Equipamento de proteção respiratória -
Filtros químicos e combinados
Respiratory protective devices - Gas filters and combinated filters
Palavras-chave: EPI. Proteção respiratória. Filtro para gases e vapores.
Descriptors: Respiratory protection. Gas filters.
ICS 13.340.20 Número de referência ABNT NBR 13696:2005 16 páginas
NORMA
BRASILEIRA
ABNT NBR
13696
Segunda edição 30.03.2005 Válida a partir de 29.04.2005© ABNT 2005
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ABNT NBR 13696:2005
Sumário
Página Prefácio...iv Introdução ...iv 1 Objetivo ...1 2 Referências normativas...1 3 Definições ...1 4 Descrição ...2 5 Classificação...2 5.1 Tipos de filtros...2 5.1.1 Filtros químicos...2 5.1.2 Filtros multitipos ...2 5.1.3 Filtros especiais ...3 5.1.4 Filtros combinados ...3 5.2 Classes de filtros...3 6 Requisitos ...4 6.1 Requisitos gerais...46.2 Filtros de baixa capacidade ...4
6.3 Inspeção visual...4
6.4 Filtros combinados ...5
6.5 Conexão ...5
6.6 Indicador de fim de vida útil...5
6.7 Materiais ...5 6.8 Prazo de validade ...5 6.9 Ensaio de vibração...6 6.10 Condicionamento térmico ...6 6.11 Resistência à respiração ...6 6.12 Vida útil...7 6.13 Embalagem ...10 7 Requisitos de ensaio...10 7.1 Condições gerais...10 7.2 Inspeção visual...10 7.3 Condicionamento térmico ...10 7.4 Ensaio de vibração...10 7.4.1 Aparelhagem...10 7.4.2 Execução do ensaio ...11
7.5 Ensaio de resistência à respiração ...12
7.5.1 Aparelhagem...12
7.6 Ensaio da vida útil ...12
7.6.1 Aparelhagem...12 7.6.2 Execução do ensaio ...12 8 Designação ...12 9 Marcação ...13 9.1 Informações gerais...13 9.2 Filtros...13 9.3 Marcas especiais ...14 9.4 Invólucro do filtro ...14
Prefácio
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais Temporárias (ABNT/CEET), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros). A ABNT NBR 13696 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Equipamentos de Proteção Individual (ABNT/CB-32), pela Comissão de Estudo de Equipamentos de Proteção Respiratória para Profissionais da Indústria (CE-32:002.01). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 10, de 31.10.2003, com o número de Projeto NBR 13696.
Esta Norma é baseada nas EN 141:2000; AS 1716:1991 e 42 CFR PART 84.
Esta segunda edição cancela e substitui a edição anterior (ABNT NBR 13696:1996), a qual foi tecnicamente revisada.
Introdução
Um respirador somente pode ser considerado satisfazendo os requisitos desta Norma quando:
a) os seus componentes satisfazem os requisitos especificados numa Norma completa ou parte dela aplicável;
NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 13696:2005
Equipamento de proteção respiratória - Filtros químicos e
combinados
1 Objetivo
1.1 Esta Norma fixa os requisitos mínimos para filtros químicos e combinados para uso como parte de um equipamento de proteção respiratória do tipo purificador de ar não motorizado.
1.2 Os filtros que atendem aos requisitos desta Norma devem ser utilizados em respiradores que tenham todas as partes e componentes aprovados nas ABNT NBR 13694, ABNT NBR 13695 e ABNT NBR 13698.
2 Referências normativas
As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para esta Norma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a revisão, recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usarem as edições mais recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento.
ABNT NBR 12543:1999 – Equipamentos de proteção respiratória – Terminologia
ABNT NBR 13694:1996 – Equipamentos de proteção respiratória – Peças semifacial e um quarto facial – Especificação
ABNT NBR 13695:1996 – Equipamentos de proteção respiratória – Peça facial inteira – Especificação ABNT NBR 13697:1996 – Equipamentos de proteção respiratória – Filtros mecânicos – Especificação
ABNT NBR 13698:1996 – Equipamentos de proteção respiratória – Peça semifacial filtrante para partículas – Especificação
3 Definições
Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as definições da ABNT NBR 12543 e as seguintes:
3.1 concentração limitante: Concentração do gás de ensaio no ar efluente, na qual o filtro sob ensaio é
considerado exaurido.
