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Jardim América: de projeto urbano a monumento patrimonial (1915-1986)

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Academic year: 2021

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(1).

(2)   .                         ! "#$#%#$&'(                 .  )*++%.

(3)                . .

(4)   .       ! "#$#%#$&'(    Tese de doutorado apresentada ao Programa de P-Gradua 

(5) 

(6) Hist

(7) 

(8) Universidade Estadual Paulista  Julio Mesquita Filho, para obten 

(9) 

(10) 

(11) 

(12) . Orientadora: Dr

(13) 

(14)  

(15) 

(16) .          .  )*++%.

(17)  

(18)    Escrever uma tese    

(19)      

(20)

(21)  

(22)     solid          

(23)   

(24)          

(25)   profissional, familiar e temporal, que s  

(26)  

(27) ! #

(28)  ! %   queridos e institui!'  (    

(29)  # )        

(30)   pesquisa; ao governo do Estado do Paran 

(31)  

(32) 

(33)        sem os quais eu n 

(34)   

(35) 

(36)       

(37) az  * 

(38)   

(39) +!'   Faculdade Estadual de Ci   ,

(40)    )  

(41) -        Departamento, que assumiram responsabilidades minhas para que eu pudesse obter afastamento. Tamb  

(42)         

(43)        stitui!' . (

(44)   Estado de S/0+  

(45) (

(46) Funda!/

(47)  12 3

(48)  da Energia de S /, Arquivo do Poder Judici

(49)   4 / 56 

(50) 7 CONDEPHAAT - Conselho de Defesa do Patrim1 2 3

(51)  (

(52) % o, Arqueol3  Tur%   8   4 / e Arquivo do   

(53)    de Letchworth, na Inglaterra. 9 )  ) :  ;    

(54) !    #  

(55) !'   seus arquivos, por meio da senhora Nancy Assad e senhor Francisco. 9 +  !  

(56)   # 

(57)  

(58)   ( , 

(59)    < Lopes da Silva, cujas observa!'  

(60)     

(61)    9

(62)  

(63)  = >  Luca, por sua orienta!

(64) 

(65)  

(66)  

(67)   .

(68) Aos professores do Programa de Hist3

(69)   (    

(70)  em todos os sentidos. 9 )

(71)  # >   +

(72)  

(73)   9 4!  /3 gradua!     

(74)  

(75)      ?  9 @      

(76) e sol%  ( @  

(77)   A 

(78)   receberem em suas resid     

(79)  

(80)  

(81)  B 

(82)  @

(83)  >   come!  

(84) 

(85)   !4/ Aos amigos com os quais dividi as in* 

(86)  

(87) '  nais de semana por toda S/ 

(88)   +

(89)    

(90)    *  .2A, C  Amaral Neto, Paulo Fernando de Souza Campos, Welington, Carlos Borsatto, Maristela Coccia de Souza e Jos>+

(91) 

(92)  A  A Nair Gloria Massoquim, por sua amizade, por ter se disposto a ir comigo # Inglaterra e percorrido todos os lugares, como se a pesquisa fosse sua tamb  (>+

(93)  Bueno, por ter me recebido em Londres e me auxiliado nas incurs'    

(94)

(95)      desconhecida. Ao Marcos Roseira, por sua presen!    

(96) % 

(97)     conversas instigantes e prof%      @

(98)      

(99)    uma amizade para toda a vida. Ao Loildo Roseira, por me emprestar seu computador, nesses *      

(100) +

(101) 98 D> 

(102)   

(103)

(104) 

(105)   final de confer 

(106)   Aos amigos de longa data pelo apoio incondicional: Angelita Visalli e Alberto Gawryszewsk, com quem discuti o trabalho in* 

(107)  vezes, dividi minhas ang*     quem recebi alento. 9 ) >  4

(108)      ?  

(109)     

(110)     quem venho dividindo as discuss'     

(111)  

(112) 

(113)     uma amizade s3 

(114)   vida, afora as quest' 

(115) +.

(116) A Renata Tamaso, Celma Borges e Br% )

(117)  4      

(118)    deste trabalho, quando, por conting 

(119)      +  

(120) -me a um longo per%  

(121)        

(122) percutiu na finaliza!  

