O periódico SOCIEDADE EM DEBATE é uma publicação semestral do Mestrado em Política Social – Vinculado ao Centro de Ciências Jurídicas, Econômicas e Sociais. Os artigos enviados poderão ser publicados, caso sejam aprovados pelo Conselho Editorial. A revisão e as opiniões expressas nos artigos assinados são de responsabilidade exclusiva de seus autores
ISSN 1414-9869
Publicação semestral - V. 17, N.2 – Julho - Dezembro 2011
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Direito reservado para esta edição: Universidade Católica de Pelotas Produção editorial: Editora EDUCAT/UCPEL
Editoração eletrônica e capa: Ana Gertrudes G. Cardoso/Luísa Härter Remião Foto da capa: Vilson Lima
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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PELOTAS Chanceler
Dom Jacinto Bergmann Reitor
Alencar Mello Proença Vice-Reitor
José Carlos Bachettini Júnior Pró-Reitora Acadêmica Myriam Siqueira da Cunha Pró-Reitor Administrativo
Carlos Ricardo Gass Sinnott Diretor do Centro de Ciências Jurídicas Econômicas e Sociais
Rubens Bellora Coordenadora do Mestrado em
Política Social Vini Rabassa da Silva
SOCIEDADE EM DEBATE Comissão Editorial
Vera Maria R. Nogueira - Coordenadora Andréa Valente Heidrich
Fábio Souza da Cruz Luís Antônio Bogo Chies Mara Rosange Acosta de Medeiros Raquel Fabiana Lopes Sparemberger
Conselho Editorial
Armando Barrientos - Universidade de Sussex Antonio Carlos M. Cruz - UCPel Carolina González Laurino - UDELAR
Elaine Rossetti Behring - UERJ Flávio Heinz - UNISINOS Gomercindo Ghiggi - UFPEL
Ivanete Boschetti - UnB Ivete Simionatto - UFSC Jussara Maria Rosa Mendes - UFRGS
Margarita Rozas Pagaza - UNLP Maria Carmelita Yazbek - PUCSP
Maria Lucia Barroco - PUCSP Marina Maciel Abreu - UFMA
Mirta Vuotto - UBA Mónica De Martino - UDELAR Potyara Amazoneida P. Pereira - UnB
Regina Célia Mioto - UFSC Rosa Stein - UnB
Unai Pascual - Universidade deCambridge Vicente de Paula Faleiros - UnB Vini Rabassa da Silva - UCPel Yolanda Aparecida D. Guerra - UFRJ
V.17, N.2 SOCIEDADE EM DEBATE
Jul.-Dez./2011 Periódico do Mestrado em Política Social publicação semestral
Universidade Católica de Pelotas
SUMÁRIO
5 Estado, políticas sociais e os desafios e os desafios contemporâneos.
Valter Martins
29 O marco conceitual da vulnerabilidade social Simone Rocha da Rocha Pires Monteiro
41 Algunas reflexiones sobre la “enfermedad mental” en la contemporaneidad
Celmira Bentura
69 Concepção de pobreza subjacente ao programa Bolsa Família nos governos Lula: rumo à construção da cidadania?
Lucas Arcanjo Cassini
87 Programa de aquisição de alimentos – compensação, emancipação e o debate do Serviço Social
Antônio Cruz
Janaína da Silva Guerra
111 Rebatimentos do processo de "assistencialização" da proteção social no serviço social previdenciário
Silvina Verônica Galizia Adriana Pereira da Fonseca
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137 Serviço Social na área do trabalho e reestruturação produtiva: a particularidade de Belém-Pará.
Vera Lúcia BatistaGomes
Francilene Soares de MedeirosCosta
167 Modelo de atenção e exercício profissional do assistente social na atenção básica
Marisa Camargo
Sociedade em Debate. Pelotas: Universidade Católica de Pelotas; EDUCAT, V.17, N.2, p.1-192, Julho/Dezembro de 2011
ISSN 1414-9869 Semestral
Revista do Mestrado em Política Social
Apresentação
Inicialmente é oportuno destacar satisfação e alegria pelo honroso privilégio em participar na apresentação deste número da Revista Sociedade em Debate, cujo projeto coletivo envolveu esforços e expressiva dedicação de um seleto grupo de profissionais os quais compõem os Conselhos Consultivos e o Editorial, consolidando este relevante espaço de veiculação e divulgação de significativa produção científica acadêmica.
