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PLANOS DE PROMOÇÃO DO DESEMPENHO AMBIENTAL SECTOR ELÉCTRICO RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DAS CANDIDATURAS

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PLANOS DE PROMOÇÃO DO DESEMPENHO AMBIENTAL – SECTOR ELÉCTRICO

2009 – 2011

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DAS CANDIDATURAS

(2)

Este documento está preparado para impressão em frente e verso

Rua Dom Cristóvão da Gama n.º 1-3.º 1400-113 Lisboa

Tel.: 21 303 32 00 Fax: 21 303 32 01 e-mail: erse@erse.pt

(3)

ÍNDICE

1 INTRODUÇÃO ... 1

2 ENQUADRAMENTO SOBRE OS PPDA ... 3

2.1 PPDA – instrumento de regulação para promover o desempenho ambiental das empresas reguladas ... 3

2.2 Historial dos PPDA ... 4

2.3 As regras em vigor ... 4

2.3.1 Principais momentos do funcionamento dos PPDA... 4

2.3.2 Entidades abrangidas ... 5

2.3.3 Montante máximo e montantes dedicados ... 6

2.3.4 Conteúdo dos PPDA ... 6

2.3.5 Tipos de medidas aceites nos PPDA ... 7

2.3.6 Selecção de medidas ... 7

2.3.6.1 Processo ... 7

2.3.6.2 Critérios ... 9

2.3.7 Painel de Avaliação ...11

2.3.7.1 Necessidade ... 11

2.3.7.2 Composição do Painel de Avaliação dos PPDA para o período 2009 - 2011 ... 12

2.3.7.3 Funções ... 13

3 ANÁLISE DAS MEDIDAS CONCORRENTES ... 15

3.1 Caracterização das medidas ... 15

3.2 Metodologia de avaliação ... 18

3.3 Classificação e ordenação das medidas ... 20

3.3.1 Elegibilidade das medidas ...20

3.3.2 Classificação das medidas ...22

3.3.3 Medidas seleccionadas pela ERSE ...25

3.3.4 Medidas a executar no período 2009 - 2011 ...27

4 CONDIÇÕES A RESPEITAR DURANTE A EXECUÇÃO DAS MEDIDAS ... 31

5 ANÁLISE DO PARECER DO PAINEL DE AVALIAÇÃO ... 33

6 CONCLUSÕES E PRÓXIMOS PASSOS ... 37

ANEXO I – ESCALA DE AVALIAÇÃO E FICHAS DE CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DAS MEDIDAS

(4)

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 3-1 – Peso de cada PPDA no montante total de candidaturas ...15

Figura 3-2 – Distribuição do orçamento por tipo de medida ...17

Figura 3-3 – Distribuição do orçamento pelos anos do período de regulação ...18

Figura 3-4 – Metodologia de avaliação das candidaturas aos PPDA ...19

ÍNDICE DE QUADROS Quadro 3-1 – Medidas e montantes das candidaturas apresentadas ...15

Quadro 3-2 – Pontuação atribuída ao critério “Descritor” ...20

Quadro 3-3 – Classificação final das medidas ...23

Quadro 3-4 – Classificação final das medidas (ordenada por ordem decrescente) ...24

Quadro 3-5 – Ordenação das medidas e orçamentos aprovados para efeitos tarifários ...26

Quadro 3-6 – Medidas a executar no período 2009 - 2011 ...29

(5)

1 INTRODUÇÃO

Ao abrigo dos artigos 8.º, 30.º e 31.º do Despacho da ERSE n.º 22282/2008 que aprovou as regras aplicáveis aos Planos de Promoção do Desempenho Ambiental (PPDA) no sector eléctrico, a EDA, a EEM, a EDP Distribuição e a REN apresentaram à ERSE as suas propostas de PPDA.

De acordo com as regras que regem os PPDA, cabe à ERSE escolher as melhores medidas candidatas, cumprindo o montante máximo aprovado e os montantes dedicados atribuídos a cada empresa. Na ordenação das medidas, a ERSE deve ter em consideração o parecer do Painel de Avaliação, conforme dispõe o artigo 10.º do referido despacho.

O montante máximo para o conjunto dos quatro PPDA é 30 390 000 euros para o período de regulação 2009-2011. Os montantes dedicados aprovados pela ERSE são os seguintes: EDA – 184 362,81 euros; EEM – 247 262,20 euros; EDP Distribuição – 3 846 589,96 euros; REN – 2 049 042,77 euros.

Este relatório tem como objectivo justificar publicamente a decisão da ERSE sobre as medidas candidatas, divulgando assim os PPDA aprovados para o período de regulação 2009 - 2011.

O presente relatório, após esta breve introdução, encontra-se estruturado do seguinte modo:

Enquadramento sobre os PPDA – capítulo 2 que efectua um breve enquadramento sobre os PPDA, facilitando a leitura do relatório a leitores menos familiarizados com este instrumento de regulação;

Análise das medidas concorrentes – capítulo 3 onde é feita a caracterização das medidas candidatas, descrita a metodologia de avaliação seguida e efectuada a classificação e ordenação das medidas;

Condições para a execução das medidas – capítulo 4 que define as condições a observar pelas empresas na execução das medidas aprovadas pela ERSE;

Análise do parecer do Painel de Avaliação – capítulo 5; Conclusões – capítulo 6.

(6)
(7)

2 ENQUADRAMENTO SOBRE OS PPDA

2.1

PPDA

– INSTRUMENTO DE REGULAÇÃO PARA PROMOVER O DESEMPENHO AMBIENTAL

DAS EMPRESAS REGULADAS

Os PPDA são instrumentos de regulação previstos nos Regulamentos Tarifários dos sectores eléctrico e do gás natural destinados a promover a melhoria do desempenho ambiental das empresas reguladas que actuam nestes sectores.

A existência deste tipo de incentivos pretende assegurar que a regulação económica a que as empresas estão sujeitas não tenha efeitos perversos no seu desempenho ambiental. Esta preocupação assume maior preponderância em empresas sujeitas a uma regulação por preço máximo, que cria incentivos acrescidos à melhoria de eficiência das empresas dado que lhes permite apropriarem-se dos ganhos de eficiência que obtiverem.

Como resultado do incentivo à eficiência, a empresa poderia ter tendência a reduzir investimentos na melhoria das redes ou em custos de manutenção com consequências ao nível da qualidade de serviço ou do desempenho ambiental. Para minimizar ou evitar este tipo de comportamentos são adoptados mecanismos regulatórios complementares, sendo disso exemplo o Regulamento da Qualidade de Serviço e os PPDA.

Mesmo em actividades reguladas por taxa de rendibilidade, os PPDA têm a vantagem de permitir à empresa uma apreciação prévia sobre os custos a incorrer na protecção ambiental, perspectivando assim a sua futura aceitação para efeitos de tarifas. Note-se que não existindo balizas pré-definidas para o exercício da responsabilidade social das empresas, os limites para o regulador podem não ser os mesmos da empresa, sendo assim desejável que exista um entendimento a este nível a priori, caso contrário a empresa poderá tender a não “correr o risco”, em especial porque opera em regime de monopólio.

Os PPDA podem também funcionar como ferramentas de comunicação, ajudando a organizar e destacar as actividades de determinada empresa na melhoria do seu desempenho ambiental. Esta comunicação pode ser interna ou externa à própria empresa. Em empresas que já disponham de um sistema de gestão ambiental existem normalmente outras ferramentas de comunicação, nomeadamente o relatório de ambiente ou de sustentabilidade, podendo o PPDA constituir um instrumento de comunicação complementar.

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PLANO DE PROMOÇÃO DO DESEMPENHO AMBIENTAL -SECTOR ELÉCTRICO –2009-2011 Relatório de avaliação das candidaturas

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Minimizar os efeitos que podem ser induzidos por certos tipos de regulação económica para que, em simultâneo com a redução de custos, se incentivem as empresas a adoptar medidas que melhorem o seu desempenho ambiental;

Permitir um entendimento, a priori, entre a empresa e o regulador sobre o exercício da responsabilidade social da empresa em matéria de ambiente;

Auxiliar as empresas na comunicação ambiental.

2.2

H

ISTORIAL DOS

PPDA

Os PPDA começaram a ser aplicados em 2002 no sector eléctrico em Portugal continental. Em 2006, a sua aplicação foi estendida às empresas do sector eléctrico na Região Autónoma dos Açores (RAA) e na Região Autónoma da Madeira (RAM). Em 2008, este instrumento de regulação iniciou também a sua aplicação no sector do gás natural.

Apesar de globalmente se considerar que os resultados com os PPDA no sector eléctrico têm sido positivos, a ERSE aprovou recentemente novas regras para os PPDA no sector eléctrico1, tentando melhorar diversos aspectos do seu funcionamento, designadamente no que se refere à selecção das medidas e ao planeamento e controlo da sua execução. Uma análise detalhada sobre o balanço de cinco anos de aplicação pode ser encontrada no documento “Planos de Promoção do Desempenho Ambiental no Sector eléctrico – Experiência de cinco anos (2002 – 2006) ”2

.

