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CompilaçãodasaulasdeSegurançahigieneesaúdenotrabalho

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(1)

AULA DE 29-09-08

 Enquadramento histórico da existência dos SHT na Europa  Anos 60 – Aparecimento destas questões nas áreas da produção

 Anos 80 – Engrandecimento da questão nas áreas sociais através da integração na CEE

 Anos 90 – Grande dinâmica legislativa fruto de directivas europeias

 Anos 00 – Desaceleração do ritmo legislativo e melhor preocupação empresarial no cumprimento dos requisitos legais e com as melhorias das condições de desenvolvimento dos trabalhadores.

 Orientação do plano de estudos  Conceitos básicos

 Obrigações empresariais  Enquadramento legal

 Obrigações dos trabalhadores

 Metodologias de avaliação de riscos (prevenção)  Tratamento da informação interna e externa

 Linhas de actividade: Segurança/Higiene/Ergonomia

 Repercussão da informação e da formação dos trabalhadores  Constituição de representação dos trabalhadores para a SHT  Identificação das principais actividades de risco (sectores)

 Gestão da SHT

 Itens omnipresentes: - Trabalho - Empresa - Pessoas - Tecnologia  Os factores de trabalho: - Materiais

- Organizacionais - Humanos

 As condições de trabalho: - O trabalho em si

(2)

PERIGOS E RISCOS

 Perigos:

 Perigo: Algo que está inerente à característica de um componente de trabalho. Característica intrínseca que insere um potencial dano.

 Riscos: Combinam pessoas e perigos desde que exista possibilidade de interacção (exposição de pessoas a perigos)

 Segurança do trabalho: Metodologia que previne os acidentes  Higiene do trabalho: Metodologia que previne doenças profissionais

CONCLUSÃO RESUMIDA

As questões relacionadas com a SHT surgiram nas décadas de 60, iniciando o seu percurso histórico no domínio das tarefas de produção tendo tido o seu maior

desenvolvimento e Portugal 20 anos mais tarde, com a entrada na CEE. O seguimento das directivas comunitárias trouxe um maior pendor legislativo já nos anos 90 e finalmente no início desde século, passou a haver uma maior preocupação com a segurança, higiene e saúde do trabalho, por parte das empresas.

Compete assim às empresas considerar na sua gestão a SHT, tendo por base a trilogia que compõe a sua interpretação prática: a composição dos agentes na empresa, os factores de trabalho e as condições de exercício da actividade.

Foram distinguidos os conceitos de Perigo e Risco, estando o primeiro alinhado com a natureza intrínseca de um elemento de trabalho e o segundo, enquadrado no âmbito da exposição de uma pessoa ao perigo.

Ou seja, o perigo só por si não é passível de provocar um dano (por ex. a electricidade insere o perigo da morte por electrocussão), contudo não acontece nada se ninguém estiver em contacto com ela.

Por sua vez, o risco de morte por electrocussão existe se houver interacção da pessoa com a electricidade.

Pode-se assim concluir que os perigos existem, mas só constituem um risco desde que haja interacção humana com eles.

(3)

AULA DE 02-10-08

 O objecto de intervenção preventiva

 Perigo: Potencial de dano intrínseco aos componentes do trabalho  Risco: Probabilidade de que um trabalhador sofra um dano no trabalho

 Diferença entre Safety e Security vs Segurança

 O perigo é estático enquanto que o risco é dinâmico

 Não se consegue avaliar o risco sem analisar a trilogia do perigo que este insere

ABORDAGENS CLÁSSICAS DA SHST  Segurança do trabalho:

 Metodologias que visam prevenir o acidente de trabalho

 Higiene no trabalho:

 Metodologias não médicas que visam prevenir doenças profissionais

 Medicina do trabalho:

 Metodologias médicas de vigilância da saúde.

SAFETY SECURITY

PRODUÇÃO TRABALHO PATRIMÓNIO DA

EMPRESA

MANUTENÇÃO PREVENÇÃO DE RISCOS PROFISSIONAIS (shst)

SEGURANÇA DE PESSOAS E BENS

(4)

O TRABALHO

 Dimensões do trabalho

 Transforma a natureza (questão ambiental)  Produz bens e serviços

 Gera mercadorias

 Suscita a criatividade das pessoas  Promove a organização que o enquadra  Implicações do trabalho  Indivíduo  Tecnologia  Empresa  Profissões  Vertentes económicas

 Vertentes simbólicas (intrínsecas à necessidade de estatuto próprio)

SISTEMAS DE TRABALHO  Elemento técnico:  Tecnologia  Elemento económico:  Custos / Rendimentos  Elemento organização:

 Tarefas / Comunicação / Funções / Controlo / Decisão  Elemento profissão:

 Qualificação / Normas / Procedimentos

DINÃMICA DO TRABALHO

 Acção sobre os materiais (relação entre o homem e o equipamento)  Acção entre as pessoas (relação interpessoal)

(5)

CONCLUSÃO RESUMIDA

Caracterização sumária das diferentes abordagens que definem a SHT no seu conceito. Dividindo-se em 3 eixos que encorpam a dimensão da segurança onde se enquadram os métodos de prevenção de acidentes, a dimensão higiene que se compõe dos métodos de prevenção das doenças profissionais e da dimensão saúde que se estabelece nos métodos de vigilância da saúde.

Ficou clara a diferenciação da nomenclatura habitualmente utilizada na caracterização do conceito se SHT quanto aos termos de Safety e Secutity, estando o primeiro alinhado com as questões ligadas às actividades do trabalho e o segundo direccionado para a esfera patrimonial da empresa ou organização.

O factor trabalho aparece assim como pólo central da existência da SHT, uma vez que é através deste factor e das suas dimensões e implicações que se desenham todas as actividades da SHT.

(6)

AULA DE 06-10-08

 Evolução do enquadramento social do trabalho  Trabalho escravo / servidão

 Corporações de artes e ofícios (artesãos)

 3 classes profissionais em função da hierarquia da aprendizagem (aprendiz/oficial/mestre)

 Trabalho autónomo (aparecimento da actividade comercial)  Trabalho assalariado

 Evolução do enquadramento do trabalho na Idade Média

 Fundamentos do sistema económico capitalista  Propriedade privada

 Produção de mercadorias  Trabalho assalariado

 Características da abordagem da revolução industrial

 Energia obtida de fontes inanimadas  Utilização da máquina (maquinofactura)  Produção em massa

 Evolução da Industrialização

 1ª Revolução Industrial: Ferro / Carvão

 2ª Revolução industrial: Aço / Electricidade / Petróleo

 Organização do trabalho subsequente à Revolução Industrial “Taylorismo”

 Simplificação dos movimentos no gesto profissional  Padronização dos tempos (unit working time)  Divisão do trabalho (especialização produtiva)

 Trabalho em cadeia (sequência lógica de fraccionamento)  Incentivos salariais

 Parcelização do trabalho (separação entre tarefa de concepção e de execução) Idade média Séc. XV Séc. XVIII Séc. XIX Séc. XX

(7)

 Efeitos do Taylorismo

 Perda do controlo individual do processo produtivo por parte do trabalhador  Perda do sistema de aprendizagem inerente às corporações de artes e ofícios  Gestão centrada nos processos e nas tecnologias em detrimento das pessoas  Novos riscos associados a: tecnologia / ritmo de trabalho / carga física de

trabalho / carga mental de trabalho

 Nova filosofia: adaptação do homem ao trabalho

 A evolução da gestão no pós-guerra

 A empresa é vista como um sistema: organização  Sistema aberto: que reúne inputs / outputs

 Sistema complexo: que envolve subsistema técnico / subsistema social

 Desta concepção resulta a conclusão de que o trabalho está associado a 3 tipos de factores: materiais / organizacionais / humanos

 Os cenários da pós-industrialização

 Mercados: constituem o centro da economia e põem em evidência as vertentes de qualidade / diversidade / inovação / tempestividade

 Tecnologia: em revolução permanente (automatização / automação / informatização / TIC)

 Terciário: em progressão constante (motor da economia)  Pós-industrialização: as mudanças do trabalho

 Os conteúdos do trabalho  A organização do trabalho  As qualificações profissionais  A carga mental

 Os novos riscos profissionais  Riscos psicossociais

 Lesões músculo-esqueléticas (miniaturização)  Invasão da informática nos processos de trabalho  As novas condições da gestão dos riscos profissionais  Nos inputs (estudo durante a aquisição)

 Nos outputs (estudo do risco até ao cliente)

 Nos prazos de execução (possível agravamento do risco)  Na subcontratação

(8)

A evolução das relações de trabalho desde a idade média até aos dias de hoje sofreu grandes alterações de ordem sistémica que introduziram uma nova conceptualização dos factores que constituem possíveis riscos profissionais.

