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Palestra para os pais Rede de Adolescentes Tema: Sexo + Adolescente =? Como conversar sobre sexo com seu filho Palestrante: Dr.

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Academic year: 2021

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Rede de Adolescentes da Igreja Batista da Lagoinha

Palestra para os pais – Rede de Adolescentes

Tema: Sexo + Adolescente = ? Como conversar sobre sexo com seu filho Palestrante: Dr. Isaac Azevedo

INTRODUÇÃO:

A conversa sobre sexualidade é delicada e precisa que haja um certo nível de intimidade. Não tem como os pais querem tratar do assunto com os filhos de uma hora pra outra, “da noite pro dia”. Assim como na construção de um prédio, é preciso tempo e um alicerce firme para se chegar ao resultado final. A construção de um bom relacionamento criará um campo de oportunidades, com abertura necessária para se tratar desse, e de outros assuntos.

A CONSTRUÇÃO DE UM RELACIONAMENTO:

• A importância da construção de um relacionamento

Fazer os adolescentes se sentirem à vontade para falar de qualquer assunto; dar aos pais a liberdade de perguntar/ conversar sobre o assunto (ou qualquer outro).

• Atenção e prioridade aos assuntos “simples”

O relacionamento básico do dia-a-dia é que vai criar as bases para um relacionamento forte e profundo. Coisas que para os pais podem parecer bobagens, chatas ou incoerentes podem ser muito importantes para o filho adolescente.

Falar sobre sexualidade é falar sobre um assunto íntimo. Você conversa sobre sua área sexual com qualquer pessoa que você encontra na rua? Do seu trabalho? Da mesma forma acontece com os filhos: só haverá a oportunidade de tratar sobre sexualidade com eles quando houver um relacionamento com determinado nível de profundidade.

É importante lembrar que deixar o assunto da sexualidade de lado (ou fazer vista grossa), não leva à solução de um “problema”. Os adolescentes tem acesso a muitas informações (na escola, na mídia) e se o tema não for abordado em casa, a sexualidade será tratada em outros ambientes.

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A CONSTRUÇÃO DE UM RELACIONAMENTO COMEÇA PELA COMUNICAÇÃO:

• Aprender a ouvir os filhos: ouvir qualquer coisa que eles queiram falar. Ouvir com os pés, com as mãos, com os olhos: parar e prestar atenção no que o outro está falando leva à comunicação eficaz. E isso mostra para seu filho que ele é importante para você e o que ele está dizendo também.

• É necessário que os pais consigam demonstrar empatia, interesse pelo assunto. Os adolescentes já não são mais crianças e conseguem ler nas entrelinhas o que está sendo dito a eles: tome cuidado com gestos e expressões que demonstram desinteresse, impaciência.

• Cuidado com a correria e os afazeres do dia-a-dia. Pare o que você está fazendo e ouça seu filho com interesse, empatia! Um dia essa atenção vai te levar ao que você precisa: abertura para conversar outros assuntos: a questão sexual.

É importante que, por mais que os pais tenham muitos afazeres, parem para dar atenção aos filhos. Não existe sucesso nenhum que vai recompensar a perda de um filho.

Na Bíblia, vemos a história de um homem cujo nome, Hiel, apareceu uma única vez. A maldição de Josué (Js 6.26) sobre aqueles que reconstruíssem Jericó se cumpriu quando Hiel edificou a cidade. Ele perdeu seu primogênito, Abirão, e seu filho mais moço, Segube. (1Rs 16:34). Esse homem foi uma pessoa importante: ele reconstruiu uma cidade! Mas para reconstruir a cidade ele sofreu!

• Os pais precisam ter paciência para esperar tudo o que os filhos tem a dizer antes de começar a opinar. Interromper, por pressa ou falta de interesse mata qualquer comunicação.

• Quando um pai não sabe o que responder diante de um questionamento do filho ele deve deixar claro que não sabe, que não tem uma resposta no momento! Os pais não tem que ter medo de dizer: “não sei!”. O filho percebe quando o pai está “perdido”.

O filho adolescente apenas quer que os pais sejam honestos! Ele sabe que os pais não são super-heróis, que tem defeitos (eles te conhecem muito bem!)...

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• A construção de um relacionamento deve se pautar na confiança. Os pais estão constantemente sendo “testados” pelos filhos (e muitas vezes nem percebem). Eles querem ter certeza de que podem realmente confiar nos pais.

