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Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca - CEFET/RJ Rio de Janeiro, RJ, Brasil

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Academic year: 2021

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CONTROLE POR BUSCA EXTREMAL DE AMPLIFICADORES ´OPTICOS RAMAN VIA

MODOS DESLIZANTES E FUN ¸C ˜AO DE CHAVEAMENTO PERI ´ODICA

Alessandro Jacoud Peixoto∗, Tiago Roux Oliveira, Guilherme Salgado Gomes Sagaz‡ ∗Dep. de Engenharia Eletrˆonica e de Computa¸c˜ao - DEL/Poli

Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ Programa de Engenharia El´etrica - PPEEL/CEFET-RJ

Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Dep. de Engenharia Eletrˆonica e de Telecomunica¸c˜oes - DETEL Programa de P´os-Gradua¸c˜ao em Engenharia Eletrˆonica - PEL

Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Programa de Engenharia El´etrica - PPEEL/CEFET-RJ

Centro Federal de Educa¸c˜ao Tecnol´ogica Celso Suckow da Fonseca - CEFET/RJ Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Emails: jacoud@poli.ufrj.br, tiagoroux@uerj.br, guisagaz@gmail.com

Abstract— In a recent paper, the authors have proposed an extremum-seeking control strategy to single-input-single-output (SISO) uncertain nonlinear systems. Such proposed sliding mode based real-time optimization algorithm guaranteed global convergence properties to a small neighborhood of the optimal point by means of a periodic switching function. In this paper, we generalize our previous results to a multivariable framework and applies this new controller to the optimization of the output signal power spectrum of Raman optical amplifiers. The aim is the equalization of the gain at different frequencies considering eventual inclusions/exclusions of signals in the fiber. It is proposed an ordinary differential equation model based to describe the signal power dynamics in the fiber which approximates satisfactorily the well known model based on partial differential equations. The convergence analysis is developed in the presence of uncertainty and the control performance is evaluated via numerical simulations.

Keywords— sliding modes, Raman optical amplifiers, uncertain multivariable nonlinear systems, nonlinear PDEs, extremum seeking control, signal power regulation.

Resumo— Em um trabalho recente, os autores propuseram uma estrat´egia de controle por busca extremal para sistemas monovari´aveis incertos e n˜ao-lineares. Esse algoritmo de otimiza¸c˜ao em tempo real baseado em modos deslizantes era capaz de garantir a convergˆencia global para uma vizinhan¸ca pequena do ponto ´otimo por meio de uma fun¸c˜ao de chaveamento peri´odica. Neste artigo, generaliza-se essa estrat´egia para sistemas multivari´aveis visando a otimiza¸c˜ao do espectro de potˆencias dos sinais de sa´ıda de amplificadores Raman. O objetivo ´e a equaliza¸c˜ao do ganho nas diferentes frequˆencias considerando eventuais inclus˜oes/exclus˜oes de sinais na fibra. Prop˜oe-se um modelo baseado em equa¸c˜oes diferenciais ordin´arias que aproxime satisfatoriamente o conhecido modelo baseado em equa¸c˜oes diferenciais parciais. A an´alise de convergˆencia ´e desenvolvida na presen¸ca de incertezas e o desempenho do controlador ´e avaliado via simula¸c˜oes num´ericas.

Palavras-chave— modos deslizantes, amplificadores ´opticos Raman, sistemas n˜ao-lineares incertos e multiva-ri´aveis, PDEs n˜ao-lineares, controle por busca extremal, regula¸c˜ao do sinal de potˆencia.

1 Introdu¸c˜ao

Os sinais ´opticos transmitidos em fibra ´optica est˜ao su-jeitos a diversos fenˆomenos como, atenua¸c˜ao, disper-s˜ao e distor¸c˜ao n˜ao-linear (Headley & Agrawal, 2005), (Palais, 1998). Atenua¸c˜ao ocorre como resultado de es-palhamento resultante de uma n˜ao homogeneidade do vidro e/ou `a presen¸ca de ressonˆancias eletrˆonicas e vi-bracionais devido ao vidro ou `a impureza. A combina-¸c˜ao desses efeitos gera uma s´erie de perdas, em especial, na faixa de comprimento de onda em torno de 1550nm. Uma variedade de efeitos n˜ao-lineares s˜ao observados em fibras ´opticas devido `a intera¸c˜ao ou acoplamento com o material da fibra. Em particular, o efeito Raman permite a transferˆencia de potˆencia ´optica de campos com comprimento de onda curto (e maior energia do f´ o-ton) para campos com maiores comprimentos de onda (Kidorf et al., 1999) por meio de dissipa¸c˜ao de energia, conserva¸c˜ao de f´otons e por espalhamento (ou efeito) Raman estimulado (SRS - Stimulated Raman Scatte-ring) e espontˆaneo. O SRS ´e um efeito n˜ao-linear que

ocorre devido `a intera¸c˜ao de radia¸c˜oes luminosas com as vibra¸c˜oes dos ´atomos do material que constitui a fibra ´