(123) + Br%   E 

(124)  (4 F 

(125)   

(126)

(127) ! embora feita # 

(128)    

(129)  

(130)  D   A meus familiares: minha irm)

(131)   

(132)  lado, desde os mais dif%   !  

(133)

(134) 

(135) 

(136)  ! 

(137) +->+

(138)  # ,

(139)      

(140)    sem a ajuda t    6  (

(141)    presen! 

(142)       

(143)   ado. Obrigada ainda a meus irm   sobrinhos pela presen!    #       

(144)  

(145)  % 

(146) + 9 Lorena, por sua ajuda, financeira e carinhosa, de sobrinha. 9 

(147)      

(148)  

(149)        #  D   telefonemas e visitas, mas principalmente por terem se deslocado de Maring 

(150)     per%   

(151) -me de carinho e aten!9>1G 

(152)  irm +

(153)   +             

(154)

(155)  9 @3

(156)   # ; Rosa, por terem ficado longe da filha e da m 

(157)    

(158)  9F

(159) ,  Farinha, a Simon 4  @     / A

(160)

(161) 

(162)   amigos dos bons tempos da gradua!, que com seus telefonemas animados e carinhosos fizeram a diferen!   longe. Tamb H(   =     

(163)   

(164)   trabalho finalizado. E para um final feliz: Leo, obrigada por tudo. Obrigada por sua presen!    compreensiva e carinhosa, apoiando-me em todos os momentos e dando-me colo quando eu precisei. Seu amor, companheirismo e presen! 

(165)  % I+

(166)   -me pelo tempo que deixamos o trabalho consumir..

(167) . O objeto principal deste trabalho    

(168)    

(169)  

(170)      inicia com o primeiro projeto proposto pelo escrit 

(171)   

(172) .  Parker na Inglaterra e vai at 

(173)     io paisag  cidade de S!#$% Procuramos partir do contexto de atua&!

(174)   $($) 

(175) *!#$ por meio da organiza&!

(176)      + ,   , -  

(177)     rela&. -       cidade e o lan& 

(178)  

(179)    como bairro-jardim. Descrevemos o bairro em seu processo de transforma&!  $(

(180)  tempo, sua acentuada caracteriza&!  . -jardim e sua posterior descaracteriza&!% Tamb$/ 

(181) 

(182) 0 do Jardim Am 1   /&! de seu tra&

(183)   $ -    !  .  /3 -   $  dele a caracter 

(184)  . -jardim. Esse movimento enfatizava o tombamento da regi! conhecida hoje como 

(185) - a primeira 4    

(186) $  $&      

(187)  patrim ( 

(188) 

(189) 

(190) *!#$- ( &

(191)  %.

(192) 

(193) : bairro; cidade; Cidade-jardim; bairro-jardim; Jardim Am 5 tombamento; patrim5 rojeto urbano; processo de tombamento; urbano; paisagem, monumento patrimonial..

(194)  . The main object of this work is a part of Jardim America's history, which has begun with the first project proposed by the planners Raymond Unwin and Barry Parker, in England, until the process of its official registration as lanscape patrimony in the city of S!#$% We seek to set the analysis from the context of performance of the English capital in the city of S! #$   0   (3  0    ish Companhia City, and to emphasize the economical, social and spacial relationships with the city and the release of Jardim America as garden quarter/district. We describe the city district during its transformation process along the time, its accentuated characterization as garden quarter/district and its subsequent decharacterization. We also analyze the movement in defense of Jardim Am 

(195)     / 0  $

(196) $ -$$ its integration with the neighboring city districts, which have assimilated the garden quarter/district characteristics. That movement emphasized the official registration of the area known today as "Jardins", the first residential urban area to get the statute of landscape patrimony in the city of S!o Paulo, based on the landscape and its urban plan..  : city district; city; Garden city; garden quarter/district; Jardim Am 5 official registration; patrimony; urban project; official registration process; urban; landscape, patrimonial monument..

(197) .

