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Idosa ativa e idosa sendentária: Diferenças na saúde e qualidade de vida

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL - UNIJUÍ

DEPARTAMENTO DE HUMANIDADES E EDUCAÇÃO - DHE

CURSO DE GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA – HABILITAÇÃO BACHAREL

IDOSA ATIVA E IDOSA SENDENTÁRIA:

DIFERENÇAS NA SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA

Janaína Taís Jeske

Santa Rosa 2019

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JANAÍNA TAÍS JESKE

IDOSA ATIVA E IDOSA SENDENTÁRIA:

DIFERENÇAS NA SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA

Trabalho de conclusão de curso de graduação apresentado ao Departamento de Humanidades e Educação da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharela em Educação Física.

Orientador: Prof. Me. Mauro Bertollo

Santa Rosa 2019

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Janaína Taís Jeske

IDOSA ATIVA E IDOSA SENDENTÁRIA:

DIFERENÇAS NA SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA

Trabalho de conclusão de curso de graduação apresentado ao Curso de Educação Física, Departamento de Humanidades e Educação da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharela em Educação Física.

Aprovado em: ____ de _____________ de _____.

BANCA EXAMINADORA

__________________________________________ Prof. Dr. Paulo Carlan – Unijuí (Examinador)

__________________________________________ Prof. Me. Mauro Bertollo - Unijuí (Orientador)

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RESUMO

Tendo em vista o aumento da expectativa de vida, percebe-se que nos dias atuais a discussão sobre atividade física, qualidade de vida e envelhecimento vem se tornando mais frequente entre os profissionais da área de Educação Física e a população. Assim, o presente estudo tem como objetivo investigar a diferença entre um idoso ativo e um idoso sedentário, em relação à saúde e qualidade de vida. Esse estudo se caracteriza como um estudo de caso. Foram convidadas a fazer parte da pesquisa, duas idosas, uma com estilo de vida ativo, que reside na cidade de Doutor Maurício Cardoso - RS. E outra com estilo de vida sedentário que reside na cidade de Horizontina-RS. Realizou-se um questionário que contou com 18 questões. Os dados foram analisados por tabulação manual. A partir dos resultados perceberam-se diferenças consideráveis entre as idosas, notou-se a importância de uma alimentação saudável, exercícios físicos, ou seja, de uma vida ativa, para que se tenha uma velhice sem grandes complicações.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 7

2 REFERENCIAL TEÓRICO ... 9

2.1 CONCEITO DE IDOSO ... 9

2.2 ENVELHECIMENTO ATIVO E ENVELHECIMENTO SEDENTÁRIO ... 11

2.3 DOENÇAS QUE AFETAM A TERCEIRA IDADE ... 12

2.3.1 Doença coronariana ... 13 2.3.2 Hipertensão arterial ... 13 2.3.3 Derrame ... 14 2.3.4 Diabetes ... 15 2.3.5 Câncer ... 15 2.3.6 Osteoporose ... 16 2.3.7 Artrite ... 17 2.4 SAÚDE NA CONTEMPORANEIDADE ... 17

2.5 ATIVIDADE FÍSICA, EXERCÍCIO FÍSICO E QUALIDADE DE VIDA ... 18

3 PROCESSO METODOLÓGICO ... 20

4 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS DADOS ... 21

4.1 IDOSA SEDENTÁRIA ... 21

4.2 IDOSA ATIVA ... 23

4.3 ANÁLISE DAS ENTREVISTAS ... 24

CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 27

REFERÊNCIAS ... 28

APÊNDICE A – INSTRUMENTO DE COLETA DADOS ... 32

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1 INTRODUÇÃO

Tendo em vista o aumento da expectativa de vida, percebe-se que nos dias atuais a discussão sobre atividade física, qualidade de vida e envelhecimento vem se tornando mais frequente entre os profissionais da área e a população. Quando falamos em qualidade de vida, falamos em termos ela no presente, melhorar nosso dia a dia e não nos damos conta da importância dela no nosso futuro, e o que temos que fazer para que possamos desfrutá-la, pois não podemos fugir do futuro, e o que nos espera nele é a velhice.

De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) o número de idosos cresceu 18% em 5 anos e ultrapassou 30 milhões em 2017. Assim, com esse aumento na população idosa, devemos nos preocupar mais com tudo o que envolve o termo idoso.

De acordo com Farinatti (2008) o envelhecer, o tornar-se idoso, depende de vários fatores que ultrapassam as fronteiras cronológicas. Podemos entender esses fatores como, fatores políticos, culturais, psicológicos, sociais.

Segundo Nieman (1999), o processo de envelhecimento varia de pessoa para pessoa, e é influenciado pelo estilo de vida e também por fatores genéticos. Assim, percebe-se que um estilo de vida sedentário está fortemente ligado ao aparecimento de doenças, principalmente da terceira idade.

Sabe-se que envelhecer com saúde é muito importante, traz diversos benefícios para o idoso, mas também devemos focar nas pessoas que não envelhecem com saúde, e perceber o porquê de isso acontecer, tentando buscar, assim, uma solução. Portanto, essa investigação busca analisar por meio de um estudo de caso, fatores como, estilo de vida, doenças, meio social que influenciam em um envelhecimento saudável.

Escolhi realizar esse estudo por conviver diariamente com vários idosos, uns saudáveis e ativos, e outros doentes e sedentários. Também, por já ter vivenciado uma experiência através do Estágio Profissional, onde pude observar o comportamento, as dificuldades, os objetivos, de cada idoso, juntamente com a prática de exercícios físicos. Portanto, resolvi pesquisar o porquê de cada um ter um estilo de vida diferente, e o quanto isso influencia na vida, nas atividades do dia a dia, na qualidade de vida, levando também em consideração o apoio dos familiares, de como era a vida desse idoso no passado.

Nesse sentido, essa pesquisa tem como tema o idoso, mais especificamente, a relação existente entre o idoso ativo e o idoso sedentário, investigando como é a vida de duas idosas do sexo feminino, suas rotinas, alimentação, cuidados, etc, bem como, fazendo as

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comparações necessárias. E, consequentemente, tem como problema: quais as diferenças entre uma idosa ativa e uma idosa sedentária?

O objetivo geral do trabalho em questão é investigar a diferença entre uma idosa ativa e um idosa sedentária, em relação à saúde e qualidade de vida. Já os específicos são: construir relações ao analisar a vida diária das idosas; observar como a família participa da vida das idosas; bem como, perceber os benefícios e malefícios dos efeitos dos exercícios físicos na terceira idade através de relato das idosas. O estudo tratará de temas como conceito de idoso, envelhecimento ativo e envelhecimento sedentário, os mesmos sustentarão o estudo, e assim outros elementos para a busca e análise dos dados.

