60,05 58,6 55,52

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Segundo o que consta na tabela nº. 5, constatamos que o indicador de mortalidade permanece constante enquanto que as taxas de Natalidade e de Fecundidade estão em decadência, refletindo o envelhecimento da população da cidade ao longo do tempo.

2.3 O Processo De Envelhecimentos Nos Bairros De Guarulhos 1991-2000 Internamente, conforme poderá ser checado nos anexos 2 e 3 (mapas), segundo os dados dos Censo IBGE de 1991, a relação (idoso x criança) não era tão concentrada, ou seja, ainda não eram todos os bairros da região central da cidade em que havia uma proporção maior de idosos em relação às crianças e adolescentes. Não obstante, no Censo IBGE de 2000, poderemos constatar que em 95% (noventa e cinco) por cento dos bairros da área central da cidade há uma maior concentração de idosos em relação às crianças e adolescentes.

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3 Capítulo II _________________________________________________________ 3.1 Distribuição dos equipamentos para o atendimento ao idoso em Guarulhos

Conveniados com a administração municipal, por intermédio da Secretaria de Assistência Social e Cidadania, temos 08 (oito) equipamentos que fazem atendimento ao idoso desabrigado e 06 (seis) equipamentos que fazem atendimento socioeducativo em meio aberto. Dos 6 (seis) equipamentos que fazem atendimento ao idoso em meio aberto em Guarulhos, somente 1 (um), o “Centro de Convivência do Idoso – CCI”, esta vinculado diretamente a Prefeitura. Não existe equipamento que faz atendimento na categoria de “alta complexidade”, ou seja, para o atendimento ao idoso desabrigado, dentro do organograma da Prefeitura.

Na Secretaria de Saúde temos somente 1 (um) equipamento, o “Centro de Referência de Saúde do Idoso – CERESI”, que faz atendimento ambulatorial ao idoso.

Conforme o anexo 4 (mapa) estes equipamentos são poucos para atender a demanda dos idosos em geral e para a demanda dos idosos desamparados em particular, tendo em vista que esses equipamentos atendem em média 60 idosos e possuem uma lista de espera de quase o dobro desta quantidade. Constatamos que a maior parte da população idosa esta concentrada na região central da cidade. Vale salientar que, conforme o anexo 5 (tabela), internamente o município de Guarulhos têm um o potencial de crescimento populacional na faixa etária acima de 60 (sessenta) anos que aponta também para um crescimento nas áreas periféricas do município.

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3.2 Discussões da Política para o idoso desamparado na Cidade.____________ As políticas públicas para o público idoso em geral e ao idoso desamparado em particular, na cidade de Guarulhos, envolvem os atores sociais que protagonizam as ações e demandas para este segmento. Com efeito, utilizamos a Metodologia de Diagnóstico Situacional (MDS) no intuito de elaborar um diagnóstico mais preciso desta problemática. Desta forma, apontamos as principais dificuldades e ou obstáculos que impedem sobremaneira a implementação e a execução das políticas públicas eficientes e eficazes voltadas para esta faixa etária. Conforme apresentado no fluxograma abaixo:

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Após a análise do fluxograma elencamos dois nós críticos:

NC1: As ações de atenção ao idoso são realizadas de forma fragmentada. NC2: Baixo investimento para o atendimento do idoso desamparado.

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Que resultam nos seguintes descritores:

D1 – Estimativa de 1% da população de idoso encontra-se em situação de desamparo em Guarulhos.

D2 – Nenhum médico geriatra e nem gerontólogo contratado.

D3 – Nenhuma vaga para atendimento emergencial de idoso desamparado. D4 – Estimativa de 50% dos idosos desamparados são atendidos por casas clandestinas.

Que levam às seguintes operações:

OP1: Conexão das ações de atenção ao idoso.

OP2: Ampliação dos investimentos para o atendimento ao idoso. Com os seguintes resultados:

R1: Redução, em dois anos, para 0,5%, da população de idosos que se encontra desamparado.

R2: Contração de 3 (três) médicos geriatras para os próximos 6 meses e 6 médicos para os próximos 18 meses.