optica. A radia¸c˜ao luminosa ´e absorvida pelos ´atomos da fibra que reemitem a energia, gerando uma varia¸c˜ao no n´ıvel originalmente encontrado. O espalhamento Ra-man espontˆaneo ocorre quando um bombeio ´e aplicado e se obtˆem f´otons em frequˆencias diferentes da de ori-gem e com fases diferentes tamb´em, gerando ru´ıdo no sistema. O SRS ocorre sob a excita¸c˜ao de uma intensa fonte de laser (bombeio) ocorrendo um espalhamento altamente eficiente. Neste processo de espalhamento cerca de 10% da energia do bombeio ´e convertida em frequˆencia Stokes (Kidorf et al., 1999). Alocando-se o espectro dos sinais que conduzem dados em compri-mentos de onda maiores do que dos sinais de bombeio (lasers a serem controlados), o espectro dos sinais de dados pode ser influenciado. Este processo ´e a base para o ganho que ocorre nos sinais de dados na ope-ra¸c˜ao de amplificadores Raman. Este mesmo processo resulta tamb´em em intera¸c˜ao entre sinais de dados e

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entre sinais de bombeio, gerando ru´ıdo e emiss˜oes es-pontˆaneas amplificadas (ASE).

Um amplificador Raman ´e um dispositivo composto por uma parte ´optica e uma parte eletrˆonica onde atrav´es de um grupo de lasers de comprimentos de onda n˜ao modulados (i.e. lasers ´opticos de bombeio) inseridos na fibra, eleva a potˆencia dos comprimentos de onda modu-lados (lasers de sinais de dados). Tal ganho de potˆencia ´e chamado de ganho Raman e ocorre em todo o compri-mento do enlace de fibra ´optica devido principalmente ao SRS (Palais, 1998), (Dower et al., 2008). Os amplifi-cadores Raman s˜ao tipicamente aplicados em sistemas submarinos DWDM (dense wavelength division multi-plexed ) e em transmiss˜oes terrestres.

Em muitas aplica¸c˜oes pr´aticas, o ponto de opera¸c˜ao de-sejado ou “´otimo” de um processo ocorre justamente num ponto de extremo (m´aximo ou m´ınimo) de uma n˜ao-linearidade que est´a relacionada com a eficiˆencia do sistema. Este problema j´a foi formulado h´a muito tempo (1940-1960), mas o interesse foi reavivado gra-¸cas a recente prova formal de estabilidade de esquemas gerais de controle por busca extremal (Ariyur & Krs-tic, 2003). Na literatura moderna, tal controle ´e refe-rido por “Extremum Seeking Control” (ESC).

O ESC, ou simplesmente, Controle Extremal, tem co-nex˜ao estreita com o bem conhecido problema de Oti-miza¸c˜ao em Tempo Real. Os mais populares algorit-mos para otimiza¸c˜ao sem restri¸c˜ao utilizam informa¸c˜ao da derivada ou do gradiente da fun¸c˜ao objetivo. En-tretanto, em muitos problemas de controle extremal o gradiente da fun¸c˜ao objetivo pode n˜ao ser acess´ıvel em tempo real ou ser muito dispendioso ter essa infor-ma¸c˜ao. Existe tamb´em uma estreita conex˜ao entre o ESC e o controle de sistemas com dire¸c˜ao de controle desconhecida (Yan et al., 2008), (Oliveira et al., 2007), (Bartolini et al., 2003), (Drakunov, 1993). Para plantas monovari´aveis a dire¸c˜ao de controle ´e o inverso do sinal de realimenta¸c˜ao. Toda vez que o sistema se aproxima de um ponto de extremo e cruza-o, isso corresponder´a a mudan¸cas da dire¸c˜ao de controle.

Em (Peixoto et al., 2010), (Oliveira et al., 2011), foi pro-posto um controlador por busca extremal monovari´avel baseado em modos deslizantes e fun¸c˜ao de chaveamento peri´odica (Drakunov, 1993) utilizando apenas realimen-ta¸c˜ao de sa´ıda. O m´etodo da fun¸c˜ao peri´odica ´e robusto com respeito a mudan¸cas na dire¸c˜ao de controle. Isso motivou explorar o algoritmo da fun¸c˜ao peri´odica para resolver problemas de controle via busca extremal. A partir da fun¸c˜ao de chaveamento peri´odica definia-se m´ultiplas superf´ıcies de chaveamento, para as quais ao menos uma seria uma superf´ıcie de deslizamento est´ a-vel.

A diferen¸ca essencial com rela¸c˜ao `as abordagens de Ariyur & Krstic (2003) reside no fato de que, em vez de adapta¸c˜ao, utiliza-se modos deslizantes na abordagem aqui proposta, al´em de n˜ao se requerer sinais de excita-¸c˜ao (tipicamente senoidais) para “estimar” o gradiente da fun¸c˜ao objetivo. Uma das vantagens da abordagem escolhida neste projeto com respeito, por exemplo, a (Korovin & Utkin, 1974) ou (Pan et al., 2003) ´e po-der garantir resultados de convergˆencia globais (ou seja, para quaisquer condi¸c˜oes iniciais).

