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III METODOLOGIA PARA PLANEJAMENTO, IMPLANTAÇÃO E MONITORAMENTO DOS SERVIÇOS DE VARRIÇÃO MANUAL APLICADA AO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE / MG

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22º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 14 a 19 de Setembro 2003 - Joinville - Santa Catarina

III-025 - METODOLOGIA PARA PLANEJAMENTO, IMPLANTAÇÃO E

MONITORAMENTO DOS SERVIÇOS DE VARRIÇÃO MANUAL APLICADA AO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE / MG

Lucas Paulo Gariglio (1)

Engenheiro Civil com ênfase em Hidráulica pela EE UFMG. Especialista em Engenharia Sanitária e Ambiental pela Fundação Christiano Ottoni (DESA/UFMG), Mestre em Saneamento, Meio Ambiente, Hidráulica e Recursos Hídricos pelo Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da Escola de Engenharia da UFMG (DESA/EE. UFMG). Engenheiro Sanitarista da Secretaria Municipal de Limpeza Urbana de Belo Horizonte.

Mara Adelina Moura Mesquita

Engenheira Civil pela Faculdade de Engenharia da Fundação Mineira de Educação e Cultura, 1993. Especialista em Gestão Ambiental e Empresarial pela PUC-Minas. Engenheira Civil I e Gerente de Varrição e Serviços Complementares da Secretaria Municipal de Limpeza Urbana de Belo Horizonte.

Sabrina Santos Godinho de Azevedo

Auxiliar técnica e operadora de geoprocessamento na Gerência de Varrição e Serviços Complementares da Secretaria Municipal de Limpeza Urbana de Belo Horizonte.

Endereço(1): Rua Conselheiro Dantas, 122, ap. 301 – Bairro Prado - Belo Horizonte / MG - CEP: 30410-250 - Brasil - Tel: (31) 3277-9356 -

e-mail: gariglio@pbh.gov.br

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Os procedimentos para planejamento, implantação e monitoramento dos serviços de varrição manual desenvolvidos pela Gerência de Varrição e Serviços Complementares da Secretaria Municipal de Limpeza de Belo Horizonte se encontram atualmente em um grau avançado de parametrização.

A fase de planejamento se divide em duas etapas básicas, quais sejam, a caracterização da área a ser atendida e a definição dos itinerários de varrição com seus parâmetros básicos e características específicas, tais como produtividade, extensões, definição de mão-de-obra, material a ser utilizado e pontos de apoio a essa atividade. Após a elaboração dos

itinerários, procede-se às etapas de implantação e monitoramento, quando determinado. Estas etapas consistem basicamente na avaliação do planejamento no momento em que o mesmo é implantado, observando possíveis diferenças entre as condições de campo e aquelas anotadas no escritório.

Implantado o itinerário planejado, este é monitorado logo após a sua implantação, para eventuais ajuste e, periodicamente, ao longo do tempo de sua execução, para a avaliação da adequação dos parâmetros adotados e para coleta de dados a serem utilizados em futuros planejamento. Além disso, esse monitoramento serve também para fiscalização do cumprimento das determinações de planejamento pelas turmas de execução.

PALAVRAS-CHAVE: Varrição, planejamento, itinerários, produtividade, parâmetros.

INTRODUÇÃO

A varrição consiste na atividade de remoção de resíduos em vias e logradouros públicos podendo ser manual ou mecanizada, com o objetivo de minimizar riscos à saúde pública, mantendo a cidade limpa e prevenindo enchentes.

Atualmente, o município de Belo Horizonte conta com o serviço de varrição manual de logradouros, englobando a limpeza de sarjetas, calçadas e áreas públicas em 78% de sua área urbanizada.

Anualmente são varridas, aproximadamente, 40.200 km de sarjetas e logradouros públicos, envolvendo cerca de 1800 trabalhadores, entre mão-de-obra direta e indireta.