3.2 equipamento de proteção respiratória: Equipamento que visa a proteção do usuário contra a
inalação de ar contaminado ou de ar com deficiência de oxigênio.
3.3 fator de proteção atribuído: Nível mínimo de proteção respiratória que se espera alcançar no local de
trabalho, para uma porcentagem especificada de usuários treinados, proporcionado por um respirador apropriado (ou classe de respirador), em bom estado e ajustado corretamente no rosto.
3.5 filtro de baixa capacidade (FBC): Filtro químico para uso em ambientes com baixas concentrações
de certos gases e vapores.
3.6 filtro para particulados: Filtro destinado a reter aerodispersóides. Dependendo dos mecanismos de
captura das partículas pelas fibras pode ser de dois tipos, filtro mecânico e filtro eletrostático.
3.7 filtro químico: Filtro destinado a reter gases ou vapores específicos contidos no ar.
3.8 peça semifacial filtrante (PFF): Peça facial constituída, total ou parcialmente, de materiais filtrantes.
3.9 vida útil: Tempo necessário para atingir a concentração limitante no filtro químico ensaiado em
condições especificadas.
3.10 vida útil em uso: Duração de um filtro em uso no ambiente de trabalho. Depende da natureza e da
concentração do contaminante, do nível de atividade do usuário, da capacidade pulmonar, da presença de outros contaminantes e da umidade relativa do ar.
3.11 respirador de fuga: Equipamento de proteção respiratória que protege o usuário, durante o escape,
contra a inalação de ar contaminado ou de ar com deficiência de oxigênio, em situações de emergência, com risco de vida ou à saúde.
4 Descrição
Os filtros químicos ou combinados, quando incorporados numa cobertura das vias respiratórias apropriada, constituem um respirador purificador de ar, cuja função é a remoção dos contaminantes presentes no ar ambiente.
5 Classificação
De acordo com a sua aplicação e capacidade de proteção, os filtros químicos são classificados em tipos e classes.
5.1 Tipos de filtros
5.1.1 Filtros químicos
Um filtro químico pode ser produzido em um dos seguintes tipos:
a) vapores orgânicos - Para uso contra certos gases e vapores orgânicos conforme especificados pelo fabricante;
b) gases ácidos - Para uso contra certos gases ou vapores ácidos conforme especificados pelo fabricante (excluindo o monóxido de carbono);
c) amônia - Para uso contra amônia e compostos orgânicos da amônia conforme especificados pelo fabricante.
5.1.2 Filtros multitipos
Filtros que são uma combinação de dois ou mais dos tipos citados anteriormente e que satisfazem os requisitos de cada tipo conforme tabela 3.
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5.1.3 Filtros especiais
Para uso contra contaminantes específicos não incluídos nos tipos anteriores como, por exemplo: mercúrio, cloreto de vinila, óxido de etileno, monóxido de carbono, óxidos de nitrogênio e formaldeído.
Os filtros especiais, na ausência de Norma específica, devem satisfazer os requisitos estabelecidos em norma norte-americana ou da Comunidade Européia.
5.1.4 Filtros combinados
Filtro químico ou filtro multitipo que incorpora um filtro para particulados. 5.2 Classes de filtros
5.2.1 Cada tipo de filtro anteriormente definido, conforme sua capacidade, pode pertencer a uma das
seguintes classes: filtro de baixa capacidade (FBC1 e FBC2); classe 1; classe 2 e classe 3.
5.2.2 A proteção proporcionada por um filtro de uma dada classe inclui a proteção dada pelo filtro
correspondente de classe ou classes inferiores. A máxima concentração de contaminante em que um filtro para gases ou vapores de uma dada classe e tipo pode ser usado é mostrada na tabela 1, respeitadas as limitações contidas nas observações 1, 2, 3 e 4.
5.2.3 Um filtro multitipo pode ter tipos pertencentes a classes diferentes. 5.2.4 Os filtros especiais não necessitam obrigatoriamente ser classificados.
