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Regimento Interno Esquematizado - TRE-PE_revisao_ok

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SUMÁRIO

ASPECTOS GERAIS DA JUSTIÇA ELEITORAL ...5

GARANTIAS DA MAGISTRATURA APLICADAS AOS JUÍZES ELEITORAIS ...7

ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA ELEITORAL ...8

COMPOSIÇÃO DA JUSTIÇA ELEITORAL ...10

REGIMENTO INTERNO DO TRE/PE ...11

RESOLUÇÃO N. 120/2009 ...11

SEDE ...18

PROCESSO DE ESCOLHA DE MEMBROS DO TRE ...19

ESCOLHA DE MEMBROS DO TRE DAS CLASSES DE DESEMBARGADOR/ TJ/PE E JUIZ DE DIREITO/JUSTIÇA ESTADUAL DE PERNAMBUCO ...19

ESCOLHA DE MEMBROS DO TRE DA CLASSE DO TRF/5ª REGIÃO ...21

ESCOLHA DE MEMBROS DO TRE/PE DA CLASSE DOS ADVOGADOS ...22

LISTA TRÍPLICE ...23

JUÍZES DO TRE/PE ...26

COMPOSIÇÃO DO TRE ...28

VEDAÇÕES À ESCOLHA DOS MEMBROS DO TRE ...29

TÉRMINO DE BIÊNIO: PRAZO PARA INÍCIO DO PROCESSO DE ESCO-LHA ...37

ESCOLHA DO PRESIDENTE E DO VICE-PRESIDENTE DO TRE/PA ...41

COMPETÊNCIAS DA JUSTIÇA ELEITORAL ...45

COMPETÊNCIA: REGISTRO DE CANDIDATO ...47

EXPEDIÇÃO DE DIPLOMAS ...47

REGISTRO E CANCELAMENTO DE DIRETÓRIO DE PARTIDO POLÍTICO ...48

COMPETÊNCIA: CANCELAMENTO E REGISTRO DE DIRETÓRIO DE PAR-TIDO POLÍTICO ...48

COMPETÊNCIA: CONFLITOS DE JURISDIÇÃO ENVOLVENDO TRIBUNAIS DA JUSTIÇA ELEITORAL ...49

EXCEÇÃO DE SUPEEIÇÃO E IMPEDIMENTO (COMPETÊNCIA DO TRE) ...50

(3)

DIVISÃO OU CRIAÇÃO DE ZONAS ELEITORAIS EM PERNAMBUCO ...51 REQUISIÇÃO DE FORÇA FEDERAL ...52 OUTRAS COMPETÊNCIAS DO TRE...53

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Caros concursandos, a disciplina de Regimento Interno é extremamente im-portante e pode ajudá-los a garantir pontos fulcrais para sua classificação e no-meação. No concurso do TRE/PE, a Banca Examinadora incluiu apenas uma pe-quena parte do RITRE/PE no conteúdo programático. Por essa razão, você deve conhecê-la integralmente. De qualquer forma, há conteúdo que deve ser prio-rizado: a composição do TRE/PE. Essa orientação é baseada nas questões dos últimos concursos da Justiça Eleitoral.

Sendo assim, estude bastante a parte relacionada à composição e à escolha dos membros do TRE/PE. Alie esse estudo ao art. 120 da Constituição Federal. Também, dê atenção às competências do TRE.

Neste material, os trechos dos dispositivos legais em foco são acompanhados por comentários e esquemas didáticos. Esse recurso objetiva ajudá-los no apren-dizado do denso conteúdo que será trabalhado.

Vamos lá, bons estudos!

Inicialmente, estudaremos os aspectos gerais da Justiça Eleitoral. Esses

impac-Weslei Machado

Analista Judiciário – Área Judiciária do TSE; Especialista em Direito Constitucional – IDP; Mestrando em Direito Constitucional - IDP; Professor de diversos Cursos Preparatórios para concursos em Brasília; Professor e Assessor do Curso de Direito da Universidade Católica de Brasília; Autor de diversos livros da Coleção Constitui-ção e Códigos Anotados, dentre eles, Código Eleitoral Anotado.

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ASPECTOS GERAIS DA JUSTIÇA ELEITORAL

A Justiça Eleitoral possui algumas características que a singularizam. Por isso, vamos apontar os principais traços desse ramo do Poder Judiciário.

• Justiça especializada – A Justiça Eleitoral é um ramo do Poder Judiciário especializado no julgamento de matérias relacionadas ao Direito Eleitoral. • Exercício de funções múltiplas (jurisdicional, administrativa,

con-sultiva e regulamentar) – Além do exercício da função típica jurisdicional, a Justiça Eleitoral exerce mais três funções, quais sejam: função adminis-trativa, que se revela, por exemplo, na organização e na manutenção do cadastro eleitoral; função consultiva, caracterizada pela resposta a consultas eleitorais pertinentes à matéria eleitoral; e a função regulamentar, que se consubstancia na expedição de normas – resoluções e instruções – destina-das a regulamentar a legislação eleitoral.

• Inexistência de corpo próprio de juízes: composição híbrida – A Jus-tiça Eleitoral não possui um corpo próprio de juízes, sendo composta por: por juízes estaduais na 1ª instância; e membros de outros órgãos do Poder Judiciário e advogados de notável saber jurídico, com reputação ilibada, na 2ª instância e na instância superior.

• Periodicidade de investidura de juízes – Os membros da Justiça Eleito-ral não são vitalícios. Vigora na sua organização o princípio da temporarie-dade do exercício das funções eleitorais. A Constituição Federal, ao tratar do tema em seu artigo 121, § 2º, estabeleceu que os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos.

(CESPE/TRE/GO/TÉCNICOJUDICIÁRIO/2009) – Os juízes dos tribunais elei-torais são vitalícios, somente podendo perder o cargo por meio de decisão judicial transitada em julgado.

(6)

Essa afirmação está incorreta, em razão de ser transitório o exercício de funções eleitorais pelos juízes. No Brasil, adotou-se o princípio da tem-porariedade do exercício de funções eleitorais, excluindo-se, portanto, a possibilidade de juízes eleitorais vitalícios.

Gabarito: errado.

• Funcionamento ininterrupto das atividades – Apesar de não haver eleições todos os anos, a Justiça Eleitoral funciona de forma ininterrupta. • Divisão territorial própria para fins eleitorais (circunscrições, zonas

e seções) – A Justiça Eleitoral organiza-se da seguinte forma para o exer-cício de suas funções jurisdicionais:

– TSE – jurisdição em todo o território nacional. A circunscrição em que o TSE exerce jurisdição é o País;

– TRE’s – exercem jurisdição nos limites territoriais de um Estado. A cir-cunscrição eleitoral de um TRE se limita ao Estado da Federação em que possui sua sede;

– Juízes Eleitorais – as funções dos juízes são limitadas ao território da Zona. Assim, um Estado é dividido em Zonas, e nessas os Juízes Eleitorais podem exercer seu papel jurisdicional.

As Seções Eleitorais não se referem a limites territoriais em que Juízes ou Tribunais exercem suas funções. Uma seção eleitoral é uma divisão de elei-tores para o exercício do voto.

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GARANTIAS DA MAGISTRATURA APLICADAS AOS JUÍZES

ELEITORAIS

A Constituição Federal garante, em seu artigo 121, § 1º, aos membros de tri-bunais eleitorais, aos juízes de Direito e aos integrantes das Juntas Eleitorais, no exercício de suas funções e no que lhes for aplicável, plenas garantias e inamo-vibilidade. As garantias da magistratura, referidas no artigo 121, § 1º, da CF, estão descritas na própria CF, mais precisamente, no seu artigo 95, quais sejam: vitali-ciedade, irredutibilidade de subsídio e inamovibilidade. No entanto, somente esta última – inamovibilidade – se amolda à peculiar situação dos membros da Justiça Eleitoral. Chega-se a essa conclusão a partir da seguinte análise:

• Vitaliciedade – Os membros de tribunais eleitorais são escolhidos para exercerem um mandato de, no mínimo, dois anos e podem ser recondu-zidos, por um único período subsequente (artigo 121, § 2º, CF). Passado tal período, esses membros, necessariamente, deixam de compor a Justiça Eleitoral. Trata-se do princípio da temporariedade do exercício das funções eleitorais.

• Irredutibilidade de subsídios – Quem exerce funções de magistrado na Justiça Eleitoral não recebe um subsídio. Percebem tão-somente uma grati-ficação de representação e participação se participarem das sessões de jul-gamento do tribunal. Caso, durante um mês, não participem de nenhuma sessão, não receberão retribuição da Justiça Eleitoral. Eis mais uma garantia da magistratura inaplicável à Justiça Eleitoral.

