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II Congresso Nacional de Formação de Professores XII Congresso Estadual Paulista sobre Formação de Educadores

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II Congresso Nacional de Formação de Professores

XII Congresso Estadual Paulista sobre Formação de Educadores

CRIATIVIDADE E A ARTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: EXPERIÊNCIAS DIDÁTICAS NO CURSO DE PEDAGOGIA

Fernanda Soares Godoi Yano Do Canto, Carmen Lucia Dias Eixo 2 - Projetos e práticas de formação continuada

- Relato de Experiência - Apresentação Oral

Ao ser convidada a ministrar a disciplina ‘Teoria e Prática Metodológica da Arte na Educação Infantil’, durante um semestre no ano de 2012, para o 5° termo do curso de Pedagogia – aproximadamente 36 acadêmicos – em uma Instituição de Ensino Superior (IES) na cidade de Nova Andradina, estado de Mato Grosso do Sul, na qual realizei a graduação, observei que logo na primeira aula, ao fazer referência à arte, a palavra criatividade estava presente nos discursos e textos dos acadêmicos. A arte na Educação Infantil possui papel fundamental, pois envolve os aspectos cognitivos, sensitivo, cultural, corporal, entre outros, e as crianças precisam ser estimuladas por meio de todos os seus sentidos. Que nos remete a pensar na formação desses professores (profissionais). Será que os professores tem conseguido trabalhar adequadamente a criatividade em seu aluno? Ou ainda, se este professor teve (ou está tendo) uma formação adequada para que possa entender a criatividade no desenvolvimento infantil? Neste momento, constatei que possuía elementos mais consistentes para aprofundar o que havia iniciado na especialização, e acoplado à necessidade de dar continuidade aos estudos, estas inquietações culminaram em um projeto de mestrado, oferecendo a oportunidade de analisar e refletir sobre os questionamentos citados acima. Palavras-chave: Criatividade. Arte. Educação Infantil.

Trabalho Completo

Ficha Catalográfica Abertura Boas Vindas Tema do Congresso Comissões Sessões Programação Áreas Títulos

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CRIATIVIDADE E A ARTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: EXPERIÊNCIAS DIDÁTICAS NO CURSO DE PEDAGOGIA

Fernanda Soares Godoi Yano do Canto1; Carmen Lúcia Dias2. UNOESTE

Descrição da Experiência

Durante a graduação sempre houve uma afeição com a Educação Infantil, mais especificamente, o Pré I e II, com crianças de 4 e 5 anos, gostava deste universo paralelo que vai além do educar, cuidar e brincar.

Porém, ao terminar a graduação em Pedagogia, e pela falta de profissionais formados em Artes, surgiu a oportunidade de lecionar a disciplina em uma escola pública da rede estadual de ensino, nos anos finais do ensino fundamental e ensino médio. Uma experiência enriquecedora e ao mesmo tempo, bastante desgastante, pois, havia trinta salas de aula e aproximadamente, 1100 alunos.

Com muita dedicação e estudos, a Arte-Educação tornou-se encantadora e trouxe consigo novos aprendizados e inquietações. Visto que, o curso de Pedagogia, não possui muitas aulas direcionadas nas expressões artísticas (Música, Dança, Teatro e Artes Visuais). Mesmo após a disciplina de Artes tornar-se prática adotada como resposta à promulgação da Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional (LDB), Lei nº 9394/96(BRASIL, 2004), que instituiu o ensino de artes como obrigatório nos diversos níveis da educação básica, fazendo-se necessário uma reformulação nas grades curriculares dos cursos de Pedagogia, na qual a disciplina Artes foi inserida.

Surge então, uma especialização em Educação Infantil pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), a qual instigou e despertou questionamentos e reflexões sobre o ensino na primeira infância. Porém, a arte não ficou em segundo plano, o trabalho de conclusão de curso foi dirigido a arte na Educação Infantil, com o tema “A tríade da arte na Educação Infantil: Fazer, Apreciar e Refletir”.

Na elaboração do trabalho citado acima, a palavra criativo/ser criativo surgiu inúmeras vezes, pois, ao falar de criatividade pensa-se imediatamente em arte. Destaca-se o ambiente escolar, como fundamental para o exercício da criatividade e como elemento de incitação no processo educativo. E que a

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ação do educador, especialmente do professor ligado à educação infantil, deve ser ressaltada por experiências criativas, estimuladoras que implicam o desenvolvimento das relações e das descobertas pessoais, uma vez que a criatividade existe na relação do indivíduo e seu meio. Mas o que seria criatividade? Como saber se a criança (o aluno) é criativa (o) ou não? O que é ser criativo? Será que a escola, como principal meio para incitar a prática criativa, está respondendo a estes reclames? E principalmente, como o professor (pedagogo) pode instigar, estimular esta criatividade em seu aluno? Ao término, percebe-se que surgiram mais questionamentos, indagações do que respostas.

