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RESUMO DA LEI ORGÂNICA DO DISTRITO FEDERAL

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Academic year: 2021

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RESUMO DA LEI ORGÂNICA DO DISTRITO FEDERAL

Glossário:

Administração Direta: órgãos públicos ligados diretamente ao poder. Ex: Ministérios e

Secretarias.

Administração Indireta: entidades criadas por lei e ligadas à Administração Direta do

poder público e que são classificadas em: Autarquias, Fundações , Empresa Pública e

Sociedade de Economia Mista.

Autarquias: não exercem atividades industriais ou comerciais. Ex: O INSS, OAB, Anatel,

etc.

Fundações: sem fins lucrativos, criadas voltadas à educação, cultura e pesquisa: Ex:

FGV, FNPQ, etc.

Empresa Pública: 100% do capital é público e exercem atividades industriais ou

comerciais. Ex: CEF, Correios, etc.

Sociedade de Economia Mista: mistura de capital público e privado em que o Estado

pode ter uma participação majoritária (com direito a voto) ou minoritária. Ela e não se

beneficia de isenções fiscais ou de foro privilegiado. Ex: Banco do Brasil, Petrobrás, e

Eletrobrás, etc.

TÍTULO I - DOS FUNDAMENTOS DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES E DO DF

Declara que esta Lei Orgânica, observada a Constituição, rege o DF e determina seu dever para com os direitos dos cidadãos, tais como: dignidade, indiscriminação, direitos humanos (CF e DUDH), plurarismo político, livre iniciativa, saúde, lazer, segurança, transporte, moradia, defensoria pública, cultura, proteção à vítima e testemunhas, petição gratuita, sufrágio universal e zelo urbanístico (IPHAN).

TÍTULO II - DA ORGANIZAÇÃO DO DF CAPÍTULO I - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Define a bandeira, o hino e o brasão como símbolos do DF e determina a integração com o entorno.

CAPÍTULO II - DA ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DO DF

Orienta que a participação popular na escolha dos Administradores fica a critério do Governador (A lei disporá); Determina a existência dos Representantes Comunitários como consultores e fiscalizadores; Limita a remuneração do Administrador inferior à do Secretário do Governo e define que a criação e extinção RAs deve ser aprovada por maioria de Deputados Distritais.

CAPÍTULO III - DA COMPETÊNCIA DO DF Seção I - Da Competência Privativa Seção II - Da Competência Comum Seção III - Da Competência Concorrente

Distribui as competências do DF nas três modalidades, sendo: Privativa aquela que compete exclusivamente ao DF, a Comum, que compete ao DF e à União e a Concorrente, quando se trata de LEGISLAR simultaneamente.

A Competência Privativa enfoca as ações relativas às atividades específicas da administração da estrutura do DF, como seus Órgãos e atividades locais e RAs. O verbo legislar não consta nesta seção. Os verbos enfocam o ato de EXECUTAR, como: Organizar, criar, extinguir, dispor (sobre assuntos do GDF), organizar, manter, celebrar, elaborar, regular, fiscalizar.

A Competência Comum trata das ações comuns ao DF e à União, enfocando, principalmente, o meio-ambiente e tópicos genéricos como saúde, cultura, educação. Os verbos enfocam o ato de PRESERVAR, como zelar, conservar, proteger, fomentar.

A Competência Concorrente restringe-se ao verbo LEGISLAR, em que concorrem, tanto leis da União como do GDF dentro do DF. Ambos fazem leis sobre direito: tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; a ainda sobre educação, cultura, ensino, desporto, previdência social, assistência jurídica, portadores de deficiência física, polícia civil, meio-ambiente, caça e pesca.

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CAPÍTULO IV - DAS VEDAÇÕES

Vedado doar bens imóveis, isenção fiscal, remissão de dívida sem autorização da CL, sob pena de nulidade do ato.

CAPÍTULO V - DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Seção I - Disposições Gerais

Seção II - Dos Serviços Públicos

Seção III - Da Administração Tributária

Trata de cargos e remuneração da Administração pública que devem obedecer os princípios da Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade, Razoabilidade, Motivação e Interesse Público. Determina ainda: a obrigatoriedade de concurso público (provas ou de provas e títulos) com validade de até 2 anos (prorrogável uma vez). As funções de confiança devem ser exercidas exclusivamente por servidores de cargo efetivo e as funções de comissão (50% e salvo gabinetes parlamentares) deverão ser preenchidas por servidores de carreira; tais cargos são de: direção chefia e assessoramento. Não há limite máximo de idade, salvo aposentadoria compulsória. Vagas para portadores de deficiente físico. Contrato temporário. Revisão de remuneração na mesma data. A remuneração dos empregos públicos do DF não poderão exceder os salário dos Desembargadores do TJDFT, salvo os Deputados Distritais. A remuneração dos servidores públicos Legislativo e Executivo tem como limite máximo o salário dos Deputados Distritais e Secretários de Governo, sendo que a remuneração do Legislativo não pode ser maior que a do Executivo; É vedada a vinculação ou equiparação de vencimentos, salvo dependendo da natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos, os requisitos para a investidura e as peculiaridades dos cargos (conforme § 1º artigo 39 da CF). Em se tratando de mesmo título ou idêntico fundamento, os acréscimos pecuniários não serão computados nem acumulados. Os vencimentos são irredutíveis e é vedado ao DF tratamento desigual entre contribuintes no que se refere aos tributos, mas instituindo impostos que serão informados pelos critérios da generalidade, da universalidade e da progressividade conforme CF (150, II; 153, III e 153, § 2º, I ). A acumulação de cargos públicos só é permitida se o outro cargo for de professor, médico, técnico ou científico (até dois cargos destes). A administração fazendária terá precedência sobre os demais setores administrativos. A criação, transformação, fusão, cisão, incorporação, privatização ou extinção de sociedades ou autarquias depende de lei específica e a criação de subsidiárias depende de autorização legislativa. Na posse, exoneração ou aposentadoria, qualquer agente público deve declarar seus bens na posse, sendo que o Governador, o Vice os Secretários, Diretores, Administradores Regionais, Procurador Geral, Conselheiros dos TC e Deputados Distritais são obrigados a fazer declaração pública anual de seus bens. No caso de necessidade de exame psicotécnico para ingresso e acompanhamento psicológico para progressão funcional, a lei disporá. Profissionalização e treinamento são direitos do agente público. 30 dias para fornecer certidão, cópias, etc. de atos administrativos a qualquer interessado, em se tratando de Defesa de seus Direitos, o prazo se reduz para 10 dias. A primeira identidade é de graça. Propaganda do Governo não pode constar símbolos e expressões de promoção pessoal, ser suspensa 90 dias antes das eleições e devem ter suas despesas publicadas trimestralmente no DO e anualmente em quadros demonstrativos. Improbidade Administrativa leva a suspensão dos direitos políticos, perda da função, ressarcimento ao erário, indisponibilidade dos bens. Integrantes da carreira de auditoria tributária estarão incumbidos da administração tributária (salvo, taxas geradas por exercício do poder de polícia), incluindo o julgamento dos processos fiscais; a 2ª instância desse julgamento será de competência de órgão colegiado formado por auditoria tributária e representantes dos contribuintes. Lei específica organiza a administração tributária.

