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INTERVENÇÃO PARA A CAPACITAÇÃO PERMANENTE DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE FOZ DO IGUAÇU NA ABORDAGEM À PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA NO AMBIENTE DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE.

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Academic year: 2021

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INTERVENÇÃO PARA A CAPACITAÇÃO PERMANENTE DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE FOZ DO IGUAÇU NA ABORDAGEM À PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA NO AMBIENTE DA

ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE.

Saúde Coordenador da atividade: Luís Fernando Boff ZARPELON1

Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA) Autores: Luana de Castilho Kropf PENANTE2; Tiago da Silva ARAUJO3.

Resumo

INTRODUÇÃO: As doenças isquêmicas cardiovasculares são as maiores causas de morte em todo o mundo. Dentro desse quadro, o infarto agudo do miocárdio é a primeira causa de mortes no país. Desse modo, em 2013, as doenças do aparelho circulatório foram as mais frequentes, 30%, seguidas de neoplasias e causas externas. OBJETIVO: Avaliar o impacto transformador de um programa de treinamento de educação continuada em suporte básico de vida (SBV) na atuação dos profissionais de saúde da atenção primária, com foco na diminuição de mortes por infarto agudo do miocárdio (IAM) em ambiente pré-hospitalar. METODOLOGIA: As experiências e os conhecimentos individuais são a essência para o processo de transformação. Diante das dificuldades encontradas no cotidiano de trabalho, ela permite reflexão e, consequentemente, transformação das práticas em saúde. O aprender e o ensinar se incorporam à rotina dos profissionais e UBS, possibilitando problematização de situações com o objetivo de aperfeiçoar o trabalho. PROCESSOS AVALIATIVOS: Será realizado um estudo de corte transversal. Serão avaliados os profissionais de saúde da APS que estiverem dispostos a participar do programa (médicos, enfermeiros e técnicos) e, posteriormente, esse será expandido para ACS e usuários da UBS. Para a coleta de dados, será utilizado um questionário que contém, além de informações sociodemográficas, 12 perguntas objetivas de múltipla escolha, contendo quatro alternativas, com apenas uma resposta correta (pré-teste). Depois, os profissionais serão submetidos a um treinamento teórico-prático de 4 horas, sendo 2 horas reservadas para treinamento teórico e 2 horas para atividades práticas seguido de pós-teste. Os escores no pré e pós-testes serão calculados. Após 3 meses, será realizado um novo treinamento com a mesma equipe. CONCLUSÕES: O conhecimento permitirá a formação de equipes aptas a atuarem em ações de emergência de forma precoce e eficaz, aumentando a taxa de sobrevida das vítimas.

Palavra-chave: Educação em saúde; Suporta Básico de Vida; Reanimação cardiopulmonar.

1 Luís Fernando Boff Zarpelon, servidor docente, curso de Medicina.

2 Luana de Castilho Kropf Penante, aluna de graduação, curso de Medicina.

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2 Introdução

A universidade sempre foi uma instituição chave para o desenvolvimento da sociedade, a partir da construção de conhecimento pelas pesquisas desenvolvidas em seu interior. Entretanto, se tal conhecimento não ultrapassa os muros da instituição, chegando à comunidade, o âmago da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão é rompido. Nesse sentido, sabe-se que, atualmente, as doenças isquêmicas cardiovasculares são as maiores causas de morte em todo o mundo.

Dentro desse quadro, o infarto agudo do miocárdio é a primeira causa de mortes no país, de acordo com a base de dados do DATASUS, Departamento de Informática do SUS, que registra cerca de 100 mil óbitos anuais devidos a essa doença. Desse modo, segundo dados de mortalidade de 2013 (Ministério da Saúde, 2014), as doenças do aparelho circulatório foram as mais frequentes, 30%, seguidas de neoplasias e causas externas.

Nesse aspecto, as doenças isquêmicas, tanto cardíacas, quanto cerebrovasculares estão entre as duas primeiras causas de morte para homens e mulheres na faixa etária de 40 a 59 anos. Tal panorama evidencia a urgência no ensino do Suporte Básico de Vida (SBV) que, segundo Pérgola e Araújo (2008), é uma sequência de etapas às quais podem ser iniciadas fora do ambiente hospitalar e realizadas por pessoas devidamente capacitados, aumentando a sobrevida e diminuindo a morbimortalidade das vítimas de Parada Cardiorrespiratória (PCR). Contudo, mesmo com números alarmantes, grande parte dos óbitos poderiam ser evitados com o ensino de medidas simples de prevenção e primeiros socorros, já que, a maioria das emergências ocorrem fora do ambiente hospitalar.

Nessa conjuntura, em meio ao enraizamento da perspectiva de um acompanhamento longitudinal em saúde e à presença das unidades básicas de saúde (USB) no município, os problemas que fogem ao cotidiano do consultório tornam-se mais recorrentes. Assim, emerge a necessidade de uma capacitação continuada dos profissionais de saúde em atendimento a emergências clínicas a fim de contribuir diretamente para a diminuição desses índices. Portanto, o enfoque será em forjar equipes treinadas, aptas a atuarem, em alto nível técnico e humano, com prontidão. O projeto será desenvolvido ao longo de 2019 em parceria com outros projetos de Extensão filiados à PROEX.

Metodologia

Para o desenvolvimento do plano de intervenção será utilizado o método de planejamento estratégico situacional (PES) conforme proposto no módulo de planejamento e avaliação das ações em saúde (CAMPOS et al. 2010).

