Aula 2
Aula 2.
Estequiometria do crescimento
microbiano e formação de produto
Estequiometria da reação microbiana.
q
ç
Equação geral.
Crescimento aeróbico.
Cinética de crescimento.
Cinética de utilização de substratos.
ç
Cinética de síntese de produtos.
Referencias
Referencias
•
SHULER, Michael L.; KARGI, Fikret. Bioprocess engineering: basic
concepts
2nd
ed
Upper Saddle River: Prentice Hall PTR
concepts. 2nd. ed. Upper Saddle River: Prentice Hall PTR,
c2002.553p. (Chemical engineering series ) ISBN 0130819085.
SCHMIDELL Willib ld
LIMA U
l d
Al
id
AQUARONE
•
SCHMIDELL, Willibaldo; LIMA, Urgel de Almeida; AQUARONE,
Eugênio; BORZANI, Walter (Coords.). Biotecnologia industrial:
Engenharia Bioquímica, Vol. 2, Sao Paulo: Edgard Blucher, 2001.
ISBN 8521202792
ISBN 8521202792.
•
GODIA C, e LOPEZ J. (editores) Ingeniería Bioquímica. Universidad
Autónoma de Barcelona, España. Capítulo 4 Cinética microbiana.
•
AIBA, S.; HUMPHREY, A. E.; MILLIS, N. F. Biochemical Engineering.
AIBA, S.; HUMPHREY, A. E.; MILLIS, N. F. Biochemical Engineering.
ESTEQUIOMETRIA DO CRESCIMENTO
MICROBIANO E DA FORMAÇÃO DE
MICROBIANO E DA FORMAÇÃO DE
PRODUTOS
O2 Fonte de Produtosmicrorganismo
carbono Fonte de Células nitrogênio H2O CO2 H2O CO2Estudo cinético
Estudo cinético
Processo obedece ao princípio de conservação da matéria
O
GH
FCO
N
O
H
EC
OH
DNH
BO
O
H
AC
a b c+
2+
4→
α β γ δ+
2+
2Biomassa
Substrato
Fonte de nitrogênio
o assa
Elementos minerais: fósforo, enxofre, cobre, cálcio, etc. Síntese ManutençãoHid óli Hidrólise
Glicose Piruvato
Produtos de Fermentação
( lactato, álcoois, ácidos, etc.)
8 ATP
6 ATP
Ciclo de Krebs30 ATP
Respiração Anaeróbia
CO
2O
p
ç
(CO2, SO42-, NO 3-)CO
2O
2Respiração Aeróbia
E i lifi d d óbi óbi
COEFICIENTE DE RENDIMENTO ATP EM BIOMASSA – Y
X/ATP9 YX/ATP = quantidade de biomassa sintetizada por mol de ATP gerado
9 O valor de é de: M ATP X
Y
/ O valor de é de:10 a 11 g células/mol ATP para crescimento anaeróbico de heterotróficos e de 6,5 g células/mol ATP para autotróficos
m
ATP1
1
D
m
Y
Y
ATP M ATP X ATP X+
=
/ /1
1
9 mATP é a velocidade de consumo de ATP para a manutenção celular
D
m
Y
Y
O M O X O X 2 / /1
1
=
+
D
Y
Y
X O X O 2 2 / /O crescimento microbiano pode expressar‐se em forma da reação química.
Exemplo:
Exemplo:
Para o crescimento aeróbio de Saccharomyces cerevisiae sobre glicose :
Para poder calcular os coeficientes estequiométricos é necessário conhecer a
composição elemental do microrganismo.
Pode ser: experimentalmente por análise elemental.
por consulta em a literatura.
Formula empírica e expressa‐se por convenio em função de um único átomo de
carbono.