A principal contribui¸c˜ao deste trabalho ´e a aplica¸c˜ao do algoritmo por busca extremal em amplificadores ´ opti-cos Raman por meio de uma fun¸c˜ao custo apropriada.

Esta ´e a primeira generaliza¸c˜ao para sistemas MIMO (multi-input-multi-output) do controlador proposto em (Peixoto et al., 2010), (Oliveira et al., 2011), e ´e capaz de encontrar em tempo real o ponto de opera¸c˜ao de potˆencia ´otimo nesses dispositivos. O desempenho do otimizador ser´a avaliado por simula¸c˜ao num´erica, tendo por referˆencia os resultados dispon´ıveis na literatura.

2 Nota¸c˜ao e Terminologia

O operador diag denota o mapeamento de vetores (li-nha ou coluna) em matrizes diagonais. A fun¸c˜ao sinal sgn quando aplicada a um vetor significa aplicar ele-mento a eleele-mento. A norma Euclidiana de um vetor x e a correspondente norma induzida de uma matriz A s˜ao denotadas por |x| e |A|, respectivamente. A norma L∞e de um sinal x(t) ∈ IRna partir de um instante inicial t

0 ´e definida por kxt,t0k := supt0≤τ ≤t|x(τ )|; para t0= 0, a

nota¸c˜ao kxtk ´e adotada. O termo gen´erico π(t) ´e dito ser exponencialmente decrescente se |π(t)| ≤ be−at, ∀t e constantes a > 0 e b > 0, com b podendo depender das condi¸c˜oes iniciais do sistema. A defini¸c˜ao de Filippov para a solu¸c˜ao de equa¸c˜oes diferenciais com lado direito descont´ınuo (Filippov, 1964) e o conceito de controle equivalente estendido (Hsu et al., 2002), v´alido dentro e fora da superf´ıcie de deslizamento, ser˜ao utilizados ao longo do texto.

3 Configura¸c˜ao Geral do Sistema ´Optico A configura¸c˜ao geral do sistema ´optico considerada neste trabalho ´e tal que o amplificador Raman em ques-t˜ao opera em um enlace de fibra ´optica definido da seguinte forma: (i) fibra ´optica distribu´ıda de compri-mento L denotada por F delimitada por duas fronteiras uma por onde os dados s˜ao inseridos (entrada – ups-tream) e outra por onde os dados s˜ao coletados (sa´ıda – downstream); (ii) grupo de npsinais de bombeio (sinal de controle) cada um com potˆencia dada pelos elemen-tos do vetor Pp ∈ IRnp e comprimento de onda dado pelos respectivos elementos do conjunto Λp:= {λi| i = 1, 2, . . . , np}; (iii) grupo de nssinais ex´ogenos, contendo a informa¸c˜ao a ser transmitida (dados), cada um com potˆencia dada pelos elementos do vetor Ps ∈ IRns e comprimento de onda dado pelos respectivos elemen-tos do conjunto Λs:= {λi| i = np+ 1, np+ 2, . . . , N }, sendo N := np+ ns; (iv) grupo de ns dispositivos de acoplamento ´optico para introduzir os dados a serem transmitidos no in´ıcio da fibra e ns sensores, denotado por Hs, para medir as respectivas potˆencias dos sinais que contˆem informa¸c˜ao no final da fibra; (v) grupo de npdispositivos de acoplamento ´optico (atuadores), de-notado por Hp, para introduzir os diversos sinais de bombeio na extremidade final do enlace que se propa-gar˜ao no sentido do in´ıcio da fibra.

3.1 Dinˆamica das Potˆencias

Considera-se o modelo da distribui¸c˜ao da potˆencia m´e-dia ´e para descrever o comportamento das potˆencias em amplificadores Raman descrito em (Bromage, 2004). Este modelo consiste de um conjunto de N = np+ ns EDPs de primeira ordem, n˜ao-lineares e acopladas (equa¸c˜ao de transporte), dado por: τi∂P∂ti + µi∂P∂zi = −αiPi+PNj=1 (j6=i)cijPiPj, sendo Pi a potˆencia (em W ) do sinal presente na fibra (dado ou bombeio) em um

