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Antropometria e força muscular relativa de membros superiores

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Academic year: 2021

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Antropometria e força

muscular relativa de membros superiores

Elirez Bezerra da Silva1, Mauro Santos Teixeira2 e Paulo Sérgio Chagas Gomes3

Anthropometry and relative

muscular strength of the upper extremities

1, Programa de Pós Graduação em Educação Física - UGF, Escola de Educação Física do Exercito

e-mail: elirezsilva@openlink.com.br

2 Programa de Pós Graduação em Educação Física - UGF 3 Centro de pesquisas interdisciplinares em saúde - Universidade Gama Filho

Tel.: +55-21-2599-7272 (R.6157) e-mail.:artus@ugf.com.br

1 Physical Education Post-graduction program - UGF, army Physical education Scholl

2 Physical Federation Post-graduction - UGF

3 Interdisciplinan center for health research - Universidade Gama Filho Tel.: +55-21-2599-7272 (R.6157)

e-mail.:artus@ugf.com.br

Resumo

Por ocasião do alistamento militar, as Comissões de Seleção (CS) fazem somente a avaliação médica e odontológica, teste de força muscular lombar, exame psicotécnico e entrevista do jovem apresentado. Não existe um critério simples e rápido para auxiliar as CS na seleção dos jovens mais fortes fisicamente para o serviço militar inicial. O objetivo deste estudo foi verificar o poder da associação entre algumas variáveis antropométricas e a força muscular relativa de membros superiores exercida contra a resistência oferecida pelo próprio peso corporal. Dos 72 soldados participantes do estudo, 12 foram selecionados aleatoriamente

Abstract

Upon military enlistment, Selection Committees (SC) perform medical and dental evaluation, apply lumbar muscu-lar strength and psychotechnical tests, and interview the candidate. There is no simple, quick criterion to help SCs to select physically stronger young men for military service. The purpose of this study was to verify a possible correlation between certain anthropometric variables and relative muscular strength of the upper extremities as exerted against one’s own body w eight. Twelve out of the seventy-two soldiers participating in the present study were randomly selected for

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para a validação cruzada. Foram medidas massa corporal, estatura, circunferências do antebraço relaxado, coxa e perna, dobras cutâneas de coxa, perna e estimada a massa muscular. A força muscular relativa de membros superiores foi medida pelo teste de puxada na barra. A análise de regressão múltipla apresentou o coeficiente de determinação R2

igual a 0,16, o erro padrão da estimativa igual a 3,5 repetições, para p < 0,007. Repetições Máximas na Puxada na Barra = 0,76 Circunferência do Antebraço Relaxado (cm) – 0,2 Estatura (cm) + 23,5. Na validação cruzada, os valores médios das repetições máximas na puxada na barra observados foram iguais a 9 ± 4 repetições, enquanto que os preditos foram iguais a 9 ± 2 repetições. O teste t pareado mostrou que não houve diferenças significativas entre o observado e o predito (p = 0,94). Contudo, o coeficiente de correlação de Pearson foi igual a 0,10, para p < 0,76. Da análise dos resultados apresentados, concluiu-se que as variáveis antropométricas estudadas são pouco confiávies para a predição da força muscular relativa de membros superiores exercida contra a resistência do próprio peso corporal, não podendo ser utilizadas como critérios para seleção de jovens mais fortes para o serviço militar inicial.

Palavras-chaves: puxada na barra, peso

corporal, circunferência de antebraço, predição.

1) Introdução

A força muscular relativa de membros supe-riores é essencial para as ações militares por-que propicia ao soldado autonomia para su-portar e erguer o peso do próprio corpo nas dificuldades do combate, que muitas das ve-zes, quer sejam nas atividades simuladas ou reais, transformam-se em situações de grande risco de vida.

A puxada na barra é um teste confiável (Kollath et al., 1991; Silva & Gomes, 1999) e

cross-validation. Body mass, height, circumference of the relaxed forearm, thigh and leg, and thigh skin folds were assessed, and muscular mass was estimated. The relative muscular strength of the upper extremities was assessed in a pull-up test. Multiple regression analysis presented a determination coefficient R2

equal to 0.16 and a standard error of the estimate equal to 3.5 repetitions, for p < 0.007. Repetition maximum pull-up = 0.76 Circumference of the Relaxed Forearm (cm) – 0.2 Height (cm) + 23.5. In cross-validation, the mean values for repetition maximum pull-up were 9 ± 4 repetitions, while the predicted values were 9 ± 2. Paired t-test presented no significant differences between observed and predicted values (p = 0.94). Yet, Pearson’s correlation coefficient was 0.10, for p < 0.76. From the analysis of the results presented, it was concluded that the anthropometric variables studied are not reliable predictors of relative muscular strength of the upper extremities exerted against one’s own body weight, and cannot be used as a criterion to chose stronger y oung men for the military service.