Tabela 1 — Máxima concentração de uso (MCU) dos filtros químicos1)
Filtro Tipo concentração de uso Máxima
(ppm) Tipo de peça facial compatível
FBC-1 Vapor orgânico 2)
Cloro
503) 10
Semifacial filtrante, quarto facial, semifacial
Cla
ss
e FBC
FBC-2 Vapor orgânico2) 1 000 Semifacial filtrante, semifacial, facial inteira ou conjunto bocal Cla ss e 1 Cartucho
pequeno Vapor orgânico 2) Amônia Metilamina Gases ácidos 2) Ácido clorídrico Cloro 1 000 300 100 1 000 50 10 Quarto facial semifacial facial inteira ou conjunto bocal Cla ss
e 2 Cartucho médio Vapor orgânico
2) Amônia Gases ácidos 2) 5 0004) 5 000 4) 5 000 4) Facial inteira
Tabela 1 (conclusão)
Filtro Tipo concentração de uso Máxima
(ppm)
Tipo de peça facial compatível
Cla ss e 3 Cartucho grande Vapor orgânico 2) Amônia Gases ácidos 2) 10 000 4) 10 000 4) 10 000 4) Facial inteira
1)A máxima concentração de uso dos respiradores em situações rotineirasque incorporem filtro químico, para um dado gás ou vapor, deve ser: 1) menor que o valor IPVS; 2) menor que o valor indicado na tabela para o referido gás ou vapor; 3) menor que o produto: fator de proteção atribuído do respirador purificador utilizado x limite de exposição. Dos três valores obtidos, o que for menor.
2) O uso contra vapores orgânicos ou gases ácidos com fracas propriedades de alerta, ou que gerem alto calor de reação com o conteúdo do cartucho, deve obedecer ao exigido no item Seleção de Respiradores para Uso Rotineiro da publicação Programa de Proteção Respiratória, Recomendações, Seleção e Uso de Respiradores, da Fundacentro. 3)
50 ppm ou abaixo do Limite de Exposição Ocupacional, o valor que for menor.
4) Essas máximas concentrações de uso (MCU) se referem a filtros classe 2 ou 3 utilizados em respiradores de fuga em situações IPVS.A MCU dos filtros classe 2 ou 3 pode ser superior aos valores indicados, desde que satisfaça os requisitos estabelecidos em norma adequada norte-americana ou da Comunidade Européia.
6 Requisitos
6.1 Requisitos gerais
6.1.1 Em todos os ensaios, todas as amostras devem satisfazer os requisitos especificados.
6.1.2 Quando dois ou mais filtros são projetados para serem usados em paralelo numa peça facial, se
ensaiados em separado, a vazão de ensaio deve ser dividida igualmente pelo número de filtros. Se, porém, cada um deles puder ser usado como filtro único em outro respirador do fabricante, a vazão de ar no ensaio em cada filtro deve ser a indicada nas tabelas 2, 3 e 4.
6.1.3 A menos que haja indicação em contrário, os valores especificados nesta Norma são expressos em
valores nominais. Exceto para limites de temperatura, valores não especificados como máximo ou mínimo estão sujeitos a uma tolerância de ± 5%. A menos que haja outra especificação, a temperatura ambiente deve ser em geral de (24 ± 8)°C, mas para o ensaio de vibração (20 ± 10)°C, estando os limites de temperatura, sujeitos a uma exatidão de ± 1°C.
6.2 Filtros de baixa capacidade
Os filtros de classe FBC, quando fabricados em “não tecido” impregnado com partículas de carvão ou outro material, para uso com peça quarto facial, semifacial, semifacial filtrante e facial inteira, devem incorporar um filtro para particulados, no mínimo classe P1 ou PFF1. A inspeção visual deve ser feita conforme 7.2.
6.3 Inspeção visual
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6.4 Filtros combinados
6.4.1 Se um filtro for combinado, o filtro para particulados deve obedecer aos requisitos de penetração
especificados nas ABNT NBR 13697 e ABNT NBR 13698, além de obedecer às exigências descritas nesta Norma. Para o ensaio de penetração, devem ser utilizados dez filtros:
a) cinco após o ensaio de vibração, conforme 7.4;
b) cinco após o ensaio de vibração seguido do condicionamento térmico, conforme 7.4 e 7.3, respectivamente.
6.4.2 O filtro para particulados, quando usado conjuntamente com o filtro químico, deve estar instalado no
lado da entrada do ar do filtro químico. A inspeção visual deve ser feita conforme 7.2. 6.5 Conexão
6.5.1 A conexão entre o filtro e a peça facial deve ser firme e à prova de vazamento.
6.5.2 Se um filtro for projetado para ser usado em paralelo, sua conexão não deve permitir o seu uso em
peças faciais que usam um só filtro, a não ser que cada filtro do par satisfaça os requisitos de vida útil e resistência à respiração (ver nota 2 da tabela 3).