• Inamovibilidade – Essa garantia é compatível com a Justiça Eleitoral e os membros dessa Justiça, no exercício de suas funções, são inamovíveis. •

(CESPE/TRE/PA/TÉCNICOJUDICIÁRIO/2005) Os membros dos tribunais, os juízes de direito e os integrantes das Juntas Eleitorais, no exercício de suas funções e no que lhes for aplicável, gozam de plenas garantias e são ina-movíveis.

(8)

A afirmativa está correta e reproduz o texto do artigo 121, § 1º, da CF. En-tretanto, é importante que você observe bem a expressão “no que lhes

for aplicável” contida na questão. O significado dessa expressão se revela

na possibilidade de uma ou outra garantia da magistratura, em razão de uma situação peculiar, não ser aplicada. É justamente essa a situação pe-culiar dos membros da Justiça Eleitoral que impede a aplicação ampla e irrestrita de tais garantias.

Gabarito: correto.

ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA ELEITORAL

Inicialmente, é importante destacar que a Justiça Eleitoral é um ramo do Poder Judiciário especializado na apreciação de feitos eleitorais. Essa Justiça Especiali-zada, conforme artigo 118 da CF/1988, compõe-se de: Tribunal Superior Eleitoral, Tribunais Regionais Eleitorais, Juízes Eleitorais e juntas eleitorais.

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Estrutura da Justiça Eleitoral

(CESPE/TRE-GO/TÉCNICOJUDICIÁRIO/2009) Segundo a CF, são órgãos da Justiça Eleitoral: Tribunal Superior Eleitoral, Tribunal Regional Eleitoral, Juí-zes Eleitorais e Juntas Eleitorais.

Essa assertiva está de acordo com a previsão normativa do artigo 118 da CF.

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Dos órgãos que compõem a Justiça Eleitoral, o Tribunal Superior Eleitoral, os Tribunais Regionais Eleitorais e as Juntas Eleitorais são órgãos colegiados, ou seja, compostos por vários membros, ao passo que os Juízes Eleitorais exercem sua função de forma monocrática, pois a decisão se dá de forma singular.

Esses órgãos são organizados em instâncias para o exercício da função jurisdi-cional. O Tribunal Superior Eleitoral compõe a instância especial ou extraordinária; os Tribunais Regionais Eleitorais compõem a 2ª instância; os Juízes e as Juntas Eleitorais compõem a 1ª instância da Justiça Eleitoral.

Os Juízes e as Juntas Eleitorais compõem o mesmo grau de jurisdição e não existe vinculação jurisdicional entre eles no exercício de suas funções jurisdicionais. Cada um deles possui atribuições próprias e que não se con-fundem. Atribuições essas que serão trabalhadas no momento oportuno deste material.

COMPOSIÇÃO DA JUSTIÇA ELEITORAL

ÓRGÃO INSTÂNCIA TIPO DE ÓRGÃO

TSE SUPERIOR OU EPEECIAL COLEGIADO

TRE 2ª INSTÂNCIA COLEGIADO

JUNTA ELEITORAL 1ª INSTÂNCIA COLEGIADO

JUÍZ ELEITORAL 1ª INSTÂNCIA MONOCRÁTICO

Após informações sobre a organização e algumas das especificidades da Jus-tiça Eleitoral, será iniciada a explanação sobre o Regimento Interno do TRE/ PE. Há, no capítulo I, informações importantes para seu estudo, já que os artigos são seguidos de comentários que subsidiarão a compreensão do RI.

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REGIMENTO INTERNO DO TRE/PE

RESOLUÇÃO N. 120/2009

Dispõe sobre o Regimento Interno do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco.

O TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DE PERNAMBUCO, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelos artigos. 96, I, a, da Constituição Federal, e 30, I, da Lei n. 4.737, de 15 de julho de 1965 (Código Eleitoral), resolve adotar o seguinte REGIMENTO INTERNO.

TÍTULO I DO TRIBUNAL

CAPÍTULO I

DAS DIPEOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Este regimento estabelece a organização, a composição, a competên-cia e o funcionamento do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco e regula os procedimentos administrativos e jurisdicionais que lhe são atribuídos pela Cons-tituição da República Federativa do Brasil e pela legislação eleitoral, exercendo, pelo seu Tribunal Pleno, a direção e a disciplina dos órgãos e dos serviços que lhe são subordinados.

PODER NORMATIVO DOS TRIBUNAIS PARA EDITAREM SEUS RE-GIMENTOS INTERNOS

Os tribunais possuem autonomia para a organização dos seus serviços administrativos, bem como para dispor sobre a competência e o funciona-mento dos seus órgãos jurisdicionais. No exercício dessa atribuição, é dada ao tribunal a possibilidade de criação de um Regimento Interno.

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Esta atribuição constitucional decorre de sua independência em relação aos Poderes Legislativo e Executivo. Esse poder, já exercido sob a Constituição de 1891, tornou-se expresso na Constituição de 34, e desde então vem sendo reafirmado, a despeito, dos sucessivos distúrbios institucionais. A Constitui-ção subtraiu ao legislador a competência para dispor sobre a economia dos tribunais e a estes a imputou, em caráter exclusivo. Em relação à economia interna dos tribunais, a lei é o seu regimento. O regimento interno dos tri-bunais é lei material. Na taxinomia das normas jurídicas, o regimento interno dos tribunais se equipara à lei. (ADI 1.105-MC, Rel. Min. Paulo Brossard, jul-gamento em 03/08/1994, DJ de 27/04/2001)

Na elaboração do Regimento Interno, há limites e normas que os tribunais devem observar. Essas são as normas de processo, assim como as garan-tias processuais. Tal disposição está contida no artigo 96, inc. I, alínea a da Constituição Federal.

Mas, o que são normas de processo e garantias processuais? Ao analisar o tema em tela, este foi o entendimento do Supremo Tribunal Federal:

Com o advento da Constituição Federal de 1988, delimitou-se, de forma mais criteriosa, o campo de regulamentação das leis e o dos regimentos internos dos tribunais, cabendo a estes últimos o respeito à reserva de lei federal para a edição de regras de natureza processual (CF, art. 22, I), bem como às garantias processuais das partes, ‘dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos’ (CF, art. 96, I, a). São normas de direito processual as relativas às garantias do contraditório, do devido processo legal, dos poderes, direitos e ônus que constituem a relação processual, como também as normas que regulem os atos destinados a realizar a causa finalis da jurisdição. Ante à regra funda-mental insculpida no art. 5º, LX, da Carta Magna, a publicidade se tornou pressuposto de validade não apenas do ato de julgamento do Tribunal, mas da própria decisão que é tomada por esse órgão jurisdicional. (ADI 2.970, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 20/04/2006, DJ de 12/05/2006).

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O Tribunal Regional de Pernambuco é formado por sete membros. Essa prescrição está contida no artigo 120 da Constituição Federal: dois desem-bargadores integrantes do TJ/PE; dois juízes de direito, vinculados ao TJ/ PE; um juiz federal membro do TRF/5ª Região; e dois advogados.

O Regimento Interno do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco dispõe acerca do funcionamento do tribunal e da organização dos membros du-rante as sessões; traduz as regras de distribuição processual; disciplina a competência do presidente e demais membros; e prescreve como se dará a substituição dos seus juízes membros em caso de ausências.

Referência Legislativa Constituição Federal

Art. 96. Compete privativamente:

I – aos tribunais:

a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com observância das normas de processo e das garantias processuais das partes, dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos;

Art. 2º. Cabe ao Tribunal o tratamento de “Egrégio” e aos seus membros a denominação de “Desembargadores Eleitorais” e o tratamento de “Excelência”.

Nessa parte, o RITRE/PE traz as designações a serem utilizadas para o pró-prio Tribunal e para seus membros.

Determina que o Tribunal seja chamado de Egrégio. Essa expressão signifi-ca: extremamente distinto; insigne, muito importante; digno de admiração; notável, magnífico.

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Por sua vez, os membros do TRE/PE são denominados de

Desembarga-dores Eleitorais.

Há alguns TRE’s cuja forma de tratamento de seus membros é Juiz

Mem-bro do TRE, mas o TRE/PE designa-os de Desembargadores Eleitorais. Art. 3º. O Tribunal delibera por maioria de votos, com a presença mínima de quatro dos seus membros, além do presidente, em sessão pública, salvo no caso de processo que tramite em segredo de justiça.