Da área total atendida por serviços de varrição, cerca de 80% é executado por empresa contratada e 14% executado por pessoal próprio da prefeitura de Belo Horizonte. Para dar suporte a atividade de varrição, o município de Belo Horizonte conta com, aproximadamente, 5.800 cestos coletores de resíduos leves distribuídos pela cidade e com 175 pontos de apoio a varrição, sendo 44 sedes de varrição e 131 micropontos de apoio que proporcionam a infra-estrutura necessária para a execução das tarefas dos garis nos

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Considerando que a maior parte da área do município é atendida com atividade de varrição manual, consumindo aproximadamente 45% do orçamento anual da Superintendência de Limpeza Urbana de Belo Horizonte, a equipe da Gerência de Planejamento de Varrição e Serviços Complementares se viu compelida a desenvolver metodologias que, além de aumentar a eficiência da execução dos serviços no campo, possam também ser uma ferramenta para o controle da execução dos contratos com as empresas contratadas que prestam o serviço. Em vista disso, resolveu-se empreender a busca por uma metodologia de planejamento mais racional, contando com o auxílio das ferramentas informatizadas de Geoprocessamento atualmente disponíveis.

OBJETIVO

Demonstrar a metodologia para planejamento, implantação e monitoramento dos serviços de varrição manual aplicada ao município de Belo Horizonte, explicitando os critérios e parâmetros utilizados.

METODOLOGIA

Atualmente, a metodologia do planejamento de varrição utilizada no Município de Belo Horizonte, engloba as seguintes etapas:

1 - Levantamento das Características Físicas, Ocupacionais e Operacionais da Área a Ser Atendida

A análise preliminar realizada para definir dados e parâmetros estabelece: a) Aspectos Físicos e Ocupacionais

Malha Viária

São identificadas as vias de maior fluxo de tráfego de veículos automotores e de pedestres, avaliando e demarcando os locais com possibilidade de travessia seja por semáforo, seja por faixa de pedestre ou passarelas. Esse levantamento se faz importante por auxiliar, não só na determinação das freqüências de varrição, como também definir parâmetros para segurança dos garis.

Sentido de Trânsito

Indicado pela consulta a mapas digitais e por pesquisa de campo, sendo um fator determinante para a definição dos itinerários de varrição, privilegiando a execução do serviço no sentido contrário ao trânsito de veículos, preservando a segurança dos garis.

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Pavimentação

São levantados os dados de pavimentação em vias existentes e eventualmente daquelas a serem implementadas, quando houver projetos que assim o definam. O tipo de

pavimentação é importante para a definição das vias a serem varridas, sendo as vias de terra não contempladas.

Topografia

O relevo é um dos fatores determinantes do planejamento dos itinerários conforme demonstrado na TAB. 1. É avaliado cruzando digitalmente mapas de curvas de nível e mapas com o limite de cada região a ser varrida. O cálculo da declividade de cada trecho, utiliza mapas digitais onde são plotadas as cotas em cada cruzamento das vias, sendo os resultados confirmados por observação de campo.

Com as distâncias dos trechos entre cruzamentos, é possível calcular a declividade de cada quarteirão. Esse procedimento pode ser automatizado através de programação utilizando os softwares geográficos, podendo-se elaborar mapas temáticos demonstrando a condição da declividade de cada trecho.

È importante ressaltar que a definição das declividades foi feita com base em relatos de campo, não possuindo ainda nenhum estudo técnico para a definição mais precisa desses valores.

Tabela 1- Procedimentos adotados na varrição de rua em função de sua declividade . CARACTERÍSTICA

DECLIVIDADE SÍMBOLO SIGNIFICADO

Vias pouco inclinadas ou planas entre 0 e 5%

=

Varre subindo e/ou descendo Vias inclinadas

entre 5 e 15% ®

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Varre de preferência descendo Vias Íngremes

entre 15 e 25% Þ

Varre só descendo Vias muito íngremes maior que 25% Þ

Varre só descendo e em alguns casos não varre

Feiras-livres

A localização e os dias em que ocorrem as feiras é importante para o planejamento, pois no horário em que acontecem não é possível desenvolver a atividade de varrição. Além disso é desejável que a varrição dos locais onde acontecem as feiras se dê em horário posterior ao seu encerramento ou no dia subsequente à sua ocorrência.

Praças

É obtida a relação de praças na região a ser varrida junto aos órgãos responsáveis da prefeitura, excluindo do planejamento as praças adotadas. As áreas e dimensões passíveis de varrição são determinadas digitalmente, através de aerofotos georreferenciadas e, quando necessário, em medições de campo.

Peculiaridades locais (arborização, fluxo de pedestre, camelôs, atividades urbanas) São determinadas características que possam interferir na definição dos itinerários e das freqüências a serem adotadas, tais como presença de vendedores ambulantes, parques e áreas de lazer, comércio local, pontos de ônibus, hospitais, canteiros centrais e áreas de interesse cultural ou turístico.