6.5.3 O filtro deve ser facilmente substituível sem o uso de ferramentas especiais e deve ser projetado ou
marcado de modo a evitar montagem incorreta.
6.5.4 A inspeção visual deve ser feita conforme 7.2.
6.6 Indicador de fim de vida útil
Para os filtros químicos para gases ou vapores que possuam indicador que alerte o usuário da proximidade do término de vida útil, o indicador deve provocar um sinal de alerta a (80 ± 10)% do total da vida útil do cartucho em referência. Os cartuchos com indicadores são ensaiados como cartuchos normais, mas o indicador deve avisar antes que a concentração limitante seja atingida. A inspeção visual e o ensaio de vida útil devem ser feitos conforme 7.2 e 7.6.
6.7 Materiais
6.7.1 O filtro deve ser feito de material adequado para suportar o uso normal e exposições a temperaturas,
umidades e atmosferas corrosivas daqueles ambientes onde vai ser usado. A estrutura do cartucho que constitui o filtro, na embalagem não violada, dentro do prazo de validade, não deve apresentar danos ocasionados pelos componentes do meio filtrante, como sinais de corrosão.
6.7.2 Qualquer material, ou produto gasoso que possa ser liberado do meio filtrante pelo fluxo do ar
através deste, não deve constituir risco ou incômodo para o usuário.
6.7.3 A inspeção visual deve ser feita conforme 7.2.
6.8 Prazo de validade
O fabricante deve indicar e garantir o prazo de validade do filtro, quando estocado apropriadamente e com o lacre ou embalagem não violados. Após aberta a embalagem, ou violado o lacre, a vida útil em uso do filtro depende das condições de uso e do ambiente. A inspeção visual deve ser feita conforme 7.2.
6.9 Ensaio de vibração
Antes dos ensaios de resistência à respiração e de vida útil, os filtros devem ser submetidos ao pré-condicionamento de vibração, que simula maus tratos a que podem ser submetidos. Após esse tratamento, os filtros não devem apresentar defeitos e devem satisfazer os requisitos relativos à resistência e capacidade de proteção. A inspeção visual e o ensaio de vibração devem ser feitos conforme 7.2 e 7.4. 6.10 Condicionamento térmico
6.10.1 Os filtros, quando especificados, devem ser submetidos ao condicionamento térmico.
6.10.2 Após o condicionamento térmico, os filtros não devem apresentar sinais de dano e devem satisfazer
os requisitos especificados.
6.10.3 O condicionamento térmico e a inspeção visual devem ser feitos conforme 7.3 e 7.2, respectivamente.
6.11 Resistência à respiração
6.11.1 A resistência inicial dos filtros ao fluxo contínuo de ar deve ser a mais baixa possível e em nenhum
caso deve exceder os valores indicados na tabela 2.
6.11.2 Quatro filtros químicos devem ser ensaiados:
a) dois após o ensaio de vibração, conforme 7.4;
b) dois após o ensaio de vibração seguido do condicionamento térmico, conforme 7.4 e 7.3, respectivamente.
6.11.3 Dez filtros combinados devem ser ensaiados:
a) cinco após o ensaio de vibração, conforme 7.4;
b) cinco após o ensaio de vibração seguido do condicionamento térmico, conforme 7.4 e 7.3, respectivamente.
6.11.4 O ensaio de resistencia à respiração deve ser feito conforme 7.5.
Tabela 2 — Resistência inicial à respiração1)
Máxima resistência (Pa) Classe do filtro 30 L/min 95 L/min FBC-1 602) 2102) FBC FBC-2 FBC-2 – P1 FBC-2 – P2 FBC-2 – P3 100 160 170 220 400 610 640 820 Cla ss e 1 1 1 – P1 1 – P2 1 – P3 100 160 170 220 400 610 640 820
ABNT NBR 13696:2005 Tabela 2 (conclusão) Máxima resistência (Pa) Classe do filtro 30 L/min 95 L/min Classe 2 2 2 – P1 2 – P2 2 – P3 140 200 210 260 560 770 800 980 Classe 3 3 3 – P1 3 – P2 3 – P3 160 220 230 280 640 850 880 1 060 1) Quando dois ou mais filtros são projetados para serem usados em paralelo, se ensaiados em separado, a vazão de ensaio deve ser dividida igualmente pelo número de filtros.
