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TÍTULO: INFLUÊNCIA DO SUBSTRATO NO DESENVOLVIMENTO DE DIFERENTES HORTALIÇAS

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Academic year: 2021

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TÍTULO: INFLUÊNCIA DO SUBSTRATO NO DESENVOLVIMENTO DE DIFERENTES HORTALIÇAS

TÍTULO:

CATEGORIA: EM ANDAMENTO

CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA

ÁREA:

SUBÁREA: Engenharias

SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO(ÕES): UNIÃO DAS FACULDADES DOS GRANDES LAGOS - UNILAGO

INSTITUIÇÃO(ÕES):

AUTOR(ES): GUILHERME ARRUDA PALOTA, JOSÉ HENRIQUE SANTOS FIGUEIREDO

AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): AMANDA CASAGRANDE PEREIRA

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INFLUÊNCIA DO SUBSTRATO NO DESENVOLVIMENTO DE DIFERENTES

HORTALIÇAS

Introdução

Originário da região leste do Mediterrâneo e oeste da Ásia, o coentro, Coriandrum sativum L. é uma hortaliça muito apreciada, e é uma planta condimentar largamente utilizada no Brasil (NASCIMENTO et. al., 2006). É uma hortaliça folhosa aromática da família Apiaceae cultivada comercialmente em um ciclo de 40 a 55 dias. Intolerante a temperaturas amenas, é produzido em regiões e em épocas ou ambientes de temperaturas acima de 25º C, preferentemente em solos com o pH em torno de 6,0. Destaca-se por sua adaptação aos diversos tipos de cultivos, tais como em sistema convencional e orgânico, cultivo protegido, fertirrigado e hidroponia (REIS & LOPES, 2016).

Ainda de acordo com Reis & Lopes (2016), no Brasil, há grande carência de dados estatísticos sobre a produção de coentro, e isso explica, em parte, pelo fato de ser produzido em pequenas propriedades. Aqui, consomem-se principalmente as folhas do coentro, muito usada em pratos salgados das cozinhas do Norte e Nordeste do país. Na região Norte, sofre concorrência de outra planta da mesma família botânica, a chicória ou falso coentro ou coentro do Pará (Eryngium foetidum L.), que apresenta folhas com o mesmo aroma. É especialmente apreciada em peixadas nas regiões Norte e Nordeste, e na moqueca no Espírito Santo. O coentro é uma espécie condimentar onde, a qualidade da planta condimentar está quase sempre relacionada à presença do grupo de substâncias chamadas de óleo essencial, e que são os princípios ativos com vasto uso medicinal. O óleo essencial, obtido dos frutos secos do coentro, é muito apreciado na indústria farmacêutica para mascarar odores de preparados farmacêuticos e na indústria em geral para aromatizar perfumes, chocolates, carnes defumadas, sopas enlatadas, picles, licores e gim (FULAN, 2007).

Segundo Malavolta (1981), afirma que o solo constitui-se numa exploração agrícola comum, o apoio físico para o sistema radicular e o meio de onde as raízes retiram os elementos nutritivos que necessitam. De acordo com Oliveira et. al. (2003), o coentro é pouco exigente em solo e nutrientes, mas segundo Ledo & Sousa (1997), e Cardoso (2000), a cultura se desenvolve melhor em solos férteis de textura leve a média, soltos, fundos, bem drenados e com boa exposição à luz.

De acordo com Reis & Lopes (2016) o coentro é uma hortaliça relativamente rústica e de ciclo curto, acometido por poucas doenças. Dentre elas, é destaque o tombamento de mudas,

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os nematoides e a queima das folhas, que podem ser limitantes na estação chuvosa do ano ou em cultivos mal manejados. Outras doenças menos frequentes causam danos econômicos apenas se ocorrerem em cultivares muito suscetíveis e sob condições ambientais muito favoráveis. O coentro é uma cultura que não sofre muitos danos causados por insetos e doenças. Também é importante destacar que não existem produtos químicos registrados para a hortaliça no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA (GLOBO RURAL, 2016). Materiais e Métodos

O experimento foi realizado na área experimental da União das Faculdades dos Grandes Lagos localizado na cidade de São José do Rio Preto – SP de coordenadas geográficas Latitude: -20.8202, Longitude: -49.3797 20° 49′ 13″ Sul, 49° 22′ 47″ Oeste, superfície de 431, 32 km², altitude de 510 m e clima tropical com estação seca (classificação climática de Koppen-Geiger: Aw) (Fonte: dbcity.com). Utilizou-se a espécie Coriandrum sativum L. (Coentro) e cultivar Verdão, as sementes adquiridas foram da marca Horticeres. Foram utilizadas bandejas de poliestireno expandido com 50 células, a figura abaixo mostra a bandeja que possui como medidas (espessura: 0,70 mm, medida externa: 545 mm x 280 mm, boca: 48 mm, profundidade: 100 mm, volume: 90 cm³ e peso: 0,114 g). São geralmente usadas em produção de mudas de café, cedro australiano, guanandi.

