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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DEPARTAMENTO DE PESQUISA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DEPARTAMENTO DE PESQUISA

PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INCICIAÇÃO CIENTÍFICA – PIBIC

RELATÓRIO TÉCNICO - CIENTÍFICO

Período : Agosto / 2004 a Julho / 2005 ( ) PARCIAL

( X) FINAL

A bolsista deve atuar no Projeto de Pesquisa aprovado no Edital Universal-CNPQ Nº 473896/03-6

“Padronização de Derivados da Carne de Pirarucu (Arapaima gigas) Visando Agregar Valor aos Produtos da Pesca Artesanal e da Piscicultura na Amazônia”, Início e Final do Projeto: outubro de 2003 a setembro de 2005. Duração 2 ano. Coordenadora – Lúcia de Fátima Henriques Lourenço

Bolsista – Ivonete Quaresma da Silva Título do Projeto de Atividades do Bolsista:

“Análises microbiológicas da carne de pirarucu (Arapaima gigas) seco/salgado comercializado em feiras e supermercados de Belém e elaboração de produtos seco/salgado

em laboratório visando estabelecer a vida-de-prateleira”. 1. INTRODUÇÃO

O pescado é uma fonte de proteína muito importante na dieta alimentar do homem. Na região Amazônica encontra-se um número muito grande de espécies de peixe, alimento saboroso, altamente nutritivo e muito apreciado na culinária de todo o mundo. O pescado é um dos alimentos mais suscetíveis à deterioração, devido à atividade de água elevada, a sua composição química que varia em função da espécie, época do ano e condições de alimentação, ao teor de gorduras insaturadas facilmente oxidáveis e, principalmente, ao pH próximo da neutralidade, o que favorece o desenvolvimento microbiano (LANDGRAF,1996).

Em nossa região, o armazenamento, transporte e a comercialização do pescado, na maioria das vezes, são feitos de forma inadequada, sendo este um dos grandes problemas da pesca do Médio Amazonas, pois vem causando uma perda considerável na qualidade do produto, até que ele chegue ao consumidor (BASTOS, 1998).

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A higienização na produção é um dos requisitos básicos para se ter um produto de qualidade competindo com o mercado exigente. Dentro desses aspectos o pescado salgado tem sido apresentado para o consumo, quase sem viabilidade nos mercados do município de Belém. Este problema é causado não só pela sua falta higiene no preparo, mas também pela falha de controle em todas as fases de produção (BOTELHO, 1974).

Um dos aspectos de maior importância e que leva muitas vezes a diminuir a qualidade final do produto salgado é a qualidade do sal utilizado. Pois se o NaCl estiver contaminado por bactérias halofílicas, causará pigmentação vermelha, odor desagradável e limosidade nos produtos (WATANABE, 1960).

No caso do pescado salgado e seco, a principal espécie comercializada na Amazônia é o pirarucu (Arapaima gigas). Um peixe exclusivo da Bacia Amazônica e característico das águas calmas de suas várzeas. Vive em lagos e rios tributários, de águas claras, brancas e pretas ligeiramente alcalinas e com temperaturas que variam de 24°C a 37°C, não sendo encontrados em zonas de fortes correntezas e águas ricas em sedimentos. É comumente capturado pela pesca comercial, com peso variando entre 30 a 40Kg, cuja carne apresenta um rendimento médio em torno de 57%. Na Região Amazônica, o pirarucu é comercializado principalmente na forma de mantas, que podem ser frescas, congeladas e salgadas.(www.vivabrasil.com/pirarucu)

As regiões produtoras de pescado salgado são distantes do maior centro consumidor do Pará, a capital Belém, o que dificulta a comercialização do produto além de ficar exposto a umidade e variação do tempo. Este e outros fatores depreciam a qualidade do pescado salgado quanto às características físico-químicas (GUIMARÃES, 1988).

Assim, há necessidade de trabalhos que determinem a qualidade microbiológica do pescado salgado comercializado em Belém-PA, visando dados referentes a real qualidade do produto que chega em nossas mesas, além de visar à indicação de procedimentos que permitam a melhoria do padrão de qualidade desse produto.

2. JUSTIFICATIVA

O Pirarucu tem papel fundamental na pesca na Bacia Amazônica e sua captura ocorre em ambientes naturais, o que durante os últimos anos, vem sofrendo os efeitos negativos da sobrepesca, o que têm contribuído marcantemente na redução desses estoques. O pirarucu é comercializado na Região Amazônica, principalmente na forma de mantas, que podem ser frescas, congeladas e salgadas.