No inicio desta evolução, as tarefas estavam essencialmente controladas pelo próprios indivíduo que decidia os termos da sua exposição aos riscos. A revolução industrial levou a transferir esse controlo para quem organizava aos postos de trabalho, aumentando consideravelmente o nível de exposição uma vez que esta dinâmica de produção em massa inerente aos conceitos tayloristas diminuíam a condição humana como factor de consideração a equipar à máquina.

Apareceram assim novos riscos profissionais associados ao uso abusivo da tecnologia desconsiderando a condição humana como factor de trabalho.

Actualmente, existe uma maior preocupação neste sentido com relevância para as questões de ordem física, sendo ainda reduzida a acção sobre os riscos psicossociais.

(9)

 Sistema de prevenção dos riscos profissionais  Código do trabalho / Fonte: directiva 89-391 CEE

 DL nº 441/91 de 14 Nov. (enquadra as políticas públicas relacionadas com a SHST (art.º 4º a art.º 7º e art.º 18º a art.º 21º) / Fonte: Convenção 155 da OIT

 No âmbito das relações de trabalho avultam as obrigações do empregador  Avaliar os riscos

 Organizar os recursos (humanos / materiais / organizacionais) necessários à prevenção

 Planear, implementar e avaliar as acções preventivas

 No âmbito das políticas públicas, avultam as obrigações do estado  Diagnosticar as condições de trabalho

 Definir e implementar políticas nacionais de SHST

 Estruturar um sistema nacional de prevenção de riscos profissionais  Dinamizar uma rede nacional de prevenção

 Sistema Nacional Prevenção de Riscos Profissionais

 Consiste num conjunto de eixos relacionados com as diversas dimensões implicadas nas políticas públicas e privadas de SHST

 Tem como objectivo conferir coerência às políticas públicas e enquadrar as acções preventivas desenvolvidas pelas empresas

 Estruturação Sist Nac Prevenção

 Artº 5º - Política nacional da SHST envolvendo as áreas de:  Componentes materiais do trabalho

 Processos, métodos e organização do trabalho  Formação e qualificação dos trabalhadores  Participação dos trabalhadores

 Protecção dos representantes dos trabalhadores

 Definição de responsabilidades das entidades públicas, dos empregadores e dos trabalhadores

(10)

 Art.º 7º - Sistema de análise periódica às condições de trabalho existentes no tecido produtivo do país e definição de prioridades nacionais

 Art.º 8º - Adopção de medidas legislativas, regulamentares e outras consoante as práticas nacionais

 Art.º 9º - Sistema de inspecção  Art.º 9º - Sistema de sanções

 Art.º 10º - Sistema de aconselhamento de empregadores e de trabalhadores  Art.º 11º - Sistema de controlo do funcionamento dos estabelecimentos

licenciamento industrial/comercial)

 Art.º 11º e 12º- Sistema de controlo dos materiais, equipamentos e processos de trabalho.

 Art.º 11º - Sistema de controlo dos acidentes de trabalho e das doenças profissionais (declaração das ocorrências, elaboração de inquéritos nos casos graves e elaboração de estatísticas nacionais)

 Art.º 11º - Relatórios periódicos sobre condições de trabalho nacionais

 Art.º 11º - sistema de investigação sobre a particular perigosidade de agentes físicos, químicos e biológicos

 Art.º 14º - Inclusão de conteúdos pedagógicos relativos à segurança e saúde do trabalho nos programas de educação e de formação em todos os níveis

CONCLUSÃO RESUMIDA

A SHT aparece aqui no enquadramento jurídico que regula a sua aplicação prática, inspirada essencialmente nas directivas internacionais transpostas para o direito laboral português através do código do trabalho e em legislação da especialidade no que diz respeito ao exercício do direito público.

Estão estabelecidas regras de aplicação dos sistemas de SHT bem específicas para a esfera privada e pública, cabendo às entidades empregadoras a organização do sistema e o velar pela sua correcta implementação, no caso do estado compete-lhe a regulação da aplicação e a sua promoção através das suas políticas de

instrumentalização das relações laborais.

A convenção nº 155 da OIT ganha particular relevância como fonte inspiradora dos desígnios necessários à correcta implementação dos sistemas de SHT por parte de ambas as figuras.

(11)

 Sistema de prevenção dos riscos profissionais (cont.)

 Elementos integrados no Sist. Nac. Prevenção (art.5 DL 441/91 de 14 Nov):  Regulamentação  Licenciamento  Certificação  Normalização  Investigação  Formação  Informação  Consulta e Participação  Inspecção  Eixo-Regulamentação

 Elaboração de diplomas legais relativos à SHST

 Intervenção especializada de Organismos com competência normativa dos Ministérios (MTSS / MS / ME / MA)

 Ministérios do Trabalho e Saúde (condições de segurança e saúde dos trabalhadores na perspectiva das condições de trabalho)

 Ministérios da Economia e Ambiente (condições de segurança e saúde)

 Eixo-Licenciamento

 Sistema de autorização da laboração nos estabelecimentos (licenciamento industrial e licenciamento comercial)

 Intervenção especializada de diversos Organismos (da Economia: entidade coordenadora do licenciamento; das áreas do Trabalho, Saúde e Ambiente: entidades consultadas)

 Eixo-Normalização

 Elaboração de Normas Técnicas (no âmbito do Sist Português da Qualidade)  As Normas Técnicas visam definir referenciais necessários à garantia da

qualidade das actividades preventivas. (ex: referências sobre as metodologias e os valores limite a ter em conta; características técnicas dos EPI’s; características técnicas dos equipamentos de detecção e combate a incêndios; especificações técnicas sobre os locais dos estabelecimentos industriais; especificações técnicas sobre os equipamentos de trabalho...

(12)

 Regra geral as Normas Técnicas não são de cumprimento obrigatório, pois elas situam-se no contexto do mercado (garantia da qualidade dos procedimentos, dos produtos e serviços)

 Contudo, a legislação pode tornar obrigatórias determinadas Normas Técnicas em casos específicos

 A avaliação de riscos constitui o domínio onde tendencialmente mais se deverão desenvolver as Normas Técnicas

 Origem das Normas Técnicas:  NP’s – Normas Nacionais (IPQ)  ISO - Normas Internacionais  EN – Normas Europeias (CEN)

 Eixo-Certificação

 Actividade que se desenvolve em 2 níveis:

1. Acreditação de entidades para determinadas funções específicas, de acordo com normas internacionais, europeias ou nacionais (p.ex. laboratórios de ensaio e calibração e organismos de inspecção e de certificação);

2. Certificação de produtos (por ex. segurança intrínseca de máquinas) e de sistemas (sistemas de gestão da SST) efectuada por aquelas entidades acreditadas.

 A certificação situa-se no âmbito do S N Q

 Deve ainda ser considerada a Certificação Profissional que é assegurada no âmbito do Sistema Nacional de Certificação Profissional (sistema gerido pelo IEFP)

 Eixo-Investigação

 Investigação aplicada e desenvolvida pela comunidade técnico-científica visando o conhecimento dos riscos profissionais, em particular os riscos associados à inovação tecnológica.