2) Quando incorporar um filtro para particulados, a máxima resistência do filtro classe FBC-1 deve ser a do filtro para particulados que o constitui (ver ABNT NBR 13698).
NOTA 1 Pa = 0,01 mbar = 0,1 mmca.
6.12 Vida útil
6.12.1 Quando ensaiados em bancada, os filtros devem obedecer aos requisitos de vida útil indicados nas
tabelas 3, 4 e 5.
6.12.2 Os filtros devem ser ensaiados após o ensaio de vibração, conforme 7.4.
6.12.3 Se um filtro for uma combinação de dois ou mais tipos, a vida útil mínima exigida, medida em ensaio
de bancada, fica dividida pela metade. Para cada gás de ensaio, deve ser usado um filtro novo.
6.12.4 Os filtros classe 2, utilizados em respiradores de fuga com peça facial inteira, devem obedecer aos
requisitos indicados na tabela 4.
6.12.5 Um filtro químico pode ser aprovado para outros gases e vapores não constantes nas tabelas 3, 4 e 5.
As condições de ensaio devem obedecer às normas adequadas norte-americanas ou da Comunidade Européia.
6.12.6 As condições de ensaio para os filtros especiais NO-P3 e Hg-P3 estão indicadas na tabela 5. 6.12.7 Para cada gás de ensaio, deve ser usado um filtro novo.
Tabela 3 — Condições de ensaio para a medida da vida útil em bancada dos filtros para gases e vapores
Cla ss e Tipo Gás/vapor de ensaio Concentração de ensaio (ppm) Concentração limitante (ppm) Vida útil
mínima1) (min) Vazão 2), 3) L/min Nº de filtros para ensaio FBC-1 Vapor orgânico Cloro Ciclo-hexano ou CCl4 Cl2 50 50 5 0,5 5 15 30 30 3 3
FBC-2 orgânico Vapor Ciclo-hexano ou CCl4 1 000 5 20 30 3
Classe 1 – Cartuch o peq u eno Vapor orgânico Gás ácido4) Amônia Ciclo-hexano ou CCl4 Cl2 SO2 NH3 1 000 1 000 1 000 1 000 1000 10 10 0,5 5 25 70 80 20 20 50 30 30 30 30 30 3 3 3 3 3 Cla sse 2 – Ca rtucho mé
dio orgânico Vapor Gás ácido 4) Amônia Ciclo-hexano ou CCl4 Cl2 SO2 NH3 5 000 5 000 5 000 5 000 5 000 10 10 0,5 5 25 35 40 20 20 40 30 30 30 30 30 3 3 3 3 3 Cla sse 3 – Ca rtucho gra nde Vapor orgânico Gás ácido 4) Amônia Ciclo-hexano ou CCl4 Cl2 SO2 NH3 8 000 10 000 10 000 10 000 10 000 10 10 0,5 5 25 65 60 20 30 60 30 30 30 30 30 3 3 3 3 3 1)Se um filtro for uma combinação de dois ou mais tipos, a vida útil mínima exigida fica dividida pela metade. Para cada gás de ensaio, deve ser usado um filtro novo.
2) Quando dois ou mais filtros são projetados para serem usados em paralelo, se ensaiados em separado, a vazão de ensaio deve ser dividida igualmente pelo número de filtros.
3) Vazão: 30 L/min ± 3%. Para respiradores que utilizem filtros em paralelo, a vazão apropriada tem tolerância de 3%. Umidade relativa do ar de ensaio: (70 ± 2)%.
Temperatura do ar de ensaio: (20 ± 1)°C. Temperatura do ar ambiente: (24 ± 8)°C.
4)Os filtros para gases e vapores ácidos devem ser ensaiados com os dois gases indicados. Para cada gás de ensaio deve ser usado um filtro novo.
NOTAS
1 A vida útil mínima é um valor especificado somente para ensaios de laboratório em condições padronizadas. Ele não dá qualquer indicação da vida útil em uso. A vida útil em uso pode diferir da vida útil determinada em bancada, tanto para cima como para baixo, dependendo das condições de uso.
