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A HISTÓRIA INDÍGENA NA CONTEMPORANEIDADE OU NOVA HISTÓRIA INDÍGENA

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Academic year: 2021

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A NOVA HISTÓRIA INDÍGENA: REFLEXÕES A PARTIR DO PIBID.

Antônio Igor Sousa Alves – UEG. Guilherme Henrique Moreira dos Santos – UEG.

INTRODUÇÃO

O presente texto tem como objetivo analisar as visões acerca dos povos indígenas a partir de reflexões realizadas nos encontros do Subprojeto do Pibid “Diálogo Entre História Local, Etnicidade e Formação Docente”. Por meio de pesquisa bibliográfica, leituras e debates de diversos temas como: a diversidade das populações indígenas; o protagonismo dos povos indígenas na atualidade; o rompimento da perspectiva historiográfica que via o índio como incapaz, ingênuo, por novas abordagens, as quais compreendem o indígena como sujeito histórico, tem contribuído para construir um novo olhar sobre esses povos.

Nesse sentido, os estudos propostos pelo Pibid, na perspectiva da História Indígena, têm proporcionado aos bolsistas pibidianos (as) a ressignificação do olhar acerca dos povos indígenas, compreendendo que é impossível se pensar em sociedade que não se transforma, pois a mudança constitui-se em característica básica das diferentes sociedades, por mais lenta que seja.

Na atualidade, as diferentes etnias indígenas, têm utilizado o termo índio para proporcionar a união dos diversos povos, que ainda hoje, se reconhecem como indígenas, formando, assim, um grupo mais coeso, embora suas culturas, seus hábitos, seus costumes e suas tradições sejam diferentes. Estes possuem pautas de lutas, sejam pelo reconhecimento e respeito aos seus direitos ou por mais espaços na sociedade, que são comuns.

A HISTÓRIA INDÍGENA NA CONTEMPORANEIDADE OU “NOVA” HISTÓRIA INDÍGENA

Inicialmente, é importante salientar que as novas abordagens, realizadas pela ‘nova’ história indígena, buscam compreender a ação indígena diante das diversas realidades, vividas por estes ao longo da história do Brasil. Desta forma, rompe com a

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visão de que os índios não teriam história, visão esta considerada etnocêntrica e evolucionista, sendo responsável por colocar esses povos em um estágio inferior da escala civilizatória.

Esse novo olhar acerca dos povos nativos é bem recente, o pessimismo em relação ao seu futuro, conhecida como a tese da extinção, permaneceu até meados do século XX. Em suma, os estudiosos adeptos dessa tese visavam mostrar ‘a fragilidade “desses homens da idade da pedra” diante do rolo compressor da civilização’, afirma Monteiro (1995, p.222). Passado o processo de aculturação, esses estariam integrados à nação brasileira. Assim, a ideia de que as populações indígenas estavam em vias de desaparecimento era consenso.

Essa visão positivista, na qual a cultura indígena é vista como uma tradição milenar que estabelece resistência absoluta à mudança ou se desfaz, levando junto a identidade de um povo, perde espaço no meio acadêmico e, embora socialmente falando, a cultura indígena ainda permanece caracterizada como destruída ou descaracterizada. Essa visão ancora-se na concepção de que a cultura dos povos indígenas deve permanecer estática, sem alterações. Deste modo, cria-se a ideia de que suas culturas não podem sofrer alterações, nem adaptar-se aos contextos históricos e, em consequência, a concepção de que índios deixam de ser índio quando se adaptam à realidade, como por exemplo, quando passam a usar roupas, terem acesso à internet. Tal concepção parte do pressuposto de que a cultura indígena é imutável, como mencionado anteriormente.

Desde a década de 70, a cultura indígena tem sido analisada a partir de um conceito de cultura mais flexível, o que tem permitido perceber a vivacidade das relações sociais que estão em constantes transformações, em conflitos, em trocas e em ressignificação. Almeida (2003) enfatiza que é comprovado por estudos da cultura e da História, a extraordinária capacidade de os povos indígenas reformularem suas culturas, mitos e compreensões do mundo para dar conta de pensar e interpretar coletivamente a nova realidade que lhes é apresentada (ALMEIDA, 2003, p.28).