 Esta investigação deveria apoiar o desenvolvimento da legislação, da normalização técnica e da acção de divulgação da cultura da prevenção por parte das entidades oficiais.

 Eixo-Formação

 Definição dos perfis de competências e estabelecimento de referenciais de formação de diversos públicos alvo.

 Desenvolvimento de recursos didácticos

 Definição do perfil do técnico do trabalho e do médico do trabalho.

(13)

 A actividade de Informação visa alimentar o Sistema Nacional de Prevenção com as referências necessárias às estratégias públicas e privadas da prevenção de riscos profissionais, (por ex. informação estatística relativa à sinistralidade laboral e doenças profissionais (MTSS)

 Eixo-Participação

 Partilha do Governo com os parceiros sociais da responsabilidade de conselho permanente de concertação Social.

 Elaboração de diagnósticos e de adopção de medidas de política nacional e programas públicos de acção (Concertação Social)

 Elaboração legislativa (Concertação Social)

 Eixo-Inspecção

 Controlo público das condições de trabalho através da Inspecção Geral do Trabalho (actual ACT)

CONCLUSÃO RESUMIDA

O Sistema de prevenção dos riscos profissionais integra assim nove eixos que se complementam entre si, estabelecendo as regras de orientação e aplicação prática das medidas de SHST nas organizações.

Particular destaque para os eixos de regulamentação, licenciamento, normalização e inspecção, que conferem ao sistema o âmbito legal e orientador quer no âmbito privado quer público.

(14)

QUADRO LEGISLATIVO DA SHST

 Gestão da SST

 Enquadramento da SST: Políticas públicas / Políticas de empresa

 Organização dos serviços de SST: Regime geral / Especificidades da Administração Pública

 Componentes Materiais do Trabalho (empresas que têm existência de Material)  Locais de trabalho – em função do tipo de material

 Equipamentos de trabalho/máquinas/ferramentas

 Movimentação manual de cargas: antes de se definir o contéudo de uma tarefa deste género, é necessário analisar a possibilidade de introduzir um meio mecânico.

 Factores a considerar: distância do percurso a efectuar / características físicas da carga / características físicas da pessoas / condições climatéricas / análise da distribuição do peso da carga por uma ou mais pessoas (equipa)

 Agentes físicos

 Ruído : Profissional e ambiental

 O ruído determina-se como sendo o som recebido por parte de um indivíduo durante um determinado tempo para que seja possível estabelecer uma média para o tempo da sua exposição.

 Os aparelhos que permitem medir o ruído são os sonómetros e os dosímetros)  A legislação prevê2 graus diferentes quanto à perigosidade do ruído: limite

amarelo (introduzir medidas de atenuação) e limite vermelho (introduzir medidas urgentes de eliminação do ruído na sua fonte)

 Antes de qualquer medida, deve-se fazer uma correcta avaliação de riscos.  Vibrações: Mão-braço e corpo inteiro

 A vibração determina-se como sendo o impacto absorvido por um indivíduo pelos seus membros superiores ou pelo seu corpo inteiro.

 O aparelho que permite medir as vibrações é o acelerómetro

 Radiações ionizantes : actividades que utilizam o RX

 A legislação obriga à existência de um plano de emergência específico para prevenir acidentes

 Agentes químicos

(15)

 Cancerígenos (diploma sobre agentes cancerígenos)

 Amianto (utilização futura proibida - fibrocimento liberta fibras microscópicas susceptíveis de serem inaladas)

 Chumbo (provoca uma doença chamada saturnismo)  Atmosferas explosivas

 Agentes biológicos  Regime geral

 Organismos geneticamente modificados  Protecção face a riscos

 Sinalização de segurança (luminosos / gestual / acústico / pictogramas)

Equipamentos de protecção individual (EPI’s que devem ser assumidos conjuntamente com medidas de protecção complementar)

 Trabalhos proibidos ou condicionados  Menores

 Mulheres (grávidas / pós-parto / amamentação)  Sectores Especiais

 Industria  Comércio

 Minas e pedreiras  Navios de pesca

 Trabalho a bordo de navios  Construção

 Emergência

 Organização do sistema de emergência  Incêndio (prevenção e combate)

 Está para sair um novo regulamento de incêndios para estabelecer regras de acordo com a natureza dos edifícios.

 Exercício da Actividade Económica

 Licenciamento industrial e comercial ( Empresas químicas e pesadas)  Segurança de produtos

 Máquinas  EPI’s

 Outras áreas

 Acidentes tecnológicos graves (petrolíferas / químicas pesadas)

CARACTERÍSTICAS DOS PRÓPRIOS LOCAIS DE TRABALHO ONDE SE EXERCE A ACTIVIDADE LABORAL

(16)

 Estatística de acidentes de trabalho  Sanções (Coimas)

 Reparação (dos acidentes de trabalho e doenças profissionais)  Regime geral da reparação

 Trabalhadores independentes  Reparação de acidentes de trabalho  Reparação das doenças profissionais

CONCLUSÃO RESUMIDA

O enquadramento explica qual o objecto da SHT, a sua finalidade, os seus principais intervenientes e aponta as metodologias que definem a sua acção.

Define o papel do Estado e de todos os organismos não estaduais.

Existe um domínio de regulação que as empresas devem assumir em relação à SHT. A legislação tem como objectivo estabelecer padrões de referência que servem como orientação na implementação de um sistema de SHT.

(17)

 Sistemática de implementação na empresa  Avaliação de riscos

 Medidas preventivas  Informação

 Formação

 Engenharia (soluções de intervenção directa na fonte de risco)  Ergonomia (definição do método operativo de trabalho)

 Medidas de protecção  EPI’s

 Monitorização  Avaliação

 Acidentes de trabalho e doenças profissionais  Direito a reparação

 Regime legal:

Lei 100/97 de 13 de Set. (Regime legal da reparação dos Acidentes de Trabalho e Doenças Profissionais)

 Regulamentação:

DL 143/99 de 30 de Abr. (Reparação dos acidentes de trabalho) DL 248/99 de 02 de Jul. (Reparação das doenças profissionais)

DReg. 6/2001 de 5 de Maio & DReg. 76/2007 de 17 de Jul. (Índice codificado das doenças profissionais)

DL 352/2007 de 23 de Out. (Tabela nacional de incapacidades por acidentes de trabalho e doenças profissionais)

DL 159/99 de 11 de Mai. (Seguro de acidentes de trabalho dos trabalhadores independentes)

DL 503/99 de 20 de Nov. (Administração Pública)

 Prevenção e Reparação  Prevenção:

 Acção de evitar ou diminuir os riscos profissionais.  Reparação (de DP e AT):

 Acção de reduzir as consequências dos acidentes ou das doenças profissionais

 Tipos de Responsabilidades associadas aos AT e DP 1ºnível

(18)

 Responsabilidade criminal  Responsabilidade civil  Responsabilidade contra-ordenacional  Responsabilidade disciplinar  Responsabilidade administrativa  Responsabilidade Criminal

 Objecto: quando está em causa a violação de valores éticos.  Sujeitos: as pessoas.

 Pressupostos: haver legislação a considerar tais violações como crimes / haver culpa (a graduação da culpa vai da negligência ao dolo)

 Sanções: privação da liberdade.

 Entidades competentes: Tribunais Criminais

CONCLUSÃO RESUMIDA

A implementação dos sistemas de SHST nas empresas está assim estabelecida em dois níveis principais, o primeiro nível com o desenvolvimento de toda as acções orgânicas da implementação, desde o seu planeamento, avaliação dos riscos, medidas de intervenção, etc… e um 2º nível onde se enquadram as medidas de avaliação e monitorização das medidas implementadas no sentido de analisar os desvios existentes e estabelecer os requisitos a considerar na gestão do sistema para alinhar a sua acção em consonância com a complexidade das tarefas.

A questão da responsabilização por danos causados no âmbito d uma deficiente gestão do SHST, está amplamente regulamentada e subdividem-se os níveis de responsabilidade em função dos domínios em que esta se enquadra. Poderá estar assim representada a figura da responsabilidade criminal, a responsabilidade civil, a responsabilidade contra-ordenacional e responsabilidade disciplinar.