2 A concentração limitante é um valor arbitrário, usado somente para definir o ponto final da capacidade do filtro ensaiado em condições padronizadas.
ABNT NBR 13696:2005
Tabela 4 — Condições de ensaio para a medida da vida útil em bancada dos filtros classe 2 para gases e vapores utilizados em respiradores de fuga
Cla ss e do filtro Tipo do filtro Gás/vapor de ensaio Concentração de ensaio ppm Concentração limitante ppm Vida útil mínima1) min Vazão L/min 3) Nº de filtros para ensaio Cla ss e 2 Vapor orgânico Gás ácido 2) Amônia Ciclo-hexano ou CCl4 Cl2 SO2 NH3 5 000 5 000 5 000 5 000 5 5 5 50 12 12 12 12 64 64 64 64 3 3 3 3 1) A vida útil é determinada pelo tempo que demora para se alcançar a concentração limitante no ar efluente.
2)Os filtros para gases e vapores ácidos devem ser ensaiados com os dois gases indicados. Para cada gás de ensaio deve ser usado um filtro novo.
3) Umidade relativa (50 ± 5 )%; temperatura (25 ± 2,5)°C.
Tabela 5 — Condições de ensaio para a medida da vida útil em bancada de alguns filtros especiais1), 2), 3)
Tipo do filtro Gás de ensaio Concentração de ensaio
(ppm) Vida útil mínima
Concentração limitante (ppm)
Nº de filtros para ensaio NO-P3 Óxido nítrico (NO)
4) Dióxido de nitrogênio (NO2)4) 2 500 2 500 20 min 20 min 55) 5 5) 3 3 Hg-P3 Vapor de mercúrio 1,6 mL/min ou (13 ± 1)mg/m3 100 h 0,1 mg/m3 3
1) Se um filtro for uma combinação de dois ou mais tipos, a vida útil mínima exigida fica dividida pela metade. Para cada gás de ensaio, deve ser usado um filtro novo.
2) Quando dois ou mais filtros são projetados para serem usados em paralelo, se ensaiados em separado, a vazão de ensaio deve ser dividida igualmente pelo número de filtros.
3) Vazão: 30 L/min ± 3%. Para respiradores que utilizem filtros em paralelo, a vazão apropriada tem tolerância de 3%. Umidade relativa do ar de ensaio: (70 ± 2)%.
Temperatura do ar de ensaio: (20 ± 1)oC. Temperatura do ar ambiente: (24 ± 8) oC.
4) O gás de ensaio deve ter pureza de no mínimo 95%. Isto é conseguido provavelmente pelos gases comprimidos em cilindros.
5) NO e o NO
2 podem estar presentes no ar efluente. A concentração total de (NO + NO2) não pode exceder 5 mL/m3. Deve ser utilizado método de detecção que seja capaz de diferenciar NO e NO2.
6.13 Embalagem
6.13.1 Os filtros devem ser oferecidos para venda embalados, de tal modo que proporcionem proteção
contra danos mecânicos e evitem sinais de contaminação antes do uso, visualmente detectáveis.
6.13.2 Quando apropriado, os filtros devem sair de fábrica selados, ou num invólucro para proteção contra
influências do meio ambiente, de modo que qualquer alteração na selagem de fábrica seja identificada.
6.13.3 A inspeção visual deve ser feita conforme 7.2.
7 Requisitos de ensaio
7.1 Condições gerais
A quantidade de amostras que devem ser utilizadas em cada ensaio estão especificadas nas tabelas 3, 4 e 5. 7.2 Inspeção visual
A inspeção visual deve ser feita pelo responsável pelos ensaios, antes e após (quando especificado) os ensaios de laboratório. A inspeção visual deve incluir também as marcações, as informações fornecidas pelo fabricante e as instruções de uso.
7.3 Condicionamento térmico
O filtro dentro da embalagem, se requerido, deve ser submetido ao seguinte ciclo térmico: a) atmosfera seca a (70 ± 3)°C, por 24 h;
b) atmosfera de (- 30 ± 3 )°C , por 24 h.
Em seguida retornar à temperatura ambiente por 4 h, no mínimo, entre exposições, e antes do ensaio subseqüente.