Keywords: pull-up, body weight,

circumference of the forearm, prediction.

1) Introduction

Relative muscular strength of the upper extremities is essential for military performance, because it gives the soldier autonomy to support and uplift his own body during combat, which often, whether in simulations or in real-life situations, puts his life at risk.

The pull-up test is a reliable (Kollath et al., 1991; Silva & Gomes, 1999) and valid (Silva et al., 1999) way to assess the relative muscular strength of the upper extremities, and can also be used in

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school fitness programs in order to develop muscular strength of students (Cotten, 1990; Pate et al., 1993; Sallis et al., 1993) and sportspeople (Ford et al., 1983; Grant et al., 1996; Legg et al., 1997). Easy to perform and inexpensive, pull-ups are performed by Brazilian Army soldiers up to 34 years of age at least three times a year, in the Physical Evaluation Tests and in Military Physical Training, respectively, in order to evaluate and train the relative muscular strength of the upper extremities (Exército Brasileiro, 1997). Studies focused on the association between anthropometric variables and muscular strength in men (Mayhew et al., 1993a; Mayhew et al., 1993b; Bale et al., 1994), or in women (Mayhew & Hafertepe, 1996; Cummings & Finn, 1998, Ballman et al., 1999), have not used relative muscular strength, which takes into account the body weight of the subject (Pate et al., 1993).

Every year, near 70,000 young men enlist in the Brazilian Armed Forces. The Selection Committees (SC) perform medical and den-tal evaluation, apply lumbar muscular strength and psychotechnical tests, and interview the candidates, in order to select the fittest to serve in one of the several military organizations. In such organizations, the selected young men will perform a number of activities that demand relative muscular strength of the upper extremities. There is no simple, quick criterion to help SCs to select physically stronger men for the military service.

The purpose of this study was to evaluate possible correlations between certain anthropometric variables and relative mus-cular strength of the upper extremities. Its results could provide a simple, quick way to predict the relative muscular strength of the upper extremities, helping SCs selecting physically stronger candidates for the military service.

válido (Silva et al., 1999) para medir a força muscular relativa de membros superiores, po-dendo também ser utilizada como atividade física para o desenvolvimento de força muscu-lar nos programas de aptidão física para cole-giais (Cotten, 1990; Pate et al., 1993; Sallis et al., 1993) e desportistas (Ford et al., 1983; Grant et al., 1996; Legg et al., 1997). De execução fácil e de custo econômico baixo, a puxada na barra é utilizada por militares do Exército Bra-sileiro com até 34 anos de idade, pelo menos três vezes ao ano, por ocasião da execução dos Testes de Avaliação Física e durante o Treina-mento Físico Militar, para a avaliação e o trei-namento da força muscular relativa de mem-bros superiores, respectivamente (Exército Brasileiro, 1997). Os estudos sobre a associa-ção entre as variáveis antropométricas e a for-ça muscular, tanto em homens (Mayhew et al., 1993a; Mayhew et al., 1993b; Bale et al., 1994) como em mulheres (Mayhew & Hafertepe, 1996; Cummings & Finn, 1998, Ballman et al., 1999) não têm utilizado a força muscular relativa, que considera o peso cor-poral do indivíduo (Pate et al., 1993).

Anualmente, cerca de 70.000 jovens apre-sentam-se nas Comissões de Seleção para o alistamento militar. Nestas Comissões são rea-lizadas as avaliação médica e odontológica, o teste de força muscular lombar, exame psicotécnico e entrevista do jovem a ser alis-tado, com a intenção de selecionar os mais aptos para prestarem o serviço militar inicial nas diversas organizações militares. Nestas organizações, aqueles jovens selecionados realizarão diferentes atividades que exigirão força muscular relativa de membros inferiores. Não existe um critério simples e rápido para auxiliar as Comissões de Seleção na detecção dos jovens com mais força muscular relativa de membros superiores para o serviço militar inicial. O objetivo deste estudo foi verificar o poder da associação entre algumas variáveis antropométricas e a força muscular relativa de membros superiores. Os resultados do estudo

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poderão oferecer um critério simples, rápido e preditor da força muscular relativa de mem-bros superiores para auxiliar as Comissões de Seleção (CS) na escolha dos jovens mais for-tes fisicamente para o serviço militar inicial, por ocasião do alistamento militar.