Destaca-se que este projeto coletivo é fruto do profundo envolvimento e amadurecimento do curso de Pós-graduação em Política Social da UCPEL/RS que busca o fortalecimento e socialização dos seus resultados de estudos na área. A revista se propõe a divulgar publicações de cunho crítico, contemplando debates e reflexões pertinentes à sociedade contemporânea. Para tanto, a composição de suas publicações orientam-se pela perspectiva de desnudar o atual cenário do capitalismo mundializado, subordinado à hegemonia do capital financeiro e à barbárie neoliberal, que impõe os ditames do mercado pretensamente como fatalidade econômica, sucumbida sob o manto dissimulado e fetichizante do pensamento “pós-moderno”, cujo individualismo exacerbado é expressão.
Estas profundas transformações societárias refratam-se em dilemas e desafios em todas as dimensões da vida social, convocando as diferentes instâncias da esfera pública à produção de sentidos éticos e políticos na contramaré do esgarçamento do tecido social. Nestes marcos, e coerente com sua linha editorial em uma perspectiva crítica e atenta aos desdobramentos pelos quais vem passando a sociedade brasileira, com as reiteradas tentativas de desmonte dos direitos sociais, publica artigos que visam contribuir para a ampliação das reflexões sobre as configurações contemporâneas da vida social. Fomos brindados
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sociedade e que historicamente vem representando o principal meio de articulação dos patamares de cidadania. A proteção social, portanto, vem se constituindo num conceito amplo, que, a partir do século XX, engloba fundamentalmente a seguridade social (Pereira, 2000), a qual se consolida através de um campo jurídico formal e assegura os direitos relacionados a ela por meio de políticas sociais, e estas, por sua vez, afirmam-se como mediações que visam concretizar direitos sociais e condições de vida digna para a classe trabalhadora.
Os artigos publicados situam-se nesta discussão crítica que a partir de pesquisas e reflexões revelam a maturidade intelectual dos autores ao abordarem temas que rompem com esta lógica que favorece o grande capital e desprotege a massa trabalhadora. São contribuições relevantes, reflexões teóricas e questionamentos sobre novas práticas sociais e políticas sobre empreendimentos econômicos associativos que se gestam no seio da classe trabalhadora como estratégia de sobrevivência e resistência a este contexto. Tais mudanças influenciam também no exercício profissional dos assistentes sociais, e profissionais de áreas afins exigindo reorientação no fazer profissional como, por exemplo, o modelo de atenção que fundamenta o exercício profissional do assistente social na atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS). Por outro lado identifica-se a desinformação dos trabalhadores e gestores da saúde sobre a política de Saúde do Trabalhador e uma intensificação do trabalho informal, decorrente deste contexto. Portanto, refletir sobre a ação profissional do assistente social no campo da saúde significa dar um retorno ao Serviço Social, abordando temas e dilemas que particularizam a profissão. Como nos ensina Martinelli (2011, p. 55) que “tenhamos sempre coragem de fazer de nossa prática uma expressão plenamente ética e desejante, que pulse com a própria vida”, a exemplo dos artigos descritos nas páginas que se seguem.
Finalizando, agradeço às editoras pelo convite, pela possibilidade e honra de estar acompanhando a qualificação deste importante periódico da área e suas relevantes contribuições para a produção do conhecimento no campo das políticas públicas.
Porto Alegre, Jardim Botânico, dezembro de 2011 Jussara Mendes
MARTINELLI, M. L. O trabalho do assistente social em contextos hospitalares: desafios cotidianos. Serviço Social & Sociedade, v. 107, São Paulo: Cortez, 2011.
PEREIRA, P. A. P. Por uma nova concepção de seguridade social. Ser Social (UnB), Brasília, v. 07, p. 81-96, 2000.