Este diferentes níveis de responsabilidade visam cobrir o espectro da prevenção e da reparação de acidentes de trabalho e/ou doenças profissionais e estão organizados mediante a especificidade do risco a prever e da amplitude reparatória associados.

(19)

 Responsabilidade Civil

 Objecto: quando está em causa a violação de contratos.

 Sujeitos: as pessoas / as organizações (vinculação da responsabilidade por via do estabelecimento de um contrato) / as seguradoras (vinculação por transferência da responsabilidade civil dos acidentes de trabalho).

 Pressupostos: haver enquadramento contratual / legislação a considerar como ilícitos / haver responsabilidade objectiva

 Sanções: restituição da coisa devida / indemnização por prejuízos causados.  Entidades competentes: entidades arbitrais / Tribunais Civis

 Responsabilidade Contra-Ordenacional

 Objecto: quando está em causa a violação de regras de conduta social (sem dimensão ética)

 Sujeitos: as organizações.

 Pressupostos: haver legislação a considerar tais violações como contra-ordenações / haver culpa (a graduação da culpa vai da negligência ao dolo)  Sanções: coimas

 Entidades competentes: autoridades administrativas (Inspecções) / autoridades policiais / Tribunais Cíveis (apreciação de recursos).

 Responsabilidade Disciplinar (caso da disciplina laboral)

 Objecto: quando está em causa a violação de regras de disciplina laboral.  Sujeitos: os trabalhadores / as entidades empregadoras.

 Pressupostos: haver regras definidas na legislação do trabalho ou em regulamentos da empresa / haver culpa (a graduação da culpa vai da negligência ao dolo) / haver procedimento disciplinar, com garantia de defesa do trabalhador.

 Sanções: repreensão / suspensão / despedimento.

 Entidades competentes: entidades empregadoras / Tribunais do Trabalho (apreciação de recursos).

(20)

 Objecto: quando está em causa a violação de obrigação perante a Administração do Estado (por ex: comunicação à ACT da ocorrência de um acidente mortal ou grave)

 Sujeitos: as pessoas / as organizações.

 Pressupostos: haver legislação a impor determinadas obrigações do cidadão ou organização perante o Estado / haver responsabilidade objectiva.

 Sanções: coimas / outras sanções administrativas.

 Entidades competentes: autoridades administrativas / Tribunais (apreciação de recursos).

 Abordagens da Reparação  Assistência médica

 Assistência medicamentosa

 Compensação por redução da capacidade de trabalho (capacidade de ganho)

 Pressupostos da Reparação  Acidente de trabalho:

 Acontecimento ocasional e imprevisto, decorrente de uma situação de trabalho com lesões para a saúde do trabalhador.

Doença profissional:

 Dano ou alteração da saúde causados por condições nocivas presentes nos componentes de trabalho.

Lesão:

 Dano corporal causado por uma acção agressiva, com alteração das funções celulares, dos tecidos ou dos órgãos. As lesões profissionais podem resultar de acidentes de trabalho ou de doenças profissionais.

 Acidentes de Trabalho-Caracterização

(21)

 Evento ocasional e imprevisto;

 Que produza directa ou indirectamente lesão corporal, perturbação funcional ou doença de que resulte redução na capacidade de trabalho ou de ganho ou a morte

Verificado no local de trabalho

 Todo o lugar em que o trabalhador se encontra ou deva dirigir-se em virtude do seu trabalho e em que esteja, directa ou indiretamente, sujeito ao controlo do empregador

Tempo de trabalho

 Período normal de trabalho

 Tempo dispendido antes e depois desse período em actos de preparação e conclusão do trabalho;

 Pausas normais no trabalho;

 Interrupções forçosas que tenham lugar no desenvolvimento do trabalho;  Trabalho suplementar;

 Em geral, sempre que o trabalhador esteja em regime de disponibilidade para a entidade empregadora

Provocado pelo trabalho

 Acidente de Trabalho no Trajecto

 Trajecto habitual entre a residência (habitual ou ocasional) do trabalhador e o seu local de trabalho

 Acidentes ocorridos durante o trajecto, que tenha sofrido interrupções por necessidades atendíveis do trabalhador, por motivo de força maior ou por caso fortuito.

 Entre a residência ou o local de trabalho e:  Local do pagamento da retribuição;

 Local de formação (desde que enquadrada pela empresa)

 Locais onde ao trabalhador deva ser prestado qualquer tipo de assistência ou tratamento por acidente anterior.

 Entre o local de trabalho e:  Local de refeição;

(22)

 Qualquer outro local onde o trabalhador tenha de prestar serviço por incumbência do empregador

Actividades Incluídas no Trabalho

 Actividades executadas no local e no tempo de trabalho

 Actividades executadas fora do local e do tempo de trabalho na execução de qualquer serviço determinado ou consentido pelo empregador

 Execução de qualquer serviço de que possa resultar proveito económico para o empregador (incluindo serviços prestados fora do local de trabalho ou do tempo de trabalho)

 Actividades de participação dos trabalhadores exercidas no local de trabalho  Frequência de formação profissional, desde que autorizada pelo empregador  Actividades de procura de emprego durante o crédito de horas previsto na lei

para o efeito (regime de despedimento).

 Incidente

 Acontecimento ocasional e imprevisto que pode provocar danos à propriedade / equipamentos / produtos / meio ambiente / bem como perdas à produção, sem contudo determinar lesões para a saúde.

CONCLUSÃO RESUMIDA

Elenco das restantes responsabilidades e sua representação prática. Abordagens de reparação no âmbito dos acidentes de trabalho e doenças profissionais.

Caracterização dos requisitos necessários à configuração do acidente de trabalho ou da doença profissional e respectivo enquadramento dos pressupostos de reparação. Conclui-se que existe neste âmbito uma vasta estrutura interpretativa da

caracterização que remete para uma análise substancial durante o processo de avaliação casuística do acidente ou da doença profissional, desde o factor tempo de trabalho, ao seu local de realização e passando pelo elemento causador do acidente e/ou doença, torna-se evidente a complexidade da atribuição de culpa em associação ao desempenho da actividade.

Uma nota ainda para o factor de diferenciação entre os conceitos de acidente e incidente, o primeiro associado a danos provocados no ser humano e o segundo remetendo para danos de ordem material, excluindo a presença do elemento humano. AULA DE 30-10-08

(23)

 Indicadores de sinistralidade

 Taxa de incidência (leitura da extensão do risco):

 Taxa de frequência (leitura da probabilidade do risco):

 Taxa de gravidade (leitura da gravidade do risco): TG =

(um acidente mortal equivale à perda de 7.500 dias de trabalho)

 Incapacidades resultantes da sinistralidade laboral

Incapacidade permanente absoluta (IPA) – incapacidade permanente e total para o exercício de todo e qualquer trabalho.

Incapacidade permanente parcial (IPP) – incapacidade permanente que não incapacita totalmente o trabalhador para o desempenho das tarefas habituais.  Incapacidade temporária absoluta (ITA) – período de recepção de assistência

médica com impedimento de trabalhar.

Incapacidade temporária parcial (ITP) – período com redução parcial da capacidade de desempenho da actividade.

 Dinâmica dos Acidentes  Ratio de acidentes

Estudo efectuado em 1969 por Frank Bird 1 Acidente grave/mortal

10 Acidentes c/ lesões menores 30 Incidentes (danos patrimoniais) 600 Incidentes sem dano

+

+

=

(24)

CONCLUSÃO RESUMIDA

Estão assim representados 3 indicadores de sinistralidade que nos permitem

identificar e classificar a taxa de incidência na leitura da extensão do risco, a taxa de frequência na leitura da probabilidade de acontecimento e a taxa de gravidade na leitura da própria gravidade do risco.