CAPÍTULO VI - DOS SERVIDORES PÚBLICOS

Trata dos direitos do servidor público. O DF institui regime jurídico único e planos de carreiras para a adm pública direta, autarquias e fundações, obedecendo o artigo 39 da CF que determina que: os padrões de vencimento observarão a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade, os requisitos para a investidura e as peculiaridades do cargo. Determina a isonomia de vencimentos, salvo natureza e local de trabalho e vantagens de caráter individual. São direitos do servidor público jornada não maior que 8 horas diárias e 40 semanais podendo ser concedida compensação de horário ou redução de jornada. Permitir mudança de função para gestante ou lactante por questões de saúde, creche e pré-escola até 7 anos (inclui empresa pública e economia mista). As gestantes ou vítima de acidente de trabalho não terão prejuízos de seus vencimentos e demais vantagens quando do desvio de função. Direito a vale-transporte. Participação na elaboração de plano de carreira. Promoção por merecimento ou antiguidade. Quitação da folha de pagamento até o 5º dia útil sob pena de atualização monetária. O tempo em qualquer dos poderes do DF é computado para aposentadoria, licença-prêmio ou progressão. É garantindo associação sindical, conforme art. 8 da CF, que caracteriza a instituição sindical, que tem direito de desconto de contribuição em folha de pagamento. O direito de greve é regido em

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lei complementar. Estabilidade após 2 anos e só perderá o cargo por sentença judicial transitada em julgada ou processo administrativo (com ampla defesa), sendo que em caso de sentença invalidada o servidor é reintegrado com todos os seus direitos e o substituto reconduzido. O servidor será aposentado com proventos INTEGRAIS: por Invalidez (doença contagiosa ou incurável); Voluntariamente por serviço = 35 homem e 30 mulher ou 30 homem e 25 mulher se professora ou especialista de educação. Com proventos PROPORCIONAIS: por invalidez (demais casos); Voluntariamente por serviço =30 homem e 25 mulher; idade = 65 homem e 60 mulher e Compulsoriamente aos 70 anos. No caso da aposentadoria voluntária lei estabelecerá consideração sobre atividades penosas, insalubres ou perigosas. Lei disporá sobre cargos temporários. Pensão por morte tem valor total. Licença-prêmio vale o dobro na aposentadoria. Carga horária variável vale proventos relativos a carga praticada nos últimos 3 anos para a aposentadoria. Tempo de aposentadoria especial computa-se o tempo de serviço. Licença médica de acompanhamento só genitor, cônjuge e filho. Direito adicional de 1% ao ano. Contribuição complementar é computada.

CAPÍTULO VII - DOS SERVIDORES PÚBLICOS MILITARES

PM e Bombeiros são servidores públicos do DF. O governador do GDF concede as patentes dos militares. Comandantes-Gerais concedem graduações aos Praças. Militar que passa a cargo civil vira reserva. O militar em função pública só será promovido por antiguidade e o tempo válido somente para reserva; e por mais de 2 anos nesta condição se tornará inativo. Proibido sindicalização, greve e filiação partidária para militar. O militar só perde o posto/patente pela justiça militar quando julgado indigno do oficialato, sendo que prisão por mais de 2 anos submete-se a essubmete-se julgamento. Deficientes físicos e atividades de risco terão prazos especiais para aposentadoria, bem como professores (art 40 CF - §§ 4 e 5).> Direito a 13º, salário-família, férias com 1/3 a mais, licença-gestante, licença-paternidade (art. 7 CF).

CAPÍTULO VIII - DOS BENS DO DF

As águas e as redes viárias. Bens inservíveis podem ser alienados por licitação. Doação de móveis imóveis somente por lei. A cessão de uso sobre imóvel tem preferência sobre a venda ou a doação. A aquisição, a permuta ou alienação de imóveis dependem da CL, sendo que o Governador encaminhará anualmente a ela relatório sob pena de crime de responsabilidade. Os bens são de prioridade de uso público, respeitando o meio ambiente e patrimônio histórico, cultural arquitetônico e paisagístico garantindo o interesse social. A disponibilidade ou indisponibilidade dos bens se dá por afetação ou desafetação, conforme lei. A desafetação ainda exige comprovado interesse público e ampla audiência. O Poder Executivo administra os bens do DF, salvo àqueles sob guarda da CL.

TÍTULO III - DA ORGANIZAÇÃO DO PODERES CAPÍTULO I - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

O Executivo e o Legislativo são os únicos poderes do DF. Vedada a delegação de atribuições entre esses poderes. Quem atua num poder, não poderá atuar no outro, salvo exceções desta Lei. CAPÍTULO II – DO PODER LEGISLATIVO

Seção I – Da Câmara Legislativa

Seção II – Das Atribuições da Câmara Legislativa

A CL exerce o poder legislativo e pode reunir-se em qualquer local e suas deliberações são por maioria de votos e maioria absoluta de membros em votação ostensiva (salvo disposição contrária CF/LO). A votação pode ser secreta se requerida por partido e aprovada por votação. Judicialmente a PGCL representa a CL, inclusive prestando assessoria jurídica à Mesa Diretora e demais órgãos da estrutura administrativa. Exige-se concurso de provas e títulos para ingresso na PGCL. Compete PRIVATIVAMENTE à CL tratar sobre: sua Mesa Diretora, seu regimento interno, sua sede, sua competência, seus cargos, receber renúncia de Deputado e declarar vacância ou perda de mandato, conceder licença para processar Deputado, fixar remuneração dos Deputados (legislatura e conforme CF), do Governador, do Vice, Secretário, Administrador Regional (exercício financeiro); solicitar intervenção federal para garantir sua função, consolidar textos legislativos, sustar atos do Poder Executivo que exorbitem (reedição é crime) e suspender os ilegais ou inconstitucionais (pelo TJDF e STF); dar posse, renúncia, perda de mandato e vacância de Governador e Vice e autorizá-los ausência maior que 15 dias, tomar contas do Governador quando não apresentadas no prazo, julgar contas anuais do Governador e execução de planos, processar e julgar o Governador dos crimes de responsabilidade e adotar providências de legislação federal quanto aos Vice e Secretários, fiscalizar atos do poder executivo (inclui a adm indireta), solicitar ao Governador informações sobre seus atos, convocar secretários e servidores da adm direta e indireta e o PGDF a prestarem informações sob pena de crime de responsabilidade ou descumprimento de 30 dias ou falsas informações. Julgar as contas do TCDF e escolher 4 (dos 7) dos seus membros e aprovar os seus conselheiros indicados pelo Governador, indicar e aprovar membros do Conselho de Governo (argüições públicas), aprovar indicação/destituição do PGDF,

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processar e julgar o PGDF; Aprovar convênios não previstos na lei orçamentária, aprovar alienação de terras (25 hectares) e concessão de uso (50 hectares), apreciar vetos, aprovar Presidente de instituições financeiras oficiais, emendar lei, expedir decretos e resoluções e promulgá-las em caso de silêncio do Governador, regulamentar as formas de participação popular bem como autorizar referendo e convocar plebiscito, conceder título de cidadão benemérito ou honorário. Compete com SANÇÃO DO GOVERNADOR dispor sobre: tributos, orçamento, crédito (nos limites do Senado Federal), dívida, empréstimo, vencimentos, plano plurianual e programas, cargos, educação, saúde, previdência, habitação, cultura, desporto e segurança, alienação e cessão de direitos dos bens imóveis, criação, estruturação e atribuição das Secretarias, uso do solo rural, ocupação do solo urbano, regiões administrativas, exploração dos serviços públicos, servidor público, entidades públicas, transferência temporária da sede do governo, portadores de deficiência, proteção a juventude, infância e idosos, sistema de emprego.