Na perspectiva da ‘nova’ História Indígena, a concepção dos próprios povos, suas interpretações acerca da história em geral e de sua história passam a ser foco dos estudos. Nesse sentido, ao analisar as ações dos sujeitos indígenas a partir de suas experiências sociais e culturais específicas, com objetivos próprios, passa-se a compreendê-los como sujeitos históricos como todo ser humano.

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formatação da ‘nova’ História Indígena é influenciada, dentre outros fatores, pelo Movimento Indígena que ainda é responsável pelo fenômeno conhecido como etnogênese ou reetinização (LUCIANO, 2006).

Nesse sentido, Luciano (2006) afirma:

Os povos indígenas que, por pressões políticas, econômicas e religiosas ou por terem sido expulsos de suas terras e estigmatizados em função dos seus costumes tradicionais, foram forçados a esconder, a negar suas identidades, agora passam, nesse novo contexto, de ressignificação da identidade indígena a reassumir e a valorizar a identidade étnica. (LUCIANO, 2006, p.28).

De acordo com Luciano (2006), o termo índio é genérico e foi dado por Cristóvão Colombo que, com a certeza de nas Índias ter chegado, com nome de índio os apelidou.

O navegador italiano Cristóvão Colombo, em nome da coroa Espanhola, empreendeu uma viagem em 1492 partindo da Espanha rumo às Índias, na época uma região da Ásia. Castigada por fortes tempestades, a frota ficou à deriva por muitos dias até alcançar uma região continental que Colombo imaginou que fossem as índias, mas que na verdade era o atual continente americano. Foi assim que os habitantes encontrados nesse novo continente receberam o apelido genérico de “índios” ou “indígenas” que até hoje conservam. (LUCIANO, 2006, p. 29.)

Em uma pesquisa no dicionário Aurélio, percebemos que o termo serve para referenciar o sujeito que é nativo ou natural de algum lugar, portanto, não sendo exclusivamente para designar os povos originários do Brasil ou das Américas.

Porém, nas últimas décadas o termo foi ressignificado e adotado pelas diferentes etnias indígenas do país, deixou de ser um nome ofensivo e passou a ser visto como uma denominação de identidade que permite unir povos distintos, povos historicamente rivais, em busca de direitos e interesses comuns.

Atualmente com o movimento indígena, que nas últimas décadas ganhou novo fôlego, na luta não só pela retomada de terras, mas pela melhoria e pelo modo de vida de cada grupo étnico. Assim, o termo “índio” muda de significado: ele une comunidades distintas na luta por direitos comuns’ (WITTMANN, 2015, p. 15- 16).

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Assim sendo, vale ressaltar que o fato de adotar o termo ‘índio’ não quer dizer que existe só uma etnia ou só um povo. Atualmente, as mais de trezentas (300) etnias indígenas, com suas centenas de línguas, mantém suas especificidades culturais e identitárias. “A consolidação do Movimento Indígena, a oferta de políticas públicas específicas e a recente e crescente revalorização das culturas indígenas estão possibilitando a recuperação do orgulho étnico e a reafirmação da identidade indígena” (LUCIANO, 2006, p. 29).

Por conseguinte, ao tratar-se de povos indígenas na atualidade, significa falar de uma grande diversidade de povos que habitavam essas terras há milhares de anos, muito antes da invasão dos europeus. E é essa ‘nova’ História Indígena, na qual o índio deixa os bastidores para assumir o palco, como afirma Almeida (2010) em seu livro Os Índios na História do Brasil, que precisa estar presente nos processos formativos. Segundo Silva (2015, p. 37)

A sobrevivência de inúmeras etnias, em meio ao desaparecimento físico e cultural de tantas outras no Brasil, somente na primeira metade do século XX, demonstra a força dessas populações. Aprender a respeito dessa riquíssima diversidade étnica e cultural constitui um desafio permanente para professores e estudantes da educação básica no Brasil.

Sobretudo, a respeito desse tema, a legislação brasileira prevê, por meio da Lei 11.645/2008, a inserção do ensino de história e cultura indígenas na educação básica.

Todavia, como Giovani José da Silva (2015) conclui que ainda se encontram grandes dificuldades ao se trabalhar a nova história indígena, devido à singularidade de cada grupo étnico; a falta de formação específica que permita conhecer essa diversidade e, assim, evitar que no espaço educacional sejam reforçadas as visões estereotipadas e preconceituosas do “índio genérico”.