2.3

A

S REGRAS EM VIGOR

De seguida apresenta-se uma síntese dos aspectos fundamentais das regras em vigor aplicáveis ao PPDA3, focando-se especialmente os temas mais importantes relativos à selecção das medidas.

2.3.1

PRINCIPAIS MOMENTOS DO FUNCIONAMENTO DOS PPDA

As regras em vigor prevêem os seguintes momentos principais no funcionamento dos PPDA:

Aprovação pela ERSE do montante máximo, montantes dedicados para cada empresa e valor máximo dos custos de gestão dos PPDA, até ao dia 1 de Março do ano que antecede o início do período de regulação;

1

Despacho da ERSE n.º 22282/2008, de 28 de Agosto.

2

Disponível em www.erse.pt.

3 Mais informação pode ser obtida em “Planos de Promoção do Desempenho Ambiental - Sector Eléctrico - Novas

(9)

Apresentação dos PPDA à ERSE, até 15 de Junho do ano que antecede o início do período de regulação;

Aprovação pela ERSE dos PPDA;

Apresentação à ERSE dos relatórios de execução anual e dos relatórios intercalares relativos ao primeiro semestre, até ao dia 2 de Maio do ano seguinte ou até ao dia 15 de Setembro, respectivamente.

Transitoriamente, em 2008, primeiro ano de aplicação das novas regras, vigoraram os seguintes prazos: Aprovação pela ERSE do montante máximo, dos montantes dedicados e do valor máximo dos custos de gestão dos PPDA: 1 de Setembro de 2008;

Apresentação dos PPDA pelas empresas à ERSE, para aprovação: 31 de Outubro de 2008.

2.3.2

ENTIDADES ABRANGIDAS

As entidades que podem apresentar PPDA são as seguintes:

Operador da rede de transporte em Portugal continental - REN – Rede Eléctrica Nacional;

Operadores das redes de distribuição em Portugal continental, com excepção dos operadores de rede exclusivamente em BT - EDP Distribuição;

Concessionária do transporte e distribuição na RAA - EDA – Electricidade dos Açores;

Concessionária do transporte e distribuidor vinculado da RAM - EEM – Empresa de Electricidade da Madeira.

Tendo em consideração a troca de conhecimentos e as sinergias obtidas em programas onde foram realizadas parcerias com outras entidades, tais como os programas relativos à avifauna, a ERSE considera adequado e desejável que as empresas atrás referidas promovam parcerias com outras entidades, designadamente organizações não governamentais de ambiente, associações de consumidores, universidades e empresas. As parcerias, conforme se analisará adiante, são valorizadas no âmbito da avaliação das medidas.

Importa deixar claro que em caso de parceria com outras entidades, a responsabilidade pela execução e cumprimento das regras aplicáveis aos PPDA continua a ser das empresas reguladas anteriormente referidas.

Existindo projectos transversais do interesse de várias empresas reguladas, considera-se que podem existir vantagens, designadamente de escala, em serem apresentados de forma conjunta por várias empresas.

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2.3.3

MONTANTE MÁXIMO E MONTANTES DEDICADOS

O montante máximo de custos elegíveis com os PPDA para efeitos tarifários é estabelecido, para cada período de regulação, para o conjunto das quatro empresas anteriormente referidas. Desta forma, pretende-se que as empresas concorram entre si pelo montante global disponível, não havendo um montante máximo disponível por empresa, como acontecia antes da aprovação destas novas regras. Os montantes serão atribuídos às medidas que melhor cumpram os critérios de selecção definidos pela ERSE, independentemente da empresa a que se referem, ou seja, considera-se que estão criadas condições para aprovar as melhores medidas.

No sentido de promover uma transição equilibrada para as novas regras agora em vigor, estabeleceu-se um montante dedicado para cada uma das empresas, em cada período de regulação. Os montantes dedicados correspondem a 30% ou a 40% da média dos custos dos PPDA aceites para efeitos tarifários, nos últimos 3 anos para os quais existe informação, em Portugal continental e nas Regiões Autónomas, respectivamente.

2.3.4

CONTEÚDO DOS PPDA

O PPDA é o documento de apresentação das medidas sujeitas a selecção, pelo que no seu conteúdo deve constar toda a informação que permita a avaliação das medidas propostas.

Os PPDA devem conter:

Descrição clara e rigorosa das medidas a executar durante o período de regulação a que se referem. A descrição das medidas deve incluir o objectivo das mesmas e a identificação e descrição pormenorizada das acções a desenvolver;

Estimativas discriminadas e justificadas dos custos totais e a considerar para efeitos tarifários; Identificação dos benefícios ambientais associados a cada medida proposta;

Indicadores de realização – indicadores que permitam medir o grau de cumprimento dos objectivos das medidas. Estes indicadores devem procurar quantificar a concretização dos benefícios ambientais esperados, de forma a permitir posteriormente a comparação e o acompanhamento da evolução da aplicação das medidas. O PPDA deve identificar, para cada medida, os indicadores propostos e explicar a forma como serão calculados;

Indicadores de eficiência – indicadores que permitam medir o custo verificado para atingir o objectivo proposto para uma determinada medida, permitindo análises do tipo custo-eficácia. O PPDA deve identificar os indicadores e apresentar o respectivo método de cálculo.

Dada a dificuldade reconhecida em encontrar indicadores para alguns tipos de medidas, nomeadamente medidas de carácter mais intangível, permite-se que as medidas possam não ser acompanhadas de

(11)

indicadores. No entanto, a existência dos mesmos é um factor de valorização na análise e selecção das medidas.

2.3.5

TIPOS DE MEDIDAS ACEITES NOS PPDA

São elegíveis as medidas que melhorem, de modo directo, o desempenho ambiental das empresas, incluindo-se aqui algumas medidas de organização e informação (como por exemplo sistemas de gestão ambiental) que, numa primeira aproximação, não teriam esse papel, mas na realidade organizam e obrigam a medir a realidade ambiental colocando-a sob o escrutínio de todos os interessados, designadamente os consumidores. Estes sistemas facilitam também o envolvimento dos colaboradores e podem ter um efeito de “contágio positivo” sobre os fornecedores e prestadores de serviços. Acresce que os sistemas de gestão ambiental certificados pela Norma ISO 14001, uma vez implantados, obrigam a acções permanentes de melhoria contínua. São também elegíveis medidas que compensem os impactes ambientais negativos resultantes da actividade da empresa ou potenciem impactes ambientais positivos.

São somente elegíveis medidas voluntárias, isto é, medidas que as empresas não sejam obrigadas a executar por lei. De notar que não se consideram voluntárias as acções que decorram de declarações de impacte ambiental, de instrumentos de gestão territorial eficazes ou decisões relativas a estudos de incidências ambientais ao abrigo do Decreto-Lei n.º 140/99, de 24 de Abril, com as alterações decorrentes do Decreto-Lei n.º 49/2005, de 24 de Fevereiro.

Podem surgir medidas que cumpram os critérios de elegibilidade mas que ultrapassem o âmbito dos PPDA. Nestes casos, a ERSE pode optar por uma aprovação condicionada à aceitação parcial dos custos totais, tendo como referência máxima o orçamento apresentado à ERSE. Para estas medidas, considera-se que os consumidores de energia eléctrica só devem suportar a parte dos custos atribuíveis à melhoria do desempenho ambiental das empresas reguladas.

2.3.6

SELECÇÃO DE MEDIDAS

2.3.6.1 PROCESSO

Tal como referido anteriormente, as regras dos PPDA prevêem que a ERSE defina, para cada período de regulação, um montante máximo global e montantes dedicados para cada uma das empresas reguladas.

As medidas que não contribuam para a melhoria directa do desempenho ambiental ou não sejam voluntárias serão excluídas.

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Todas as restantes medidas apresentadas serão avaliadas com base em critérios pré-definidos, sendo ordenadas por ordem decrescente de pontuação obtida. Os critérios utilizados para ordenar as medidas são apresentados no ponto seguinte.

ORDENAÇÃO POR MÉRITO E CUMPRIMENTO DA RESTRIÇÃO DOS MONTANTES DEDICADOS

Efectuada a ordenação das medidas, são seleccionadas as que obtenham maior pontuação até ser atingido o montante máximo4. No caso desta selecção não assegurar os montantes dedicados às empresas, é feita uma nova iteração em que a(s) última(s) medida(s) seleccionada(s) é(são) desalojada(s) para dar espaço à(s) medida(s) melhor classificada(s) da(s) empresa(s) que ainda não viu(viram) o seu montante dedicado preenchido.

De acordo com as regras, a ERSE é auxiliada nesta selecção pelo Painel de Avaliação, cujas funções e constituição são apresentados no ponto 2.3.7.

