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EQUIPE DE PROFESSORES

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Academic year: 2021

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EQUIPE DE PROFESSORES

1) FILIPPE AUGUSTO - COORDENADOR ADMINISTRATIVO.

Defensor Público Federal, Especialista em Processo Civil, Mestre em Direito (UFRN) e Doutorando em Direito (UFC). Ex-PGE-PB (8° colocado), Ex-PGM de Natal (10° colocado). Ex-Professor da UFC e da UFERSA. Aprovado na DPE-AL e AGU entre outros concursos. Professor das Especializações em Processo da FA7 e da Unichristus. É autor do livro “Direitos Fundamentais e sua Dimensão Objetiva”, publicado pelo renomado Sérgio Antonio Fabris Editor.

2) RENEE DO Ó SOUZA.

Mestrando pelo Centro Universitário de Brasília-Uniceub. Pós-graduado em Direito Constitucional, em Direito Processual Civil, em Direito Civil, Difusos e Coletivos pela Escola Superior do MP de Mato Grosso. Membro do Ministério Público de Mato Grosso.

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LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES

1) A prova discursiva não poderá ser assinada, rubricada ou conter, em outro local que não seja o cabeçalho do caderno de textos defi nitivos, qualquer palavra ou marca que identifi que o candidato, sob pena de ser anulada. Assim, a detecção de qualquer marca identifi cadora no espaço destinado à transcrição dos textos defi nitivos acarretará a anulação da respectiva prova discursiva.

2) Na avaliação serão considerados o acerto das respostas dadas, o grau de conhecimento do tema, a fl uência e a coerência da exposição, a correção gramatical e a precisão da linguagem jurídica.

3) A gestão do tempo de prova pode ser DECISIVA PARA SUA APROVAÇÃO! Diante disso, muito importante que você simule também essa situação, tentando reproduzir o horário da prova, a alimentação necessária ao período e até as idas ao banheiro para apreender a controlar o tempo!

4) Na Prova Discursiva, os candidatos lançarão suas respostas às questões formuladas no idioma ofi cial, em linguagem escorreita, manuscrita, mediante o uso de caneta esferográfi ca azul, em papel fornecido pela Comissão de Concurso, devidamente autenticado, sempre conforme as instruções, respeitando, na primeira, o espaço delimitado para resposta a cada questão, sendo vedado o uso de corretor de texto.

5) Será eliminado do concurso o candidato que não respeitar o disposto no parágrafo anterior, que utilizar canetas de cores diversas da azul, ou colocar qualquer sinal ou símbolo estranho à escrita ofi cial, caso em que considerar-se-á identifi cada a prova.

6) Na Prova Discursiva será permitida a consulta apenas à legislação desacompanhada de grifo, registro e anotação de qualquer tipo. Está vedada a consulta à jurisprudência, súmulas, atos normativos, exposições de motivos, anotações ou comentários, obras de doutrina, manuais, obras que contenham formulários e/ou modelos, dicionários e apostilas, bem como outros. 7) Não serão considerados textos anotados as exposições de motivos, enunciados de juizados especiais e tribunais de justiça e súmulas de jurisprudência dos tribunais superiores, bem como os que contiverem simples referência a outros textos legais, cabendo à Comissão de Concurso vedar a utilização daqueles que entender em desacordo com esta norma.

8) É vedada a consulta a qualquer compilação de conclusões extraídas de encontros de discussão de Defensores Públicos, Membros da Magistratura ou do Ministério Público, ou de profi ssionais da área do direito em geral, independentemente da denominação dada aos textos resultantes. 9) Seja objetivo e conciso na resposta. Busque já nas primeiras palavras do parágrafo apresentar as palavras-chave solicitadas na questão, facilitando o trabalho do corretor que irá recompensá-lo com uma boa nota.

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prejuízo à clareza do texto.

12) É recomendável utilizar a técnica denominada de “tempestade de ideias”. Em outras palavras, jogue todas as ideias referente ao assunto em um papel de rascunho. Com base nestas informações, trace o esqueleto, escolhendo o que será reproduzido em cada parágrafo. Assim, dá para visualizar com antecedência como fi cará a sua questão e peça.

13) As rodadas devem ser respondidas de forma manual, pois assim será a prova. Depois, devem ser digitalizadas e enviadas pela área do aluno no site do Ouse, acessando nosso exclusivo Sistema

Sapiens. O login é o email que você informou, quando adquiriu o curso de seu interesse, assim

como será enviado - para esse mesmo email - o link para criar sua senha de acesso.