Figura 01 – Bandeja usada no experimento (site: plantei.com.br)

A bandeja foi divida em duas partes (20 células cada parte) e em uma das partes foi utilizado o substrato Carolina Soil, composto por Turfa Sphagno, Vermiculita Expandida, Calcário Dolomítico, Gesso Agrícola e Fertilizante NPK (traços), conforme consta na embalagem do produto e a outra metade foi usada areia branca coletada na região de São José do Rio Preto como testemunha. Foram utilizados no experimento quatro repetições por tratamento contendo cinco plantas por parcela.

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Colocaram-se três sementes por cova (célula) em 01 cm de profundidade, sendo a semeadura realizada no dia 28 de fevereiro de 2018. Não foi realizado desbaste de plantas devido ao fato de que o comércio dessa hortaliça é realizado em grandes maços e com apenas uma plântula não ser possível à comercialização, assim como a rúcula, cebolinha.

Foi realizada irrigação das bandejas com regador de 5 litros da marca NOVE54 com bico tipo ducha (crivo), durante todos os dias até o final do experimento.

Os tratamentos usados nas sementes foram à base de Thiram, um fungicida de ação de contato/sistêmica de grupo químico Dimetilditiocarbamato, geralmente usado no tratamento de sementes.

O delineamento experimental utilizado foi o DIC (Delineamento Inteiramente Casualizado), os tratamentos utilizados foram:

 Tratamento 01 (T1) – testemunha areia branca

 Tratamento 02 (T2) – Substrato comercial Carolina Soil As plântulas foram avaliadas a partir do dia 07/03 até o dia 03/04/2018:

As avaliações ocorreram em diferentes épocas a cada 7 dias inicializando-se no dia 07/03/2018, finalizando na data de 03/04/2018. Foram avaliados:

-germinação (plantas/dias e % de germinação); -matéria fresca (ao final do experimento);

-altura da planta em cm (utilizando-se uma régua milimétrica, observando-se desde o comprimento da haste principal das plantas até o local de inserção das folhas e/ou último ramo adjacente);

-número de folhas;

-comprimento da raiz (ao final do experimento); RESULTADOS E DISCUSSÃO

Conforme as tabelas abaixo foram avaliados os itens: % de germinação, matéria fresca, altura da planta, número de folhas e comprimento de raiz realizando a comparação dos dois tipos de tratamentos utilizados T1 e T2 (areia branca e substrato comercial Carolina Soil respectivamente).

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Na data da primeira avaliação (07/03/2018), foi analisada a porcentagem de germinação conforme mostra a tabela abaixo:

% DE GERMINAÇÃO

REPETIÇÕES % AREIA BRANCA % SUBSTRATO CAROLINA

REPETIÇÃO 01 13 66

REPETIÇÃO 02 26 20

REPETIÇÃO 03 13 46

REPETIÇÃO 04 20 13

Tabela 01 - % de germinação

A tabela 01 descreve o número de sementes que germinaram na primeira análise, sendo 10 plântulas para a repetição 01 e a porcentagem de 66%, 03 plântulas para a repetição 02 correspondendo a 20 % de taxa. A repetição 03 teve 07 plântulas indicando 46% e a repetição 04 teve apenas duas plântulas correspondendo a 13% de taxa de germinação.

Uma das particularidades analisadas nessa inspeção foi o vigor das mudas, as plântulas desse tratamento apresentaram baixo vigor como mostra a figura abaixo:

FIGURA 02 - Plântulas com baixo vigor

Na semana seguinte, dia 14/03/2018 foi feita uma visita para inspeção das mudas e medida da altura das plantas e notou-se que houve germinação de plântulas com tratamento realizado com areia (testemunha) e foi realizada também a medida da altura dessas plântulas, uma vez que elas germinaram no intervalo em que não houve inspeção. Uma das particularidades analisadas nessa inspeção foi o vigor das mudas, as plântulas desse tratamento apresentaram baixo vigor como mostra a figura acima.

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Na tabela 02, têm-se os valores das medidas das alturas das plantas com 14 D.A.S.: MÉDIA DA ALTURA DAS PLANTAS (CM)

AREIA BRANCA SUBSTRATO CAROLINA

MÉDIA ALTURA 3,05 4,73

TABELA 02 – Altura de plantas

A tabela 02 mostra os valores das médias das alturas dos dois tratamentos após os 14 dias da realização da semeadura.

