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Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa Lato Sensu em Fisioterapia em Terapia Intensiva Trabalho de Conclusão de Curso

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RAFAELA DA SILVA LIMA

REFLEXÃO ACERCA DOS EFEITOS SINTOMATOLÓGICOS NOS PACIENTES ONCOLÓGICOS SOB CUIDADOS PALIATIVOS E A PARTICIPAÇÃO DA

FISIOTERAPIA

O artigo apresentado ao curso de pós-graduação latu sensu de fisioterapia em terapia intensiva da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para obtenção do Título de Especialista.

Orientador: Pedro Rodrigo Magalhaes Negreiros de Almeida

Brasília 2010

Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa

Lato Sensu em Fisioterapia em Terapia Intensiva

Trabalho de Conclusão de Curso

PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA: SOBREVIDA DE

PACIENTES NO SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL DE

URGÊNCIA E NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

Brasília - DF

2011

AUTOR: CLÁUDIA RIBEIRO DE SOUZA

ORIENTADOR: PROF. ESP. PEDRO RODRIGO MAGALHÃES

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CLÁUDIA RIBEIRO DE SOUZA

PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA: SOBREVIDA DE PACIENTES NO SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL DE URGÊNCIA E NA UNIDADE DE TERAPIA

INTENSIVA

Trabalho de conclusão do curso de Pós-Graduação Lato Senso de Fisioterapia em Terapia Intensiva da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para obtenção do Título de Especialista.

Orientador: Prof. Esp. Pedro Rodrigo Magalhães Negreiros de Almeida.

Brasília 2011

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PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA: SOBREVIDA DE PACIENTES NO SERVIÇO MÓVEL DE URGÊNCIA E NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

RESUMO

A parada cardiorrespiratória representa hoje uma das principais ocorrências em atendimentos pré- hospitalares. Para minimizar o sofrimento, sequelas ou mesmo a morte, o Ministério da Saúde lança o serviço de atendimento móvel de urgência (SAMU) para atender as vítimas de parada cardiorrespiratória que necessitam de urgência no atendimento. Acredita-se que 80% dos pacientes passam pelo estado de fibrilação ventricular, que impossibilita a atividade elétrica do coração. O uso do desfibrilador automático em um evento de parada cardiorrespiratória é de extrema importância uma vez que, o seu uso poderá diminuir a chance de morte súbita em até 74%. Independente da disponibilização do desfibrilador externo automático, a ressuscitação cardiopulmonar, deverá ser realizada. É acontecimento comum a parada cardiorrespiratória em unidade de terapia intensiva, devido ao quadro muitas vezes grave em que o paciente encontra-se. É indispensável que a equipe saiba reconhecer e prestar o devido atendimento. Alguns autores enfatizam a importância do treinamento em ressuscitação cardiopulmonar para uma eficiente abordagem ao paciente em parada cardiorrespiratória. Uma ressuscitação cardiopulmonar incorreta está associada à uma taxa de sobrevida de 4% comparada à 16% quando realizada corretamente. Quanto a mortalidade, 90% morrem no primeiro ano após o evento, dos quais 30% direta ou indiretamente de causas neurológicas.

Palavras-chave: Parada Cardiorrespiratória; Ressuscitação Cardiopulmonar; Serviço Pré- Hospitalar de Urgência; Unidade de Terapia Intensiva.

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CARDIOPULMONARY RESUSCITATION: SURVIVAL OF PATIENTS IN THE EMERGENCY MOBILE SERVICE AND IN INTENSIVE CARE UNIT

ABSTRACT

Cardiac arrest is today one of the major events in pre-hospital care. To minimize the suffering, sequelae or death, the Ministry of Health launched the service of mobile emergency, the SAMU to assist victims in need of emergency in attendance. It is believed that 80% of patients pass through the state of ventricular fibrillation, which prevents the heart's electrical activity. The use of automatic defibrillator in an event of cardiac arrest, is of extreme importance, since its use may decrease the chance of sudden death in up to 74%. Cardiopulmorary resuscitation should be the first visit, ie first procedure to be performed, being the victim in a hospital or not, should be made independent of defibrillator available automatic. Is common occurrence, cardiorespiratory arrest in the intensive care unit due to severe that the patient usually is. In attendance, the team's knowledge is indispensable. Most authors emphasize the importance of training for an efficient approach to the patient in cardiac arrest. CPR is associated with a bad survival rate of 4% compared to 16% when performed correctly. As for mortality, 90% die within the first year after the event, of which 30% directly or indirectly from neurological causes.

