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Academic year: 2021

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*Psicóloga- Especialista em Educação Especial- Mestre em Educação(UFPE)- GEFAI(UFPE)- nandarec@hotmail.com

**Pedagoga- Mestranda em Educação(UFPE)-GEFAI(UFPE)- mcallou@hotmail.com PARA A EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Fernanda Maria Araújo Sant’Ana*

Marta Callou Barros Coutinho**

RESUMO

Através deste estudo, procuramos desvelar a contribuição da Tecnologia Assistiva e da Comunicação Alternativa para aprendizagem de alunos que apresentam necessidades educacionais especiais. Esse trabalho envolve uma revisão da literatura a respeito do tema pesquisado e busca subsídios nos aportes da Educação Inclusiva. Diante da investigação empreendida, podemos afirmar que ao longo da história das civilizações, a tecnologia vem sendo utilizada para facilitar a vida dos homens e para as pessoas que apresentam deficiências, a tecnologia é a diferença entre executar as ações e não executar. Transportamos nesta pesquisa, os avanços tecnológicos abordados para o sistema educacional, mas precisamente, a sua utilização e benefícios para alunos que apresentam deficiência; auditiva, visual e física e constatamos que o aluno que não possui habilidades de comunicação eficiente, pode não se sentir capaz de expressar seus sentimentos e preocupações e pode ter prejuízos no seu desenvolvimento acadêmico e social. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica.

Palavras-chave: Tecnologia Assistiva; Comunicação Alternativa e Educação Inclusiva.

INTRODUÇÃO

Durante muito tempo, pessoas que apresentavam deficiências foram consideradas seres inúteis, como uma espécie inferior. A sociedade media a competência do indivíduo pela sua perfeição anatômica, não se enquadrando nesse padrão, tornava-se inviável a sobrevivência do indivíduo no grupo social ao qual pertencia.

A defesa da cidadania e do direito à educação das pessoas que apresentam deficiências é atitude historicamente recente em nossa sociedade, manifestando-se através de medidas isoladas, de indivíduos ou grupos. A conquista e o reconhecimento de alguns direitos podem ser identificados como elementos integrantes de políticas sociais, a partir de meados do século passado (SANT’ANA, 2005).

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Segundo Sant”Ana(2005), é imprescindível lembrar que a Constituição Brasileira de 1988, no capítulo III, “Da Educação, da Cultura e do Desporto”, Artigo 205, determina que “A educação é direito de todos e dever do Estado e da família”. O Artigo 208 reza: “O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino”.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB mais recente, Lei nº 9.394, de 20/12/96, destina o Capítulo V inteiramente à Educação Especial, definindo-a em seu Artigo 58º como uma “modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais” (BRASIL, 1996).

A Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994), sobre Princípios, Política e Práticas na área das necessidades educacionais especiais, ocorrida na Espanha, em junho de 1994, assevera, no Artigo 40º, que a preparação adequada de todo o pessoal educativo constitui o fator-chave na promoção das escolas inclusivas.

Concordamos com MANTOAN (2002), quando afirma:

“As escolas inclusivas propõem um modo de se constituir o sistema educacional, que considera as necessidades de todos os alunos e que é estruturado em virtude dessas necessidades. A inclusão causa uma mudança de perspectiva educacional, pois não se limita a ajudar os alunos que apresentam dificuldades na escola, mas apóia a todos: professores, alunos, pessoal administrativo, para que obtenham sucesso na corrente educativa geral” (MANTOAN, 2002: 145).

Nessa perspectiva, a educação inclusiva deverá ser requerida também para que ocorra o resgate da qualidade do ensino da escola brasileira, que está marcada por fracassos e evasões.

Dentro dos aportes da Educação Inclusiva, é importante sinalizar a utilização da Tecnologia Assitiva e da Comunicação Alternativa, para facilitar a aprendizagem de alunos que apresentam necessidades educacionais especiais, dentro dessas mais especificamente; deficiência auditiva, visual e física.