Dando sequência a esse estudo, temos o Referencial Teórico, onde se encontra uma pesquisa bibliográfica sobre temas e os autores estudados; os Processos Metodológicos, onde se caracteriza a pesquisa (sujeitos, locais, período, procedimentos, cuidados éticos). Em seguida a Apresentação e Discussão dos Dados, onde aparecem os dados coletados com a pesquisa realizada, ligando os dados com os autores estudados no referencial teórico. E por fim as Considerações Finais, retomando o que foi esse estudo, enfocando os resultados com os objetivos.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

Citando alguns autores como Farinatti, Nahas, no início do referencial teórico apresento o conceito de idoso e falo sobre o envelhecimento ativo e envelhecimento sedentário. Na sequência, apresento superficialmente algumas doenças que afetam a terceira idade. Em seguida, abordo sobre saúde na contemporaneidade e por fim mostro a relação entre atividade física e qualidade de vida.

2.1 CONCEITO DE IDOSO

Idoso, segundo o dicionário Aurélio (2010), significa que, ou quem tem bastante idade; velho.Santos (2010, p.2) diz que

[...] apesar de ser dos menos preciso, o critério cronológico é um dos mais utilizados para estabelecer o ser idoso, até na delimitação da população de um determinado estudo, ou análise epidemiológica, ou com propósitos administrativos e legais voltados para desenho de políticas públicas e para o planejamento ou oferta de serviços.

No Brasil temos o Estatuto do Idoso (BRASIL, 2003) que nos mostra em seu Art. 1º que os direitos são assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos. Esses direitos descritos no parágrafo único do art. 3º. correspondem à

I – atendimento preferencial imediato e individualizado junto aos órgãos públicos e privados prestadores de serviços à população; II – preferência na formulação e na execução de políticas sociais públicas específicas; III – destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção ao idoso; IV – viabilização de formas alternativas de participação, ocupação e convívio do idoso com as demais gerações; V – priorização do atendimento do idoso por sua própria família, em detrimento do atendimento asilar, exceto dos que não a possuam ou careçam de condições de manutenção da própria sobrevivência; VI – capacitação e reciclagem dos recursos humanos nas áreas de geriatria e gerontologia e na prestação de serviços aos idosos; VII – estabelecimento de mecanismos que favoreçam a divulgação de informações de caráter educativo sobre os aspectos biopsicossociais de envelhecimento; VIII – garantia de acesso à rede de serviços de saúde e de assistência social locais; IX – prioridade no recebimento da restituição do Imposto de Renda (ibdem).

De acordo com dados do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2018) a população Brasileira ganhou, desde 2012, cerca de 4,8 milhões de idosos. O instituto mostra, ainda, que as mulheres são a maioria desse grupo, totalizando 16,9 milhões (56% dos idosos). Entre 2012 e 2017, a população idosa cresceu em todos os estados do Brasil, mas os

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estados com mais projeção de idosos foram o Rio de Janeiro e o Rio Grande do Sul, ambos com 18,6% de sua população com 60 anos ou mais (ibidem).

O IBGE traz em sua pesquisa uma nova projeção da população idosa do Brasil para daqui a alguns anos. Essa pesquisa atualizada em 2018 mostra que em 2043, um quarto da população deverá ter mais de 60 anos, enquanto a proporção de jovens até 14 anos será de apenas 16,3%. A relação entre a porcentagem de idosos e de jovens é chamada de “índice de envelhecimento”, que deve aumentar de 43,19, em 2018, para 173,47, em 2060, como mostra o gráfico apresentado pelo IBGE (2019) (figura 1), sendo que azul (Homens) e vermelho (Mulheres).

Figura 1 - índice de envelhecimento

Fonte: IBGE (ano).

A partir desses dados, podemos pensar enquanto profissionais de educação física o caminho que teremos que percorrer em relação à promoção da saúde e da qualidade de vida desta futura população. Segundo Nahas (2006), a promoção da saúde depende também das informações e decisões que as pessoas tomam, não esquecendo as oportunidades que são oferecidas.

Assim, como profissionais de educação física, devemos pensar que para termos a qualidade de vida dessa população idosa no futuro, devemos trabalhar com isso agora. De acordo com Lopes, et al (2012) o profissional de Educação Física deve estar munido de conhecimentos gerontológicos fazendo uma ligação com os conhecimentos da Educação física para que sua prática seja mais educativa.

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Lopes et al. (2012, p. 105) fala que “mesmo que o idoso tenha consciência dos benefícios da atividade física, cabe ao profissional estimular ações que favoreçam a continuidade de querer praticar, fazendo com que o mesmo se sinta presente e atuante na sociedade”. Dessa maneira, o papel do profissional é de suma importância ao relacionar a atividade física com o social, mudando assim a qualidade de vida do idoso.

2.2 ENVELHECIMENTO ATIVO E ENVELHECIMENTO SEDENTÁRIO

Envelhecimento é o ato de envelhecer, de tornar-se velho com o passar dos anos. Começamos a envelhecer desde que somos gerados, e não apenas depois de certa idade. Assim, o envelhecimento acontece ao longo dos anos, muitas vezes sem percebermos mudanças, e outras vezes notamos diferenças em nosso corpo e mente.

De acordo com Nahas (2006) o envelhecimento humano é definido como um processo gradual (não se fica velho de uma semana para outra), universal (porque afeta todos os indivíduos se uma forma similar) e irreversível (porque não pode ser revertido, mas sim acelerado ou desacelerado por vários fatores), que acelera na maturidade e que provoca uma perda funcional progressiva no organismo.

Diante deste conceito de envelhecer, existem dois fatores fundamentais que devemos levar em consideração, que são o envelhecimento ativo e o envelhecimento sedentário. A OMS (2005, p.13) traz o conceito de envelhecimento ativo, afirmando que “é o processo de otimização das oportunidades de saúde, participação e segurança, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida à medida que as pessoas ficam mais velhas”.

Corroborando, Corazza (2001) apresenta duas dimensões de terceira idade, a primeira é a Sedentária, e a segunda é a Ativa. A sedentária, diz respeito às pessoas que não realizam nenhuma atividade diária, tendo um envelhecimento mais acelerado, e acarretando diversas consequências na saúde, e convívio social. Já a Ativa, diz respeito aos idosos que praticam atividades físicas, tanto como exercícios físicos, como também as atividades da vida diária, proporcionando assim diversos benefícios, como: uma melhor qualidade e vida, baixos níveis de doenças, melhora na autoestima, entre outros.

Assim, com uma base em que seria o envelhecimento ativo e sedentário, busca-se aprofundar mais em alguns fatores importantes. Em relação ao envelhecimento,

A diminuição da capacidade funcional decorrente, em grande parte, do desuso ou hipocinesia, podendo ser compensada pela prática regular de exercícios ou pela

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adoção de um estilo de vida mais ativo. Estudos recentes confirmam que a manutenção de atividades físicas e mentais, retardam os efeitos deletérios do envelhecimento, preservando a autonomia do idoso. (NAHAS, 2006, p. 169)

Portanto, exercícios físicos são fundamentais para um envelhecer ativo e com mais saúde. Nahas (2006) comenta que um estilo de vida ativo oferece maior capacidade de trabalho tanto físico como mental, dá mais entusiasmo e sensação de bem-estar para a vida, oferece um menor risco de doenças crônico-degenerativas entre outros.