2) Métodos

2.1) Sujeitos

Participaram do estudo 72 soldados, volun-tários, não atletas, do sexo masculino, com idades compreendidas entre 18 e 19 anos. To-dos eles foram submetiTo-dos à avaliação médica para verificação de algum problema ortopédi-co significativo nos braços e tronortopédi-co ou algu-ma outra contra-indicação para exercícios in-tensos com os braços. Foram excluídos do es-tudo todos aqueles que apresentaram lesão músculo esquelética incompatível ou que usa-ram substâncias para melhoria da resistência e força muscular. Dos 72 soldados participantes do estudo, 12 foram selecionados aleatoria-mente para a validação cruzada.

2.2) Antropometria

Foram medidas a massa corporal (kg); a es-tatura (cm); as circunferências (cm) do ante-braço relaxado, coxa e perna; e as dobras cutâneas (mm) das coxa e perna, segundo as recomendações de Ross & Marfell-Jones (1991). A massa muscular (kg) foi predita a partir da equação proposta por Martin et. al. (1990). O índice de massa corporal (IMC) foi calculado a partir da razão da massa corporal (kg) pela estatura2 (m). Foram utilizadas uma

balança (Filizola) com precisão de 100 g, um estadiômetro (Filizola) com precisão 0,5 cm, uma fita métrica metálica com precisão de 1 mm e um adipômetro (Cescorf) com precisão de 0,1 mm para a medição destas variáveis, respectivamente.

2) Methods

2.1) Subjects

Seventy-two volunteer, non-athletic, male soldiers, ranging in age from 18 to 19 years, participated in the present study. All were submitted to medical evaluation aimed at diagnosing any significant orthopedic problem in their arms and trunk, or any contraindication for intense exercise involving the ar ms. Those presenting incompatible musculoskeletal lesions, or having used substances for muscular resistance and strength improvement, were excluded. Twelve out of the seventy-two soldiers participating in the study were randomly selected for cross-validation.

2.2) Anthropometry

Body mass (kg), height (cm), circumference (cm) of the relaxed forearm, thigh and leg, and thigh and leg skin folds were assessed according to recommendations by Ross & Marfell-Jones (1991). Muscle mass (kg) was estimated using the equation proposed by Martin et. al. (1990). The body mass index (BMI) was calculated by dividing body mass (kg) by the square of height (m). A 100 g precision balance of the Filizola brand, a 0.5 cm precision stadiometer, a 1 mm precision measuring tape, and a 0.1 mm precision adipometer (Cescorf, Br) were used to assess the respective variables.

2.3) Relative muscular strength of the

upper extremities

Relative muscular strength of the upper extremities was assessed through pull-up tests, performed on two different

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2.3) Força muscular relativa de membros

superiores

A força muscular relativa de membros supe-riores foi medida pelo teste de puxada na bar-ra, em duas ocasiões distintas. Adotou-se nas repetições máximas executadas o protocolo descrito por Silva & Gomes (1999). A primeira ocasião se destinou a familiarizar os soldados com os procedimentos do teste. Os resultados obtidos na segunda ocasião, três dias após a primeira, foram considerados para a análise dos dados. Não houve aquecimento precedente aos testes. Nos dias dos testes, os soldados não participaram de qualquer outra atividade que exigisse intensamente os membros superiores. Os testes foram executados em uma barra com 2,40 m de altura, 1,7 cm de raio. Utilizou-se um metrônomo para padronização do ritmo de execução. A contagem da quantidade de repetições máximas na puxada na barra foi re-alizada pelo mesmo avaliador, cujo o coefici-ente de correlação intraclasse para medidas repetidas, determinado antes do início do es-tudo, foi igual a 0,99.

