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Recém-nascidos de peso subótimo de uma população de alto nível socioeconômico

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Academic year: 2021

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Recém-nascidos de peso subótimo de uma população de alto

nível socioeconômico

Sub-optimal birth weight in newborns of a high socioeconomic status population

Maura Aparecida Prado Vaccari Villela Boacnin1, Conceição Aparecida de Mattos Segre2

rESUMo

objetivo: Comparar, segundo fatores maternos e morbimortalidade,

recém-nascidos com peso subótimo (2.500 a 2.999 g) a recém-nas-cidos com peso ao nascer ≥ 3.000 g, termo e adequados para a idade gestacional. Métodos: Foram estudados 1.242 recém-nascidos vivos

com peso de nascimento entre 2.500 e 2.999 g (Grupo I) e 4.907 recém-nascidos vivos com peso de nascimento ≥ 3.000 g (Grupo II), termo, gestações únicas, adequados para idade gestacional, de uma população de alta renda. Características maternas e do recém-nasci-do foram analisadas comparativamente entre os grupos. Aplicaram-se testes de Mann Whitney, χ2 e análise multivariada, com nível de

significância p < 0,05. resultados: A freqüência de recém-nascidos

de peso subótimo na população estudada foi de 20,2%. Houve asso-ciação significativa no Grupo I com peso materno e índice de massa corpórea pré-gestacionais, ganho de peso, altura, tabagismo e hiper-tensão arterial. O boletim de Apgar de primeiro minuto, hipoglicemia neonatal, icterícia, taquipnéia transitória, pneumonia congênita e tempo de permanência hospitalar foram significativamente diferentes entre os grupos (p < 0,05). Não houve relação significativa entre os dois grupos para o boletim de Apgar de cinco minutos e hiperten-são pulmonar. Os dois grupos não diferiram quanto à mortalidade.

Conclusões: A classe socioeconômica não representou fator de

ris-co para peso subótimo na população estudada. Fatores genétiris-cos e ambientais associaram-se ao peso subótimo, e afecções neonatais foram mais freqüentes entre esses recém-nascidos. De acordo com esses dados, esse grupo de recém-nascidos deveria merecer aten-ção especial da equipe de saúde.

Palavras-chave: Recém-nascido; Peso ao nascer; Fatores de risco;

Morbidade; Mortalidade aBStraCt

objective: To compare sub-optimal birth weight (2,500 to 2,999 g)

term newborns to appropriate for gestational age (birth weight ≥ 3,000

g) term newborns, regarding maternal data and newborn morbidity and mortality. Methods: Single term newborns, appropriate for

ges-tational age from a high socioeconomic population (n = 1,242) with birth weight ranging from 2,500 to 2,999 g (Group I) were compared to 4,907 newborns with birth weight ≥ 3,000 g (Group II). Maternal and newborn characteristics were compared between the groups. The Mann-Whitney test, χ2 test and multivariate analysis were used.

The significance level adopted was p < 0.05. results: The frequency

of sub-optimal birth weight newborns in the population studied was 20.2%. There was a significant association between sub-optimal birth weight and maternal weight before pregnancy and body mass index, maternal weight gain, height, smoking habit and hypertension. Newborns’ 1-minute Apgar score, neonatal hypoglycemia, jaundice, transient tachypnea, congenital pneumonia and hospital stay were significantly different between the groups (p < 0.05). A significant relationship could not be established with the 5-minute Apgar score and pulmonary hypertension in both groups. Neonatal mortality did not differ between the groups. Conclusions: Socioeconomic status was

not a risk factor for sub-optimal birth weight in the studied population. Genetic and environmental factors were associated to sub-optimal weight and neonatal diseases. According to these data, this group of newborns should receive special attention from the health team.