O termo Assistive Technology, foi traduzido no Brasil como Tecnologia Assistiva, e em 1988 foi criada como elemento de grande importância jurídica dentro da legislação Norte Americana. Sendo um termo ainda novo tem sido reconhecida como elemento fundamental na inclusão de pessoas com deficiência. Ela vem sendo fruto da ampliação de avanços tecnológicos em áreas estabelecidas. A Tecnologia Assistiva (TA) não salva vidas e nem reduz a morbidade, simplesmente permite ao indivíduo que apresenta deficiências o direito á uma vida mais satisfatória, ou seja, uma inclusão educacional e social mais digna (CORTELAZO, 2000).

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comunicação como o uso de gestos, língua de sinais, expressões faciais, o uso de pranchas de alfabeto ou tabuleiros de comunicação que contenha símbolos gráficos como; fotos, figuras, desenhos, palavras e sentenças, que oportunize ao aluno se fazer entender no ambiente escolar e social. Há ainda o uso de sistemas sofisticados de computador com voz sintetizada e softwares específicos (GLENNEN, 1997).

É importante destacar que, apesar de no Brasil 14,5% da população apresentar algum tipo de deficiência, a prática da Tecnologia Assistiva e da Comunicação Alternativa ainda esta bastante tímida, principalmente no sistema educacional. Devido a essa constatação, surgiu o interesse em realizar um estudo sobre esse tema e a partir desse aprofundamento, esperamos desvelar a real Contribuição da Tecnologia Assistiva e da Comunicação Alternativa para a Educação Inclusiva.

Delimitamos como objetivo geral para esse trabalho, a análise das contribuições da Tecnologia Assistiva e da Comunicação Alternativa para a aprendizagem de alunos que apresentam necessidades educacionais especiais e como objetivos específicos; a descrição das contribuições da Tecnologia Assistiva e da Comunicação Alternativa para alunos que apresentam deficiências; visual, auditiva e física.

Com relação a nossa hipótese, acreditamos que se a Tecnologia Assistiva e a Comunicação Alternativa forem utilizadas na aprendizagem de alunos que apresentam necessidades educacionais especiais, estas áreas contribuirão significativamente para a educação desses alunos. Elegemos para esse trabalho, as deficiências; auditiva, visual e física, por estas se encontrarem mais diretamente ligadas ao uso dessas tecnologias aqui abordadas.

METODOLOGIA

Os procedimentos metodológicos necessários à realização dessa pesquisa partiram da abordagem bibliográfica, permitindo descrever, analisar e desvelar as contribuições da Tecnologia Assistiva e da Comunicação Alternativa para a aprendizagem de alunos que apresentam deficiências; visual, auditiva e física.

Segundo Gil (1991), a pesquisa bibliográfica, se utiliza fundamentalmente das contribuições dos diversos autores sobre determinado assunto. Assim sendo, essa abordagem apresenta facilidade na descrição do conhecimento a ser produzido na área educacional.

A opção por essa modalidade de pesquisa se efetivou devido à constatação que ainda há pouco estudo dirigido nesta área, que são objetos deste trabalho. Desta forma, buscamos contribuir gerando reflexões significativas que podem auxiliar outros educadores no estudo dessa temática.

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EDUCAÇÃO INCLUSIVA; NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS; DEFICIÊNCIAS; VISUAL, AUDITIVA E FÍSICA.

O atual debate sobre a educação inclusiva é uma proposta de aplicação prática ao campo da educação de um movimento mundial, a partir da década de 80, denominado de inclusão social que tem como princípio básico à igualdade de direitos e de oportunidades entre todos os membros da comunidade. E apesar de não ter se iniciado no contexto da educação especial, se refere também a ela, na medida em que seu alunado também faz parte da população historicamente excluída da escola e da sociedade.

Será utilizado, para conceituar educandos que apresentam necessidades educacionais especiais, o documento do MEC (BRASIL, 2001), que os define como:

“Aqueles que, durante o processo educacional, demonstram: dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de desenvolvimento que dificultem o acompanhamento das atividades curriculares, compreendidos em dois grupos: aquelas não vinculadas a uma causa orgânica específica; aquelas relacionadas a condições, disfunções, limitações ou deficiências” (BRASIL, 2001, p. 39).