Para a reação anterior
CH
1,703O
0,459N
0,171Permite fazer balanço de massa e energia para cada componente e determinar
Permite fazer balanço de massa e energia para cada componente e determinar
CÁLCULOS ESTEQUIOMÉTRICOS
U él l tí i
CH
O N
Uma célula típica:
CH
1,8O
0,5N
0,2¾ Um mol de material biológico é definido como a quantidade que contém 1 grama de átomos de carbono, como em
CH
αO
βN
δCÁLCULOS ESTEQUIOMÉTRICOS
9 Para a seguinte conversão biológica, onde não há formação de produtos além de CO e H O:
produtos, além de CO2 e H2O:
CH
mmO
nn+ aO
22+ bNH
33cCH
αα β δO
βN
δ+ dH
22O + eCO
22onde
CH
mO
n representa 1 mol de carboidrato ondeCH
mO
n representa 1 mol de carboidratoCH
αO
βN
δ representa 1 mol de material celularE tã f d b l d
C: 1 = c + e
H: m + 3b = cα + 2d Então, fazendo um balanço de massa:
O: n + 2a = cβ + d + 2e N: b = cδ O fi i t i tó i é
e
O coeficiente respiratório se define
como:
O coeficiente respiratório é:a
e
RQ
=
moles de CO
como:
2formados
mol de O
2gasto
GRAU DE REDUÇÃO (
γ)
9 Quando as reações são mais complexas, como quando há
formação de produto extracelular, um coeficiente estequiométrico é adicionado.
9 O conceito de grau de redução é utilizado para um balanço de
ót lét d bi ã
prótons e elétrons da biorreação.
9 O grau de redução de um composto orgânico é definido como o número de equivalentes de elétrons disponíveis por grama de átomos número de equivalentes de elétrons disponíveis por grama de átomos de carbono
9 Os elétrons disponíveis são aqueles que poderiam ser transferidos 9 Os elétrons disponíveis são aqueles que poderiam ser transferidos para o oxigênio durante a oxidação de um composto a CO2, H2O e NH3.
Grau de redução de alguns elementos:ç g
C = 4
H = 1
O = -2
P = 5
H 1
N = -3
S = 6
COMO CALCULAR O GRAU DE REDUÇÃO (γ)
Metano (CH
4): 1(4) + 4(1) = 8, γ = 8/1 = 8
Glicose (C
(
66H
1212O
66): 6(4) + 12(1) + 6(-2) = 24, γ = 24/6 = 4
)
Etanol (C
2H
5OH): 2(4) + 6(1) + 1(-2) = 12, γ = 12/2 = 6
¾ Um alto grau de redução indica um baixo grau de oxidação: ¾ Um alto grau de redução indica um baixo grau de oxidação:
Exemplo 1:
Calcule o grau de redução dos seguintes compostos.
a) piruvato (C) p ( 33O33H33))
Considere a produção aeróbica de um único produto extracelular:
CH
mO
n+ aO
2+ bNH
3cCH
αO
βN
δ+ dCH
xO
yN
z+ eH
2O+fCO
2substrato biomassa produto
Os graus de redução do substrato, biomassa e produto são:
γ
s = 4 + m – 2nγ
b = 4 + α – 2β – 3δ ¾ OBS: Os graus de redução do CO2 H2O eγ
p = 4 + x – 2y – 3z redução do CO2, H2O e NH3 são zero.A equação da reação acima pode ser utilizada para balanços de massa, balanços elementares de C, H, O e N, balanço eletrônico e energético.
Balanço de carbono: c + d + f = 1 Balanço de nitrogênio: cδ + dz = b
o coeficiente c é o YX/S
Balanço eletrônico: cγb + dγp = γs – 4a
o coeficiente c é o Y
X/SRENDIMENTOS
coeficiente de rendimento biomassa /substrato
o coeficiente c é o Y
X/O2coeficiente de rendimento biomassa /oxigênio
FATOR DE
o coeficiente c é o Y
X/NH3fi i
d
di
bi
/
ô i
FATOR DE
CONVERSÃO
coeficiente de rendimento biomassa /amônia
o coeficiente d é o Y
P/Scoeficiente de rendimento produto /substrato
Exemplo 2:p
Calcule os coeficientes estequiométricos para o crescimento
óbi d S
h
i i
b
li
aeróbio de Saccharomyces cerevisiae sobre glicose :
C
6H
12O
6+ aO
2+ bNH
3cCH
1 703O
0 459N
0 171+ dH
2O + eCO
2C
6 12O
6aO
2b
3cC
1,703O
0,459 0,171d
2O
eCO
2O coeficiente respiratório, RQ é igual a 1,033 (moles de CO
2formados/ mol de
O
2gasto).