14) É de suma importância redigir a questão com uma letra LEGÍVEL. “Garranchos” trazem sérios prejuízos ao candidato.

15) As suas respostas devem ser scaneadas e encaminhadas até a QUINTA-FEIRA subsequente à da disponibilização da rodada para enviar suas respostas. (Obs.: Há aplicativos de celular que funcionam como scanner, p. ex., camscanner).

16) Excepcionalmente, caso o aluno realmente não consiga scannear o material redigido, poderá também enviar suas respostas digitadas no word, mas com o formato convertido e enviado em formato PDF (Obs.: NÃO recomendamos essa opção por não simular verdadeiramente a realidade em aspectos de controle de quantidade de linhas, qualidade da caligrafi a, gramática etc.).

17) Para enviar suas respostas no Sistema Sapiens, basta: a) acessar o seu curso;

b) clicar no botão “resposta das rodadas” c) escolher a rodada desejada;

d) escolher o professor responsável por cada questão ou peça naquela rodada (os professores responsáveis estarão indicados antes de cada peça ou questão, como abaixo pode ser verifi cado); e) clicar em processar;

f) realizar o upload do arquivo, clicando em escolher arquivo (lembre-se de selecionar suas respostas em formato PDF) e, por fi m, clicar no botão enviar;

18) Verifi que a qualidade do que foi scaneado antes de enviar. Não será aceito o envio do material por fotos ou outro meio que não em PDF.

19) As peças e as questões, a cada rodada, serão elaboradas por diferentes Professores, que estarão devidamente indicados no caderno de questões. Cada resposta deve ser enviada apenas para o correspondente Professor responsável.

20) Vale frisar que os prazos PARA OS ALUNOS FAZEREM O UPLOAD das questões vai até à 23h:59min do dia limite constate na tabela de prazos do Tutorial. ESTE HORÁRIO É CONFORME O HORÁRIO DE BRASÍLIA (ATENÇÃO PARA O HORÁRIO DE VERÃO).

21) O número máximo de linhas estará determinado no enunciado de cada questão/peça e no caderno de resposta.

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PEÇA PRÁTICA

RESPONSÁVEL: PROF. RENEE DO Ó SOUZA

Restou comprovado por meio do Inquérito Policial 07-2020, que desde o ano 2016, SÓFOCLES e ÉDIPO mantinham uma forte associação destinada à comercialização de entorpecentes. Utilizavam a res idência que hab itavam, localizada na Rua Nova Atenas, n. 300, Uberlândia-MG, como o ponto de venda, depósito e entrega de drogas para os usuários.

Na data de 15 de outubro de 2019, os dois agentes, em comum acordo, resolveram subtrair uma balança de precisão de PLATÃO, que também se dedicava ao comércio espúrio.

Na ocasião, SÓFOCLES foi bem claro com ÉDIPO, ao enfatizar que não cometeria o delito caso houvesse violência, situação que ÉDIPO concordou.

Ao saírem de casa, SÓFOCLES adotou mais uma medida para garantir que a subtração da balança não fosse realizada por meio de violência: “revistou” ÉDIPO, mesmo sabendo que ele também não era adepto da violência.

Não bastasse isso, SÓFOCLES telefonou à residência de PLATÃO a fi m de garantir que não havia ninguém em casa. Nas quatro ligações realizadas, o telefone não foi atendido.

Assim, ambos, “de mãos limpas”, dirigiram-se à residência de PLATÃO, situada na rua Rua Baixa Atenas, n. 300, Uberlândia-MG. No caminho, ÉDIPO relatou que estava nervoso e precisava urinar, quando parou num posto de combustível, e SÓFOCLES permaneceu dentro do carro. Ao descer do automóvel, ÉDIPO contornou o posto de combustível e foi até a casa do reincidente EPICURO, situada na Rua Parthenon, n. 29, Uberlândia-MG, onde com ele pegou um revólver calibre 38 emprestado, situação que SÓFOCLES jamais poderia imaginar ou prever.