(198) 

(199)

(200) 

(201)  

(202) 

(203)   

(204)   

(205)   ! "  "#      $  % 

(206) '$ ((. 11. 22. 1 - O Viaduto do Ch  

(207)    . 43. 2 - Interven . 54. 3 - Plano de Melhoramentos: O poder dos engenheiros. 60.  ! " "#:  )*+*   $  

(208)   # '. 77. 1 - O Jardim Am

(209)   

(210)   

(211)   !" . 105. 2  As propagandas. 128.  ! "  ,"- .  ,

(212) $ 149 O loteamento dos jardins internos. 182. A City e o respaldo jur# %&'  ! 0  # '  $ , 

(213) #

(214)  206 1  A oposi()*+     , -%. 2. A sagra 

(215) )

(216) 

(217)      /

(218)    -''  1 23453 6 1  266 36371  9 9) :6  272.

(219)  

(220) . [...] As cidades, como os sonhos, s

(221)      

(222)  fio condutor de seu discurso seja secreto, que as suas regras sejam absurdas, as suas perspectivas enganosas, e que todas as coisas escondam uma outra coisa.  Eu n       declarou Khan , meus sonhos s   pela mente ou pelo acaso.  As cidades tamb       

(223)   

(224)  outro bastam para sustentar suas muralhas. De uma cidade, n veitamos as suas sete ou setenta e sete maravilhas, mas as respostas que d    

(225)     Ou as perguntas que nos colocamos para nos obrigar a responder; como Tebas na boca da Esfinge.. "#"$ Cidades invis $ . O estudo das espacialidades urbanas tem sido expressivo nos %"       quando enfoca apenas parte da cidade, como um bairro.1 Neste trabalho, propomos estudar a hist&   '  (  "")    * +

(226) "    

(227) 

(228)     

(229)  

(230) , buscando apontar sua caracter  " 

(231) % -jardim e, mais tarde, de bairro integrado ao espa,   +    -jardim da cidade, seu tra, 

(232)                      residenciais urbanas motivado por aspectos de sua configura,( . preserva,  "  0          1  "     mais recentes. Assim,     

(233)   "     

(234)  sobre as cidades quanto acerca do patrim.

(235) "

(236) "       2. BRESCIANI, M. Hist&      0    

(237)  + 

(238) o. In: FREITAS, Marcos C. de. (Org.).  

(239) 

(240) 

(241) 

(242)  

(243) . 4. ed. S+

(244) "2# 3 4556478-258. 2 As quest9         "  + .#

(245) "

(246) "0 

(247)   "

(248)   KERSTEN, M. S. de A.   

(249)  

(250) 

(251) 

(252)  

(253) : bens tombados no Paran 6:7;1990; FREIRE, C.   

(254) 

(255) : os monumentos no imagin 

(256)    < * +

(257) "2 * 2 Annablume, 1997. CHOAY, F. 

(258) 

(259)   

(260)  . Trad. MACHADO, L. V. S +

(261) "2= , liberdade: editora UNESP, 2001. S>? +(@A? BC *    D

(262) "  #

(263) "

(264)  E    Patrim.F &  "

(265) : patrim. & *+

(266) "26::4GA?+=*H* $% 

(267)    

(268) : trajet&    +  $  * +

(269) "2 =   @I=*+2 J(+=*+ 6:::G GAWRYSZEWSKI. A &

(270)

(271) 

(272)  

(273) ' A preserva,   

(274)   0     

(275) $  

(276)      mem&  "  ""  Trabalho de Conclus  #

(277)        

(278) , m Direito na Universidade Norte do Paran A  455KG D(LM!I* ( A 6:442 +NO!I(* E= #?I*(OL(P>? = DESTRUIP>?=I#?IML?E?#=E(+- FACULDADE DE CIQI#!(*=A=ML(* UNESP, 3, 28 a 30 set. 2004, Assis (SP). Os acervos patrimoniais nas celebra,9 G L?ELIGUES, M. (

(279)    

(280) 

(281) : a 1.