R3: Contratação de 20 (vinte) vagas para atendimento emergencial do idoso para os próximos 6 meses.

R4.1: Ampliação do número de vagas para atendimento ao idoso desamparado para 100 vagas para os próximos 18 meses .

R4.2: Diminuição, até 5%, para os próximos 18 meses, do atendimento em casas clandestinas.

Para a aplicação das ações determinadas foi elaborado o seguinte quadro de atores:

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relevantes crítico controla? limitações? prejudicar? Secretaria

de Governo FinanceiroPolítico e Visão limitada em relação à problemática

Articulando a preparação da agenda do dirigente para esta

problemática

Não se envolvendo na discussão do tema

Construir consenso a respeito da necessidade de uma política pública para o idoso

desamparado Secretaria de Assistência Social Político Financeiro, RH e Cognitivo Pouco recurso financeiro - Autuando técnica e

politicamente para elaborar as ações públicas para o idoso. - Acatando as diretrizes das conferências municipais que dizem respeito ao idoso desamparado

Tendo uma visão parcial e particular

a respeito das ações em benefício do idoso

desamparado

Articular os membros afeitos ao tema para impulsionar as

ações

Secretaria

da Saúde Financeiro, RH Político e Cognitivo

Política

convergente politicamente para elaborar as Autuando técnica e ações de proteção da saúde e a

cura

Tendo uma visão parcial e particular

a respeito das ações em benefício do idoso

desamparado

Articular os membros afeitos ao tema para impulsionar as

ações

Conselho Municipal do Idoso

Político Baixa expressão

política Elaboração de resolução e fiscalização envolvendo na Não se discussão do tema

Sensibilizar os seus membros quanto a esta problemática Câmara

Municipal Político cognitiva em Defasagem relação à realidade

da população envolvida no

problema.

Elaboração de leis de proteção

ao idoso envolvendo na Não se discussão do tema

Sensibilizar os seus membros quanto a esta problemática

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3.3 Análise - Fluxograma e Quadro de Atores________________________________ Os nós críticos elencados, ou seja, “as ações de atenção ao idoso são realizadas de forma fragmentadas” e o “baixo investimento para o atendimento do idoso desamparado” apresentados no fluxograma refletem sobremaneira o cerne do nosso problema. A omissão dos órgãos do estado em relação a esta problemática desencadeia enormes problemas que são evidenciados no aumento das privatizações dos serviços que dizem respeito ao atendimento ao idoso desamparado. Em razão disto teremos também um aumento das casas clandestinas e, por conseguinte, uma precarização do atendimento e da qualidade de vida para este público, por isso são necessárias as ações para aumentar o investimento para o atendimento do idoso.

No que diz respeito ao quadro de atores, nomeamos um quadro de atores pela importância de cada um no processo de acumulação de valores necessários para o jogo do poder, sobre as demandas apresentadas e pela potencialidade coletiva que julgamos capaz de resolver o problema em foco.

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4 Considerações finais _______________________________________________ Diante do que foi apresentado no se refere à desatenção ao idoso, e no caso de Guarulhos, ao idoso desamparado, apontamos abaixo algumas reflexões que acreditamos deverão fazer parte da agenda política dos nossos governantes, quais sejam:

- A taxa de crescimento da população idosa é de duas a três vezes maiores do que a de crianças e adolescentes, pressionando para a elaboração de políticas públicas para este segmento;

- As casas clandestinas de atendimento ao idoso multiplicam-se dia-a-dia em razão do baixo investimento governamental;

- Não existe um equipamento público para abrigar o idoso desamparado quando as casas clandestinas são interditadas, uma vez que os equipamentos para o atendimento ao idoso são insuficientes;

- Há uma ausência de diálogo/articulação entre as Secretarias envolvidas para resolução das questões que afetam esta problemática.

De uma forma geral, as questões que envolvem o processo de envelhecimento da população mundial, do Brasil e de Guarulhos em particular são resultados, segundo o IBGE, da transformação da estrutura etária do país, de uma composição jovem para o envelhecimento que reflete os efeitos da redução de filhos e do aumento da expectativa de vida da população. Com efeito, o envelhecimento tem aumentado, nos últimos anos, sobretudo nos grandes centro urbanos, devido: 1º - A diminuição do número de filhos por questão econômica em decorrência do aumento de custo de vida; 2º - Pela inserção da mulher no mercado de trabalho que passa a ocupar e a competir no mercado de trabalho, deixando suas funções domésticas para fora do horário de trabalho.