Estão também definidas 4 classes de incapacidades distintas, a incapacidade permanente absoluta que inibe o indivíduo de toda a sua actividade laboral; a incapacidade permanente parcial que apenas inibe o indivíduo no desempenho de uma parte das tarefas afectas à sua actividade laboral; a incapacidade temporária absoluta que inibe o indivíduo do desempenho da sua actividade pelo período em que está á espera de assistência médica e a incapacidade temporária parcial que apenas inibe o indivíduo do desempenho da sua actividade por um determinado período de tempo considerado necessário à sua recuperação física por parte do diagnóstico médico.

Um estudo efectuado por Frank Bird veio demonstrar que o ratio dos acidentes deve ser considerado nos seguintes termos: sempre que se dá um acidente mortal, isso significa que pelo menos terão ocorrido anteriormente 10 acidentes com lesões menores, 30 incidentes e cerca de 600 incidentes sem dano.

Estes números comprovam que é a montante que se devem tomar as medidas de prevenção no sentido de minimizar as probabilidades de ocorrência de acidentes mortais.

(25)

 Custos dos Acidentes

 Custos directos: Custos relacionados com os acidentes de trabalho que se encontram segurados.

 Custos indirectos: Custos relacionados com as consequências imediatas ou mediatas dos acidentes de trabalho que não se encontram segurados.

 Descaracterização de AT

 Violação injustificada das condições de segurança pelo sinistrado.  Comportamento doloso do sinistrado ou negligência grosseira.  Privação do uso da razão do sinistrado.

 Caso de força maior (casos devidos a forças inevitáveis da natureza, independente da intervenção humana, que não constituam risco criado pelas condições de trabalho).

 Ocultação de predisposição patológica do sinistrado para o acidente. CUSTOS SEGURADOS

- Valor 1 – Indemnizações

Cuidados de saúde

CUSTOS NÃO SEGURADOS - Valor 5 – Danos nas instalações Danos nos equipamentos Danos na produção Tempo de investigação

Contratação e formação de trabalhadores Sanções

Perda de confiança Perda de imagem

Cuidados de saúde Custos dos Acidentes

(Teoria do iceberg de Bird)

Causas dos Acidentes - Factores Potenciais – Adaptado de Dumaine, 1983

(26)

 Acidentes Graves  Acidentes mortais

 Se a morte for provocada pelo acidente e acorrer no prazo de 1 ano  Análise de causas com elaboração de inquérito

 Comunicação à ACT (no prazo de 24h) / (informação da ocorrência e registos dos tempos de trabalho prestado pelo trabalhador nos 30 dias anteriores ao acidente)

 Outros acidentes graves

 Determinar criteriosamente o conceito de “Acidente grave” em função da gravidade da lesão e/ou do tipo de evento que assuma uma particular gravidade

 Análise de causas com elaboração de inquérito

 Comunicação à ACT (prazo 24h) / (informação da ocorrência e registos dos tempos de trabalho prestado pelo trabalhador nos 30 dias anteriores ao acidente

 Acidentes com “ausência superior a três dias úteis” FACTORES DE ACIDENTES

O Homem

O material e as matérias O modo operatório As ligações

O meio físico envolvente As interacções de proximidade As interacções da organização

Os factores psico-profissionais

DEFINIÇÃO Aqueles que agem

Componentes materiais utilizados Maneira de fazer, tipo de tarefa Coactividade ou coordenação

Influência sobre a acção (constrangimentos) Interferências de outros processos ou actividades (condicionalismos)

Influência sobre os actos

(27)

 Excluir o dia do acidente, pois as Estatísticas Europeias apenas consideram dias inteiros de ausência de trabalho

 Análise de causas

 Informação aos trabalhadores

 Comunicação Acidentes à ACT

 Empregador

 Denominação Social:…Actividade ou objecto social:… CAE…Nº de pessoa colectiva ou entidade equiparada….

 Sede: (endereço, telefone, fax e correio electrónico):……….  Seguro de acidentes de trabalho: apólice nº…….. Seguradora:……….  Sinistrado  Nome:…Nacionalidade:…Residência:…Sexo:…Profissão:…Antiguidade na Empresa…  Acidente  Data:…../……/……  Hora do Acidente:……H…..  Estaleiro – Local:

 Tarefa desempenhada pelo sinistrado no momento do acedente:………  Circunstâncias do acidente:………

 Lesões sofridas:……….

 Consequências do acidente conhecidas ou previsíveis à data da comunicação……….

 Tempos de trabalho

 Duração diária e semanal do trabalho prestado pelo sinistrado nos 30 dias que antecedem o acidente……….

 Registo dos tempos de trabalho prestado pelo sinistrado nos 30 dias que antecederam o acidente.

(28)

 Doença contraída em consequência de uma exposição, durante um período de tempo, a factores de risco decorrentes de uma actividade profissional.

 São Doenças Profissionais:

 As doenças constantes da respectiva listam codificada (DReg. 6/2001 de 5 de Mai.)

 Bem como as demais lesões perturbações funcionais ou doenças não incluídas na lista, desde que sejam consequência necessária e directa da actividade exercida pelos trabalhadores e não represente normal desgaste dor organismo” (DL 248/99, de 2 de Junho).

CONCLUSÃO RESUMIDA

Descaracterização dos acidentes de trabalho, a sua múltipla representação e o enquadramento dos custos que lhes estão associados.

Conclui-se que existem custos elevados associados aos AT, sendo inclusive impossível a medição do impacte que podem causar na organização.

Existem assim responsabilidades partilhadas no cumprimento das regras de segurança instituídas quer por parte do empregador quer por parte do trabalhador podendo este, ver o seu acidente de trabalho descaracterizado se não tiver respeitado o que estava em vigor.

O trâmite processual obriga então quando se dá um acidente, a uma comunicação aos organismos que tutelam esta dinâmica, nomeadamente as seguradoras e a ACT, dentro dos prazos estabelecidos para o efeito.

Foi caracterizada a doença profissional como sendo essencialmente uma doença que tenha sido contraída na derivação da exposição a uma actividade profissional com um nível de risco associado (por ex. tendinite)

(29)

CONCEITOS DE SHST

Perigo

 Propriedade ou capacidade intrínseca de um componente do trabalho potencialmente causador de danos

Risco

 Possibilidade de que um trabalhador sofra um dano provocado pelo trabalho

Segurança do trabalho (safety):

 Abordagens específicas que visam a prevenção dos acidentes de trabalho.

Segurança industrial (safety):

 Abordagens destinadas à prevenção de incidentes no sistema produtivo.

Segurança de pessoas e bens (security)

 Abordagens destinadas a prevenir a perturbação dos recursos da empresa

Segurança do trabalho

 Metodologias de prevenção de acidentes de trabalho;

Higiene do trabalho

 Metodologias (não médicas) de prevenção das doenças profissionais;

Vigilância da saúde

 Metodologias de monitorização da saúde dos trabalhadores

Prevenção

 Acção de evitar ou diminuir os riscos profissionais através de um conjunto de disposições e medidas a adoptar em todas as fases e domínios da actividade da empresa

(30)

 Detecção do perigo  Avaliação do risco  Controlo do risco

Avaliação de riscos

 Processo de identificar, estimar e valorar os riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores, visando obter a informação necessária à tomada de decisão relativa às acções preventivas a adoptar.

Controlo de riscos

 Processo que envolve a adopção de medidas técnicas, organizativas, de formação, de informação e outras, tendo em vista a redução dos riscos profissionais e a avaliação da sua eficácia

Prevenção correctiva

 Acção sobre os riscos através de dispositivos, equipamentos ou outras medidas colocadas no seu ponto de manifestação.

Prevenção integrada

 Acção a montante, particularmente na fase de concepção, tendo em vista a obtenção da optimização das soluções preventivas (elevada eficácia preventiva e produtiva).

Segurança intrínseca

 Agir unicamente sobre a forma, a disposição, o modo de montagem ou o princípio dos elementos constituintes funcionais de um sistema (máquina), sem acrescentar elementos especificamente concebidos com vista a garantir a segurança

Medidas de prevenção activa

 Medidas de prevenção de riscos profissionais que assentam no comportamento dos trabalhadores.