Todas as etapas acima mencionadas se desenvolvem em dois momentos: o primeiro, através de consultas aos mapas digitais de cadastro e às secretarias responsáveis por cada tipo de serviço, e a Segunda, em visitas a campo para a verificação in loco, das condições previstas em escritório.

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b) Aspectos Operacionais Varrição Existente

Avaliada quanto à adequabilidade dos serviços prestados e aos parâmetros adotados, verificando em cada caso, a necessidade de replanejamento global da área ou ampliação e adequação dos serviços onde houver necessidade.

Caso a varrição existente já seja planejada, são elaborados quadros de avaliação da adequação desse planejamento, quadros esses que iram orientar futuros replanejamentos, conforme demonstra a tabela 2.

Pontos de Apoio à Varrição Disponíveis

Para o planejamento da varrição manual da área, são construídos pontos de apoio à varrição (Micro pontos de Apoio e Sedes de Varrição), cuja localização deve ser considerada no planejamento, caso existam, sendo de importância fundamental para a definição dos limites das turmas e início e fim dos itinerários.

Tabela 2: Quadro de avaliação de planejamento existente 2 - Planejamento dos Itinerários

Esta etapa obedece a seguinte sistemática: a) Definição de Parâmetros

Produtividade

De todos os parâmetros empregados no planejamento, talvez o mais importante seja a produtividade, também dita rendimento operacional, empregada no cálculo da formação das equipes e que, representa a extensão linear que um gari é capaz de varrer ou varre em um dia, com qualidade no serviço e em boas condições de trabalho.

Assim, pode-se determinar a extensão máxima que uma turma de varrição poderá varrer em uma dada área, permitindo uma delimitação mais racional dos limites de atuação dessa turma de varrição.

Para determinação da produtividade para execução do serviço de varrição, foram utilizados dados referentes ao período de outubro de 1999 a março de 2001, obtidos em campo e registrados nos formulários de apropriação de serviços de varrição, empregados no gerenciamento e na fiscalização de execução da atividade, fornecidos por cada uma das Gerências Regionais de Limpeza Urbana. Estes dados são empregados no gerenciamento e na fiscalização da atividade. As produtividades calculadas são:

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Produtividade real: é o rendimento operacional. Reflete o serviço que é efetivamente executado.

Produtividade possível: é a produtividade que seria obtida caso os garis trabalhassem todo o período estipulado.

Produtividade possível com pausa: é a produtividade que seria possível considerando a utilização do horário de trabalho integral, com uma pausa de 10 minutos a cada 50 minutos trabalhados, conforme recomendado pela segurança e medicina do trabalho dos

funcionários.

Conhecidas as produtividade médias diárias de cada turma é possível calcular os mesmos parâmetros, para cada setor de limpeza pública das Regionais, para cada Regional e os valores médios gerais que representam as produtividades médias para a atividade de varrição manual no município de Belo Horizonte, conforme demonstrado na tabela 3.

Tabela 3 – Produtividade média das turmas de varrição por Região Administrativa de Belo Horizonte

Comprimento dos trechos de varrição

Determinado com o auxílio de software geográfico utilizando uma base cartográfica digital georreferenciada. Tanto as operações matemáticas quanto a impressão dos resultados em mapas são feitas automaticamente, de forma digitalizada.

A medição digital é feita de forma aproximada com base no cadastro digital do município. Em alguns casos são necessárias medições com escala ou em campo, em trechos ou áreas ainda não digitalizadas

b) Características da Varrição Proposta Tipo de Varrição

A varrição de ruas e calçadas é executada manualmente pelo sistema de operação corrida, isto é, inicia-se pelo local proposto, varre-se direto seguindo o itinerário até o final, passando uma única vez por dia pelo trajeto planejado, excetuando-se a área central do município, onde são feitos repasses de varrição.

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No Município predomina a freqüência de varrição semanal. Entretanto, em função de características como atividade comercial intensa, uso e ocupação das áreas urbanas, intensidade de tráfego de veículos e pedestres podem ser assumidas outras freqüências podendo ser de duas a três vezes por semana ou mesmo diária. Estas características são levantadas através de dados geográficos digitalizados, tais como registros de atividade comercial ou de serviços, indicadores de tráfego e levantamento de campo.