Keywords: Infant, newborn; Birth weight; Risk factors; Morbidity;

Mortality introDUÇÃo

O peso de nascimento é até hoje reconhecido como um dos melhores indicadores de risco de mortalidade e morbidade neonatal(1-2). Não obstante a

multiplicida-de dos fatores que influenciam o peso multiplicida-de nascimento, cada vez mais há possibilidade de se predizer quais recém-nascidos (RN) estarão mais expostos à maior morbimortalidade(3). Além do peso e da idade

gestacio-Estudo retrospectivo realizado na Maternidade do Hospital Israelita Albert Einstein – HIAE, São Paulo (SP), Brasil.

1 Mestre em Ciências da Saúde pelo Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público do Estado de São Paulo – IAMSPE – São Paulo (SP), Brasil; Médica Neonatologista do Hospital Regional de

Osasco – São Paulo (SP), Brasil.

2 Livre-docente, Professora do Curso de Especialização em Perinatologia do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein – IIEPAE, São Paulo (SP), Brasil.

Autor correspondente: Maura Aparecida Prado Vaccari Villela Boacnin – Rua Piauí, 1.234 apto. 51 – Higienópolis – CEP 01241-000 – São Paulo (SP), Brasil – Tel.: 11 3826-5750 – e-mail: mauraprado@

terra.com.br

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nal (IG), um terceiro parâmetro analisado, o crescimen-to intra-uterino (CIU), vem salientando a necessidade de determinar curvas de crescimento fetal padronizadas para detectar o crescimento antenatal normal e anor-mal para cada IG e para indicar riscos para o RN(4-6).

Existe, porém, um grupo de RN de termo cujo peso ao nascer se acha compreendido entre 2.500 e 2.999 g, os quais podem ser grandes, adequados ou pequenos para a IG (GIG, AIG ou PIG respectivamente) e cuja morbi-mortalidade não é geralmente estudada em separado(7).

Essas crianças, para as quais podemos, eventual-mente, não estar muito atentos, foram citadas, na lite-ratura nacional, como RN de peso insuficiente (PI) ou peso deficiente (PD) ao nascer(1,8-9) e vêm sendo

tam-bém denominadas, na literatura mundial, como RN de peso subótimo (PSO) ao nascer(10-11). Tal grupo poderá

representar, portanto, um novo contingente de RN, que apresenta, ou não, restrições em sua potencialida-de potencialida-de crescimento e que, ocasionalmente, popotencialida-derá vir a merecer cuidados especiais – desde que seja conheci-do o perfil próprio de seu desempenho extra-uterino.

Tendo em vista a escassez de dados específicos relacionados ao grupo de RN acima mencionado, tornou-se relevante tomar conhecimento do seu comportamento pós-natal, bem como a identificação dos possíveis fatores de risco associados(7).

oBJEtiVoS

Os objetivos do presente estudo foram verificar os pos-síveis fatores de risco maternos associados ao RN PSO e estabelecer uma comparação entre a morbidade e mortalidade desse grupo com outro – de RN com peso de nascimento ≥ 3.000 g.

MÉtoDoS tipo de estudo

Estudo transversal retrospectivo compreendendo 7.031 nascidos vivos e consecutivos, no período de fevereiro de 1996 a junho de 1999.

local do estudo

O estudo foi realizado na Maternidade do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), em São Paulo, que atende a uma população de gestantes caracterizada pe-los seguintes aspectos: 31 anos de idade em média (16 a 49 anos), com curso superior completo em 61,17% dos casos, média de gestações de dois filhos, casadas em 88,25% dos casos, e que fizeram em média dez con-sultas de pré-natal e foram classificada como de classe socioeconômica elevada(6).

amostra

Critérios de inclusão

Foram incluídos no estudo dois grupos de RN: aqueles com peso ao nascer de 2.500 a 2.999 g, com IG entre 37 e 41 semanas e seis dias, AIG, que foram designados como pertencentes ao Grupo I; e outro grupo de RN com peso ao nascer de 3.000 g ou mais, com IG entre 37 semanas e 41 semanas e seis dias, AIG, que foi conside-rado como grupo controle ou Grupo II.