(282) 12. Visamos, pois, a examinar a concep,#' 

(283)  1  "  meio da proposta de urbaniza,     "  "   ) *  +, 

(284)  ( 

(285)  ./ &

(286)  )

(287) * &  (hoje Companhia City de Desenvolvimento) e materializada no projeto de sub%   '  (  =  planejamento proporcionou a uma    "  &  

(288)  , 

(289)  

(290)  topografia, tornou-a habit$"" &   

(291) -a como regi     $ do bem morar, da qualidade de vida e da alta concentra, ?0 

(292) 

(293) "  subs     

(294)   

(295) ",  '  (  $        

(296)     direitos de ver registrados no Livro do Tombo Arqueol& =  0  +     limites territoriais do bairro.3 O Jardim Am   

(297) -se, dessa forma, al 

(298)  "

(299)    $"  

(300)   caracter  

(301)  "" 3  $   3

(302) 

(303) na, motivando estudos nas mais diversas      4 Seu planejamento levou a concep, 

(304)    

(305)   conquistar espa, 

(306)   9 + I   

(307) 0 

(308)   suas caracter   B

(309) % -jardim inicialmente e, depois, de bairro-jardim) n 0 respeitado, pois sofreu descaracteriza,  

(310)  

(311)   &   

(312)   $ 

(313)   nosso ponto de vista, num bairro-jardim     "  ( " 

(314)  3 R v  0      

(315)  lhe atribuiu um significado maior  o de ter sido um bairro a ser tombado por suas peculiaridades urban    entre as quais, o fato de seu projeto institui,   .  * +

(316) "2 6:S:-1987. S +

(317) "2 =   @I=*+2 !   0"  = 2 Condephaat: FAPESP, 2000. RODRIGUES, M. C. N. Territ&  + .2   , "   S+

(318) " S +

(319) " 4556 47: 0 E  ,  B    0C J

(320) "  J" 0 A    #R  humanas  Universidade de S+

(321) " 4 V      " 

(322)   ' (   '    

(323)  o espec 0   " 2ANDRADE, C. R. M. de. 

(324) *

(325) 0. um arquiteto inglR  S+

(326) "'S+

(327) "6::;K4:0M BE

(328)  ( 

(329)  

(330) @  C- Faculdade de Arquitetura e Urbanismo  Universidade de S +

(331) "G WOLFF, S. F. S. 1

(332)  

(333) : o primeiro bairro-jardim de S Paulo e sua arquitetura. S +

(334) "2 =

(335) G J 2 !   ?0"  =  4556G 1(#=AA! L 1

(336)  

(337) . S+

(338) "2O 0D

(339) "TE   . & $  arquivo hist&  1982 (Hist&    *+

(340) "6:CG?MM?I!E(1! 

(341) ,!2F?U(LE=)

(342) 21

(343)   

(344) /,. Trad. Marcos A. Lagonegro. S+

(345) "2F

(346)  6::S 3.

(347) 13. inicial ter sido obra do arquiteto inglR 1 V+ W 

(348)  "

(349) A X    Cidade Jardim da Inglaterra, ber, , A concep,       "3 *

(350)   ,

(351)     " do espa,  ""   

(352)  0   

(353) " 

(354) 

(355)

(356) 0

(357)  e nele se reconhecem. As fronteiras estabelecidas pelo ponto de vista do morador diferem daquelas definidas pelos &   

(358) "      " 

(359)   =   "    discut $ G   ' '                R  0      2 primeiro, como a cidade em seu todo; segundo, como a vizinhan, 

(360) G   2  distritos extensos, do tamanho de uma subcidade, compostos por 100 mil habitantes ou mais, no caso de cidades maiores.5 O bairro tamb  

(361) "-sucedido em termos de gerenciamento espacial, segundo a autora. Os americanos, de acordo com Jacobs, s p    ,     "  ="      3 R  bairro em si; pois argumenta que se assim fosse, a comunidade em que ele consiste se transformaria em uma " 6 Embora sob outra perspectiva, Pierre Mayol tamb $R    

(362)   complexo para a an" G    -o com uma positividade j 3     

(363) "  pode tirar proveito. Para ele: O bairro 

(364)     entrada e de sa     ,  

(365) "0     , quantificado. O bairro surge como o dom  ", ,T   favor$"  

(366) 

(367)

(368)   

(369)     " -se por ele a p  

(370)    Por conseguinte,   ,  e atravessado por um limite distinguindo o espa, $ ,%"2

(371)  

(372) " 

(373) 

(374)   passos numa cal, 

(375)   

(376)  0 " 

(377)  $ 

(378) "  <   residR7. O bairro   

(379)  "e amb 

(380) 2  

(381)    espa, -se singular; entretanto, essa singularidade impregna o todo da urbe,. JACOBS, J.  3

(382) 4

(383) )

(384) 'Trad. Carlos S. Mendes Rosa. S+

(385) "2D  J  4555 p. 128-129. 6 JACOBS, op. cit., p. 123-153 7 CERTEAU, M.; GIARD, L., MAYOL, P.    5,   

(386) : 2. morar , cozinhar. Trad. Ephraim F. Alves e L%="? + " L' 2Y) 6::Sp. 41. 5.