Horário de Varrição

O horário padrão dos serviços de varrição é de 7:30h às 16:30 h durante a semana, com parada de 1 hora para almoço e de 7:30 h às 11:30 h aos sábados, realizando, em ambos os casos, parada de 10 minutos a cada 50 trabalhados, conforme orientação dos responsáveis pela medicina e segurança do trabalho. Em áreas de grande intensidade de tráfego e comércio, a varrição pode ser feita em mais de um turno.

Itinerários

Os itinerários propostos podem ser abertos, com a equipe de varrição se subdividindo em duas subturmas que fariam, preferencialmente, uma o lado direito e a outra o lado esquerdo do itinerário ou itinerários fechados, em que toda a equipe trabalha seguindo junto um único percurso.

Confinamento e Coleta dos Resíduos

Os resíduos públicos deverão ser acondicionados em sacos plásticos adequados, conforme especificado no Regulamento de Limpeza Urbana do Município e dispostos em pontos de confinamento. A coleta dos resíduos de varrição é feita por garis e caminhões específicos para esse tipo de resíduo e deve ser prevista para o mesmo dia de seu confinamento onde poderá ficar por um prazo não superior a 12 horas após deposição.

c) Desenvolvimento do Planejamento Planejamento Macro

Fase inicial do planejamento, onde os limites da região a ser atendida são demarcados. Com as freqüências prévias de cada logradouro já identificadas digitalmente nos mapas, procede-se ao cálculo da extensão total a procede-ser varrida e a partir desprocede-se valor calcula-procede-se o número de turmas necessárias, considerando os resultados apontados pelo estudo de produtividade. Após isso, define-se o limite de atuação de cada turma de varrição, assumindo uma equipe básica de 2 garis carrinheiros, 4 garis varredores e um monitor de turma. O desenho desse limite é feito diretamente sobre os mapas digitais, efetuando o cálculo da extensão de cada

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turma, automaticamente através de consultas SQL, utilizando para tal, um software geográfico e base de dados digital referente ao município de Belo Horizonte.

Durante a definição dos limites, é necessário observar os divisores naturais das áreas a serem atendidas por cada turma de varrição, tais como, avenidas ou vias de grande volume de tráfego, córregos, vias férreas, áreas verdes ou parques, vilas e favelas, logradouros de grande extensão contínua. È importante observar também se nas faixas onde se estabelecem os limites de atuação entre duas ou mais turmas de varrição, as vias abrangidas por cada área apresentam acesso adequado a partir da região delimitada. Caso contrário, as linhas limítrofes deveram ser alteradas.

Extensão a Ser Varrida

Após definidos os limites das turmas de varrição, monta-se, para cada área de abrangência da turma, um mapa em escala 1:5000, onde são lançadas digitalmente as extensões de cada trecho de varrição e as cotas dos cruzamentos das vias.

Sistema de Apoio Operacional

Sempre que possível, os pontos de apoio à varrição devem ser locados no centro geométrico da área correspondente a turma de Varrição, evitando, assim, grandes deslocamentos da equipe no início e fim da jornada de trabalho e na hora do almoço. Traçado e Descrição dos Itinerários

Cada itinerário é composto por dois traçados referentes às laterais direita e esquerda, que serão cumpridos pelas respectivas subturmas.

O número de itinerários de cada turma depende da freqüência de varrição desejada.

Normalmente são traçados 6 itinerários, sendo um para cada dia da semana. São levados em conta diversos critérios para a elaboração dos itinerários, sendo os principais:

diferença das extensões entre os lados das vias, determinada como no máximo 150 m; diferença entre as extensões dos dias da semana, determinada como no máximo 300 m; extensão do sábado entre 50 a 60% do valor médio semanal;

varrição em sentido contrário ao fluxo de veículos em vias de grande movimentação; início e término dos itinerários o mais próximo possível dos pontos de apoio existentes; movimentação paralela dos itinerários dos lados direito e esquerdo das vias;

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travessias em vias de grande movimentação em locais que apresentem condições de segurança;

observação das condições de declividade das vias para determinação do sentido de varrição. Mapeamentos

Para cada turma, são elaborados mapas em plantas cadastrais na escala 1:5000, sendo um Mapa geral dos itinerários em cada dia da semana e a respectiva freqüência de varrição com a indicação, por cores, dos dias de atendimento e mapas com o traçado de cada itinerário em cada dia de atendimento, na cor convencionada.