As mantas salgadas são o principal meio de preservação e comercialização do produto, daí a denominação de “bacalhau brasileiro”. Hoje, além da pesca artesanal, existem empresas que criam esse peixe em cativeiro, devido a redução dos estoques naturais.

Entretanto, o processamento para transformá-lo em seco-salgado é realizado de forma empírica, o que prejudica a qualidade do produto, fato agravado pelo inadequado armazenamento e transporte. Por outro lado, quando o pescado é comercializado fresco ou fresco congelado o armazenamento/ conservação é ineficiente e danifica seriamente o pescado.

A relevância da presente proposta é padronizar as características físico-químicas, microbiológicas e sensoriais deste pescado considerando ser esta, uma alternativa para a melhoria sócio-econômica dos pescados artesanais, através da transformação e comercialização de seus derivados. O desenvolvimento de uma atividade tão promissora

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como a produção de derivados de pirarucu com qualidade, poderá agregar valor a estes produtos.

3. OBJETIVOS

Analisar as características microbiológicas do pirarucu (Arapaima gigas), comercializado em Belém-PA (feiras e supermercados), na forma de seco-salgado, e elaboração de produto seco-salgado em laboratório visando determinar vida de prateleira. 3.1. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

-

Avaliar as características microbiológicas do pirarucu seco-salgado comercializado nas feiras e supermercados de Belém-PA;

-

Elaborar o pirarucu seco-salgado em laboratório através da salga (seca, mista e salmoura) e secagem (estufa e secador solar);

-

Analisar os produtos elaborados através de análises microbiológicas periódicas para estabelecer a vida de prateleira dos mesmos.

4. MATERIAIS E MÉTODOS 4.1. Amostras

4.1.1. Primeira fase do projeto

Foram coletadas 13 amostras de pirarucu seco e salgado da região metropolitana de Belém, sendo 7 oriundas de Supermercados e 6 de feiras livres escolhidos aleatoriamente. As amostras foram levadas para o Laboratório de microbiologia DEQAL/CT/UFPa devidamente acondicionadas para realização das análises microbiológicas requeridas pela legislação para este tipo de produto.

4.1.2. Segunda fase do projeto

A segunda etapa da pesquisa constou da realização de salga e secagem do pirarucu in natura com a finalidade de estudar a vida-de-prateleira.

4.2.1 Matéria-prima

Foram utilizados 40 Kg de filés de pirarucu (Arapaima gigas) adquiridos na cidade de Santarém, através de pesca artesanal. Os filés foram transportados, via aérea, em caixa de isopor com gelo para o Laboratório de Engenharia Química e de Alimentos da Universidade Federal do Pará, onde foi realizada uma salga mista.

4.2.2 Metodologia 4.2.2.1 Salga

O processo de salga do produto in natura ocorreu no laboratório, onde os filés de pirarucu inicialmente foram lavados externamente com água potável clorada seguindo da pesagem dos mesmos. Posteriormente, os pescados foram cortados em forma de livro

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aberto e submetidos a outra lavagem para retirada de restos de algum material indesejável como sujidades (pedaços de madeira, resto de vegetais, terra, etc).

Antes da salga foi adicionada a carne do pirarucu in natura diferentes concentrações de tripolifosfato (TPP) a fim de aumentar a capacidade de retenção de água, deixando o produto com uma coloração mais clara, o que conseqüentemente evitaria colorações indesejáveis causadas pela oxidação lipídica da matéria-prima. Foram elaboradas três formulações: 1) sem TPP 2) 0,3% TPP e 3) 0,5% TPP.

A salga realizada apresentava uma porcentagem de sal de 30% com relação ao peso dos filés. O sal foi difundido uniformemente por toda a superfície do peixe e empilhados de tal forma que a água exsudada permaneceu em contato direto com o pescado, até sua completa submersão. O período de cura foi de aproximadamente 5 dias, permanecendo o produto em estocagem no próprio laboratório sob temperatura ambiente. A Figura 1 ilustra as etapas do processamento da salga e secagem do pirarucu em laboratório. FIG.1. Fluxograma do processo de salga e secagem do pirarucu realizada em laboratório.

