A CONCEPÇÃO DE FÉ E RAZÃO EM SANTO TOMÁS DE
A CONCEPÇÃO DE FÉ E RAZÃO EM SANTO TOMÁS DE
AQUINO
AQUINO
Santo Tomás de Aquino nasceu em Nápoles, mas atuou em
Santo Tomás de Aquino nasceu em Nápoles, mas atuou em
París como professor.
París como professor.
Através de traduções árabes teve acesso a várias obras literárias. Sua
Através de traduções árabes teve acesso a várias obras literárias. Sua
obra teve berço em
obra teve berço em
París no conflito reinante entre
París no conflito reinante entre
a liberdade, que é exigência da razão e
a liberdade, que é exigência da razão e
a desconfiança
a desconfiança
que a fé e
que a fé e
a razão impõem. É
a razão impõem. É
caracterizada pela relação entre razão e fé e
caracterizada pela relação entre razão e fé e
as concepções
as concepções
entre finalidade, causalidade e potência-ato.
entre finalidade, causalidade e potência-ato.
A reflexão pessoal de Santo Tomás sempre partiu e se confrontou com o problema
A reflexão pessoal de Santo Tomás sempre partiu e se confrontou com o problema
fundamental dos filósofos cristãos, no século XII, que era superar as antinomias entre o
fundamental dos filósofos cristãos, no século XII, que era superar as antinomias entre o
aristotelismo e o platonismo. Boa parte das fontes da filosofia do Aquinate decorre da obra de
aristotelismo e o platonismo. Boa parte das fontes da filosofia do Aquinate decorre da obra de
Aristóteles, também como, da longa tradição neoplatônica, haurida através das obras dos
Aristóteles, também como, da longa tradição neoplatônica, haurida através das obras dos
Santos Padres. Além dessas fontes Tomás recebe contribuições dos filósofos árabes e judeus,
Santos Padres. Além dessas fontes Tomás recebe contribuições dos filósofos árabes e judeus,
e dos escolásticos anteriores a ele, em especial de seu grande mestre Alberto Magno.
e dos escolásticos anteriores a ele, em especial de seu grande mestre Alberto Magno.
Tomás foi um pensador que funda a possibilidade de uma filosofia pura, porém sem deixar de
Tomás foi um pensador que funda a possibilidade de uma filosofia pura, porém sem deixar de
ser um teólogo.
ser um teólogo.
Suas duas principais obras são duas enormes Sumas (Summa Contra Gentiles e Summa
Suas duas principais obras são duas enormes Sumas (Summa Contra Gentiles e Summa
Theologiae) ,as sumas são um estilo de escrita que nasceram no século XII. Eram coleções ou
Theologiae) ,as sumas são um estilo de escrita que nasceram no século XII. Eram coleções ou
compilações breves, sintéticas e completas de sentenças. Há no entanto ainda outras obras
compilações breves, sintéticas e completas de sentenças. Há no entanto ainda outras obras
originais de Tomás, Quaestiones disputatae, Quaestiones quodlibetales, Opúscula
originais de Tomás, Quaestiones disputatae, Quaestiones quodlibetales, Opúscula
philosophica, Opúscula theologica: dere dogmatica et morali e de re spirituali .
philosophica, Opúscula theologica: dere dogmatica et morali e de re spirituali .
A Suma Contra os Gentios é uma obra tomista que foi escrita a pedido de seu confrade
A Suma Contra os Gentios é uma obra tomista que foi escrita a pedido de seu confrade
Raimundo de Penãfort, o objetivo da Suma é equipar os missionários com armas intelectuais
Raimundo de Penãfort, o objetivo da Suma é equipar os missionários com armas intelectuais
necessárias. É claro que a Suma Contra os Gentios supera em muito de ser apenas um
necessárias. É claro que a Suma Contra os Gentios supera em muito de ser apenas um
manual aos missionários. Há quem diga que Tomás tinha como alvo de sua obra os filósofos
manual aos missionários. Há quem diga que Tomás tinha como alvo de sua obra os filósofos
aristotélicos, e ele queria portanto, mostrar as verdades de Aristóteles sob os aspectos de uma
aristotélicos, e ele queria portanto, mostrar as verdades de Aristóteles sob os aspectos de uma
realidade viva e purificada no interior da fé cristã.
realidade viva e purificada no interior da fé cristã.
