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Da Alquimia a Quimica

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Academic year: 2021

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Processo de transformação da

Processo de transformação da

alquimia em química foi mais

alquimia em química foi mais

longo e suave do que se imagina

longo e suave do que se imagina

Calos Haa

Calos Haa

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HISTÓRIA DA CIÊNCIA

HISTÓRIA DA CIÊNCIA

FF

oi preciso muita oi preciso muita coragem para Einstein assumir,coragem para Einstein assumir, em plena idade moderna, que “a ciência sem a em plena idade moderna, que “a ciência sem a religião é coxa e a religião sem a ciência é cega”. religião é coxa e a religião sem a ciência é cega”. Em especial, a primeira parte da citação ainda Em especial, a primeira parte da citação ainda provoca calarios em muitas mentes científcas provoca calarios em muitas mentes científcas que associam de orma ortodoxa ciência à ideia que associam de orma ortodoxa ciência à ideia de progresso: assim, os antigos conheceram pior do que os de progresso: assim, os antigos conheceram pior do que os medievais e estes pior que os modernos, totalmente libertos medievais e estes pior que os modernos, totalmente libertos de qualquer “obscurantismo” religioso. “Em especial, há a de qualquer “obscurantismo” religioso. “Em especial, há a  visão de uma estreita passagem da alquimia para a química,  visão de uma estreita passagem da alquimia para a química, entre meados dos anos 1600 e inais dos anos 1700, cujas entre meados dos anos 1600 e inais dos anos 1700, cujas marcas seriam a publicação de

marcas seriam a publicação de Químico céticoQuímico cético, de Boyle, li-, de Boyle, li- vro que teria iniciado a química moderna em 1661, e o  vro que teria iniciado a química moderna em 1661, e o ‘gran‘gran

fnale’ de Lavoisier em seu

fnale’ de Lavoisier em seu Tratado elementar de químicaTratado elementar de química, em, em 1789”, explica a proessora Ana Alonso-Goldarb, do Centro 1789”, explica a proessora Ana Alonso-Goldarb, do Centro Simão Mathias de Estudos em História da Ciência (Cesima), Simão Mathias de Estudos em História da Ciência (Cesima), da Pontiícia Universidade Católica de São

da Pontiícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).Paulo (PUC-SP). “N

“Não se ão se pode dissociar o pode dissociar o desenvolvimdesenvolvimento da ciência ento da ciência dede aspectos religiosos, assim como o saber alquímico e tradição aspectos religiosos, assim como o saber alquímico e tradição

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Reprodução do Reprodução do livro

livroO museu O museu  hermético:  hermético:  Alquimia &  Alquimia &  Misticismo  Misticismo , de, de Alexander Roob Alexander Roob

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(2)
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Receita do Alkahest

Receita do Alkahest

encontrado por brasileiras

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hermética não oram eliminados pela revolução hermética não oram eliminados pela revolução científca, mas conviveram por longos séculos. científca, mas conviveram por longos séculos. Não se trata de rupturas, mas de permanências Não se trata de rupturas, mas de permanências e transormações lentas de conhecimentos e transormações lentas de conhecimentos an-tigos”, analisa a pesquisadora que, ao lado da tigos”, analisa a pesquisadora que, ao lado da proessora Márcia Ferraz, também do Cesima, proessora Márcia Ferraz, também do Cesima, trouxe à luz uma importante rede de discussões trouxe à luz uma importante rede de discussões sobre os princípios da matéria, que se estendeu sobre os princípios da matéria, que se estendeu até, pelo menos, o século XVIII, no projeto até, pelo menos, o século XVIII, no projeto te-mático

mático Revelando o Revelando os processos s processos naturais atravésnaturais através do laboratório: a busca por

do laboratório: a busca por princípios materiaisprincípios materiais nos três reinos até a especialização das ciências no nos três reinos até a especialização das ciências no setecentos

setecentos, apoiado pela FAPESP, apoiado pela FAPESP. . “Mentes no-“Mentes no-táveis de uma instituição como

táveis de uma instituição como a Royal Society,a Royal Society, apesar de realizarem procedimentos próximos apesar de realizarem procedimentos próximos aos da ciência moderna ainda viam no