Aos 35 D.A.S. foi realizada uma análise de altura de plantas, número de folhas e tamanho de raiz conforme segue as tabelas abaixo:

MÉDIA DA ALTURA DAS PLANTAS (CM)

AREIA BRANCA SUBSTRATO CAROLINA

MÉDIA ALTURA 0 7,76

Tabela 03 – segunda medida da altura de plantas

Houve essa diferença significativa devido aos problemas climáticos no período da realização do projeto.

FIGURA 03 – Plantas do Tratamento 02 (Testemunha) mortas devido chuvas

Na figura 03 temos o tratamento que foi realizado com areia servindo de testemunha sem plantas devido as chuvas que ocorreram no local (protegido) porém, que mesmo assim foi danificado por causa do excesso de chuvas e encharcamento das bandejas.

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Figura 04 – Lesma durante análise do experimento

A figura 04 mostra uma lesma durante o experimento causada também devido ao excesso de chuvas e umidade, e pelo fato de a bandeja ter ficado numa localidade da estufa muito próxima do chão, sendo suspensa apenas por um pallet de madeira.

A tabela 06 indica o número de folhas do T2 (Substrato Carolina Soil) e a tabela 07 o tamanho da raiz (por cova):

MÉDIA DO NÚMERO DE FOLHAS (POR COVA) CM

T1 T2

N° FOLHAS 0 7,25

RAIZ 0 10,62

Tabela 4 – Número de folhas e tamanho de raiz

Ao final do experimento foi realizada a pesagem das plântulas para obtenção do valor da matéria fresca das plantas. Obteve-se o valor de 0,82 gramas, que é o valor correspondente ao índice de matéria fresca.

Nas análises foi possível notar que as plantas do T2 (Substrato Carolina Soil), obtiveram melhor vigor e em pequenos intervalos aumentaram consideravelmente como mostra as tabelas 02 e 03 equivalentes aos valores de 4,73 cm e 7,76 cm.

CONCLUSÃO

Conclui-se que o uso do substrato é essencial para o bom crescimento da planta, ajudando também na isenção de patógenos que podem ser adquiridos através do solo. As plantas do tratamento 02 (substrato) se desenvolveram melhor do que as plantas do tratamento 01

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(areia) devido ao maior fornecimento de nutrientes necessários a planta, sendo os índices analisados maiores (maior altura de plantas, maior tamanho de raízes, maior número de folhas).

A capacidade de retenção de água do substrato é maior em relação a areia que possui drenagem mais rápida.

O tratamento 01 (areia) não forneceu todos os nutrientes necessários para as plantas, causando menor vigor das mesmas, menor desenvolvimento da parte aérea, menor tamanho de raízes e consequentemente menor desenvolvimento.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CARDOSO, M. G.; CASTRO, D. P. de; AGUIAR, P. M.; SILVA, V. de F.; SALGADO, A. P. S. P.; MUNIZ, F. R.; GAVILANES, M. L.; PINTOS, J. E. B. P. Plantas Aromáticas e

Condimentares. Lavras, UFLA, 2000. 78p.

DB City – disponível em: <https://pt.db-city.com/Brasil--S%C3%A3o-Paulo--S%C3%A3o-Jos%C3%A9-do-Rio-Preto> acesso em: 30/08/2018.

FULAN, M. R. Cultivo de Plantas Condimentares Herbáceas. Dossiê Técnico. CETEC. Belo Horizonte: Centro Tecnológico de Minas Gerais. 2007, 29 p.

LEDO, F. J. S.; SOUZA, J. A. Coentro (Coriandrum sativum L.). In: CARDOSO, M. O. Coor. Hortaliças não-convencionais da Amazônia. Brasília: EMBRAPA, p.127, 1997.

OLIVEIRA, A. P.; SOBRINHO, S. P.; BARBOSA, J. K. A.; RAMALHO, C. I.; OLIVEIRA, A. L. P. Rendimento de coentro cultivado com doses crescentes de N. Horticultura Brasileira, v. 21, nº 1, p 81-83, 2003.

Nascimento, W.; M. et. al. Colheita e armazenamento de sementes de coentro, Brasília, DF: Embrapa Hortaliças, 2006.

REIS, A.; LOPES C. A. Doenças do Coentro no Brasil. Brasília, DF: Embrapa Hortaliças, 2016 (Embrapa Hortaliças. Circular Técnica, 157).

Globo Rural, Coentro: saiba como plantar essa cultura fácil, disponível em:

<http://revistagloborural.globo.com/vida-na-fazenda/gr-responde/noticia/2016/04/orientacoes-para-facilitar-o-plantio-de-coentro.html> acesso em: 27/02/2018.

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