MATÉRIA PRIMA (pirarucu)

Lavagem (água potável) Limpeza e preparação (forma de livro aberto)

Salga Mista (S/ TPP, 0,3% TPP e 0,5% TPP) Lavagem (água potável) Drenagem Secagem (estufa a 50 °C)

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4.2.2.2 Secagem das Amostras:

As amostras foram submetidas a uma breve lavagem para retirada do excesso de sal e em seguida foi feita a drenagem do excesso de água. Após a drenagem da água com duração média de 30 minutos as amostras foram colocadas na estufa (50°C). Foram retiradas amostras do produto durante a secagem, de duas em duas horas, para analisar a perda de umidade. No final da secagem as amostras foram embaladas em sacos plástico à vácuo e acondicionadas para análises de composição química, rendimento e contagem total de microrganismos para estudar a vida de prateleira

4.2.2.3 Analises Microbiológicas

As determinações microbiológicas foram realizadas de acordo com os padrões exigidos pela legislação vigente (BRASIL, 2001), que são coliformes a 45°C, Estafilococos coagulase positiva e Salmonella sp, e além destas foi feita à contagem de bactérias halófilicas. Todas as análises seguiram metodologia descrita por Vanderzant & Splittstoesser (1992).

-

Preparo das Amostras e suas Diluições

Retirou-se, assepticamente, duas porções representativas de 25g de cada amostra, sendo uma porção homogeneizada com 225ml de peptona tamponada estéril 0,1% e incubada a 35-37°C por 24h para pré-enriquecimento de Salmonella e a outra porção homogeneizada com 225ml de solução salina peptonada a 0,1% , a partir da qual foram realizadas as diluições decimais até 10-3, para realização das demais análises.

4.2.2.3.1 Determinação do Numero mais provavel (NMP) de Coliformes 45°.

Utilizou-se a técnica de tubos múltiplos, com três séries de três tubos em cada diluição (10-1, 10-2 e 10-3). Empregou-se como meio presuntivo o caldo Lauril Sulfato Triptose, com incubação a 35°C durante 48 horas. Após a leitura, os tubos positivos (presença de gás), foram repicados para caldo EC, para realização da prova confimativa, incubando-os a 44,5°C, em banho-maria, por 24 horas. A determinação do NMP de coliformes 45° foi feita com o auxílio da tabela de Hoskíns.

Embalagem (à vácuo)

Estocagem

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4.2.2.3.2 Contagem de estafilococos coagulase positiva

Inoculou-se alíquotas de 0,1ml das diluições 10-1 e 10-2 na superfície de placas contendo Ágar Baird-Parker com gema de ovo e espalhou-se utilizando a alça de Drigalskie. Incubou-se as placas a 35°C por 48 horas e, após este período, buscou-se identificar a presença de colônias características de S.coagulase positiva. Estas foram submetidas aos testes de produção de catalase e coagulase para confirmação. Os resultados são expressos em UFC/g.

4.2.2.3.3 Pesquisa de Salmonella sp

As amostras que sofreram pré-enriquecimento em Peptona tamponada estéril foram inoculadas, transferindo 1ml do cultivo para 10 ml de Caldo Selenito-cistina e 1ml para 10ml de Caldo Tetrationato, sendo incubadas à 37°C por 24 horas. O isolamento das colônias típicas foi realizado repicando-as por meio de semeadura em superfície em ágar SS e BGA, com incubação a 37°C por 24 horas. As colônias típicas foram confirmadas através de testes bioquímicos (TSI, LIA, Caldo Uréia e Citrato) e teste sorológico (soro O e H polivalentes).

4.2.2.3.4 Pesquisa em Bactérias Halófilicas

Transferiu-se 1ml de cada diluição para placas de Petri estéreis, utilizando-se a técnica de semeadura em profundidade, despejando-se o Ágar Plate Count com 2% de NaCl, com incubação a 37°C por 24 horas. Os resultados são expressos em Unidades Formadoras de Colônia (UFC)/g .

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Os resultados evidenciados através dos procedimentos microbiológicos em amostras de pirarucu seco-salgado, encontram-se transcritos na Tabela 1.

Tabela 01: Resultado das análises realizadas em pirarucu seco-salgado, comercializados nos supermercados e feiras livres na cidade de Belém-PA.