Critérios de exclusão

Foram excluídos os RN com peso < 2.500 g, RN com IG < 37 semanas e os com IG ≥ 42 semanas, RN classifica-dos como PIG e GIG, portadores de síndromes ou mal-formações do tipo “major” incompatíveis com a vida e os RN de partos gemelares, pois seus dados poderiam inter-ferir nos resultados, uma vez que o peso de nascimento e a evolução clínica são reflexos das restrições genéticas, funcionais ou nutricionais a que possam ter sido subme-tidos intra-útero(6) – total de 882 RN excluídos.

Dessa forma, a amostra final se constituiu de 1.242 RN pertencentes ao Grupo I e de 4.907 RN pertencen-tes ao Grupo II, perfazendo um total de 6.149 RN.

Variáveis coletadas

Os dados da mãe e do RN foram obtidos a partir de um banco de dados que existia na Unidade Neonatal do HIAE. Esse banco foi alimentado com dados coletados dos prontuários dos RN devidamente preenchidos pela obstetriz e pelos médicos neonatologistas do serviço, e digitados em um programa Epi-Info 6.04 por um médi-co da equipe neonatal.

Foram estudados dados maternos como: idade, estado civil, escolaridade, número de gestações, pa-ridade, peso inicial, índice de massa corpórea (IMC) pré-gestacional, ganho de peso na gestação atual, al-tura materna e número de consultas no pré-natal; IG baseada na história obstétrica, calculada a partir do primeiro dia da última menstruação normal e obtida pela regra de Naegele(12) transformada em semanas;

hábito de fumar e quantidade de cigarros fumados ao dia; intercorrências clínicas na gestação, espe-cificamente quanto a ocorrência de hipertensão e diabetes.

Foram dados do RN: tipo de parto; sexo; boletim Apgar de primeiro e quinto minutos; peso de nascimen-to (verificado segundo balança da marca SEMCO®,

elé-trica, digital, com capacidade para 10 kg e sensibilidade de 5 g); comprimento do RN (utilizando régua antropo-métrica de madeira, com um ramo fixo e outro móvel, com registro em centímetros e com fração decimal) no período compreendido entre quatro a seis horas após

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o nascimento; avaliação da IG segundo o método de Capurro somático; adequação do peso e IG, segundo as curvas de CIU próprias do serviço construídas com a população dos RN nascidos na maternidade do HIAE, no período de fevereiro de 1995 a fevereiro de 1999, a partir do peso do RN de parto único, tomado logo após ao nascimento, e da IG materna, a partir da 32ª semana de IG(6).

Os dados relativos aos diagnósticos no período ne-onatal foram coletados, com base nos critérios clínicos e laboratoriais, segundo rotinas vigentes na unidade neonatal, e anotados pelos médicos da equipe neona-tal. Dentre as afecções estudadas não aparece a doença pulmonar de membrana hialina, uma vez que o estudo tratou de grupos de RN termo nos quais ela pratica-mente não costuma ocorrer.

análise estatística

Foram analisados possíveis fatores maternos associados ao PSO. As duas populações foram comparadas quanto à prevalência das afecções selecionadas, importantes no período neonatal, tempo de permanência hospitalar e taxa de mortalidade.

A comparação das variáveis contínuas entre os dois grupos foi realizada pelo teste não-paramétrico de Mann-Whitney. Os testes de associação entre as variá-veis qualitativas foi realizado pelo teste do χ2. Análise

multivariada foi realizada quando pertinente. Foram considerados significativos os valores com probabilida-des menores que 5% (p< 0.05) foram considerados sig-nificativos. As análises foram feitas utilizando o pacote estatístico SPSS, versão 9.0.

Considerações éticas

O trabalho foi aprovado pela Comissão de Ética em Pesquisa da Instituição.

rESUltaDoS

Na amostra do presente estudo, que incluiu apenas RN de termo e AIG, a freqüência de RN PSO foi de 20,2%.

Na Tabela 1, encontram-se os dados referentes às médias, desvios padrão, teste de Mann-Whitney e res-pectiva probabilidade (p) para a comparação entre os dois grupos, segundo características maternas.