Medidas de prevenção passiva

 Medidas de prevenção de riscos profissionais que assentam em alterações dos componentes materiais do trabalho.

(31)

 Técnica em que se protege o conjunto de trabalhadores, afastando-os do risco ou interpondo barreiras entre estes e o risco.

Protecção individual

 Técnica de protecção relativamente a um ou mais riscos aplicada directamente ao trabalhador.

EPI (equipamento de protecção individual)

 Equipamento, incluindo qualquer complemento ou acessório, destinado a ser utilizado pelo trabalhador para se proteger dos riscos a que está exposto

Componentes materiais do trabalho:

 Conjunto de factores integrados pelos seguintes elementos:  locais de trabalho

 ferramentas  máquinas  materiais

 substâncias e agentes químicos, agentes físicos, agentes biológicos  ambiente físico de trabalho

 processos de trabalho  organização do trabalho.

Trabalho monótono

 Trabalho que implica o mesmo tipo de movimentos durante um longo período de tempo ou que está associado a um conteúdo criativo insignificante.

Trabalho penoso

 Trabalho realizado em condições que expõem o trabalhador a um grau elevado de fadiga ou de stress.

Trabalho repetitivo

 Trabalho em que o operador tem que efectuar movimentos repetitivos, normalmente com elevado ritmo.

(32)

- Perigo: característica inerente a um componente de trabalho capaz de constituir um risco se houver interacção por parte do ser humano.

- Risco: situação em que o ser humano se encontra quando interage com um perigo. - Segurança no trabalho: actividade destinada à prevenção de acidentes de trabalho - Segurança industrial: actividade destinada à prevenção de incidentes

- Segurança de pessoas e bens: actividade destinada à protecção dos recursos internos da empresa/organização

- Segurança do trabalho: métodos destinados à prevenção de acidentes

- Higiene do trabalho: métodos (não médicos) destinados à prevenção de doenças profissionais

- Vigilância da saúde: métodos (médicos) destinados a monitorizar o estado de saúde dos trabalhadores

- Prevenção: medidas tomadas no sentido de prevenir ou diminuir o risco de uma actividade de trabalho.

- Sequência metodológica da prevenção: identifica-se o perigo / avalia-se o risco / controla-se o risco

- Avaliação de riscos: identifica-se o grau de risco em função do dano que pode causar e classifica-se o risco para estabelecer o nível de protecção necessário à sua

contenção.

- Controlo de riscos: monitoriza-se o risco e toma-se medidas activas de contenção. - Prevenção correctiva: utiliza-se esta medida de protecção do risco a jusante quando não é possível efectuá-la a montante.

- Prevenção integrada: utiliza-se esta medida quando é possível a protecção do risco logo na concepção da actividade.

- Segurança intrínseca: utiliza-se esta medida quando é primária a concepção de um componente de trabalho em consideração com níveis totais de protecção (por ex. o fabrico de um avião)

- Medidas de protecção activa: métodos de prevenção que visam a participação da sua aplicação por parte dos trabalhadores, actuam no seu comportamento, na sua consciencialização para o risco a que podem estar sujeitos.

(33)

- Medidas de protecção passiva: métodos de prevenção que actuam nos componentes materiais do trabalho.

- Protecção colectiva: medida de protecção eu actua colectivamente nos trabalhadores colocando o nível de protecção entre estes e o risco profissional.

- Protecção individual: medida de protecção que actua individualmente no trabalhador, podendo complementar um nível de protecção colectiva já existente mas insuficiente. - EPI: equipamento de protecção individual que deve ser utilizado como complemento de medidas de protecção na fonte do risco. Só devem ser considerados os EPI’s, quando já foram esgotadas e exploradas todas as formas de prevenção na origem do risco.

- Componentes materiais do trabalho: integração de todos os factores inerentes à actividade, desde a organização das tarefas, ao seu local de desenvolvimento e execução, instrumentos acessórios e processos associados.

- Trabalho monótono: tarefa que implica uma longa e repetida exposição por parte do trabalhador sem que lhe seja despertada uma componente criativa na execução. - Trabalho penoso: tarefa que implica um elevado esforço físico e/ou mental por parte do trabalhador, fragilizando-o e diminuindo a suas capacidades (por ex. estudar p/a os exames no Isla)

- Trabalho repetitivo: tarefa que implica um ritmo constante e acelerado de movimentos semelhantes que podem causar lesões no trabalhador, devido à sua exposição.

(34)

SISTEMA DE RESPONSABILIDADES

Enquadramento da gestão da SST no código do trabalho

 Necessidade / obrigatoriedade na abrangência da SST na empresa

 Necessidade / obrigatoriedade de prevenção dupla (integrada e correctiva)  Devem ser definidos objectivos estruturados para a questão da SST na

empresa

 Obrigatoriedade do lado do empregador na promoção de um sistema de gestão da SST

 O trabalhador deve ser activo e participar do SST

Trabalhadores abrangidos pela SHST  Trabalhadores por conta de outrem

 Prestadores de serviços/Trabalhadores por conta própria (desde que se encontrem na dependência económica da empresa que os contratou)

 Trabalhadores em regime de cedência ocasional  Trabalhadores temporários.

Coordenação entre Empresas no âmbito da SHST

 Existe o dever de cooperação entre empresas no âmbito da SHST

 A iniciativa da definição do sistema de articulação compete à empresa contratante

 As empresas contratadas têm a obrigação de cooperar no âmbito daquele sistema

Obrigações do Empregador

 Identificar os perigos e avaliar os riscos profissionais  Controlar os riscos

 Planificar a prevenção

 Observar uma correcta metodologia na Prevenção (art.º 273º CT - Princípios Gerais de Prevenção)

 Ter em conta não só os trabalhadores, mas também terceiros  Organizar os Serviços de SHST, em termos de:

 – Segurança e higiene do trabalho;

 – Vigilância da saúde dos trabalhadores (medicina do trabalho);  – Sistema de emergência

 Estabelecer procedimentos adequados às situações de perigo grave e iminente

Obrigações do Trabalhador

(35)

 Utilizar correctamente os equipamentos de trabalho e demais componentes do trabalho

 Cooperar na empresa para a melhoria do sistema de SHST

 Agir perante as situações de perigo grave e iminente em conformidade com os procedimentos instituídos

 Comunicar:

 – Falhas detectadas nos sistemas de protecção instalados;  – Presença de factores de perigo grave e iminente.

CONCLUSÃO RESUMIDA

O código do trabalho aparece aqui como um elemento chave de “inventivo” à prática políticas internas de aplicação da SST, enquadrando um conjunto de

responsabilidades quer para as entidades empregadoras quer para os trabalhadores, e o cumprimento de normativos concretos de prevenção.

Salienta-se a extensão do conceito de obrigatoriedade em contemplar os

trabalhadores considerados prestadores de serviço, importando assim para a empresa a responsabilização dos actos praticados no decurso da sua actividade laboral.