Análises Origem Amostras Coliformes 45°C

(NMP/g) Coagulase + (UFC/g) Estafilococos Bacterias Halofilicas (UFC/g) Salmonella sp. (25g)

A 43 < 1x10¹ >3x106 Ausência B 43 < 1x10¹ >3x106 Ausência C < 3 < 1x10¹ 7,9x103 Ausência D < 3 < 1x10¹ 3,2x104 Ausência E < 3 < 1x10¹ 6,8x103 Ausência Fe ir as F < 3 < 1x10¹ >3x106 Ausência

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G < 3 < 1x10¹ >3x106 Ausência H < 3 < 1x10¹ >3x106 Ausência I < 3 < 1x10¹ >3x106 Ausência J 4 < 1x10¹ >3x106 Ausência L < 3 < 1x10¹ >3x106 Ausência M 43 < 1x10¹ >3x106 Ausência Sup er m er ca do s N < 3 < 1x10¹ >3x106 Ausência

Na Tabela 1, os resultados obtidos para o número mais provável de Coliformes à 45°C variam de <3 a 43 NMP/g,respectivamente tanto nas amostras oriundas de feiras como de supermercados. O que constata um baixo índice de contaminação fecal nas amostras.

PALCZAR (1996), cita que o índice de coliformes é utilizado para avaliar as condições higiênicas, sendo que altas contagens significam contaminação pós-processamento, limpeza e sanitização deficientes.

De acordo com os valores de coliformes a 45° encontrados nesta pesquisa, acredita-se que o método de processamento tradicional e uma considerável higiene contribuíram para esses baixos índices.

Para contagem de estafilococos coagulase positiva, obteve-se uma constante de <1x101 UFC/g nos valores encontrados, tanto para feiras como para supermercados, ou seja, o resultado foi bastante satisfatório, visto que o produto não recebe um cuidado adequado por parte dos manipuladores. Segundo REIDEL (1992), os estafilococos são produzidos no pescado por manipulação humana, originando-se principalmente das fossas nasais e pele do homem.

Uma outra fonte de contaminação, segundo HAZELWOOD (1994), por esta bactéria, são manipuladores que espiram ou tossem sobre os alimentos ou que tem cortes, ferimentos ou arranhões na pele.

Com relação a pesquisa de Salmonella sp, todas as amostras de pirarucu seco-salgado comercializadas em supermercados como em feiras, apresentaram como resultado ausência deste microrganismo patogênico, o que é um resultado bastante satisfatório, visto que pode causar enfermidades transmitidas por alimentos. DAMS (1996), porém, avaliando a qualidade bacteriológica de pescadinha encontrou 40% de positividade para Salmonella sp. Também analisando amostra de pescado salgado na cidade de Santa Cruz, México, Campos (1996) não encontrou amostras contaminadas com Salmonella sp.

No que diz respeito a pesquisa feita em relação a bactérias halofílicas, nas 13 amostras de pirarucu seco-salgado exposto à venda em Belém, todas apresentaram contaminação por estes microrganismos. Observou-se o desenvolvimento do vermelhão nos produtos analisados no curto espaço de tempo que as amostras foram mantidas no laboratório, onde se acentuou a alteração nos exemplares que já a exibiam. A este respeito, Stabile et al (1989),consideraram que, muito antes da obtenção final do produto elaborado, a alteração já pode estar sendo desenvolvida.

Certas condições observadas no decorrer de obtenção dos produtos, como temperatura e umidade relativa do ar elevado e ventilação, favorecem o desenvolvimento do vermelhão;

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isto está de acordo com Schneider & Niven Jr (1959), que estudaram estas alterações no pirarucu. Stabile et al (1989), associou também a demora na perda de água por parte da carne, além dos fatores apontados acima, a temperatura e umidade relativa do ar elevadas, observadas em cidades como Belém.

Na atualidade a preocupação relativa à estabilidade microbiológica dos alimentos, tem evidenciado a necessidade de constantes avanços em relação à qualidade de matéria-prima e do meio aquático do qual ela se origina, aditivos e processamento tecnológicos empregados (FILHO, 2002).

-

Os resultados das análises microbiológicas das amostras de pirarucu formuladas em laboratório podem ser evidenciadas a partir da ilustração mostrada na tabela abaixo. Tabela 2 Amostras de pirarucu submetida a salga em laboratório.