Exercício 1:
A degradação aeróbica de um composto orgânico por
uma cultura mista de bactérias em um efluente industrial
uma cultura mista de bactérias em um efluente industrial
pode ser representada pela seguinte reação:
C
3H
6O
3+ aO
2+ bNH
3cC
5H
7NO
2+ dH
2O + eCO
2a)
Determine a, b, c e e, se Y
X/S= 0,4 gX/gS.
b) Determine os coeficientes de rendimento Y
X/O2e
Y
X/NH3c) Determine o grau de redução para substrato,
bactéria e o coeficiente respiratório (RQ).
g
/L)
Biomassa
n
tr
aç
ão
(
g
Produto
Conce
n
Tempo de Cultivo (h)
Substrato
Tempo de Cultivo (h)
Cinética de crescimento microbiano, utilização de substratos e
síntese de produtos.
síntese de produtos.
Curva de Crescimento
E t t d t i t Esgotamento de nutrientes Fase de multiplicação celular. Fase de adaptação ao meio de cultivo meio de cultivo.Fase de Taxa de Fase de crescimento Taxa de crescimento Características nenhum aumento no número de células, d h ã i i d
Lag zero aumentam de tamanho, são sintetizadas novas enzimas para as células se adaptarem ao novo meio Exponencial ou Log máxima ou constante condições de crescimento balanceado; as células são uniformes em termos de composição química e atividade metabólicas e fisiológicas. Pico da atividade e eficiência fisiológica acúmulo de produtos metabólicos tóxicos e/ou exaustão de nutrientes Algumas células morrem Estacionária zero exaustão de nutrientes. Algumas células morrem,
outras crescem e se dividem. O número de células viáveis diminui Morte negativa acúmulo adicional de produtos metabólicos inibitórios. A taxa de morte é acelerada; o número de células diminui de modo exponencial.
QUANTIFICAÇÃO DO CRESCIMENTO MICROBIANO
Métodos Diretos
Muitas vezes não são possíveis devido à presença de sólidos em devido à presença de sólidos em
suspensão
DETERMINAÇÃO DO NÚMERO DE CÉLULAS:
Contagem Microscópica e Contagem Celular Eletrônica - expresso em número
de células/mL
Contagem em Placa - expresso em UFC/mL (unidade formadora de colônia) Contagem em Placa expresso em UFC/mL (unidade formadora de colônia)
QUANTIFICAÇÃO DO CRESCIMENTO MICROBIANO
Métodos Diretos
Peso Seco – método direto mais comum para determinar a concentração
DETERMINAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO CELULAR:
Peso Seco – método direto mais comum para determinar a concentração
celular, usado apenas em meios de cultura sem sólidos em suspensão. Amostras do caldo de cultivo são filtradas (volume conhecido) e secas por
24 h a 80°C. 24 h a 80 C.
Peso de empacotamento – método pouco preciso. Amostras do meio de
cultivo são centrifugadas em um tubo calibrado e o peso das célulasg p peletizadas é determinado.
Espectrofotometria – absorção da luz pelas células em suspensão no meio
de cultura. A medida da turbidez, ou densidade óptica do meio é determinada. Método rápido e de baixo custo. Deve ser feita uma curva de calibração. Não pode ser usado se o meio contém partículas em suspensão.