Quórum de Instalação

O RITRE/PE determina que o início da sessão de julgamento exige a pre-sença de 4 desembargadores eleitorais e do Presidente do TRE/PE. Sem essa presença mínima, não pode ser iniciada a sessão de julgamento.

Quórum de deliberação

Por sua vez, as decisões são proferidas pelo voto da maioria dos presentes, desde que estejam na sessão, pelo menos, quatro juízes mais o presiden-te. O Código Eleitoral, a partir da alteração da Lei n. 13.165/2015, passou a exigir a presença, em determinadas situações, de todos os membros do Tribunal, quais sejam:

Código Eleitoral

Art. 28. Os Tribunais Regionais deliberam por maioria de votos, em sessão

pública, com a presença da maioria de seus membros.

§ 1º No caso de impedimento e não existindo quórum, será o membro do Tribunal substituído por outro da mesma categoria, designado na forma pre-vista na Constituição.

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§ 2º Perante o Tribunal Regional, e com recurso voluntário para o Tribunal Su-perior, qualquer interessado poderá arguir a suspeição dos seus membros, do Procurador Regional, ou de funcionários da sua Secretaria, assim como dos juízes e escrivães eleitorais, nos casos previstos na lei processual civil e por mo-tivo de parcialidade partidária, mediante o processo previsto em regimento. § 3º No caso previsto no parágrafo anterior, será observado o disposto no parágrafo único do artigo 20. (Incluído pela Lei n. 4.961, de 1966)

§ 4º As decisões dos Tribunais Regionais sobre quaisquer ações que impor-tem cassação de registro, anulação geral de eleições ou perda de diplomas somente poderão ser tomadas com a presença de todos os seus membros. (Incluído pela Lei n. 13.165, de 2015)

§ 5º No caso do § 4º, se ocorrer impedimento de algum juiz, será convocado o suplente da mesma classe. (Incluído pela Lei n. 13.165, de 2015)

Art. 4º. Os desembargadores eleitorais, no exercício de suas funções, e no que lhes for aplicável, gozarão de plenas garantias e serão inamovíveis.

Garantias dos Membros do TRE/PE

O RITRE/PE afirma que os desembargadores eleitorais, sejam efetivos ou substitutos, terão os mesmos direitos, garantias, prerrogativas, deveres e impedimentos. As garantias estabelecidas aos magistrados estão previstas nos artigos 95 e 121 da Constituição Federal.

Para que se saiba que garantias são essas, seguem os artigos constitucio-nais que tratam da matéria.

Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias:

I – vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado;

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II – inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII;

III – irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos artigos 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. (Redação dada pela Emenda

Constitu-cional n. 19, de 1998)

(...)

Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e competência dos

tribunais, dos juízes de direito e das juntas eleitorais.

§ 1º - Os membros dos tribunais, os juízes de direito e os integrantes das juntas eleitorais, no exercício de suas funções, e no que lhes for aplicável, gozarão de plenas garantias e serão inamovíveis.

A Constituição Federal garante, em seu artigo 121, § 1º, aos membros de tribunais eleitorais, aos juízes de Direito e aos integrantes das juntas elei-torais, no exercício de suas funções e, no que lhes for aplicável, plenas garantias e a inamovibilidade. As garantias da magistratura, referidas no artigo 121, § 1º, da CF, estão descritas na própria CF, mais precisamente no seu art. 95, quais sejam: vitaliciedade, irredutibilidade de subsídio e inamovibilidade. No entanto, somente esta última – inamovibilidade – se amolda à peculiar situação dos membros da Justiça Eleitoral. Chega-se a essa conclusão a partir da seguinte análise.

• Vitaliciedade – Os membros de tribunais eleitorais são escolhidos para

exercerem um mandato de, no mínimo, dois anos e podem ser reconduzi-dos, por um único período subsequente (art. 121, § 2º, CF). Passado tal perí-odo esses membros, necessariamente, deixam de compor a Justiça Eleitoral. Trata-se do princípio da temporariedade do exercício das funções eleitorais.

• Irredutibilidade de subsídios – Quem exerce funções de magistrado

na Justiça Eleitoral não recebe um subsídio. Percebem tão-somente uma gratificação de representação e participação se participarem das sessões de julgamento do tribunal. Caso, durante um mês, não participem de ne-nhuma sessão, não receberão nene-nhuma retribuição da Justiça Eleitoral. Eis mais uma garantia da magistratura inaplicável à Justiça Eleitoral.

• Inamovibilidade – Essa garantia é compatível com a Justiça Eleitoral e

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Art. 5º. Aplicam-se os motivos de impedimento e suspeição aos desembar-gadores eleitorais, nos casos previstos na lei processual civil, na lei processual penal e por motivo de parcialidade partidária, mediante o procedimento previsto nos artigos 162 a 171 deste regimento, não havendo incompatibilidades afora aquelas declaradas em lei.

Com a finalidade de garantir a imparcialidade, característica inerente ao exercício da jurisdição, o RITRE/PE prescreve que aos Desembargadores Eleitorais devem ser aplicadas as hipóteses de impedimento e suspeição previstas no Código de Processo Civil e no Código de Processo Penal. Além disso, há uma hipótese específica de impedimento e suspeição na Justiça Eleitoral: a parcialidade partidária.

Em qualquer caso, a oposição da exceção de suspeição e de impedimento deve seguir o procedimento/rito previsto no próprio RITRE/PE.

Você não precisa estudar o procedimento. Não faz parte do seu edital.

CAPÍTULO II

DA ORGANIZAÇÃO DO TRIBUNAL Seção I

Da composição e do mandato

Art. 6º. O Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco, com sede na capital e jurisdição em todo o território estadual, é composto:

I – mediante eleição, pelo voto secreto:

a) de dois desembargadores do Tribunal de Justiça;

b) de dois juízes de direito, da entrância mais elevada, escolhidos pelo Tribunal de Justiça;

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II – de um desembargador do Tribunal Regional Federal da 5.ª Região, por este escolhido;

III – de dois advogados, escolhidos dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados, em listas tríplices, pelo Tribunal de Justiça e nomeados pelo presidente da república.

§ 1º. A indicação não poderá recair em advogado que ocupe cargo público do qual possa ser exonerado ad nutum, de diretor, proprietário ou sócio de empresa beneficiada com subvenção, privilégio, isenção ou favor em virtude de contrato com a administração pública ou que exerça mandato de caráter político, federal, estadual ou municipal.

§ 2º. Os substitutos dos desembargadores eleitorais efetivos serão escolhidos pelo mesmo processo, em número igual para cada categoria, e terão os mesmos direitos, garantias, prerrogativas, deveres e impedimentos dos titulares.

§ 3º. Não poderão ter assento ativamente no Tribunal, concomitantemente, cônjuges e parentes, consanguíneos ou afins, nas linhas reta e colateral até quar-to grau, quar-tornando-se impedido, neste caso, aquele que estiver no exercício de substituição ou tiver sido nomeado por último.

§ 4º. Não poderá servir como desembargador eleitoral, desde a escolha em convenção partidária até a apuração final da eleição, o cônjuge, o companheiro ou o parente, consanguíneo ou afim, até o segundo grau, de candidato a cargo eletivo, estadual ou federal, registrado na circunscrição.

SEDE

O TRE/PE possui sede na capital do Estado de Pernambuco. Isso significa que o local físico, o prédio no qual os juízes do TRE/PE se reúnem para decidir as questões eleitorais, está situado, atualmente, em Recife, município. Caso a capital de Pernambuco fosse mudada, a sede do TRE/PE também seria, pois o RITRE/ PE ensina que a sede deve ser na capital do Estado, e não necessariamente no município de Recife.

Apesar de ter sua sede na capital do Estado, o TRE/PE exerce sua jurisdição em todo o Estado de Pernambuco.

(19)

Segue esquema didático para facilitar o seu estudo.

PROCESSO DE ESCOLHA DE MEMBROS DO TRE

Vamos, didaticamente, dividir o estudo da escolha de juízes do TRE:

a) escolha de juízes entre desembargadores do TJ/PE e Juízes de Direito da Justiça Estadual;

b) escolha de juiz do TRF/5ª Região;

c) escolha de juízes dentre advogados (ou juristas, como alguns preferem).