O estilo de vida não ativo, pertence aos idosos que não realizam nenhum tipo de atividades e passam a maior parte do tempo em casa, sentado ou deitado. A maioria dessas pessoas tem conhecimento sobre os benefícios de um estilo de vida ativo, mas mesmo assim não o fazem, prejudicando assim sua saúde e consequentemente sua qualidade de vida.

Segundo Nahas (2006,) considera-se sedentário um indivíduo que tenha um estilo de vida com um mínimo de atividade física, equivalente a um gasto energético inferior a 500 Kcal por semana.

Permanecer em um estilo de vida sedentário é quase um caminho sem volta para o idoso, pois o estilo de vida ativo é fundamental para a promoção e manutenção da saúde no geral. Mas, a palavra “ativo” não se especifica só para atividades físicas, também se refere à:

[...] participação contínua nas questões sociais, econômicas, culturais, espirituais e civis, e não somente à capacidade de estar fisicamente ativo ou de fazer parte da força de trabalho. As pessoas mais velhas que se aposentam e aquelas que apresentam alguma doença ou vivem com alguma necessidade especial podem continuar a contribuir ativamente para seus familiares, companheiros, comunidades e países. O objetivo do envelhecimento ativo é aumentar a expectativa de uma vida saudável e a qualidade de vida para todas as pessoas que estão envelhecendo, inclusive as que são frágeis, fisicamente incapacitadas e que requerem cuidados. (OMS, 2005. p. 13)

Portanto sabe-se que o estilo de vida ativo proporciona variados benefícios para o idoso. Ele engloba tanto a alimentação, como as escolhas de cada individuo. O estilo de vida ativo contribui para a manutenção e obtenção de um corpo saudável, e para uma melhor qualidade de vida.

2.3 DOENÇAS QUE AFETAM A TERCEIRA IDADE

Conforme os indivíduos envelhecem, as doenças não transmissíveis (DNTs) transformam-se nas principais causas de morbidade, incapacidade e mortalidade em todas as regiões do mundo, inclusive nos países em desenvolvimento (OMS, 2005. p. 15). Os fatores

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que aumentam o risco de desenvolvimento dessas doenças em idades mais avançadas são tabagismo, falta de atividade física, dieta inadequada, entre outros fatores de risco da vida (ibdem).

De acordo com a OMS (2005) as principais doenças crônicas que afetam os idosos em todo o mundo são as doenças cardiovasculares (tais como doença coronariana); Hipertensão; Derrame; Diabetes; Câncer; Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica; Doenças musculoesqueléticas (como artrite e osteoporose); Doenças mentais (principalmente demência e depressão); Cegueira e diminuição da visão.

Corroborando, Nieman (1999), Shephard (2003) e outros autores falam sobre algumas das doenças citadas acima pela OMS, como: Doença Coronariana, Hipertensão Arterial, Derrame, Diabetes, Câncer, Osteoporose e Artrite, as quais abordarei na sequência

2.3.1 Doença coronariana

As doenças cardiovasculares são doenças do coração e de seus vasos sanguíneos. Não é uma doença única, pois o termo denomina mais de 20 doenças diferentes do coração e de seus vasos, como por exemplo a aterosclerose, que é a produção de uma placa de substância gordurosa na camada interna dos vasos sanguíneos (NIEMAN, 1999).

Quando essa placa bloqueia algum vaso coronariano, o diagnóstico é doença coronariana (NIEMAN, 1999, p. 40). De acordos com a SOCERJ - Sociedade de Cardiologia do Rio de Janeiro (2019) “O crescimento desta lesão pode ser acelerado por fumo, pressão alta, colesterol sanguíneo elevado e diabetes. A doença é mais frequente à medida que envelhecemos, mas não é uma consequência natural do envelhecimento”.

De acordo com Nieman (1999) o coração das pessoas treinadas é maior e mais forte, com maior suprimento de sangue e oxigênio e também com artérias que se expandem melhor. Em relação à quantidade necessária de exercícios físicos, o autor fala que 30 minutos com intensidade moderada é suficiente, mas quando são realizadas de forma mais vigorosa os riscos diminuem ainda mais.

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A pressão arterial é a pressão do sangue forçando contra as paredes nas artérias (Nieman, 1999). Existem vários agravantes, como o consumo de fumo, de álcool, de sal e falta de exercícios físicos.

De acordo com a SBH - Sociedade Brasileira de Hipertensão (2019), “a hipertensão, ou pressão alta, é ter a pressão arterial, igual ou maior que 14mmHg por 9mmHg. A pressão se eleva por vários motivos, mas principalmente porque os vasos nos quais o sangue circula se contraem. A pressão alta ataca os vasos sanguíneos, coração, rins e cérebro”.

A prática de exercícios físicos atua rapidamente na melhora da pressão arterial, aparecendo essa melhora já nas primeiras semanas. A redução da pressão arterial pode ser obtida com exercícios aeróbicos de intensidade moderada realizados de três a cinco vezes na semana, e com duração de 20 a 60 minutos (Nieman, 1999).

2.3.3 Derrame

O derrame acontece após haver uma alteração no suprimento sanguíneo. O termo médico é Acidente Vascular Cerebral (AVC). Os sintomas são fraqueza, dormência do rosto ou dos membros de um lado do corpo, perda da fala e compreensão, diminuição da visão, instabilidade e quedas (Nieman, 1999).

Segundo Shephard (2003, p. 210) “acidente vascular cerebral pode ser definido como uma perda súbita e persistente da função neural possuindo uma distribuição focal consistente com uma causa vascular”. Já para a SBDCV - Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares (2019) o AVC

[...] pode ser definido como o surgimento de um déficit neurológico súbito causado por um problema nos vasos sanguíneos do sistema nervoso central. Classicamente o AVC é dividido em dois subtipos: AVC isquêmico: ocorre pela obstrução ou redução brusca do fluxo sanguíneo em uma artéria cerebral causando falta de circulação no seu território vascular. Ele é responsável por 85% dos casos de AVC. E o AVC hemorrágico: o acidente vascular cerebral hemorrágico é causado pela ruptura espontânea (não traumática) de um vaso, com extravasamento de sangue para o interior do cérebro (hemorragia intracerebral), para o sistema ventricular (hemorragia intraventricular) e/ou espaço subaracnóideo (hemorragia subaracnóide).

A inatividade física é um agravante para o derrame. Segundo Nieman (1999) a inatividade física é um fator de risco secundário, pois ela aumenta o risco de derrame indiretamente pelo aumento das doenças cardíacas.

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2.3.4 Diabetes

O diabetes diminui a capacidade do organismo de queimar o material energético ou a glicose que retira dos alimentos. A glicose é transportada pelo sangue para as células, que necessitam de insulina que é produzida pelo pâncreas. Sem insulina, a glicose se acumula no sangue e também é eliminada pela urina (Nieman, 1999).