QUANTIFICAÇÃO DO CRESCIMENTO MICROBIANO
Métodos Indiretos
Medidas do consumo de substrato e/ou formação de produtos
Determinação de Componentes Celulares: Conteúdo de Nitrogênio e/ou formação de produtos
ç p g
(proteína), RNA, DNA, lipídios, polissacarídeos
Determinação de Produtos Metabólicos Específicos
Determinação de Componentes do Meio de Cultura – glicose Viscosidade
Produção de gás Condutância
CRESCIMENTO CELULAR
9 O crescimento microbiano pode ser considerado como um conjunto de reações químicas em cadeia, que levam à produção de biomassa.ç q , q p ç
9 Os nutrientes do meio de cultura são convertidos em energia e em compostos biológicos
substrato + células produtos extracelulares + mais células ΣS + X ΣP + nX
Para o crescimento aeróbico:
X0 + S + O2 + NH4+ X + CO 2 + P + H2O onde X0 = inóculo (g/L) X = biomassa (g/L) S = substrato (g/L)(g ) P = produto (g/L)
CINÉTICA DO CRESCIMENTO MICROBIANO
Velocidade de crescimento:d
dX
X
1
=
µ
X
dX
µ
=
dt
X
µ
X
dt
=
µ
µ
= velocidade específica de crescimento (h-1)µ
p ( ) Rendimento biomassa/substrato:Y
X/S relaciona a quantidade formada de biomassa com a quantidade de substrato gasto g biomassa formada Rendimento produto/substrato:Y
g biomassa formada g substrato utilizado=
S XY
/ Rendimento produto/substrato:Y
P/S relaciona a quantidade formada de produto com a quantidade de substrato gasto=
S PCINÉTICA DO CRESCIMENTO MICROBIANO
Crescimento em batelada (descontínuo)
Cultura de células num recipiente FECHADO, com uma carga inicial de meio que não é alterada pela adição ou remoção de nutrientes (volume dentro do biorreator é constante).
CINÉTICA DO CRESCIMENTO MICROBIANO
FASE LAG
¾ A idade do inóculo possui grande influência no tamanho da fase lag
¾ O ideal é encontrar a idade ótima do inóculo que resulte numa fase lag mínima
¾ Para minimizar a fase lag, as células devem estar adaptadas ao meio de cultura, ser jovens (fase de crescimento exponencial) e ativas
( p )
¾ O volume de inóculo deve ser alto (5-10%)
¾ Mais de uma fase lag pode ser observada quando há mais de uma fonte de carbono (diauxia)
CINÉTICA DO CRESCIMENTO MICROBIANO
CRESCIMENTO EXPONENCIAL – FASE LOG
¾ O acúmulo do número ou da massa de microrganismos ocorre segundo uma progressão geométrica, sendo que a velocidade de crescimento é proporcional à massa de microrganismos num dado crescimento é proporcional à massa de microrganismos num dado instante
X
dt
dX
µ
=
X = X
0em t = 0
dt
Integrando:ln
X
=
µ
t
ouX
=
X
e
µt Integrando:t
X
0=
µ
ln
ouX
=
X
0e
li h t áfi l l ít i (X t)linha reta num gráfico em escala logarítmica (X versus t)
τ
=
ln
2
=
0
,
693
tempo de duplicação celular
µ
µ
τ
d=
=
Foi realizado o crescimento de Saccharomyces cerevisiae a 30°C em meio contendo:
Exercício 2:
Foi realizado o crescimento de Saccharomyces cerevisiae a 30 C em meio contendo: 10 g/L de extrato de levedura, 20 g/L de glicose e 20 g/L de peptona.
O crescimento foi realizado em frascos de 1L contendo 300 mL de meio.
Amostras foram retiradas periodicamente e determinou‐se (os dados obtidos estão nap ( tabela abaixo) :
• a absorbância a 600 nm, • o peso seco das células e •o número total de células.