É evidente o peso que recai na empresa na aplicação prática e no cumprimento dos requisitos legais da implementação de um sistema de SHST, estando contudo demonstrada a cota parte associada às obrigações dos trabalhadores neste âmbito

(36)

SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO / ACTIVIDADES DE PREVENÇÃO

Princípios Gerais de Prevenção (Código do Trabalho)

Análise de riscos  Eliminar perigos  Avaliar riscos

Prevenção de riscos

 Combater os riscos na origem  Adaptar o trabalho ao Homem

 Atender ao estado de evolução da técnica  Substituir o que é perigoso

 Planificar a prevenção

Protecção dos trabalhadores

 Priorizar a protecção colectiva sobre a protecção individual

Desenvolvimento de competências  Formar e Informar

Avaliação de Riscos

(Código do Trabalho)

Etapas da avaliação de riscos

 Identificar o risco: Fonte de perigo / Situação de exposição  Estimar o risco: Probabilidade da ocorrência / Gravidade do dano  Valorar o risco: Padrões de referência / Grau de aceitabilidade

Objectivos da avaliação de riscos  Identificar o que fazer

 Identificar quando intervir  Identificar como intervir  Identificar quem deve intervir

Metodologias da avaliação de risco  Métodos quantitativos

ORIENTAÇÃO DO DIAGNÓSTICO

ORIENTAÇÃO DA PREVENÇÃO

ORIENTAÇÃO DA PROTECÇÃO

ORIENTAÇÃO DAS COMPETÊNCIAS DE APLICAÇÃO

(37)

 Métodos qualitativos  Métodos reactivos  Métodos pró-activos

Informação aos Trabalhadores s/ SST (Código do Trabalho)

 Dever geral de informação sobre:

 Riscos para a segurança e saúde  Medidas de prevenção e de protecção  Dever específico de informação sobre:

 Riscos específicos do posto de trabalho ou função e respectivas medidas preventivas

 Procedimentos em caso de perigo grave e iminente  Admissão

 Mudança de posto de trabalho ou função

 Introdução de novos equipamentos ou alteração dos existentes  Adopção de nova tecnologia

 Actividades que envolvam trabalhadores de diversas empresas

Formação dos Trabalhadores (Código do Trabalho)

 Domínios considerados:

 Formação adequada ao posto de trabalho ou função  Exercício de actividades de risco elevado

 Destinatários considerados:  Trabalhadores, em geral

 Trabalhadores que podem ter acesso a zonas de risco grave

 Trabalhadores implicados em actividades que envolvem várias empresas  Trabalhadores designados para funções específicas de SHST

 Representantes dos trabalhadores  Novos trabalhadores

 Trabalhadores envolvidos em mudanças de posto de trabalho ou função  Trabalhadores com actividades envolvidas em alterações tecnológicas

(38)

O código do trabalho enquadra na área da protecção da SHT os princípios de análise e prevenção de riscos profissionais e define as regras de avaliação dos riscos,

obrigando as empresas a considerar este instrumento como base de trabalho estruturante na orientação e aplicação dos sistemas de gestão da SHT.

Os métodos de avaliação apresentam-se de forma variada mas remetem todos para uma análise que identifique a expressão que o risco poderá constituir na actividade laboral.

Também estão instituídos em dois níveis os deveres de informação por parte da empresa aos seus trabalhadores sobre questões relacionadas com o desenvolvimento d actividade SHT, um nível de abrangência mais genérica e outro específico sobre a sua actividade.

O CT enuncia um conjunto de domínios que deverão constar dos planos de formação internos da empresa na aplicação legal da gestão da SHT.

Particular destaque para as empresas que tenham representantes dos seus trabalhadores, uma vez que estes gozam de um âmbito formativo na área da SHT pormenorizado por parte da empresa.

(39)

SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO / ACTIVIDADES DE PREVENÇÃO (cont.)

Representação dos trabalhadores (Código do Trabalho)

 Processo Eleitoral  Voto directo e secreto  Método de hondt

 Acto eleitoral durante o horário de trabalho  Proponentes de listas:

 Sindicatos representados na empresa

 Listas subscritas por 20% dos trabalhadores da empresa  Mandatos: 3 anos

 Publicitação no Boletim do Trabalho e Emprego

 Número de Representantes  Menos de 61 trabalhadores: 1  61 a 150 trabalhadores: 2  151 a 300 trabalhadores: 3  301 a 500 trabalhadores: 4  501 a 1000 trabalhadores: 5  1001 a 1500 trabalhadores: 6  Mais de 1500 trabalhadores: 7  Regime de Protecção  Faltas:  Crédito de 5 H por mês

 Para além do crédito: justificadas sem remuneração  Despedimento:

 Presunção sem justa causa  Transferência de local de trabalho:

 Necessidade de se obter o seu acordo (salvo em caso de mudança do estabelecimento)

(40)

 Domínios de consulta  Avaliação de riscos  Medidas de SHST

 Medidas adoptadas na tecnologia e na organização do trabalho que tenham repercussão na SHST

 Programa e organização da formação

 Designação e exoneração de trabalhadores com funções específicas na SHST  Afectação de material e trabalhadores ao sistema de emergência e sua

formação

 Recurso a serviços externos de SHST ou a técnicos qualificados  Equipamentos de protecção

 Lista anual dos acidentes de trabalho mortais e dos acidente com incapacidade superior a 3 dias úteis

 Relatórios de acidentes de trabalho

 Forma da Consulta

 Junto dos Representantes dos Trabalhadores (ou na sua falta dos próprios trabalhadores)

 Assumir a forma escrita

 Em tempo oportuno (e, pelo menos, 2 vezes por ano)

 Registo em livro próprio a organizar pela empresa (onde se devem incluir as consultas, as respostas)

CONCLUSÃO RESUMIDA

O código do trabalho enquadra na área da protecção da SHT a caracterização e estabelecimento de quotas para a representação dos trabalhadores neste âmbito. A consulta sobre a gestão do sistema de SHT deve assumir uma forma escrita e traduzir o rigor de aplicação das práticas consideradas essenciais ao desenvolvimento da actividade de protecção da SHT, integrando de forma transversal os domínios da sua representação.

(41)

SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO / ACTIVIDADES DE PREVENÇÃO (cont.)

Organização serviços SHST na empresa

(Código do Trabalho)

Recursos implicados na Organização de Serviços de SHST  Recursos Humanos:

 Técnicos de SHT  Médicos do Trabalho

 Trabalhadores afectos a actividades específicas de SHST  Recursos Organizacionais:  Internos  Externos  Equipamentos:  Avaliação de riscos;  Equipamento de emergência;

Procedimentos técnicos

Serviços de Prevenção – Actividades

 Identificar/organizar a informação técnica e legislativa aplicável  Desenvolver o planeamento da prevenção

 Realizar a identificação de perigos e avaliação de riscos

 Exercer o controlo periódico da exposição dos trabalhadores a agentes químicos, físicos e biológicos

 Desenvolver a implementação de medidas de controlo de riscos (medidas de prevenção)

 Organizar os meios destinados à prevenção e protecção, incluindo a protecção colectiva e individual e a sinalização de segurança

 Assegurar a coordenação de medidas a adoptar em caso de perigo grave e iminente

 Assegurar a vigilância da saúde dos trabalhadores

 Desenvolver acções de informação e de formação s/ os riscos  Analisar a sinistralidade e das doenças profissionais

 Recolher e tratar a informação estatística de dados relativos à SHST  Coordenar as inspecções/auditorias de segurança

 Elaborar registos e organizar a documentação relacionada com a SHST.  Dados a manter pelos Serviços de Prevenção

(42)

 Lista de acidentes de trabalho com incapacidade

 Relatórios de acidentes de trabalho com baixa superior a 3 dias

 Lista do absentismo por doença, com especificação das doenças profissionais  Lista das medidas recomendadas pelos Serviços de SHST

CONCLUSÃO RESUMIDA

O código do trabalho enquadra na área da protecção da SHT a caracterização dos recursos necessários para afectação dos serviços nas empresas, definindo as regras em que estes se estabelecem em termos de organização.

Os serviços técnicos na área da SHT terão que seguir assim uma orientação legal na execução dos serviços de prevenção, nomeadamente no que refere a serviços de vigilância e monitorização da saúde dos trabalhadores, avaliação dos riscos a que estes estão expostos, assegurar toda a informação relevante de forma a poder ser consultada e servir de análise quanto ao funcionamento e eficácia do serviço de SHT, entre outros.

(43)

SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO / ACTIVIDADES DE PREVENÇÃO (cont.)

Organização serviços SHST na empresa

(Código do Trabalho) (cont.)

Modalidades Organizativas dos Serviços de Prevenção  Serviços internos

 Serviços externos

 Serviços inter- empresas

Serviços de Prevenção Internos (obrigatórios)

 400 ou mais trabalhadores em cada estabelecimento

 400 ou mais trabalhadores no conjunto de estabelecimentos situados num raio de 50 km

 30 ou mais trabalhadores expostos a risco elevado

 N.B: Nestes casos, a empresa pode requerer à ACT autorização para optar por Serviços Externos.