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instante de tempo t e a uma distˆancia z do in´ıcio da fi-bra (medida ao longo da fifi-bra), correspondente ao com-primento de onda λi(dado ou bombeio). As constantes τi, µi e αi representam os correspondentes atrasos de grupo na propaga¸c˜ao por unidade de comprimento (em µs/km), o sentido de propaga¸c˜ao (adimensional) e a atenua¸c˜ao por unidade de comprimento (em 1/km), res-pectivamente. A constante cijpermite modelar o aco-plamento entre as potˆencias do sinal de comprimento de onda λie o sinal de comprimento de onda λjpresente na fibra, por unidade de comprimento (em 1/W/km). O atraso de grupo τi(λi), as perdas ou atenua¸c˜oes αi(λi) e o acoplamento cij(λi, λj) s˜ao fun¸c˜oes dos comprimen-tos de onda presentes na fibra. O sentido de propaga-¸c˜ao µi´e igual a −1 para os sinais de bombeio (contra-propagante, com i = 1, . . . , np) e igual a 1 para os si-nais de dados (i = np+ 1, . . . , N ). Para uma nota¸c˜ao mais compacta, considere as seguintes matrizes: τ := diag`ˆ

τ1 . . . τN ˜´, µ := diag `ˆ µ1 . . . µN ˜´, A := diag`ˆ

α1 . . . αN ˜´ e C ∈ IRN ×N com seu ij-´ezimo elemento dado por cij.

A dinˆamica temporal e espacial da propaga¸c˜ao de po-tˆencias pode ser reescrita como (Dower et al., 2008):

τ∂P ∂t + µ ∂P ∂z = −AP + diag(P )CP , (1) com P = ˆ P1 . . . PN ˜T particionado na forma P = P (t, z) := » Pp(t, z) Ps(t, z) – ∈ IRN, N := n p+ ns, as matrizes τ, µ, A, C ∈ IRN ×N consideradas incertas, sendo que a potˆencia dos sinais de bombeio inseridos no final da fibra ´e a entrada de controle U (t) := Pp(t, L), o vetor de potˆencias dos sinais de dados no final da fibra ´e o vetor de sa´ıda medido Y (t) := Ps(t, L) e o ve-tor de potˆencias dos sinais de dados no in´ıcio da fibra, D(t) := Ps(t, 0), ´e considerado como uma perturba¸c˜ao. Note que, a especifica¸c˜ao de uma condi¸c˜ao de contorno espacial e uma temporal para cada componente do ve-tor P assegura a existˆencia e unicidade de solu¸c˜ao de EDPs na forma (1), ver (Krsti´c & Smyshlyaev, 2008) e (Krsti´c, 2009). A condi¸c˜ao de contorno espacial ´e especificada por U (t) e por D(t). A condi¸c˜ao inicial temporal ´e definida por uma distribui¸c˜ao de potˆencia espacial inicial P (0, z) ao longo da fibra.

4 Formula¸c˜ao do Problema

Considere o modelo descrito em (1). O objetivo de con-trole ´e ajustar as potˆencias dos sinais de bombeio U para: (i) minimizar as diferen¸cas entre as potˆencias dos sinais de dados no final da fibra Y , resultando em um espectro de potˆencia mais plano ao longo de toda a banda de comprimentos de onda dos sinais de dados e (ii) minimizar o desvio de cada elemento de Y em rela¸c˜ao a um n´ıvel desejado previamente estabelecido. De acordo com (Dower et al., 2008), mesmo na pre-sen¸ca de acoplamento (C 6= 0), a potˆencia dos sinais que trafegam na fibra convergem para limites quando as entradas (bombeio e dados no in´ıcio da fibra) s˜ao constantes no tempo. A seguinte hip´otese ´e admitida:

(H0.a) A EDP (1) admite solu¸c˜ao que converge para um limite (atrator) determinado unicamente por valores fixos de Pp(t, L) = θpe Ps(t, 0) = θs, ∀t.

Sendo assim, para cada Ps(t, 0) = θs ∈ IRns cons-tante no tempo, pode-se definir um mapeamento est´ a-tico H : IRnp→ IRnsque relaciona cada valor constante

no tempo de U (t) = θp∈ IRnpao correspondente limite da sa´ıda Y (t): lim t→∞Y (t) = H(θp) , H = ˆ H1 . . . Hns ˜T . (2) (H0.b) O mapeamento H(·) ´e suave e bion´ıvoco.

4.1 Sistema MIMO Est´atico

Varia¸c˜oes do tipo degrau na potˆencia dos dados na en-trada da fibra Ps(t, 0) afetam as potˆencias no final da fi-bra ap´os um atraso da ordem de Lτi, com i = 1, . . . , ns. Atrasos de grupo t´ıpicos na propaga¸c˜ao encontram-se na ordem de 1µs/km. Portanto, para uma fibra t´ıpica de 100km observa-se atrasos da ordem de 0.1ms. Por outro lado, transit´orios mais r´apidos s˜ao esperados no final da fibra quando varia¸c˜oes do tipo degrau na en-trada de controle U (t) s˜ao consideradas. Estes transi-entes r´apidos podem ser observados atrav´es de simula-¸c˜oes num´ericas via aproxima¸c˜oes por diferen¸cas finitas de (1). Fica evidente, portanto, a presen¸ca de duas escalas de tempo distintas em amplificadores Raman. Este trabalho aborda os transit´orios relacionados com a escala de tempo longa, buscando otimizar a opera¸c˜ao do sistema ´optico em seu equil´ıbrio em estado estacio-n´ario.