O condicionamento térmico deve ser conduzido de modo a evitar a ocorrência de choque térmico. 7.4 Ensaio de vibração
7.4.1 Aparelhagem
O aparelho utilizado é mostrado esquematicamente na figura 1. Consiste em uma caixa (K), fixada numa haste (S), que se move verticalmente, capaz de se levantar 20 mm pela ação de um excêntrico giratório (N) e cair sobre uma placa de aço (P), devido ao seu peso próprio, à medida que o excêntrico gira. A massa da caixa deve ser de aproximadamente 10 kg.
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Figura 1 — Equipamento para ensaio de vibração 7.4.2 Execução do ensaio
7.4.2.1 Os filtros devem ser ensaiados num ambiente com temperatura de (20 ± 10)°C como recebidos,
após remoção da embalagem, porém ainda selados.
7.4.2.2 Os filtros devem ser colocados apoiados pela parte lateral dentro da caixa (K), de modo que
7.4.2.3 A bancada de ensaio é operada a aproximadamente 100 rpm por aproximadamente 20 min, num total de 2 000 rotações.
7.4.2.4 Após o ensaio de vibração, qualquer material que tenha se soltado do filtro deve ser removido
antes de realizar os outros ensaios.
7.5 Ensaio de resistência à respiração
7.5.1 Aparelhagem
Pode-se usar qualquer método experimental para se medir a resistência à respiração dos filtros químicos e combinados, desde que atenda os requisitos estabelecidos nesta Norma.
7.5.2 Após o condicionamento de vibração, o filtro deve ser ajustado de modo hermético num adaptador,
de forma apropriada ao equipamento de ensaio e de modo que o fluxo de ar passe verticalmente através do filtro.
7.5.3 A resistência deve ser medida em duas vazões: 30 L/min e 95 L/min, com ar na temperatura
ambiente, pressão atmosférica local e com umidade que não provoque condensação durante o ensaio. O valor da resistência deve ser corrigido para a resistência introduzida pelo adaptador. A vazão na qual a resistência é medida deve ser corrigida para 23°C e 100 kPa absoluto (1 bar).
7.6 Ensaio da vida útil
7.6.1 Aparelhagem
Pode-se usar qualquer método experimental para se obter e medir as concentrações do contaminante na entrada e na saída do fluxo gasoso no filtro, desde que obedeçam aos seguintes limites:
a) concentração na entrada: valor especificado ± 10%; b) concentração na saída: valor especificado ± 20%.
7.6.2 Execução do ensaio
7.6.2.1 O tempo de vida útil medido deve ser corrigido, se necessário, proporcionalmente à
concentração real na entrada do filtro.
7.6.2.2 As condições de ensaio para a medida da vida útil, em bancada, estão contidas nas
tabelas 3, 4 e 5.
7.6.2.3 O gás de ensaio deve passar pelo filtro horizontalmente. Nos filtros combinados o filtro para
particulados deve ficar do lado de entrada do ar.
7.6.2.4 O ensaio de vida útil deve ser feito após o de resistência à respiração, no mesmo filtro.
7.6.2.5 Para cada gás de ensaio deve-se usar um novo filtro.
8 Designação
Os filtros químicos e combinados que satisfaçam os requisitos desta Norma devem ser designados da seguinte maneira:
a) filtro químico ABNT NBR 13696, tipo, classe:
ABNT NBR 13696:2005
b) filtro combinado, ABNT NBR 13696, tipo, classe, opção:
Ex: Filtro combinado ABNT NBR 13696, vapor orgânico, classe 1, P2;
Filtro combinado ABNT NBR 13696, vapor orgânico, gases ácidos, classe 1, P3; ABNT NBR 13696 – FBC1 – vapor orgânico + PFF1.
9 Marcação
9.1 Informações gerais
Todas as marcações devem ser legíveis e indeléveis. 9.2 Filtros
Todos os filtros devem conter no mínimo:
a) identificação do tipo e classe de acordo com a tabela 6. Se for filtro combinado, a identificação do filtro para particulados deve ser feita de acordo com a ABNT NBR 13697 ou ABNT NBR 13698. A marcação pode ser feita diretamente no corpo do filtro ou por etiqueta adesiva;
b) identificação do fabricante (nome ou marca ou logotipo, ou outro meio de identificação);
c) a sentença: “ver informações fornecidas pelo fabricante”, ou equivalente, ou utilizar um pictograma como mostra a figura 2;
d) referência ou código;
e) sentido de escoamento do ar, quando necessário.