ESCOLHA DE MEMBROS DO TRE DAS CLASSES DE DESEMBARGADOR/ TJ/PE E JUIZ DE DIREITO/JUSTIÇA ESTADUAL DE PERNAMBUCO

Os desembargadores do TJ/PE (dois juízes) e Juízes de Direito da Justiça Estadu-al de Pernambuco (dois juízes) são escolhidos para compor o TRE/PE em eleição, realizada no TJ/PE, na qual o voto é secreto (artigo 120, § 1º, inc. I, da CF).

Art. 120. omissis

§ 1º – Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão: I – mediante eleição, pelo voto secreto:

a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;

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A escolha desses membros se dá por eleição; sendo assim, qualquer um dos desembargadores ou dos juízes de direito da Justiça Estadual de Pernambuco, inde-pendentemente da escala de antiguidade, pode ser eleito para compor o TRE/PE.

Outra conclusão que se pode tirar da análise do processo de escolha desses juízes, é que, nele, não há qualquer participação do Presidente da República.

(CESPE/TRE/GO/TécnicoJudiciário/2009) Os membros dos TRE’s são todos nomeados pelo Presidente da República, entre cidadãos de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo tribunal de justiça de cada es-tado da Federação.

Dois juízes do TRE/PE são nomeados pelo Presidente da República. Esses são advogados com notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados em lista tríplice pelo TJ/PE. O ponto central para a avaliação da questão é ter conhecimento de que não são todos os juízes do TRE/PE que são no-meados dessa forma, pois os escolhidos pelos Tribunais são nono-meados pelo Tribunal competente para a escolha, não pelo Presidente da República.

Gabarito: incorreta.

Na mesma ocasião e pelo mesmo processo – eleição, pelo voto secreto – são escolhidos os respectivos juízes substitutos, em número igual para cada uma das classes ou categorias. A escolha dos substitutos em igual número é necessária em razão de a substituição dos juízes efetivos obedecerem à classe/categoria à qual estão vinculados. Assim, membros provenientes do TJ/PE, na qualidade de desembargadores, são substituídos por juízes substitutos, que são escolhidos também entre os desembargadores do TJ/PE, e assim por diante, para as demais classes/categorias.

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ESCOLHA DE MEMBROS DO TRE DA CLASSE DO TRF/5ª REGIÃO

Como já vimos, para a escolha do membro do TRE na classe do TRF/PE há duas possibilidades:

a) nos Estados onde houver Sede de TRF, é escolhido um juiz do TRF; b) nos Estados onde não houver Sede de TRF, é escolhido um juiz federal.

Art. 120. Omissis

§ 1º – Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão: I – mediante eleição, pelo voto secreto:

a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;

b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça II – de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qual-quer caso, pelo Tribunal Regional Federal respectivo;

A escolha desse juiz do TRE/PE na classe do TRF/5ª Região não ocorre por meio de eleição. A escolha é feita arbitrariamente pelo TRF, sem qualquer tipo de eleição entre seus membros.

Isso é de fácil percepção após uma leitura cuidadosa do artigo 120 da CF/1988. Veja que a menção à necessidade de eleição pelo voto secreto somente se aplica às alíneas a e b do inciso I do referido artigo. Não se aplica, de maneira alguma, ao inciso II, o que desobriga o TRF/5ª Região de realizar qualquer eleição para a escolha de membro de TRE/PE.

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ESCOLHA DE MEMBROS DO TRE/PE DA CLASSE DOS ADVOGADOS

Compete ao Presidente da República nomear 2 (dois) juízes do TRE/PE da classe dos Advogados, escolhidos dentre seis advogados de notável saber jurí-dico e idoneidade moral, indicados em lista tríplice pelo TJ/PE (artigo 120, § 1º, inciso III, da CF).

§ 1º Os TRE’s compor-se-ão: (...)

III – por nomeação, pelo presidente da República, de dois Juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo TJ.

Aqui é oportuno fazer algumas observações importantes.

A primeira delas se refere ao fato de a CF exigir que a escolha de juízes do TRE/PE, na classe dos advogados, ocorra tão somente entre advogados. Dessa forma, substitui-se a expressão “cidadãos”, contida no artigo 25, inciso III, do CE, pela nova expressão “advogados”, do artigo 120, § 1º, inciso III, de seu texto.

Ainda sobre as modificações do artigo 25, inciso III, do CE, introduzidas pelo texto do artigo 120, § 1º, inciso III da CF, a nova redação substituiu a expressão “re-putação ilibada” por “idoneidade moral”. Entretanto, essa alteração não modifica em nada o conteúdo do texto. Na verdade, “considera-se detentor de reputação ilibada aquele que desfruta, no âmbito da sociedade, de reconhecida idoneidade moral, que é a qualidade da pessoa íntegra, sem mancha, incorrupta”. Foi essa a resposta da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) à consulta for-mulada pelo então presidente do Senado, senador Antônio Carlos Magalhães, no sentido de se aclarar o conceito constitucional de reputação ilibada. Ou seja, ambas as expressões cuidam da mesma coisa.

Outro ponto importante é que a CF/1988 não se refere à lista sêxtupla (infeliz-mente alguns autores ainda cometem esse erro), a menção a seis advogados se deve ao fato de haver duas vagas para essa classe.

Dessa forma, para cada uma dessas vagas, o TJ/PE encaminha uma lista trí-plice ao Presidente da República, para que esse realize a nomeação. No entanto,

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esse encaminhamento não ocorre de forma direta do TJ/PE para o presidente da República. A lista tríplice é elaborada no TJ/PE e encaminhada ao TSE para homologação dos nomes nela presentes (artigo 25, § 1º, do CE). Caso o TSE en-tenda que algum pretenso juiz não preenche as condições estabelecidas na CF (notável saber jurídico e idoneidade moral) poderá solicitar ao TJ/PE que faça a substituição do candidato. Caso a Corte Suprema Eleitoral entenda que todos os candidatos apresentam os requisitos constitucionais, é feito o encaminhamento da lista tríplice ao Presidente da República.

Uma vez elaborada pelo TJ/PE e homologada pelo TSE, o Presidente da República não poderá recusar a lista tríplice, sendo que sua escolha deve recair, obrigatoriamente, entre um dos advogados nela constante.

LISTA TRÍPLICE

COMPETENTE PARA SUA ELABORAÇÃO

REQUISITOS NECESSÁRIOS

REPEONSÁVEL PELA NOMEAÇÃO TJ/PE NOTÁVEL SABER JURÍDICOIDONEIDADE MORAL PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Outra importante observação se relaciona à ausência da OAB no processo de escolha dos juízes do TRE/PE no tocante à classe dos Advogados. Com efeito, a lista tríplice levada ao Presidente da República para escolha de juízes do TRE/PE é elaborada única e exclusivamente pelo tribunal competente, nesse caso o TJ/PE, sem qualquer participação da OAB/PE.

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Direto do STF

Jurisprudência do STF – “Tribunal Regional Eleitoral. Juízes da classe de Advogados. Artigos 120, § 1º, inc. III, e 94, parágrafo único, da Constituição. Compete exclusivamente ao Tribunal de Justiça do Estado a indicação de advogados, para composição de Tribunal Regional Eleitoral, nos termos do artigo 120, § 1º, inc. III, da Constituição, sem a participação, portanto, do órgão de representação da respectiva classe, a que se refere o parágrafo único do artigo 94, quando trata da composição do quinto nos Tribunais Regionais Federais, dos Estados, do Distrito Federal e Territórios”. (MS 21.060, DJ de 23/08/1991)

Há, ainda, duas importantes observações sobre esse ponto.

A primeira é que os ministros do TSE, da classe dos advogados, têm permis-são para advogar, sendo-lhes vedado apenas o seu exercício nos tribunais elei-torais. Isso também é aplicável aos juízes de TRE/PE, de idêntica classe. A razão para essa concessão é também de ordem financeira e se revela no fato de que tais membros, no exercício da magistratura no TRE/PE, recebem apenas uma gra-tificação de presença e representação e mais nada.

Direto do STF

Jurisprudência do STF – “Art. 20, inciso II – incompatibilidade da advoca-cia com membros de órgãos do Poder Judiciário. Interpretação de conformi-dade a afastar da sua abrangência os membros da Justiça Eleitoral e os juízes suplentes não remunerados”. (ADI n. 1127 MC /DF. Min. Rel. Paulo Brossard. Tribunal Pleno. DJ 29/06/2001)

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A segunda, a exemplo do que ocorre com os membros do TSE na classe dos advogados, revela-se na desnecessidade dos juízes do TRE/PE, da classe dos advogados, cumprirem, ao término de sua atuação no Tribunal, a “quarentena” estabelecida no artigo 95, parágrafo único, inciso V, da CF:

Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias: (...)