Shephard (2003, p.269) fala que o diabetes é caracterizado pela hiperglicemia e problemas metabólicos associados.

De acordo com a SBS - Sociedade Brasileira de Diabetes (2019)

[...] diabetes é uma doença crônica na qual o corpo não produz insulina ou não consegue empregar adequadamente a insulina que produz. O corpo precisa desse hormônio para utilizar a glicose, que obtemos por meio dos alimentos, como fonte de energia. Quando a pessoa tem diabetes, no entanto, o organismo não fabrica insulina e não consegue utilizar a glicose adequadamente. O nível de glicose no sangue fica alto - a famosa hiperglicemia. Se esse quadro permanecer por longos períodos, poderá haver danos em órgãos, vasos sanguíneos e nervos.

Os exercícios físicos são fundamentais para combater o diabete tipo 2. De acordo com o ACSM - American College of Sports Medicine (2003) apud ARSA (2009, p. 108)

Os exercícios recomendados são aqueles de característica aeróbia como caminhar, nadar, correr, andar de bicicleta, etc, que envolvem grande massa muscular, com frequência de três a quatro vezes semanais e duração 20 a 60 minutos, não devendo ultrapassar a intensidade de 85% do VO2max, podendo este controle de intensidade ser feito também com base na PSE (Percepção Subjetiva de Esforço).

Percebe-se importância dos exercícios físicos para prevenir o diabetes tipo 2, controlando os níveis de glicemia e facilitando o transporte para as células. Portanto, é fundamental a prescrição desses exercícios por um profissional de educação física, para que os objetivos sejam melhores alcançados.

2.3.5 Câncer

Existem muitos tipos de cânceres, mas todos eles podem ser caracterizados pelo crescimento anormal de células. Se esse crescimento não for controlado, ou for controlado muito tarde, pode acarretar a morte (Nieman, 1999).

De acordo com Shephard (2003, p. 277) “o câncer é um processo de estágios múltiplos moleculares e celulares. A probabilidade de desenvolver muitos tipos de tumores

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também é influenciada pela exposição cumulativa a agentes nocivos físicos e químicos do ambiente”.

Segundo a SBC - Sociedade Brasileira de Cancerologia (2019)

[...] todos os canceres começam devido ao crescimento anormal e fora de controle das células, o que também é conhecido como neoplasia. O câncer se inicia quando as células de algum órgão ou tecido do corpo começam a crescer fora de controle. Esse crescimento é diferente do crescimento celular normal. Em vez de morrer, as células cancerosas continuam crescendo e formando novas células anômalas. As células cancerosas também podem invadir outros tecidos, algo que as células normais não fazem. O crescimento fora de controle e invadindo outros tecidos é o que torna uma célula em cancerosa”.

De acordo com COURNEYA et al. (2004 apud SPINOLA, 2007), a maioria dos exercícios físicos que envolvam grandes grupos musculares é apropriada, porém caminhar e pedalar são mais recomendados. De três a cinco vezes por semana e de intensidade moderada, dependendo do nível atual de aptidão e da gravidade dos efeitos colaterais dos tratamentos. Com duração de 20 a 30 minutos, mas poderá também ser realizado em múltiplas sessões curtas (por exemplo, de 5 a 10 minutos) com intervalo de repouso para os pacientes não condicionados ou que experimentam efeitos colaterais do tratamento.

2.3.6 Osteoporose

A osteoporose é uma doença silenciosa, que progride sem nenhum sinal visível, até que ocorra uma fratura. O osso é uma estrutura dura e inerte. Todos os ossos do corpo se renovam durante a vida. Durante a puberdade existe um crescimento rápido de densidade óssea, com pico atingindo entre 20-30 anos, e permanecem em equilíbrio até os 45-50 e depois tem uma queda (Nieman, 1999). “Dessa forma a osteoporose pode ser definida objetivamente como uma densidade mineral óssea abaixo da qual a incidência de fratura aumenta dramaticamente” (ALOIA, 1989 apud Shephard, 2003, p.246).

De acordo com a SBGG - Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (2019)

[...] conforme vamos envelhecendo, acontece uma perda natural e gradativa da massa óssea em ambos os sexos. Ao alcançar um nível alto de perda a estrutura dos ossos é desorganizada, ficando mais frágil e aumentando o risco de ocorrer fraturas, chama-se de osteoporose ou “ossos porosos”.

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O exercício físico é importante na prevenção quanto no tratamento da osteoporose. De acordo com Santos e Borges (2010) os exercícios utilizados no tratamento da osteoporose são de baixa e média intensidade, pois os ossos do idoso podem ser fraturados quando expostos a exercícios de alta intensidade e de grandes impactos. Mas já os utilizados para a prevenção da osteoporose são os de alta intensidade, pois aumenta em grande quantidade a densidade mineral óssea.

2.3.7 Artrite

A artrite significa inflamação articular. As doenças reumáticas afetam as articulações, os músculos e o tecido conjuntivo (Nieman, 1999).

De acordo com a SBR - Sociedade Brasileira de Reumatologia (2019)

[...] a Artrite Reumatoide (AR) é uma doença inflamatória crônica que pode afetar várias articulações. A causa é desconhecida e acomete as mulheres duas vezes mais do que os homens. Inicia-se geralmente entre 30 e 40 anos e sua incidência aumenta com a idade. Os sintomas mais comuns são os da artrite (dor, edema, calor e vermelhidão) em qualquer articulação do corpo sobretudo mãos e punhos.

Os exercícios físicos recomendados para pessoas com artrite, segundo Nieman (1999), são os de reforço muscular, os que melhoram a amplitude do movimento, a flexibilidade a força e a resistência muscular e aeróbica.

Essas doenças citadas pelos autores acima, são as doenças mais comuns, as que mais podemos perceber nos idosos. Mas também são aquelas que o exercício físico de alguma forma ajuda na manutenção e melhoria dos sintomas.

2.4 SAÚDE NA CONTEMPORANEIDADE

O termo “saúde” refere-se ao bem-estar físico, mental e social, e não consiste apenas como ausência de doenças segundo a OMS (2005). A partir daí, segundo Farinatti (2008) se tem uma maior aceitação de que os aspectos socioculturais, econômicos e ecológicos têm uma importância tão grande para a saúde como os fatores biológicos e de que a saúde e as enfermidades dependem das condições gerais de vida.

Portanto de acordo com Farinatti e Ferreira (2006) a saúde é vista como uma fonte de recursos para que se viva uma vida plena, nela estão os potenciais sociais, emocionais e as capacidades físicas. Assim:

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A noção de saúde deve ser entendida como um valor, cujo significado decorre das possibilidades de se construir uma vida realizada ou bem-sucedida. Não poderia, com isso ser analisada ou definida isoladamente de outros valores também importantes, mencionados constantemente nos textos sobre promoção da saúde, como a autonomia, a justiça ou o livre-arbítrio. (FARINATTI E FERREIRA, 2006, p.63-64).