INDIVISIBILIDADES NO PROCESSO DE SELECÇÃO DAS MEDIDAS

Terminado o processo anteriormente descrito, é possível que se verifiquem problemas de indivisibilidades durante o processo de selecção das medidas, ou seja, a última medida a ser seleccionada tenha um orçamento que leva o montante total a exceder o montante máximo.

Nestas situações, são seguidos os seguintes passos, pela ordem indicada:

Verificar se a indivisibilidade é resolvida aumentando o montante máximo em 5%;

Caso a indivisibilidade não seja resolvida, a ERSE contactará a empresa proponente da última medida seleccionada no sentido de averiguar a possibilidade da medida ser adaptada (redimensionada) de modo a cumprir o montante máximo, sem considerar o aumento de 5%; Caso tal adaptação não seja aceite pela empresa proponente, a medida será excluída. Em sua substituição será seleccionada a medida seguinte.

Este processo será repetido um máximo de três vezes. Caso as empresas não aceitem adaptar as medidas, caberá à ERSE decidir o modo de resolver a indivisibilidade. Um processo possível poderá ser não considerar a última medida, ficando a soma dos orçamentos das medidas seleccionadas abaixo do montante máximo.

4

Dito de modo mais rigoroso, a última medida a ser seleccionada é aquela que garante que (dentro da ordenação de mérito efectuada) a soma dos orçamentos das medidas seleccionadas (incluindo a última) não excede o montante máximo. Verificando-se que esta soma não iguala o montante máximo (situação que provavelmente ocorrerá quase sempre), será escolhida mais uma medida (a seguinte na ordem de mérito), gerando-se um problema de indivisibilidade que será resolvido com o procedimento que se detalhará adiante.

(13)

De notar que os problemas de indivisibilidades devem ser resolvidos após a resolução da restrição dos montantes dedicados.

2.3.6.2 CRITÉRIOS

Apresentam-se seguidamente os critérios, e os pesos correspondentes, a utilizar para a ordenação das medidas que integram os PPDA.

IMPORTÂNCIA DO DESCRITOR (A)

Este critério pretende valorizar a importância atribuída ao descritor ambiental sobre o qual a medida em avaliação actua.

Com o apoio do Painel de Avaliação, é atribuída uma ponderação aos descritores ambientais considerados nas medidas apresentadas. Esta tarefa não é isenta de dificuldade, uma vez que não é fácil decidir se, por exemplo, se deve investir na protecção da avifauna, na integração paisagística ou no estudo dos efeitos dos campos electromagnéticos sobre a saúde e ecossistemas.

Este critério tem um peso de 13 pontos.

JUSTIFICAÇÃO DA MEDIDA PROPOSTA (B)

Este critério pretende valorizar o grau de justificação da medida proposta, designadamente no que respeita aos seguintes factores:

Objectivos a atingir com a medida;

Identificação e descrição das acções a desenvolver; Justificação da estimativa de custos apresentada;

Métodos de controlo dos custos previstos pela empresa que candidata a medida; Descrição dos benefícios ambientais expectáveis;

Indicadores de realização; Indicadores de eficiência.

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ULTRAPASSAGEM DE BARREIRAS (C)

Existem intervenções de carácter ambiental que as empresas realizarão mesmo sem o apoio do PPDA, designadamente porque se encontram sujeitas a um forte escrutínio das populações e porque a imagem de “empresa amiga do ambiente” é já hoje valorizada nos mercados financeiros.

Deste modo, a ERSE pretende que os PPDA incentivem medidas que as empresas não seriam levadas a executar sem o incentivo do PPDA, funcionando o PPDA como “uma vara que auxilie o salto de uma barreira”.

São valorizadas as medidas que demonstrem que os benefícios ambientais perdurarão no tempo, uma vez ultrapassada a barreira.

A recuperação de passivos ambientais deve ser também valorizada, nomeadamente porque nas intervenções actuais é expectável que a empresa adopte, de modo voluntário e sem o apoio do PPDA, uma postura “mais amiga do ambiente”.

O peso deste critério é de 15 pontos.

ESTUDOS CIENTÍFICOS QUE JUSTIFIQUEM AS MEDIDAS (D)

Um dos objectivos que se pretende atingir com a selecção de medidas é procurar as intervenções que maximizem os benefícios ambientais. Por exemplo, uma determinada intervenção paisagística pode ter méritos ambientais, mas pode sempre questionar-se se não haveria outra instalação a intervencionar onde, com o mesmo investimento, fosse possível obter benefícios ambientais superiores.

Deste modo, este critério valoriza a existência de estudos idóneos que suportem as intervenções propostas, designadamente a justificação da medida e a escolha das instalações a intervencionar. Foi atribuído um peso de 15 pontos a este critério.

ENVOLVIMENTO DE AGENTES EXTERNOS AO SECTOR, TROCA DE CONHECIMENTOS E EFEITO MULTIPLICADOR (E)

A experiência de aplicação dos PPDA demonstrou que as parcerias com entidades exteriores ao sector eléctrico contribuíram para dinamizar a execução das próprias medidas e para promover uma saudável troca de conhecimentos entre os diversos agentes, fomentando o aproximar de posições e a busca de soluções partilhadas para os problemas. Os conhecimentos adquiridos com esta troca de experiências perduram para além do horizonte de execução do PPDA.

Tendo por base esta experiência positiva, este critério pretende aferir de que modo a medida proposta prevê o envolvimento de agentes externos ao sector (ex. organizações não governamentais de ambiente

(15)

- ONGA, associações de consumidores, empresas de consultoria, universidades, etc.) e a partilha de experiências e conhecimentos.

O peso para este critério é de 15 pontos.

PROBABILIDADE DE EXECUÇÃO (F)

Quando se selecciona uma medida podemos estar a preterir outras. Deste modo, se uma determinada medida escolhida não for executada existe um montante financeiro que não será aproveitado. Assim, importa avaliar o risco de execução das medidas. Por exemplo, uma medida com custos fixos muito elevados apresenta um risco superior, uma vez que o risco de “tudo ou nada” é mais elevado, por não ser possível escalar a medida. Uma medida que seja apresentada por uma empresa com um bom histórico de execução de medidas semelhantes apresenta um risco de execução mais baixo.

O peso deste critério é de 14 pontos.

CARÁCTER INOVADOR DAS MEDIDAS (G)

Este critério funciona como incentivo a que as empresas apresentem medidas inovadoras quando comparadas com as já realizadas no passado.

A inovação não obriga a que sejam adoptadas medidas sobre descritores distintos, podendo ser sobre descritores já trabalhados no passado, mas de forma diferente.

O peso deste critério é de 10 pontos.

2.3.7

PAINEL DE AVALIAÇÃO

2.3.7.1 NECESSIDADE

A valorização económica de benefícios ambientais é uma tarefa complexa, em especial quando se pretende comparar projectos com descritores distintos, como sucede nos PPDA, em que existem intervenções em domínios tão distintos como por exemplo a avifauna, o enquadramento paisagístico ou a gestão ambiental. Aliás, é fácil de compreender que se a avaliação de impactes ambientais é, já por si, uma tarefa complexa, a sua valorização económica ganha um grau de dificuldade acrescido. Em Santos (2001)5 conclui-se que as estimativas económicas obtidas com os métodos utilizados para valorização

5 “Estudo sobre sector eléctrico e ambiente, 2.º relatório, Avaliação económica dos impactes ambientais do sector

eléctrico”, Rui Santos, Sandra Martinho e Paula Antunes, Centro de Economia Ecológica e Gestão do Ambiente, Departamento de Ciências e Engenharia do Ambiente da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade

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PLANO DE PROMOÇÃO DO DESEMPENHO AMBIENTAL -SECTOR ELÉCTRICO –2009-2011 Relatório de avaliação das candidaturas

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económica de impactes ambientais não devem ainda ser interpretadas como resultados rigorosos, mas antes como valores indicativos.

Dada a dificuldade apontada, não têm sido efectuadas análises do tipo custo-benefício que garantam a eficiência económica das medidas adoptadas, ou seja, não é possível afirmar que, com os montantes gastos, fossem estas as medidas que obtivessem melhores benefícios ambientais com menores custos. Em alternativa, têm sido adoptadas análises do tipo custo-eficácia destinadas a quantificar o custo de atingir determinado objectivo e a reunir informação que facilite análises futuras.

Dadas as dificuldades acima referidas, e no sentido de aumentar o grau de exigência da qualidade dos PPDA, as novas regras estipulam a constituição de um Painel de Avaliação cujo objectivo é apoiar a ERSE na tomada de decisões que respeitem aos PPDA. Procura-se, com a criação deste Painel, dotar a ERSE de condições mais favoráveis para a tomada de decisões informadas e justas.

2.3.7.2 COMPOSIÇÃO DO PAINEL DE AVALIAÇÃO DOS PPDA PARA O PERÍODO 2009- 2011

O Despacho da ERSE n.º 22282/2008 prevê a constituição de um Painel de Avaliação para apoiar a ERSE nos processos de tomada de decisão sobre os PPDA das empresas candidatas.