aos da ciência moderna ainda viam no laborató- laborató-rio ‘iluminista’ o ‘olhar de Deus’”,

rio ‘iluminista’ o ‘olhar de Deus’”, observa Márcia Ferraz. Foi, aliás, observa Márcia Ferraz. Foi, aliás, mergulhando nos arquivos da mergulhando nos arquivos da so-ciedade britânica que as duas ciedade britânica que as duas estãoestão colocando cada vez mais em colocando cada vez mais em sus-peição a crença de que a alquimia, peição a crença de que a alquimia,  bas

 baseadeada ea em mm mistéistériosrios, n, não ão resresistiistiu àu à passagem para um universo passagem para um universo racio-nal e mecanicista, onde qualquer nal e mecanicista, onde qualquer mistério era inadimissível.

mistério era inadimissível.

“As ideias alquímicas, sob outro “As ideias alquímicas, sob outro nome, ainda intrigaram por muito nome, ainda intrigaram por muito tempo grandes fguras hoje tempo grandes fguras hoje asso-ciadas à ciência moderna. Essa é a ciadas à ciência moderna. Essa é a  beleza dessa história: não há uma  beleza dessa história: não há uma razão única, mas várias ‘razões’ razão única, mas várias ‘razões’ que souberam conviver até o que souberam conviver até o sé-culo XIX”, analisa Ana. Isso será, culo XIX”, analisa Ana. Isso será, aliás, o oco do

aliás, o oco do desdobramedesdobramentonto do temático num novo projeto, do temático num novo projeto, também apoiado pela

também apoiado pela FAPESPFAPESP e iniciado agora, que alcançará e iniciado agora, que alcançará o oitocentos, período em que, o oitocentos, período em que, as pesquisas das proessoras as pesquisas das proessoras confrmaram, se dará o eetivo confrmaram, se dará o eetivo desmembramento das áreas do desmembramento das áreas do saber em direção a um sistema saber em direção a um sistema de organização

de organização moderno. “Amoderno. “Aoo mesmo tempo, e talvez não por mesmo tempo, e talvez não por acaso, a noção de princípio ou acaso, a noção de princípio ou princípios materiais será princípios materiais será supe-rada de muitas ormas, inclusive rada de muitas ormas, inclusive por meio de variações distantes por meio de variações distantes como oram as novas como oram as novas concep-ções de princípios ativos”, ções de princípios ativos”, afr-ma Márcia.

ma Márcia.  Até então

 Até então, duas verten, duas vertentes di-tes di- vidiam o in

 vidiam o interesse teresse dos estuddos estudio- io-sos. Uma das perspectivas sos. Uma das perspectivas con-cebia a organização da matéria cebia a organização da matéria em “princípios reitores”: estes em “princípios reitores”: estes seriam exclusivos ao reino que seriam exclusivos ao reino que constituíam e intranseríveis, constituíam e intranseríveis,       d       d       i       i       v       v       u       u       l       l       g       g       a       a       ç       ç        ã        ã      o      o       /       /       c       c       e       e       s       s       i       i       n       n       a       a

mesmo no laboratório, a outros reinos da

mesmo no laboratório, a outros reinos da nature- nature-za. Um segundo grupo, preconizava a existência za. Um segundo grupo, preconizava a existência de um único princípio que circularia entre os três de um único princípio que circularia entre os três reinos (mineral, vegetal e animal), embora reinos (mineral, vegetal e animal), embora agin-do de orma distinta em cada um deles. Crença do de orma distinta em cada um deles. Crença que datava a tempos aristotélicos, essa ideia se que datava a tempos aristotélicos, essa ideia se undamentava na observação de processos em undamentava na observação de processos em que materiais de reinos distintos,

que materiais de reinos distintos, ao interagirem,ao interagirem, pareciam transerir suas características uns aos pareciam transerir suas características uns aos outros. Entre os adeptos dessa visão estavam outros. Entre os adeptos dessa visão estavam estudiosos notáveis da primeira modernidade estudiosos notáveis da primeira modernidade e suas reverberações continuaram a prevalecer e suas reverberações continuaram a prevalecer século XVIII adentro.

século XVIII adentro.