Seção III – Dos Deputados Distritais

Os Deputados são invioláveis civil e penalmente por palavras, opiniões e votos (vale, inclusive, em estado de sítio, suspenso só por 2/3 da CL sobre atos praticados fora da Casa), incorporados em forças armadas, missão diplomática e cultural só com licença da CL, não obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou pessoas, julgados pelo TJDFT que dará ciência à CL, presos só em flagrante de crime inafiançável (desde diploma), quando os autos serão remetidos à CL em 24 h para que pelo voto da maioria resolva sua prisão ou sustar o andamento da ação, pedido apreciado em 45 dias (improrrogáveis) do recebimento da MD. Sustado o processo, a prescrição é suspensa. Os Deputados não poderão (desde diploma) ter contrato ou emprego com PJ do Governo, inclusive ad nutum (salvo Contrato Uniforme); já desde a posse só não aceita cargo ad

nutum e não pode ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que atenda PJ Pública,

também patrocina causa de PJ do Governo, ainda não pode ocupar mais de 1 cargo ou mandato público eletivo. O Deputado perderá o mandato (por maioria absoluta dos membros) quando infringir as proibições, quebrar o decoro (inclui abuso de prerrogativas e percepção de vantagens) ou for condenado criminalmente; e perderá pela MD quando ausentar-se em sessão legislativa ou a terça parte das ordinárias (salvo autorização da CL) ou quando decretado pela Justiça Eleitoral; ou ter direitos políticos suspensos, promover corrupção ou improbidade administrativa com o seu mandato – todos assegurado ampla defesa. A renúncia no meio do processo fica suspensa até as deliberações. Não perderá o mandato quando investido na função de Ministro de Estado, Secretário-Executivo de Ministério ou equivalente, Secretário de Estado do DF, Administrador Regional, Chefe de Missão Diplomática Temporária ou dirigente máximo de Autarquia, Fundação Pública, Agência, Empresa Pública ou Sociedade de Economia Mista pertencentes à Administração Pública Federal e Distrital (para todos os casos anteriores, pode optar pela remuneração) ou quando de atestado ou licença não remunerada menor que 120 dias; em caso de perda o suplente é convocado, não havendo, faz-se eleições (faltando 15 para o fim do mandato).

Seção IV - Do Funcionamento da Câmara Legislativa Subseção I - Das Reuniões

A CL trabalha de 1/02 a 30/06 e 01/08 a 15/12, se esses dias forem sábados, domingos e feriados as reuniões vão para o próximo dia útil; não se interrompe reuniões de PL de diretrizes orçamentárias e nem as encerra no caso de PL do orçamento; em 1º de janeiro ocorrem as reuniões preparatórias, sendo a 1º sessão para a posse dos Deputados e eleição e posse da MD (3º sessão para posse da MD, eleita no último dia útil da

1ª quinzena

da sessão legislativa anterior, vedada recondução para o mesmo cargo); a composição da MD obedece proporcionalidade partidária ou de blocos parlamentares; o Presidente da CL pode convocá-la extraordinariamente para declaração do estado de sítio ou defesa que atinja o DF, intervenção do DF, autos de prisão de Deputados, posse do Governador e do Vice; A MD ou 1/3 dos Deputados podem convocá-la extraordinariamente para apreciação de atos do Governador sobre crime de responsabilidade; no caso de urgência ou interesse público relevante podem convoca-la o Governador, o Presidente ou a maioria; e por fim pela comissão representativa nas hipóteses desta lei; para todas essas convocações só haverá deliberação para o assunto motivo da convocação.

Subseção II – Das comissões Seção V – Do processo legislativo

Subseção I – Das emendas à lei orgânica

Regimento interno ou ato legislativo criarão Comissões permanentes ou temporárias com representação proporcional dos partidos ou blocos parlamentares; tais comissões representarão a CL durante recesso e em atividades específicas, em especial externas, tais como: audiências públicas, apreciar programa obras, planos regionais, fiscalizar atos de gastos da administração pública, solicitar depoimento de autoridade ou cidadão comum, receber representações contra autoridades públicas, convocar secretários e demais pessoas da área pública ou PG para prestar informações e emitir parecer sobre regimento interno; as CPIs são criadas por 1/3 da CL e possui

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poderes de autoridades judiciais, apurarão fato determinado com prazo certo, suas conclusões vão para o MP e PGDF levando a responsabilidade civil, administrativa, criminal ou tributária do infrator; a omissão (incluindo sigilo) ou falsa informação à CPI é crime de responsabilidade. O processo legislativo compreende a elaboração de: emendas à LO, leis complementares, leis ordinárias, decretos legislativos e resoluções (Lei complementar disporá sobre leis do DF). A LO pode ser emendada mediante proposta de um 1/3 da CL, ou Governador ou Cidadãos (1% de eleitores de 3 zonas com 3/10% de eleitores de cada) e será discutida em 2 turnos (interstício de 10 dias), aprovada por 2/3 da CL e promulgada pela MD; emenda rejeitada não retorna; não de emenda a LO em estado de sítio, defesa ou intervenção federal.

Subseção II Das Leis

Leis complementares e ordinárias podem ser de iniciativa de: membro ou comissão da CL, Governador, cidadão (1% 3/10%) e TCDF (respectivos cargos e vencimentos); é privativo ao Governador as leis sobre: servidores, cargos e remuneração pública, organização da PGDF, secretarias e órgãos da administração, plano plurianual, orçamento e diretrizes orçamentárias; não haverá deliberação sobre gratuidade em serviço público sem correspondente indicação da fonte custeio e também não será admitido aumento de despesas nos projetos de serviços administrativos da CL e de iniciativa exclusiva do Governador (salvo compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias ou indiquem os recursos necessários provenientes de anulação de despesas...§3, art. 166 CF). O Governador pode solicitar urgência para seus projetos e se a CL não se manifestar em 45 dias (fora recessos e emendas da LO) entra na Ordem do dia. Projeto de lei aprovado vai para o Governador sancionar e promulgar (se não promulga o Presidente CL, se não, o Vice), mas se achar inconstitucional e contrário ao interesse público terá 15 da data do recebimento para vetá-lo (todo ou artigo-parágrafo-alínea) e 48 horas para informar os motivos ao Presidente da CL, se houver silêncio do Governador, considera-se sancionado; se o veto não for mantido pela CL ele vai para o Governador promulgar em 48 horas (se não promulga o Presidente CL, se não, o Vice); veto não deliberado em 30 dias vai para Ordem do dia (art. 66 § 4º), quando o veto só pode ser rejeitado em votação ostensiva pela maioria absoluta; projeto de lei rejeitado volta como um novo projeto mediante proposta pela maioria absoluta; projeto vetado no recesso da CL a comissão, dependendo da urgência e relevância, a convoca. No caso exclusivo de leis complementares, essas serão aprovadas pela maioria absoluta dos Deputados, que receberão numeração distinta das ordinárias; as leis complementares constituem: organização do TCDF, PGDF, Educação, Previdência; dispõe sobre o Vice, uso e ocupação do solo, plano de preservação do conjunto urbanístico, plano de desenvolvimento, plano diretor e ordenamento territorial, e também sobre o sistema tributário e estatuto dos servidores.

