S
EMANA
U
ERJ
E
C
EDERJ
–
DICAS
QUENTINHAS
– P
RÉ
-
VESTIBULAR
S
OCIAL
Laryssa Naumann
T
ÓPICOS
MAIS
RELEVANTES
PARA
O
E.Q
DA
U
ERJ
Figuras de linguagem (cap. 3)
O texto argumentativo (cap. 2 - em especial
estratégias argumentativas e métodos de
raciocínio)
A
METALINGUAGEM
Um tema menos frequente, mas ainda muito
importante, é a metalinguagem.
O código utilizado está a serviço dele mesmo. Para nos comunicar, utilizamos como código a língua
portuguesa. Nas nossas aulas, utilizamos a língua
portuguesa para tratar de aspectos a ela relacionados; temos aí um exemplo de metalinguagem. O mesmo
ocorre nas explicações das gramáticas e nas definições dos dicionários.
Porém, a metalinguagem não está restrita à língua.
Ela aparece nas artes em geral: por exemplo, em uma pintura cujo foco é o ato de pintar.
Q
UESTÕES
ENVOLVENDO
METALINGUAGEM
2013 - 1o Exame de Qualificação - Questão 3O texto de Lima Barreto (ver prova) explora o
recurso da metalinguagem, ao comentar, na sua ficção, o próprio ato de compor uma ficção.
Esse recurso está exemplificado principalmente em: (A) São em geral de uma lastimável limitação de ideias,
(l. 2-3)
(B) Vivo aqui só, isto é, sem relações intelectuais de qualquer ordem. (l. 17-18)
(C) - Vem dormir, Isaías! Deixa esse relatório para amanhã! (l. 24)
(D) Já por duas vezes, tentei escrever; mas,
relendo a página, achei-a incolor, comum, (l. 38-39)
Q
UESTÕES
ENVOLVENDO
METALINGUAGEM
2012 - 2o Exame de Qualificação - Questão 1
Pode-se definir “metalinguagem” como a linguagem
que comenta a própria linguagem, fenômeno
presente na literatura e nas artes em geral.
O quadro A perspicácia, do belga René Magritte,
é um exemplo de metalinguagem porque:
(A) destaca a qualidade do traço artístico
(B) mostra o pintor no momento da criação
(C) implica a valorização da arte tradicional
C
OMENTÁRIO
R
EVISTA
ELETRÔNICA
DA
UERJ
Alternativa correta: (B)
Comentário da questão: a metalinguagem é um
fenômeno estético recorrente na literatura e em
todas as artes, mostrando a reflexão do artista
sobre a sua obra dentro da própria obra. Dessa
forma, o espectador, no caso das artes plásticas
ou teatrais, e o leitor, no caso da literatura, são
levados a pensar sobre o que veem ou leem ao
mesmo tempo que usufruem da obra. O quadro de
René Magritte mostra visualmente o fenômeno,
ao apresentar uma pintura na qual um pintor se
encontra no momento exato da criação de uma
pintura.
P
ARA
SABER
MAIS
: A
DISTINÇÃO
ENTRE
VERDADE
E
VEROSSIMILHANÇA
O texto jornalístico, por exemplo, deve estar
comprometido com a verdade. Já o texto literário deve estar comprometido com a verossimilhança, ou seja, por se tratar de ficção, de uma verdade criada, o texto deve ser coerente com esta realidade e mais nada.
Para ilustrar: os filmes de ação não são
comprometidos com a verdade. Por isso, achamos engraçado quando alguém diz, por exemplo, de um filme do 007: “ah, quanta mentira!”. Achamos bobo quem fala em mentira, pois, mesmo sem conhecermos o conceito de verossimilhança, sabemos que, no
universo do 007, é possível pular de enormes alturas, desarmar a bomba no tempo certo etc. Essa pessoa não entendeu o “espírito” da aventura!
Q
UESTÕES
SOBRE
V
ERDADE
/
VEROSSIMILHANÇA
2013 - 1o Exame de Qualificação - Questão 10
A oposição entre "ciência" e "Hollywood“ (ver prova), expressa no título do artigo de Gleiser, corresponde a outra oposição
bastante estudada no campo da literatura, que se verifica entre:
(A) acontecimento e opinião (B) historicismo e atualidade (C) verdade e verossimilhança
(D) particularização e universalismo
Comentário da questão: O discurso científico se pauta pela
procura da verdade e pela preocupação em encontrar provas e evidências das suas conclusões, enquanto o discurso literário deve se preocupar antes em ser semelhante à verdade, isto é, em ser verossímil, para melhor envolver e convencer seu leitor.
Q
UESTÕES
SOBRE
V
ERDADE
/
VEROSSIMILHANÇA
2012 - 1o Exame de Qualificação - Questão 14
Essas coisas verdadeiras podem não ser verossímeis. (l. 22)
Com a frase acima, o escritor lembra um princípio básico da literatura: a verossimilhança − isto é, a semelhança com a verdade − é mais importante do que a verdade mesma.