Em vista disso, o ensino de História Indígena pode retirar a história desses povos do esquecimento, revertendo o equívoco da chamada aculturação, ‘sedutora ideia de que no contato com a população não indígena os índios foram “perdendo”, ao longo do tempo, sua cultura e tornando-se “menos índios”’. (WITTIMANN, 2015, p.25).

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ENSINO DE HISTÓRIA INDÍGENA

Indiscutivelmente, quando tratamos do ensino de história indígena é possível observar que este se apresenta como um campo ainda vago, pouco discutido e abarcado em sala de aula. “Se consultarmos muitos dos professores que ministram aulas pelo país afora e perguntarmos a eles sobre o que lembram do que estudaram a respeito dos índios no Brasil, provavelmente as respostas serão muito parecidas” (SILVA, 2015, p.21). Esse acanhado contato com a temática reflete diretamente na prática em sala, pois segundo Silva (2015) os índios geralmente são lembrados apenas no dia 19 de abril e, mesmo assim, por meio de visões estereotipadas e preconceituosas que reforçam a sensação de pertencimento dos índios ao passado.

Nesse sentido, a criação da “[...] Lei n. 11.645/2008 que prevê a inserção do ensino de história e culturas indígenas na educação básica representa um passo enorme em direção ao reconhecimento de uma sociedade historicamente formada por diversas culturas e etnias, dentre elas as indígenas.” (SILVA, 2015, p.21).

Silva (2015) ao analisar o ensino de história indígena na educação básica, afirma que:

As dificuldades de professores e demais profissionais da educação básica consistem, particularmente, em responder à questão de como caracterizar com clareza e correção as sociedades indígenas e, seus aspectos comuns, ressaltando, entretanto, a singularidade de cada uma delas, sem reforçar estereótipos e preconceitos. Nesse caso, afirmam especialistas, como Aracy Lopes da Silva (1987), é fundamental indicar a diversidade bastante significativa que há entre as sociedades indígenas localizadas no Brasil (e em outros lugares do mundo), em termos de adaptação ecológica a diferentes ambientes e, também, em termos sociais, políticos, econômicos, culturais e linguísticos. (SILVA, 2015, p. 23).

Partindo dessa constatação, a proposta do Pibid constitui-se em colaborar com os processos formativos de futuros docentes, ofertando o acesso à ‘nova’ História Indígena e, com isso, contribuindo para que os futuros docentes sintam-se capazes de dialogar com o tema. Nesse sentido, a narrativa a seguir, se dará em torno dos processos de ressignificação dos olhares dos bolsistas sobre os povos indígenas.

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O PIBID E A RESSIGNIFICAÇÃO DO OLHAR DOS BOLSISTAS SOBRE A TEMÁTICA INDÍGENA

Indiscutivelmente, o PIBID nos possibilitou uma enorme transformação na forma como compreendíamos os povos indígenas enquanto sujeitos históricos e sociais, uma vez que, antes de participarmos do projeto, nossa percepção acerca desses povos era carregada de preconceitos e estereótipos (podemos assim dizer que é, na grande maioria, a visão que é repassada nas escolas). Nesse sentido, Silva (2015, p. 27) afirma: “as questões indígenas nas escolas brasileiras ainda são tratadas na maioria das vezes, de forma estereotipada e folclórica.”.

De forma geral, a visão do índio ingênuo, que vive pelado, isolado na natureza e sendo sua única obrigação cuidar dela é a mais disseminada, sobretudo no dia 19 de abril, quando se comemora o Dia do Índio, o que contribui bastante para a permanência desse imaginário ultrapassado, resquício de uma história eurocêntrica que ainda permanece na mente de grande parte da população brasileira. Essa perspectiva nega todo um processo de atualização dessas sociedades - seu processo de transformação e adaptação cultural.

Ademais, fazia parte de nossa visão a estreita ideia de uma cultura estática desses povos, que acabava negando todo e qualquer processo de transformação cultural. Assim sendo, era mantida a ideia de que a cultura deles deveria permanecer a mesma, ou seja, essa não poderia modificar-se, pois uma vez que os seus hábitos culturais sofressem alterações, acabariam, de certa forma, deixando de ser “índios”. Por conseguinte, vale ressaltar que essa é a concepção que orientava nossas leituras sobre os povos indígenas e a que domina, em grande parte, a visão da sociedade em geral acerca dos índios.