“Muitas das obras que criaram a ciência “Muitas das obras que criaram a ciência mo-derna estavam num limiar, captando, por um derna estavam num limiar, captando, por um lado, essa lógica totalizante dos saberes de lado, essa lógica totalizante dos saberes de vo-zes do passado e, ao mesmo tempo, zes do passado e, ao mesmo tempo, iniciando um contato com a nova iniciando um contato com a nova cos-mologia e as novas ideias”, diz mologia e as novas ideias”, diz Ana.Ana. Para as próprias pesquisadoras, no Para as próprias pesquisadoras, no início, a descoberta de que homens início, a descoberta de que homens como Boyle e Newton acreditavam como Boyle e Newton acreditavam na possibilidade da “pedra flosoal” na possibilidade da “pedra flosoal” provocou uma sensação incômoda. provocou uma sensação incômoda. Mas, boas adeptas da razão, os Mas, boas adeptas da razão, os acha-dos documentais das

dos documentais das pesquisadorapesquisadorass no acervo da Royal Society izeram no acervo da Royal Society izeram com que elas revissem suas crenças e com que elas revissem suas crenças e passassem a enxergar os antigos passassem a enxergar os antigos mo-delos da nova ciência pelo prisma da delos da nova ciência pelo prisma da época, e não com a visão anacrônica e época, e não com a visão anacrônica e “preconceituosa” dos nossos tempos. “preconceituosa” dos nossos tempos.

 Afnal, como d

 Afnal, como desmentir um docesmentir um docu- u-mento ofcial de uma instituição mento ofcial de uma instituição

ve-Obas que

Obas que

ciaam a

ciaam a

ciêcia moea

ciêcia moea

esaam um

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limia e ozes

limia e ozes

o assao

o assao

e oas ieias

e oas ieias

Reprodução do livro

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tusta que acaba de completar 350 anos de tusta que acaba de completar 350 anos de his-tória, em especial nos escritos de

tória, em especial nos escritos de Henry Olden-Henry Olden- burg, membro de

 burg, membro de uma rede euma rede europeia de uropeia de sábiossábios e secretário da recém-criada sociedade inglesa. e secretário da recém-criada sociedade inglesa. “Para os estudiosos da Royal Society não havia “Para os estudiosos da Royal Society não havia nada mais a se descobrir em seus arquivos, em nada mais a se descobrir em seus arquivos, em especial após a catalogação completa do especial após a catalogação completa do acer- acer- vo eita pelo

 vo eita pelo casal Marie casal Marie e Rupert Hall a pare Rupert Hall a partirtir dos anos 1960”, conta Ana. As brasileiras, dos anos 1960”, conta Ana. As brasileiras, po-rém, descobriram muito material nos

rém, descobriram muito material nos “undos“undos echados” do arquivo, e não oi pouca coisa. O echados” do arquivo, e não oi pouca coisa. O achado mais “espetacular” oi a “receita” do achado mais “espetacular” oi a “receita” do alkahest, suposto “solvente universal” alkahest, suposto “solvente universal” alquími-co que poderia dissolver qualquer substância, co que poderia dissolver qualquer substância, reduzindo-a a seus

reduzindo-a a seus componentes primários. Isso,componentes primários. Isso, nos papéis de homens “iluminados” pela razão nos papéis de homens “iluminados” pela razão

como Oldenburg e Jonathan Goddard, lente da como Oldenburg e Jonathan Goddard, lente da instituição. A descoberta só confrmava que os instituição. A descoberta só confrmava que os “papéis secretos” de Newton, aos poucos “papéis secretos” de Newton, aos poucos re- velados

 velados desde os desde os anos 19anos 1930, e sua 30, e sua relação crelação comom a alquimia, eram a ponta de um

a alquimia, eram a ponta de um iceberg iceberg maiormaior do que o desejável.

do que o desejável.