Parágrafo único. Aos juízes é vedado: (...)

V – exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorrido três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exone-ração (incluído pela Emenda Constitucional n.45, de 2004).

Direto do TSE

Jurisprudência do TSE – QUESTÃO DE ORDEM. MAGISTRADO ELEITO-RAL. CLASSE JURISTA. ART. 95, PARÁGRAFO ÚNICO, V, DA CONSTITUIÇÃO. INAPLICABILIDADE. A restrição prevista no art. 95, parágrafo único, V, da Constituição não se aplica aos ex-membros de Tribunais Eleitorais, oriundos da classe dos juristas.

2. Questão de ordem resolvida. (PET 3020, TSE)

Por último, mas não menos importante, tem-se que o processo de escolha dos juízes substitutos do TRE/PE é idêntico ao dos juízes efetivos, ou seja, para os juízes substitutos oriundos da advocacia, dá-se a nomeação do Presidente da República a partir de lista tríplice elaborada pelo TJ/PE.

Agora que foi explicado o processo de escolha de todas as classes de juízes do TRE/PE, observe o quadro-resumo que poderá facilitar seu estudo e encerrar este assunto.

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JUÍZES DO TRE/PE

(Processo de escolha)

ESCOLHIDOS QUEM ESCOLHE FORMA DE ESCOLHA

02 DESEMBARGADORES DO TJ/PE TJ/PE VOTO SECRETOELEIÇÃO PELO

02 JUIZES DE DIREITO TJ/PE VOTO SECRETOELEIÇÃO PELO 01 JUIZ DO TRF/5ª Região TRF/5ª Região ESCOLHA ARBITRÁRIA

02 ADVOGADOS PRESIDENTE DA REPÚBLICA ELABORADA PELO TJ/PELISTA TRÍPLICE

Composição dos TRE’s

A composição do TRE é norma reproduzida do artigo 120 da CF/1988:

Art. 120. Haverá um Tribunal Regional Eleitoral na Capital de cada Estado e no Distrito Federal.

§ 1º - Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão: I – mediante eleição, pelo voto secreto:

a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;

b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça; II – de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qual-quer caso, pelo Tribunal Regional Federal respectivo;

III – por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.

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E também do artigo 25 do CE:

Art. 25. Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão: I – mediante eleição, pelo voto secreto:

a) de dois juízes, dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça; b) de dois juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça;

II – do juiz federal e, havendo mais de um, do que for escolhido pelo Tribunal Federal de Recursos; e

OOs.:

 essa vaga será composta por um juiz do Tribunal Regional Federal, de

acordo com o artigo 120, § 1°, inciso II, CF/88, onde houver.

III – por nomeação do Presidente da República de dois dentre seis cida-dãos de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.

Esquematicamente, pode-se representar a composição do TRE da seguinte forma.

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COMPOSIÇÃO DO TRE

Presidente Desembargador do TJ/PE Art. 120, § 2º, CF/88 Juiz do TRF/3ªRegião Art. 120, § 1º, inc. II, CF/88

Juiz de Direito Art. 120, § 1º, inc. I, alínea ‘b’, CF/88 Vice-Presidente Desembargador do TJ/PE Art. 120, § 2º, CF/88 Juiz de Direito Art. 120, § 1º, inc. I, alínea ‘b’, CF/1988 Advogado Art. 120, § 1º, inc. III, CF/88

Advogado Art. 120, § 1º, inc. IIII,

CF/88

Juiz Federal do TRE/PE – Juiz do TRF/5ª Região ou do 1º Grau de Juris-dição da Justiça Federal em Pernambuco?

Ao se analisar a composição dos TRE’s, pode-se afirmar, ainda, que todos eles terão sete juízes. No entanto, não se pode afirmar que haverá identidade na sua composição sob o aspecto qualitativo. Em alguns TRE’s, há dois desembargado-res do TJ, dois juízes de direito, dois advogados e um juiz do TRF (2ª instância da Justiça Federal), ao passo que em outros, no lugar do juiz do TRF haverá um Juiz Federal (1ª instância da Justiça Federal). E por que isso acontece?

A resposta é muito simples. Existem apenas 5 (cinco) Tribunais Regionais Fe-derais no Brasil, cada um deles representando uma região.

Lembre-se, agora, de que o artigo 120, § 1º, inciso II, da CF, afirma que nos Estados onde houver sede de TRF, um juiz desse tribunal será escolhido para

(29)

compor o respectivo TRE. Logo, TRE-DF, TRE-RJ, TRE-PE, TRE-RS e TRE-PE (sedes de TRF) possuem em suas respectivas composições um juiz do TRF (órgão de 2ª instância da Justiça Federal). De modo diverso, nos demais TRE’s, onde não há sede de TRF, no lugar do juiz de TRF há, necessariamente, um juiz federal (órgão de 1ª instância da Justiça Federal).

Ressalte-se que o Estado de Pernambuco é sede de Tribunal Regional Federal. Portanto, o juiz federal que integra o TRE/PE é juiz membro do TRF/5ª Região.

(CESPE/TRE-BA/TécnicoJudiciário/2010) A legislação brasileira prevê que o TSE, composto de sete membros, pode ter sua composição aumentada, ao passo que os TRE’s, também compostos de sete membros cada um deles, não podem ter a sua composição aumentada.

A expressão “no mínimo” contida na descrição da composição do TSE per-mite que, por meio de lei complementar, se proceda ao aumento da sua composição. De modo diverso, a taxatividade na descrição da composição do TRE, com a ausência da expressão “no mínimo”, impõe a sua inaltera-bilidade.

Gabarito: correta.

VEDAÇÕES À ESCOLHA DOS MEMBROS DO TRE

As vedações expressas no Código Eleitoral aplicáveis aos juízes do TRE estão elencadas no artigo 25, §§ 6º e 7º, do CE e são também reproduzidas em artigo do Regimento Interno.

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A primeira delas, constante no artigo 25, § 6º, do CE, afirma que não podem fazer parte do TRE/PE pessoas que tenham, entre si, parentesco, ainda que por afinidade, até o 4º grau, excluindo-se, neste caso, a que tiver sido escolhida por último. Essa vedação se aplica a todos os juízes do TRE/PE, não importando a classe/categoria do juiz.

Para não haver dúvidas acerca da ocorrência desse impedimento, observe um caso prático.

Hipótese didática

O Desembargador A é nomeado para juiz do TRE/PE. Após algum tempo, seu cunhado B é nomeado juiz do TRF/5ª Região e escolhido para compor o mesmo TRE/PE. Isso é possível? CLARO QUE NÃO. Enquanto o juiz A, da classe dos desembargadores do TJ/PE, estiver no TRE/PE, seu cunhado B, juiz do TRF/5ª Região, não poderá compor o TRE/PE.

A outra vedação (artigo 25, § 7º, do CE), afirma que a escolha desses mem-bros não poderá recair naqueles que estejam nas seguintes situações:

a) ocupe cargo público de que seja demissível ad nutum (cargo em comissão); b) seja diretor, proprietário ou sócio de empresa beneficiada com subvenção, privilégio, isenção ou favor em virtude de contrato com a administração pública; ou

c) exerça mandato de caráter político, federal, estadual ou municipal.

Para finalizar, observe que ambas as vedações são aplicáveis tanto aos mem-bros efetivos quanto aos memmem-bros substitutos do TRE.

Art. 7º Os desembargadores eleitorais, efetivos ou substitutos, salvo moti-vo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos.

§ 1º O biênio será contado, ininterruptamente, a partir da data da posse, sem o desconto do tempo de qualquer afastamento, inclusive o decorrente de licença ou de férias, salvo o caso previsto no § 4º do artigo 6º deste re-gimento.

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§ 2º Nenhum desembargador eleitoral efetivo poderá voltar a integrar o Tribunal, na mesma classe ou em diversa, após servir por dois biênios con-secutivos, salvo se transcorridos dois anos do término do segundo biênio. § 3º O intervalo de dois anos, referido no parágrafo anterior, somente pode-rá ser reduzido em caso de inexistência de outros membros que preencham os requisitos legais.

§ 4º Consideram-se consecutivos dois biênios, quando a interrupção entre eles for inferior a dois anos.

§ 5º Aos substitutos, enquanto nessa categoria, aplicam-se as regras deste artigo, sendo-lhes permitido, entretanto, voltar a integrar o Tribunal como efetivos.

Referência Legislativa Constituição Federal

Art. 121. Omissis (...)