A Suma Teológica é com certeza sua maior e mais importante obra, "cuja mais recente edição
A Suma Teológica é com certeza sua maior e mais importante obra, "cuja mais recente edição
crítica alcança sessenta volumes (BROWN, 2001, p.20)", na
crítica alcança sessenta volumes (BROWN, 2001, p.20)", na qual sistematiza as teologiasqual sistematiza as teologias
medievais, baseando-se na Bíblia, na tradição da Igreja e na filosofia, principalmente a de
medievais, baseando-se na Bíblia, na tradição da Igreja e na filosofia, principalmente a de
Aristóteles. A suma teológica dificilmente tem rival no que se refere ao tamanho, eficiência e
Aristóteles. A suma teológica dificilmente tem rival no que se refere ao tamanho, eficiência e
apresentação sistemática. A obra inteira é composta de questões, que por sua vez são
apresentação sistemática. A obra inteira é composta de questões, que por sua vez são
subdivididas em artigos.
subdivididas em artigos.
Tomás assim como outros autores da Idade Média empreenderam forças, para que, através
Tomás assim como outros autores da Idade Média empreenderam forças, para que, através
da razão pudessem compreender os ditames da fé. Porém, "mesmo aquelas verdades que a
da razão pudessem compreender os ditames da fé. Porém, "mesmo aquelas verdades que a
razão pode alcançar sozinha, não é dado a todos alcançá-las, e não está liberto de erros o
razão pode alcançar sozinha, não é dado a todos alcançá-las, e não está liberto de erros o
caminho que a elas conduz (ABBAGNANO, 1985, p.25)", pois a compreensão não se basta, da
caminho que a elas conduz (ABBAGNANO, 1985, p.25)", pois a compreensão não se basta, da
compreensão filosófica por meio da razão, Tomás empreende toda sua obra sob o alicerce da
compreensão filosófica por meio da razão, Tomás empreende toda sua obra sob o alicerce da
relação entre a fé e a razão.
relação entre a fé e a razão.
Segundo Tomás fé é o "movimento da criatura racional em direção a Deus (Apud TORREL,
Segundo Tomás fé é o "movimento da criatura racional em direção a Deus (Apud TORREL,
1999, p.174). Para ele os atos humanos revelam poucas coisas aos princípios morais
1999, p.174). Para ele os atos humanos revelam poucas coisas aos princípios morais
universais.
universais.
Para Santo Tomás o objeto da fé é a Verdade Primeira, a verdade originária,ou seja, é Deus
Para Santo Tomás o objeto da fé é a Verdade Primeira, a verdade originária,ou seja, é Deus
mesmo.
mesmo. Tomás não quer saber sobre o ato, neTomás não quer saber sobre o ato, nem sobre a virtude da fé, nem mesmo por, algom sobre a virtude da fé, nem mesmo por, algo
como, a razão da fé, ele quer discutir sobre a fé em si mesma. Com a afirmação de que Deus é
como, a razão da fé, ele quer discutir sobre a fé em si mesma. Com a afirmação de que Deus é
o objeto da fé, poderemos nos questionar acerca daquilo que se nos apresenta como objetos
o objeto da fé, poderemos nos questionar acerca daquilo que se nos apresenta como objetos
da fé, mas que são provenientes das criaturas, o Aquinate nos responde que "quaisquer
da fé, mas que são provenientes das criaturas, o Aquinate nos responde que "quaisquer
criaturas, constitui objecto da fé enquanto meios pelos quais nos ordenamos para Deus, aos
criaturas, constitui objecto da fé enquanto meios pelos quais nos ordenamos para Deus, aos
quais também assentimos por causa da verdade divina (AQUINO, 1980, p.2025)". Dessa forma
os objetos que a fé adere não é apenas Deus, há ainda outros que nos ajudam a ordenar as coisas em direção a Deus, pois a fé adere a um objeto por ter sido revelado por Deus, na medida em que "(...) auxiliam o homem a tender para a fruição divina (AQUINO, 1980,
p.2025)". Deus, portanto, se converte em objeto da fé por meio das frases (enunciados), "cujo contenido objetivo no puede "verse" ni "saberse" sino que (primero), em la sumisión a la autoridad de la verdad del Dios revelante, ha de acogerse y guardarse como verdadero (PESCH, 1992, p.135)".
