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PLANO DE ENSINO 2016

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Academic year: 2021

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PLANO DE ENSINO 2016

I- JUSTIFICATIVA

A disciplina Sociologia e Extensão Rural estimulará os acadêmicos do curso a refletirem sobre dois campos de conhecimento de grande relevância para sua prática profissional. As discussões de sociologia contribuirão com a reflexão acerca de como foi constituído o espaço agrário brasileiro, tratará das desigualdades sociais presentes no meio rural e das distintas formas sociais de produção presentes nesse contexto, sendo elas: campesinato, agricultura familiar e o agronegócio. Dessa forma, os estudantes estarão munidos de argumentos que os farão compreender a diversidade do espaço rural, possibilitando que os mesmos atuem profissionalmente de forma crítica, desnaturalizando concepções provenientes do senso comum.

As discussões sobre a extensão rural têm um papel relevante na medida em que possibilitarão aos acadêmicos compreenderem o papel da extensão nos processos positivos e negativos de transformação da agricultura brasileira, especialmente após 1940. Tal relevância da extensão rural continua na atualidade, logo, torna-se necessário entender seus rumos, significados e métodos, contribuindo para que os acadêmicos assimilem os desafios de sua vida profissional e seu papel para a promoção de formas de desenvolvimento mais sustentáveis para o mundo rural.

II – EMENTA

Reconstrução histórica da extensão rural no Brasil, seus objetivos e concepções metodológicas; análise dos modelos de ação extensionista, suas transformações e perspectivas. O contexto atual da extensão rural e as tendências de mudanças dos enfoques tradicionais. Conceitos básicos de sociologia e antropologia. O estado e a questão fundiária. Os movimentos sociais no meio rural. A questão da terra e a reforma agrária.

III- OBJETIVO GERAL

Apresentar os principais conceitos da sociologia e da antropologia para enfim alcançar o debate relacionado ao meio rural. Refletir sobre os principais processos sociais direta ou indiretamente associados à agricultura e à história da extensão rural brasileira (métodos, ações e consequências).

CURSO: Agronomia MODALIDADE: Presencial DISCIPLINA: Sociologia e Extensão Rural (AG 96)

TURMA: 9ª fase

SEMESTRE LETIVO: 1º / 2016

CARGA HORARIA SEMESTRAL: 60 horas

PRÉ-REQUISITO: Introdução à Agronomia (AG 13)

(2)

IV- OBJETIVOS ESPECÍFICOS São objetivos específicos da disciplina:

a) Debater a ocupação do espaço agrário brasileiro desde o século XVI até o século XX;

b) Discutir a questão indígena e afro-brasileira no passado e no presente;

c) Discutir as diferentes formas sociais de produção presentes no espaço agrário brasileiro: campesinato, agricultura familiar e agronegócio;

d) Abordar o histórico, formas de organização, bandeiras políticas conformação movimentos sociais rurais;

e) Debater e compreender a complexidade e a multifuncionalidade do espaço rural; f) Diferenciar as formas de organização social preponderantes no espaço rural; g) Debater as diferentes perspectivas da questão fundiária no Brasil;

h) Situar historicamente a constituição e desenvolvimento dos serviços de assistência técnica e extensão rural no Brasil e em Santa Catarina, pós década de 1940, destacando modelos institucionais, coordenação, fontes financiadoras e prática extensionista;

i) Conhecer e diferenciar os paradigmas da extensão rural no Brasil (difusionista, sistêmica e participativa/educativa);

j) Conhecer diferentes métodos de extensão rural, sua aplicabilidade e relação com a comunicação rural;

V- CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Mês/

Unidades Conteúdos Aulas

16/02 Apresentação do Programa de Curso 2

17/02 Introdução: as especificidades do universo rural e a questão do camponês 2 23/02 A noção de "ruralidades" - Estudo de Caso 2 24/02 As relações de morada - Cultura e Direitos no mundo rural 2 01/03 Autores contemporâneos da sociologia rural 2

02/03 Movimentos sociais no campo. 2

08/03 Exibição de documentário "À sombra de um delírio verde" e debate e discussão em sala 2 09/03 A expansão agrícola e o genocídio da população indígena 2 15/03 A expansão agrícola e o genocídio da população indígena: as

narrativas do contato 2

16/03 As populações quilombolas no Brasil - Outras ruralidades e experiências no campo. 2 22/03 Questões de gênero no espaço rural. 2