§ 2º - Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos, sendo os substitutos escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em número igual para cada categoria.

Código Eleitoral

Art. 14. Os juízes dos Tribunais Eleitorais, salvo motivo justificado, servirão obrigatoriamente por dois anos, e nunca por mais de dois biênios consecu-tivos.

§ 4º No caso de recondução para o segundo biênio observar-se-ão as mes-mas formalidades indispensáveis à primeira investidura. (Parágrafo único re-numerado pela Lei n. 4.961, de 4.5.1966)

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Res.-TSE n. 20.958/2001 Art. 1º omissis

§ 1º O biênio será contado ininterruptamente a partir da data da posse, sem o desconto do tempo de qualquer afastamento, salvo na hipótese do pará-grafo seguinte.

§ 2º Não poderão servir como juízes nos tribunais regionais, desde a homo-logação da respectiva convenção partidária até a apuração final da eleição, o cônjuge, o parente consanguíneo ou afim, até o segundo grau, de candidato a cargo eletivo estadual ou federal, no Estado respectivo.

Temporalidade do mandato dos membros do TRE/PE

Na Justiça Eleitoral, em detrimento à garantia da vitaliciedade, aplica-se o princípio da temporariedade do exercício das funções eleitorais, ou seja, todos os seus membros – integrantes do TSE ou TRE, juiz eleitoral ou componente de junta eleitoral – exercem a função eleitoral por um período determinado de tempo.

Para os juízes dos tribunais eleitorais – TSE e TRE – esse período de tempo de exercício das funções eleitorais está expressamente determinado no artigo 121, § 2º, nos seguintes termos:

Art. 121. Omissis

§ 2º - Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos, sendo os substitutos escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em número igual para cada categoria.

Portanto, os juízes do TRE/PE são escolhidos para exercerem as funções elei-torais por um período de, no mínimo, dois anos (um biênio), e somente pode se afastar antes do término do mandato em razão de um motivo justificado.

(33)

Recondução

Em casos de recondução, os membros do TRE/PE devem submeter-se ao mesmo processo de escolha originário: se membros provenientes do TJ/PE, de-verão ser eleitos, por meio de voto secreto, nos seus respectivos tribunais; se membro oriundo do TRF/5ª Região, designado pelo próprio tribunal; se membros provenientes da advocacia, deverão ser nomeados pelo presidente da República a partir de lista tríplice elaborada pelo TJ/PE.

Biênios

Os juízes do TRE/PE, e seus substitutos, salvo motivo justificado, servirão obri-gatoriamente por dois anos, e nunca por mais de dois biênios consecutivos. Biê-nio é o período de 2 (dois) anos.

Hipótese didática

Em janeiro de 2012, o cidadão X se tornou juiz efetivo do TRE/PE. Passados dois anos (2012 - 2013), finda o seu biênio obrigatório, também chamado 1º biênio. A par-tir daí, poderá ele ainda exercer um 2º biênio (2014 - 2015) sem que haja qualquer im-pedimento. Contudo, findo os dois biênios, um 3º biênio (2016 – 2017) está vedado. É importante destacar, ainda sobre a contagem de número de biênios, que são considerados dois biênios consecutivos quando, entre esses períodos, ocor-rer interrupção inferior a dois anos.

Por fim, uma vez exaurida qualquer possibilidade de recondução ao cargo de juiz do TRE/PE (exercício de dois biênios), terá o cidadão que aguardar para re-tornar a esse Órgão, na mesma classe ou em classe diversa, o prazo de dois anos do término do 2º biênio. Esse prazo, no entanto, poderá ser reduzido em caso de inexistência de outros juízes que preencham os requisitos legais.

Art. 8º. A posse dos desembargadores eleitorais dar-se-á dentro de trinta dias, contados da:

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II – publicação oficial da nomeação, na hipótese dos juristas.

§ 1º Esse prazo poderá ser prorrogado, pelo Tribunal, por até sessenta dias, mediante requerimento motivado do interessado.

§ 2º Os desembargadores eleitorais prestarão o compromisso constitucional e assinarão o termo de posse, que será lido pelo Diretor Geral:

I – em sessão solene do Tribunal, os membros efetivos, facultada a posse perante o presidente, em seu gabinete;

II – perante a presidência, os membros substitutos.” (Parágrafo com a reda-ção dada pelo art. 1º da Res. n. 162/2012)

§ 3º Quando a recondução ocorrer antes do término do primeiro biênio, será anotada no termo da investidura inicial, havendo, entretanto, nova pos-se, se ocorrer interrupção do exercício.

§ 4º Os desembargadores eleitorais, efetivos e substitutos, prestarão o se-guinte compromisso: “Prometo desempenhar bem e fielmente os deveres do cargo em que estou sendo empossado, cumprindo e fazendo cumprir a Constituição e as leis da República, pugnando, sempre, pelo prestígio e res-peitabilidade da Justiça Eleitoral.”

Os juízes efetivos, não importa a classe, tomarão posse perante o Tribunal, e os substitutos, perante o presidente. Nesse ato, ambos se obrigam, uns e outros, por compromisso formal, a bem cumprir os deveres do cargo, em conformidade com a Constituição e as Leis da República.

A posse de um juiz efetivo ocorre perante o Tribunal em sessão plená-ria, mais precisamente, na primeira sessão com a sua presença. De outro modo, como o juiz substituto somente participa eventualmente das ses-sões do Tribunal, decidiu o RITRE/PE que sua posse se dará perante o pre-sidente do Tribunal e, em geral, ocorre no próprio gabinete do Prepre-sidente.

Juízes DO TRIBUNAL POSSE

Juízes EFETIVOS PERANTE O TRIBUNAL Juízes SUBSTITUTOS PERANTE O PRESIDENTE

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Art. 9º. Considera-se mais antigo o desembargador que primeiro tenha to-mado posse no cargo efetivo e, em caso de dois desembargadores eleitorais, de igual classe ou não, tomarem posse na mesma data, considerar-se-á o mais antigo, para todos os efeitos regimentais:

I – em relação aos desembargadores e juízes de direito, aquele que for o mais antigo no Tribunal de origem;

II – em relação aos advogados, o que houver sido empossado há mais tempo como efetivo;

III – se persistir o empate em relação aos advogados, o que houver exercido a substituição;

IV – havendo, ainda, empate, o mais idoso.

Seção II

Da vacância, dos afastamentos e das suOstituições

Art. 10. Nos casos de vacância do cargo, licença, férias ou afastamento de desembargador eleitoral efetivo, será, obrigatoriamente, convocado membro substituto da mesma classe, obedecida, inicialmente, a ordem de antiguidade no Tribunal e observada a alternância entre eles, nos afastamentos subsequentes.

§ 1º Nas ausências ou impedimentos eventuais de desembargador eleitoral efetivo, somente será convocado membro substituto por exigência de quorum legal.

§ 2º Em caso de vacância, o substituto permanecerá em exercício até a posse do novo membro efetivo.

§ 3º É vedado o afastamento de desembargadores eleitorais, titulares ou substitutos, no mesmo período, para gozo de férias individuais, em número que comprometa o quorum para julgamento.

§ 4º Os desembargadores eleitorais comunicarão, por escrito, ao presidente do Tribunal, até o dia 20 (vinte) do mês anterior, os períodos de férias na Justiça de origem e outros afastamentos programados, ou imediatamente, quando o afastamento for imprevisto.

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§ 5º As férias dos desembargadores eleitorais poderão ser interrompidas, havendo necessidade, devendo o período remanescente ser gozado oportuna-mente.

§ 6º A licença para tratamento de saúde dos desembargadores eleitorais, afastados do cargo ou função pública que exerçam, independerá de exame ou inspeção de saúde.

§ 7º Os desembargadores eleitorais afastados por motivo de férias ou licença de suas funções na justiça de origem ficarão automaticamente afastados da Jus-tiça Eleitoral, pelo tempo correspondente, exceto quando os períodos de férias coincidirem com a realização e apuração de eleição ou encerramento de alista-mento.

§ 8º O afastamento definitivo das funções judicantes e o término do biênio ensejarão a extinção da jurisdição eleitoral para o membro do Tribunal.

§ 9º A jurisdição eleitoral cessará igualmente para o desembargador eleitoral, da classe dos advogados, que se tornar impedido de exercer a profissão, após a investidura no Tribunal.