Seção VI

Da Fiscalização Contábil e Financeira Subseção I

Das Disposições Gerais

Com auxílio do TCDF a CL exerce fiscalização econômica, operacional e patrimonial de todas as entidades de Poder Público do DF mediante controle externo; o controle interno é de responsabilidade de cada Poder; qualquer PJ ou PF envolvida prestará contas; compete ao TCDF: APRECIAR contas anuais do Governador (acompanhada de relatório circunstanciado do Órgão) gerando parecer à CL em 60 dias; admissão de pessoal, salvo comissão aposentadoria, reforma e pensão; JULGAR: as contas dos envolvidos (alto escalão) com valores e bens do DF, aqueles de relação pecuniária com o DF e Dirigentes de PJ de direito privado com contribuições até o limite do patrimônio transferido; AVALIAR: execução das metas do plano plurianual, nas diretrizes e no orçamento; APLICAR: sanções em caso de irregularidade das contas, tais como multa proporcional ao dano causado ao erário; em casos “sem imputação de débito” e que o TCDF decida não aplicar sanção, deverão os votos ser publicados com a ata de sessão do julgamento., mas se houver “imputação de débito” ou multa, estes terão eficácia de títulos executivos; REPRESENTAR ao Poder sobre irregularidades, ASSINALAR: prazos para as providências; SUSTAR, se não atendido, a execução do ato impugnado comunicando à CL (no caso de contrato a própria CL susta e comunica o Poder Executivo – se não feito em 90 dias, o TCDF decide a questão). A CL ou Comissão diante de indícios de desvios econômicos determina que autoridade governamental preste os esclarecimentos em 5 dias sob pena de pronunciamento do TCDF sobre a questão em 30 dias (também no caso esclarecimento suficiente); se o TCDF entender irregular a despesa, a Comissão propõe à CL sua sustação (se irreparável ou grave lesão à economia); O TCDF age de ofício (ou mediante iniciativa da CL, do MP ou autoridades financeiras/orçamentárias do DF e demais auxiliares) onde houver indício de irregularidade em despesa. Os Poderes Legislativo e Executivo manterão controle interno para: avaliar metas do plano plurianual, execução dos programas e orçamentos; comprovar legalidade, eficácia e eficiência da gestão de bens e valores; controle sobre vantagens e cálculos, remuneração, vencimento ou salários; controle das operações de

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crédito, avais e garantias, direitos e haveres do DF; avaliar a relação de custo e benefício das renúncias de receitas e dos incentivos, remissões, parcelamentos de dívidas, anistias, isenções, subsídios, benefícios e afins de natureza financeira, tributária, creditícia e outros; apoiar o controle externo. Os responsáveis pelo controle interno darão ciência ao TCDF sobre operações de crédito maior que o capital, salvo autorizados pelo Legislativo (art. 167 CF), sob pena de responsabilidade solidária. As contas púbicas ficarão expostas ao público na CL por 60 dias; qualquer cidadão pode denunciar irregularidades ao TCDF ou à CL; as contas do TCDF serão apresentadas à CL até 60 dias da abertura da sessão do ano posterior do exercício.

Subseção II

Do Tribunal de Contas

O TCDF organiza sua estrutura,

prover os cargos de juiz de carreira da respectiva jurisdição

e

propõe a criação de novas varas judiciárias (art. 96 CF);

É formado por 7 conselheiros, brasileiros > 35 < 65 anos de idoneidade moral e reputação ilibada, notáveis conhecimentos jurídico, contábil, econômico e financeiro ou de administração pública, mais de 10 anos de experiência nesses conhecimentos; 4 deles são indicados pela CL e 3 pelo Governador (com aprovação da CL), dois desses dentre auditores e membros do MP indicados em lista tríplice pelo TCDF, segundo antiguidade e merecimento e o último de livre escolha; Terão o mesmo poder e vencimentos dos Desembargadores do TJDFT e aposentadoria com tais vantagens após 5 anos, em caso de falta e impedimento são substituídos por Auditores que terão aquelas mesmas garantias; apresentam declaração de bens na posse e no término do cargo e são processados e julgados (crime comum e responsabilidade) pelo STJ; ainda que em disponibilidade só podem exercer magistério como outra função remunerada. O TCDF tem competência exclusiva: seu regimento interno; organizar seus serviços e cargos, conceder licença, férias e outros afastamentos a Conselheiros e Auditores, propor à CL sobre cargos e vencimentos, elaborar sua proposta orçamentária (obedecendo a LDO); O MP funciona junto ao TCDF e guarda da lei e fiscal de sua execução. Lei complementar disporá sobre a organização e funcionamento do TCDF (câmaras na descentralização).

CAPÍTULO III - DO PODER EXECUTIVO Seção I - Do Governador e Vice-Governador

O Poder Executivo é exercido pelo Governador (deve residir no DF) com auxílio dos Secretários; A eleição (sufrágio universal, direto, secreto) do Governador e Vice ocorre 90 dias antes do mandato do antecessor e a posse em 1º janeiro do ano subseqüente, sendo o mandato de 4 anos, permitida a reeleição (+ 4 subseqüente); O Candidato deve ser brasileiro, ter direitos políticos, domicílio eleitoral no DF, filiação partidária, >= 30 anos e alistamento eleitoral, tal candidato será eleito por maioria absoluta de votos válidos, que quando não ocorrer repete-se a eleição com os dois mais votados, ganhando o de maioria de votos válidos; em caso de morte, desistência ou impedimento legal no segundo turno, convoca-se o remanescente de maior votação, que em caso de empate, escolhe-se o mais idoso; o Governador e o Vice devem tomar posse em sessão da CL, quando prestarão compromisso à CF e à LODF, se não comparecerem no prazo de 10 dias da posse, declara-se vacância dos cargos; o Vice substitui o Governador em ausência ou impedimento e auxilia o Governador além de suas demais atribuições; Impedidos o Governador e o Vice ou vacância, assume o Presidente da CL e o seu Substituto, sendo que, na vacância, far-se-á nova eleição em 90 dias, quando os novos eleitos completarão o mandato ou se tal vacância for no último ano, o Presidente e o Vice da CL e o Presidente do TJ assumem e terminam o mandato; o Governador e o Vice devem apresentar declaração na posse e no término do mandato e aplicam-se a eles as proibições e impedimentos dos deputados, no que couber (art. 62 - não poderão, desde diploma, ter contrato ou emprego com PJ do Governo, inclusive ad nutum - salvo Contrato Uniforme - já desde a posse só não aceita cargo ad nutum e não pode ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que atenda PJ Pública, também patrocina causa de PJ do Governo, ainda não pode ocupar mais de 1 cargo ou mandato público eletivo); Salvo posse em virtude de concurso público, se o Governador assumir outro cargo/função, perderá o mandato;

Seção II

Das Atribuições do Governador

O Governador representa o DF e a Ele compete nomear: Membros do Conselho de Educação do DF, Secretários de Estado, Comandantes Gerais da PM do CBM (promove oficiais), Diretor da Polícia Civil, Conselheiros do TCDF, Procurador Geral DF, Membros do Conselho de Governo, Presidente de Instituições Financeiras, Diretores de Sociedade Economia Mista, Empresas Públicas e Fundações, Servidores de Administração Pública Direta; Prestar anualmente à CL (em 60 dias da abertura da sessão) as contas do exercício anterior; Prover e extinguir os cargos públicos do DF; vetar projetos de leis, sancionar e promulgar e fazer publicar as leis; expedir decretos e regulamentos para sua execução, decretar situação de emergência, calamidade e solicitar

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intervenção federal; celebrar ou autorizar convênios; iniciar processo legislativo, remetendo mensagem e plano de governo à CL, expondo a situação do DF e indicando providências, também envia à CL projetos de lei do plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento, dívida pública e operações de crédito, as quais pode realizar sob autorização da CL; delegar (por decreto) atribuições às autoridades executivas; subscrever ou adquirir ações, realizar ou aumentar capital, desde que haja recursos disponíveis, de sociedade de economia mista ou de empresa pública, bem como dispor, a qualquer título, no todo ou em parte, de ações ou capital que tenham subscrito, adquirido, realizado ou aumentado, mediante autorização da Câmara Legislativa; praticar os demais atos.