23/03 A globalização e o mundo rural 2

29/03 Exibição do documentário "Comida S.A" e debate em sala 2

30/03 Apresentação dos seminários 2

05/04 Apresentação dos seminários 2

06/04 Apresentação dos seminários 2

12/04 Fechamento da primeira parte do curso - Balanço das contribuições 2 Subtotal 34

(3)

13.04 Espaço rural e definições de extensão rural; 1 13, 19 e

20.04

Histórico da extensão rural no Brasil e em Santa Catarina (objetivos, instituições, coordenação, fontes financiadoras e abordagens): 1940 - 2015;

5

26.04 Educação e extensão rural; 2

26 e 27.04 Abordagens da extensão rural no Brasil (difusionista, sistêmica, educativa); 2

03.05 Prova 1 – Extensão Rural; 2

04.05 Classificação dos métodos de extensão rural; 1 04, 10 e

11.05

Comunicação rural: noções básicas, meios e instrumentos de

comunicação; 5

17, 18, 24,

25, 31.05 Métodos de extensão

10

01.06 Palestra sobre chamadas de ATER; 2

07.06 Prova 2 – Extensão rural; 2

Subtotal 32

Total: 66*

* Aulas de 55 minutos cada. VI- METODOLOGIA

As aulas serão desenvolvidas de forma expositiva, estimulando a participação e interação entre os alunos e destes com o docente. A leitura de textos e a apresentação de trabalhos inerentes à cada temática serão utilizados como instrumentos de fundamentação teórica dos conteúdos. Para cada conteúdo abordado será indicada bibliografia pertinente.

Oportunamente, serão utilizados projetor de multimídia, vídeos, quadro e pincéis como instrumentos de apoio às discussões.

Não estão previstas viagens de estudo no âmbito da disciplina. VII- AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM

A avaliação será realizada de forma ampla, contínua e cumulativa através de atividades previamente planejadas e encaminhadas, pela participação nas atividades desenvolvidas e na resolução de provas. A distribuição das avaliações por tipo e peso será:

Conteúdo de sociologia rural: a) Peso: 50% da nota da disciplina. b) Instrumentos de avaliação: - Seminários

- Participação em sala Conteúdo de extensão rural: a) Peso: 50% da nota da disciplina. b) Instrumentos de avaliação:

(4)

- Dois trabalhos em grupo: Cada qual com peso de 8% da nota total da disciplina; - Participação nas aulas relativas ao conteúdo de extensão rural: peso de 4% da nota total da disciplina (será avaliado frequência, apresentação de textos e participação ativa nas aulas).

VIII- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BIBLIOGRAFIA BÁSICA

OLINGER, G. Métodos de Extensão Rural. Florianópolis: EPAGRI, 2001. 163p. STÉDILE, J.P. A questão agrária na década de 1990. 4° Ed. Porto Alegre: Ed. da UFRGS, 2004.

FREIRE, P. Extensão ou Comunicação? Paz e Terra: 2006. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

ABRAMOVAY, R. Paradigmas do capitalismo agrário em questão. São Paulo: HUCITEC/UNICAMP, 1992, 275 p.

TAGLIARI, P.S. A Articulação Pesquisa/Extensão Rural na Agricultura. EPAGRI, 1994.

COLETTI, S. A Estrutura Sindical no Campo. São Paulo: Unicamp, 1998.

BICCA, E.F. Extensão Rural: da pesquisa ao campo. Guaíba: Agropecuária.1992. 184p.

OUTRAS BIBLIOGRAFIAS INDICADAS PELOS PROFESSORES

ARRUTI, José Maurício Andion. A emergência dos" remanescentes": notas para o diálogo entre indígenas e quilombolas. Mana, v. 3, n. 2, p. 7-38, 1997.

ASBRAER & SAF-MDA. Projeto indicadores de avaliação de resultados de ATER. Junho de 2007. Texto não publicado.

BRANDÃO, Carlos Rodrigues. Os caipiras de São Paulo. Editora Brasiliense, 1983. BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Agrário. Fundamentos teóricos, orientações e procedimentos metodológicos para a construção de uma pedagogia de ATER. Brasília: MDA/SAF, 2011. 45 p.