De acordo com a Tabela 1, pode-se observar que, com exceção da idade materna, número de gestações, paridade e quantidade de consultas no pré-natal, todas as outras va-riáveis foram significativamente diferentes entre os grupos (p < 0,05). O peso materno anterior, o IMC pré-gestacio-nal, o ganho de peso e a altura foram significativamente menores no Grupo I do que no Grupo II.

Nos dados referentes à distribuição do estado civil e da escolaridade, os dois grupos não diferiram estatis-ticamente (χ2 = 0,012; p = 0,913 e χ2 = 1,64; p = 0,440,

respectivamente).

Na Tabela 2, podem ser vistos os dados relativos ao hábito de fumar, que mostram maior freqüência de fu-mantes no Grupo I do que no Grupo II (p = 0,020). Houve perda de aproximadamente 30% de informa-ções em cada grupo.

Variáveis grupo i (2.500 a 2.999 g) grupo ii (≥ 3.000 g) p Média Desvio padrão Média Desvio padrão

Idade materna (anos) 31,15 4,76 31,05 4,54 0,578

Número gestação 1,98 1,09 2,01 1,15 0,533 Peso anterior (kg) 57,82 9,12 59,52 8,95 0,001* Ganho de peso (kg) 12,07 4,13 13,22 4,36 0,000* Altura (m) 1,62 6,14 1,64 6,54 0,000* IMC (kg/m2) 21,75 3,06 22,03 2,96 0,000* IG (Naegele/semanas) 38,34 0,91 39,12 0,93 0,000* Quantidade de cigarro (unidade) 11,35 7,38 9,08 7,14 0,010* Quantidade de consultas 9,78 2,10 9,73 1,85 0,364

tabela 1. Distribuição das características maternas nos dois grupos

* significativo Hábito de fumar grupo i (2.500 a 2.999 g) grupo ii (≥ 3.000 g) p n (%) n (%) Não 768 (90,5) 3.158 (92,4) Sim 81 (9,5) 244 (7,2) Total 849 3.402 0,020* Não informado 393 (31,1) 1.505 (30,6)

tabela 2. Distribuição da freqüência do hábito de fumar nos dois grupos

* significativo tipo de parto grupo i (2.500 a 2.999 g) grupo ii (≥ 3.000 g) p n (%) n (%) Cesárea 900 (72,7) 3.403 (69,6) Normal 338 (27,3) 1.485 (30,4) Total 1.238 4.888 0,034* Não informado 4 (0,3) 19 (0,4)

tabela 3. Distribuição da freqüência do tipo de parto nos dois grupos

* significativo

Em relação às doenças maternas, não houve diferen-ça estatisticamente significativa entre os dois grupos quan-to à presença de diabetes gestacional na mãe (χ2 = 0,03;

p = 0,861). Essa ocorreu quanto à presença de hipertensão arterial entre as mães, sendo maior a percentagem de mães com hipertensão no Grupo I (χ2 = 10,83; p = 0,001).

Análise multivariada, utilizando como variáveis inde-pendentes a presença de diabetes, a hipertensão e o taba-gismo, mostrou que o fumo teve um efeito isolado significa-tivo, levando a um maior número de RN PSO (p = 0,021). Na Tabela 3, são apresentados os dados que se repor-tam ao tipo de parto, tendo-se encontrado maior número de cesáreas no Grupo I em relação ao Grupo II (χ2 = 4,478;

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Na Tabela 4, encontram-se os dados referentes às médias, desvios padrão e respectiva probabilidade (p) para a comparação entre os dois grupos, segundo ca-racterísticas do RN. De acordo com essa tabela, pode-se obpode-servar que, com exceção do boletim de Apgar de cinco minutos, todas as outras variáveis foram significa-tivamente diferentes entre os dois grupos (p < 0,05).

cia no Grupo I, para o parto cesárea em relação ao parto normal, o que foi estatisticamente significativo (χ2 = 8,971; p = 0,003). No Grupo II, a diferença não

foi significativa.