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Nesse modelo, problemas concretos da realidade dos profissionais são ponto de partida e práticas educativas são aplicadas para resolvê-los. As experiências e os conhecimentos individuais são a essência para o processo de transformação que visa resultados eficazes. Essa estratégia de organização surgiu da necessidade de aprendizagem continua, através de um processo de discussão em equipe e auto avaliação. Diante das dificuldades encontradas no cotidiano de trabalho, ela permite reflexão e, consequentemente, transformação das práticas em saúde (SARRETA, 2009).

Desse modo, a fim de avaliar sua eficácia, será realizado um estudo de corte transversal. Trata-se de um estudo descritivo com delineamento transversal. Para Gil (2010), as pesquisas descritivas têm como finalidade principal a descrição das características de determinada população ou fenômeno, ou o estabelecimento de relações entre variáveis. São inúmeros os estudos que podem ser classificados sob este título e uma de suas características mais significativas aparece na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados. Esse tipo de pesquisa busca descrever um fenômeno ou situação em detalhe, especialmente o que está ocorrendo, permitindo abranger, com exatidão, as características de um indivíduo, uma situação, ou um grupo, bem como desvendar a relação entre os eventos.

Desenvolvimento e processos avaliativos

O projeto de extensão “Intervenção para a capacitação permanente dos profissionais de saúde do município de Foz do Iguaçu na abordagem à parada cardiorrespiratória no ambiente da atenção primária à saúde” teve seu início em 2019. Entretanto, apesar do pouco tempo de atividades, dezenas de profissionais da saúde já reciclaram e atualizaram seus conhecimentos e o ensino e pesquisa estão sendo fomentados entre os extensionistas, fortalecendo o tripé ensino-pesquisa-extensão.

Apesar da ênfase do projeto ser o Suporte Básico de Vida no contexto da Atenção Primária à Saúde (APS), também são realizadas ações voltadas para a população leiga, como capacitações em massa em locais de grande fluxo de pessoas do município de Foz do Iguaçu, bem como em toda a região da Tríplice Fronteira.

Quantos aos processos avaliativos, serão avaliados os profissionais de saúde da APS que estiverem dispostos a participar do programa (médicos, enfermeiros e técnicos) e, posteriormente, esse será expandido para ACS e usuários da UBS.

Para a coleta de dados, será utilizado um questionário que contém, além de informações sociodemográficas, 12 perguntas objetivas de múltipla escolha, contendo quatro alternativas, com apenas uma resposta correta (pré-teste). Tais questões abordavam pontos

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considerados críticos nas diretrizes do ILCOR (International Liaison Committee on Resuscitation).

Após esse primeiro momento, os profissionais serão submetidos a um treinamento teórico-prático de 4 horas, sendo 2 horas reservadas para treinamento teórico e 2 horas para atividades práticas. Ao final do curso, a avaliação será repetida (pós-teste) com alteração da ordem das questões, a fim de mascarar a semelhança entre ambos os testes. Assim, os escores no pré e pós-testes serão calculados por meio da média aritmética e o ganho percentual será obtido a partir do escore pós-teste em relação ao pré-teste. Após 3 meses, será realizado um novo treinamento com a mesma equipe no intuito de consolidar conhecimento.

Considerações Finais

O Projeto de Extensão se encontra em execução, entretanto, apresenta resultados satisfatórios que cumprem os objetivos propostos. Contudo, espera-se ao fim de um ano, implementar um aporte técnico longitudinal, formando equipes aptas a atuarem em ações de emergência, no cenário da APS, de forma precoce e eficaz, minimizando o tempo de início do protocolo de SBV a fim de aumentar a taxa de sobrevida e reabilitação das vítimas por meio de uma educação continuada.

Além disso, com a viabilização de informações acerca dos índices epidemiológicos do município de Foz do Iguaçu e a população acometida, pode-se propiciar a elaboração de políticas públicas relacionadas ao combate dessas doenças. Também, pretende-se apresentar os resultados em eventos científicos regionais, nacionais ou internacionais e à Vigilância Epidemiológica do município.

Desse modo, deseja-se que essas equipes se transformem em agentes multiplicadores de conhecimento, contribuindo com o ensino da população de seu território, transbordando os conhecimentos universitários nas vidas das pessoas.

Referências

CAMPOS, Juliana Faria; et al. Projeto de Extensão Pequenas Ações Salvam Vidas:

Ensino de prevenção de acidentes e primeiros socorros para a população. Centro de

Ciências da Saúde – Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 08/2013. GIL, A.C. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2010. 176p.

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MINISTÉRIO DA SAÚDE. Saúde Brasil 2014: Uma análise da situação de saúde das

doenças transmissíveis relacionadas à pobreza. Brasília: Ministério da Saúde, 2014.

Disponível em:

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_brasil_2014_analise_situacao.pdf Acesso em [20/11/2018].

PERGOLA, Aline Maino; ARAUJO, Izilda Esmenia Muglia. O leigo e o suporte básico

de vida. Revista da Escola de Enfermagem da USP. São Paulo: USP, 2008. Disponível em

(http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v43n2/a12v43n2.pdf) Acesso em [12/11/2018]. SARRETA, Fernanda de Oliveira. Educação permanente em saúde para os

trabalhadores do SUS. 2009. 233 f. Tese (Doutorado em Serviço Social) – Faculdade de

História, Direito e Serviço Social, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Franca, 2009.

Referências

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