O Painel de Avaliação inclui representantes explícitos dos três principais grupos de interesses que são abrangidos pelos PPDA (empresas, associações de consumidores e ONGA), de forma a tornar claro o processo de decisão e a poder ter sempre presentes os pontos de vista relevantes na tomada de decisões sobre os PPDA.

A escolha dos representantes de cada um dos grupos é responsabilidade das diversas entidades envolvidas, tendo a ERSE dinamizado o processo.

Adicionalmente, fazem também parte do Painel duas personalidades de reconhecido mérito científico na área ambiental, sendo uma designada pela ERSE e outra pelos restantes três elementos do painel.

Deste modo, e nos termos do artigo 23.º do referido Despacho, o Painel de Avaliação para o período de regulação 2009 – 2011 é constituído pelos seguintes membros:

Prof.ª Doutora Paula Antunes, em representação das empresas reguladas do sector eléctrico; Eng.ª Zélia Vitorino, em representação das organizações não governamentais de ambiente de âmbito nacional;

Nova de Lisboa, Lisboa, 2001. Este trabalho, desenvolvido para a ERSE e incluído num trabalho mais vasto, apresenta e discute diversos resultados alcançados em estudos sobre avaliação económica, com destaque para o projecto ExternE.

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Dr. Filipe Fontoura, em representação das associações de consumidores de âmbito nacional e de interesse genérico;

Prof.ª Doutora Helena Freitas, eleita pelos elementos anteriormente referidos; Prof. Doutor Carlos Borrego, em representação da ERSE.

Os membros do Painel de Avaliação elegeram para Presidente e Vice-Presidente, respectivamente, o Prof. Doutor Carlos Borrego e a Prof.ª Doutora Helena Freitas.

2.3.7.3 FUNÇÕES

O painel emitirá pareceres nas seguintes situações: Análise dos PPDA apresentados;

Análise dos relatórios de execução;

Acções de monitorização ambiental a intervenções do PPDA.

Os pareceres emitidos pelo Painel de Avaliação não são vinculativos para a ERSE, sendo efectuada a sua divulgação.

O parecer sobre os PPDA apresentados deve ser justificado e conclusivo, nomeadamente no que respeita aos seguintes aspectos:

Aceitabilidade das medidas propostas;

Ordenação das diversas medidas considerando os critérios aprovados pela ERSE e a avaliação qualitativa do Painel de Avaliação.

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(19)

3 ANÁLISE DAS MEDIDAS CONCORRENTES

3.1

CARACTERIZAÇÃO DAS MEDIDAS

Os PPDA das quatro empresas integram um total de 33 medidas a que corresponde um montante global de 35 725 251 euros, excedendo em 18% o montante máximo fixado em 30 390 000 euros. Relativamente à distribuição do montante total, cerca de 55% correspondem ao PPDA da REN, 38% ao da EDP Distribuição, 5% ao da EEM e 2% ao da EDA. Comparando o montante do PPDA com o montante dedicado para cada empresa, verifica-se que a REN foi a empresa mais ambiciosa e a EDP a mais moderada.

Na figura e quadro seguintes apresenta-se o número de medidas incluídas em cada PPDA e o orçamento respectivo.

Quadro 3-1 – Medidas e montantes das candidaturas apresentadas

Figura 3-1 – Peso de cada PPDA no montante total de candidaturas

Empresa N.º medidas Montante candidatura (M) Montante dedicado % do total (M/T)

EDP Distribuição 8 13 571 805 3 846 590 38%

EDA 11 766 500 184 363 2%

EEM 6 1 606 664 247 262 4%

REN 8 19 780 282 2 049 043 55%

TOTAL (T) 33 35 725 251 100%

Nota: o projecto BIOCEM (projectos sobre campos electromagnéticos a desenvolver pela FF/UL) é um

projecto conjunto REN, EDA e EEM, indicando cada empresa o montante com que participa. Na coluna do número de medidas, esta medida foi considerada como sendo da REN, empresa responsável por grande parte dos custos de execução.

38%

2% 5% 55%

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PLANO DE PROMOÇÃO DO DESEMPENHO AMBIENTAL -SECTOR ELÉCTRICO –2009-2011 Relatório de avaliação das candidaturas

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Para uma análise mais detalhada, as medidas propostas foram agrupadas pelos seguintes temas ou descritores:

Água;

Avaliação de impactes ambientais (AIA); Avifauna - Cegonha branca;

Avifauna - outras aves;

Campos electromagnéticos (CEM); Formação e divulgação (interna); Formação e divulgação (externa); Gestão de corredores de linhas;

Gestão de corredores de linhas (âmbito limitado); Integração paisagística;

Mobilidade;

Poluição atmosférica;

Sistemas de gestão ambiental (SGA).

O orçamento das medidas propostas está distribuído pelo tipo de medida (descritor) de acordo com a figura seguinte.

(21)

Figura 3-2 – Distribuição do orçamento por tipo de medida

A nível orçamental, os “campos electromagnéticos” (CEM) são o descritor com maior peso, seguido da “integração paisagística”. Por outro lado, os descritores “água” e “formação e divulgação (interna)” são os de menor peso.

Na figura seguinte observa-se que o orçamento total dos PPDA candidatos se encontra distribuído de modo relativamente constante ao longo dos anos do período de regulação.

0,03% 2,57% 4,06% 7,20% 31,22% 0,11% 9,89% 8,21% 7,56% 27,42% 0,80% 0,15% 0,77% Água AIA

Avifauna - Cegonha branca Avifauna - outras aves

CEM Formação e divulgação (interna)

Formação e divulgação (externa) Gestão de corredores de linhas Gestão de corredores de linhas (âmbito limitado) Integração Paisagística

Mobilidade Poluição Atmosférica

(22)

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18

Figura 3-3 – Distribuição do orçamento pelos anos do período de regulação

As fichas de caracterização de cada medida proposta pelas empresas encontram-se no Anexo I. Nestas fichas procurou sintetizar-se informação que permita compreender os objectivos e méritos ambientais da medida, as acções a desenvolver, a verificação dos critérios de elegibilidade, os indicadores de realização e eficiência apresentados e os custos por actividade, nível de tensão e ano.

3.2

METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO

A avaliação efectuada pela ERSE decorreu de acordo com os procedimentos expressos no fluxograma seguinte. 0 2 000 4 000 6 000 8 000 10 000 12 000 14 000 2009 2010 2011 Eur o M ilha re s

(23)

Figura 3-4 – Metodologia de avaliação das candidaturas aos PPDA

Deve referir-se que a escala de avaliação foi considerada indicativa e teve como objectivo reduzir a subjectividade inerente ao processo de avaliação e aumentar a coerência global na classificação das medidas. Esta escala (valores de 0 a 5), que se apresenta no Anexo I, consiste numa tabela com descrições sucintas dos significados a atribuir a cada um dos valores para cada critério.

O critério “Importância atribuída ao descritor sobre o qual a medida se aplica”, pela sua natureza, foi utilizado de forma diferente dos restantes critérios. Tendo-se dividido as medidas pelos descritores, indicados no Quadro 3-2, a estes foram atribuídos “pesos” ou “importâncias” numa escala de 0 a 5. Para este exercício foi tida em consideração a opinião do Painel de Avaliação.

Elaboração de escala de avaliação

Atribuição de classificações provisórias

Sessão para análise e discussão das classificações provisórias Análise comparativa de medidas

semelhantes

Análise do parecer do Painel de Avaliação

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Quadro 3-2 – Pontuação atribuída ao critério “Descritor”

Para cada medida foi identificado qual o respectivo descritor aplicável, tendo o valor indicado no quadro anterior sido considerado na avaliação da medida. Por exemplo, a todas as medidas cujo descritor era “Avifauna – Cegonha branca”, foi atribuído um valor de 2,4 no campo referente ao descritor.

3.3

CLASSIFICAÇÃO E ORDENAÇÃO DAS MEDIDAS

3.3.1

ELEGIBILIDADE DAS MEDIDAS

Conforme já referido, de acordo com o artigo 6.º do Despacho n.º 22282/2008, são elegíveis as medidas que cumpram os seguintes requisitos:

Contribuam para a melhoria directa do desempenho ambiental da empresa, ou seja, diminuam ou compensem impactes ambientais negativos resultantes da actividade (regulada) da empresa ou potenciem impactes ambientais positivos;

Sejam voluntárias, ou seja, a sua execução não seja obrigatória por qualquer disposição legal.

Após a análise de todas as medidas, foi possível concluir que se tratam de medidas voluntárias. No entanto, algumas medidas prevêem a realização de intervenções em instalações ou locais ainda não totalmente definidos. Deste modo, é indispensável que as empresas, nos respectivos relatórios de execução, apresentem elementos que confirmem a natureza voluntária das acções, de modo a que os custos correspondentes sejam aceites para efeitos tarifários.