Neste estudo, conceituamos as deficiências; visual, auditiva e física, bem como; as adequações curriculares que podem ser utilizadas com alunos que apresentam as deficiências citadas. As novas tecnologias descritas nesse trabalho, ou seja, a Tecnologia Assistiva e a Comunicação Alternativa são apresentadas como recursos complementares para serem inclusos no rol dessas adequações e incorporadas à prática educacional, ampliando as possibilidades pedagógicas desses alunos e oportunizando um melhor aproveitamento de suas potencialidades.

Conceitua-se deficiência auditiva, como a perda total ou parcial, congênita ou adquirida, da capacidade de compreender a fala por intermédio do ouvido. E manifesta-se como:

• surdez leve / moderada: perda auditiva de até 70 decibéis, que dificulta, mas não impede o indivíduo de se expressar oralmente, bem como de perceber a voz humana, com ou sem a utilização de um aparelho auditivo;

• surdez severa / profunda: perda auditiva acima de 70 decibéis, que impede o indivíduo de entender, com ou sem aparelho auditivo, a voz humana, bem como de adquirir, naturalmente, o código da língua oral (GOLDFELD, 1997).

Com relação à deficiência visual, ela é conceituada como a redução ou perda total da capacidade de ver com o melhor olho e após a melhor correção ótica. Manifesta-se como:

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correção, ou um campo visual não excedente a 20 graus, no maior meridiano do melhor olho, mesmo com o uso de lentes de correção. Sob o enfoque educacional, a cegueira representa a perda total ou o resíduo mínimo da visão que leva o indivíduo a necessitar do método Braille como meio de leitura e escrita, além de outros recursos didáticos e equipamentos especiais para a sua educação;

• baixa visão/visão sub-normal: acuidade visual dentre 6/20 e 6/60, no melhor olho, após correção máxima. Sob o enfoque educacional, trata-se de resíduo visual que permite ao educando ler impressos a tinta, desde que se empreguem recursos didáticos e equipamentos especiais (BRASIL, 2001).

Trabalharemos neste estudo, com conceitos e aportes sobre deficiência física, que segundo (BRASIL, 2001) é uma variedade de condições não sensoriais que afetam o indivíduo em termos de mobilidade, de coordenação motora geral ou da fala, como decorrência de lesões neurológicas, neuromusculares e ortopédicas, ou, ainda, de malformações congênitas ou adquiridas (BRASIL, 2001).

No curso da elaboração e publicação dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) para o Ensino Fundamental, a Secretaria de Educação Fundamental e a Secretaria de Educação Especial, em ação conjunta, produziram o material didático-pedagógico intitulado “Adaptações Curriculares Estratégias para a Educação de Alunos com Necessidades Educacionais Especiais”, com o objetivo de consolidar a incorporação desses aprendizes ao ensino regular, ficando, desta forma, consoante com a concepção da escola inclusiva citada pelo Ministério da Educação e do Desporto( BRASIL,2000).

Nesse sentido, as adequações curriculares procuram:

Subsidiar a prática docente, propondo alterações a serem desencadeadas na definição dos objetivos, no tratamento e desenvolvimento dos conteúdos, no transcorrer de todo processo avaliativo, na temporalidade e na organização do trabalho didático-pedagógico no intuito de favorecer a aprendizagem do aluno (BRASIL, 1998, p. 13).

Na visão de Sant’Ana(2005),essas adaptações resguardam o caráter de flexibilidade e dinamicidade que o currículo escolar deve ter, ou seja, a convergência com as condições do aluno e a correspondência com as finalidades da educação na dialética de ensino e aprendizagem .

Elegemos para apresentar neste trabalho, adequações curriculares que estejam relacionadas às novas tecnologias aqui estudadas e correlacionadas também, com as deficiências; auditiva, visual e física.