Absorbância ({) N° de células (z) 3 y = 0 4511x ‐ 2 2187 0 1 2 600 nm y = 0,4511x ‐ 2,2187 R² = 0,9767 3 ‐2 ‐1 lnabs ‐3 0 5 10 15 20 25 t (h)
Absorbância ({) Peso seco(z) 1,5 2 y = 0,2716x ‐ 1,5638 0 5 0 0,5 1 ln X y 0,2716x 1,5638 R² = 0,9933 ‐2 ‐1,5 ‐1 ‐0,5 0 10 1 20 2 0 5 10 15 20 25 t (h)
CINÉTICA DO CRESCIMENTO MICROBIANO
FASE ESTACIONÁRIA
¾ A taxa de crescimento é igual a zero
¾ Alguns fenômenos podem ser observados:
A l l d ú d
- A concentração celular pode permanecer constante, mas o número de células viáveis pode diminuir;
- Pode ocorrer lise celular e a diminuição das células viáveis;
A él l d ã t b li ti ti
- As células podem não crescer, mas seu metabolismo continua ativo, produzindo metabólitos secundários, tais como antibióticos, hormônios. ¾ As células catabolizam as reservas celulares para produzir monômeros ¾ As células catabolizam as reservas celulares para produzir monômeros energéticos, que mantenham suas funções celulares mínimas (metabolismo
endógeno)
dX
k tX
k
dt
dX
d−
=
S k t de
X
X
=
0 − ouk
d = constante de primeira ordem para o metabolismo endógenoCINÉTICA DO CRESCIMENTO MICROBIANO
FASE DE MORTE
¾ Inicia no final da fase estacionária, devido à exaustão de nutrientes ou ao acúmulo de produto tóxicos
N
k
dt
dN
d'
−
=
ouK
t
S
de
N
N
=
−
'
dt
k’
d = constante de primeira ordem de morte celularN
= concentração celular no final da fase estacionária¾ No início da fase de morte pode ocorrer o restabelecimento da cultura se as
N
S = concentração celular no final da fase estacionáriaDispondo de um conjunto de dados experimentais de
Dispondo de um conjunto de dados experimentais de
X, S e P em função do tempo tem‐se:
dt
dp
dt
ds
dt
dx
p s x=
µ
=
−
µ
=
µ
;
;
dt
dt
dt
Crescimento
Consumo
Formação
ç
Calculo das parâmetros cinéticos para crescimento
Calculo das parâmetros cinéticos para crescimento
Distribuindo
os
dados
da
fase
exponencial
em
d
d
i l
ít i
t
coordenadas semi‐logarítmicas, tem‐se:
dX
X
d
ln(
)
1
Velocidades específicas:
µ
=
=
dt
dX
X
dt
X
d
ln(
)
1
Velocidades específicas:
• Crescimento:
d
dX
X
1
=
µ
dt
X
µ
dS
1
• Consumo de substrato:
dt
dS
X
s1
−
=
µ
• Formação de produto:
µ
=
1
dP
• Formação de produto:
dt
X
p=
µ
Como essa fase tem a distribuição de uma reta a
Como essa fase tem a distribuição de uma reta a
velocidade específica de crescimento é constante e máxima.
)
(
l
l
log
(
)
log
X
−
X
0 i=
µ
t
−
t
iX0i0i= Concentração celular no instante de início da fase exponencialç p
Rearranjando a equação anterior:
j
q
ç
)
(
0
ti
t
i
e
X
X
=
µ
−
Ou, re‐escrevendo de outra forma, tem‐se:
t
X
X
=
ln
0 i+
µ
ln
A i
d
bt
t
d
d
li
ã
d
Assim, pode‐se obter o tempo de duplicação da
biomassa, onde X=2X
0i:
2
ln
µ
2
ln
=
Tdup
Fator de conversão de substrato a células
X
X
Y
−
0 X0= Concentração celular inicialS
S
Y
X S−
=
0 0 / X= Concentração celular no instante t S0= Concentração inicial do substrato S C ã id l d b i S= Concentração residual do substrato no instante t.9 Para leveduras e bactérias crescendo aerobicamente em glicose, Y 0 4 0 6 / Y 0 9 1 4 /
YX/S ≈ 0,4 a 0,6 g/g e YX/O2 ≈ 0,9 a 1,4 g/g
9 O coeficiente de manutenção é utilizado para descrever a velocidade específica de consumo de substrato para a manutenção celular:
Este parâmetro é importante para a determinação de X
Este parâmetro é importante para a determinação de X
em cultivo de fungos filamentosos e em processos de
tratamento de efluentes.