Grupo Importância

(0 a 5)

Avifauna - cegonha branca 2,4

Avifauna - outras aves 3,8

Integração paisagística 2,9

CEM 3,0

Gestão corredores linhas 4,0

Gestão corredores linhas (âmbito

limitado) 3,0

Sistema de gestão ambiental 3,5

Formação e divulgação (interna) 3,2

Formação e divulgação (externa) 2,0

Mobilidade 4,6

Poluição atmosférica 2,6

Avaliação de impacte ambiental 3,0

(25)

A análise efectuada permitiu ainda concluir que todas as medidas contribuem para a melhoria directa do desempenho ambiental da empresa ou compensam impactes ambientais negativos. Existem algumas medidas no âmbito da organização da empresa, como os sistemas de gestão ambiental (SGA), que, conforme já justificado em 2.3.5, se consideram também elegíveis.

Todavia, existem três medidas em que a ERSE considera ser excedido o âmbito dos PPDA, ou seja, a medida contribui também para o cumprimento de outros objectivos, para além da melhoria directa do desempenho ambiental das empresas proponentes ou da compensação de impactes dificilmente minimizáveis. Referimo-nos às seguintes medidas:

Projecto CEM (medida n.º 12) – medida apresentada conjuntamente pela REN, EDA e EEM: considera-se que esta medida é bastante abrangente, abordando diversas questões na área da saúde pública, excedendo assim o âmbito dos PPDA. Por outro lado, trata-se de uma medida que pode ter interesse e aplicação em redes de transporte e distribuição em qualquer território. Assim, considera-se que não devem ser os consumidores de energia eléctrica a suportar a totalidade dos custos da medida, sendo desejável que sejam conseguidas parcerias tanto a nível nacional como internacional.

Acresce que o risco de execução associado a este medida é bastante elevado, nomeadamente porque os resultados só são alcançados ao fim de 10 anos e apresenta custos fixos elevados, relativos à construção de instalações e aquisição de equipamentos. Considera-se, por isso, desejável que este risco seja partilhado por outras entidades, diversificando-se as fontes de financiamento. Este PPDA somente pode assegurar o financiamento para os próximos 3 anos, pelo que é muito importante que sejam identificados parceiros que possam assumir compromissos de mais longo prazo, diversificando também os horizontes de financiamento, diminuindo-se assim o risco de execução do projecto.

Tendo em conta a argumentação exposta, a ERSE decidiu financiar somente 2/3 dos custos que se vierem a verificar com a medida, com o tecto máximo de 2/3 do orçamento apresentado no PPDA;

A vida no condoninho (série Renata) (medida n.º 18) – medida apresentada pela REN: considera-se que esta medida, de carácter totalmente intangível, fará a considera-sensibilização e formação do público-alvo em matérias que vão além dos impactes ambientais associados à empresa, excedendo assim o aceitável para poder considerar-se como medida de compensação. Ou seja, esta medida excede o âmbito dos PPDA, devendo parte dos seus custos ser suportada por outros agentes que não os consumidores de energia eléctrica.

Deste modo, a ERSE decidiu aceitar somente 50% dos custos que se vierem a verificar com a medida, com o tecto máximo de 50% do orçamento agora apresentado;

(26)

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Energia em Movimento (medida n.º 19) – medida apresentada pela REN: pelas mesmas razões referidas sobre a medida anterior, a ERSE decidiu aceitar somente 50% dos custos que se vierem a verificar com a medida, com o tecto máximo de 50% do orçamento agora apresentado;

Clarifica-se que o financiamento parcial tem como pressuposto que as empresas mantêm a capacidade de atingir os objectivos e resultados presentes na medida apresentada, pelo que caberá às empresas encontrar formas de financiamento, próprias ou através de parceiros, que permitam manter este pressuposto.

Clarifica-se ainda que a decisão da ERSE de financiamento parcial destas medidas não coloca em causa o seu mérito, designadamente ambiental, conforme se comprova pela classificação obtida em cada um dos casos.

3.3.2

CLASSIFICAÇÃO DAS MEDIDAS

As medidas foram classificadas recorrendo à metodologia e à escala explicitada em 3.2. No Anexo I apresentam-se as fichas de classificação para cada medida, encontrando-se a justificação da pontuação atribuída a cada critério definido no Despacho n.º 22282/2008.

Nos quadros seguintes apresenta-se a classificação final obtida para cada uma das medidas, bem como a ordenação por ordem decrescente da sua classificação.

(27)

Quadro 3-3 – Classificação final das medidas

Medida A B C D E F G Classificação Orçamento (EUR) Empresa Descritor

1 3,2 2,0 2,0 0,0 0,0 3,0 1,0 1,60 40 500 EDA Formação e divulgação (interna)

2 2,9 2,0 3,0 0,0 0,0 3,0 1,0 1,71 20 000 EDA Integração paisagística

3 2,9 2,0 2,5 0,0 0,0 3,5 1,0 1,70 101 000 EDA Integração paisagística

4 2,9 2,0 2,5 0,0 0,0 3,5 1,0 1,70 65 000 EDA Integração paisagística

5 3,5 2,0 2,5 0,0 1,0 3,0 4,0 2,16 75 000 EDA SGA

6 3,5 2,0 2,5 0,0 1,0 3,0 4,0 2,16 35 000 EDA SGA

7 2,6 2,0 1,3 1,7 1,0 3,0 5,0 2,22 53 000 EDA Poluição atmosférica

8 3,0 2,0 3,5 2,5 0,0 3,0 4,0 2,47 33 000 EDA AIA

9 3,8 3,5 3,5 3,5 2,0 4,0 3,0 3,33 145 000 EDA Avifauna - outras aves

10 3,8 3,0 2,5 3,0 2,0 4,5 5,0 3,29 25 000 EDA Avifauna - outras aves

11 2,6 1,0 1,0 0,0 0,0 2,5 5,0 1,52 12 000 EDA Água

12 3,0 3,0 2,7 2,0 2,0 1,0 5,0 2,57 10 804 437 REN/EDA/EEM CEM

13 3,8 4,0 0,0 3,0 2,0 5,0 3,0 2,96 200 000 REN Avifauna - outras aves

14 3,8 5,0 2,5 2,5 2,0 4,5 4,5 3,52 371 845 REN Avifauna - outras aves

15 3,0 3,0 2,0 0,0 0,0 3,0 5,0 2,15 2 700 000 REN Gestão de corredores de linhas (âmbito limitado)

16 2,4 5,0 0,0 0,0 1,0 5,0 1,0 2,16 540 000 REN Avifauna - Cegonha branca

17 2,9 5,0 2,0 0,0 0,0 4,0 1,0 2,24 1 975 000 REN Integração paisagística

18 2,0 3,0 3,0 0,0 3,5 3,0 5,0 2,70 2 489 000 REN Formação e divulgação (externa)

19 2,0 3,3 2,7 0,0 2,3 3,3 5,0 2,58 1 046 000 REN Formação e divulgação (externa)

20 2,9 4,5 4,0 3,0 3,0 3,0 3,0 3,41 6 567 152 EDP D Integração paisagística

21 3,8 5,0 4,0 3,0 3,0 4,0 1,0 3,55 1 674 203 EDP D Avifauna - outras aves

22 3,0 3,5 3,0 3,0 3,0 3,0 3,0 3,09 315 000 EDP D CEM

23 4,0 4,0 3,5 3,0 2,0 3,0 5,0 3,44 2 934 100 EDP D Gestão de corredores de linhas

24 4,6 4,0 4,0 3,0 1,0 3,5 5,0 3,51 285 100 EDP D Mobilidade

25 3,0 4,0 4,0 3,0 1,5 3,0 5,0 3,31 885 750 EDP D AIA

26 2,4 5,0 0,5 0,0 1,0 4,0 1,0 2,10 610 500 EDP D Avifauna - Cegonha branca

27 2,4 4,0 4,0 3,0 2,5 3,5 4,5 3,40 300 000 EDP D Avifauna - Cegonha branca

28 3,5 3,5 2,5 0,0 2,0 3,0 4,0 2,58 164 025 EEM SGA

29 3,8 4,7 3,3 2,3 3,0 5,0 2,0 3,53 98 172 EEM Avifauna - outras aves

30 3,8 4,0 4,5 3,0 3,5 3,5 5,0 3,85 58 546 EEM Avifauna - outras aves

31 3,0 3,5 1,5 2,0 1,0 4,0 5,0 2,76 34 332 EEM CEM

(28)

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24

Quadro 3-4 – Classificação final das medidas (ordenada por ordem decrescente)

Medida A B C D E F G Classificação Orçamento (EUR) Empresa Descritor

30 3,8 4,0 4,5 3,0 3,5 3,5 5,0 3,85 58 546 EEM Avifauna - outras aves

21 3,8 5,0 4,0 3,0 3,0 4,0 1,0 3,55 1 674 203 EDP D Avifauna - outras aves

29 3,8 4,7 3,3 2,3 3,0 5,0 2,0 3,53 98 172 EEM Avifauna - outras aves

14 3,8 5,0 2,5 2,5 2,0 4,5 4,5 3,52 371 845 REN Avifauna - outras aves

24 4,6 4,0 4,0 3,0 1,0 3,5 5,0 3,51 285 100 EDP D Mobilidade

23 4,0 4,0 3,5 3,0 2,0 3,0 5,0 3,44 2 934 100 EDP D Gestão de corredores de linhas