Nesse sentido, qualquer tipo de interferência/influência dos aspectos culturais e tecnológicos da sociedade não indígena é compreendido pela ótica negativa. Em entrevista com bolsistas do Subprojeto PIBID de História, foi discutida a visão que possuíam sobre os indígenas antes de sua participação no Subprojeto, chegando-se à conclusão de que os demais participantes possuíam uma visão muito próxima da nossa. A bolsista Kellen afirma:

Eu sabia pouca coisa a respeito deles, até porque não estudei mais a fundo sobre os indígenas, sabia apenas as histórias estereotipadas, contadas na escola, que eram tribos como se todos tivessem a mesma cultura, moravam

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na floresta e eram selvagens (Entrevista concedida aos autores em

04.05.2019).

O bolsista João Paulo aponta uma visão bastante parecida:

Antes de entrar no projeto do PIBID eu tinha uma visão bem errada e curta sobre os povos indígenas (...) eu não sabia da classificação por etnia, no final eles sempre faziam parte do mesmo coletivo indígena. (Entrevista concedida aos autores em 06.05.2019).

Nesse sentido, a perspectiva que tínhamos antes de participar do Subprojeto era extremamente vaga, carregada de estereótipos e muito marcada pelas visões eurocêntricas e, por conseguinte, acabava gerando uma noção supérflua dos diversos grupos étnicos existentes.

Desta forma, a partir das leituras, das discussões e reflexões realizadas nos encontros, embasados em textos que discutem a temática, a visão/o olhar sobre esses povos pôde ser alterada. Em virtude disso, pudemos passar a reconhecer a diversidade desses povos e culturas, reconhecendo-os como uma singularidade e, por conseguinte, deixando de homogeneizá-los em um só povo: “índios”. Além de reconhecer a sua diversidade cultural, entender que sofreram e ainda sofrem mudanças como nós, pois, como já foi discutido anteriormente, por mais lento que seja o processo de transformação, a mudança é a característica básica do homem e nenhuma cultura é imutável. Outrossim, passamos a reconhecer os povos indígenas como grandes resistentes culturais, ademais, deixando de vê-los como sujeitos passivos e sem história.

Nesse sentido, o PIBID tem papel de grande importância no processo de ressignificação do olhar sobre a temática indígena, bem como contribuiu para nosso reconhecimento da grande diversidade das mais de 300 (trezentas) etnias indígenas e suas centenas de línguas que existem ainda hoje no Brasil com culturas, hábitos, línguas, tradições e cosmologias completamente diferentes umas as outras.

Nessa perspectiva, passa a se reconhecer estes povos como seres ativos e resistentes, mostrando que os mesmos não aceitaram de forma passiva a dominação dos portugueses durante o processo de colonização, o que não significa, entretanto, que não ocorreu uma série de mortes, que um grande número de grupos culturais distintos foram extintos/dizimados por completo, enquanto outros quase por completo. Deste modo, torna-se possível apontar que houve diversos conflitos entre ambos e que, por conseguinte, o processo de aculturação mostra-se como uma estratégia de defesa para que estes povos não tivessem sua cultura totalmente dizimada, ou seja,

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Ao invés de vítimas passivas de imposições culturais que só lhes trazem prejuízos, os índios passam a serem vistos como sujeitos ativos desses processos. Incorporam elementos da cultura ocidental, dando a eles significados próprios e utilizando-os para a obtenção de possíveis ganhos nas novas situações em que vivem (ALMEIDA, 2003, p.22).

Partindo desse pressuposto, a bolsista - Kellen - do Subprojeto (PIBID), destaca sua nova visão sobre os povos indígenas,

Minha visão sobre eles agora é de que independente se moram ou não na floresta, continuam sendo índios pertencentes a sua etnia. Eles não deixam de ser índios por exercerem seus direitos de cidadãos, como o acesso à educação, que é um direito de todos e dever do Estado proporcioná-la.

(Entrevista concedida aos autores em 04.05.2019)

Para o outro bolsista entrevistado - João Paulo - tem ocorrido significativas mudanças.

