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Edição e distribuição Editora EME

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Capivari SP – 2013 –

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Ficha catalográfica elaborada na editora

Barbosa, Severino

O sono e os sonhos / Severino Barbosa – 1ª ed. mar. 2013 – Capivari, SP : Editora EME.

144 p.

ISBN 978-85-7353-501-3

1. Espiritismo. 2. Visão espírita do sonho e do sono. 3. Sonhos premonitórios. 4. Emancipação da alma I. Título

CDD 133.9

Os direitos autorais desta obra são de exclusividade do autor.

A Editora EME mantém o Centro Espírita “Mensagem de Esperança”, colabora na manutenção da Comunidade Psicossomática Nova Consciência (clínica masculina para tratamento da dependência química), e patrocina, junto com outras empresas, a Central de Educação e Atendimento da Criança (Casa da Criança), em Capivari-SP.

CAPA | André Stenico

DIAGRAMAÇÃO | Rafael Gatti REVISÃO | Editora EME

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sumário

Introdução ...9

O sono é parente da morte ...15

O sono é um dos principais alimentos do corpo ...19

Sono – a alma emancipa-se parcialmente do corpo ...25

Um artista do mundo invisível ...31

Visão trágica de acidente durante o sono ...39

Revelações no sono provocado ...45

Revelação da própria morte ...55

Sonhos premonitórios ...61

Outros sonhos premonitórios ...69

Sonhos confirmados pelos fatos ...75

Sono – uma porta para o invisível ...81

O sonho em tempo real ...87

Liberdade durante o sono ...93

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6 | Severino Barbosa

TexTOS eSpaRSOS da Revista espíRita de aLLan KaRdec

dissertações de além-túmulo – o sono ...109 Teoria dos sonhos ...113 Um sonho instrutivo ...121 cabelos embranquecidos sob a

impressão de um sonho ...127 Um sonho ...135 aparição de um filho vivo a sua mãe ...139

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O SONO E OS SONHOS | 7

“Os sonhos são o efeito da emancipação da alma que se tornou mais independente pela suspensão da vida ativa e de relação. Disso resulta uma espécie de clarividência indefinida, que se estende aos locais mais distantes ou que jamais se viu, e algumas vezes inclusive a outros mundos. também vem daí a lembrança que retraça na memória os acontecimentos verificados na existência presente ou nas anteriores.”

allan Kardec, no capítulo “emancipação da alma” (VIII do Livro II) de O Livro dos espíritos

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Introdução

O sono é o principal alimento do corpo.

desejamos uma vida longa e mais saudável? a receita é dormir bem.

Quem dorme bem, vive mais e melhor.

com essa receita podemos evitar diversos tipos de males físiopsíquicos, tais como hipertensão arterial, es-tresse, fadigas nervosas, neuroses, neurastenia, depressão e ansiedade.

podemos evitar também incapacidade de decisão e de concentração, desgastes das emoções, irritabilidade, agres-sividade e tantos outros males reconhecidamente prejudi-ciais à saúde do corpo e da alma.

noites mal dormidas, além das consequências acima, podem gerar outros efeitos devastadores, entre os quais, principalmente os desastres ocasionados pelos motoristas

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que passam noites inteiras sem dormir, apenas controlados pelo que eles apelidam de “arrebites” (comprimidos que bloqueiam o sono).

Imaginemos, por exemplo, os semblantes e as atitudes, pela manhã, de duas pessoas: uma dormiu bem; a outra passou a noite em claro.

Os médicos especialistas em doenças geradas pela in-sônia aconselham que evitemos o envelhecimento preco-ce, dormindo bem; que melhoremos nossa qualidade de vida, dormindo bem.

assim, viveremos bem conosco, com a vida e com os nossos semelhantes que nos cercam. dormir bem é a vaci-na contra o mau-humor, bem como contra todas as enfer-midades geradas pelo fantasma cruel da insônia.