20 2,9 4,5 4,0 3,0 3,0 3,0 3,0 3,41 6 567 152 EDP D Integração paisagística

27 2,4 4,0 4,0 3,0 2,5 3,5 4,5 3,40 300 000 EDP D Avifauna - Cegonha branca

9 3,8 3,5 3,5 3,5 2,0 4,0 3,0 3,33 145 000 EDA Avifauna - outras aves

25 3,0 4,0 4,0 3,0 1,5 3,0 5,0 3,31 885 750 EDP D AIA

10 3,8 3,0 2,5 3,0 2,0 4,5 5,0 3,29 25 000 EDA Avifauna - outras aves

22 3,0 3,5 3,0 3,0 3,0 3,0 3,0 3,09 315 000 EDP D CEM

13 3,8 4,0 0,0 3,0 2,0 5,0 3,0 2,96 200 000 REN Avifauna - outras aves

31 3,0 3,5 1,5 2,0 1,0 4,0 5,0 2,76 34 332 EEM CEM

18 2,0 3,0 3,0 0,0 3,5 3,0 5,0 2,70 2 489 000 REN Formação e divulgação (externa)

28 3,5 3,5 2,5 0,0 2,0 3,0 4,0 2,58 164 025 EEM SGA

19 2,0 3,3 2,7 0,0 2,3 3,3 5,0 2,58 1 046 000 REN Formação e divulgação (externa)

12 3,0 3,0 2,7 2,0 2,0 1,0 5,0 2,57 10 804 437 REN/EDA/EEM CEM

8 3,0 2,0 3,5 2,5 0,0 3,0 4,0 2,47 33 000 EDA AIA

33 2,9 5,0 2,5 0,0 0,0 5,0 1,0 2,45 615 364 EEM Integração paisagística

17 2,9 5,0 2,0 0,0 0,0 4,0 1,0 2,24 1 975 000 REN Integração paisagística

7 2,6 2,0 1,3 1,7 1,0 3,0 5,0 2,22 53 000 EDA Poluição atmosférica

16 2,4 5,0 0,0 0,0 1,0 5,0 1,0 2,16 540 000 REN Avifauna - Cegonha branca

6 3,5 2,0 2,5 0,0 1,0 3,0 4,0 2,16 35 000 EDA SGA

5 3,5 2,0 2,5 0,0 1,0 3,0 4,0 2,16 75 000 EDA SGA

15 3,0 3,0 2,0 0,0 0,0 3,0 5,0 2,15 2 700 000 REN Gestão de corredores de linhas (âmbito limitado)

32 2,9 4,5 1,5 0,0 0,0 4,5 1,0 2,14 452 225 EEM Integração paisagística

26 2,4 5,0 0,5 0,0 1,0 4,0 1,0 2,10 610 500 EDP D Avifauna - Cegonha branca

2 2,9 2,0 3,0 0,0 0,0 3,0 1,0 1,71 20 000 EDA Integração paisagística

4 2,9 2,0 2,5 0,0 0,0 3,5 1,0 1,70 65 000 EDA Integração paisagística

3 2,9 2,0 2,5 0,0 0,0 3,5 1,0 1,70 101 000 EDA Integração paisagística

1 3,2 2,0 2,0 0,0 0,0 3,0 1,0 1,60 40 500 EDA Formação e divulgação (interna)

(29)

3.3.3

MEDIDAS SELECCIONADAS PELA ERSE

No quadro seguinte apresenta-se uma ordenação por ordem decrescente das medidas tendo em consideração o orçamento que será aceite para efeitos tarifários, incluindo as aceitações parciais referidas no ponto 3.3.1.

(30)

PLANO DE PROMOÇÃO DO DESEMPENHO AMBIENTAL -SECTOR ELÉCTRICO –2009-2011 Relatório de avaliação das candidaturas

26

Quadro 3-5 – Ordenação das medidas e orçamentos aprovados para efeitos tarifários

Ordem Medida Designação Classificação Orçamento (EUR) Empresa

1 30 Diagnóstico e minimização do impacte da iluminação pública sobre as aves marinhas

3,85 58 546 EEM

2 21 Protecção da Avifauna 3,55 1 674 203 EDP D

3 29 Impacto das linhas eléctricas de média tensão em algumas espécies de aves vulneráveis

3,53 98 172 EEM 4 14 Avaliação de eficácia de um novo tipo de dispositivos anti-colisão

de aves (Parceria QUERCUS)

3,52 371 845 REN 5 24 Melhoria do desempenho ambiental da mobilidade induzida pela

EDP Distribuição

3,51 285 100 EDP D 6 23 Gestão sustentável de faixas de protecção da rede de distribuição

de energia eléctrica

3,44 2 934 100 EDP D 7 20 Manual de boas práticas de integração paisagística de

infraestruturas da rede de distribuição

3,41 6 567 152 EDP D 8 27 Stork - Sistema de protecção da Avifauna, em teste na espécie

Cegonha Branca

3,40 300 000 EDP D 9 9 Protocolo com a SPEA - Aplicação de medidas de correcção à rede

de transporte e distribuição de energia eléctrica dos Açores

3,33 145 000 EDA

10 25 Modelo de avaliação prévia para selecção de acções e apoio à decisão em projectos tipo da EDP Distribuição

3,31 885 750 EDP D 11 10 Localização e mapeamento dos troços da rede de transporte e

distribuição de energia eléctrica dos Açores mais utilizados pelo estorninho-malhado como dormitório

3,29 25 000 EDA

12 22 Gestão dos campos eléctricos e magnéticos em instalações da rede de distribuição da EDP

3,09 315 000 EDP D 13 13 Projecto LIFE + Estepárias (Parceria com a LPN) 2,96 200 000 REN 14 31 Simulador interactivo de campos electromagnéticos para linhas de

transporte e distribuição de energia eléctrica

2,76 34 332 EEM 15 18 Projecto "A vida no Condoninho" (Série Renata) 2,70 1 244 500 REN 16 28 Implementação de um sistema de gestão ambiental na EEM 2,58 164 025 EEM 17 19 Projecto "Energia em Movimento" 2,58 523 000 REN 18 12 Projecto CEM (campos electromagnéticos - Parceria com

FFUL/EDA/EEM)

2,57 7 202 958 REN/EDA/EEM 19 8 Estudo de impacte ambiental (EIA) nas centrais termoeléctricas 2,47 33 000 EDA 20 33 Integração paisagística de redes MT 2,45 615 364 EEM 21 17 Requalificação ambiental de corredores de linhas 2,24 1 975 000 REN 22 7 Estudos de dispersão de poluentes e de biomonitorização para as

centrais termoeléctricas da EDA

2,22 53 000 EDA

23 16 Protecção da Avifauna 2,16 540 000 REN

24 6 Implementação de sistema de gestão ambiental (SGA) na exploração da distribuição

2,16 35 000 EDA 25 5 Sistema de gestão ambiental (SGA) em quatro centrais da EDA 2,16 75 000 EDA 26 15 Protecção de espécies protegidas (Sobreiro e Azinheira) 2,15 2 700 000 REN 27 32 Integração paisagística de redes BT 2,14 452 225 EEM 28 26 Protecção da Cegonha Branca 2,10 610 500 EDP D 29 2 Ordenamento do território - integração paisagística de subestações

(SE)

1,71 20 000 EDA 30 4 Ordenamento do território - integração paisagística da rede de

baixa tensão (BT) e média tensão (MT)

1,70 65 000 EDA 31 3 Ordenamento do território - integração paisagística de postos de

transformação (PT) / Postos de seccionamento

1,70 101 000 EDA 32 1 Formação em matérias de natureza ambiental 1,60 40 500 EDA 33 11 Controle de qualidade e uso eficiente da água nas centrais

termoeléctricas da EDA - Contributo para o uso sustentado e minimização de impactes sobre os recursos hídricos das ilhas dos Açores

1,52 12 000 EDA

30 356 272 Notas:

- A classificação é efectuada de 0 a 5, conforme se detalha no Relatório de Avaliação TOTAL

- Medida 12 condicionada à aceitação de somente 2/3 dos custos que venham a ocorrer; - Medida 18 e 19 condicionadas à aceitação de somente 50% dos custos que venham a ocorrer;

(31)

Pode concluir-se que o orçamento total das medidas (considerando as aceitações parciais anteriormente referidas) é ligeiramente inferior ao montante máximo estabelecido (representa 99,9%), pelo que todas as medidas são aceites pela ERSE. O cumprimento dos montantes dedicados fica também assegurado, uma vez que nenhuma empresa viu medidas suas serem excluídas.