O tempo médio de permanência hospitalar foi de 3,41 dias no Grupo I e, no Grupo II, de 3,29 dias – dife-rença estatisticamente significativa (p = 0,018).

A distribuição segundo o tipo de saída, ou seja, alta, óbito ou transferência nos dois grupos estudados demonstrou que não houve diferença estatisticamente significativa (χ2 = 0,361; p = 0,835). Em três casos, a

informação não foi obtida.

DiSCUSSÃo

O grupo de RN que foi objeto de estudo do presente trabalho, cujo peso de nascimento se acha compreendi-do entre 2.500 e 2.999 g, nascicompreendi-dos a termo e classificacompreendi-dos como adequados para a IG segundo uma curva própria a essa população(6), pode representar um contingente

de RN que apresenta restrições em sua potencialidade de crescimento.

Atualmente, esse grupo é analisado juntamente com os RN com peso de nascimento ≥ 3.000 g. Con-tudo, talvez, desse modo, não receba os cuidados mais adequados às suas eventuais condições de risco, tornan-do pertinente uma investigação que evidencie seu perfil próprio de desempenho extra-uterino.

Nesse sentido, foi estudada uma população de alta renda, que não sofria as interferências do nível socioe-conômico e composta por RN de mães bem nutridas, com bom nível de escolaridade, vivendo em união es-tável na sua maioria e que apresentavam um pré-natal bastante orientado e controlado(6); assim, procurou-se

eliminar da presente análise vários fatores maternos populacionais que poderiam ser responsáveis por al-gum viés nos resultados(13-14).

Comparou-se esse Grupo I a um grupo controle, re-presentado por RN com peso ao nascer em uma faixa considerada de peso “ótimo”(11), não sendo observadas

diferenças estatisticamente significativas quanto às ca-racterísticas maternas entre os grupos, relativas à idade materna, número de gestações, quantidade de consultas no pré-natal, estado civil e escolaridade.

No presente estudo, dentre as variáveis maternas, o peso materno anterior à gestação atual, o ganho de peso materno, a altura materna e o IMC pré-gestacional fo-ram significativamente menores no Grupo I em relação ao Grupo II, evidenciando que existiria um efeito ge-nético associado a um efeito ambiental. O encontro de associação entre o ganho de peso na gestação e a freqü-ência de PSO foi semelhante aos resultados de Rocha(1),

sendo que quanto menor o ganho de peso das mães, maior foi a freqüência de RN PSO. Esses resultados Há que se notar que os dois grupos diferiram

quan-to ao sexo dos RN: 456 (36,7%) de sexo masculino e 786 (63,3%) de sexo feminino no Grupo I; e 2.669 (54,4%) de sexo masculino e 2.238 (45,6%) de sexo feminino no Grupo II. Houve significativamente mais RN do sexo feminino no Grupo I (χ2 = 123,91; p = 0,000).

A Tabela 5 mostra a freqüência de afecções selecio-nadas, como hipoglicemia, icterícia, taquipnéia transi-tória, pneumonia e hipertensão pulmonar nos dois gru-pos de RN estudados.

Os dois grupos diferiram quanto à média do boletim Apgar de primeiro minuto, hipoglicemia, icterícia, ta-quipnéia transitória e pneumonia nos RN, ou seja, hou-ve significativamente mais crianças com hipoglicemia neonatal, icterícia, taquipnéia transitória e pneumonia no Grupo I. Não houve diferença estatisticamente sig-nificativa quanto ao boletim Apgar de cinco minutos e de hipertensão pulmonar entre os dois grupos.