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TECNOLOGIA ASSISTIVA; CONCEPÇÕES, RECURSOS E SERVIÇOS.

A ação conjunta para a realização da educação centrada na aprendizagem pode valer-se das tecnologias de informação e de comunicação como as Tecnologias Assistivas. Desta forma, os alunos com necessidades especiais ou não, darão uso dos diferentes suportes tecnológicos que propiciam a expressão das diferentes formas de representações, de acordo com as especificidades de cada estilo de aprendizagem e de cada talento e inteligência.

Tecnologia Assistiva é um termo ainda novo, utilizado para identificar todo o arsenal de Recursos e Serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e consequentemente promover vida Independente e inclusão. É também definida como uma ampla gama de equipamentos, serviços, estratégias e práticas concebidas e aplicadas para minorar os problemas encontrados pelos indivíduos com deficiências (CORTELAZZO, 2000).

O objetivo da Tecnologia Assistiva é proporcionar a pessoas com deficiência, maior independência, qualidade de vida e inclusão social, através da ampliação de sua comunicação, mobilidade, controle de seu ambiente, habilidades de seu aprendizado, trabalho e integração com a família, amigos e sociedade.

Bryant e Bryant (2003) definem Tecnologia Assistiva como a aplicação da ciência, da engenharia e de outras disciplinas que resultem em processos, métodos, ou invenções que auxiliem as pessoas com necessidades especiais. As Tecnologias Assistivas para a educação inclusiva são investigadas a partir de alguns critérios como: as oportunidades para promover comunicação de alunos com necessidades educacionais especiais; a familiarização de professores e alunos com sistema de distribuição de serviços a esses alunos; levantamento dos conhecimentos sobre Tecnologia Assistiva e necessários para sua utilização na Educação Inclusiva.

A Tecnologia Assistiva se compõe de recursos e serviços. Os recursos são todo e qualquer item, equipamento ou parte dele, produto ou sistema fabricado em série ou sob-medida, utilizado para aumentar, manter ou melhorar as capacidades funcionais das pessoas com deficiência. Os serviços são definidos como aqueles que auxiliam diretamente uma pessoa com deficiência a selecionar, comprar ou usar os recursos acima definidos (CORTELAZZO, 2000).

De acordo com a literatura consultada a respeito da Tecnologia Assistiva, entendemos que esta, é a tecnologia destinada a dar suporte (mecânico, elétrico, eletrônico, computadorizado, etc.) a pessoas com deficiência física, visual, auditiva, mental ou múltipla. E que esses suportes, então, podem ser uma cadeira de rodas de todos os tipos, uma prótese, uma série infindável de adaptações, aparelhos e equipamentos nas mais diversas áreas de necessidade pessoal, comunicação, alimentação, mobilidade, transporte, educação, lazer, esporte, trabalho e outras.

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COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA; CONCEPÇÕES, SÍMBOLOS E RECURSOS ESPECÍFICOS.

Para a American Speech-Language-Hearing Association (Johnson, 1998) um sistema de Comunicação Alternativa é o uso integrado de componentes incluindo símbolos, recursos, estratégias e técnicas utilizados pelos indivíduos a fim de complementar a comunicação. Os símbolos são as representações visuais, auditivas ou táteis de um conceito.

Em educação especial, a expressão comunicação alternativa e/ ou suplementar vem sendo utilizada para:

“... designar um conjunto de procedimentos técnicos e metodológicos direcionado a pessoas acometidas por alguma doença, deficiência, ou alguma outra situação momentânea que impede a comunicação com as demais pessoas por meio dos recursos usualmente utilizados, mais especificamente a fala” (BRASÍLIA, 2006, p.4).

Tendo em vista, a interação entre professor e aluno com necessidades especiais na área da comunicação, os sistemas alternativos de comunicação são um meio eficaz para garantir a inclusão desses alunos. Assim sendo, a criança ou o jovem que esteja impedido de falar poderá comunicar-se com outras pessoas e expor suas ideias, pensamentos e sentimentos se puder utilizar recursos especialmente desenvolvidos e adaptados para o meio no qual está inserido.