Melhoremos nossa qualidade de vida, dormindo bem. ***

a revista seleções, em sua edição de agosto de 2008 publica um artigo bem interessante “O mágico poder do sono”, que todos nós precisamos conhecer.

nela, constam as declarações do dr. Gerard T. Lom-bardo, diretor do centro de distúrbio do Sono no Hos-pital Metodista de nova York, de que “todos os fatores que perturbam a qualidade e a quantidade do sono po-dem ter consequências a longo prazo para o corpo e a mente”.

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cor-O Scor-ONcor-O E cor-OS Scor-ONHcor-OS | 11

po, inevitavelmente passam a ter ressonância na alma. e vice-versa.

Todos sabemos que noites insones podem causar tem-porária perda de memória e reduzir o poder de concen-tração. a alma não se sente bem com esses problemas.

diz a revista que um novo estudo foi realizado pelo Ins-tituto de pesquisa do exército Walter Reed, em Meryland, nos estados Unidos e concluiu-se que a insônia pode, en-tre outros distúrbios, causar alterações na capacidade de julgamento das pessoas, entre as quais, notadamente os profissionais investidos de autoridade, tais como gover-nantes, médicos em seus diagnósticos e cirurgias, políticos, diplomatas e outros.

Segundo seleções, as conclusões do dr. Lawrence eps-tein, da famosa Universidade de Harvard, nos estados Unidos, são as de melhorar a qualidade do sono, para me-lhorar a saúde do corpo e da mente.

nesta nossa modesta obra O sonho e os sonhos analisa-mos o sono e sua importância para o corpo e sobretudo para a alma que, nas horas de repouso da matéria, liberta-se parcialmente e entra em relação com outras almas desen-carnadas ou mesmo reendesen-carnadas.

pelo sono ocorre o reabastecimento das energias físicas e psíquicas. O corpo repousa, mas a alma, parcialmente, entra em liberdade e continua em suas atividades.

O espírito não repousa.

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os sonhos são as lembranças do que vemos, ouvimos e sen-timos fora do corpo que repousa.

e pode-se afirmar que, quanto mais profundo o sono, tanto mais distante pode estar o espírito. Mas, nesse estado temporário de liberdade condicional, a alma está sempre ligada ao corpo adormecido, através de um cabo fluídico, que a distingue dos espíritos já desencarnados.

a nossa alma, para experimentar essa liberdade parcial, o corpo não precisa necessariamente estar profundamente adormecido. Basta um cochilo para que ela entre em co-municação com o mundo dos mortos e capte informações dos espíritos já desencarnados ou entre em relação com os espíritos de pessoas vivas, permutando ideias e informa-ções as mais diversificadas.

na abordagem dos fatos, todos verídicos, desdobrados em catorze capítulos e explicados à luz do espiritismo, com base em O Livro dos espíritos, citamos diversos so-nhos proféticos ou premonitórios, relativos às tragédias envolvendo os assassinatos do Imperador romano caio Júlio césar, abraham Lincoln, presidente dos estados Unidos, Luther King, líder negro dos estados Unidos e tantos outros.

ao escrever O sono e os sonhos, a nossa intenção foi apenas auxiliar o leitor, pela ótica espírita, a compre-ender o verdadeiro sentido dos sonhos, muito diferen-te daqueles explicados pelos leitores da conhecida boa sorte, de que sonhando isso, inevitavelmente acontecerá

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aquilo, e tantos outros sonhos com significados absurdos e ridículos.

portanto, colocamos nas mãos do leitor, para análise, em leitura sossegada e reflexiva, a nossa modesta obra.