Análises Tempo

Amostras

Coliformes 45°C

(NMP/g) Coagulase + (UFC/g) Estafilococos Halofilicas (UFC/g) Bacterias Salmonella sp (25 g)

Lote 1 < 3 < 1x10¹ >3x106 Ausência Lote 2 < 3 < 1x10¹ 1,9x104 Ausência T0 Lote 3 < 3 < 1x10¹ >3x106 Ausência Lote 1 < 3 < 1x10¹ 1,9x103 Ausência Lote 2 < 3 < 1x10¹ 6,8x103 Ausência T1 Lote 3 < 3 < 1x10¹ 2,6x103 Ausência Lote 1 < 3 < 1x10¹ >3x106 Ausência Lote 2 < 3 < 1x10¹ >3x106 Ausência T2 Lote 3 < 3 < 1x10¹ 1,7x104 Ausência Lote 1 < 3 < 1x10¹ >3x106 Ausência Lote 2 < 3 < 1x10¹ >3x106 Ausência T3 Lote 3 < 3 < 1x10¹ >3x106 Ausência Lote 1 < 3 < 1x10¹ >3x106 Ausência Lote 2 < 3 < 1x10¹ >3x106 Ausência T4 Lote 3 < 3 < 1x10¹ >3x106 Ausência Lote 1 < 3 < 1x10¹ >3x106 Ausência Lote 2 < 3 < 1x10¹ >3x106 Ausência T5 Lote 3 < 3 < 1x10¹ >3x106 Ausência Lote 1 < 3 < 1x10¹ >3x106 Ausência Lote 2 < 3 < 1x10¹ >3x106 Ausência T6 Lote 3 < 3 < 1x10¹ >3x106 Ausência

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Os resultados obtidos a partir das análises realizadas, evidenciaram que o produto esta de acordo com os padrões exigidos pela legislação brasileira, apresentando índices de baixa contaminação de origem fecal (<3NMP/g). O mesmo resultado foi constatado para estafilococos coagulase positiva, que apresentaram índices de <1UFC/g) e Salmonella sp que estava ausente em todas as amostras.

Em relação a contagem padrão de bactérias halofílicas, os resultados evidenciaram altos índices com o passar do tempo. O próprio produto de sua degradação que são os pigmentos avermelhados foram aumentando sua intensidade nos últimos meses da pesquisa. Pode ser observado também, que a amostra sem TPP apresentou as mais altas contaminações desde o ínicio das análises.

8. CONCLUSÃO

- Os resultados obtidos no presente trabalho permitem concluir que não ocorreu presença de Salmonella, sp, Estafilococos coagulase positiva e coliformes a 45ºC nos pescados salgados e secos analisados.

- No entanto, ocorreu presença de Bactérias halifílicas em todas as amostras o que indica perda da qualidade devido alterações de odor e diminuição da vida-de-prateleira do produto.

- As amostras sem TPP apresentaram os índices mais altos de contaminação, apesar das amostras com TPP apresentarem comportamento parecido com o passar dos meses.

- O tripolifosfato (TPP) é um produto que pode retardar, porém não eliminar, o aparecimento de manhas vermelhas tão freqüentes em produtos salgados.

9. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

BASTOS, A. et al., IARA Aprenda a conservar seu pescado, IBAMA/GOP GTZ, Santarém, 1998.

BOTELHO, A.T. & NART, E. Pescado salgado no Brasil. FDP/FAO. Série Documento Técnico, nº6, 40p, 1974.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução (RDC) n12 de 02 de janeiro de 2001. Estabeleceu a regulamentação dos padrões microbiológicos para alimentos, 2001. FILHO, E. L. F. Higiene Alimentar. vol. 16, 2002 n°94, pág. 50 a 54

GUIMARÃES, M.C.F., OLIVEIRA, M.L.S.;LIMA,C.L.S;BARBOSA, W.C. Qualidade do pescado salgado, comercializado na cidade de Belém. In: 6ª ENCONTRO DE PROFISSIONAIS DE QUIMICA DA AMAZONIA. Anais. Manaus-AM, 1988; p.167 – 173.

HAZELWOOD, D. Manual de higiene para manipuladores de alimentos. São Paulo; Livraria Varela, 1994. 140p.

LANDGRAF, M. Deterioração microbiana de alimentos. In: Franco, B. D. G; Landgraf f, M. Microbiologia dos Alimentos. São Paulo: Editora Atheneu, 1996. 182 P. cap. 06, p. 93 a-108

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WATANABE, K. Bactéria vermelha do peixe salgado. Brasil Salineiro, Maio: 12 – 13, 1960.