(387) 14. 

(388)   ", "?  -se na cidade, que, contudo, se encontra nele. O que distingue os dois s  "  (     $

(389)    "   &  do Jardim Am  -o, no conjunto da cidade, como um fragmento das camadas da hist&   * +

(390) "       

(391)      

(392) 

(393)     pr&  anto quanto  

(394) , 

(395)   &   ,  

(396)     

(397) , dessas %"   embora, em determinados momentos, ele se emaranhe no palimpsesto que  pr&  Embrenhar-se na hist&          ,  

(398) % bio/bairro segundo a concep,  1 V + W   

(399)    0 $   '  (   transforma em bairro-jardim     "  

(400) 

(401)  3     " para olhar, identificar e mapear lugares  para exercer, enfim, a pr  anal  Empreender esse mapeamento do lugar exigiu conhecR-lo, e mais, conhecer a cidade onde ele est $" -se de anota,9   "   

(402)     '     o Tri<

(403) " # "  +   #"  A   Dm&   #  $"   H  Oeste, Sul, Norte e Leste constituiu um desafio que o esquema explicativo dos mapas veio a amenizar. A cidade revelou-se uma 3  +  " 0   

(404)     

(405)  apresentou: seu car    $ $"

(406)  

(407)  $  pesquisa; as contrariedades interpostas, que se mostraram verdadeiras encruzilhadas a truncar e, in%   $)    "   caminhos; as longas esperas para o atendimento nos arquivos; os eternos retornos, desencontros, arquivos fechados, informa,9s n       

(408) $  

(409) ,9  tr<  &    

(410)   situa,9   $,9  

(411)  "       dos lugares antes desconhecidos e, com o passar do tempo, tornados familiares. A cidade se desvendou por m%" "as facetas: alegre como a Avenida Paulista em manh              *" * +

(412) "       moradores de rua; perigosa como o Centro      "$    ! 

(413)     .

(414) 15. ensolarados; antiga como o Largo S Jrancisco e algumas casas antigas (v   "  abandonadas, carcomidas pelo tempo); majestosa como a Catedral da SM D

(415) " o Viaduto do Ch  D

(416) 

(417)  +

(418) "    

(419) "        

(420)     marquises e nas cal, G

(421) os lugares inundados depois de poucas horas de chuva, mas limpa como as esta,9    .   

(422)       -jardinsG "

(423)     Avenida Carlos Berrine, mas desolada como as favelas espalhadas pelos seus quatro cantos; florida como os '   mas cinzenta como as paredes de concreto dos edif   

(424)  cercam os Jardins Am =

(425)     "

(426)  

(427) $"$ cidade, fazendo a S +

(428) " 

(429)        

(430)   "     mencionada. Enfim, uma cidade que se revela a cada momento, a cada esquina, sob um prisma antes n

(431) 0)        "0"  " total desconhecimento, quando n   Um ano depois de iniciado o  * Paulo e do bairro Jardim Am   

(432)  

(433)  

(434)  de .

(435)  .  )

(436)   $)  

(437) "  ,

(438)  

(439)  

(440)   eu, descobrindo, investigando, pesquisando e/ou explorando , outro desafio se apresentou. Armei-me, ent

(441)    ,"

(442) #  J  ("  Mapas      "

(443)    

(444)        3"    "   minhas possibilidades. A mesma jornada foi empreendida na Inglaterra, ou melhor, em Londres e em suas cercanias e em algumas das cidades-jardins descritas por Mumford e Benevolo. Essas cidades haviam sido planejadas ap&   *

(445)  O

(446)   D

(447) " 

(448)  configura,B  "" remodelamento/revestimentoC

(449) 

(450)  Cidade Jardim elementos para uma forma de constru,T 

(451) , (     0

(452)   Letchworth encontrar a Cidade Jardim tal como a descreve Ebenezer Howard em seu livro )

(453) 21

(454)  

(455) /,. Naturalmente estava diferente da cidade descrita no livro, mas.