Recife, setembro de 2008. Severino Barbosa

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O sono é parente da morte

“O sono liberta a alma parcialmente do corpo. Quando dorme, o homem se acha por algum tempo no estado em que fica permanentemente depois que morre”. em O Livro dos espíritos, na questão n. 400, allan Kar-dec pergunta se o “espírito encarnado permanece de bom grado” em seu corpo físico.

ao que respondem os espíritos Reveladores: “É como se perguntasses se ao encarcerado agrada o cárcere. O es-pírito encarnado aspira constantemente à sua libertação e tanto mais deseja ver-se livre do seu invólucro, quanto mais grosseiro é este”.

como vemos, a comparação é repleta de sabedo-ria: é como perguntar ao preso se ele gosta da prisão. conta os dias ou os anos que está encarcerado e conta

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mais ansioso os dias do cumprimento da sentença, para gozar sua liberdade. aumentará a ansiedade se sua cela é desconfortável.

na questão seguinte (401) Kardec vai mais além, ao perguntar se durante o sono a alma repousa como o corpo.

“não, – o espírito jamais está inativo – respondem os espíritos Superiores. durante o sono, afrouxam-se os laços que o prendem ao corpo e, não precisando este então da sua presença, ele se lança pelo espaço e entra em relação mais direta com os outros espíritos”.

Os especialistas em psicologia humana afirmam que, fisiologicamente, o sono natural provoca o repouso dos centros de comandos nervosos. provoca também o blo-queio temporário das atividades da consciência.

O sono, além de objetivar o reabastecimento das nossas energias físicas e psíquicas, é também uma porta que se abre ao mundo dos mortos. essa porta de acesso ao Invi-sível, oportuniza aos espíritos reencarnados estabelecerem relações ou contatos mais diretos com as almas dos de-sencarnados. nesses contatos os habitantes dos dois pla-nos podem (e ocorre sempre) fazer acertos de trabalhos em parceria.

evidentemente, se tal parceria visar à prática do bem, os parceiros trabalharão em prol dos sofredores daqui e do além, mas, se visar à prática do mal, as consequências se-rão lamentáveis.

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em suas atividades, quase sempre se tornam parceiros in-conscientes dos espíritos desencarnados.

É pelo sono que os homens de gênio entram em liga-ção com espíritos elevados na ciência e, deles, recebem as ideias das grandes descobertas, úteis ao bem-estar da raça humana.

É através desse intercâmbio entre os vivos e os mortos, que os artistas em geral recebem suas obras-primas e pas-sam ao mundo, alegando que foram frutos da inspiração ou do sonho. e foram mesmo!

pode-se afirmar com certeza, que as almas dos cha-mados mortos adoram se comunicar com os homens, ou pelas comunicações mediúnicas ou quando estes dormem. preferem este último meio, porque o espírito do encarna-do também está em liberdade.

costuma-se dizer que todas as noites, quando ador-mecemos, morremos. Que o sono é parente da morte. É quase isso.

não é a morte completa, porque a nossa alma, que se libera nesse estado de sono, estará gozando de uma liber-dade condicional, como ocorre aos presos de boa conduta, mas inevitavelmente ela retornará ao seu corpo material.

Quando acordamos, o espírito, que muitas vezes estava viajando através do espaço, realizando algum trabalho com outros espíritos já desencarnados, volta ao corpo e, aí, aca-bou a liberdade condicional daquela noite bem dormida.

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passa por tal experiência, porque todo mundo precisa dor-mir para refazer suas energias.

enquanto dormimos, sonhamos. em sonho, uns têm pesadelos; outros, voam; ainda outros, recordam que desfru-taram da companhia de fulano ou de sicrano; outros mais, que foram a determinados lugares e, assim, sucessivamente.

acrescente-se a esses os sonhos premonitórios e retro-cognitivos, ou seja, revelações sobre acontecimentos futu-ros e passados.

Mas os sonhos são as lembranças das experiências que tivemos durante o sono, durante as horas que estivemos fora do corpo físico, em liberdade condicional.

Todavia, ao lado desses sonhos, existem também aque-les que são frutos das preocupações do dia a dia da vida; aqueles resultantes de indisposição orgânica ou nervosa; aqueles provenientes de desejos, medos, remorsos, recal-ques, etc.

esses e outros motivos podem provocar sonhos fanta-siosos.