3.3.4

MEDIDAS A EXECUTAR NO PERÍODO 2009 - 2011

De acordo com as regras que regem os PPDA, após a decisão preliminar da ERSE (comunicada às empresas em 30 de Dezembro de 2008) decorreu um prazo de 20 dias de calendário para que as empresas apresentassem eventuais reclamações. No caso em apreço, e uma vez que há medidas com aceitação parcial dos custos, tornou-se também necessário conhecer a respectiva posição das empresas sobre a aceitação das medidas nessas condições.

Na sequência da comunicação da decisão preliminar, as empresas comunicaram à ERSE as seguintes posições:

A EDA e a EEM manifestaram nada ter a opor à decisão preliminar da ERSE; Relativamente às medidas n.º 12, 18 e 19, a REN informou a ERSE do seguinte:

o Medida n.º 12 (Projecto CEM) – estão a decorrer diligências, conduzidas sobretudo pela Faculdade de Farmácia e pela Reitoria da Universidade de Lisboa, para fazer interessar outras entidades no projecto que possam assegurar o financiamento dos custos que não serão incluídos nas tarifas de energia eléctrica;

o Medida n.º 18 (“A vida no Condoninho”) – está em curso uma revisão da extensão do projecto e dos canais de difusão, o que conduzirá a uma redução do orçamento total. Em breve a REN enviará à ERSE pormenores sobre a reformulação da medida; o Medida n.º 19 (“Energia em movimento”) – a REN informou que desistiu desta

medida, uma vez que se encontrava ainda num estádio de menor desenvolvimento do que outras no que respeita à consolidação de parcerias.

A EDP Distribuição não se manifestou.

Tendo em conta o exposto, a medida n.º 19 é excluída do PPDA para o período 2009 – 2011.

As medidas identificadas com o n.º 12 e 18 excedem o âmbito dos PPDA, pelo que só serão considerados nas tarifas de energia eléctrica, respectivamente 2/3 e 50% dos custos que venham a ocorrer com a sua execução, com o limite máximo indicado no Quadro 3-6. A aprovação destas medidas está ainda dependente da apresentação e análise de elementos complementares que venham a ser apresentados à ERSE. Estes elementos devem demonstrar a capacidade de atingir os objectivos e resultados propostos no PPDA apresentado pela REN.

(32)

PLANO DE PROMOÇÃO DO DESEMPENHO AMBIENTAL -SECTOR ELÉCTRICO –2009-2011 Relatório de avaliação das candidaturas

28

No Quadro 3-6 apresentam-se as medidas aprovadas pela ERSE para execução durante o período 2009 – 2011, considerando a decisão da REN de não executar a medida n.º 19 e tendo em consideração a aceitação parcial de custos já referida relativamente às medidas n.º 12 e n.º 18.

(33)

Quadro 3-6 – Medidas a executar no período 2009 - 2011

Ordem Medida Designação Classificação Custo máximo PPDA

(EUR) Empresa

1 30 Diagnóstico e minimização do impacte da iluminação pública sobre as aves marinhas

3,85 58 546 EEM 2 21 Protecção da Avifauna 3,55 1 674 203 EDP D 3 29 Impacto das linhas eléctricas de média tensão em algumas espécies

de aves vulneráveis

3,53 98 172 EEM 4 14 Avaliação de eficácia de um novo tipo de dispositivos anti-colisão

de aves (Parceria QUERCUS)

3,52 371 845 REN 5 24 Melhoria do desempenho ambiental da mobilidade induzida pela

EDP Distribuição

3,51 285 100 EDP D 6 23 Gestão sustentável de faixas de protecção da rede de distribuição

de energia eléctrica

3,44 2 934 100 EDP D 7 20 Manual de boas práticas de integração paisagística de

infraestruturas da rede de distribuição

3,41 6 567 152 EDP D 8 27 Stork - Sistema de protecção da Avifauna, em teste na espécie

Cegonha Branca

3,40 300 000 EDP D 9 9 Protocolo com a SPEA - Aplicação de medidas de correcção à rede

de transporte e distribuição de energia eléctrica dos Açores

3,33 145 000 EDA 10 25 Modelo de avaliação prévia para selecção de acções e apoio à

decisão em projectos tipo da EDP Distribuição

3,31 885 750 EDP D 11 10 Localização e mapeamento dos troços da rede de transporte e

distribuição de energia eléctrica dos Açores mais utilizados pelo estorninho-malhado como dormitório

3,29 25 000 EDA 12 22 Gestão dos campos eléctricos e magnéticos em instalações da rede

de distribuição da EDP

3,09 315 000 EDP D 13 13 Projecto LIFE + Estepárias (Parceria com a LPN) 2,96 200 000 REN 14 31 Simulador interactivo de campos electromagnéticos para linhas de

transporte e distribuição de energia eléctrica

2,76 34 332 EEM 15 18 Projecto "A vida no Condoninho" (Série Renata) 2,70 1 244 500 REN 16 28 Implementação de um sistema de gestão ambiental na EEM 2,58 164 025 EEM 17 12 Projecto CEM (campos electromagnéticos - Parceria com

FFUL/EDA/EEM)

2,57 7 202 958 REN/EDA/EEM 18 8 Estudo de impacte ambiental (EIA) nas centrais termoeléctricas 2,47 33 000 EDA 19 33 Integração paisagística de redes MT 2,45 615 364 EEM 20 17 Requalificação ambiental de corredores de linhas 2,24 1 975 000 REN 21 7 Estudos de dispersão de poluentes e de biomonitorização para as

centrais termoeléctricas da EDA

2,22 53 000 EDA 22 16 Protecção da Avifauna 2,16 540 000 REN 23 6 Implementação de sistema de gestão ambiental (SGA) na

exploração da distribuição

2,16 35 000 EDA 24 5 Sistema de gestão ambiental (SGA) em quatro centrais da EDA 2,16 75 000 EDA 25 15 Protecção de espécies protegidas (Sobreiro e Azinheira) 2,15 2 700 000 REN 26 32 Integração paisagística de redes BT 2,14 452 225 EEM 27 26 Protecção da Cegonha Branca 2,10 610 500 EDP D 28 2 Ordenamento do território - integração paisagística de subestações

(SE)

1,71 20 000 EDA 29 4 Ordenamento do território - integração paisagística da rede de

baixa tensão (BT) e média tensão (MT)

1,70 65 000 EDA 30 3 Ordenamento do território - integração paisagística de postos de

transformação (PT) / Postos de seccionamento

1,70 101 000 EDA 31 1 Formação em matérias de natureza ambiental 1,60 40 500 EDA 32 11 Controle de qualidade e uso eficiente da água nas centrais

termoeléctricas da EDA - Contributo para o uso sustentado e minimização de impactes sobre os recursos hídricos das ilhas dos Açores

1,52 12 000 EDA 29 833 272

Notas:

- A classificação é efectuada de 0 a 5, conforme explicado no Relatório de Avaliação.

TOTAL

- Medida 12 condicionada à aceitação de somente 2/3 dos custos que venham a ocorrer, para qualquer tipo de custos; - Medida 18 condicionadas à aceitação de somente 50% dos custos que venham a ocorrer, para qualquer tipo de custos; - Medidas 12 e 18 condicionadas à apresentação de elementos adicionais e aprovação pela ERSE;

(34)
(35)

4 CONDIÇÕES A RESPEITAR DURANTE A EXECUÇÃO DAS MEDIDAS

Durante a execução dos PPDA as empresas têm de cumprir um conjunto de obrigações que resultam do Despacho da ERSE n.º 22282/2008, designadamente:

Apresentação de um relatório intercalar relativo ao primeiro semestre de cada ano; Apresentação de um relatório de execução anual;

Apresentação anual de um termo de responsabilidade assinado pelo Revisor Oficial de Contas da empresa que certifica as contas reguladas;

Regras contabilísticas que garantam a auditabilidade dos custos com os PPDA.

Algumas medidas prevêem a realização de intervenções em instalações ou locais ainda não totalmente definidos. Deste modo, é indispensável que as empresas, nos respectivos relatórios de execução, apresentem elementos que confirmem a natureza voluntária das acções, de modo a que os custos correspondentes possam ser aceites para efeitos tarifários.

No que respeita às medidas em que a aceitação dos custos é parcial (medidas n.º 12 e 18), as empresas devem encontrar formas de financiamento, próprias ou através de novas parcerias, que permitam manter a capacidade de atingir os objectivos e resultados previstos no PPDA. Realça-se que os custos não comparticipados pelo PPDA não podem ser incluídos para efeitos tarifários.

Relativamente à medida n.º 12 (projecto sobre campos electromagnéticos, em parceria com a Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa), a aceitação dos custos para efeitos tarifários é ainda condicionada ao cumprimento das seguintes condições:

Realização de auditorias anuais à contabilidade do projecto, a realizar por entidade independente e de reconhecida capacidade;

Apresentação pelas três empresas proponentes de uma declaração de compromisso que assegure o desenvolvimento de esforços no sentido de garantir o financiamento do projecto na parte não financiada pelo PPDA e no período em que esta decorrer para além de 2011.