Lembrando que os transit´orios devido a mudan¸cas em U (t) (final da fibra) s˜ao mais r´apidos do que os transit´ o-rios devido a mudan¸cas em Ps(t, 0) (entrada da fibra), ´e razo´avel considerar um comportamento entrada-sa´ıda est´atico para varia¸c˜oes suaves da entrada de controle U (t) e valores constantes das potˆencias dos sinais de dados na entrada da fibra Ps(t, 0). Neste sentido, va-mos considerar a seguinte hip´otese:

(H1) As potˆencias dos sinais de dados na sa´ıda da fibra Y (t) = Ps(t, L) s˜ao dadas pelo seguinte ma-peamento est´atico

Y (t) = H(U (t)) , ∀t , quando Ps(t, 0) = θs, ∀t.

A valida¸c˜ao deste modelo proposto pode ser realizada atrav´es da compara¸c˜ao com a resposta obtida pelo mo-delo constru´ıdo via m´etodo das diferen¸cas finitas, in-cluindo um atraso temporal para simular o atraso na-tural na propaga¸c˜ao das potˆencias na fibra. Al´em disso, varia¸c˜oes suaves da entrada de controle U (t) ser˜ao as-seguradas com a inclus˜ao de um integrador MIMO na entrada do sistema. Isto refor¸ca considerarmos o atraso de grupo de (1) como uma dinˆamica n˜ao-modelada. Portanto, considere o seguinte sistema n˜ao-linear e MIMO de primeira ordem formado pelo cascateamento da planta MIMO (1) satisfazendo as Hip´oteses (H0) e (H1) e de npintegradores desacoplados na entrada para suavizar o sinal de controle: ˙x = u, Y = H(x), sendo u ∈ IRnpa nova entrada de controle, Y a sa´ıda medida

e x = U ∈ IRnp, o vetor de estados dos integradores,

i.e., a entrada efetiva da planta (1).

Nosso objetivo ´e desenvolver um esquema realimentado que maximize uma fun¸c˜ao custo apropriada que carac-terize algum desempenho em estado estacion´ario para a sa´ıda Y (t), sem requerer o conhecimento do mapea-mento H(·). Sem perda de generalidade, considera-se o problema de maximiza¸c˜ao.

(4)

Para tanto, os elementos do vetor de potˆencias dos si-nais de dados Y = ˆ

Y1 . . . Yns

˜T

ser˜ao selecio-nados em grupos, denotados por Gj (j = 1, . . . , np), que caracterizam os sinais que est˜ao mais fortemente acoplados ao sinal de controle uj: entrada do j-´ezimo integrador com estado xj(equivalente `a potˆencia Ujdo j-´ezimo sinal de bombeio).

4.2 Sele¸c˜ao de Grupos de Sinais

O espectro de ganho Raman ´e a distribui¸c˜ao de todas as frequˆencias Stokes geradas atrav´es do espalhamento Raman e depende da frequˆencia da luz incidente e do material (Kidorf et al., 1999). O espectro de ganho Ra-man em fibras de s´ılica tem largura de banda de ganho em torno de 40T Hz, com pico de eficiˆencia em 13.2T Hz correspondendo a cerca de 100nm (Kidorf et al., 1999). Com isso os comprimentos de onda de sinais que mais receber˜ao potˆencias oriundas de um determinado com-primento de onda de bombeio s˜ao aqueles localizados pr´oximos de 100nm acima do laser de bombeio. Portanto, observando os comprimentos de onda dos si-nais de dados que trafegam na fibra e os comprimen-tos de onda dos sinais de bombeio ´e f´acil detectar qual grupo de sinais de dados ´e mais afetado por um bom-beio espec´ıfico de comprimento de onda λj. Isto tam-b´em pode ser verificado observando os elementos da matriz C de acoplamento em (1). Al´em disso, a escolha de λjpode ser previamente realizada para afetar mais fortemente um grupo de sinais de dados do que outro. Considere a nota¸c˜ao a seguir. Seja gjsubconjuntos dis-juntos do conjunto {1, 2, . . . , ns} formado pelos ´ındices do vetor de potˆencias dos sinais de dados Y associados aos sinais que est˜ao mais fortemente acoplados com o sinal de bombeio de potˆencia Uj, sendo Ujelemento do vetor de entrada U =ˆ

U1 . . . Unp

˜T

. Seja ainda, Gj = {Yi|i ∈ gj}. Diz-se que o sinal de potˆencia Yi pertence ao grupo Gj, quando i ∈ gj. ´E claro que Uj influencia sinais de dados de potˆencia Yicom i n˜ao per-tencente a gj, por´em de forma atenuada.

Seja Ygj ∈ IR

pj o vetor formado pelos elementos do

ve-tor Y que pertencem ao grupo Gje seja Hgj : IRnp→ IRpj o mapeamento correspondente formado pelas

fun-¸c˜oes Hi com i ∈ gj, com Hi definido em (2). Pode-se, ent˜ao escrever que:

Ygj = Hgj(x) , j = 1, . . . , np.