(456) 16. ainda muito do idealizado era poss $" "")  " "  3 

(457)   "R   "  jardins e pela natureza. Embrenhei-me no reconhecimento detalhado das ruas e 

(458) 07

(459) * de Letchworth, planejada por Raymond Unwin e seu s& 1 V + W     "  

(460) %  Jardim Am ("  "     + B C

(461)   pelos ingleses entre 1930 e 1945. Tamb   ' ( +

(462) , do Alto da Lapa, do Alto de Pinheiros, do Butant

(463)      ) * Paulo. Pensei no 

(464)   a que se referem Lima de Toledo e Raquel Gleser, e diria que, se S+

(465) "   

(466) 

(467)  3  

(468)  $   a serem recuperados, como afirma Gleser, possui, no entanto, finas camadas de outras cidades na composi,  sua paisagem. Se n    " "   

(469) 

(470)   $ 

(471)      podermos recuper-los, localizamos, por outro lado, os subtextos produzidos pelos imigrantes de v    *+

(472) "

(473)     &   0      

(474)  dizer, neste caso, do quinh   &   &  

(475)      

(476)    "   constru (   A X  segundo a orienta,! "#"$ 

(477)  muitas cidades ocultas sob a primeira aparR 

(478)       

(479)    caso, ela estivessem em lembran, "

(480)      8 Na odiss   " 

(481)    A   ""zei Hampstead, um bairro parecido com o Jardim Am   

(482)     "

(483) 

(484)  LV @X  1 V + W    dois arquitetos que planejaram Letchworth conforme as id   =)  FX   

(485)  pedido, num lugar incrustado numa colina. Algumas casas de Hampstead pareciam c&   brasileiras (mas provavelmente se deu o inverso, visto que o bairro londrino   C2 residR         

(486)   "" G$    levemente coloridas; estilos arquitet. "    $$ ",   G . 8. CALVINO, I. 

(487)  8. S+

(488) "2# A  6::5.

(489) 17. n$  $"<   ' ( 

(490)  <     todos os port9 =F 

(491) 

(492) 

(493)    

(494)    

(495) ,  $"  o que n

(496)  dizer que n3  Retornei ao Brasil e    $   

(497)   $   '  (    encontrar ali os mesmos sinais que Unwin e Parker haviam imprimido aos espa,  

(498)  planejaram juntos, considerando, contudo, que o bairro brasileiro teria sido uma experiR % + W " 

(499)   =) FX =  

(500) 9    me pareceram estranhas: em dias de semana, o local $  

(501)  

(502)  s        0     F d, por exemplo, onde sempre era poss $" 

(503) $            

(504)   '  (  &   $ 0   feriados longos. Assim come,         0 ,  

(505)   0   efetivamente na documenta, *

(506)  

(507)    $ da pesquisa: 0     documentos leitura ap& "

(508) I$ 0 ,9  $"$  " &      arquivos do museu de Letchworth, em men,9   1  " +   

(509)  ,   elucidativa estava nos arquivos da Cia. City. As v  atas em inglR 

(510) 

(511) R 0   acerca das transa,9  ")    A  

(512)  0,1  "?  contratos de venda dos terrenos da empresa, artigos de jornais, bilhetes trocados entre funcion           toda a documenta, 0       plantas das residR      

(513)   .   R    

(514)  clientes, entre a empresa, prefeitura, advogado e engenheiros, tudo isso permitiu estabelecer um campo investigativo a respeito das rela,9 1 V+ W ' ( =   registros viabilizaram tamb   $,  0 ,9         

(515)   pesquisadores, como a n-localiza,   0    "

(516)   "  ( (, +

(517) "    Processo de Tombamento foram igualmente documentos que revelaram dados valiosos sobre o bairro e a forma encontrada pela comunidade para se organizar e reivindicar a preserva,.