O fator de conversão pode ser obtido também através de:
O fator de conversão pode ser obtido também através de:
µ
S S XY
µ
µ
=
/Coeficiente de manutenção
µ
[
dS/
dt
]
S X S SY
m
/ 'µ
µ
=
+
Velocidade específica de consumo de substrato para manutenção da
[
]
X
dt
dS
m
≡
−
/
mVelocidade específica de consumo de substrato para manutenção da
viabilidade celular
Produtividade de biomassa
FX
X
P
−
0 F FT
P
=
0 X0= Biomassa inicial; XF= Biomassa final; TF= Tempo total de cultivo.Exercício 3: Uma linhagem de fungo foi cultivada em batelada, utilizando
glicose como substrato. Os seguintes dados foram obtidos:
Calcule:
a) A velocidade específica de crescimento a) A velocidade específica de crescimento b) O rendimento biomassa/substrato
c) e qual a máxima concentração celular seria esperada se 150 g de glicose fosse utilizada com o mesmo tamanho de inóculo?
4 y = 0,1015x + 0,0171 R² 0 9986 2,5 3 3,5 X R² = 0,9986 0 5 1 1,5 2 ln X 0 0,5 0 10 20 30 40 50 t (h)
CINÉTICA DO CRESCIMENTO MICROBIANO
VELOCIDADES ESPECÍFICASdS
1
µ
dt
X
S=
µ
de consumo de substratodt
dP
X
P1
=
µ
de formação de produto As velocidades específicas de consumo de substrato, de formação de p , ç produto e de crescimento são utilizadas como parâmetros comparativos em bioprocessos, indicando a eficiência dos processos.Formação de produtos.
1. Formação de produto diretamente
l
d
l
d
b
Formação de produtos.
relacionado com utilização da substrato.
Exemplo: Etanol.
e p o: ta o .
2. Formação de produto indiretamente
l i
d
tili
ã d
b t t
relacionado com utilização da substrato.
Exemplo: Ácido cítrico.
p
3. Formação de produto aparentemente não
associada com a utilização da substrato
associada com a utilização da substrato.
Exemplo: Penicilina.
Classificação os processos fermentativos dependendo de o tipo de reação.
Si
l
O i d i é i fiSimples:
Os nutrientes se convertem em produtos com uma taxa estequiométrica fixa, sem acumulo de intermediários.Exemplo: Conversão de glicose em ácido glucônico pela Aspergillus niger.
Simultâneo:
Os nutrientes se convertem em produtos com uma taxa estequiométrica variável sem acumulo de intermediáriosvariável, sem acumulo de intermediários.
Exemplo: Conversão de açúcar em proteínas e gorduras durante o crescimento de
Rhodotorula glutinis.
Consecutivo: Os nutrientes se convertem em produtos com acumulo de intermediários.
Exemplo: Conversão de glicose em ácido glucônico pela Pseudomonas ovalis, a β glicolactona é intermediário.
Por passos: Os nutrientes se convertem completamente em intermediários antes dep p convertesse em produtos. (dois reações simples)
Exemplos: Crescimento diauxico, dois fontes de carbono. Indução de uma enzima.
Complexo: Envolve a combinação de reações.