4.3 Defini¸c˜ao da Sa´ıda e Fun¸c˜ao Custo

Para cada grupo Gj (com pj sinais de dados), assim como em (Dower et al., 2008), considere uma fun¸c˜ao custo J : IRpj → IR, cont´ınua e suave, que quantifica

o desempenho de interesse: m´ınima diferen¸ca entre os elementos de Gj e m´ınimo desvio de cada elemento de Gj em rela¸c˜ao a um n´ıvel desejado previamente esta-belecido. Define-se a seguinte sa´ıda yjque quantifica o desempenho de interesse para o grupo Gj:

yj(t) = J(Ygj(t)) , ∀gj.

Este desempenho de interesse pode ser quantificado por meio da seguinte fun¸c˜ao (Dower et al., 2008):

J(v) := −Ja(v) − Jb(v) + J0,

sendo Ja(v) := (v − vd)TQ(v − vd) e Jb(v) := Ppj

i,k=1 , i6=kRik(vi− vk)2, sendo v ∈ IRpj, Q ∈ IRpj×pj

uma matriz positiva semi-definida de projeto, Rik s˜ao constantes positivas de projeto e, apenas por conveni-ˆencia, J0> 0 ´e uma constante escolhida para que J(v) assuma apenas valores positivos (∀v). O primeiro termo Japenaliza (Q) desvios na potˆencia dos sinais de dados (do grupo Gj) no final do enlace em rela¸c˜ao ao n´ıvel desejado vd ∈ IRpj, enquanto que o segundo termo Jb penaliza (Rik) varia¸c˜oes no espectro dos sinais de dados (m´ınima diferen¸ca entre os elementos de Gj). Uma pos-s´ıvel escolha para Rik ´e dada por (Dower et al., 2008): Rik= 1

i−λk)2, sendo λie λkos comprimentos de onda

dos sinais de dados do grupo gj.

Relembrando que Ygj = Hgj(x) e definindo o mapea-mento de sa´ıda h : IRnp→ IRnp

h(x) := J(Hgj(x)) =

ˆ

h1(x) . . . hnp(x) ˜ ,

o seguinte sistema passa a ser considerado:

˙x = u , y = h(x) , (3)

sendo y =ˆ

y1 . . . ynp ˜.

4.4 Hip´oteses Principais

Vamos considerar que as fun¸c˜oes J e H s˜ao tais que o mapeamento de sa´ıda h satisfa¸ca a hip´otese a seguir onde, sem perda de generalidade, considera-se apenas o caso de maximiza¸c˜ao:

(H3.a) Cada fun¸c˜ao hj(·) (j = 1, . . . , np) ´e suave, con-t´ınua e convexa e apresenta um conjunto n˜ao vazio Θjde maximizantes da forma {θ ∈ IRnp| hj(α) ≤ hj(θ) , ∀α ∈ IRnp} e Θ1∩ Θ2∩ . . . ∩ Θnp6= ∅.

(H3.b) Cada fun¸c˜ao hj(·) ´e unimodal com respeito a xj quando as outras vari´aveis xi (i 6= j) forem mantidas constantes no sentido que para xi man-tido constante ∀i 6= j em xi = θi e j = 1, . . . , np, existe um maximizante θ∗

j(xi) ∈ IR ´unico tal que ∂hj ∂xj ˛ ˛ ˛ ˛ xj=θj∗ = 0 e ∂ 2h j ∂x2 j ˛ ˛ ˛ ˛ xj=θj∗ < 0 ,

e para qualquer ∆ > 0 existe uma constante Lj(∆) > 0 v´alida ∀θital que

Lj≤ ˛ ˛ ˛ ˛ ∂hj ∂xj ˛ ˛ ˛ ˛ xj=θj , ∀ θj∈ D/ ∆, sendo D∆j := {θj : |θj− θ ∗ j| < ∆2} denomina-se de ∆-vizinhan¸ca de θ∗

j e pode tornar-se arbitrari-amente pequena reduzindo-se Lj.

Neste trabalho, considera-se que aloca¸c˜ao dos compri-mentos de onda dos bombeios e a matriz C em (1) s˜ao tais que os sinais do grupo G1s˜ao significantemente in-fluenciados apenas pelo sinal de entrada U1, os sinais do grupo G2 apenas por U2, e assim sucessivamente. Para formalizar esta considera¸c˜ao, a seguinte hip´otese ser´a assumida:

(H4) A matriz C de acoplamento em (1) ´e tal que o mapeamento h(·) satisfaz para j = 1, . . . , np:

˛ ˛ ˛ ˛ ∂hj ∂xi ˛ ˛ ˛ ˛ ≤ ǫ ˛ ˛ ˛ ˛ ∂hj ∂xj ˛ ˛ ˛ ˛ , ∀xi, ∀xj∈ D/ ∆j, ∀i 6= j ,

(5)