O dirigente deve prestar atenção em relação a questão do aumento da expectativa de vida do idoso e suas conseqüências nos limites de sua governabilidade para não deixar conflito latente se transformar em conflito aberto.

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Neste caso estudado vale lembrar o que diz a jornalista Bianca Encarnação em sua reportagem publicada na revista “SOCIOLOGIA Nº. 5 - Ano I de abril de 2007” - “viver mais requer planejamento não só de quem vai envelhecer, mas de toda a sociedade que constata este processo”.

Com efeito, a busca pela qualidade de vida, passa necessariamente pelo planejamento e execução de políticas públicas que visem a criar condições adequadas para se viver bem e melhor.

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BIBLIOGRAFIA_____________________________________________

1. Revista de Sociologia - Número 5, reportagem elaborada pela jornalista Bianca Encarnação pág. Editora Escala – ANO I - abril de 2007;

2. Serviço Social & Sociedade nº. 75 – Setembro de 2003 - Cortez Editora;

3. Gestão Estratégica em Políticas Públicas – Greiner Costa e Renato Dagnino (orgs) – Campinas: T+8, 2008.

4. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia - O envelhecimento da população - http://www.unati.uerj.br/tse/scielo

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10. Camargos MCS. Estimativas de vida livre de e com incapacidade funcional: uma aplicação do método de Sulivan para idosos paulistanos, 2000. [Dissertação ]. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais, 2004. 110p.

11. Campino ACC, Cyrillo DC. Situação de ocupação e renda in O projeto SABE no município de São Paulo: uma abordagem inicial. Brasília: OPAS, 2003. 255p.

12. Campos NOB. O ritmo de declínio da mortalidade dos idosos nos estados do sudeste 1980-2000. [Dissertação ]. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais, 2004. 85p.

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13. Carvalho JAM, Garcia RA. O envelhecimento da população brasileira: um enfoque demográfico. Cadernos Saúde Pública 2003, maio-jun.19(3): 725-733. 14. Carvalho JAM. O novo padrão demográfico brasileiro e as mudanças no perfil das demandas sociais por parte da população jovem e idosa 1990/2000. CEDEPLAR, 1993.

15. Carvalho JAM. Tendências Regionais de Fecundidade e Mortalidade no Brasil. Belo Horizonte: CEDEPLAR, 1974. Monografia nº 8

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23. Nascimento MR. Expectativas e realidades de mulheres idosas quanto ao suporte familiar: uma reflexão sócio-demográfica. (dissertação). Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais, 2000. 87p

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24. Saad PM. Arranjos domiciliares e transferências de apoio informal. In: O projeto SABE no município de São Paulo: uma abordagem inicial. Brasília: OPAS, 2003. 255p.

25. Simões CCS. Perfis de saúde e mortalidade no Brasil: uma análise de seus condicionantes em grupos populacionais específicos. Brasília: OPAS, 2002.141p. 26. Tendências demográficas: uma análise dos resultados do universo do censo demográfico 2000. Rio de Janeiro: IBGE, 2002. 63 p. (Estudos e pesquisas informação demográfica).

27. “Tendências recentes de expansão Metropolitana e Intra-Municipal: o papel da migração no caso do Município de Guarulhos – SP” - Ricardo Antunes de Abreu,

Andréa Croso Weick,Kátia Cristina da Silva Izaias e Roberto Luiz do Carmo -

Trabalho apresentado no XIII Encontro Nacional da ABEP de 04 a 08/11/02 em Ouro Preto - MG.

Consultas na Web

- Censos 1980, 1991, 2000 contagem 1996 e Projeção populacional para 2007 – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE - www.ibge.gov.br.