A presença de taquipnéia transitória analisada em relação ao tipo de parto ocorreu com maior

freqüên-Variáveis

grupo i (2.500 a

2.999 g) grupo ii (≥ 3.000 g)

p Média Desvio padrão Média Desvio padrão

Peso RN (g) 2.849,11 111,20 3.357,58 227,90 0,000 * Peso RN x paridade 1 2.842,55 114,94 3.349,43 229,23 < 0,001* Peso RN x paridade ≥ 2 2.852,02 109,55 3.365,91 226,00 0,001* Comprimento (cm) 48,07 1,19 49,87 1,30 0,000* IG (Capurro) 38,54 0,83 39,16 0,78 0,000* Apgar 1m 8,57 0,89 8,60 0,97 0,012* Apgar 5m 8,96 0,38 8,96 0,30 0,952 Perman.RN (dias) 3,41 1,87 3,29 1,46 0,018*

tabela 4. Distribuição das características dos recém-nascidos (RN) nos dois grupos

* significativo

itens grupo i grupo ii p

Sim n (%) não n (%) Sim n (%) não n (%)

Hipoglicemia 32 (2,6%) 1.210 (97,4%) 83 (1,7%) 4.824 (98,3%) 0,040* Icterícia 186 (15,0%) 1.056 (85,0%) 549 (11,2%) 4.358 (88,8%) 0,000* Taquipnéia transitória 37 (3,0%) 1.205 (97,0%) 92 (1,9%) 4.815 (98,1%) 0,015* Pneumonia 14 (1,1%) 1.228 (98,9%) 15 (0,3%) 4.892 (99,7%) 0,000* Hipertensão pulmonar 9 (0,7%) 1.233 (99,3%) 20 (0,4%) 4.887 (99,6%) 0,145

tabela 5. Distribuição das afecções nos dois grupos de recém-nascidos

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foram comparáveis também aos observados no estudo antropométrico do recém-nascido brasileiro(8).

O fato de todas as mães aqui estudadas terem re-cebido cuidados pré-natais considerados adequados(15),

quer pelo número de consultas como pela sua quali-dade, não evitou e nem mesmo detectou que estives-se ocorrendo, eventualmente, algum provável grau de restrição de CIU, podendo, portanto, encontrar-se PI ao nascer em RN de mães sem quaisquer doenças apa-rentes. Pode-se especular que a desnutrição fetal vies-se a ocorrer, então, em uma gestação aparentemente não complicada de mãe aparentemente saudável, o que pede por uma explicação(16).

Steward e Moser(17), estudando crianças de termo

com peso de nascimento > 2.500 g, identificaram 1.364 RN com restrição de CIU e concluíram que o fumo, o baixo peso materno pré-gestacional, o baixo ganho de peso gestacional e o pré-natal inadequado são fatores que têm influência no peso de nascimento. Na presente série, o ganho de peso materno no Grupo I foi signifi-cativamente menor que no Grupo II, o mesmo se veri-ficando em relação ao IMC materno, conforme se pode também encontrar na literatura(18-19).

Além do pré-natal inadequado(15), o hábito de fumar

demonstrou ser fator importante relacionado à freqü-ência de PSO(1,17-18). O presente trabalho também

verifi-cou uma associação significativa entre PSO e hábito de fumar, encontrado em aproximadamente 5% das ges-tantes, o que reitera o fato de ser o tabagismo isolada-mente um importante fator para a restrição de CIU(17,20).

Para Secker-Walker e Vacek(21), o ganho de peso do RN

de mães que deixaram de fumar se deve muito mais ao efeito independente do fumo na restrição de CIU do que ao eventual ganho de peso materno ou maior IG.

Das afecções maternas aqui analisadas, a doença hipertensiva específica da gravidez ocorreu mais fre-qüentemente no grupo de RN PSO que no Grupo II – com diferença estatisticamente significativa, como já descrito por outros autores na restrição de CIU(16,22).

Uma provável redução no fluxo útero-placentário, mes-mo que pequena, poderia ser suficiente para restringir o fluxo normal de nutrientes para o feto, resultando nessa restrição(16). No presente estudo, menos de 10%

das mães foram identificadas como portadoras de hi-pertensão.