A hip´otese (H4) assegura que cada elemento do gra-diente da fun¸c˜ao hj seja dominado pelo seu j-´ezimo elemento ∂hj

∂xj. Neste sentido, assume-se que hj est´a fracamente acoplado `as vari´aveis xi, para i 6= j, ou seja, est´a fracamente acoplado aos bombeios associa-dos aos outros grupos diferentes de gj. Particionando-se o Jacobiano na forma ∂h ∂x = kp+ ˜kp, sendo kp = diag“h ∂h1 ∂x1 . . . ∂hnp ∂xnp i”

, podemos dizer que (H4) caracteriza uma dominˆancia diagonal do Jacobiano. Este acoplamento fraco ser´a encarado como perturba-¸c˜ao para os sistemas de controle de cada grupo.

5 Lei de Controle com Fun¸c˜ao de Chaveamento Peri´odica

Considere o sistema (3). O controle por modos desli-zantes e realimenta¸c˜ao de sa´ıda com fun¸c˜ao de chavea-mento peri´odica ´e dado por:

u = ̺(t) sgn`sen ˆπE−1σ(t)˜´ , (4) sendo ̺(t) = diag`ˆ

̺1(t) . . . ̺np(t) ˜´ ´e a fun¸c˜ao

de modula¸c˜ao (cont´ınua em t) a ser definida,

σ(t) = e(t) + Λ Z t 0 sgn(e(τ ))dτ (5) Λ = diag`ˆ λ1 . . . λnp ˜´ e E = diag `ˆ ε1 . . . εnp ˜´ s˜ao matrizes diagonais apropriadas.

O sinal e(t) ´e dado por

e(t) := y(t) − ym(t) , (6) sendo ym´e gerado da seguinte forma

˙ym= Km, ym(0) = ym0, (7) sendo Km, ym0∈ IRnp vetores constantes de projeto. Nossa estrat´egia baseia-se em seguimento de trajet´oria de tal forma que a sa´ıda y ´e controlada no sentido de rastrear o sinal monotonicamente crescente ym. Desta forma, y ´e for¸cado a alcan¸car uma vizinhan¸ca do m´ a-ximo y∗= h(x∗). Para evitar a presen¸ca de um sinal de referˆencia ilimitado no controlador, pode-se saturar ym em um valor baseado no conhecimento de um limitante superior grosseiro para ky∗

k, sem afetar o desempenho do controlador.

O projeto de ̺ ´e conduzido para que modos deslizantes ocorram em tempo finito nas variedades σi= kεi (i = 1, . . . , np), para algum inteiro k. Consequentemente, devido `a a¸c˜ao integral presente em (5) y = h(x) tenta rastrear ym(e y se aproxima de y∗) quando fazemos ˙σ = 0 na seguinte express˜ao ˙σ = ˙e + Λ sgn(e) que ´e obtida diretamente de (5). Al´em disso, torna-se evidente que a taxa de convergˆencia de x para a ∆-vizinhan¸ca definida em (H3) ´e uma fun¸c˜ao de Λ.

A proposi¸c˜ao a seguir fornece uma poss´ıvel implemen-ta¸c˜ao para a fun¸c˜ao de modula¸c˜ao.

Proposi¸c˜ao 1 Considere o sistema (1), satisfazendo as hip´oteses (H0)–(H4), com a lei de controle (4). Fora da vizinhan¸caD∆j, se a fun¸c˜ao de modula¸c˜ao ̺ em (4)

for tal que ̺j:= ̺∗ 1 − ǫ(np− 1) , ̺∗= maxj  1 Lj [Kmj+ λj] ff +δ , (8)

para ǫ < 1/(np− 1) tem-se que: (a) n˜ao ocorre es-cape em tempo finito nos sinais do sistema em malha fechada (tM → +∞); (b) deslizamento ideal na varie-dade σj = kε ´e alcan¸cado em tempo finito para algum inteiro k; (c) a vizinhan¸ca Dem (H3.b) ´e atrativa sendo alcan¸cada em tempo finito e (d) para Lj sufi-cientemente pequeno, as oscila¸c˜oes em torno do con-junto maximizante Θj de hj, j = 1, . . . , np definidos em (H3.a), podem ser feitas da ordemO(kEk).

Prova: A prova da proposi¸c˜ao ´e an´aloga `aquela apresentada para a Proposi¸c˜ao 1 em (Peixoto et al., 2010) e para o Teorema 2 em (Oliveira et al., 2011), com a diferen¸ca principal que trata-se agora o caso multiva-ri´avel que pode ser interpretado como np subsistemas monovari´aveis com acoplamento satisfazendo (H4). Os acoplamentos s˜ao encarados como perturba¸c˜oes equiva-lentes de entrada que aparecem na dinˆamica de σ.