2.4) Análise estatística

Foram utilizadas as provas (1) coeficiente de correlação de Pearson (r) para a matriz de relações das variáveis antropométricas; (2) análise de regressão linear múltipla padrão, tendo como variáveis independentes as variá-veis antropométricas que apresentaram entre si r < 0,80 na matriz acima e como dependente, a quantidade de repetições máximas na puxa-da na barra; (3) para a valipuxa-dação cruzapuxa-da, fo-ram utilizados o teste t pareado e o coefici-ente de correlação de Pearson. O nível de significância para todas as provas foi igual 0,05. As provas estatísticas pertenciam ao software Statistica 6.0 for Windows, (Statsoft, Inc. USA 1984-1995).

occasions. Maximum repetition tests were executed according to the protocol described by Silva & Gomes (1999). In the first testing, it was intended to get the soldiers used to the test proceedings. The results obtained in the second testing, which took place three days after the first, were considered in the data analysis. No warm-up preceded the tests. On testing days, subjects did not participate in any other activity demanding intense effort using the upper extremities.

Tests were executed in a 2.40 m high bar with a 17 cm radius. The rhythm of execution was standardized by a metronome. The number of repetition maximums was assessed by the same evaluator, whose interclass correlation coefficient for repeated assessments, determined before the study, was 0.99.

2.4) Statistical Analysis

The following tests were used: (1) Pearson’s correlation coefficient (r) for the anthropometric variables correlation matrix; (2) standard multiple linear regression analysis, ha ving as independent variables the anthropometric variables that presented r < 0.80 among themselves in the aforementioned matrix, and as dependent variables the number of repetition maximum pull-ups; (3) paired t-test and Pearson’s correlation coefficient for cross-validation. All these tests yielded a significance level of 0.05. The statistical tests used are part of the Statistica 6.0 for Windows software package , (Statsoft, Inc. USA 1984-1995).

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3) Resultados

A Tabela 1 contém os valores das massa cor-poral, estatura, circunferência do antebraço, massa muscular e repetições máximas (RM) na barra dos 60 soldados utilizados para a aná-lise de regressão linear múltipla. A Tabela 2 contém os valores dos 12 soldados utilizados para a validação cruzada. A Tabela 3 contém as associações entre as variáveis antropométricas consideradas no estudo.

3) Results

Table 1 presents body mass, height, circumference of the forearm, muscular mass and repetition maximum (RM) values for the 60 soldiers participating in the multiple linear regression analysis. Table 2 presents the values for the 12 soldiers participating in the cross-validation. Table 3 presents correlations among the anthropometric variables considered in the study.

Tabela 1 – Características morfo-funcionais da amostra principal do estudo (n=60) Table 1 – Morpho-functional characteristics of the main sample (n=60)

Tabela 2 – Características morfo-funcionais da amostra usada na validação cruzada (n=12) Table 2 – Morpho-functional characteristics of the cross validation sample (n=12)

Tabela 3 – Matriz de associações entre as variáveis antropométricas Table 3 – Anthropometric variables correlation matrix

Massa Corporal (kg) / Body weight (kg) Estatura (cm) / Height (cm)

IMC (kg / m2) / Bone Mass Index (kg / m2) Circunferência do Antebraço (cm) / Circumference of forearm (cm)

Massa Muscular (kg) / Muscular Mass (kg) RM na barra (repetições) / RM pull-ups (repetitions

Média ± desvio padrão / Mean ± standard deviation 64,1 ± 7,7 173,0 ± 6,1 37,0 ± 3,9 25,7 ± 1,6 38,3 ± 5,5 8,0 ± 4,0 Mínimo / Minimum 5 0 157,5 28,9 2 2 27,1 3 Máximo / Maximum 8 5 183,5 48,0 28,8 50,4 1 6

Massa Corporal (kg) / Body weight (kg) Estatura (cm) / Height (cm)

IMC (kg / m2) / Bone Mass Index (kg / m2) Circunferência do Antebraço (cm) / Circumference of forearm (cm)

Massa Muscular (kg) / Muscular Mass (kg) RM na barra (repetições) / RM pull-ups (repetitions)

Média ± desvio padrão / Mean ± standard deviation

67,6±7,9 173,0±4,9 39,0±4,1 26,2±1,4 39,9±4,8 9,0±4,0 Mínimo / Minimum 57,1 168,5 33,9 23,7 32,4 2,0 Máximo / Maximum 80,8 182,0 45,0 28,0 48,7 14,0 Massa Muscular / Muscular Mass 0,93* 0,50* 0,86* -Massa Corporal / Body Mass

Estatura / Height

Circunferência do Antebraço / Circumference of forearm Massa Muscular / Muscular Mass

Índice de Massa Corporal (IMC) / Body Mass Index (BMI) Massa Corporal / Body Mass -Estatura / Height 0,55* -Circunferência Antebraço / Circumference of forearm 0,82* 0,28* -IMC / BMI 1,00* 0,55* 0,82* 0,93*

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-Foram atendidos os pressupostos para a utilização da análise de regressão linear múltipla. Utilizou-se o modelo com a inclu-são do intercepto, a tolerância de 0,10, F igual a 0,0001 e 0,0 para inclusão e remo-ção das variáveis, respectivamente. Os re-sultados obtidos estão apresentados na Ta-bela 4.