Serviços de Prevenção Simplificados

 Actividades de SHT asseguradas por Trabalhador designado pelo Empregador para o efeito

 Esta modalidade não inclui a medicina do trabalho;  Está sujeita a autorização da ACT;

 Requisitos:

 Ser micro-empresa (até 10 trabalhadores)  Sem actividades de risco elevado

 Boa performance em termos de sinistralidade laboral  O Trabalhador designado possuir preparação adequada

Serviços de Prevenção Inter-empresas

 Serviço de SHST constituído por uma pluralidade de empresas  Serviço de utilização comum àquelas empresas

 Acordo de constituição sujeito a aprovação da ACT

(44)

 Contratação de serviços de SHST a entidades autorizadas pela ACT e DGS a prestar este tipo de serviços

 Esta contratação deve ser assumida em documento escrito pelas empresas contratante e contratada

 A empresa contratante deve nomear um Representante do Empregador para assegurar a coordenação desta actividade

 Este Representante deve ter formação adequada.

CONCLUSÃO RESUMIDA

Finalmente, o código do trabalho enquadra na área da protecção da SHT a

caracterização das modalidades de organização possíveis para a actividade de gestão da SHT, podendo estas estar previstas por via de serviços internos, serviços externos ou serviços partilhados por uma entidade comum.

Existe porem obrigatoriedade de afectação de serviços internos consoante se trata de empresas com determinada dimensão ou com características específicas da sua localização e /ou distribuição geográfica.

A lei prevê ainda a existência de serviços de execução simplificados para empresas classificadas como micro - empresas, que revelem reduzidos indícios de risco e cuja autorização tenha sido concedida por parte da ACT.

Por fim, existe ainda a figurado serviço externo que permite às empresas optar pela adjudicação do serviço a entidades credenciadas e licenciadas para o efeito. A utilização de serviços prestados em outsourcing não iliba a empresa em matéria de responsabilidades legais uma vez que continua vinculada pela sua personalidade jurídica em matéria de obrigações relativas à SHT

(45)

RISCOS PSICOSSOCIAIS NO TRABALHO

Condições de trabalho tipos de segurança:

Segurança Física

 Defesa e protecção do corpo

Segurança Psicológica

 Interfere com a personalidade individual

Segurança Psicossocial

 Sentimentos expressos quanto a situações de risco passíveis de atingir o grupo

Riscos psicossociais

Características das condições de trabalho que afectam a saúde dos trabalhadores e estão associadas, por exemplo, a:

 Exigências colocadas ao indivíduo pela natureza das tarefas: atenção, memória, esforço físico e mental, ….

 Definição do posto de trabalho e organização do trabalho  Relações interpessoais

Factores organizacionais

 Motivação e satisfação no trabalho  Sistema de relações

 Conteúdos de trabalho  Ritmos e cargas de trabalho  Tempos de trabalho

 Modelos de gestão

(46)

Condições de trabalho na UE

 Mais de metade dos 147 milhões de trabalhadores referem cadências infernais de trabalho e períodos de descanso muito curtos

 45% Afirmam executar tarefas monótonas  44% Não têm rotação de tarefas

 50% Têm tarefas curtas e repetitivas.

Fenómeno do "stresse"

Disfunção entre 2 campos:

 Por um lado as exigências de uma tarefa

 Do outro os recursos disponíveis para desenvolver as tarefas

 Sempre que não existe equilíbrio entre os campos, existe uma situação de stresse

A percepção da tensão gerada pelo stresse chama-se no léxico Ψ “coping”  Desta percepção derivam 2 tipos de respostas:

 Positiva = Estímulo  Negativa = Depressão

 Destas consequências nascem benefícios ou prejuízos para a pessoa e para a organização ESQUEMA DO STRESSE IMAGEM DA ORGANIZAÇÃO CONFLITO EXCLUSÃO / APATIA COOPERAÇÃO ACOMODAÇÃO / EXPECTATIVA

(47)

STRESS NO TRABALHO  Conceitos

 “Reacções físicas e emocionais negativas que se produzem quando as exigências do trabalho não estão de acordo com as capacidades, os meios ou as necessidades do trabalhador.

Este stresse pode traduzir-se em problemas de saúde e ocorrência de acidentes”

NIOSH (1999)

 “Reacção emocional, cognitiva, comportamental e psicológica aos aspectos nefastos e nocivos do trabalho, dos ambientes de trabalho e das empresas.

PERCEPÇÃO DA TENSÃO GERADA PELO STRESSE

ACTIVAÇÃO DA GESTÃO DE CONFLITO “COPING”

RESPOSTAS

CONSEQUÊNCIAS GERADAS

DISCREPÂNCIA GERADORA DE STRESSE

EXIGÊNCIAS INTERNAS RECURSOS INTERNOS EXIGÊNCIAS EXTERNAS RECURSOS EXTERNOS APRECIAÇÃO CARACTERÍSTICAS AMBIENTAIS PREFERÊNCIAS PESSOAIS

(48)

Trata-se de um estado caracterizado por graus elevados de alerta e de sofrimento e, frequentemente, pelo sentimento de não se poder sair dele” (UE, 1999)

 Manifestações do STRESSE  Fisiológicas

 Psicológicas  Social

 Factores organizacionais indutores de stresse  Condições físicas de trabalho

 Iluminação  Temperatura  Humidade  Ruído  Espaço  Características do trabalho  Características das tarefas  Sobrecarga de trabalho  Sub-carga de trabalho  Novas tecnologias

 Falta de domínio de conhecimentos ou tecnologia exigidos.

 Características da organização do trabalho

 Desempenho de papéis ambíguos ou contraditórios

 Falta de oportunidades para aplicar competências adquiridas  Prazos de cumprimento pouco realistas

 Exposição a riscos, tais como, radiações, produtos tóxicos  Horários de trabalho alargados

 Ritmo de trabalho  Trabalho repetitivo  Trabalho por turnos  Papel na Organização

(49)

 Ambiguidade do papel  Conflitualidade de papéis  Responsabilidade

 Estrutura e Climas Organizacionais  Estrutura organizacional  Trabalho de equipa  Competição  Interacções  Clima organizacional  Violência no trabalho  Relacionamento interpessoal  Relação com colegas  Relação com superiores  Relação com subordinados  Relação com clientes  Relação com fornecedores

 Carreira profissional  Início da carreira

 Avaliação de desempenho  Formação insuficiente

 Insegurança na manutenção da carreira  Transições na carreira

 Fim da carreira

 Factores extrínsecos ao Trabalho  Articulação trabalho-família

 Acontecimentos importantes da vida pessoal  Traumas

(50)

“Burnout”

 Combinação das seguintes variáveis:  Esgotamento emocional

 Despersonalização

 Falta de realização pessoal.  Fases do “Burnout”  1º Entusiasmo:

 A pessoa sobrevaloriza o trabalho e implica-se de forma excessiva.  2º Paragem:

 As expectativas iniciais não se cumprem e a pessoa dirige os seus interesses à satisfação das suas necessidades pessoais.

 3º Frustração:

 A pessoa questiona a própria eficácia e o valor do trabalho em si e reduz os seus esforços ao mínimo.

 4º Apatia:

 Tenta não arriscar o posto de trabalho que, apesar de tudo, compensa a perda de satisfação profissional.  “Mobbing"  Perseguição moral  Hostilidade profissional  Perseguição encoberta  Intimidação no trabalho  Mau-trato Ψ  Violência psíquica  Características do "mobbing"

 Perseguição ou hostilidade Ψ desenvolvida de forma sofisticada:  Subtileza: não há provas manifestas de agressividade;

 Continuidade no tempo: processo lento de desgaste Ψ

 Auto-exclusão ou abandono do posto de trabalho por parte da vítima, ao saber que foi hostilizada e inutilizada.

Referências

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