Seção III

Da Responsabilidade do Governador

São crimes de responsabilidade os atos do Governador, dos Secretários de Estado, dos dirigentes e servidores da administração pública direta e indireta, do Procurador-Geral, dos comandantes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar e do Diretor-Geral da Polícia Civil que atentarem contra a Constituição Federal, esta Lei Orgânica e, especialmente, contra: a existência da União e do DF, o exercício dos Poderes Executivo e Legislativo e das outras autoridades constituídas, o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais, a segurança interna do País e do DF, a probidade, a lei orçamentária e contra o cumprimento das leis e decisões judiciais; A recusa à convocação da CL (mesmo de ex) é crime de responsabilidade, que pode ser denunciado em plenário pela MD, Comissões Permanentes ou Deputados, que solicitarão instauração de processo e quando admitida a acusação, por maioria absoluta, ocorrerá o julgamento na própria CL, tendo já afastado do cargo a autoridade; o Governador, o Vice e os Secretários podem também ser denunciados por qualquer cidadão e sendo aprovada por 2/3 da CL será submetido a julgamento perante a própria CL se por crime de responsabilidade ou pelo STJ nas infrações penais comuns, quando o Governador fica, também, suspenso das suas funções até 180 dias, se não concluído nesse prazo, o Governador retorna, sem prejuízo do prosseguimento do processo; se condenado, o Governador ou o Vice são destituídos.

Seção IV

Dos Secretários de Estado

Os Secretários devem ser brasileiros, > de 21 anos, com direitos políticos e além de supervisionar os órgãos na sua área de competência, referendam os decretos e atos do Governador, expedem instruções para execução das leis, decretos e regulamentos, delegam atribuições a seus subordinados por ato expresso, apresentam ao Governador relatório anual de sua gestão e apresentam-se quando convocados ou por iniciativa; são processados e julgados pelo TJDFT (salvo justiça federal). Os crimes de sua responsabilidade estão descritos no item anterior, incluindo fornecimento de informações falsas ou a não informação em 30 dias; tal com para o Governador o acolhimento de denúncia de crime de responsabilidade acarreta seu afastamento.

Seção V

Do Conselho de Governo

O Governador é presidente do Conselho de Governo que é órgão superior de sua consulta; o Conselho é formado pelo Vice, Presidente e os líderes da maioria e da minoria da CL, O Procurador Geral do DF e mais 4 brasileiros, natos, residentes no DF a pelo menos 10 anos, maior de 30 anos (2 pelo Governador, 2 pela CL), que terão mandato de 2 anos (vedada recondução); o Conselho pronuncia-se sobre questões do Governo, tais como estabilidade da instituições e os problemas emergentes de grave complexidade e magnitude; lei regulará a organização e funcionamento do Conselho, onde os membros exercem atribuições independentemente de remuneração.

CAPÍTULO IV - DAS FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA Seção I - Da Procuradoria-Geral do DF

Seção II- Da Assistência Judiciária

A Procuradoria-Geral é o órgão central do sistema jurídico do DF, de natureza permanente que tem as funções de: representar o DF e o TCDF judicial e extrajudicialmente, representar a Fazenda Pública perante os TCU, TCDF e Juntas de Recursos Fiscais, promover defesa da Administração Pública, requerendo a qualquer órgão, entidade ou tribunal as medidas de interesse da Justiça, da Administração e do Erário, representar sobre questões de ordem jurídica sempre que o interesse público ou a aplicação do Direito o reclamarem, promover a uniformização da jurisprudência administrativa e a compilação da legislação do DF, prestar orientação jurídico-normativa para a administração pública direta, indireta e fundacional, efetuar a cobrança judicial da dívida do DF; Os servidores de apoio às atividades jurídicas serão organizados em carreira (participação da

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OAB), com quadro próprio e funções específicas; Aplicam-se aos Procuradores das Autarquias e Fundações do DF e aos PGCL os mesmos direitos, deveres, garantias, vencimentos, proibições e impedimentos da atividade correcional e de disposições atinentes à carreira de Procurador do DF. Compete à Defensoria Pública a orientação jurídica e a defesa em todos os graus dos necessitados. É assegurada ao PM, PC e bombeiro, à mulher, vítima de violência (e familiares) assistência jurídica especializada através da Assistência Judiciária, quando no exercício da função se envolverem em fatos de natureza penal ou administrativa.

CAPÍTULO V

DA SEGURANÇA PÚBLICA

A Segurança Pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública, da incolumidade das pessoas e do patrimônio, pela PC, PM, CBM e o DETRAN (relativamente autônomos) nos quais se ingressa por concurso por provas e provas e títulos, prova psicológica e curso de formação profissional específico, quando terão acompanhamento psicológico, que se estende até o estágio probatório, nessas atividades, consideradas penosas e perigosas, para todos efeitos legais (exceto DETRAN). Os diretores, chefes e comandantes de unidades militares são nomeados pelo Comandante-Geral; Lei própria dispõe sobre a organização desses. Todos os órgãos de segurança são autorizados a receber doações em espécie e bens (prestando contas), sendo que as doações em espécie constituem fundo para aquisição de equipamentos e as doações de bens móveis e imóveis integram o patrimônio.

Seção I – Da Polícia Civil

O Diretor-Geral da PC (declara bens na posse e na exoneração), delegado e integrante de carreira, é nomeado pelo Governador; À PC incumbem (salvo a competência de União) as funções de polícia judiciária, apuração de infrações penais (exceto as militares) e tem como princípios institucionais a unidade, indivisibilidade, autonomia funcional, legalidade, moralidade, impessoalidade, hierarquia funcional, disciplina, unidade de doutrina e de procedimento; Os vencimentos não serão inferiores aos que se refere o art. 135 da CF, observadas classes, entrâncias e revisão de remuneração das demais categorias de PC do DF nos termos da legislação federal. Os delegados têm independência funcional no exercício da atribuição de polícia judiciária; fazem parte da estrutura da PC o Instituto de Criminalística, Medicina Legal e Identificação (ambas de natureza técnico-científica); A função da PC é considerada técnica; O ingresso na PC se dá por concurso por provas e provas e títulos, prova psicológica e curso de formação profissional específico, quando terão acompanhamento psicológico, que se estende até o estágio probatório (metades dos cargos de nível superior, reservados para progressão funcional, na forma da lei); aos integrantes das categorias de perito criminal, médico legista, datiloscopista policial é garantida a independência funcional na elaboração de laudos periciais.

Seção II – Da Polícia Militar

Seção III – Do Corpo de Bombeiros Militar

A PM e o CBM executam função de polícia judiciária militar e são órgãos organizados e mantidos pela União com princípios embasados na hierarquia e disciplina, tendo seus Comandantes-Gerais nomeados pelo Governados, entre os oficiais da ativa, ocupantes do último posto do quadro de oficiais (declaram bens na posse e na exoneração); À PM cabe (salvo as missões das Forças Armadas) a polícia ostensiva de prevenção criminal, a garantia do poder de polícia dos órgãos e entidades públicas, as guardas externas da sede do GDF, prédios e instalações públicas, residência oficiais, estabelecimento de ensino público, prisionais e de custódia, representações diplomáticas e organismos internacionais. Ao CBM compete: defesa civil, incêndios, perícia de incêndios e sinistros, busca e salvamento (pessoas e bens), planejar, fiscalizar, e impor penalidades e fazer cumprir a segurança contra incêndio e pânico, com vistas à proteção de pessoas, bens públicos e privados.