“Havia uma segunda agenda na pauta dos “Havia uma segunda agenda na pauta dos no- vos cientistas e os documentos mostr

 vos cientistas e os documentos mostram, numaam, numa orma concisa e quase moderna, que em

orma concisa e quase moderna, que em muitosmuitos experimentos havia concepções e processos experimentos havia concepções e processos li-gados a velhos tratados e receituários. Basta ver gados a velhos tratados e receituários. Basta ver as tentativas de refno de ouro com antimônio as tentativas de refno de ouro com antimônio descritos por Goddard à

descritos por Goddard à Royal Society”, lembraRoyal Society”, lembra Márcia. Antes de julgar, porém, é preciso Márcia. Antes de julgar, porém, é preciso co-nhecer a vinculação, na época, das ciências da nhecer a vinculação, na época, das ciências da matéria às ciências médicas, lugar preerencial matéria às ciências médicas, lugar preerencial desse hibridismo entre o antigo e o novo no desse hibridismo entre o antigo e o novo no cam-po de batalha dos

po de batalha dos laboratórios. “Os chamadoslaboratórios. “Os chamados ‘males da pedra’, ‘males da pedra’, a litíase renal, era a litíase renal, era uma das principais uma das principais causas de morte causas de morte até o século XIX. até o século XIX. Nesse contexto, a Nesse contexto, a alquimia se alquimia se insi-nuou como tábua nuou como tábua de salvação, já que de salvação, já que sua suposta sua suposta capa-cidade de ‘abrir’ os cidade de ‘abrir’ os materiais mais materiais mais re-sistentes, para sistentes, para ex- ex-trair sua essência trair sua essência mais pura, poderia mais pura, poderia dissolver as pedras dissolver as pedras do organismo”, do organismo”, ob-serva Ana. serva Ana.

Era preciso Era preciso en-contrar algo com contrar algo com o poder do ácido o poder do ácido sem os seus eeitos sem os seus eeitos colaterais letais colaterais letais pa-ra o corpo humano. ra o corpo humano. “Alkahest e a pedra “Alkahest e a pedra flosoal, combinados, ormariam o remédio flosoal, combinados, ormariam o remédio ide-al: o primeiro suavizaria os eeitos negativos do al: o primeiro suavizaria os eeitos negativos do ácido e a pedra era o complemento ideal, pois ácido e a pedra era o complemento ideal, pois seria potente o bastante para dissolver até um seria potente o bastante para dissolver até um metal resistente como o ouro e, ao mesmo metal resistente como o ouro e, ao mesmo tem-po, inócuo contra o organismo”, explica Márcia. po, inócuo contra o organismo”, explica Márcia. Não se pode, porém, negar que a busca desses Não se pode, porém, negar que a busca desses produtos alquímicos também esteve ligada ao produtos alquímicos também esteve ligada ao desejo de produzir ouro, almejado por plebeus desejo de produzir ouro, almejado por plebeus e monarcas, e a muito “flosofsmo” esotérico, e monarcas, e a muito “flosofsmo” esotérico, em voga na Inglaterra puritana.

em voga na Inglaterra puritana. “Encontramos“Encontramos muitos documentos nos arquivos da Royal muitos documentos nos arquivos da Royal Socie-ty que revelam uma visão milenarista de muitos ty que revelam uma visão milenarista de muitos sábios da época”, diz Ana.

sábios da época”, diz Ana.

Menos vulgar do que o milenarismo Menos vulgar do que o milenarismo medie- val,

 val, os los lentes entes britâbritânicos nicos preconpreconizavam izavam a “ia “im-

m-é eciso

é eciso

cohece a

cohece a

 iculação

 iculação

as ciêcias

as ciêcias

a maia

a maia

às ciêcias

às ciêcias

micas

micas

a oca

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Reprodução do livro

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portação” de judeus dos Países Baixos para a portação” de judeus dos Países Baixos para a Inglaterra, promoven