Se o pais não são a pessoa de confiança dos filhos, alguém “lá fora” será essa pessoa. O lugar que deveria ser dos pais no coração dos filhos, acaba sendo de outra pessoa, por culpa dos pais!

• Os pais precisam admitir que erram! A autoridade dos pais não é dada por que eles não erram, mas simplesmente porque eles são os pais. Os pais também pecam e erram, e quando isso, a relação se torna mais próxima e gera mais confiança.

• Os pais devem saber se controlar. Os pais podem acabar por afastar os filhos se, em assuntos mais simples, forem explosivos, agressivos e extremamente bravos. Isso tira a liberdade do filho para tratar de outros assuntos.

A calma e a tranqüilidade é muito importante para “ganhar” o filho e depois, os pais poderão dizer o que realmente pensam.

• Segredos! Guarde-os. Assuntos importantes não são tratados com pessoas que não sabem guardar segredos, somente superficialidades. Da mesma forma pode acontecer na relação pai e filho.

Não há nada pior do que um segredo que o filho conta para os pais e depois outro membro da família fica sabendo. O assunto da sexualidade vai ser tratado como um extremo segredo.

As questões problemáticas são as que devem ser tratadas mais cuidadosamente como segredo: nota ruim na escola, briga ou humilhação, alguma dificuldade específica, baixa autoestima, complexo de inferioridade, etc.

• Os pais tem que demonstrar uma atitude positiva. Os pais não tem que “jogar” os filhos pra baixo. Em situações complicadas e problemas, eles já estão se sentindo mal!

Os pais tem que levantar e impulsionar os filhos com palavras e atitudes para que se sintam mais confortáveis. E é exatamente para isso que os filhos procuram os pais: porque precisam de consolo, de apoio.

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É importante nesse momento que os pais reafirmarem o valor do adolescente: pra Deus, pros pais, pra família.

Pode parecer bobeira ou exagero para os pais, mas o adolescente está formando o seu caráter, sua identidade, e isso é importante para ele.

• O filho e a atitude por ele tomada são duas coisas diferentes! O pai deve ter consciência e deixar isso bem claro no momento da repreensão.

A atitude errada deve ser repreendida, mas o pai deve mostrar que ama o filho. É muito importante diferenciar as duas coisas: a atitude e o filho. As marcas ficam para a vida toda. E elas levam a outras conseqüências. • Seja flexível naquilo que puder ser flexível e firme nas questões que são

inegociáveis!

Se os pais disserem somente “não”, o filho não tem liberdade com os pais. Existem coisas que não são negociáveis, mas outras sim. Isso deve estar bem claro. Isso alivia a tensão e facilita a adesão àquelas regras que são rígidas.

Ex: cigarro, drogas – isso não tem negociação. Mas chegar um pouco mais tarde em casa às vezes, pode ser negociado.

Quando os pais não sabem se uma coisa pode ou não ser flexibilizada, eles tem que parar, conversar, procurar ajuda na igreja.

• Seja sempre muito claro e honesto.

Não queira que o filho entenda o que você (pai) está querendo dizer: seja claro, fale!

O pai tem que ser honesto e coerente: falar e agir da mesma forma. • Controle sua raiva.

Se os pais demonstram uma explosão de raiva pra um adolescente, isso dá ao filho super poderes. Significa que eles (os filhos) tem o poder de mexer com os pais.

Quando alguém explode de raiva, essa pessoa já perdeu a razão, é o famoso ditado: “Quem apelou, perdeu!”

Toda vez que os pais estiverem a ponto de “explodir”, é melhor sair de perto do adolescente. Não tenha vergonha ou medo de pedir um minuto pra esfriar, relaxar...e depois voltar mais tranqüilo.

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Se o pai explode, o que deveria ser uma conversa vira uma briga. E quem vai ganhar nessa história? O filho!

OUTRA QUESTÃO: POSICIONAMENTO

Os pais devem deixar claro qual o posicionamento do lar e a identidade da família. Ex: Josué 24:15 - Josué se posicionou: nessa casa, nós serviremos ao Senhor.

• Como anda o relacionamento entre os cônjuges? Um casamento tumultuado mostra que aquele lar serve a Deus? Vai gerar dúvida.

Na igreja, na rua, a família parece ser perfeita. Em casa é só confusão. Isso gera conflito, principalmente na mente em formação do adolescente.