Os grupos não diferiram quanto à presença de dia-betes gestacional e não houve diferenças estatistica-mente significativas quanto ao peso de nascimento des-sas crianças filhas de gestantes diabéticas.

Pelo exposto, verificou-se que em aproximadamen-te 15% (mães fumanaproximadamen-tes ~5% e mães com hiperaproximadamen-tensão ~10%) do total de gestantes cujos RN tiveram PSO, a explicação para a ocorrência de PI poderia ser a hiper-tensão materna ou o hábito de fumar. No restante das

gestantes, o menor ganho de peso gestacional e o IMC maternos parecem ter sido os responsáveis pelo PSO dos RN.

Quanto ao tipo de parto, verificou-se que houve maior número de cesárea no Grupo I que no Grupo II, com diferença estatisticamente significativa, o que pode ter ocorrido em função de conduta obstétrica individu-al, uma vez que não se encontraram dados semelhantes na literatura.

Na literatura, foram encontradas referências à re-lação entre a paridade e o peso ao nascer, ou seja, que as primíparas têm filhos com peso menor que as multí-paras, até o quarto a sexto filho(10-11,18). Houve, nos dois

grupos presentemente estudados, maior freqüência de peso menor entre as primíparas, mas não houve dife-rença estatisticamente significativa entre os grupos.

A classificação dos RN, pelo fato de ter sido feita segundo uma curva própria a esta população(6),

pro-curou evitar erros de avaliação e mostrou uma taxa de PSO próxima à taxa de prevalência na população brasileira(23). Lima e Sampaio(24),em 2004, encontraram

freqüência de PSO de 19,5% entre 277 gestantes de população carente. Estudo de Rocha(1), em 1991,

anali-sando a freqüência de baixo peso, PI (que representou 31% do total de crianças estudadas) e peso adequado ao nascer, entre 5.940 RN de mães de condição socioeco-nômica baixa, na cidade de Recife, Pernambuco, verifi-cou associação entre o peso de nascimento e as diversas variáveis maternas estudadas: idade, peso pré-gestacio-nal, altura, adequação peso/altura, ordem de gestação, hábito de fumar e assistência pré-natal, com associação significativa dessas variáveis na distribuição dos RN de PSO. A classe socioeconômica baixa, diferentemente do presente estudo, foi considerada naquele trabalho como fator importante nos resultados.

Estudando 8.878 crianças nascidas de parto único em Ribeirão Preto, São Paulo, Da Silva et al.(9), em 1991,

assinalaram uma taxa de PSO ao nascer de 21,06%. Uti-lizando uma estratificação social para identificar dife-rentes classes, concluíram que a taxa de PSO na classe que denominaram subproletariado foi de 23,27% – sig-nificativamente maior que nas classes proprietária e tra-balhadora, teoricamente providas de maiores recursos nutricionais e de saúde em geral.

Na literatura nacional, não foi encontrado nenhum estudo sobre a freqüência de PSO em uma população de classe socioeconômica alta. O presente estudo veio mostrar um aspecto peculiar, pois a freqüência de PSO em classe socioeconômica elevada se mostrou seme-lhante àquela encontrada nos estudos em que a classe socioeconômica mais baixa foi identificada como fator importante em sua ocorrência(1,9,24). É interessante

co-mentar, contudo, recente trabalho de Farias Aragão et al.(25), que comparou a freqüência de crianças com

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res-trição de CIU em duas cidades brasileiras com diferen-tes níveis socioeconômicos e que sugere que o encontro de restrição de CIU não foi necessariamente observado em áreas mais pobres com relação às mais ricas. Fatores familiares seriam importantes para a distribuição dos pesos, independente do nível socioeconômico.

Em relação ao sexo dos RN, houve predominância do sexo feminino no Grupo I, com diferença estatisti-camente significativa. É sabido que meninas têm me-nor peso ao nascer que meninos(26), o que poderia ser explicado pela maior concentração de meninas no Grupo I.

A média do boletim de Apgar de primeiro minuto foi significativamente menor no Grupo I que no Grupo II. Contudo, a diferença numérica foi muito pequena, podendo representar apenas um achado estatístico sem significado clínico.