Critério de Substituição

Os critérios utilizados pelo Tribunal para designar o substituto de um juiz ausente em sessão de julgamento são, nessa ordem:

• Classe – o juiz substituto deve, necessariamente, ser da mesma classe (Desembargador, Juiz de Direito, Juiz Federal ou Advogado) do juiz ausen-te. NUNCA, EM HIPÓTESE ALGUMA, UM JUIZ DE UMA CLASSE PODE SER SUBSTITUÍDO POR OUTRO DE CLASSE DIVERSA.

• Antiguidade – a escolha, inicialmente, será pelo juiz substituto mais an-tigo da classe. Somente se esse estiver ausente, outro juiz substituto da classe poderá ser o escolhido.

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Art. 11. O presidente do Tribunal, quarenta e cinco dias antes do término do biênio, no caso de magistrado, ou noventa dias antes, na hipótese de advogado, comunicará o fato aos presidentes dos Tribunais de Justiça e Regional Federal da 5.ª Região, para escolha e indicação dos novos membros, esclarecendo-lhes se trata-se do primeiro ou do segundo biênio do substituído.

Parágrafo único. No caso de vacância por motivo diverso, a comunicação será imediata.

TÉRMINO DE BIÊNIO: PRAZO PARA INÍCIO DO PROCESSO DE

ESCOLHA

Para viabilizar a escolha de um novo juiz, há algumas disposições regimentais, referentes a prazo, que devem ser observadas pelo Tribunal.

Para juízes da classe de magistrados, até quarenta e cinco dias antes do térmi-no do biênio, ou imediatamente depois da vacância do cargo por motivo diverso, o presidente do tribunal eleitoral convocará o Tribunal de Justiça para a escolha do novo juiz. Nesse momento, será esclarecido ao Tribunal se a substituição é de primeiro ou de segundo biênio.

Para juízes da classe dos advogados, até noventa dias antes do término do biênio, ou imediatamente após a vacância do cargo por motivo diverso, o pre-sidente do tribunal eleitoral convocará o Tribunal de Justiça para a indicação em lista tríplice. Nesse momento, será esclarecido ao Tribunal se a substituição é de primeiro ou de segundo biênio.

MINISTROS DO TSE INÍCIO DO PROCESSO DE ESCOLHA Magistrados de Carreira 45 DIAS ANTES DO TÉRMINO DO BIÊNIO CLASSES DOS ADVOGADOS 90 DIAS ANTES DO TÉRMINO DO BIÊNIO

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Art. 12. Os membros do Tribunal gozarão de licença, nos casos previstos em lei e na forma por ela regulada, e ainda:

I – automaticamente, e pelo mesmo prazo, em consequência de afastamento que tenham obtido na Justiça de origem;

II – concedida pelo Tribunal, quando se tratar de membros da classe de juris-tas ou de magistrados afastados da Justiça de origem para servir exclusivamente à Justiça Eleitoral.

Art. 13. O desembargador eleitoral licenciado não poderá exercer qualquer das suas funções jurisdicionais ou administrativas.

Parágrafo único. Salvo contraindicação médica, o desembargador eleitoral licenciado poderá reassumir o cargo a qualquer tempo, entendendo-se que de-sistiu do restante do prazo, bem assim proferir decisões em processos que, antes da licença, lhe hajam sido conclusos para julgamento ou tenham recebido o seu visto como relator ou revisor.

Art. 14. Quando o exigir o serviço eleitoral, os membros do Tribunal poderão ser afastados do exercício dos cargos nos respectivos tribunais de origem, sem prejuízo dos seus vencimentos.

Parágrafo único. O afastamento, em todos os casos, será por prazo determi-nado ou enquanto subsistirem os motivos que o justificarem, e mediante solicitação fundamentada do presidente do Tribunal e aprovação do Tribunal Superior Eleitoral.

Art. 15. O presidente permanecerá em exercício durante os períodos de re-cesso, podendo gozar suas férias isoladamente.

Parágrafo único. Em caso de afastamento, permanecerá em exercício o vice- presidente e, na sua impossibilidade, será convocado o suplente do presidente.

O que ocorre com a distribuição e quem decide os processos de natureza urgente no período de recesso dos juízes do TRE/PE?

A distribuição continua ocorrendo normalmente no período de recesso dos juízes do TRE/PE. Quanto aos processos de natureza urgente, o RITRE/PE afirma que compete ao Presidente e, em sua ausência ou impedimento, ao Vice-Presi-dente, decidir os processos que reclamam solução urgente; na ausência de am-bos, convoca-se o suplente do Vice-Presidente.

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A atuação do Presidente e do Vice-Presidente durante o recesso forense aten-de ao comando constitucional inscrito no artigo 93, inciso XII da CF/1988, segun-do o qual, nos recessos, deve haver plantão permanente.

Art. 16. O corregedor, caso o exija o serviço eleitoral, permanecerá em exer-cício durante o recesso, e gozará suas férias em período extraordinário.

Art. 17. O membro do Tribunal que não gozar férias na forma prevista nos artigos anteriores, terminado o respectivo mandato, receberá certidão do fato, para os fins legais.

Art. 18. Nas ausências ou impedimentos eventuais ou temporários, serão substituídos:

I – o presidente pelo vice-presidente, o vice-presidente pelo corregedor re-gional, e este, pelo desembargador eleitoral mais antigo, sem prejuízo da relatoria dos processos que, em razão da condição de membros, lhes forem distribuídos;

II – qualquer dos membros da Comissão de Regimento pelo respectivo su-plente.

O RITRE/PE prescreve que, nas ausências e impedimentos eventuais, quem deve substituir o Desembargador Eleitoral. Assim:

• o Presidente é substituído pelo Vice-Presidente;

• o Vice-Presidente, pelo Corregedor Regional Eleitoral;

• o Corregedor Regional Eleitoral, pelo Desembargador Eleitoral mais antigo; e • os membros da Comissão de Regimento Interno são substituídos pelos

res-pectivos suplentes.

Art. 19. O relator será substituído pelo revisor, se houver, ou pelo desembar-gador imediato em antiguidade, em caso de ausência ou impedimento eventual, quando se tratar de deliberação sobre medida urgente.

Quanto à prática das medidas e à tomada das decisões de caráter urgente, se o Relator não estiver presente, o regimento determina que ele será substituído pelo Revisor.

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Não obstante, nos processos em que não houver Revisores, o Relator deve ser substituído pelo Desembargador que lhe seguir em antiguidade, ou seja, pelo imediatamente mais antigo.

Art. 20. O revisor será substituído, em caso de vaga, impedimento ou licença por mais de trinta dias, pelo desembargador que se lhe seguir em ordem decres-cente de antiguidade.

Seção III

Dos cargos de direção

Art. 21. O Tribunal Regional Eleitoral elegerá, para seu presidente, um dos desembargadores do Tribunal de Justiça, cabendo ao outro a vice-presidência, e, para corregedor regional eleitoral, um dos seus membros da classe dos magis-trados.

§ 1º Os mandatos do presidente, do vice-presidente e do corregedor regional eleitoral serão de dois anos, improrrogáveis, contados da posse no respectivo cargo de direção.

§ 2º A eleição será processada mediante escrutínio secreto, na sessão ordi-nária imediatamente posterior à expiração do mandato ou biênio, desde que presentes os elegíveis.

§ 3º Não sendo possível a eleição na sessão indicada no parágrafo anterior, será convocada sessão extraordinária para o primeiro dia desimpedido.

§ 4º Será proclamado eleito, para qualquer dos cargos, o membro que obtiver a maioria absoluta de votos do Tribunal.

§ 5º Não sendo alcançada a maioria absoluta após dois escrutínios, será con-siderado eleito o membro mais votado e, ocorrendo empate, o mais antigo no Tribunal.

§ 6º O presidente, o vice-presidente e o corregedor regional tomarão posse em sessão solene, prestando compromisso formal de bem cumprir os deveres dos respectivos cargos, lavrado o necessário termo.

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Presidente e Vice-Presidente

Os ocupantes dos cargos de Presidente e Vice-Presidente do TRE estão de-finidos no artigo 120, § 2º, da CF. Segundo esse dispositivo constitucional, o TRE elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os Desembargadores do TJ que dele fazem parte. Considerando-se que temos dois Desembargadores na composição do TRE, um deles sempre será o presidente, cabendo ao outro a vice-presidência.

ESCOLHA DO PRESIDENTE E DO VICE-PRESIDENTE DO TRE/PA

Segundo o artigo 21 do RITRE/PEE, o Tribunal elegerá seu Presidente e Vice-Presidente entre os desembargadores do TJ/PE para servir por dois anos, contados da posse.