- Fundação Estadual de Análise de Dados – SEADE - www.seade.gov.br. - ABEP-Associação Brasileira de Estudos Populacionais - http://www.abep.org.br

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Relação dos ANEXOS_________________________________________________ 1 – Mapa de Guarulhos – Identificação dos bairros do município de Guarulhos; 2 – Mapa de Guarulhos – Relação de Idosos para cada 100 crianças por bairro – Ano 1991;

3 – Mapa de Guarulhos – Relação de Idosos para cada 100 crianças por bairro – Ano 2000;

4 – Mapa de Guarulhos - Porcentagem de Idosos em relação a população total do bairro ano de 2000 e Equipamentos de atendimento ao idoso por bairro;

5 – Tabela Bairro – Taxa de Crescimento crianças e adolescente e Taxa de crescimento idosos 1991-2000;

6 – Gráfico - Guarulhos – Taxa de crescimento Idoso x Crianças adolescentes. - 1980-2020.

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Guarulhos

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Guarulhos - Taxa de Crescimento (acima de 60) Anual por Bairros – 1991-2000 1991 2000 Bairros H M T H M T 1Aeroporto 10 8 18 7 15 22 1,84 2Agua Azul 20 17 37 57 48 105 9,95 3Agua Chata 33 34 67 87 108 195 10,20 4 90 34 124 104 72 176 3,23 5Bananal 94 127 221 298 364 662 10,49 6Bela Vista 33 34 67 567 710 1277 30,73 7Bom Clima 240 332 572 383 534 917 4,38 8Bonsucesso 550 612 1162 1071 1391 2462 7,06 9Cabuçu 441 542 983 1127 1336 2462 8,70 10Cabuçu de Cima 0 0 0 6 3 9 100,00 11Capelinha 14 8 22 8 3 11 -6,11 12 339 531 870 492 787 1279 3,57 13Centro 805 531 1336 893 1348 2241 4,81 14 394 467 861 601 758 1359 4,24 15Cumbica 1014 1146 2160 1579 1919 3498 4,48 16 459 530 989 559 775 1334 2,76 17Fortaleza 12 20 32 142 160 302 22,64 18 780 993 1773 1024 1441 2465 3,04 19Invernada 34 37 71 103 130 233 11,41 20 168 190 358 297 377 674 5,92 21 616 795 1411 749 964 1713 1,78 22 503 603 1106 636 884 1520 2,93 23Lavras 39 51 90 132 165 297 11,46 24Macedo 517 616 1133 654 891 1545 2,86 25Maia 152 201 353 269 327 596 4,88

26Mato das Cobras 17 34 51 79 84 163 11,14

27Monte Carmelo 170 181 351 217 281 498 3,23 28Morro Grande 19 10 29 18 7 25 -1,34 29Morros 273 317 590 554 727 1281 7,30 30 454 587 1041 609 825 1434 2,95 31Picanço 955 1149 2104 1502 1916 3418 4,51 32Pimentas 1052 1304 2356 1986 2523 4509 6,08 33Ponte Grande 847 467 1314 1030 1441 2471 5,91 34Porto da Igreja 2 1 3 3 2 5 4,75 35 496 579 1075 910 1094 2004 5,83 36 37 47 84 69 98 167 6,45 37São João 646 749 1395 1227 1478 2705 6,20 38São Roque 26 29 55 26 21 47 -1,42 39Taboão 787 891 1678 1226 1613 2839 4,90 40Tanque Grande 5 4 9 9 4 13 3,40 41 553 718 1271 869 1139 2008 4,25 42 275 402 677 323 458 781 1,31 43Várzea do Palácio 10 2 12 13 4 17 3,22 44Vila Augusta 888 1162 2050 1057 1445 2502 1,83 45Vila Barros 511 596 1107 735 902 1637 3,62 46Vila Galvão 1076 1372 2448 1449 1906 3355 2,91 47Vila Rio 403 467 870 784 943 1727 6,43

Fonte: IBGE, censos 1991 e 2000.

Ord. Taxa Cresc.

Aracília Cecap Cocaia Fátima Gopoúva Itaim Itapegica Jd. V. Galvão Paraventi Presidente Dutra Sadokim Torres Tibagy Tranquilidade

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Guarulhos – Taxa de crescimentos idoso X criança 1980 - 2020

Referências

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