Nada desponta sob o domínio da fé, senão, enquanto ordenado por Deus; Da mesma forma que o objeto de algo é aquilo que lhe pertence, "assim como o objeto da medicina é a saúde (AQUINO, 1980, p. 2025)", sobre a fé poderemos dizer o mesmo, nada pode lhe pertencer a não ser aquilo que remete à Deus.
O Objecto conhecido está no sujeito, que o conhece, ao modo do sujeito. Ora, o modo próprio do intelecto humano é conhecer a verdade compondo e dividindo, (...). Por onde, objectos em si mesmos simples o intelecto os conhece segundo uma certa complexidade; assim como, inversamente, o intelecto divino conhece, incomplexamente, objectos em si mesmos
complexos. Portanto. O objecto da fé pode ser considerado à dupla luz. ? De um modo, quanto à realidade mesma crida. E então, o objecto da fé é algo de incomplexo, a saber, a realidade mesma na qual temos fé. ? De outro modo, quanto a quem crê. E, a esta luz, o objecto da fé é algo de complexo, a modo do objecto do juízo (AQUINO, 1980, p.2026).
Este objeto, que nos é conhecido, está presente em nós mesmos, mas, nenhum erro pode ser introduzido na fé, a razão é que nenhum erro pode ser introduzido em Deus, como verdade primeira, na qual está vinculada a fé.
O que podemos concluir diante de toda essa exposição a respeito da fé, enquanto forma de conhecimento, é que na filosofia se consideram as criaturas em relação a si mesmas, a atenção vai das criaturas ao conhecimento de Deus. Já na doutrina da fé, se consideram as criaturas, em sua relação com Deus. A atenção vai de Deus às criaturas . Santo Tomás com sua filosofia, dedica uma especial atenção às criaturas, porque elas são feitas à imagem e semelhança de Deus, e um erro acerca das criaturas poderá nos conduzir a um erro acerca de Deus.
3.3. O ato da fé e a virtude da fé.
A terceira questão proposta por Tomás dentro deste mesmo artigo (II-II 3, 1) ref ere-se ao ato de fé em seu exterior, que é a sua demonstração. "Os actos exteriores são propriamente actos da virtude a cujo fim especificamente se referem. (...) Por onde, assim como o conceito interior das cousas da fé é propriamente acto de fé, assim também o é a confissão exterior (AQUINO, 1980, p.2058)"
Estes atos da fé são relativos à virtude, isto é, uma disposição durável, um hábito que nos inclina e, é a este fim específico, que o ato se refere. Virtude aqui, não é uma capacidade de desempenho conseguida com esforço, mas sim, uma inclinação, uma disposição estável e sem esforço para uma determinada obra. Desta forma podemos dizer que uma definição de fé como virtude deve ser entendida, como uma disposição firme do espírito para entregar-se ao que Deus disse.