The requirements for use of the multiple linear regression analysis were satisfied. The model was used with inclusion of the intercept, with a tolerance of 0.10, and F = 0.0001 and 0.0 for variable inclusion and exclusion, respectively. Results are presented in Table 4.

Tabela 4 – Análise de regressão linear múltipla padronizada utilizando as repetições máximas na puxada na barra como variável dependente e a estatura e circunferência de antebraço como variáveis independentes.

Table 4 – Standardized multiple linear regression analysis using maximum repetition as a dependent variable, and height and circumference of the forearm as independent variables.

O coeficiente de determinação R2 foi igual a 0,16, o erro padrão da estimativa igual a 3,5 repetições, para p < 0,007.

Repetições Máximas na Puxada na Barra = 0,76 Circunferência do Antebraço Relaxado (cm) – 0,2 Estatura (cm) + 23,5. Determination coefficient R2 = 0.16, standard error of the estimate = 3.5 repetitions, for p < 0.007.

Repetition Maximum Pull-up = 0.76 Relaxed Circumference of forearm (cm) – 0.2 Height (cm) + 23.5.

Na validação cruzada, os valores observa-dos das repetições máximas na puxada na barra foram iguais a 9 ± 4 repetições, en-quanto que os preditos foram iguais a 9 ± 2 repetições. O teste t pareado mostrou que não houve diferenças significativas entre o observado e o predito (p = 0,94). Contudo, o coeficiente de correlação de Pearson foi igual a 0,10, para p < 0,76, mostrando que a predição não foi confiável.

4) Discussão

A característica importante deste estudo foi associar a antropometria à força muscu-lar relativa. Os estudos encontrados na lite-ratura têm utilizado freqüentemente a força absoluta exercida contra uma resistência externa no exercício supino (Mayhew et. al., 1993a; Mayhew et. al., 1993b; Bale et. al., 1994).

In the cross-validation, the values observed for maximum pull-ups were 9 ± 4 repetitions, while the predicted values were 9 ± 2 repetitions. The paired t-test showed that there were no significant differences between the observed and the predicted values (p = 0.94). Nevertheless, the Pearson’s correlation coefficient was 0.10, for p < 0.76, showing that the prediction was not reliable.

4) Discussion

The most important characteristic of the present study was the association of anthropometry and relative muscular strength. Results found in literature have frequently used absolute strength against external resistance during the bench press exercise (Mayhew et. al., 1993a; Mayhew et. al., 1993b; Bale et. al., 1994).

Out of the five anthropometric variables considered in the present study, only

Intercepto / Interceptor Estatura (cm) / Height (cm) Circunferência Antebraço (cm) / Circumference of forearm (cm) BETA -0,33 0,33

Erro padrão de BETA / BETA Standard Error

0,13 0,13 B 23,5 -0,20 0,76 Erro padrão de B / B Standard Error 13,3 0,08 0,29 t(69) 1,77 -2,64 2,64 P 0,08 0,01 0,01

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Das cinco variáveis antropométricas consi-deradas neste estudo, foram selecionadas so-mente as circunferência do antebraço relaxa-do e a estatura porque a entrada de qualquer outra variável na análise de regressão múlti-pla implicaria em multicolinearidade (r > 0,80 entre estas e uma daquelas variáveis). O coefi-ciente de determinação obtido neste estudo foi menor do que aqueles encontrados em es-tudos semelhantes. No estudo realizado por Mayhew et al. (1993a), das variáveis antropométricas estatura, massa corporal, ín-dice de massa corporal (IMC), massa corporal magra, percentual de gordura, circunferência do braço, coxa, perna, área da seção transversa do braço, coxa e comprimento da perna, aque-las melhores preditoras da força muscular exercida no exercício supino foram a área da seção transversa do braço, IMC e percentual de gordura, sendo a área da seção transversa do braço a melhor preditora. O R2 foi igual a