Nas férias de janeiro, no ano seguinte (2012), convidada a ministrar a disciplina ‘Teoria e Prática Metodológica da Arte na Educação Infantil’, no 5° semestre do curso de Pedagogia na mesma Instituição de Ensino Superior (IES) em que realizei a graduação, observei que logo na primeira aula, ao fazer referência à arte, a palavra criatividade estava presente nos discursos e textos dos acadêmicos. A autora, psicóloga educacional, arte terapeuta, Sonia Tommasi (2010, p. 34) menciona que “O termo criatividade tornou-se popular e faz parte do vocabulário diário. Com compreensão parcial de seu significado passou a ser exigido de crianças e adolescentes que hajam de forma criativa”.

Segundo os Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (BRASIL, 1998), as instituições que oferecem Educação Infantil, junto com seu corpo docente, deverão organizar sua prática de ensino e aprendizagem em Arte, oportunizando e garantindo que as crianças sejam capazes de:

• ampliar o conhecimento de mundo que possuem, manipulando diferentes objetos e materiais, explorando suas características, propriedades e possibilidades de manuseio e entrando em contato com formas diversas de expressão artística;

• utilizar diversos materiais gráficos e plásticos sobre diferentes superfícies para ampliar suas possibilidades de expressão e comunicação;

• interessar-se pelas próprias produções , pelas de outras crianças e pelas diversas obras artísticas com as quais entrem em contato, ampliando seu conhecimento do mundo e da cultura;

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• produzir trabalhos de arte, utilizando a linguagem do desenho, da pintura, da modelagem, da colagem, da construção, desenvolvendo o gosto, o cuidado e o respeito pelo processo de produção e criação.

A arte na Educação Infantil possui papel fundamental, pois envolve os aspectos cognitivos, sensitivo, cultural, corporal, entre outros, e as crianças precisam ser estimuladas por meio de todos os seus sentidos. Que nos remete a pensar na formação desses professores. Será que os professores tem conseguido trabalhar adequadamente a criatividade em seu aluno? Ou ainda, se este professor teve (ou está tendo) uma formação adequada para que possa entender a criatividade no desenvolvimento infantil?

Neste momento, constatei que possuía elementos mais consistentes para aprofundar o que havia iniciado na especialização, e acoplado à necessidade de dar continuidade aos estudos, estas inquietações culminaram em um projeto de mestrado, oferecendo a oportunidade de analisar e refletir sobre os questionamentos citados acima.

Entretanto, ao iniciar a pesquisa, observei que a criatividade é objeto de estudo de muitas disciplinas, como a psicologia, a sociologia, a filosofia, a história, a artes, entre outras, porém, cada uma dentro de suas especificidades, e por ter tanta ênfase, criou-se muitas polêmicas e conceitos, não somente pela complexidade de que o próprio tema aborda, mas também pela carência de precisão de limites entre as áreas de conhecimento.

A questão sobre a criatividade tornou-se eixo central das pesquisas epistemológicas, psicológicas, pedagógicas e sociológicas. E a valorização do ser humano criativo chegou a picos nunca antes atingidos. Na exploração deste conceito adentra-se no campo da educação e da psicologia. As cortinas se abrem para várias áreas de conhecimento e de orientações teóricas que permitem constatar, de imediato, a natureza dialética e interdisciplinar do conceito de criatividade. (TOMMASI, 2010, p. 26).

Desta forma, estudiosos e pesquisadores questionaram-se, quando o homem tornou-se um ser criativo? Tommasi (2010, p. 26), explicita que na “[...] tentativa de reconstruir a história da humanidade observa-se o processo criativo de cada época e cultura”.

A presença da história da arte pode ser identificada em diversas manifestações, pois desde os primórdios, o homem já utilizava o desenho como uma forma de linguagem3. Pintando em suas cavernas cenas do seu

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cotidiano, como a caça, sua sobrevivência e as pessoas com as quais conviviam. Sousa (2005, p.33) menciona que “[...] muitos fatos históricos ainda hoje são evidentes e reconhecidos por meio de textos não-lingüísticos, compostos principalmente por imagens e objetos que revelam, na sua forma e no seu conteúdo, os modos de vida e as concepções de mundo de seu tempo”.