Segundo Pelosi (2000), a Comunicação Alternativa e Ampliada compreende o conjunto de símbolos, recursos, estratégias e técnicas adaptadas que vão auxiliar os alunos com necessidades especiais a se comunicarem e a participarem do processo escolar.

A comunicação é considerada alternativa quando o indivíduo não apresenta outra forma de comunicação e, considerada ampliada quando o indivíduo possui alguma comunicação, mas essa não é suficiente para suas trocas sociais. Um sistema de Comunicação Aumentativa e Alternativa refere-se ao recurso, estratégias e técnicas que complementam modos de comunicação existentes ou substituem as habilidades de comunicação inexistentes (Johnson, 1999).

Há vários tipos de símbolos que são usados para representar mensagens. Eles podem ser divididos em (PELOSI, 2000):

Símbolos que não necessitam de recursos externos - o indivíduo utiliza apenas o seu corpo para se comunicar. São exemplos desse sistema os gestos, os sinais manuais, as vocalizações e as expressões faciais.

Ex: Alfabeto Libras

Símbolos que necessitam de recursos externos- requerem instrumentos ou equipamentos além do corpo do usuário para produzir uma mensagem. Esses sistemas podem ser muito

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simples, ou de baixa tecnologia ou tecnologicamente complexos ou de alta tecnologia (PELOSI, 2000).

Os recursos são objetos e equipamentos usados para transmissão de mensagens, podemos contar com alguns tipos de recursos: alta tecnologia e baixa tecnologia. Na Comunicação Alternativa podemos contar com estratégias, que se referem ao modo como os recursos são utilizados (PELOSI, 2000).

Constatamos neste estudo, que o desenvolvimento e aplicação dos vários aspectos que englobam os recursos específicos da Comunicação Alternativa, vêm sendo realizados por profissionais das mais diversas áreas. A equipe multidisciplinar é indispensável para a avaliação e prosseguimento do mesmo e fazem parte da equipe: fonoaudiólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, pedagogos, psicólogos e engenheiros de reabilitação. Entretanto, o sistema de comunicação utilizada, precisa ser compreendido não só pelo usuário e profissionais, mas pelos pais e parceiros com quem ele se relaciona durante seu dia.

A partir dos referenciais teóricos consultados sobre Comunicação Alternativa, neste estudo, podemos concluir que o objetivo maior dessa área é o de tornar o indivíduo com dificuldades de comunicação o mais independente e competente possível em suas situações comunicativas, podendo assim ampliar suas oportunidades de interação com outras pessoas, na escola e na comunidade em geral.

AS CONTRIBUIÇÕES DA TECNOLOGIA ASSISTIVA E DA COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA PARA A APRENDIZAGEM DE ALUNOS QUE APRESENTAM DEFICIÊNCIAS; VISUAL, AUDITIVA E FÍSICA.

Elegemos para apresentar neste trabalho, adequações curriculares que estejam relacionadas às novas tecnologias aqui estudadas e correlacionadas também, com as deficiências; auditiva, visual e física, seguem alguns exemplos (BRASIL, 2000).

ADEQUAÇÕES CURRICULARES E RECURSOS PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA:

 Aula com utilização de LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais);

 Auxílios que inclui vários equipamentos (ex: infravermelho), aparelhos para surdez (próteses auditivas).

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ADEQUAÇÕES CURRICULARES PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL:  Aulas com utilização do Sistema Braille;

 Para o aluno com visão subnormal; Letras ampliadas, software de ampliação de tela, equipamento para ampliação de textos, lupas, réguas de leitura, scanner acoplado a computador;

 Uso da máquina de datilografia Braille, Impressora Braille acoplada ao computador;  Sistema virtual de sintetizador de voz, gravador, fitas de áudio e fotocopiadora que amplie

textos.