0,76 e o erro padrão da estimativa igual a 12,1 kg. Em outro estudo de Mayhew et al. (1993b) encontraram, como melhores preditoras da for-ça muscular exercida no exercício supino, a massa corporal magra, circunferência do bra-ço, comprimento do brabra-ço, percentual de gor-dura e a distância de deslocamento do peso, sendo a massa corporal magra a melhor preditora. O R2 foi igual a 0,69 e o erro padrão

da estimativa igual a 13,2 kg. Outro estudo realizado por Bale et. al. (1994) encontrou a massa corporal, massa corporal magra e os com-ponentes do somatótipo como melhores preditoras da força muscular exercida no exer-cício supino, destacando-se entre elas, a mas-sa corporal magra. O R2 foi igual a 0,44 e 0,64

e o erro padrão da estimativa igual a 16,0 e 14,5 kg, para os mais jovens e idosos, respecti-vamente.

A força de associação entre as circunferências do antebraço relaxado, estatura e a força muscular relativa foi muito fraca, diferente daquelas encontradas nos estudos acima, realizados com a força muscular absoluta.

circumference of the relaxed forearm and height were selected, because entering any other variable in the multiple regression analysis would impl y multicolinearity (r > 0.80 between these and one of those variables). The determination coefficient obtained in this study was lower than those found in simi-lar studies. In the study by Mayhew et al. (1993a) analyzing anthropometri c variables – height, body mass, body mass index (BMI), lean body mass, body fat percentage, circumference of arm, thigh and leg, area of the transverse sections of the arm, thigh and leg , and leg length –, those considered the best predictors of muscular strength during bench press were transverse section area of the arm, BMI, and body fat percentage. However, the transverse section area of the arm was considered the best of all: R2 equaled 0.76

and the standard error for the estimate equaled 12.1 kg. In another study by Mayhew et al. (1993b), lean body mass, arm circumference, arm length, body fat percentage and weight displacement distance were considered the best predictors of muscular strength during the bench press exercise, but the lean body mass was considered the best of all: R2

equaled 0.69 and the standard error for the estimate equaled 13.2 kg. Another study by Bale et. al. (1994) found body mass, lean body mass and somatotype components to be the best predictors of muscular strength during the bench press exercise, and lean body mass to be the best of all. R2 equaled 0.44 and 0.64, and

standard error for the estimate equaled 16.0 and 14.5 kg, for younger and older individuals, respectively.

The correlation among circumference of the relaxed forearm, height and relative muscular strength is very weak, in contrast to the findings in the studies mentioned above, which analyzed absolute muscu-lar strength. Given the standard error of the estimates found in the present study, we can be sure, with 95% certainty, that

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Considerando-se o erro padrão da estimativa obtido no presente estudo, podemos assegurar, com 95% de chance de estar certo, que o valor de repetições máximas na puxada na barra observado estará na faixa compreendida entre o valor predito ± 6 repetições, que caracteriza um intervalo muito largo para se confiar na predição.

A baixa associação e o grande erro da esti-mativa obtidos podem ter sido devidos ao lo-cal da circunferência do membro superior. Ao invés do antebraço, o braço seria mais adequa-do. Há evidências cinéticas que o trabalho desenvolvido pela articulação do ombro é quatro vezes maior que aquele desenvolvido pelo cotovelo durante a realização da puxada na barra (Antinori et. al., 1988). Recomendam-se novos estudos considerando este aspecto.

5) Conclusão e Perspectivas de

Aplicação

Face aos resultados apresentados, concluiu-se que as variáveis antropométricas estudadas são pouco confiávies para a predição da força muscular relativa de membros superiores, não podendo ser utilizadas como critérios para se-leção de jovens mais fortes para o serviço mi-litar inicial.

Referências/References

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the maximal number of pull-ups repetitions observed would be equivalent to the predicted value ± 6 repetitions, too large a margin of error for the prediction to be reliable.

The low correlation and the magnitude of the margin of error may be due to the location of the upper extremity circumference. Instead of the forearm, the arm might have been more adequate. There is kinetic evidence that the work developed by the shoulder articulation is four times as intense as that developed by the elbow during the pull-up exercise (Antinori et. al., 1988). Given this, new studies are recommended.

5) Conclusion and Application

Perspectives

Based on the results presented, it was conc luded that the anthropometri c variables analyzed are not reliable predictors of the relative muscular strength of the upper extremities, and cannot be used as a criterion to select stronger y oung men for the military service.

Cummings B, Finn KJ. Estimation of a one repetition maximum bench press for untrained women. J Strength Cond Res 1998;12(4):262-5 .

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Referências

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