Tabela 6 — Marcação
Tipo1) Classe
Gás ou vapor orgânico 1, 2 ou 3
Gases ácidos 1, 2 ou 3
Amônia 1, 2 ou 3
Gases ácidos e vapores orgânicos
1,2 ou 3 Contaminantes específicos
(mercúrio, formaldeído, etc...) _
1)Os tipos também podem ser identificados por siglas, como VO, GA, A, B, E, K etc., desde que explicadas nas instruções de uso.
1 2
3
4
1. Ver informações fornecidas pelo fabricante;
2. Data de fabricação e prazo de validade ou fim do prazo de validade (mm/yyyy); 3. Condições ambientais de estocagem (-xx°C; + yy°C);
4. Umidade máxima de armazenamento < xx%
Figura 2 — Pictogramas
9.3 Marcas especiais
Para alguns contaminantes, os filtros podem conter marcas especiais. EXEMPLOS:
Todos os filtros NO-P3 devem ter a marca adicional “Descartar após o uso”.
Os filtros Hg-P3 devem ser marcados com a sentença “Tempo máximo de uso 50 h”, quando ensaiados de acordo com a tabela 5, a não ser que possuam indicador de fim de vida útil.
9.4 Invólucro do filtro
O invólucro do filtro deve ser marcado no mínimo com as seguintes informações:
a) data de fabricação e prazo de validade ou fim do prazo de validade: mês e ano. Deve conter ainda a sentença: “Após aberta a embalagem, ou violado o lacre, a vida útil em uso do filtro depende das condições de uso e do ambiente”. Nos filtros que utilizam outro sistema de selagem hermética, que não o invólucro, estas informações podem estar marcadas no filtro. O fim da validade pode ser informado por um pictograma, como mostra a figura 2, onde o código mm/yyyy indica o mês e ano;
ABNT NBR 13696:2005
10 Instruções de uso
As informações fornecidas pelo fabricante do filtro devem:
a) acompanhar a menor unidade de venda disponível comercialmente;
b) conter todas as informações necessárias para pessoas treinadas e qualificadas sobre: ― aplicações e limitações de uso;
― cuidados antes do uso;
― montagem correta na cobertura das vias respiratórias; descrever como o filtro é montado na peça facial apropriada;
― uso;
― manutenção;
― guarda e armazenamento;
c) ser claras e compreensíveis. Se necessário, devem ser adicionadas ilustrações, numeração das peças ou partes;
d) possuir alerta sobre problemas comuns, como: ― perigos da deficiência de oxigênio;
― perigos de atmosferas ricas em oxigênio; ― qualidade do ar;
― uso do equipamento em atmosferas perigosas;
― fatores que afetam a validade, como estocagem ou guarda em condições diferentes das especificadas pelo fabricante;
― orientação sobre como usar o filtro em peças faciais inadequadas, por exemplo, filtro classe 2 com peça semifacial.
e) possuir explicação sobre os símbolose siglas utilizadas; f) possuir outras informações que o fabricante julgue importantes.
Tabela 7 — Sumário dos requisitos e ensaios
Denominação do
requisito Item do requisito Número de amostras Condicionamento Item do ensaio
Inspeção visual 6.3 Todas - 7.2
Filtros em paralelo 6.1.2 Todas - 7.5 e 7.6
Filtros combinados 6.4 5 5 EV 1) EV + CT 2) ABNT NBR 13697 ou 13698 ABNT NBR 13697 ou 13698 Conexão 6.5 Todas - 7.2 Indicador de fim de
vida útil 6.6 3 para cada gás/vapor EV 1) 7.6; 7.2.
Materiais 6.7 Todos - 7.2
Prazo de validade 6.8 Todas - 7.2
Ensaio de vibração 6.9 - - 7.4; 7.2. Condicionamento térmico 6.10 - - 7.3; 7.2. Resistência à respiração 6.11.2 6.11.2 6.11.3 6.11.3 2 2 5 5 EV 1) EV + CT 2) EV 1) EV + CT 2) 7.5
Vida útil 6.12 3 para cada gás/vapor EV 7.6
Embalagem 6.13 Todas - 7.2 Designação e marcação 8 e 9 Todas - 7.2 Instruções de uso 10 Uma unidade de cada instrução de uso - 7.2 1) EV ensaio de vibração. 2)CT condicionamento térmico.