(518) 18. de sua   =$     

(519)        

(520)    (  informa,9       

(521)   

(522)      "  "  visitados na Inglaterra e em S+

(523) "  $   $"   

(524)   O percurso tra, 

(525) 

(526) -se no prop&    3    ",9    

(527)  0  poss $"   $ " 

(528)  -jardim foi aplicada. Elaboramos, ent  

(529) 

(530)    no qual procuramos tra, 

(531)    geral sobre a cidade na   

(532)    ",9          &  a City of S Paulo improvements and Freehold Land Company Limited - atual Companhia City, foram estabelecidas. Buscamos tamb $                  com as v    <        * +

(533) "  "    "adas ao gerenciamento do espa,

(534) =  < 

(535) "

(536)   

(537)     do Jardim Am      

(538) " 0  $"  "     # V  transformar um lugar in&   

(539)  $ ) 

(540)  "

(541)    $" " exclusivamente para abrigar residR    "       

(542)   $   embora consideravelmente menores. N      0 

(543)   3    a tecnologia empregada no planejamento e a racionaliza,  ,   rienta, urban     

(544)    "

(545)   "  $

(546) " "     apraz $" "%  0 $"  

(547)  $       )      Naquele momento, chamava a aten,       (embora n possamos afirmar que fossem ricos), em busca de um lugar agrad$" $$ ("  no que diz respeito $" ),"   $"  

(548) ,  "  em raz 

(549) "  No entanto, era pouco para que se pudesse dimensionar a concep,

(550)  

(551)  chegava a S +

(552) "     "   '  (  ?   

(553)  foi constru     $ 3"  " , # ' 

(554) .

(555) 19. origem e aplica,!"  a, os caminhos pelos quais aportou no Pa  "  na constitui,

(556) 

(557) 

(558) % 

(559) $")

(560) L"        venda e divulga,## V

(561)    " N  

(562)   ia caminhar para seu R3   

(563) ,  $  pelos pr&          

(564)    " 0

(565) ""  com espa,  "" $  

(566)    

(567) "     . Surgiu, ent       ,

(568) ## V lhe conferiu, diferentes das propiciadas pelo primeiro planejamento realizado por Barry Parker e, em pouco tempo, a paisagem do local mudou. Assim, ao longo do tempo, a arboriza,   

(569)  

(570) -se  

(571)   

(572)    cercas vivas foram substitu     "   

(573)   

(574)         " ( cidade cresceu e novos imperativos foram postos         , urbano. Os Jardins Am e Europa  bairro vizinho  s, ")  da cidade. Inicia-se, assim, a luta pela preserva,         ?      argumentos basearam-se no car   3"

(575) $   "            n  

(576) 0    integrar essas regi9    . 

(577) "

(578) "    reivindicavam seus moradores. A popula, ""  $-se firme e foi buscar na originalidade, no tra, ,' ( 

(579)  ,   

(580)    reivindicat&  J)-se necess   . Nele debatemos os procedimentos que conduziram ao tombamento do Jardim Am  $ $ 

(581)       transcorrer de quase duas d B 6:876:;SC Ao longo desses quatro cap

(582) "  

(583)  apontar a maneira como a Companhia City deu in 

(584)  & "  $' (  

(585) ",   meio de suas estrat   $ * 

(586)  

(587)            

(588)  0 absorvida por seus moradores e por aqueles que residem em        "  .

(589) 20. de tal modo que o conjunto de sua   $  

(590)    "$     ,  pulm$ *+

(591) " 0   

(592) -la de outras igualmente arborizadas. Tudo isso suscitou o tombamento patrimonial do Jardim Am    

(593)    de ter sido lan,

(594) %  0  No in                0

(595)     

(596)   0 tornando-se insofism$"G0 , to veio com a leitura de   5, 

(597)  

(598) 5:%; obra que debate essas %"      0    $   

(599)   celebra,9 (

(600)  ,

(601)   0  0 $"

(602) , tradi, 

(603)   "   '  ( a. Essa tradi, 0       -jardins ingleses no decurso da estada do arquiteto Barry Parker no Brasil. O Jardim Am    efetivamente o %        " =   

(604) "  0 

(605)   ""

(606)  fei,   

(607) 

(608)  ua tradi,(

(609)   2

(610) " &      pretendiam que fossem preservados a respeito do Jardim Am Z M"   , 

(611)  perpassa todo o trabalho, n  0         

(612)    "   $   transforma,

(613) aracterizou a hist&  0" "   

(614)  aparR &  ,

(615) "

(616)   Por fim,     0 )  

(617)     $)   "   

(618)  0    texto panor<  

(619)   s do Jardim Am    

(620)     "   

(621)  tombamento, por outro lado permite considerar a quest 

(622)    ) ,   qual n    $ 

(623)  . HOBSBAWN, E., RANGER, T.(Org.)   5, 

(624)  

(625) 5:' Tradu, #" ##$"  7[  Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997.. 9.