Dentro dessa temática, existe também a promoção da saúde, onde encontram-se alguns objetivos para o envelhecimento. De acordo com Farinatti e Ferreira (2006, p. 249) os objetivos são:

A) informação e programas visando à manutenção de modos ativos de vida; B) incremento da interação social e das oportunidades de engajamento em atividades desportivas, culturais, de lazer e de trabalho; C) melhoria das capacidades funcionais; D) promoção de uma vida independente em todos os níveis.

Nesse sentido, a OMS (2005) faz uma proposta para que se tenha um

Envelhecimento Ativo, criando assim uma política de saúde composta por um conjunto de sete determinantes. São elas: comportamentais, pessoais, ambiente físico, ambiente social, econômico, sistemas de saúde e serviço social, cultura e gênero.

2.5 ATIVIDADE FÍSICA, EXERCÍCIO FÍSICO E QUALIDADE DE VIDA

Atividade física entende-se por todas as formas de movimentação corporal, com gasto energético acima dos níveis de repouso (Caspersen et al., 1985 apud Nahas, 2006, p. 261). Dessa maneira, ela faz parte do dia a dia, nas atividades cotidianas e rotineiras e também em outras atividades de lazer. Já exercício físico, segundo Nahas (2006), é uma das formas de atividade física planejada, estruturada, repetitiva, que objetiva o desenvolvimento da aptidão física, de habilidades motoras ou a reabilitação orgânico-funcional. Incluem, geralmente, atividades de níveis moderados ou intensos, tanto de natureza dinâmica como estática.

Por outro lado, qualidade de vida diz respeito às condições básicas da vida, como convívio social e familiar, bem-estar físico e emocional. De acordo com Nahas (2006) a qualidade de vida também pode ser entendida como estado de saúde, longevidade, satisfação no trabalho, bom salário, lazer e relações familiares, pois pressupõe as necessidades humanas que são fundamentais.

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Assim como ter uma boa qualidade de vida influencia na vida das pessoas, a atividade física regular também. De acordo com Nieman (1999) muitos gerontologistas afirmam que o ingrediente fundamental para um envelhecimento saudável é a atividade física regular, e de todos os grupos etários as pessoas idosas são as mais beneficiadas.

Conforme Oliveira et al. (2010), para os idosos, a atividade física regular é igualmente importante para o aumento ou preservação da força e da potência muscular, manutenção da mobilidade e da vida dependente, e prevenção e redução das quedas e das fraturas. Assim a atividade física regular é de fundamental importância para o idoso.

Corroborando com Nieman e Oliveira, Farinatti expõe que:

Os idosos tendem a responder bem ao treinamento das qualidades físicas, o que se reflete decisivamente na manutenção de seus níveis de autonomia para as atividades cotidianas. Os efeitos da atividade física regular, porém, dependem de uma aplicação adequada dos estímulos. Por isso em determinadas situações as atividades devem ser supervisionadas para que benefícios sejam adquiridos e mantidos. (FARINATTI, 2008, p 69)

Assim, de acordo com Chanler et al (2002), citado por Guimarães et al, (2004, p.69) o exercício físico proporciona aumento do contato social, diminui os riscos de doenças crônicas, melhora a saúde física e mental, garante a melhora da performance funcional. Fazendo com que o idoso tenha assim uma maior independência, autonomia e qualidade de vida, podendo desfrutar da sua velhice de uma melhor maneira.

Considerando a importância da atividade física para o idoso, devemos levar em consideração o indivíduo, sua história de vida, para fazermos a prescrição de um exercício físico devemos ter conhecimento das necessidades, interesses e objetivos do idoso. (NEWTON, 2016). Assim devemos ter muito cuidado, na hora de prescrever os exercícios para que os objetivos sejam realmente alcançados e o idoso esteja satisfeito.

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3 PROCESSO METODOLÓGICO

Essa pesquisa se caracteriza como um estudo de caso. De acordo com Gil (2002, p. 54),

O estudo de caso é uma modalidade de pesquisa amplamente utilizada nas ciências biomédicas e sociais. Consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento, tarefa praticamente impossível mediante outros delineamentos já considerados.

Assim, este estudo tem como objetivo geral investigar a diferença entre uma idosa ativa e uma idosa sedentária, em relação à saúde e qualidade de vida. Tendo como objetivos específicos construir relações ao analisar a vida diária das idosas; observar como a família participa da vida das idosas; bem como, perceber os benefícios e malefícios dos efeitos dos exercícios físicos na terceira idade através de relato das idosas.

Foram convidadas a fazer parte da pesquisa, duas idosas, uma com estilo de vida ativo, que reside na cidade de Doutor Maurício Cardoso - RS. E outra com estilo de vida sedentário que reside na cidade de Horizontina-Rs.

O estudo teve origem no mês de março de 2019, iniciando com a construção do referencial teórico, e após seguindo para o questionário com as idosas escolhidas. E o término previsto para o mês de julho de 2019. O principal critério para a escolha das idosas foi conhecer de forma superficial a vida de cada uma, e assim vendo uma enorme diferença no estilo de vida, decidi me aprofundar e analisar as consequências destes diferentes estilos de vida e consequentemente a qualidade de vida de cada uma delas.

Para a estruturação do estudo, inicialmente, entrei em contato com as idosas onde apresentei a proposta da investigação e seus objetivos, e após solicitei permissão para a realização da mesma. Em seguida as idosas foram convidadas a assinar o termo de consentimento livre e esclarecido que se encontra nos Apêndices. Na sequência, foram agendados os encontros para a coleta de dados.

Para a coleta de dados utilizei um questionário, com 18 questões, sendo elas abertas e fechadas, que busca identificar situações da vida diária das idosas, como rotinas, alimentação, doenças, prática de exercícios físicos, que serviu de base para as entrevistas. A coleta de dados ocorreu em junho de 2019, em três encontros, na casa de cada uma das idosas.

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4 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS DADOS

Neste capítulo apresento os dados coletados a partir do questionário respondido por 2 (duas) idosas, uma da cidade de Doutor Maurício Cardoso-RS, e a outra da cidade de Horizontina-Rs. O referido questionário contou com 18 (dezoito) questões e suas respostas foram analisadas com base em uma tabulação manual.

4.1 IDOSA SEDENTÁRIA

A idosa sedentária tem 78 anos de idade, pesa 94 kg, é viúva há 23 anos, tem quatro filhos (dois homens e duas mulheres - uma delas falecida em janeiro de 2019 com câncer no pâncreas). Ela reside em Horizontina- RS com os filhos (seis meses com um deles, e seis meses com outro), sendo que a filha reside em Londres na Inglaterra. A senhora estudou somente até a 2ª série, não sabe ler nem escrever, conhece os números, mas não consegue realizar operações matemáticas, e tem muita dificuldade em relação ao dinheiro, tanto que os filhos controlam suas finanças.