Keywords: Cardiopulmonary Arrest; Resuscitation Cardiopulmonary; Pre-hospital Emergency Service; Intensive Care Unit.

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO...6 2 DESENVOLVIMENTO...8 2.1 MATERIAIS E MÉTODO...8 2.2 RESULTADOS E DISCUSSÃO...8 3 CONCLUSÃO...10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...11

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1. INTRODUÇÃO

A Parada Cardiorrespiratória (PCR) é definida como a cessação súbita da circulação sistêmica de atividades ventricular útil e ventilatória em um indivíduo com expectativa de restauração da função cardiopulmonar e cerebral, não portador de doença intratável ou em fase terminal. Desta forma, define-se a ressuscitação cardiopulmonar (RCP), como o conjunto de procedimentos realizados após uma PCR com o objetivo de manter artificialmente a circulação de sangue arterial ao cérebro e outros órgãos vitais até a ocorrência do retorno da circulação espontânea (RCE)1.

As causas da PCR são variadas, normalmente resultando de isquemia miocárdica, choque circulatório, choque séptico, trauma, doença cardiovascular, entre muitas outras causas 1-2. Diante de uma PCR boa parte dos pacientes passam pelo estado de fibrilação ventricular (FV), que caracteriza-se pela ausência de atividade elétrica organizada, com distribuição caótica de complexos de várias amplitudes, impossibilitando atividade elétrica normal. Este quadro gera contração incoordenada do miocárdio, resultando na ineficiência total do coração em manter fração de ejeção sanguínea adequada1-3-4.

Nesses casos de FV, torna-se indispensável o uso do desfibrilador externo automático (DEA) – equipamento utilizado na PCR com o objetivo de restabelecer ou reorganizar o ritmo cardíaco7. No mercado existem vários modelos, sendo os bifásicos os mais efetivos com uma curva elétrica truncada. O primeiro choque com o DEA reverte a FV em 85% dos casos3.

No cenário da Clinica Médica e Medicina de Urgência o correto atendimento a PCR deve ser de conhecimento e prática prioritárias de toda a equipe de saúde, tanto no atendimento pré-hospitalar, quanto na Unidade de Terapia Intensiva (UTI)1-5-6.

O atendimento pré-hospitalar pode ser definido como a assistência prestada em primeiro nível de atenção aos portadores de quadros agudos de natureza clinica, traumática ou

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psiquiátrica, quando ocorrem fora do ambiente hospitalar, podendo acarretar sofrimento, sequelas ou mesmo a morte4.

Para esse atendimento, o Ministério da Saúde lançou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). A Portaria nº 1.864/GM, de 29 de setembro de 2003, institui o componente pré- hospitalar móvel da Política Nacional de Atenção às Urgências, por intermédio da implantação do SAMU6.

O SAMU atendeu até 2004, segundo o DATASUS através da regulação médica 150.460 casos, distribuídos em 38 SAMUs pesquisados, sendo 71.137 (47,2%) destes casos de atendimento clínico isolado (excluindo trauma, emergências psiquiátricas, obstétricas e pediátricas). Entre os atendimentos clínicos, os cardiovasculares e respiratórios foram os predominantes, sendo mais de 15.000 casos atendidos até o período7.