A ERSE considera ainda desejável que se promovam reuniões semestrais de acompanhamento, à semelhança do que tem sucedido nos últimos anos.

(36)
(37)

5 ANÁLISE DO PARECER DO PAINEL DE AVALIAÇÃO

De acordo com o artigo 24.º do Despacho da ERSE n.º 22282/2008, o Painel de Avaliação emite um parecer obrigatório, não vinculativo para a ERSE, designadamente na análise dos PPDA apresentados.

A 15 de Dezembro de 2008, o Painel de Avaliação emitiu o seu parecer, o qual consta do Anexo II. No processo de elaboração do parecer, o Painel de Avaliação teve a oportunidade de assistir a uma sessão de apresentação dos PPDA pelas empresas e de as questionar directamente para obtenção de esclarecimentos.

O parecer do Painel de Avaliação, que agora se analisa, é constituído por cinco capítulos, a saber, Introdução, Apreciação Global dos PPDA, Metodologia de Avaliação, Recomendações Gerais e Recomendações Específicas.

O Painel de Avaliação faz uma apreciação global das 33 medidas, referindo o cuidado posto na sua elaboração e congratulando-se pelo esforço revelado pelas diversas empresas em geral, na procura de melhorias no seu desempenho ambiental e no compromisso efectivo no sentido das boas práticas ambientais. O Painel de Avaliação reconhece igualmente o esforço das empresas no sentido do estabelecimento de parcerias com diversos tipos de entidades externas e sublinha a articulação conseguida entre as empresas, que conduziu à apresentação de uma medida conjunta.

Em termos de metodologia de avaliação, o Painel de Avaliação adoptou uma escala com valores de 1 a 5, de forma a pontuar os critérios previstos no artigo 11.º do Despacho n.º 22282/2008. Com base nesta escala, decorreu uma avaliação de cada uma das medidas, primeiro individualmente e de forma independente por dois membros do Painel de Avaliação, tendo numa fase posterior sido elaborada uma avaliação de consenso, num processo deliberativo em que os membros do Painel de Avaliação ponderaram as razões para a atribuição da classificação a cada critério.

Como resultado deste processo, o Painel de Avaliação obteve a ordenação das medidas que se apresenta no quadro seguinte. Os orçamentos apresentados incluem já as aceitações parciais propostas pelo Painel de Avaliação.

(38)

PLANO DE PROMOÇÃO DO DESEMPENHO AMBIENTAL -SECTOR ELÉCTRICO –2009-2011 Relatório de avaliação das candidaturas

34

Quadro 5-1 – Classificação e ordenação do Painel de Avaliação

Ordem Medida Designação Classificação Orçamento (EUR) Empresa

1 22 Gestão dos campos eléctricos e magnéticos em instalações da rede de distribuição da EDP

4,0 315 000 EDP D 2 20 Manual de boas práticas de integração paisagística de

infraestruturas da rede de distribuição

3,7 6 567 152 EDP D 3 9 Protocolo com a SPEA - Aplicação de medidas de correcção à rede

de transporte e distribuição de energia eléctrica dos Açores

3,7 145 000 EDA 4 25 Modelo de avaliação prévia para selecção de acções e apoio à

decisão em projectos tipo da EDP Distribuição

3,7 885 750 EDP D 5 31 Simulador interactivo de campos electromagnéticos para linhas de

transporte e distribuição de energia eléctrica

3,7 34 332 EEM 6 13 Projecto LIFE + Estepárias (Parceria com a LPN) 3,6 200 000 REN 7 21 Protecção da Avifauna 3,6 1 674 203 EDP D 8 27 Stork - Sistema de protecção da Avifauna, em teste na espécie

Cegonha Branca

3,4 300 000 EDP D 9 14 Avaliação de eficácia de um novo tipo de dispositivos anti-colisão

de aves (Parceria QUERCUS)

3,4 371 845 REN 10 28 Implementação de um sistema de gestão ambiental na EEM 3,3 164 025 EEM 11 30 Diagnóstico e minimização do impacte da iluminação pública sobre

as aves marinhas

3,2 58 546 EEM 12 23 Gestão sustentável de faixas de protecção da rede de distribuição

de energia eléctrica

3,2 2 934 100 EDP D 13 5 Sistema de gestão ambiental (SGA) em quatro centrais da EDA 3,2 75 000 EDA 14 16 Protecção da Avifauna 3,1 540 000 REN 15 26 Protecção da Cegonha Branca 3,1 610 500 EDP D 16 29 Impacto das linhas eléctricas de média tensão em algumas espécies

de aves vulneráveis

3,1 98 172 EEM 17 17 Requalificação ambiental de corredores de linhas 3,1 1 975 000 REN 18 6 Implementação de sistema de gestão ambiental (SGA) na

exploração da distribuição

3,0 35 000 EDA 19 12 Projecto CEM (campos electromagnéticos - Parceria com

FFUL/EDA/EEM)

2,9 7 022 884 REN/EDA/EEM 20 33 Integração paisagística de redes MT 2,9 615 364 EEM 21 15 Protecção de espécies protegidas (Sobreiro e Azinheira) 2,9 2 700 000 REN 22 32 Integração paisagística de redes BT 2,9 452 225 EEM 23 8 Estudo de impacte ambiental (EIA) nas centrais termoeléctricas 2,8 33 000 EDA 24 24 Melhoria do desempenho ambiental da mobilidade induzida pela

EDP Distribuição

2,8 285 100 EDP D 25 10 Localização e mapeamento dos troços da rede de transporte e

distribuição de energia eléctrica dos Açores mais utilizados pelo estorninho-malhado como dormitório

2,8 25 000 EDA 26 4 Ordenamento do território - integração paisagística da rede de

baixa tensão (BT) e média tensão (MT)

2,7 65 000 EDA 27 7 Estudos de dispersão de poluentes e de biomonitorização para as

centrais termoeléctricas da EDA

2,7 53 000 EDA 28 11 Controle de qualidade e uso eficiente da água nas centrais

termoeléctricas da EDA - Contributo para o uso sustentado e minimização de impactes sobre os recursos hídricos das ilhas dos Açores

2,5 12 000 EDA 29 2 Ordenamento do território - integração paisagística de subestações

(SE)

2,3 20 000 EDA 30 1 Formação em matérias de natureza ambiental 2,3 40 500 EDA 31 18 Projecto "A vida no Condoninho" (Série Renata) 2,2 1 244 500 REN 32 19 Projecto "Energia em Movimento" 2,2 523 000 REN 33 3 Ordenamento do território - integração paisagística de postos de

transformação (PT) / Postos de seccionamento

2,2 101 000 EDA 30 176 198

Notas:

TOTAL

- Medida 12 condicionada à aceitação de somente 65% dos custos que venham a ocorrer; - Medida 18 e 19 condicionadas à aceitação de somente 50% dos custos que venham a ocorrer;

(39)

Uma análise da ordenação indicada no quadro anterior, realizada com base nas pontuações atribuídas aos diversos critérios e nos pesos de cada um deles, permite identificar dois grandes grupos de medidas:

Classificação entre 4,0 e 3,1 das medidas relativas a: Campos electromagnéticos;

Estudo de boas práticas de integração paisagística; Protecção da avifauna;

Gestão de corredores de linhas.

Classificação entre 3,0 e 2,2 atribuídas fundamentalmente a medidas relativas a:

Integração paisagística de redes (aqui de forma casuística por oposição ao estudo das boas práticas acima referido);

Estudos de impacte ambiental e de dispersão de poluentes em centrais térmicas; Formação em ambiente.

Destaca-se igualmente a existência de um comentário geral para cada medida, onde é possível compreender as justificações da classificação atribuída pelo Painel de Avaliação.

A ERSE seguiu uma metodologia de avaliação bastante próxima da metodologia do Painel de Avaliação, obtendo-se uma classificação relativamente a cada uma das medidas que não é significativamente diferente, ultrapassando uma diferença de 1 ponto (na realidade 1,04) numa escala de 1 a 5 apenas no caso de uma medida. Tendo em consideração que as escalas utilizadas pelo Painel de Avaliação e pela ERSE têm pressupostos de base diferentes6, bem como o diferente peso atribuído ao critério “descritor (A)”, considera-se que as diferenças de classificação são aceitáveis.

O Painel de Avaliação apresenta às empresas algumas recomendações gerais, sugerindo maior atenção nomeadamente sobre os seguintes aspectos:

Aumentar as parcerias com entidades externas, em especial nas áreas técnicas e interdisciplinares;

Maior ponderação e rigor na análise dos custos envolvidos para a execução dos PPDA;

Recolha de benefícios da existência de sobreposição de medidas, aumentando a cooperação entre as empresas;

Maior esforço na diversificação dos conteúdos das medidas e maior objectividade das acções, mesmo nas situações de continuidade, introduzindo inovações metodológicas.

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