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Fisiologia I Aulas Práticas

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Academic year: 2021

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(1)

Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra

2008/2009

Fisiologia I

Aulas Práticas

(Apontamentos retirados das aulas: notas indicadas pelos professores e cópia de slides) (Não revisto, podendo conter erros ortográficos e de conteúdo)

(2)

2 | P á g i n a S S 02/10/08

Fisiologia I – PR2

Princípios fisiológicos dos biopotenciais

Sinais bioeléctricos:

-EMG, ECG, EEG, EOG

O que é a electromiografia (EMG)?

permite perceber a integridade de funcionamento das unidades motoras electromiografia de superfície e de agulha/profundidade

-estudo de coordenação neuromuscular -estudos de controlo motor e aprendizagem

-caracterização da participação muscular em acções motoras -estudos sobre efeitos do treino na coordenação neuromuscular -estudos sobre fadiga

PUM – Potenciais das Unidades Motoras

Eléctrodos

-eléctrodo metálico + solução em gel metal pode ser prata, ouro, platina

Eléctrodos bipolares

bons para combater ruído

sendo x o ruído e A e B os valores obtidos (A+x)-(B+x)=A-B, ou seja, o ruído desaparece

fontes de ruído

artefactos mecânicos (movimento) proximidade ao coração

Fadiga periférica

↓ATP; ↑Pi; ↑Ca2+; ↓ acetilcolina na junção neuromuscular; ↑ lactato e outros ácidos, baixando o pH para valores fora dos óptimos de funcionamento

Há 3 tipos de fibras musculares no tecido esquelético: - rápidas

- intermédias

- lentas (menos fibras por neurónio motor)

recrutamento ordenado das unidades motoras (“princípio do tamanho”)

primeiro são recrutadas fibras lentas (neurónio de menor diâmetro, limiar mais baixo), depois as intermédias e por fim as rápidas (neurónio de maior diâmetro, limiar mais elevado). Para pequeno trabalho são recrutadas as lentas, porque é possível realizar a fosforilação oxidativa como meio de obtenção de energia, de modo que se demora mais a alcançar a fadiga.

Degenerescência neuronal

alguns terminais axonais deixam de funcionar

B A

A

Reinervação

um neurónio próximo vai inervar as fibras que perderam a inervação

(3)

3 | P á g i n a 09/10/08

Fisiologia I – PR3

Nódulo SA  Aurículas  Nódulo AV  Feixe de His (2 ramos)  Células de Purkinje  Ventrículos

Despolarização de dentro para fora, no sentido do eléctrodo positivo –

Despolarização de dentro para fora, no sentido oposto ao eléctrodo positivo – Despolarização de dentro para fora, no sentido perpendicular ao positivo – Repolarização de fora para dentro, no sentido do eléctrodo positivo –

na despolarização as cargas positivas vão à frente, na repolarização são as negativas Bipolares distam 60º: VI – 0º; VII – 60º; VIII – 120º

Unipolares distam 120º: -150º; -30º; 90º

Derivação epifásica – positiva e negativa praticamente se anulam

Determinação do eixo eléctrico do coração

eixo normal – entre -30º e 110º

desvio esquerdo do coração – entre -30º e -90º desvio direito do coração – entre 110º e 180º desvio extremo do coração – entre 180º e -90º

16/10/08

Fisiologia I – PR4

Um ECG regista:

-actividade eléctrica do coração (necessária à contractilidade cardíaca) Derivações do plano frontal – membros

Derivações do plano horizontal – pré-cordiais

a razão de serem 12 derivações é ser assim possível fazer um juízo mais acertado

DI, DII, DIII – bipolares

o eléctrodo explorador é o positivo, se a deflexão vai em relação a ele, é positiva

(4)

4 | P á g i n a S S

V1 e V2 – direitos

V3 e V4 – intermédios

V5 e V6 – esquerdos (os que melhor detectam a despolarização)

Casos clínicos

I – Calibração

II – Frequência cardíaca III – Ritmo cardíaco

IV – Ondas, segmentos, intervalos V – Determinação do eixo eléctrico

a) 17-year-old boy – football injury

I – Calibração 25 mm/s 10 mm/mV

cada pequena quadricula tem: 0,04 segundos (eixo x) 0,1 mV (eixo y) II – Frequência cardíaca

número de ciclos por minuto (e NÃO número de batimentos) III – Ritmo cardíaco

o traçado é rítmico porque o intervalo de tempo que medeia dois ciclos é constante, e a seguir a uma onda P surge um complexo QRS

o ritmo é sinusal porque o traçado apresenta ondas P

segmento PQ indica se a condução está normal, desde o nódulo AV aos ventrículos IV – Ondas, segmentos, intervalos

segmento PQ ou PR – < 0,1 seg normal: 0,08 segundos intervalo PQ ou PR – 0,12-0,2 seg

complexo QRS – 0,08-01 seg

segmento ST – normal é isso eléctrico varia de 0,1 mV (frontais) a 0,2 mV (pré-cordiais) V – Determinação do eixo eléctrico

vector médio de despolarização dos ventrículos dá-nos a ideia do eixo eléctrico normal entre -30º e 100/110º

final:

está normal, tendo apenas uma taquicardia sinusal – explicada pela activação do simpático que actua sobre o nódulo SA

b) 78-year-old man – asymptomatic

I – Calibração

II – Frequência cardíaca

frequência variável – arritmia (porque o espaço entre cada ciclo varia) varia entre 50 e 60 ciclos por minuto em bradicardia

varia entre 60 e 75 ciclos por minuto em normocardia III – Ritmo cardíaco

(5)