3 - Implantação e Avaliação

Durante a implantação dos serviços planejados, cuja duração média é de 2 semanas por turma de varrição, dois cadastradores acompanham a turma diariamente, ocasião em que ensinam os itinerários aos membros da equipe. Os cadastradores anotam em formulários apropriados a produção do dia, a composição da equipe, o nome da turma e da Região Administrativa, o número de sacos plásticos utilizados em cada dia. De posse desses dados, é possível proceder aos ajustes necessários nos dois primeiros meses após a implantação. 4 - Monitoramento

Nas áreas onde as turmas de varrição já se encontram implantadas, periodicamente é feito o monitoramento da execução dos serviços de varrição. Esse monitoramento se faz através do acompanhamento por cadastradores e técnicos de planejamento, quando necessário, da execução dos serviços em campo, anotando-se os dados mais importantes para a calibração dos planejamentos elaborados. Tal calibração é feita através do preenchimento de planilhas específicas que, entre outros dados, fornecem os horários de inicio e término dos serviços, presença de ruas varridas não planejadas ou planejadas e não varridas, mão de obra utilizada entre outras observações. As informações compiladas pelo monitoramento são utilizadas para efetuar-se pequenos ajustes nos planejamentos ou como subsídio para o replanejamento global de uma região do Município.

RESULTADOS

A FIG. 1 mostra o resultado final das etapas de planejamento que consiste num mapa de orientação e referência para acompanhamento dos serviços e medição para pagamento, caso o mesmo seja feito por empresa contratada. Neste mapa são mostrados os itinerários a serem seguidos por cada equipe de garis, distribuídos pelos dias da semana, sendo cada dia representado por uma cor particular. Da mesma forma, as freqüências de varrição são demonstradas através de cores próprias, caracterizando-as como sendo diárias, duas ou três vezes por semana em cada trecho considerado. Os mapas podem indicar também a

localização do ponto de apoio de cada turma e o início e término de cada itinerário. São elaborados mapas resumo (FIG. 1) e mapas para cada itinerário em cada dia da semana ou

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para cada freqüência alternada. Além dos mapas são elaborados textos descritivos que auxiliam no entendimento, acompanhamento e medição dos serviços.

Figura 1: Mapa geral dos itinerários de varrição

COMENTÁRIOS E CONCLUSÕES

O planejamento racional da atividade de varrição, além de facilitar e agilizar a execução dos serviços em campo, promove considerável economia de recursos financeiros na medida em que otimiza a utilização de mão-de-obra e equipamentos urbanos, além de diminuir em cerca de 60% o tempo gasto para a elaboração dos planejamentos de varrição.

Os critérios de planejamento utilizados preservam as condições de saúde e segurança dos trabalhadores, além de racionalizar o utilização de mão-de-obra na medida em que resulta no aumento de rendimento operacional dos garis.

A metodologia utilizada em Belo Horizonte pode ser adaptada a qualquer município de médio ou grande porte, requerendo para tanto investimentos de pequeno porte em sistemas de informações geográficas, equipamento de informática e treinamento de pessoal.

É escassa produção bibliográfica nas áreas de planejamento de limpeza urbana, a despeito da sua importância e da sua complexidade.

O grande número de parâmetros que devem ser observados para o desenvolvimento de planejamentos de varrição manual, ao mesmo tempo que dificulta a criação de uma metodologia bem definida para essa pratica, estimula a criação de novas pesquisas para o desenvolvimento das técnicas de planejamento.

Toda a metodologia desenvolvida conforme apresentado no presente trabalha tomou como base a experiência obtida ao longo dos anos pelas equipes de planejamento da

Superintendência de Limpeza Urbana. Entretanto, será necessário que se incorporem práticas científicas para dar continuidade a esse desenvolvimento.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BORGES, M. E. Planejamento de Varrição Pública na Divisão de Limpeza Pública Pampulha, Superintendência de Limpeza Urbana, Belo Horizonte, 1993.

GARIGLIO, L. P., MESQUITA, M. A. M. Utilização dos Sistemas de Geoprocessamento como Auxílio ao Planejamento de Varrição Manual no Município de Belo Horizonte. In:

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NOGUEIRA, P. P., MESQUITA, M. A. M. Determinação da Produtividade do Serviço de Varrição Manual de Rua em Áreas Específicas de Belo Horizonte, MG. In: 21º

CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL,2001, Anais... João Pessoa - Brasil. CD

SILVA, M. E. C, CHENNA, S. I. M, MESQUITA, M. A. M. Planejamento de Varrição Manual: Metodologia e comentários. In: SIMPÓSIO LUSO BRASILEIRO DE

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