ADEQUAÇÕES CURRICULARES PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA:  Construção de escrita a partir de letras móveis através do sistema de varredura;

 Caderno com pautas largas, utensílios que auxiliem na digitação; uso do apontador de cabeça para teclar no computador;

 Pranchas de comunicação, engrossador de lápis e órtese para posicionamento de mão;

 Mobiliário adaptado, assento anatômico, colete de neoprene, faixa de contenção de extensão.

Concluímos este item, lembrando que como educadores precisamos ter consciência que em educação não existem verdades absolutas ou receitas únicas, pois, em grande parte, o sucesso do nosso trabalho vai depender sempre da adequação das estratégias de ensino às necessidades, ao ritmo e ao nível de aprendizagem de cada aluno.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Evidenciamos que ao longo da história, a tecnologia vem sendo utilizada para facilitar a vida dos homens e para as pessoas com deficiência, a tecnologia é a diferença entre poder e o não poder realizar ações.

Este estudo permitiu constatar, que a Tecnologia Assistiva e a Comunicação Alternativa, são áreas novas de conhecimentos, serviços e recursos tecnológicos que podem ser fundamentais para a

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implementação de uma política de educação inclusiva que identifique e remova as barreiras arquitetônicas e de aprendizagem.

Podemos concluir que o desenvolvimento de estratégias para a utilização de recursos da Tecnologia Assistiva e da Comunicação Alternativa é um processo do qual participam todos; o aluno, a escola e todos os seus representantes, os professores, pais e profissionais de áreas específicas. Todos podem ser parceiros potenciais para facilitar a comunicação e a aprendizagem dos alunos que apresentam necessidades educacionais especiais. Dessa forma, os recursos a serem implementados utilizam a cooperação de todos os envolvidos nesse processo. Feito isso, estaremos dando voz “a todos”, que é uma das primeiras formas para a construção de uma sociedade inclusiva, de fato e de direito, que assim seja!!

REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n° 9394/96. Brasília: MEC, 1996.

_______. Parâmetros Curriculares Nacionais: Adaptações Curriculares. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: SEESP, 1998.

_______Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. V. 1, Rio de Janeiro: DP & A, 2000.

______. Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação básica. Brasília: MEC: SEESP, 2001.

BRYANT, D. P. and BRYANT, B. R. Assistive Technology for people with disabilities. Boston, Allyn and Bacon, 2003.

CORTELAZZO, I.B. C. Colaboração, Trabalho em equipe e as Tecnologias de Comunicação: Relações de Proximidade em Cursos de Pós-Graduação. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo, 2000.

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Glennen, S.L. Introduction to augmentative and alternative communication.Em S.L Glennen & D.C. DeCoste, (Orgs.). Handbook of Augmentative and Alternative Communication (pp. 3 - 20). San Diego: Singular Publishing Group, Inc.1997.

GOLDFELD, M. A criança surda. São Paulo: Plexus, 1997.

Johnson, R.M. (1998). Guia dos símbolos de comunicação pictórica – The picture

communication symbols guide (PCS). Tradução de G. Mantovani & J.C. Tonolli. Porto Alegre: Clik – Recursos Tecnológicos para Educação, Comunicação e Facilitação.

MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Produção de conhecimentos para a abertura das escolas às diferenças: a contribuição do LEPED (UNICAMP). In: ROSA, D. E. G.; SOUZA, V. C.; VEIGA-NETO, Alfredo et al. Políticas organizativas e curriculares, educação inclusiva e formação de professores. Rio de Janeiro: DP&A. 2002.

PELOSI, M. B. A comunicação alternativa e ampliada nas escolas do Rio de Janeiro: formação de professores e caracterização dos alunos com necessidades educacionais especiais. 2000. Tese (Mestrado em Educação)- Universidade do Estado do Rio de Janeiro.Rio de Janeiro, 2000.

SANT’ANA, A. Fernanda. Desvelando o Lugar da Educação Especial nas matrizes

curriculares dos cursos de Pedagogia e do curso Normal Superior à luz da teoria da inclusão. 2005. 267f. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade Federal de Pernambuco. Recife, 2005.

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