Inglaterra, promovendo o do o encontro deles comencontro deles com os puritanos, uma mistura que criaria um os puritanos, uma mistura que criaria um “cal-do natural” de onde nasceria o messias capaz do natural” de onde nasceria o messias capaz de iniciar uma nova era de progresso científco, de iniciar uma nova era de progresso científco, educacional e médico, onde todos poderiam se educacional e médico, onde todos poderiam se  benefciar

 benefciar dos avanços dos avanços eitos eitos nos labonos laboratórios.ratórios. “Eles queriam tornar tudo o que era “Eles queriam tornar tudo o que era incompre-ensível, logo ameaçador, em compreincompre-ensível, via ensível, logo ameaçador, em compreensível, via puritanismo, gerando o melhor e mais racional puritanismo, gerando o melhor e mais racional dos mundos”, conta Ana. Longe de delírio, era dos mundos”, conta Ana. Longe de delírio, era um debate que envolveu intensa troca de cartas um debate que envolveu intensa troca de cartas entre membros da Royal Society e

entre membros da Royal Society e fguras comofguras como Espinoza e Leibniz. Einstein, que não

Espinoza e Leibniz. Einstein, que não jogavajogava dados com o universo, tinha lá sua razão. dados com o universo, tinha lá sua razão.

 Ao lado

 Ao lado das pdas pesquisas esquisas híbridas híbridas com a com a alqui- alqui-mia, todos eram segredos guardados a sete mia, todos eram segredos guardados a sete cha- ves. “Muitas vezes, havia

 ves. “Muitas vezes, havia casos de scasos de suborno, es-uborno, es-pionagem e roubo de

pionagem e roubo de ‘re-ceitas’ alquímicas a mando ceitas’ alquímicas a mando de Oldenburg, em nome do de Oldenburg, em nome do progresso científco”, progresso científco”, con-ta a pesquisadora. Essas ta a pesquisadora. Essas re-ceitas, porém, levantavam ceitas, porém, levantavam questões que ajudaram na questões que ajudaram na criação da nova ciência. criação da nova ciência. Af-nal, os papéis secretos nal, os papéis secretos ti-nham ingredientes exóticos nham ingredientes exóticos ou não os descreviam com ou não os descreviam com precisão. Assim, como obter precisão. Assim, como obter o material certo, puro o o material certo, puro o su-fciente, capaz de azer o fciente, capaz de azer o re-ceituário uncionar?

ceituário uncionar? Talvez,Talvez, o malogro de se conseguir o malogro de se conseguir a pedra flosoal, por a pedra flosoal, por exem- exem-plo, se devesse a essas plo, se devesse a essas im-precisões. “Era a busca da precisões. “Era a busca da transmutação, mas dentro transmutação, mas dentro de procedimentos que de procedimentos que se-riam a pedra undamental riam a pedra undamental da ciência moderna. O da ciência moderna. O

labo-ratório se transorma no lugar

ratório se transorma no lugar da ‘prova’. Antesda ‘prova’. Antes usado para criar produtos, agora, entre os séculos usado para criar produtos, agora, entre os séculos XVII e XVIII, ele passa

XVII e XVIII, ele passa a servir como centro dea servir como centro de padronização de experimentos”, observa Ana. padronização de experimentos”, observa Ana.

 A 

 A 

partir de questões alquímicas, iniciou-separtir de questões alquímicas, iniciou-se a discussão sobre a necessidade de uma a discussão sobre a necessidade de uma ciência universal, em cujo

ciência universal, em cujo centro estavacentro estava a preocupação com a capacidade de