A melhor explicação para este princípio é a de que a invenção narrativa se mostra mais convincente se: (A) parece contar uma história real
(B) quer mostrar seu caráter ficcional (C) busca apoiar-se em fatos conhecidos (D) tenta desvelar as contradições sociais
C
OMENTÁRIO
DA
QUESTÃO
ANTERIOR
–
REVISTA
ELETRÔNICA
UERJ
Alternativa correta: (A)
Comentário da questão: Uma mentira pode ser
verossímil, isto é, pode parecer verdadeira,
enquanto uma verdade pode ser inverossímil, isto
é, pode parecer uma mentira. Por isso, uma
narrativa "convence" melhor o leitor se ela se
mostra verossímil, isto é, se ela parece
verdadeira, se ela "parece contar uma história
real".
T
EMAS
RELEVANTES
PARA
A
PROVA
DO
CEDERJ
Tipologia textual – cap 1
Figuras de linguagem – cap 3
R
ELEMBRANDO
: T
IPOS
DE
RACIOCÍNIO
a) Indutivo: parte-se do particular e chega-se ao geral. Ex: Teste de medicamento é feito a partir de um grupo de
pessoas. A partir do que é observado nesse grupo generaliza-se para o resto da humanidade.
b) Dedutivo: parte-se do geral e chega-se ao particular. Ex: É sabido que todos os seres humanos precisam de água
para sobreviver, assim, podemos concluir que um ser humano qualquer morrerá caso fique sem água.
Silogismo: é o raciocínio constituído de duas premissas e uma conclusão. Pode ser verdadeiro ou falso (nesse caso
chamamos de sofisma ou falácia).
Ex: Verdadeiro: Billy é um felino. Ele tem quatro patas. Logo, é um quadrúpede.
R
ELEMBRANDO
: F
IGURAS
DE
LINGUAGEM
MAIS
COBRADAS
1) Metáfora: analogia ou comparação implícita
(associação mental)
Ex: “Sua boca é um cadeado. E meu corpo é uma
fogueira” – Chico Buarque de Holanda
2) Comparação: identificada por uma conjunção
(como, assim como, conforme)
Ex: “A felicidade é como a gota de orvalho” – Vinícius
de Moraes
3) Metonímia: emprego de uma palavra por outra com
a qual ela se relaciona
Ex: a parte pelo todo: “O bonde passa cheio de pernas”
– Carlos Drummond de Andrade
4) Ironia: caracteriza uma crítica indireta.
Ex: Cada vez que você fala ao mastigar, percebo como
R
ELEMBRANDO
: S
EMÂNTICA
DOS
VERBOS
Presente do indicativo
- Ação rotineira: Eu moro aqui e trabalho lá.
- Fato que ocorre no momento da fala: Juninho chuta a bola... gol!
- Fato futuro: Amanhã, conto tudo para você.
- Fato passado: Em 1964, os militares tomam o poder.
- Verdade absoluta: Os elétrons se agrupam para formar os compostos químicos.
Futuro do pretérito
- Fato passado posterior a outro fato passado: No sábado, disse que escreveria no blog na quarta passada.
- Distanciamento (ausência de comprometimento) ou hipótese: Caio Castro estaria apaixonado por Gretchen.
- Fato dependente de uma condição: O mundo seria melhor se não vivêssemos no capitalismo.
- Questionamento: Seria possível terminar o conteúdo até a prova?
R
ELEMBRANDO
: S
EMÂNTICA
DOS
CONECTIVOS
Contraste
Eu cai da escada mas não me machuquei.
Embora tenha caído da escada, não me machuquei. Conclusão / Consequência
Cai da escada, logo me machuquei feio.
Cai de uma escada tão alta, que me machuquei feio.
Explicação / Causa
Machuquei-me feio, porque cai da escada.
Como cai da escada, me machuquei feio.
Condição
Se eu caísse dessa escada, me machucaria feio.
-- Na apostila ainda podemos conferir os seguintes valores: adição, alternância,
R
ELEMBRANDO
: C
OESÃO
Anáfora: retoma termo anterior
Ex: O rapaz disse que irá viajar. Mas ele ainda
não comprou a passagem.
Catáfora: antecipa termo.
Ex: Eu sei de tudo: o rapaz não conseguirá o
A
LGUNS
CONCEITOS
QUE
PODEM
APARECER
...
1) Paráfrase: reescrita de um texto (com outras
palavras) sem perda semântica (ou seja, sem mudança de sentido).
2) Modalizadores: são vocábulos que emitem uma
opinião do autor sobre o conteúdo veiculado; tornam o texto parcial.
3) Dilema: argumento pelo qual se coloca uma
alternativa entre duas proposições contrárias.
4) Hipertexto: espécie de super texto; um texto maior
que contém vários níveis textuais lidos em múltiplas direções.
5) Ambiguidade: quando o enunciado – ou por
questões de organização dos termos na frase ou por causa de uma palavra – admite mais de uma leitura. Esse recurso é muito utilizado em propagandas.