Agora percebo que há a separação por etnias, grupos que mudam por estados, por exemplo, em Goiás temos nossa etnia, no Mato Grosso temos outras, assim como temos outras em Minas Gerais. Tenho uma visão melhor e posso falar com mais certeza sobre os povos indígenas, índios são povos que perdem muito seus direitos, são pouco valorizados e que carecem de sua devida atenção, um povo bastante esquecido. O que vemos de índio hoje se resume bastante em festa de escola, que se coloca um cocar, uma pena, um arco e uma flecha e pronto, este é o índio. Desta forma, ao longo do projeto do PIBID pude perceber que essa é uma visão bastante errada, índio vai além de um cocar, ser índio vai além de usar arco e flecha, é um povo guerreiro que luta por suas terras, causas e pelo seu povo. Pude ter uma visão melhorada de um povo forte, guerreiro, batalhador, um povo que luta, e ele luta para ter seus direitos, ser reconhecido, luta para ser livre, ele luta

para ser índio (grifo nosso). (Entrevista concedida aos autores em

06.05.2019).

Em virtude do estudo realizado no espaço do Subprojeto do PIBID, rompe-se com a ideia de que estes povos vivem presos a uma cultura estática, sem mudanças. Passando a percebê-los como seres em constante transformação, reconhecendo que os mesmos encontram-se em constante processo de atualização - podem viver nas cidades ou nas aldeias - não deixam de ser indígena. Desta forma, esses se mostram cada vez mais como povos em um constante processo de afirmação identidária. Por fim, reconhecendo-os como povos diversos, como plural, uma grande multiplicidade.

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CONCLUSÃO

Portanto, é interessante ressaltar que os povos indígenas são grandes representantes da força de resistência cultural em nosso país. Afinal, passaram por um longo processo de transformação e reformulação de sua cultura, de seus mitos e de sua cosmologia. Conquanto, utilizaram de todo processo de aculturação como forma de resistência, tanto de manterem-se vivos, quanto de preservar seus hábitos culturais no inconsciente coletivo.

Os povos indígenas, nas últimas décadas, passam a reassumir e recriar suas tradições e costumes, com a finalidade de ‘reviver’ as tradições culturais de seus antepassados, mantendo-se intimamente ligados aos seus territórios e à identidade étnica, sendo esse processo denominado de etnogênse.

Toda essa compreensão nos foi apresentada pelas leituras realizadas no espaço do Subprojeto do PIBID, contribuindo assim para ressignificar o olhar dos bolsistas sobre estes povos, suas culturas e identidades.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, Maria Regina Celestino. Identidades étnicas e culturais: novas perspectivas para a História Indígena. In: ABREU, Martha; SOIHET, Rachel. Ensino de História: conceitos, temática e metodologia. Rio de Janeiro: Cada da Palavra, 2003, p.27-35. BANIWA, Gersem dos Santos Luciano. Quem são e quantos são os índios no Brasil. In: BANIWA, Gersem dos Santos Luciano. O Índio Brasileiro: o que você precisa saber sobre os povos indígenas no Brasil de hoje. Série Vias dos Saberes N°1. Brasília: Edições MEC/Unesco, 2006, p.26-55.

MONTEIRO, John Manuel. O Desafio da História Indígena no Brasil. In: GRUPIONI, Donizete Benzi; LUIZ, Aracy Lopes da Silva. A Temática Indígena na Escola. Brasília: MEC/MARI/UNESCO, 1995, p.221-236.

MOREIRA, Maria Geralda de Almeida. O Subprojeto do Pibid de História e a Temática Indígena: Reflexões e Práticas. In: FERREIRA, João Roberto Resende; MIRANDA, Sabrina do Couto; SOUZA, Roberto Barcelos. Universidade e Educação Básica, Fronteiras a ultrapassar: a formação de Professores no PIBID/UEG. Gráfica e Editora Vieira, Goiânia-GO, 2018, p.115-130.

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SILVA, Giovani José da. Ensino de História Indígena. In: WITTMANN, Luísa Tombini. (Org.). Ensino (D)e História Indígena. Belo Horizonte/MG: Autêntica Editora, 2015, p.21-27.

WITTMANN, Luísa Tombini. Introdução ou a escrita da História Indígena. In: WITTMANN, Luísa Tombini. (Org.). Ensino (D)e História Indígena. Belo Horizonte/MG: Autêntica Editora, 2015, p.9- 20.

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