A PCR é um evento que ocorre também com frequência em UTI, uma vez que essas unidades assistem pacientes gravemente enfermos, com instabilidade hemodinâmica acentuada, necessitando da equipe o aprimoramento de suas habilidades cognitivas, motoras e atualização sobre manobras de reanimação.2-5 É indispensável que haja também, para o sucesso do atendimento, uma infra-estrutura adequada, que proporcione atendimento com o máximo de eficiência e um mínimo de riscos para o paciente e para a equipe4-8.

O profissional deve estar apto para reconhecer uma PCR ou prestes a desenvolver uma, pois este episódio representa a mais grave emergência clínica que se pode deparar. A avaliação do paciente não deve levar mais de 10 segundos. Na ausência das manobras de RCP em aproximadamente 5 minutos para um adulto em normotermia, ocorrem alterações irreversíveis dos neurônios do córtex cerebral2.

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2. DESENVOLVIMENTO

2.1 MATERIAIS E MÉTODO

Este trabalho trata-se de um estudo de revisão, no qual foram pesquisados trabalhos que abordassem o atendimento aos pacientes em situação de PCR em ambiente pré- hospitalar e nas UTI, correlacionando com a sobrevida desses indivíduos. A busca foi realizada através das palavras-chave: Parada Cardiorrespiratória; Ressuscitação Cardiopulmonar; Serviço Pré-Hospitalar; Unidade de Terapia Intensiva , nas bases de dados online Scielo, Lilacs, MedLine, PEDro, publicados desde janeiro de 2001 até julho de 2010. Não foram incluídos neste trabalho, resumos de apresentações, dissertações ou teses acadêmicas. Participam do estudo, profissionais que prestam assistência na PCR em serviço pré-hospitalar e na UTI.

2.2 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Nas bases de dados consultadas, foram encontrados alguns estudos que versavam sobre o atendimento e sobrevida de pacientes no serviço Pré-Hospitalar e UTI.

Por oferecer melhores condições de tratamento ao paciente em estado crítico e frequentemente sujeito à PCR, ZANINI et al. (2006), consideraram a UTI como local mais preparado, porque concentra uma infra-estrutura adequada e própria, com provisão de materiais e equipamentos necessários, bem como a presença de pessoal capacitado para o desenvolvimento da RCP.

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Estudos indicam que aproximadamente 30% das tentativas de RCP são bem sucedidas, porém, dos pacientes que sobrevivem ao procedimento inicial, apenas 10% recuperam-se sem sequelas neurológicas ou com graus leves e moderados de incapacidade funcional. Quanto a mortalidade, 90% dos pacientes morrem no primeiro ano após o evento, dos quais 30% direta ou indiretamente de causas neurológicas.8

ZANINI et al. (2006), destacam a importância do treinamento em RCP para uma eficiente abordagem ao paciente em situação de PCR. Visto que, uma RCP incorreta está associada à uma taxa de sobrevida de 4%, comparada à 16% quando realizada corretamente. Nos Estados Unidos e no Canadá, a sobrevida de PCR fora do hospital tem sido de 6,4% segundo estudo realizado por LANE (200

Foi visto que a PCR é um evento dramático que ocorre tanto no ambiente hospitalar como extra-hospitalar, sendo que números apontam para a maior ocorrência em ambiente extra-hospitalar, mais precisamente nas próprias residências, 80% dos casos9.

Com base nos estudos pesquisados, foi verificado, que o principal mecanismo de PCR é a FV, que corresponde até 80% dos casos. Essa arritmia é a mais comumente responsável pela morte súbita e se caracteriza pela total desorganização das ondas de propagação elétrica10. Na fase elétrica, ou seja, nos primeiros 4 minutos iniciais da PCR, a desfibrilação é a terapia de eleição, quanto mais rapidamente for aplicada, melhor. Quando a PCR é superior à 4-5 minutos, a realização de um bom suporte de vida através de compressões cardíacas é obrigatória, pois melhora metabolicamente o miocárdio aumentando as chances de sobrevida com função neurológica intacta9.