CINÉTICA DA FORMAÇÃO DE PRODUTOS
PRODUTOS MICROBIANOS:
1. Produtos associados ao crescimento:
- produzidos simultaneamente com o crescimento
- a velocidade específica de formação de
d t é i l à l id d
produto é proporcional à velocidade específica de crescimento
µ
µ
=
1
dP
=
Y
µ
µ
PY
P Xdt
X
=
/=
CINÉTICA DA FORMAÇÃO DE PRODUTOS
PRODUTOS MICROBIANOS:
2. Produtos não associados ao crescimento:
- produzidos durante a fase estacionária de crescimento
- A velocidade específica de formação de produto é constante
β
µ
P
=
= constante
- Muitos metabólitos secundários, como antibióticos
CINÉTICA DA FORMAÇÃO DE PRODUTOS
PRODUTOS MICROBIANOS:
3. Produtos parcialmente associados ao crescimento:
- produzidos durante o crescimento lento e fase estacionária
- produção de ácido láctico, de goma xantana, de ácido cítrico e outros metabólitos secundários produzidos a partir de metabólitos primários produzidos a partir de metabólitos primários
- a velocidade específica de formação de produto
é:
µ
αµ
+
β
α
â t d f ã d d té:
µ
=
αµ
+
β
P
relação de Luedeking‐Piret
α
= parâmetro de formação de produto associado ao crescimentoβ
= parâmetro de formação de produtoç g
CINÉTICA DA FORMAÇÃO DE PRODUTOS
RELAÇÃO DE LEUDEKING‐PIRET
β
αµ
µ
P
=
+
Se α = 0, o produto não é associado ao crescimento
Se
β = 0 o produto é associado ao crescimento e
α
=
Y
P/ XSe β 0, o produto é associado ao crescimento, e
α
Y
P/ Xµ
Pa
b
a: crescimento parcialmente associadoµ
Pb
ao crescimento
b: crescimento associado ao crescimento
c
c: crescimento não associado ao crescimento
FATORES EXTERNOS QUE INFLUENCIAM NO CRESCIMENTO MICROBIANO
TEMPERATURA
1. PSICRÓFILOS (T( ótimaótima< 20°C))
2. MESÓFILOS (20°C < Tótima< 50°C)
Ó MICRORGANISMOS
3. TERMÓFILOS (Tótima > 50°C)
9 Acima da temperatura ótima, a velocidade de crescimento diminui e pode ocorrer a morte térmica das células.
9 A l id d d i ( ) d l l (k’ )
9 A velocidade de crescimento (µ) e a constante de morte celular (k’d) variam com a temperatura segundo a equação de Arrhenius:
RT
E
d
de
A
k
'
=
'
−
/
RT
E
aAe
−
/
=
µ
Ea = 10 a 20 kcal/mol Ed = 60 a 80 kcal/molVariação da velocidade de crescimento de E coli com a temperatura
de E. coli com a temperatura (equação de Arrhenius)
¾ A temperatura também afeta a formação de produtos
¾ A Tótima para a formação de produtos pode ser diferente da Tótima de crescimento!!
¾ O coeficiente de rendimento YX/S também é afetado pela temperatura, pois acima da Tótima, os requerimentos de manutenção da célula aumentam.
FATORES EXTERNOS QUE INFLUENCIAM NO CRESCIMENTO MICROBIANO
pH O pH afeta a atividade enzimática, e conseqüentemente a
velocidade de crescimento microbiano velocidade de crescimento microbiano.
Variação da velocidade de crescimento com o pH
FATORES EXTERNOS QUE INFLUENCIAM NO CRESCIMENTO MICROBIANO
OXIGÊNIO DISSOLVIDO
9 Substrato importante em bioprocessos aeróbicos
9 Pode ser um substrato limitante, pois o oxigênio é pouco solúvel na água.
9 Em altas concentrações celulares a velocidade de consumo de oxigênio pode exceder a velocidade de fornecimento de oxigênio, limitando o crescimento
limitando o crescimento.
facultativo
FATORES EXTERNOS QUE INFLUENCIAM NO CRESCIMENTO MICROBIANO
OXIGÊNIO DISSOLVIDO
9A concentração crítica de oxigênio é o valor da velocidade de consumo de 9A concentração crítica de oxigênio é o valor da velocidade de consumo de O2 que permite a respiração sem o microrganismo entre em metabolismo anaeróbico
9A Ccrit é de 5 a 10% da concentração de saturação de oxigênio dissolvido para bactérias e leveduras e de 10 a 50% para fungos.