A idosa apresenta algumas doenças como diabetes, colesterol e triglicerídeos elevados, hipertensão, labirintite, intolerância a lactose, coração (doença de chagas) e mau funcionamento dos rins. Os medicamentos que ela faz uso serão apresentados no decorrer da entrevista.

Pela manhã, a idosa acorda geralmente às 8 horas, toma café, assiste televisão, tira um cochilo no sofá e antes do almoço toma chimarrão. Na parte da tarde, depois do almoço ajuda a secar a louça, na maioria das vezes sentada em uma cadeira, depois vai dormir até, geralmente, às 15 horas. Ao acordar, assiste televisão, toma chimarrão e, quando o bisneto está lá, caminha com ele pela grama e brinca com o mesmo. A rotina dela à noite é tomar banho ao escurecer, jantar e assistir as novelas. Entre as 20h00min e 21h00min vai dormir.

Além das três refeições principias (café, almoço e janta), a idosa faz lanches pela parte da manhã, e pela parte da tarde. No café come pão integral com geleias específicas para diabéticos, salame, café preto com um açúcar especial também. No almoço come comidas diferentes todos os dias (arroz, massa, batatinha, feijão, lentilha, carnes, etc.), geralmente sem salada, pois não gosta. Para a janta come novamente pão integral com as geleias, sanduíche (sem queijo, pois tem um grau leve de intolerância a lactose) e substitui o café preto por um

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chá. Nos lanches, no decorrer do dia, come frutas, bolos, cucas, bolachas (em pequenas quantidades). A idosa não prepara o almoço, apenas o café e a janta.

Para tratar as patologias à idosa faz uso de vários medicamentos. Para o diabetes esta senhora utiliza Insulina três vezes por dia, sempre antes do café, almoço e janta (sendo dois tipos: R: rápida, com início da ação em 30 minutos; e N: intermediária, com início da ação entre 1 à 3 horas). Para a labirintite faz uso de Vertizini D e Betadine. Para o coração usa Carvil e para a hipertensão toma Espironolactona e Losartana Potássica, bem como, o diurético Furosemida. Ainda, para o controle do colesterol faz uso de Sinvastatina.

A idosa afirma que exercícios físicos e atividades físicas são a mesma coisa. Não pratica exercícios físicos diariamente. Há pelo menos seis anos atrás frequentava uma acadêmica e fazia caminhadas diariamente pela cidade, mas parou, pois estava tendo muitas tonturas por motivo da labirintite e, consequentemente, quedas. Relata ainda que ficou com medo de voltar a praticar exercícios físicos, em virtude desses episódios.

Ela declara ter ciência de que o exercício físico faz bem para a saúde, e que se “pudesse” iria voltar a fazer. Segundo ela, quando os realizava, dormia bem e a diabetes estava um pouco melhor. Outras mudanças ela diz não ter percebido, só se sentia com falta de ar. A família a incentiva a melhorar, a praticar uma caminhada, fazer um exercício leve, não comer tanto, evitar o doce (que come mesmo assim) e a tomar mais água, pois toma aproximadamente 500 ml por dia.

Ela relata que o valor mais alto que a diabetes chegou, que ela lembra, foi de 450

mg/dl e o mais baixo foi de 26 mg/dl, seguida de desmaio. Tudo isso em questão de poucas horas, ou de um dia para outro. Declara, ainda que quando a diabetes está alta, sente tonturas e quando está baixa, ocorrem desmaios.

Em novembro do ano passado, ao se virar muito rápido para olhar para trás, sentiu uma tontura, ocasionando uma queda dentro de casa (na casa de um dos filhos). Na ocasião, fraturou três ossos da mão esquerda ao se apoiar no chão. Enquanto se recuperava dependia totalmente dos filhos e noras, para as necessidades básicas como tomar banho, se vestir, preparar e cortar os alimentos, se sentar e se levantar, etc. Dois meses após o ocorrido, em janeiro, a filha de 48 anos com câncer do pâncreas em estado já muito avançado veio a falecer, deixando uma filha com 23 anos e um filho menor de idade.

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4.2 IDOSA ATIVA

A idosa ativa tem 88 anos de idade, pesa 56 kg, é viúva há 55 anos, tem quatro filhos (dois homens e duas mulheres). Nasceu em Cachoeira do Sul, veio para Doutor Maurício Cardoso com 13 anos de idade com sua família. Eles construíram sua casa no meio do mato fechado, na localidade de Esquina Londero, próximo ao rio Uruguai. Após casou-se e morou com seu marido, durante nove anos, e então ele acabou falecendo em um acidente de caminhão. Morou sozinha com seus filhos depois que seu marido faleceu, eles cresceram e mudaram-se de cidade, apenas uma ficou aqui, até que seu pai também veio a falecer e então sua mãe veio morar com ela. Sua mãe já de idade, começou a ter problemas de saúde, e então elas vieram morar para a cidade de Doutor Maurício Cardoso. Apenas uma filha mora na mesma cidade, os demais moram em Goiás e São Paulo. A senhora estudou somente até a 4ª série, sabe ler e escrever, controla seu dinheiro e suas finanças. Frequenta de segundas, quartas, e sextas-feiras o programa Parceiros da Saúde, oferecido pela Prefeitura Municipal, que tem como objetivo proporcionar à pessoas cadastradas no programa saúde da família e os idosos, um espaço onde possam realizar atividades físicas com orientação de um profissional de Educação Física.

A idosa apresenta algumas doenças como pressão alta e problemas na tireoide. Ela relata que há muitos anos tomava meio comprimido do remédio para a pressão, e segundo o seu médico foi esse comprimido que acarretou problemas em sua tireoide, e agora segue tratando dessas duas patologias. Para a pressão faz uso de Losartana Potássica e para a tireoide Euthyrox Levotiroxina Sódica- 500mcg

Pela manhã, a idosa acorda na hora que tem vontade, mas geralmente pelas 06h30min ou 07h00min. Sua rotina inicia ao tomar café, nos dias que tem “física”, frequenta as aulas, trabalha um pouco na horta cuidando de suas verduras, e das suas flores no jardim e faz o seu almoço. Na parte da tarde, depois do almoço limpa o que sujou, lava a louça, varre a casa e às vezes dorme. Depois, vai passear nas amigas ou as amigas vêm na casa dela, faz crochê, tricô, toma chimarrão, e só liga a televisão de tarde quando tem jogo do Brasil. A rotina dela à noite é tomar banho ao escurecer, jantar e assistir à novela das 18h00min horas, rezar o Terço e ir dormir.

Além das três refeições principais (café, almoço e janta), a idosa faz lanches pela parte da manhã e pela parte da tarde. No café da manhã come pão com geleias, nata, melado, salame e toma café preto. No almoço come comidas diferentes todos os dias (feijão, arroz,

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massa, lentilha, sopa, batatinha, carnes, e diversas saladas. Costuma comer comidas mais moles, pois tem um pouco de dificuldade na mastigação dos alimentos. Na janta come um pão e toma uma xícara de leite ou come alguma fruta. Nos lanches no decorrer do dia, come frutas, bolachas caseiras e salgadas.