Com uma fórmula tomada de Santo Agostinho Tomás diz que, credere quer dizer cum assentione cogitare, crer, portanto, quer dizer pensar com assentimento.
est cum assentione cogitare", que traduzimos "crer é cogitar com assentimento", assim se justifica: crer não é simplesmente pensar com assentimento, como há quem o prefira, porque
pensar é ato genérico da inteligência humana, ao passo que cogitar, aqui, significa um conhecer que inquire, não tendo plena evidência da verdade, e por ela aspira para ter um conhecimento perfeito, eis que este é aquele que atinge diretamente, sem intermédio de
testemunha, o objeto visado; já o assentimento, porém, significa a firme adesão da inteligência (MESQUITA, 1990, p.86)
O ato de cogitar aqui não pode ser confundido como um ato da virtude cogitativa, mas enquanto algo pertencente ao intelecto. É uma investigação daquilo em que "o homem é levado a crer (AQUINO, 1980, p.2044)". Pensar aqui, se entende num único sentido, de uma reflexão constante.
El hombre, para asentir a las verdades de la fé, es elevado sobre su propia naturaleza, y esto no puede explicarse sin un principio sobrenatural que le mueve interiormente, que es Dios. Por tanto, la fe considerada en cuando al asentimiento, que su acto principal, proviene de Dios, que mueve interiormente por la gracia (RASSAM, 1980, p.208)
Enfim, termino este capítulo citando as palavras de João Paulo II, que foi um grande exemplo de homem de fé unida à razão.
(...) o homem se encontra num caminho de busca, humanamente infindável: busca da verdade e busca duma pessoa em quem poder confiar. A fé cristã vem em sua ajuda, dando-lhe a possibilidade concreta de ver realizado o objetivo dessa busca (...) (1998, p.38)
Por isso, Santo Tomás de Aquino propôs cinco provas racionais da existência de Deus.
São elas:
1) Deus existe porque existe movimento no Universo, sendo necessário algo ter causado
o primeiro movimento;
2) Deus existe porque, no mundo, os efeitos têm causas, algo deve ter sido a causa
primeira e não causada, no caso, Deus;
3) Deus existe porque coisas possíveis devem ter sido levadas a existir por algo já
existente, no caso Deus;
4) Deus existe porque há hierarquias no mundo, então há algo superior a tudo, Deus;
5) Deus existe porque há ordem no mundo, sendo necessário que algo governe tudo:
Deus.
Santo Tomás de Aquino ressalta a importância da razão na demonstração da fé.
Segundo ele, todos os seres do mundo têm uma finalidade e passa por uma
transformação do ser-potência e do ser-ato. As coisas já contém em si mesmas uma
possibilidade e ao alcançarem a realização dessa possibilidade, tornam-se o que foram
designadas a ser, ou seja, o ato, a sua finalidade como ser. Com isso, Santo Tomás de
Aquino admite que o mundo tem uma ordem e que a sua origem só poderia vir da
inteligência divina. A matéria é o ser-potência e a forma é o ser-ato.
A alma para Santo Tomás de Aquino é a forma do ser. Todos os seres tem uma alma
imortal, mas cada um com suas potências. A do homem é a racionalidade. Santo Tomás
de Aquino admite que o conhecimento pode ser adquirido pela razão, mas há coisas
somente reveladas pela revelação divina. O conhecimento pode ser adquirido pelos
sentidos, mas só a capacidade intelectiva que pode distinguir. A razão é o que distingue
os homens dos outros seres.
Para Santo Tomás de Aquino a finalidade de uma sociedade é o bem-comum, portanto,
ele defende a monarquia como a forma de governo mais perfeita. Para ele, o governo é
de origem divina.
7. RUBANO, Denise R. & MOROZ, Melania. Razões como apoio à verdade da fé:
Santo Tomás de Aquino. In: Para Compreender a Ciência: uma perspectiva histórica.
Maria Am Santo Agostinho e São Tomás de Aquino
SANTO AGOSTINHO X SÃO TOMÁS DE AQUINO
Santo Agostinho e São Tomás de Aquino foram dois reconhecidos filósofos
cristãos.
Agostinho, viveu entre os séculos IV e V.