A partir do momento em que o ser humano começou a ter consciência de sua existência e a pensar sobre as coisas que via e observava dentro e fora de si. Ao analisar o que sentia durante ou após ver a natureza ou seu semelhante, ele começou a reproduzir a imagem que ficou dentro de sua mente, e deu início ao desenho, muito antes da escrita. (TOMMASI, 2010, p. 26) Desde o início da humanidade o ser humano era e é um ser muito criativo, pois o homem nasce com especificidades culturais, psicológicas e sociais, o que permite fazer ligações com a natureza e com o mundo, independendo de cultura e do desenvolvimento interno de seu ser, dessa forma, explora e estimula sua criatividade em seu cotidiano. Sendo a arte parte integrante desse movimento que possibilita a representação e a interpretação do mundo, onde são desenvolvidas tais habilidades de seleção, classificação, identificação, entre outras, indispensáveis para organização humana.

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s), a criança expressa o que sente ou o que vê por meio do desenho, da música, da dança ou do teatro. A arte tem como finalidade ajudar a criança a se desenvolver livremente, a estimular a criatividade e a expressão. Desenvolvendo dessa maneira, o pensamento artístico, deixando o particular dar sentido às experiências do exterior, onde a criança aumenta a sensibilidade, a percepção, a reflexão e a imaginação. A criança sem o conhecimento das artes tem uma aprendizagem limitada, escapando o faz-de-conta, as cores do seu mundo, os gestos e as luzes (BRASIL, 1997).

Nesta perspectiva, desenvolver a criatividade até parece algo fácil, todavia, Castanho (2000, p. 77), faz uma advertência e nos revela que “[...] é uma das características mais raras de se encontrar na maioria de nossos jovens,” e crianças, pois, a instituição escolar ainda desenvolve uma atitude de conformismo e homogeneidade.

Neste contexto, a arte/educação4 é um alicerce para desenvolver essa criatividade, pois a criança como um ser em constante aprendizagem, tem mais facilidade para o senso de observação e em diversas ocasiões, chama a

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atenção por suas particularidades. E ao utilizar sua liberdade de expressão e de investigação, com o auxílio de seus educadores, conclui-se que suas aprendizagens e seu desenvolvimento, paulatinamente, aumentam sua maneira de expressar e de visualizar o mundo.

Referências

BARBOSA, A. M. Arte-educação: leitura no subsolo. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2001.

BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Secretária de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Arte. Brasília: MEC/SEF, 1997.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, dispositivos constitucionais, emenda constitucional nº 11 de 1996, emenda constitucional nº 14 de 1996. Brasília: Senado Federal, 2004.

BRASIL. Ministério da Educação e Desportos. Secretária da Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil: Conhecimento de Mundo. Brasília: MEC/SEF, 1998.

CASTANHO, M. E. A criatividade na sala de aula universitária. In: VEIGA. I. P. A. CASTANHO, M. E. (Org.). Pedagogia universitária: a aula em foco. São Paulo: Papirus, 2000.

SOUSA, Richard Perassi Luiz de. Roteiro didático da arte na produção do

conhecimento. Campo Grande, MS: Ed. UFMS, 2005.

TOMMASI, S. M. B. Arte e Criatividade (Parte 1). Revista Direcional, jun. 2010, p. 26-27.

________, S. M. B. Criatividade e Educação (Parte 2). Revista Direcional, jun. 2010, p. 26-27.

1

Mestranda em Educação: Universidade do Oeste Paulista – UNOESTE. Bolsista pelo Programa de Suporte à Pós-Graduação de Instituições de Ensino Particular/PROSUP da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior/CAPES. Membro do grupo de pesquisa Profissão docente: formação, identidade e representações sociais-GPDFIRS/UNESP/Presidente Prudente/SP. E-mail: godoyfefe@gmail.com.

2

Doutora em Educação, docente da graduação e do Mestrado em Educação da Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE); Coordenadora de Projetos e Docente da Fundação para o Desenvolvimento do Ensino, Pesquisa e Extensão-FUNDEPE/Marília/SP; Parecerista - Revistas: Ciências & Cognição (UFRJ); Colloquium Humanarum (UNOESTE/SP); Máthesis: Revista de Educação (FAFIJAN/ PR); Revista Educação Unisinos; Comunicações; Membro do Conselho Consultivo da Revista Eletrônica de Psicologia e Epistemologia Genéticas - Schème - UNESP Marília/SP. E-mail: kkaludias@gmail.com.

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3

Arte é linguagem, é conhecimento humano. Nesse contexto, desenho é uma das linguagens da arte.

4

Será utilizado (/) entre as palavras ‘arte’ e ‘educação’, pois, segundo Ana Mae Barbosa “[...] por a barra significa segundo os linguistas, ‘mútuo pertencimento’.”.

Referências

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