Seção IV – Da Polícia Penitenciária

A legislação penitenciária assegurará o respeito às regras da ONU; é assegurada assistência pré-natal, direito à amamentação e creche integral (0-6 anos); haverá condições de exercerem atividades remuneradas e assistência saúde em serviço próprio (a lei definirá integração com a rede pública de saúde).

Seção V – Do Departamento de Trânsito

O DETRAN está vinculado à SSP e integra o Sistema Nacional de Trânsito; é autárquico e de autonomia administrativa e financeira, a ele compete: fazer cumprir a legislação pertinente, aplicar as penalidades previstas no CNT (salvo competência da União); exerce poder de polícia

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administrativa de trânsito e fixação dos preços públicos prestados; o exercício da função de inspetor e agente de trânsito é considerado penoso e perigoso para todos os efeitos legais.

Título IV – Da Tributação e do Orçamento do DF Capítulo I – Do Sistema Tributário do DF Seção I – Dos Princípios Gerais

Compete ao DF instituir os tributos: impostos de sua competência previstos na CF, taxa (não poderão ter base de cálculo de impostos) de poder de polícia ou pela utilização de serviços públicos e contribuição de melhorias de obras públicas; o princípio de justiça fiscal e o critério de progressividade incorporam a função social dos impostos, que sempre que possível terão caráter pessoal segundo poder econômico do contribuinte, facultado à Administração Pública identificar o patrimônio, rendimentos e atividades econômicas do contribuinte; nenhuma taxa, à exceção das decorrentes do exercício do poder de polícia, poderá ser aplicada em despesas estranhas aos serviços para os quais foi criada; o DF poderá, mediante convênio com a União, Estados e Municípios delegar ou deles receber encargos da administração tributária; o DF pode instituir contribuição para Previdência e Assistência Social; o sistema tributário do DF obedecerá art. 146 CF no tocante a: conflito em matéria tributário entre pessoa de direito público, limitações constitucionais de tributar, definição de tributos e suas espécies, obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticados pela sociedades cooperativas. Ao DF competem cumulativamente, os impostos reservados aos Estados e Municípios nos termos dos art. 155 e 156 da CF (transmissão causas mortis e "inter vivos", doações, circulação de mercadorias, prestações de serviços e transporte, comunicação, veículos, propriedade predial e territorial urbana).

Seção II

Das Limitações do Poder de Tributar

É vedado ao DF: exigir ou aumentar tributo sem lei (aprovada por 2/3 da CL só no mesmo exercício – salvo DO - e 90 dias antes do fim deste e que não seja o último da legislatura – salvo circulação, transporte e comunicação e calamidade), tratamento desigual de contribuintes em situação equivalente, cobrar tributos antes da vigência ou no mesmo exercício da lei (salvo previdência e assistência social dos servidores – 90 dias depois da lei), tributo como confisco, tributo como forma de limitação ao tráfego de pessoas ou de bens (salvo pedágio), instituir impostos sobre patrimônio, renda ou serviços da União, Estados e Municípios (salvo em exploração de atividade econômica e tarifas aos usuários), partidos políticos, sindicatos, educação e assistência social sem fins lucrativos, templos (se relacionado às atividades essenciais), livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão, diferença tributária entre em razão de sua procedência ou destino; a cesta básica regulará isenção e redução de carga tributária no que a atinge; transferência de imóveis de reforma agrária não são tributados pelo DF.

Seção III

Dos Impostos do DF

O DF institui impostos sobre: transmissão causa mortis (imóveis no DF, arrolamento de móveis ou doador domiciliado no DF – alíquota pelo Senado) e doação de quaisquer bens ou direitos, circulação de mercadorias (não-cumulativo – compensativo – isenção - não crédito – seletivo - alíquota pelo Senado em interestadual e exportação), prestações de serviços de transporte, comunicação, veículos, propriedade predial e territorial urbana, transmissão inter vivos, venda a varejo de combustíveis líquidos e gasosos (exceto óleo diesel), até 5% do que for pago à União por pessoas do DF incidente sobre lucros, ganhos e rendimentos de capital (imposto previsto no art. 153, III, CF). Quanto a fixação de alíquota sobre circulação de mercadorias internas o DF observará o limite mínimo não inferior ao estabelecido pelo Senado para as operações interestaduais (salvo deliberação em contrário, resolução do Senado Federal- art. 155, § 2º, V, “a”, CF), o limite máximo da resolução do Senado sobre conflito de interesse entre DF e Estados, e em relação a bens e serviços com consumidor localizado em outro Estado quando será então adota: a alíquota interestadual para destinatário contribuinte do imposto e a alíquota interna para destinatário não contribuinte do imposto. Caberá ao DF o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual, nas operações e prestações interestaduais que lhe destinem mercadorias e serviços, quando o destinatário, situado no seu território, for contribuinte do imposto. O imposto incidirá também sobre entrada de mercadoria importada do exterior (sobre o valor da operação, quando mercadorias forem fornecidas com serviços não sujeitos ao imposto sobre serviços). O imposto não incidirá sobre operações que destinem ao exterior produtos industrializados, excluídos os semi-elaborados, sobre operações que destinem a outro Estado petróleo, lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados e energia elétrica, sobre o ouro, quando definido em lei federal (no art. 153, § 5º, CF). O imposto não compreenderá, em

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sua base de cálculo, o montante do imposto sobre produtos industrializados, quando a operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado a industrialização ou a comercialização, configure fato gerador dos dois impostos. Observar-se-á a lei complementar federal para definir seus contribuintes, dispor sobre substituição tributária, disciplinar o regime de compensação do imposto, fixar, para efeito de sua cobrança e definição do estabelecimento responsável, o local das operações relativas à circulação de mercadorias e das prestações de serviços, excluir da incidência do imposto, nas exportações para o exterior, serviços e outros produtos além dos mencionados no § 3º, I, prever casos de manutenção de crédito, relativamente a remessa para outro Estado e exportação para o exterior de serviços e de mercadorias, regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do DF, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados (deve ser homologação pela CL). À exceção do imposto sobre circulação de mercadorias e prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação e do imposto sobre vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos, nenhum outro tributo de competência do DF incidirá sobre operações relativas a energia elétrica, combustíveis líquidos e gasosos, lubrificantes e minerais do País. O imposto sobre propriedade predial e territorial urbana será progressivo, nos termos de lei específica, de forma a assegurar o cumprimento da função social da propriedade, considerados, entre outros aspectos o valor real do imóvel, corrigido a cada ano fiscal, a existência ou não de área construída e a utilização própria ou locatícia. O imposto sobre transmissão inter vivos de bens imóveis e de direitos a eles relativos não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil. O imposto sobre vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos não exclui a incidência do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação sobre a mesma operação. As alíquotas máximas do imposto sobre vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos e sobre serviços de qualquer natureza serão aquelas fixadas em lei, que também definirá a exclusão da incidência do imposto sobre serviço de qualquer natureza em exportações de serviços para o exterior. O DF divulgará, até o último dia do mês subseqüente ao da arrecadação, os montantes de cada um dos tributos arrecadados e dos demais recursos recebidos, inclusive os transferidos pela União.

Seção IV

Da Repartição das Receitas Tributárias

As receitas do DF são: aqueles 5% da arrecadação do imposto da União, 20% da arrecadação do imposto da União (referente a art. 154 I CF), 50% do produto da arrecadação do imposto da União sobre a propriedade territorial rural, relativamente aos imóveis nele situados, a parcela que lhe couber dos fundos de participação (21,05% - alíneas “a” e “b” do art. 159, I, da CF), o percentual decorrente da entrega prevista (10% sobre produtos industrializados - art. 154) e a arrecadação da União sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários e ouro (art. 153, V e seu § 5º, CF).