Estudou na África e inicialmente foi um intelectual que tinha orientação
religiosa pagã, aderiu ao maniqueísmo e posteriormente sob grande influência de
sua mãe e de diversos autores que lera converteu-se ao catolicismo sendo
considerado como pertencente à patrística. A patrística, em síntese, é o esforço
para se criar uma filosofia cristã a qual atribui às práticas tradicionais católicas
um arcabouço teórico para que se apresen
tem como “um conjunto de ideias
produzidas e sistematizadas pela razão em um todo lógico” (PESSANHA, 1980p.XII). Porém as primeiras tentativas de se consolidar tal filosofia cristã que
tentava conciliar a fé e a revelação divina com a razão e o raciocínio lógico não
obtiveram grande êxito. Somente até Santo Agostinho, que conseguiu elaborar
uma verdadeira síntese sistematicamente organizada da filosofia cristã baseada
num conhecimento de natureza neoplatônica que adequava o pensamento de
Platão as concepções Católicas.
São Tomás de Aquino, é considerado um dos mais famosos filósofos da
escolástica, viveu no século XIII e precocemente recebeu o título de Mestre em
Teologia devido à sua genialidade.
A escolástica é marcada pelas ideias de Santo Agostinho, além de também
procurar uma conciliação entre a fé e a razão, o catolicismo e a filosofia e ser
bastante influenciada pelo pensamento neoplatônico. Entretanto, aprofunda mais
no método dialético e sob São Tomás de Aquino ela receberá fortes influências
aristotélicas a fim de buscar respostas às novas questões que eram impostas a fé
e a razão em meados do século XIII e que o pensamento agostiniano não
conseguia abarcar.
Os dois filósofos convergiram e divergiram em variados aspectos de seus
pensamentos.
Ambos
se preocuparam em pensar sobre as essências das “coisas” (Deus, anatureza, o ser humano, a verdade, o conhecimento, etc.) essas ideias metafísicas
procuravam justificar através da razão a conduta e a moral da tradição cristã.
Porém Agostinho acreditava existir, como Platão, um mundo das ideias que era
a perfeição, a verdade e um mundo real que era a representação imprecisa deste
mundo ideal apreendida pelos sentidos sob diferentes formas.
Santo Agostinho defendeu a ideia do mestre interior em que todo o
conhecimento é alcançado dentro do próprio ser e somente através da
iluminação divina pode-se chegar à verdade.A teoria agostiniana estabelece,
assim, que todo o conhecimento verdadeiro é o resultado de um processo de
iluminação divina, que possibilita ao homem contemplar as ideias, arquétipos
externos de toda a realidade.
Para Agostinho a filosofia era a busca da felicidade e essa, para ele, era uma
”indagação da condição humana em busca da beatitude”
. Porém Agostinho não
encontrou na filosofia helênica esta beatitude e sim nas Sagradas Escrituras de
Paulo de Tarso, é daí que surge o seu esforço de unir a razão à fé. A primazia
entre fé e razão, uma sobre a outra não fica clara em Agostinho e existem
diversos debates sobre o assunto, porém convém deixar claro que seu objetivo
era o de conciliar os dois: A razão relaciona-se, portanto, duplamente com a fé:
precede-a e é sua consequência. É necessário compreender para crer e crer para
compreender.
Tomás de Aquino, não acreditava em um mundo das ideias e sob influência do
naturalismo aristotélico defenderá a existência de um mundo real, material. Esse
mundo seria a criação divina
– esta é uma das questões que surge ao seu tempo,a criação. Ele aponta a apreensão do divino através da verdade da razão que não
pode ser negada pela verdade revelada da fé, ambas precisam ser idênticas, do
contrário a fé ou a razão não foram adequadamente empreendidas. A teologia e a
filosofia não se opõem. Fé e razão estão unidas em um único sentido: a
perfeição, ou seja, o conhecimento de Deus.
Para Tomás de Aquino a verdade e o conhecimento também são alcançados
através de um mestre interior, porém, não há a intervenção de uma luz divina
para que se dê o conhecimento, ele já existe como potencialidade no interior do
ser e cabe a este descobri-lo através do aprendizado, do estudo, da educação
religiosa, da pedagogia.