PELCZAR, Michael Joseph. Microbiologia. V.1, p.576, São Paulo, 1996.

REIDEL, GUENTHER. Controle sanitário dos alimentos. São Paulo: Livraria Atheneu, 1992. 320p.

SCHNEIDER, I. S. & Niven Jr, C. F. Estudo da alteração denominada “vermelhão” do charque II. Aspectos metabólicos – ação de agentes físicos e químicos. Arquivo brasileiro de nutrição, vol. 15, n.1, p.43 – 52, janeiro – junho de 1959.

STABILE, M. N. O. Baruffaldi, R., Penha, P. C. V. Vermelhão e fermentação do charque. Revista de microbiologia, São Paulo v. 20, (supl. 1, p.40, 1989)

VANDERZANT, C. & SPLITTSTOESSER, D. F. Compendium of Methods for the microbiological. Examination of food, American Public Health Association, 1992.

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PARECER DO ORIENTADOR: Manifestação do orientador sobre o desenvolvimento das

atividades dos alunos e justificativa do pedido de renovação se for o caso.

O bolsista de Iniciação Científica teve um desempenho considerado EXCELENTE, durante

o desenvolvimento de seu trabalho sob minha orientação, demonstrando responsabilidade e iniciativa no desenvolvimento do seu Plano de Trabalho, cumprindo satisfatoriamente com todas as etapas do cronograma, apesar das dificuldades.

DATA : 29/08/2005

_________________________________________ ASSINATURA DO ORIENTADOR

____________________________________________ ASSINATURA DO ALUNO

INFORMAÇÕES ADICIONAIS: Em caso de aluno concluinte, informar o destino do

mesmo após a graduação. Informar também em caso de alunos que seguem para pós-graduação, o nome do curso e da instituição.

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FICHA DE AVALIAÇÃO DE RELATÓRIO DE BOLSA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA O AVALIADOR DEVE COMENTAR DE FORMA RESUMIDA OS SEGUINTES ASPECTOS DO RELATÓRIO

1. O projeto vem se desenvolvendo segundo a proposta aprovada? Se ocorreram mudanças

significativas, elas foram justificadas?

-

Não houve mudança.

2. A metodologia está de acordo com o Plano de Trabalho

-

Está de acordo.

3. Os resultados obtidos até o presente são relevantes e estão de acordo com os objetivos

propostos

-

Os resultados da pesquisa mostraram-se satisfatórios e de acordo com a proposta do projeto.

4. O plano de atividades originou publicações com a participação do bolsista? Comentar sobre a

qualidade e a quantidade da publicação. Caso não tenha sido gerada nenhuma, os resultados obtidos são recomendados para publicação? Em que tipo de veículo?

-

A divulgação dos resultados do projeto foi feita em eventos científicos e na mídia:

1. XIV ENCONTRO NACIONAL DE ANALISTAS DE ALIMENTOS – GOIÂNIA – JUNHO 2005. Análises Microbiólogicas Da Carne De Pirarucu (Arapaima gigas) Seco/Salgado Comercializado Em Feiras E Supermercados De Belém E Elaboração De Produtos Seco/Salgado Em Laboratório Visando Estabelecer A Vida De Prateleira

2. INFORMATIVO DA UFPA – BEIRA DO RIO – ANO II - Nº 28-FEVEREIRO/MARÇO 2005. “Pirarucu salgado consumido em Belém tem baixa qualidade”.

3. Simpósio Latino-Americano de Ciência de Alimentos (SLACA). “Análises Microbiológicas Da Carne De Pirarucu (Arapaima gigas) Seco/Salgado Comercializado Em Feiras E Supermercados De Belém E Elaboração De Produtos Seco/Salgado Em Laboratório Visando Estabelecer A Vida De Prateleira”.

4. JORNAL O LIBERAL – 30/04/2005. “Pirarucu ameaça a saúde: Carne do pescado vendida em Belém é imprópria para o consumo. É o que revela pesquisa feita pela UFPA”.

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-

O aspecto mais importante a ser comentado é a respeito do emprego de tecnologias adequadas na elaboração de pirarucu salgado/seco o que permite melhoria da qualidade do mesmo

6. Parecer Final:

Aprovado ( )

Aprovado com restrições ( ) (especificar se são mandatórias ou recomendações)

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