Devido à importância do uso do desfibrilador em PCR com FV, alguns países da Europa já disponibilizam desfibriladores automáticos públicos para que pessoas leigas possam ajudar vítimas PCR nestes locais7. No Brasil, foi instituída a Lei nº 14.621 de 11 de dezembro

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de 2007 que obriga a disponibilização do DEA em locais públicos com concentração/circulação média, diária, de hum mil e quinhentas pessoas ou mais7.

CRISTINA et al. (2007) relataram que 13% dos locais de trabalho, 11,6% dos estabelecimentos públicos e edifícios residenciais já usaram o desfibrilador automático público pelo menos uma vez.

Na atualidade, as novas diretrizes internacionais de emergência e ressuscitação do Internacional Liaison Committee on Resuscitation (ILCOR) o comitê da American Heart Association (AHA) e o do European Resuscitation Council (ERC), consideram a desfibrilação um procedimento de suporte básico de vida, dentro e fora do ambiente hospitalar12.

O estudo North American Public Access Defibrillation, publicado na revista CURRENTS em 2005, demonstrou taxas de sobrevivência de 49% à 74% com o desenvolvimento de programas com DEA e RCP por socorristas leigos, policiais e primeiros socorros em aeroportos e cassinos.

3. CONCLUSÃO

A proposta deste trabalho foi mostrar a incidência obtida através de pesquisas que abordassem a sobrevida de pacientes em quadro de PCR no Serviço Pré-hospitalar e UTI.

Concluímos, após breve revisão da literatura sobre o tema proposto que a sobrevida das vítimas de PCR esta relacionada diretamente com o pronto atendimento, ou seja, o atendimento ainda realizado fora do hospital (pré-hospitalar). Assim a ocorrência de PCR acontece com maior frequência fora do ambiente hospitalar e a sobrevida é maior quando as manobras de RCP são realizadas de forma eficiente e nos primeiros momentos da parada.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Guimarães HP; Lopes RD; Flato UAP; Filho GSF. Ressuscitação cardiopulmonar: Uma abordagem prática. Rev Soc Bra Clin Med, 2008; 6(3): 94-104.

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3. Lane JC. Novas diretrizes de reanimação cardiorrespiratória cerebral da sociedade americana de cardiologia. Arq Bras Cardiol, 2007;89(2): 17 e 18.

4. Robin Hemphill, MD, MPH. Aspectos mais relevantes das diretrizes da American Heart Association sobre ressuscitação cardiopulmonar e atendimento cardiovascular de emergência. Currents, 2006; 16(4): 3-25.

5. Feitosa GSF; Feitosa GF; Guimarães HP; Lopes RD; Júnior RM; Souto FA. Atualização em reanimação cardiopulmonar: O que mudou com as novas diretrizes. RBTI, 2006; 18(2): 177-185.

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7. Cristina JA; Dalri MCB; Cyrilo RMZ; Saeki T; Veiga EV. Uso do desfibrilador automático externo no ambiente pré-hospitalar peruano: Melhorando a resposta a emergências na América Latina. RBTI, 2006; 2(97): 332-335.

8. Silva SC; Padilha KG. Parada cardiorrespiratória na unidade de terapia intensiva: Considerações teóricas sobre os fatores relacionados às ocorrências iatrogênicas. Rev Esc Enferm USP, 2001; 35(4): 361-365.

9. Vanheusden LMS; Santoro DC; Szpilman D; Batista CO; Barros LFC; Cruz Filho FES. Conceito fase – dependente na ressuscitação cardiopulmonar. Revista da SOCERJ, 2007; 20(1): 60-64.

10.Bertoglio VM; Azzolin K; Souza em; Rabelo ER. Tempo decorrido do treinamento em parada cardiorrespiratória e o impacto no conhecimento teórico de enfermeiros. Rev Gaúcha Enferm, 2008; 29(3): 454-460.

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12.Miyadahira AMK; Quilici AP; Martins CC; Araujo GL; Pelliciotti JSS. Ressuscitação cardiopulmonar com a utilização do desfibrilador externo semi-automático: Avaliação do processo ensino-aprendizagem. Rev Esc Enferm USP, 2007; 42(3): 532-538.

Referências

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