Para ela, exercício físico é o que se faz nas aulas de “física”, caminhar, e realizar atividades nos parelhos da academia pública. E atividade física é o que se faz em casa.

A idosa pratica exercícios físicos três vezes por semana, nas segundas, quartas e sextas-feiras, pelo Programa Parceiros da Saúde. Frequenta esse programa há pelo menos 10 anos, sendo que os primeiros três anos participava na comunidade do interior de Esquina Londero, aonde residia. Depois, para cuidar melhor de sua mãe, que estava doente e ter mais fácil acesso a hospital e farmácias, veio morar na cidade e continuou frequentando o programa até hoje. Vale ressaltar que sua mãe faleceu com 107 anos de idade.

Sobre a prática de exercícios físicos e atividades físicas na terceira idade, ela acha muito bom, e muito importante e salienta que todos os idosos deveriam fazer, para ver como ajuda. Sente muitos benefícios, se sente mais disposta, com mais flexibilidade, pois comenta que não endureceu com a idade. Afirma que praticamente não tem dores no corpo e que dorme bem. Segundo a idosa, para ela que era acostumada a trabalhar na roça, no pesado praticamente a vida toda, tendo que criar os filhos sozinha, pois o marido faleceu muito cedo, o exercício ajudou muito, pois não endureceu seus músculos. Diz que não ficou parada, continuou mantendo um ritmo, mesmo que um pouco menos que antigamente.

Sua família sempre a incentiva para não desistir das aulas do Programa de exercícios físicos da prefeitura, pois faz muito bem para ela, e sempre falam para comer sempre mais frutas e verduras, e que isso é o segredo para uma vida saudável. Ela relata que todos os filhos, praticam exercícios físicos também, porque enxergam o quanto isso faz bem para ela.

4.3 ANÁLISE DAS ENTREVISTAS

Analisando cada entrevista, observando o estilo de vida de cada uma das idosas, as suas rotinas e prioridades, é inevitável não perceber tamanha diferença das condições e da vida das mesmas. A seguir podemos realizar algumas comparações sobre as entrevistas das idosas e observar o que alguns autores têm a contribuir sobre esses determinados assuntos.

Elas têm algumas coisas em comum, mas tem muitas coisas que se diferem. Podemos perceber essas diferenças na rotina das idosas, desde as atividades que realizam durante o dia,

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até o que comem nas refeições. A prática de exercícios físicos também chama muito atenção, pois uma não deixa de praticar e a outra não tem iniciativa alguma. Há uma diferença de dez anos na idade das idosas, alguns quilos, e uma história totalmente diferente uma da outra. Ambas são viúvas há alguns anos, e tiveram que continuar a vida, em busca de seus objetivos.

Percebe-se que a alimentação delas é muito parecida. No entanto, a idosa ativa parece ter uma alimentação mais saudável, com hábito de comer frutas e verduras. Já a idosa sedentária, mesmo tendo diabetes e sabendo que faz mal para saúde dela, ainda assim come coisas doces, bolos, cucas e não segue uma dieta equilibrada, o que a ajudaria a perder peso e, consequentemente, a melhorar sua qualidade de vida. Com relação a isso,

As recomendações alimentares para a população idosa devem levar em conta as alterações fisiológicas ligadas a esse período da vida, com destaque para o risco aumentado de algumas doenças como hipertensão arterial, diabetes, dislipidemias, osteoporose, entre outros. (FREITAS et al, 2011, p 162)

Nota-se que as idosas têm práticas da vida diária bem diferentes. A idosa sedentária não tem outras ocupações além de assistir televisão, ficar sentada ou dormir. Já a idosa ativa se ocupa em diferentes atividades como cuidar do jardim e da horta, organizar sua casa, fazer seu almoço, realizar exercícios físicos, fazer tricô e crochê.

Essas atividades praticadas pela idosa ativa influenciam muito na qualidade de vida, pois a idosa está sempre em movimento, está sempre ocupada com alguma coisa, trabalhando aspectos intelectuais, mentais e físicos. Por outro lado, a idosa sedentária acaba se prejudicando cada vez mais com esse estilo de vida que leva, mas também não tem vontade ou não consegue por si só mudar essa situação. Sendo assim, de acordo com Da Silva (2012, p. 9) “um aspecto de destaque no desempenho de idosos ativos é sua importância para a execução das atividades da vida diária (AVDs), em particular aquelas que possibilitam uma vida independente”.

Fazendo uma analise, entre a prática de exercícios físicos, alimentação saudável e as doenças que acarretam a falta deles, percebe-se que a idosa ativa não apresenta muitas doenças, talvez por se alimentar de uma forma correta e já realizar exercícios físicos regularmente há aproximadamente 10 anos. Já a idosa sedentária tem inúmeras doenças, mas não muda seu estilo de vida para que diminua ou pelo menos melhore o grau dessas doenças. Segundo Drewnowski e colaboradores (2003) apud Tavares, (2007) para um envelhecimento bem-sucedido deve-se ter a manutenção do funcionamento físico e mental e se envolver com

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as atividades sociais e de relacionamento, sendo que para alcançar esse objetivo propõem orientações sobre dieta, prática de atividade física e cognitiva.

Pode-se perceber que ambas idosas tem conhecimento sobre os benefícios do exercício físico para a manutenção da saúde e qualidade de vida na terceira idade. Mas apenas a idosa ativa coloca esse conhecimento em prática, a idosa sedentária mesmo sabendo que exercícios físicos são benéficos para a saúde e que a ajudaria a melhorar sua condição de vida, não os realiza.

Até mesmo as atividades de vida diária das idosas são muito distintas, a idosa ativa realiza diversas atividades que a mantem ocupada, principalmente durante o dia, realizando assim algumas atividades físicas, que são importantes para a manutenção da qualidade de vida. Já a idosa sedentária, está em uma zona de conforto, e realiza um número muito baixo de atividades diárias, e isso acaba prejudicando muito suas condições de saúde e autonomia.

Entretanto, é sabido que o exercício físico pode ser usado no sentido de retardar e, até mesmo, atenuar o processo de declínio das funções orgânicas que são observadas com o envelhecimento, pois promove melhoras na capacidade respiratória, na reserva cardíaca, no tempo de reação, na força muscular, na memória recente, na cognição e nas habilidades sociais. Vale salientar que os exercícios físicos devem ser executados de forma preventiva, ou seja, antes de a doença apresentar suas manifestações clínicas. As intervenções reabilitadoras devem ser programadas de modo a atender às necessidades de cada indivíduo e, dessa forma, a atividade física deve ser mantida regularmente durante toda a vida para que o indivíduo possa gozar de melhorias na qualidade de vida e aumento na longevidade. (CHEIK et al, 2003, p. 47)

Pode-se perceber a importância do exercício físico e da atividade física na terceira idade, para a manutenção da vida, da qualidade de vida, e aumento na longevidade, vivendo assim uma vida, onde tarefas diárias não sejam impossíveis de serem realizadas, e onde o idoso possa ter autonomia, cuidando de si e vivendo melhor a cada dia.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta pesquisa teve muita importância para mim como pesquisadora, pois já realizei alguns trabalhos diretamente relacionado aos idosos, convivi por algum tempo observando e vivenciando suas práticas de exercício físico através do estágio supervisionado, sendo algo mais superficial. Agora com essa pesquisa, além de já conhecer um pouco as idosas, pude me infiltrar um pouco mais na vida de cada idosa escolhida, conhecer um pouco de suas rotinas, alimentação, doenças, prática de exercícios físicos, entre outros.