É extremamente importante que os pais ajustem o casamento. Não importa o problema, como começou, ou quem começou! Procurem ajuda fora se for necessário. Tem solução!

Mas corra o quanto antes em busca dessa solução pois a identidade dos seus filhos está dependendo disso.

É importante a demonstração de carinho, de amor, de afeto diante dos filhos para que eles percebam e entendam que aquele lar é um lar equilibrado, que existe amor, e que portanto, é um lar que serve a Deus. Lembre-se: casamento doente não tem como gerar filhos saudáveis! Ajuste o casamento.

• Dízimos: você é dizimista? O que se vive e aprende na igreja deve acontecer dentro de casa pois queremos formar filhos com a identidade de alguém que serve ao Senhor.

Você deve ser dizimista e deixar isso claro para o seu filho, que você serve ao Senhor. Isso se chama “posicionamento”.

Tudo isso serve para que você seja capaz de criar uma identidade no coração desse filho, para que ele tenha confiança em você e possa se sentir a vontade para se abrir com outros assuntos.

• Em casa existe respeito? As pessoas se respeitam? As pessoas se falam ou gritam entre si? Alguém grita com o chefe? Com o pastor? Não! Porque existe respeito.

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• Televisão. Você assiste novela? Vai ser difícil tratar da questão sexual com seu filho porque a novela já está ensinando para ele tudo o que você não gostaria que ele aprendesse.

Lembre-se o que está escrito na Bíblia: “Não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente.” Rm 12:2 Conformar é tomar a forma. Não devemos tomar a forma do mundo. A televisão tem moldado nossa sociedade: costumes, o jeito de falar, de cortar o cabelo, de vestir, de consumir, de ter relações sexuais precoces. Se o pai de posiciona em casa o problema está solucionado!

• Internet. O computador fica no quarto do filho? Até que horas ele pode usar? Você controla os sites que ele acessa?

É preciso que haja uma confiança muito estrita entre pai e filho (o nível de confiança onde há uma abertura para se tratar qualquer coisa) para que a Internet não gere tantos problemas. Se o pai não conhece a fundo o coração do filho, tem que ter cuidado!

São os pais que ditam os privilégios! O pai é quem diz o que pode ou não pode.

Ter computador no quarto é um privilégio. Mas, é um privilégio que deve ser utilizado com responsabilidade, e o pai precisa conhecer o coração do filho. Você conversa sobre pornografia, masturbação de forma aberta? Não? Então tenha cuidado porque a Internet explica tudo isso, em qualquer linguagem que ele queira aprender.

Vamos ser crentes de verdade e nos posicionar diante das situações que nos cercam!

• Regras: os pais devem estabelecer regras. Adolescentes precisam de regras.

Se existe regra, tem que ter disciplina também. Se a regra for descumprida, a disciplina tem que ser aplicada para não virar impunidade. As regras são para serem cumpridas.

• Coloque seu filho adolescente para trabalhar: fazer as tarefas de casa (arrumar o quarto no mínimo). Ele precisa ter censo de responsabilidade. • Namoro. Adolescente não tem que namorar! Tem que estudar pra ter uma

profissão decente. Quando ele tiver condições para arcar com uma família, ele namora.

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Na adolescência os hormônios estão “à flor da pele”, e se o filho começa a namorar na adolescência, ele estará brincando com fogo! São grandes as chances dele descobrir o sexo antes do casamento.

Todas as tentações sexuais apresentadas na bíblia terminaram em pecado. Ex: Sansão, Salomão, Davi... Acabe foi o único que fugiu! Não pecou.

Por isso os pais tem que trazer o adolescente pra perto.

CONCLUSÃO:

Falar sobre a sexualidade é tratar de um assunto íntimo, e muitas vezes, vergonhoso para o adolescente. Sem que exista um relacionamento estreito entre pais e filhos fica mais complicado ter uma boa abertura para se tratar esse, e outros assuntos, como droga, homossexualismo, etc. Os pais devem investir tempo, atenção e priorizar todo tipo de conversar e momento com os filhos.

É importante também que o filho adolescente conheça os princípios nos quais a família dele está firmada: os princípios cristãos! Por isso, os pais devem se posicionar e cuidar para que os hábitos e atitudes da família sejam condizentes com aquilo que a Bíblia nos ensina.

Livro de sugestão: Meu filho cresceu e agora? Convivendo com o adolescente contemporâneo. Autor: Jaime Camp

Referências

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