(626)  

(627)         A cidade n    

(628)       

(629)    

(630)   pessoas de classes sociais e caracter

(631) 

(632)     

(633) 

(634) ! 

(635)    produto de muitos construtores que, por raz

(636)  " 

(637) !     modificar sua estrutura. Se, em linhas gerais, ela pode ser est#! $  ! por outro est#

(638)  

(639)   

(640) 

(641) %&"    

(642)  exercido sobre seu crescimento e sua forma. N#

(643)  !

(644)   

(645)   cont 

(646) 

(647)

(648)   

(649) 

(650) % ' !  ! (      

(651)  )

(652)  cidades para o prazer dos sentidos seja bastante diversa da arquitetura, da m+

(653)   da literatura. Ela tem muito a aprender com essas outras artes, mas n #las Kevin Lynch, A Imagem da Cidade. A imagem que uma cidade constr" 

(654) 

(655) # $) foi concebida por seus habitantes e )

(656)    ,

(657)  (     #-la. S .   uma cidade   

(658)  $    

(659)   

(660)    

(661)    

(662) !  receber outra nova, de qualidade inferior, no geral.1 Essa afirma, 

(663)  

(664) ( !

(665)  

(666)

(667)    ,  longo do tempo, durante o qual outras cidades foram sendo constru

(668) 

(669)   !  foi somente por uma imposi,

(670) 

(671) 

(672) 

(673) 

(674) #

(675)  

(676)  $  !

(677)  (  seus pr" 

(678)  

(679) 

(680)

(681) 

(682) ! 

(683)

(684) 

(685) !( 

(686) ,   variar de acordo com cada olhar. A paisagem urbana que, para uns, foi violada, destru! modificada, )

(687) 

(688)  

(689)  !  

(690)    

(691)  condi,

(692)   ,

(693)   ,! 

(694)     -se a  ,  !  dist/ 

(695)   

(696) ! )

(697)  

(698)  

(699)    +

(700) 

(701)  ,

(702)    ,

(703)   

(704) ,  ! 1. TOLEDO, B. L. de. S. 12

(705) 

(706)  

(707)  %3%4%5 % S. 16

(708) 7'!8 

(709)  cidades, 2004. p. 77.

(710) 23. etc. Nessa constru,!( 

(711)   $ ! outra S .  -se fazendo, e n

(712) "    

(713)  (    

(714)      poder sobre ela, mas tamb  

(715)   ,9 !    # que toda a popula,  6    

(716)  

(717) 

(718)

(719)   

(720)  

(721)  

(722) ,

(723)   ou de modo limitado apenas resistisse ao di#$, assim como tamb  

(724) ora a hip"

(725)       

(726) ,    

(727)  $ 

(728)    

(729)    incorporada pela maioria%2 Mesmo considerando que a popula,  $    

(730)  ,  & Paulo em final do s  :;:     

(731)   ::!  s, de modo generalizado, apontar algumas altera,

(732) 

(733)  

(734) ,  !

(735)     que emergia um complexo conjunto de transforma,

(736)    

(737)  :;:! transforma,

(738) 

(739)

(740) 

(741) (  $  !as do ponto de vista das interven,

(742)  de porte. Uma dessas interfer2 

(743)  

(744)      

(745)   4   6#   v#

(746)  

(747) %. -nos a estudar, assim, uma dessas interven,

(748)  

(749)    da  ! 

(750) ! irro passou a existir, a partir de 1915, destinado a um segmento social diferente  a que n   

(751)  

(752) ! $  ou o brasileiro totalmente sem posses  e que era constitu 

(753)  

(754) 

(755)  estrangeiras ou de companhias nacionais em expans! 

(756) 

(757)   para pagar uma presta, 

(758)  (   

(759) 

(760)

(761)   ,   !  ! 

(762) 

(763)   servi,

(764) !  $

(765) ! 

Referências

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