DA SILVA, José Graziano. O novo rural brasileiro. Nova economia, v. 7, n. 1, 2013. FAO & MDA. Perfil dos serviços de assistência técnica e extensão rural para agricultores familiares e assentados no Brasil. 2003. Texto não publicado.

GODOI, Emilia Pietrafesa et al. Diversidade do campesinato: expressões e categorias, v. 1–Construções identitárias e sociabilidades. IICA, Ministerio da Integração Nacional, 2009.

GOMES, Leonardo Ribeiro. O jovem dos clubes4-S como elemento difusor da modernização das práticas agrícolas em Minas Gerais nas décadas de 1950 e 1960. Vinculado ao projeto financiado pelo CNPq sob o nº470687/2011-8 e da FAPEMIG, sob nº APQ 00635/11. Mimeo. Disponível em: <

(5)

http://sbhe.org.br/novo/congressos/cbhe7/pdf/04-

%20HISTORIA%20DA%20EDUCACAO%20DAS%20CRIANCAS-%20JOVENS%20E%20ADULTOS%20NO%20BRASIL/O%20JOVEM%20DOS%20 CLUBES%204-S.pdf> Acesso em: 20 abr 2015.

HAVERROTH, Célio. Extensão Rural Pública: métodos, possibilidades e limites para a transição agroecológica no oeste catarinense. 2012. 184f. Dissertação (Mestrado em Extensão Rural) – Programa de Pós-Graduação em Extensão Rural, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2012. p. 54-67.

LISBOA, Rodrigo da Silva; SILVEIRA, Laurício Bighelini; DIESEL, Vivien. Extensão Rural Pública para quem? A nova face institucional da orientação técnica no Rio

Grande do Sul. In: VIII CONGRESSO LATINOAMERICANO DE SOCIOLOGIA RURAL, 2010, Porto de Galinhas. Anais..., Porto de Galinhas:ALASRU, 2010.

OZELAME, O.; DESSIMON MACHADO J.A.; HEGEDUS, P. O enfoque sistêmico na extensão: desde sistemas “Hard” a sistemas “Soft”. Montevideo: Agrociência, v. 6, n 2, 2002. p. 53-60.

PALMEIRA, Moacir. Casa e trabalho: notas sobre as relações sociais na plantation tradicional. Contraponto, v. 2, n. 2, 1977.

PEIXOTO, Marcus. Extensão Rural no Brasil – uma abordagem histórica da legislação. Consultoria legislativa do Senado Federal. Textos para Discussão 48. Brasília. out. 2008. 50p.

PEIXOTO, Marcus. Mudanças e desafios da extensão rural no Brasil e no mundo. In: BUAINAIN, Antônio Márcio; ALVES, Eliseu; SILVEIRA, José Maria da;

NAVARRO, Zander. O mundo rural no Brasil do século 21: a formação de uno novo padrão agrário e agrícola. Brasília, DF: Embrapa, 2014. p. 893-924.

RUAS, Elma Dias et al. Metodologia Participativa de Extensão Rural para o Desenvolvimento Sustentável – MEXPAR. Belo Horizonte, MG. mar 2006.

SEYFERTH, Giralda. Campesinato e o Estado no Brasil. Mana, v. 17, n. 2, p. 395-417, 2011.

SIGAUD, Lygia. Armadilhas da honra e do perdão: usos sociais do direito na mata pernambucana.Mana, v. 10, n. 1, p. 131-163, 2004.

VELHO, Otávio Guilherme. O conceito de camponês e sua aplicação à análise do meio rural brasileiro. América Latina, v. 12, n. 1, p. 96-102, 1969.

VIEBRANTZ, Kerli Paula Melz. A extensão rural: ambiente, agricultura e associativismo. Revista Grifos, n. 25, p. 127-145, dez. 2008.

WILLEMS, Emílio. O problema rural brasileiro do ponto de vista

(6)

WOORTMANN, Klaas. Com parente não se neguceia: o campesinato como ordem moral. Anuário antropológico, v. 87, p. 11-73, 1990.

IX- OBSERVAÇÕES / ACORDOS DIDÁTICOS

Rio do Sul, SC, 25 de fevereiro de 2016.

_________________________________ ________________________________ Profº Rafael Antunes Almeida Profº André Kuhn Raupp

_________________________________ Supervisão pedagógica

Referências

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