Quanto às afecções estudadas, a hipoglicemia ne-onatal ocorreu com maior freqüência no Grupo I do que no Grupo II. Na literatura, é relatada com maior freqüência em RN com restrição de crescimento agra-vada pelo estresse da anoxia perinatal(27). Uma

reduzi-da reserva de energia se combinaria a um aumento do consumo de carboidratos durante a hipoxia, resultando em alta incidência de hipoglicemia nas primeiras horas de vida. Tendo se verificado no Grupo I o mesmo com-portamento, reitera-se a possibilidade de que esses RN também apresentem algum grau de restrição de CIU, que seria o responsável pelo achado, embora não tenha sido detectado no período pré-natal e nem pela classi-ficação do RN, mesmo usando uma curva específica da população de origem.

A taquipnéia transitória, no presente estudo, ocor-reu significativamente com maior freqüência no Grupo I do que no Grupo II. Provavelmente, foi devida, em parte, à maior concentração desse grupo em uma faixa de IG significativamente menor, embora acima de 37 se-manas de IG, quando essa afecção é mais freqüente(28).

Além disso, não se pode deixar de salientar a associação significativa entre taquipnéia e cesárea, contribuindo para aumento dessa afecção no Grupo I(28-29).

A icterícia e a pneumonia congênita também ocor-reram com maior freqüência no Grupo I do que no controle, com diferenças estatisticamente significativas. Poderia se especular que esses achados estivessem rela-cionados ao fato do grupo PSO ter apresentado menor média de IG do que o Grupo II.

Em relação à permanência hospitalar, esta foi signi-ficativamente maior no Grupo I e diretamente ligada ao aumento de morbidade que ocorreu nesse grupo.

Há poucos trabalhos que analisam especificamente a morbidade desse grupo de RN. Oshiro et al.(18), em

2003, estudando 108 RN de PSO encontraram, como no presente trabalho, aumento significativo de icterícia

e hipoglicemia neonatal, além de maior tempo de inter-nação nesse grupo de crianças em relação ao grupo de peso ≥ 3.000 g.

A mortalidade, porém, não foi diferente nos dois grupos do presente estudo, ao contrário do que de-monstrou um trabalho australiano sobre a mortalidade perinatal em hospitais de nível terciário(30), onde

hou-ve um achado inesperado, pois os RN de PSO tihou-veram comparativamente um alto risco de morte perinatal. Mais estudos seriam necessários para determinar as ra-zões pelas quais RN na faixa de peso de 2.500 a 2.999 g apresentaram esse risco aumentado naqueles hospitais, mas parece ser devido, pelo menos em parte, às mortes por anomalias congênitas – o que não ocorreu no pre-sente estudo, por ter sido um critério de exclusão da amostra.

Tendo em vista que o Grupo I apresentou maior morbidade em relação ao grupo de peso considerado ótimo, passaria a representar, portanto, um grupo que provavelmente requer atenção especial da equipe de saúde.

ConClUSÕES

No presente estudo, o Grupo I – pertencente a uma classe socioeconômica elevada – apresentou prevalên-cia semelhante à de RN de maternidades que atendem a população de menor nível socioeconômico, o que evi-denciou que a classe socioeconômica não foi fator de-terminante de PSO na população estudada.

O peso materno inicial, o IMC pré-gestacional, o menor ganho de peso materno, a altura materna e a hi-pertensão arterial foram fatores de risco associados ao PSO. O fumo mostrou ser fator isolado para o risco de PSO.

O grupo de RN PSO apresentou maior prevalência de afecções neonatais (hipoglicemia, icterícia fisiológica, taquipnéia transitória e pneumonia) do que o grupo com peso acima de 2.999 g e um maior tempo de permanência hospitalar em relação ao grupo de peso considerado ideal. A mortalidade neonatal, porém, não diferiu nos dois grupos de RN.

rEFErÊnCiaS

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Referências

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