CAPÍTULO II

DAS FINANÇAS PÚBLICAS

A receita pública é constituída pelos tributos, contribuições financeiras, preços públicos, multas, rendas de concessão, permissão, cessão, arrendamento ou autorização de uso, produto de alienação de bens, ações e direitos, doações, legados e outras definidas em lei; Estas arrecadações são feitas pelo poder executivo e vão para a conta do Tesouro do DF no BBSA (Banco de Brasília - agente financeiro do Tesouro), onde serão, também, depositados e movimentados (salvo casos em lei) a disponibilidade de caixa e os recursos das entidades do DF que terão sua execução financeira por sistema integrado de caixa. As dotações da CL e TCDF são repassadas em duodécimos até o dia 20 de cada mês em cotas estabelecidas pela programação financeira (salvo investimento que é por cronograma). Lei complementar (observado CF e Senado) dispõe sobre: finanças públicas, emissão e resgate de títulos da dívida pública, concessão de garantia pelas entidades e fiscalização das instituições financeiras. É vedado ao DF contratação de empréstimos sob garantias futuras, sem previsão do impacto a recair nas subseqüentes administrações financeiras. Lançamento de títulos da dívida pública e a contratação de operações de crédito precisam ser aprovados pela CL, para quem o Executivo encaminhará, até o último dia do mês, a posição contábil da dívida fundada e flutuante relativas ao mês anterior.

CAPÍTULO III DO ORÇAMENTO

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O orçamento público, expressão física, social, econômica e financeira do planejamento governamental, será documento formal de decisões sobre a alocação de recursos e instrumento de consecução, eficiência e eficácia da ação governamental. O DF destinará anualmente às Adm. Regionais recursos orçamentários (critérios por lei) prioritariamente para o atendimento de despesas de custeio e investimentos. O plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamentos anuais são produtos de leis de iniciativa do Poder Executivo. PLANO PLURIANUAL: é compatível com o Plano Diretor e foca o desenvolvimento econômico e social do DF (pode ser revisto ou modificado mediante lei) e estabelece, para as Adm. Regionais, as diretrizes, objetivos e metas quantificados física e financeiramente, para 4 anos e para despesas de capital e decorrentes e programas de duração continuada, a contar do exercício subseqüente; O projeto de lei do PP será encaminhado pelo Governador no 1º ano de mandato, até 2,5 meses após sua posse, e devolvido pelo Legislativo para sanção até 2 meses antes do encerramento do primeiro período da sessão legislativa. LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS: é compatível com o PP e compreende as metas e prioridades da administração (inclui as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente); orienta a elaboração da lei orçamentária anual, dispõe sobre as alterações da legislação tributária e estabelece a política tarifária das entidades da administração indireta e a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento, bem como define a política de pessoal a curto prazo da administração pública; O projeto de LDO será encaminhado até 7,5 meses antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido pelo Legislativo para sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa. LEI ORÇAMENTÁRIA: é compatível com o PP e a LDO e compreende o orçamento fiscal dos dois Poderes do DF, seus fundos, órgãos e entidades da administração pública, compreende o orçamento de investimento das empresas que o DF detém a maioria do capital social com direito a voto e compreende o orçamento de seguridade social (e seus vinculados) e da administração pública; O orçamento da seguridade social compreenderá receitas e despesas relativas à saúde, previdência, assistência social e receita de concursos de prognósticos, incluídas as oriundas de transferências, e será elaborado com base nos programas de trabalho dos órgãos incumbidos de tais serviços, integrantes da administração direta e indireta; O órgão central de planejamento do DF organiza e compatibiliza os projetos de lei de matérias de receita e despesa públicas; Demonstrativos das ações do Governo devem integrar o projeto de lei orçamentária, e neles devem constar os objetivos, metas e prioridades, por Região Administrativa, a identificação do efeito sobre as receitas e despesas, o demonstrativo da situação do endividamento com o saldo devedor e respectivas projeções de amortização e encargos financeiros correspondentes a cada semestre do ano da proposta orçamentária; A lei orçamentária incluirá, obrigatoriamente, previsão de recursos provenientes de transferências, inclusive aqueles oriundos de convênios, acordos, ajustes ou instrumentos similares com outras esferas de governo e os destinados a fundos. As despesas com publicidade dos poderes deverão ser objeto de dotação orçamentária específica. O orçamento anual deverá ser detalhado por RA e terá entre suas funções a redução das desigualdades inter-regionais. A lei orçamentária não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, salvo a autorização para a abertura de créditos suplementares, a contratação de operações de crédito e a forma da aplicação do superávit ou o modo de cobrir o déficit. Cabe a lei complementar estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial e instituição e funcionamento de fundos da administração pública. O projeto de LO para o exercício seguinte será encaminhado até 3 meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro em curso e devolvido pelo Legislativo para sanção até o encerramento do segundo período da sessão legislativa (não recebendo o projeto, vale o vigente com correção inflacionário); Na votação da LO anual, o Poder Executivo repassará à CL todas as informações sobre o endividamento do DF. Além da apreciação dos projetos de PP, LDO e LO, a comissão da CL avalia contas apresentadas anualmente pelo Governador (quanto aos projetos, o Governador pode propor ajustes antes de iniciados os trabalhos). As emendas ao projeto de LO anual serão admitidas desde que sejam compatíveis com o PP e com a LDO e indiquem os recursos (admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa que não sejam sobre dotações para pessoal e seus encargos e serviço da dívida) e que sejam emendas relacionadas com a correção de erros ou omissões e com dispositivos do texto do projeto de lei. Os recursos que ficarem sem despesas correspondentes, poderão ser utilizados mediante créditos especiais ou suplementares, com autorização legislativa. As receitas próprias da administração pública serão programadas para atender preferencialmente gastos com pessoal e encargos sociais; amortizações, juros e demais encargos da dívida; contrapartida de financiamentos ou outros encargos de sua manutenção e investimentos prioritários; respeitadas as peculiaridades de cada um. São vedados: programas ou projetos não incluídos na LO, despesas ou a assunção de obrigações que excedam aos créditos orçamentários ou adicionais, operações de crédito que excedam ao montante das despesas de capital (salvo as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pela CL - maioria absoluta), a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa (salvo recursos de ensino e prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita), a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação

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dos recursos correspondentes, a transposição, remanejamento ou transferência de recursos de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa, a concessão ou utilização de créditos ilimitados, a utilização, sem autorização legislativa, de recursos do orçamento fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos, a instituição de fundos de qualquer natureza , sem prévia autorização legislativa (com autorização deve ter: finalidade básica do fundo, fontes de financiamento, conselho e responsáveis pela gestão), a concessão de subvenções ou auxílios do Poder Público a entidades de previdência privada. Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem autorizados(salvo se o ato for promulgado nos últimos 4 meses daquele exercício quando serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subseqüente). A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes e será objeto de apreciação pela CL em 30 dias. Qualquer proposição de alteração em dotações de pessoal e encargos sociais deve ser acompanhada de demonstrativos da última posição orçamentária e financeira, bem como de suas projeções para o exercício em curso. As proposições de créditos adicionais que envolvam anulação de dotações de pessoal e encargos sociais somente poderão ser apresentadas à CL no último trimestre do exercício financeiro relativo à LO. O Executivo publicará, até o trigésimo dia após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária constando: as receitas, despesas e a evolução da dívida pública da administração em seus valores mensais, os valores realizados desde o início do exercício até o último bimestre e o relatório de desempenho físico-financeiro. A LDO estabelece procedimentos de ligação entre o planejamento de médio e longo prazos e cada orçamento anual, de modo a ensejar continuidade de ações e programas que, iniciados em um governo, tenham prosseguimento no subseqüente. Ao Poder Legislativo é assegurado amplo e irrestrito acesso, de forma direta e rápida, a qualquer informação, detalhada ou agregada, sobre a administração pública do DF. Os ocupantes de cargos públicos do Governo do DF serão pessoalmente responsáveis por suas ações e omissões, no que tange à administração pública. A despesa com pessoal ativo e inativo ficará sujeita aos limites estabelecidos na lei complementar. A concessão de vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos ou alteração da estrutura de carreiras e a admissão de pessoal pela administração pública só poderão ser feitas se houver prévia dotação orçamentária e se houver autorização específica na LDO (salvo as empresas públicas e as sociedades de economia mista).