FATORES EXTERNOS QUE INFLUENCIAM NO CRESCIMENTO MICROBIANO
OXIGÊNIO DISSOLVIDO
Requerimento específico de oxigênio de microrganismos
FATORES EXTERNOS QUE INFLUENCIAM NO CRESCIMENTO MICROBIANO
POTENCIAL REDOX
9 Afeta a velocidade e a quantidade de muitas reações de oxi-redução.
9 N i d lt t i l d é f ã d i ê i di l id
9 Num meio de cultura, o potencial redox é função do oxigênio dissolvido, do pH e da concentração de outros íons
9 O potencial eletroquímico é dado pela seguinte equação: 9 O potencial eletroquímico é dado pela seguinte equação:
RT
RT
)
log(
3
,
2
log
4
3
,
2
'
2 0 ++
+
=
H
F
RT
P
F
RT
E
E
h OMODELOS CINÉTICOS PARA QUANTIFICAR O CRESCIMENTO
MICROBIANO
MICROBIANO
Crescimento limitado pelo substrato cinética de saturação
Equação de Monod:
S
K
S
m+
=
µ
µ
S
K
S+
KSS = coeficiente de Monod ou constante de saturação= velocidade específica de crescimento máxima quando S >> K KS = S quando µ = 1/2µmáx
KS = relaciona a especificidade do microrganismo com o substrato µm = velocidade específica de crescimento máxima quando S >> KS
MODELOS CINÉTICOS PARA QUANTIFICAR O CRESCIMENTO
MICROBIANO
MICROBIANO
Equação de Monod: Se S >> KSµ
=
µ
mS
K
S
m+
=
µ
µ
dX
dX
S
K
S+
∫
∫
X tdX
dtX
dX
m=
µ
X
dX
dt
m=
µ
∫
=
∫
X t mdt
X
dX
0 0µ
)
(
ln
ln
X
−
X
0=
µ
µ
mm(
t
−
t
00)
X
X
−
ln
0ln
t
m∆
=
0µ
EXERCÍCIO 4: O estudo cinético em batelada de produção de etanol pela
EXERCÍCIO 4: O estudo cinético em batelada de produção de etanol pela
bactéria Zymomonas mobilis apresentou os seguintes resultados:
Tempo (h) Biomassa (g/L) Glicose (g/L) Etanol (g/L) Tempo (h) Biomassa (g/L) Glicose (g/L) Etanol (g/L)
5 0,05 247 1,5 9 0,15 240 5,0 14 0,45 225 12,0 18 1,20 195 22,0 22 2,80 130 47,0 24 3,40 100 63,0 26 3 80 75 74 0 26 3,80 75 74,0 30 4,15 40 90,0 35 4,20 25 100,0
Apresente um gráfico utilizando os dados acima e calcule: a) a velocidade específica de crescimento máxima
b) os coeficientes de conversão substrato/biomassa e substrato/etanol c) o coeficiente que associa a produção de etanol com a de biomassa
Considere as curvas de crescimento da levedura S. cerevisiae abaixo. Identifique as fases de crescimento da levedura, e indique o que cada
EXERCÍCIO 5:
uma das fases significa.
O que pode ser concluído quando comparamos as três curvas, sabendo que o cultivo foi realizado em batelada, em frascos erlenmeyer de 500 mL
( ) t i t d i i 200 L
e que a curva ( ) representa o crescimento do microrganismo em 200 mL de meio, a curva () em 300 mL e a curva (U) em 400 mL?
Comente sobre a velocidade específica de crescimento, o tempo de duplicação celular e a oxigenação do meio
duplicação celular e a oxigenação do meio.
14 16 3 10 12 14 600n m 1 5 2 2,5 6 00n m) y = 0,286x + 0,686 R² = 0,906 6 200 mL 4 6 8 Ab so rb ân ci a 0,5 1 1,5 ln (a bs 300 mL 200 mL y = 0,226x + 0,734 R² = 0,996 y = 0,205x + 0,848 R² = 0,987 4 300 mL 400 mL 0 2 0 5 10 15 20 0 0 2 4 6 Tempo (h) 200 mL 400 mL Tempo (h)