6 Simula¸c˜oes Num´ericas

Exemplo 1 Este exemplo ilustra um caso utilizando a Fibra ´Optica TrueWave Reach - Low Water PeakR envolvendo ns= 4 sinais de entrada e np= 2 bombeios contra-propagantes em um enlace de comprimento L = 100km, onde os sinais s˜ao inseridos no comprimento z = 0 e os bombeios em z = L. O fabricante, a OFS Fitel Denmark Ap, caracterizou experimentalmente os parˆametros f´ısicos da fibra ´optica, tais como atenua¸c˜ao, dispers˜ao, e eficiˆencia de ganho Raman.

Considere os comprimentos de onda (em nm) pre-sentes na fibra: Λp = ˆ 1442 1490 ˜ T e Λs = ˆ 1530 1550 1570 1590 ˜T. Na nota¸c˜ao compacta (1), tem-se: µ = diag`ˆ −1 −1 1 1 1 1 ˜´, 106τ = diag` ˆ 4, 876 4, 877 4, 877 4, 878 4, 878 4, 879 ˜´, A=diag` ˆ 0, 058 0, 051 0, 047 0, 045 0, 045 0, 045 ˜´, C= 2 6 6 6 6 6 6 4 0 −0, 23 −0, 59 −0, 62 −0, 18 −0, 10 0, 22 0 −0, 17 −0, 25 −0, 39 −0, 57 0, 55 0, 16 0 −0, 12 −0, 15 −0, 21 0, 58 0, 24 0, 12 0 −0, 11 −0, 14 0, 17 0, 37 0, 15 0, 11 0 −0, 11 0, 09 0, 53 0, 20 0, 14 0, 11 0 3 7 7 7 7 7 7 5 .

Neste exemplo, a id´eia da estrat´egia proposta ´e usar o bombeio 1 (2) para otimizar as potˆencias dos sinais 1 e 2 (3 e 4) no final da fibra. Para cada canal, o es-quema proposto considera que a fun¸c˜ao suave yj= hj(x) (j = 1, 2) a qual deseja-se maximizar seja desconhecida (i.e., n˜ao se conhece hj(·) ou suas derivadas parciais) e tenha um ´unico ponto de m´aximo na regi˜ao de in-teresse para xi mantido constante (i 6= j). Uma vez motivada a hip´otese do desacoplamento (H4), o pro-blema de controle por busca extremal de amplificadores ´

opticos Raman pode ser encarado como um problema SISO explorado anteriormente em (Peixoto et al., 2010) e (Oliveira et al., 2011), com perturba¸c˜ao gerada pelos outros canais em que agora o ponto de m´aximo ´e ob-tido da interse¸c˜ao das superf´ıcies obtidas a partir dos conjuntos maximizantes das fun¸c˜oes hj(·).

A Figura 1 mostra a convergˆencia das potˆencias dos bombeios (x2, x1), ambos partindo de 60mW, para uma vizinhan¸ca do maximizante, i.e., para uma vizinhan¸ca do ponto de interse¸c˜ao dos conjuntos maximizantes das fun¸c˜oes hj(·). A Fig. 2 apresenta o espectro dos sinais

(6)

de dados e dos sinais de bombeio para a potˆencia de set-point e para o maximizante encontrado, percebe-se que as potˆencias dos 4 sinais se elevam e tendem ao valor desejado. 0 50 100 150 200 250 0 50 100 150 200 250 x 1 (m W ) x2(mW)

Figura 1: Evolu¸c˜ao dos sinais x1(t) e x2(t) no plano x2× x1e interse¸c˜ao das curvas de n´ıvel correspon-dentes aos valores m´aximos de y1 e de y2.

1440 1460 1480 1500 1520 1540 1560 1580 1600 −30 −20 −10 0 10 20 1440 1460 1480 1500 1520 1540 1560 1580 1600 −40 −20 0 20 40

Figura 2: Espectro dos sinais transmitidos na fibra. Potˆencia em dBm e comprimento de onda em nm. Gr´ a-fico superior sem a¸c˜ao de controle e gr´afico inferior com a¸c˜ao de controle. Em ambos os casos as potˆencias ini-ciais dos bombeios foram iguais a 60mW.

7 Conclus˜oes

Neste artigo, o controlador por busca extremal proposto anteriormente foi estendido para o caso multivari´avel e aplicado no problema de regula¸c˜ao do sinal de potˆencia em amplificadores ´opticos Raman. O projeto proposto explora a existˆencia de grupos de sinais transmitidos na fibra que s˜ao mais afetados por um determinado si-nal de controle permitindo considerar um sistema mul-tivari´avel quadrado com fraco acoplamento. Embora esses amplificadores sejam dispositivos inerentemente n˜ao-lineares e com parˆametros distribu´ıdos, o novo con-trolador desenvolvido reduziu significativamente o

des-vio de potˆencia dos sinais de dados a partir de um set-point desejado.

Agradecimentos

Este trabalho contou com o apoio financeiro da FA-PERJ, CAPES e do CNPq.

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