Percebe-se como uma alimentação saudável faz diferença, alimentar-se de maneira equilibrada, com menos carboidratos e mais frutas, legumes e verduras ajudam para um melhor funcionamento do organismo, proporcionando, assim, mais disposição para as atividades do dia a dia. Mas sabe-se que essa alimentação correta deve se fazer presente no decorrer de toda a vida, e não apenas na velhice, fazendo assim uma manutenção da saúde e consequentemente uma preparação para se ter bons resultados também na velhice.

Com essa pesquisa, reforçou-se a ideia que os exercícios físicos são de fundamental importância para a terceira idade, pois deu para se perceber claramente diferenças no estilo de vida das idosas. A idosa ativa pratica exercícios físicos há anos, não deixa de praticar e reconhece o quão o mesmo a faz bem, a deixa mais ativa, com mais flexibilidade, com menos dores no corpo e com condições de realizar suas atividades da vida diária sem ajuda de terceiros. Observando a vida da idosa sedentária, percebe-se a imensa falta que o exercício físico ou algumas atividades físicas ou, até mesmo atividades da vida diária fazem para que ela tenha uma melhor qualidade de vida, pois necessita da ajuda de terceiros para preparar suas refeições, e outras tarefas do dia a dia.

Visto que a idosa sedentária não pratica nenhum tipo de exercício físico, e está a cada dia dependendo mais de outras pessoas, penso que o mínimo de exercício ou atividade que ela realize seria importante. Exercício que comtemplem movimentos além dos que ela está acostumada, saindo de sua zona de conforto, seriam importantes para uma melhora de suas condições, trazendo assim, mais mobilidade, mais disposição, fazendo com que ela se sinta melhor a cada dia. E com essa mudança de hábito, ela sinta a importância que essa prática ativa oferece para a vida dela, apresentando mudanças físicas, biológicas, psicológicas e também sociais com o passar do tempo.

Ainda falando sobre exercícios físicos, sabe-se que a maioria dos seus efeitos não são imediatos, mas sim a longo prazo. Então pensando que a idosa sedentária há alguns anos atrás

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praticava exercícios como caminhadas e frequentava a academia, e assim se tivesse seguido com essas atividades, hoje sua vida talvez poderia estar melhor, ser mais ativa, ter mais mobilidade, conseguir realizar suas atividades diárias sozinha, e sua saúde em relação as patologias estaria melhor.

Outros estudos, como “Repercussões da aposentadoria na qualidade de vida do idoso” de Alvarenga et al (2009); e “O idoso e a aposentaria” de Castro e Rodrigues (1992), mostram que a aposentadoria é um fator crucial, pois alguns idosos vão deixando de realizar algumas tarefas do dia a dia, e assim, se não tiverem o incentivo ou clareza sobre alguns conhecimentos vão caindo no sedentarismo, e acabam muitas vezes sem condições de viverem sozinhos. Ambas as famílias incentivam as idosas, mas percebe-se no estilo de vida de cada uma, o que é realmente aceito e reproduzido por elas.

Após realizar esse estudo, percebi as enormes diferenças entre as idosas. Cada uma possui uma história, um passado diferente, estilos de vida divergentes, limitações e objetivos distintos. Uma buscando sempre uma melhoria em sua saúde e qualidade de vida, e outra deixando se levar pelo sedentarismo.

Percebi a importância de uma alimentação saudável, exercícios físicos, ou seja, de uma vida ativa, para que se tenha uma velhice sem grandes complicações, com mais facilidade de lidar com o “peso” da idade. Para que se possa viver com mais leveza, ânimo, e condições de seguir a vida com autonomia.

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atividades cognitivas e atividades físicas. Florianópolis: Universidade Federal de Santa

Catarina; 2007. Disponível em:

<https://repositorio.ufsc.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/90654/244701.pd f?sequence=1&isAllowed=y>. Acesso em: 27 de junho de 2019.

(31)

APÊNDICE A – INSTRUMENTO DE COLETA DADOS

1- Qual a sua idade: ________________________________. 2- Estado civil: ( ) solteira ( ) casada ( ) viúva

3- Tem filhos: ( ) sim ( ) não Quantos: Sexo:

4- Reside: ( ) sozinha ( ) com o marido ( ) com filhos ( ) outra condição:___________________________.

5- Escolaridade: ________________________. 6- Qual é geralmente a sua rotina pela manhã?

________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________. 7- Qual é geralmente a sua rotina à tarde?

________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________. 8- Qual é geralmente a sua rotina à noite?

________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________. 9- Faz quantas refeições por dia?

________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________. 10- Que alimentos estão incluídos nessas refeições?

________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________. 11- Possui alguma doença? Quais?

________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________.

(32)

12- Toma algum remédio? Quais?

________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________. 13- Para você o que é exercício físico? E atividade Física?

________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________. 14- Pratica exercícios físicos diariamente? Quais?

________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________. 15- Há quantos anos pratica exercícios físicos?

________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________. 16- O que pensa sobre a prática de exercícios físicos e atividades físicas na terceira idade? ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________. 17- Quais os benefícios dos exercícios físicos e das atividades físicas na sua vida?

________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________. 18- Sua família lhe incentiva a praticar exercícios físicos e a se alimentar de maneira

saudável? Se sim, de que maneira? Se não, por quê?

________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________.

(33)

APÊNDICE B - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vimos por meio desta convidá-lo (a), a participar de uma pesquisa que estamos desenvolvendo no curso de graduação de Educação Física - Bacharelado, da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. Nosso objetivo é investigar a diferença entre um idoso ativo e um idoso sedentário, em relação à saúde e qualidade de vida.

Contando que esteja disposto (a) a colaborar com este estudo, solicitamos que responda a uma entrevista. Ressaltamos que estas informações terão como único propósito o desenvolvimento desta pesquisa, podendo ser publicadas puramente com fins acadêmicos. Por outro lado, garantimos o completo anonimato nas possíveis publicações e apresentações dos resultados dessa pesquisa.

Sua participação é muito importante. Desde já, agradecemos a sua atenção. Atenciosamente,

_________________________________________________________________

JANAÍNA TAÍS JESKE – Acadêmica do Curso de Educação Física – Unijuí CPF: 03512686001

MAURO BERTOLLO – Professor do Curso de Educação Física - Unijuí CPF: 48746096000

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