Por sua vez, em razão da omissão constitucional, a escolha do Corregedor Regional Eleitoral fica a cargo do Regimento Interno. No caso do RITRE/PE, essa caberá a um dos Desembargadores da classe dos magistrados. Não há exercício cumulativo de cargo. Assim temos:

Juiz/CLASSE CARGO NO TRE/PA

Desembargador do TJ PRESIDENTE

Desembargador do TJ VICE-PRESIDENTE

Desembargador da classe dos magistrados CORREGEDOR REGIONAL ELEITORAL

CAPÍTULO III

DA COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL

Art. 22. Compete ao Tribunal, além de outras atribuições que lhe forem con-feridas:

I – elaborar o seu regimento interno;

(42)

III – eleger o presidente, o vice-presidente, o corregedor regional eleitoral, a Comissão do Regimento Interno e a Diretoria da Escola Judiciária Eleitoral;

IV – fixar a interpretação cabível na hipótese de dúvida envolvendo norma regimental ou a ordem dos processos submetidos à sua apreciação para julga-mento;

V – aplicar penas de advertência, censura e destituição compulsória da função aos juízes eleitorais;

VI – responder às consultas sobre matéria eleitoral que lhe forem feitas, em tese, por juiz eleitoral, autoridade pública estadual ou federal ou partido políti-co registrado, através de seu órgão dirigente regional ou delegado credenciado junto ao Tribunal;

VII – consultar o Tribunal Superior Eleitoral sobre matéria de alcance nacional; VIII – dirigir representação ao Tribunal Superior Eleitoral sobre medida neces-sária ao funcionamento do Tribunal ou à execução de lei eleitoral;

IX – expedir instruções e resoluções para o exato cumprimento das normas eleitorais;

X – estabelecer o calendário das sessões ordinárias;

XI – dividir a circunscrição em zonas eleitorais, submetendo essa divisão, as-sim como a criação de novas zonas ou os desmembramentos, à aprovação do Tribunal Superior Eleitoral;

XII – aprovar a designação de juízes eleitorais, inclusive substitutos, na forma prevista nos artigos 211 a 217;

XIII – aprovar a designação, nos municípios com mais de uma zona eleitoral, dos juízos competentes para as atribuições previstas na Lei n. 9.504/1997;

XIV – aprovar os nomes das pessoas indicadas pelos juízes eleitorais para a composição das juntas eleitorais;

XV – determinar a revisão do eleitorado, com base em instruções expedidas pelo Tribunal Superior Eleitoral, homologando o seu resultado;

XVI – receber e processar a denúncia, ou rejeitá-la, quando manifestamente inepta;

(43)

XVII – julgar as denúncias e representações envolvendo apuração de irregu-laridades no serviço eleitoral, capazes de comprometer as eleições, em razão de abuso de poder econômico e de abuso de autoridade, bem como de uso inde-vido de cargo ou função pública, nos termos da lei;

XVIII – determinar a abertura de concurso público, na hipótese de vagas a serem preenchidas, e homologar o resultado, decidindo, ainda, sobre eventual prorrogação de validade do certame público;

XIX – conceder licença e férias, nos termos da lei, aos seus membros e aos juízes eleitorais, assim como afastamento do exercício dos cargos efetivos, sub-metendo esta decisão, quanto aos membros, à aprovação do Tribunal Superior Eleitoral;

XX – requisitar a força policial necessária para o cumprimento de suas deci-sões e solicitar ao Tribunal Superior Eleitoral a requisição de força federal;

XXI – aprovar a constituição da comissão apuradora das eleições;

XXII – encaminhar ao Tribunal Superior Eleitoral os resultados parciais relativos aos votos das eleições para presidente e vice-presidente da república;

XXIII – apurar os resultados finais das eleições para governador e vice-gover-nador do estado, sevice-gover-nador, deputado federal e deputado estadual, a partir dos dados parciais fornecidos pelas juntas eleitorais e pela comissão apuradora do Tribunal;

XXIV – proceder ao cálculo dos quocientes eleitoral e partidário, bem como da distribuição das sobras;

XXV – diplomar os eleitos para os cargos de governador e vice-governador do estado, de senador, de deputado federal e estadual, com as comunicações necessárias ao Tribunal Superior Eleitoral;

XXVI – propor ao Congresso Nacional, por intermédio do Tribunal Superior Eleitoral, a criação ou extinção de cargos bem como a fixação da respectiva re-muneração;

XXVII – fixar a data para realização de novas eleições, obedecido o prazo le-gal, quando mais da metade dos votos for considerada nula ou em outras hipó-teses legalmente previstas;

(44)

XXVIII – autorizar a requisição, pelo presidente e pelos juízes eleitorais, de servidores públicos federais, estaduais e municipais, no caso de acúmulo ou ne-cessidade de serviço;

XXIX – determinar a apuração das urnas anuladas, por decisão das juntas elei-torais, na hipótese de provimento do recurso interposto;

XXX – determinar o registro dos partidos políticos de nível regional;

XXXI – apreciar as prestações de contas anuais dos partidos políticos de nível regional;

XXXII – aprovar o planejamento estratégico, elaborado por processo partici-pativo com os servidores e autorizado pela presidência, com periodicidade de cinco anos, bem como suas revisões e adequações;

XXXIII – aprovar a previsão orçamentária para um período de quatro anos, a fim de ser consolidada no projeto de Plano Plurianual;

XXXIV – avaliar a gestão da execução orçamentária do exercício, mediante a apreciação da prestação de contas do presidente;

XXXV – elaborar sua proposta orçamentária e formular pedidos de eventuais créditos adicionais;

XXXVI – processar e julgar originariamente:

a) o registro e o cancelamento do registro de candidatos aos cargos de gover-nador, vice-govergover-nador, segover-nador, deputados federal e estadual;

b) os conflitos de competência entre juízes eleitorais do estado;

c) a suspeição ou o impedimento dos seus membros e servidores, do procu-rador regional eleitoral, assim como dos juízes e chefes de cartórios eleitorais;

d) os crimes eleitorais e os comuns que lhes forem conexos, cometidos por autoridades que respondam perante o Tribunal de Justiça por crime de responsa-bilidade, enquanto estiverem no exercício do cargo;

e) os habeas corpus, em matéria eleitoral, contra atos de autoridades que respondam perante o Tribunal de Justiça de Pernambuco nos crimes de respon-sabilidade;

f) os mandados de segurança, em matéria eleitoral, contra atos de autorida-des que respondam perante o Tribunal de Justiça de Pernambuco nos crimes de responsabilidade, bem como de seu presidente, do corregedor e demais mem-bros, do procurador regional eleitoral, dos juízes, juntas e promotores eleitorais;

(45)

g) os mandados de injunção e os habeas data, nos casos previstos na Consti-tuição Federal, quando versarem sobre matéria eleitoral;

h) as reclamações relativas a obrigações impostas por lei aos partidos políticos, quanto à sua contabilidade e a apuração da origem dos seus recursos financeiros; i) os pedidos de desaforamento dos processos não decididos pelos juízes eleitorais no prazo de trinta dias, contados da data de conclusão para julgamen-to, formulados por partido político, candidajulgamen-to, Ministério Público ou parte legi-timamente interessada, sem prejuízo das sanções aplicáveis em decorrência do excesso de prazo;

j) ação de impugnação de mandatos eletivos federais e estaduais;

k) a arguição de inelegibilidade e as ações relativas a perda de mandato eleti-vo por infidelidade partidária, no âmbito de sua competência;

XXXVII – julgar os recursos interpostos:

a) dos atos, despachos e decisões proferidas pelo presidente e pelo correge-dor regional, inclusive com relação à punição disciplinar imposta aos servicorrege-dores eleitorais, assim como por desembargadores relatores, secretários, diretor-geral e comissão do Tribunal;

b) dos atos, decisões e sentenças proferidas por juízes ou juntas eleitorais, inclusive que julgarem ação de impugnação de mandato eletivo, habeas corpus, mandado de segurança, mandado de injunção, habeas data e representações previstas em lei.

XXXVIII – cumprir e fazer cumprir as decisões e instruções do Tribunal Superior Eleitoral.

COMPETÊNCIAS DA JUSTIÇA ELEITORAL

O foco, agora, será um assunto muito cobrado em concursos públicos: a competência do TRE/PE.

Estudar a competência da Justiça Eleitoral é estudar as competências dos seus órgãos: TSE, TRE’s, Juizes Eleitorais e Juntas Eleitorais. Partindo-se desse pressu-posto, é muito comum o estudo dessa matéria ser exaustivo e enfadonho, haja

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