TÍTULO V

DA ORDEM ECONÔMICA DO DF CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Seção I - Dos Princípios Gerais

Seção II - Da Disciplina da Atividade Econômica Seção III - Da Regulação da Atividade Econômica

A ordem econômica do DF tem por fim assegurar a todos existência digna, promover o desenvolvimento econômico com justiça social e a melhoria da qualidade de vida, observados os princípios de: autonomia econômico-financeira, propriedade privada, função social da propriedade, livre concorrência, defesa do consumidor, proteção ao meio ambiente, redução das desigualdades econômico-sociais, busca do pleno emprego, integração com a região do entorno do DF, livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos( salvo lei). O Poder Público só participará diretamente da atividade econômica nos casos previstos na CF como agente indutor do desenvolvimento sócio-econômico em investimentos de caráter estratégico ou para atender relevante interesse coletivo. Empresa pública, que explore atividade econômica sujeita-se ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto às obrigações trabalhistas e tributárias. As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais que não sejam extensivos às do setor privado. Na aquisição de bens e serviços darão tratamento preferencial às atividades econômicas exercidas em seu território e, em especial, à empresa brasileira de capital nacional (sem prejuízo dos princípios da publicidade, legitimidade e economicidade). O regime de gestão da adminsitração indireta (salvo autarquias) implica em pelo menos 1/3 (salvo instituição financeira – 1 servidor no conselho) da diretoria executiva por representantes de seus servidores, escolhidos pelo Governador entre os indicados em lista tríplice, mediante eleição pelos servidores, contratos de gestão com metas de desempenho e responsabilidade e autonomia para o alcance dos resultados estabelecidos. O Poder Público, como agente normativo e regulador da atividade econômica, exercerá as funções de planejamento, incentivo e fiscalização. A lei estabelecerá diretrizes e bases do processo de planejamento governamental do, o qual incorporará e compatibilizará: o Plano Diretor de Ordenamento Territorial (instrumento da política de expansão e desenvolvimento urbanos - longo

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prazo e permanente) e os Planos de Desenvolvimento Local, as ações de integração com a região do entorno (co-responsabilidade com as unidades da Federação), o plano de desenvolvimento econômico e social (estabelece as diretrizes gerais, define os objetivos e políticas globais e setoriais- vale 4 anos), o plano plurianual, o plano anual de governo (estabelece objetivos, diretrizes e políticas da ação governamental para o exercício subseqüente e é base para as DO), as diretrizes orçamentárias e o orçamento anual (detalhamento financeiro das receitas e das despesas para o exercício subseqüente). O plano de desenvolvimento econômico é elaborado em consonância com o PP e deve ser encaminhado pelo Executivo no 1º ano de mandato do Governador, até 2,5 meses após sua posse, e devolvido pelo Legislativo para sanção até 2 meses antes do encerramento do primeiro período da sessão legislativa, e observa as seguintes premissas: as demandas da sociedade civil e os planos e políticas econômicas e sociais de instituições não governamentais que condicionem o planejamento governamental, as diretrizes estabelecidas no plano diretor de ordenamento territorial e planos diretores locais e as ações de integração com a região do entorno do DF, os planos e políticas do Governo Federal, os planos regionais que afetem o DF, a singular condição de Brasília como Capital Federal, a compatibilização do ordenamento da ocupação e uso do solo com a concepção urbanística do Plano Piloto e Satélites e com a contenção da especulação, da concentração fundiária e imobiliária e da expansão desordenada da área urbana, a condição de Brasília como Patrimônio Cultural da Humanidade, a concepção do DF que pressupõe limitada extensão territorial como espaço modelar, a superação da disparidade sociocultural e econômica existente entre as Regiões Administrativas, a concepção do DF como pólo científico, tecnológico e cultural, a defesa do meio ambiente e dos recursos naturais, em harmonia com a implantação e expansão das atividades econômicas, urbanas e rurais, a necessidade de elevar progressivamente os padrões de qualidade de vida de sua população, a condição do trabalhador como fator preponderante da produção de riquezas, a participação da sociedade civil, por meio de mecanismos democráticos, no processo de planejamento, a articulação e integração dos diferentes níveis de governo e das respectivas entidades administrativas e a adoção de políticas que viabilizem a geração de empregos e o aumento da renda. Lei disporá sobre sistema de informações capaz de apoiar as atividades de planejamento, execução e avaliação das ações governamentais. Poderão ser concedidos às empresas (exceto as que tem dívida ativa- logo não tem contrato) situadas no DF incentivos e benefícios: especiais e temporários, para desenvolver atividades consideradas estratégicas e imprescindíveis ao desenvolvimento econômico e social, prioritários para as empresas que em seus estatutos estabeleçam a participação dos empregados em sua gestão e resultados, para prestar assistência tecnológica e gerencial e estimular o desenvolvimento e transferência de tecnologia a atividades econômicas públicas e privadas, propiciando acesso às conquistas da ciência e tecnologia, estímulo à integração das atividades de produção, serviços, pesquisa e ensino e incentivo a novas empresas que invistam em seu território com alta tecnologia e alta produtividade. A lei e as políticas apoiarão e estimularão atividades econômicas exercidas sob a forma de cooperativa e associação. O Poder Público dará tratamento favorecido a empresas sediadas em seu território e dispensará às microempresas e empresas de pequeno porte tratamento jurídico diferenciado, com vistas a incentivá-las por meio da simplificação, redução ou eliminação de suas obrigações administrativas, tributárias ou creditícias.

CAPÍTULO II

DA INDÚSTRIA E DO TURISMO Seção I - Da Política Industrial

Seção II - Da Implantação de Pólos Industriais no DF

Seção III - Dos Incentivos e Estímulos à Industrialização no DF

A política industrial, respeitados os preceitos do plano de desenvolvimento econômico e social, será planejada e executada pelo Poder Público tendo por objetivo: preservar o meio ambiente e os níveis de qualidade de vida da população, estimular empreendimentos que utilizem, racional e prioritariamente, recursos e matérias-primas disponíveis no DF e adjacentes, propiciar a implantação de indústrias, particularmente as de tecnologia de ponta, promover a integração econômica do DF coma região do entorno, estimular a implantação de indústrias que permitam adequada absorção de mão-de-obra no DF e geração de novos empregos. O Poder Público adotará mecanismos de participação da sociedade civil na definição, execução e acompanhamento da política industrial. O Poder Público estimulará a criação de pólos que promovam a desconcentração espacial da atividade industrial e da renda, respeitadas as vocações culturais e as vantagens comparativas de cada região e a criação de pólos agroindustriais. Projeto industrial com potencial poluidor será objeto de licenciamento ambiental. A lei conceder incentivos a empresas industriais

Referências

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