a preocupação com a capacidade de reproduzirreproduzir um dado experimento, em se estabelecerem um dado experimento, em se estabelecerem pa-râmetros científcos, um meio do caminho entre râmetros científcos, um meio do caminho entre aspectos místicos e ciência. “O aspectos místicos e ciência. “O desenvolvimen-to gradativo da imprensa, que permitiu a maior to gradativo da imprensa, que permitiu a maior circulação de inormações, e as trocas entre os circulação de inormações, e as trocas entre os que haviam, tradicionalmente, guardado que haviam, tradicionalmente, guardado inor-mações sigilosas, extraídas da antiga literatura mações sigilosas, extraídas da antiga literatura e portadoras de seus vestígios, oi um ator de e portadoras de seus vestígios, oi um ator de peso para o nascimento da nova ciência peso para o nascimento da nova ciência quími-ca”, analisa Ana. “Em troca ca”, analisa Ana. “Em troca das buscas obsessivas por das buscas obsessivas por materiais lendários, o materiais lendários, o labo-ratório acabou garantindo ratório acabou garantindo marcadores excelentes marcadores excelentes pa-ra os progressos de análise ra os progressos de análise e síntese. Acima de tudo, e síntese. Acima de tudo, pensava-se garantir através pensava-se garantir através deles uma expressão deles uma expressão mate-rial e visível para o rial e visível para o estu-do estu-dos princípios ou bases do dos princípios ou bases elementares que, de outra elementares que, de outra orma, pareciam orma, pareciam inatin-gíveis”, completa Márcia. gíveis”, completa Márcia. Foram necessários mais Foram necessários mais de dois séculos para que o de dois séculos para que o  velh

 velho labo laboratóoratório drio do alqo alqui- ui-mista se transormasse no mista se transormasse no do químico, com seus do químico, com seus pa-drões modernos. Tempos drões modernos. Tempos em que a ciência tentava em que a ciência tentava não mancar e parte da não mancar e parte da re-ligião queria enxergar. ligião queria enxergar.nn

Foam

Foam

ecessáios

ecessáios

ois sculos

ois sculos

aa que o elho

aa que o elho

laboaóio o

laboaóio o

alquimisa se

alquimisa se

asfomasse

asfomasse

o laboaóio

o laboaóio

o qumico

o qumico

O prOjEtO O prOjEtO Revelando os processos Revelando os processos naturais através do naturais através do laboratório: a busca por laboratório: a busca por princípios materiais nos três princípios materiais nos três reinos até a especialização reinos até a especialização das ciências no setecentos – das ciências no setecentos – nº 2005/56638-7 nº 2005/56638-7 (2006-2011) (2006-2011) modalidade modalidade

Auxílio Pesquisa – Projeto Auxílio Pesquisa – Projeto Temático

Temático

coordenadoras coordenadoras

Ana Maria Alfonso – Goldfarb Ana Maria Alfonso – Goldfarb Márcia Ferraz Márcia Ferraz Cesima – PUC- SP Cesima – PUC- SP investimento investimento R$ 659.361,18 R$ 659.361,18  Art

 ArtIgOS IgOS CIEnCIEntíFtíFICOSICOS

1.

1.ALFONSO-GOLDFARB, A. M.ALFONSO-GOLDFARB, A. M. et al 

et al . Gur, Ghur, Guhr or Bur?. Gur, Ghur, Guhr or Bur?

The quest for a metalliferous The quest for a metalliferous

prime matter in early prime matter in early modern times. modern times.BhBh  Ju f h Hy f   Ju f h Hy f  s s. v. 44, p. 1-15, 2011.. v. 44, p. 1-15, 2011. 2. ALFONSO-GOLDFARB, A. M. 2. ALFONSO-GOLDFARB, A. M. et al 

et al . Chemical Remedies in. Chemical Remedies in the 18th Century: Mercury the 18th Century: Mercury and Alkahest.

and Alkahest.cubcub.. v. 7, p. 19-30, 2010.

v. 7, p. 19-30, 2010. 3.

3.ALFONSO-GOLDFARB, A. M.ALFONSO-GOLDFARB, A. M. et al 

et al . Lost Royal Society. Lost Royal Society documents on ' documents on ' lkahest' (universal lkahest' (universal solvent) rediscovered. solvent) rediscovered.nn  r f h ry  r f h ry sy f l sy f l. p. 1-23,. p. 1-23, 2010. 2010. dE nOSSO ArQUIvO dE nOSSO ArQUIvO A agenda secreta  A agenda secreta  da química  da química  Edição nº 154 – Edição nº 154 – dezembro de 2008 dezembro de 2008 Documentos que  Documentos que  valem ouro  valem ouro  Edição nº 182 – Edição nº 182 – abril de 2011 abril de 2011 O ouro da sabedoria  O ouro da sabedoria  Edição nº 177 – Edição nº 177 – novembro de 2010 novembro de 2010 Reproduções do livro

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