5 | P á g i n a

IV – Ondas, segmentos, intervalos

segmento PR elevado – atraso na condução entre aurícula e ventrículo  bloqueio aurículo-ventricular

V – Determinação do eixo eléctrico

c) 75-year-old woman – asymptomatic, long history of hypertension

I – Calibração

II – Frequência cardíaca

arritmia não sinusal (ondas P não definidas) taquicardia a 100-150 ciclos por minuto normocardia a 75-100 ciclos por minuto normocardia a 60-75 ciclos por minuto III – Ritmo cardíaco

IV – Ondas, segmentos, intervalos V – Determinação do eixo eléctrico

d) 75-year-old woman – asymptomatic, long history of hypertension

I – Calibração

II – Frequência cardíaca frequência normal

normocardia a 75-100 ciclos por minuto III – Ritmo cardíaco

rítmica e sinusal

IV – Ondas, segmentos, intervalos

complexo QRS de baixa amplitude/baixa voltagem

ondas P elevadas – duas hipóteses: 1. aurículas mais próximas do local onde estão os eléctrodos 2. aurículas têm uma maior massa a despolarizar

V – Determinação do eixo eléctrico

e) 18-year-old man – asymptomatic

I – Calibração

II – Frequência cardíaca frequência – arritmia

bradicardia a 42-50 e 50-60 ciclos por minuto normocardia a 60-75 e 75-100 ciclos por minuto III – Ritmo cardíaco

ritmo sinusal

IV – Ondas, segmentos, intervalos V – Determinação do eixo eléctrico

ausência de actividade eléctrica vai levar a assistolia fibrilhação auricular/ventricular (“anarquia”)

fibrilhação auricular – pode haver falência da sístole

(6)

6 | P á g i n a S S 23/10/08

Fisiologia I – PR5

Auscultação cardíaca

Definição

acção de escutar os fenómenos acústicos dependentes do coração

1. Auscultação directa ou imediata – encostar o pavilhão auricular à parede torácica 2. Auscultação indirecta ou mediata – utilização de estetoscópio

Base fundamental do estudo da patologia cardíaca

Áreas de auscultação

região pré-cordial – focos clássicos

foco mitral

5.º espaço intercostal esquerdo, na linha hemiclavicular (mamilar), na ponta do coração

foco pulmonar

2.º espaço intercostal esquerdo

foco aórtico

2.º espaço intercostal direito

foco tricúspide

base do apêndice xifóide

Objectivos

Detectar: tons cardíacos

ritmo e frequência cardíaca alterações dos tons cardíacos cliques ou estalidos

sopro ruídos adventícios

atrito pericárdico

1.º tom encerramento das válvulas tricúspide e mitral (abrem as semilunares mas não se ouvem) 2.º tom encerramento das válvulas semilunares (pulmonar e aórtica)

silêncios

pequeno silêncio fase áfona entre 1.º e 2.º tons cardíacos

exprime a duração da sístole ventricular (≈ sístole)

grande silêncio fase áfona entre 2.º e 1.º tons cardíacos

(≈ diástole)

Divisão da diástole

protodiástole – terço inicial mesodiástole – terço médio telediástole – terço final

holodiástole – todo o período de diástole

Divisão da sístole

protosístole – terço inicial mesosístole – terço médio telesístole – terço final

holosístole – todo o período de diástole Frequência

normal: 60-100/min taquicardia: >100/min bradicardia: <60/min

(7)

7 | P á g i n a

válvula estenosada – apertada válvula insuficiente – não fecha bem

estenose mitral e tricúspide notam-se na diástole insuficiência mitral e tricúspide notam-se na sístole estenose pulmonar ou aórtica notam-se na sístole insuficiência pulmonar ou aórtica notam-se na diástole Pressão arterial

força exercida pelo sangue em qualquer unidade de área da parede vascular e depende de: - débito cardíaco (quantidade de sangue que entra no vaso por unidade de tempo) - resistência periférica total (resistência oferecida ao fluxo de sangue)

proporção directa à viscosidade do sangue e comprimento do vaso proporção inversa à 4ª potência do raio

Lei de Poiseuille PA – níveis de pressão -pressão máxima ou sistólica -pressão mínima ou diastólica PA média =

esfigmo – pulso

taqui/normo/bradisfigmia – quando se palpa na periferia taqui/normo/bradicardia – quando se ausculta o coração

Determinação da tensão arterial

Métodos indirectos – Princípio da compressão seguida da descompressão lenta de um segmento arterial por meio de uma braçadeira pneumática

a) Aumento da pressão no interior da braçadeira (±30 mmHg acima do desaparecimento do pulso radial) com colapso da artéria umeral e ausência de fluxo de sangue para as artérias periféricas

1. método auscultatório (MA) – nada se ouve

2. método oscilométrico (MO) – oscilação diminuta da agulha

b) Com a redução lenta da pressão no interior da braçadeira (e na dependência do choque de sangue contra a parede da artéria umeral comprimida)

1.MA – surgem os sons de Korotkoff

2. MO – surge um aumento da amplitude das oscilações da agulha c) Descomprimida a artéria umeral

1.MA – surge novo silêncio

2. MO – surge diminuição da amplitude das oscilações da agulha TA = débito cardíaco × resistências periféricas

Normal 17-40 anos: <120/80 mmHg

Sal e PA – osmolaridade do plasma está relacionada com o Na+ (e também com ureia e glucose, que são problema na insuficiência renal e diabetes, respectivamente)

PA máxima + 2.PA mínima 3

Referências

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