Logo após, ao chegarem na casa de PLATÃO, ambos pegaram a balança, quando, de maneira inesperada, PLATÃO apareceu, momento em que ÉDIPO puxou a arma e desferiu quatro disparos na vítima, causa de sua morte. Ao ver a ação de ÉDIPO, SÓFOCLES, que jamais imaginava ou poderia prever a existência da arma, tentou evitar os disparos, mas não conseguiu.

Apesar da situação, ÉDIPO e SÓFOCLES concordaram em levar a balança para casa, mas SÓFOCLES, em estado de choque, disse que fi caria no local do crime, enquanto ÉDIPO evadiu-se com a res.

No local do crime, SÓFOCLES resolveu esconder o cadáver; fez uma cova nos fundos do terreno, colocou o corpo da vítima e cobriu-o com terra e tijolos.

Consta no Inquérito Policial que procedidas as investigações, apurou-se:

a) A apreensão de cinco quilos de cocaína na residência de ÉDIPO e SÓFOCLES. Submetida à perícia, comprovou-se o efeito ativo da substância;

b) A apreensão da arma do crime, encontrada na residência da vítima PLATÃO, a qual foi esquecida por ÉDIPO no local. Devidamente periciada, atestou-se que se encontrava apta para realizar disparos;

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o exame necroscópico;

d) A apreensão da balança de precisão na residência de ÉDIPO e SÓFOCLES, a qual foi subtraída de PLATÃO.

Elabore a Denúncia, com todos os seus requisitos legais, a partir dos fatos acima narrados, facultando-se a utilização de dados complementares fi ctícios, apenas no que for essencial para formulação da peça acusatória. Não há necessidade de qualifi cação das pessoas.

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QUESTÃO 01 - DIREITO ADMINISTRATIVO RESPONSÁVEL: PROF. RENEE DO Ó SOUZA

Discorra sobre improbidade administrativa, especialmente em relação à prescrição, sobretudo no tocante à prescrição em relação aos atos de prefeitos.

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QUESTÃO 02 - DIREITO CIVIL

RESPONSÁVEL: PROF. RENEE DO Ó SOUZA

Sobre o dano refl exo, analise sua possibilidade de aplicação pa ra os danos morais e materiais. Aborde, ainda, a legitimidade para requerer em juízo indenização por dano indireto.

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QUESTÃO 03 – DIREITO PROCESSUAL CIVIL. RESPONSÁVEL: PROF. RENEE DO Ó SOUZA

No contexto do estímulo à uniformização da jurisp rudência e à obediência aos precedentes, trazidos pelo Novo Código de Processo Civil, correlacione o atual sistema de precedentes com a rejeição liminar do pedido/recurso, com a tutela de evidência e com a ação rescisória.

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QUESTÃO 04 – DIREITO PROCESSUAL PENAL RESPONSÁVEL: PROF. RENEE DO Ó SOUZA

Durante a investigação processual de um crime de ameaça e lesão corporal leve no contexto de violência doméstica, a vítima manifestou o interesse de representar criminalmente contra o seu agressor. Após o oferecimento da denúncia, mas antes do recebimento da mesma, a vítima afi rmou ter interesse em se retratar da representação perante a Promotoria de Ju stiça competente. Discorra sobre a cond uta a ser tomada a seguir conforme a Lei Maria da Penha pelo Promotor de Justiça. Fundamente apresentando os dispositivos inerentes.

(Máximo de 30 linhas).

Obs.: Nesta rodada, atente para as regras 19 e 20 das instruções acima, ou seja, a Peça e as Questões devem ser enviadas EM UM SÓ ARQUIVO para o Prof. Renee do Ó.

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EQUIPE DE PROFESSORES

1) FILIPPE AUGUSTO - COORDENADOR ADMINISTRATIVO.

Defensor Público Federal, Especialista em Processo Civil, Mestre em Direito (UFRN) e Doutorando em Direito (UFC). Ex-PGE-PB (8° colocado), Ex-PGM de Natal (10° colocado). Ex-Professor da UFC e da UFERSA. Aprovado na DPE-AL e AGU entre outros concursos. Professor das Especializações em Processo da FA7 e da Unichristus. É autor do livro “Direitos Fundamentais e sua Dimensão Objetiva”, publicado pelo renomado Sérgio Antonio Fabris Editor.

2) RENEE DO Ó SOUZA.

Mestrando pelo Centro Universitário de Brasília-Uniceub. Pós-graduado em Direito Constitucional, em Direito Processual Civil, em Direito Civil, Difusos e Coletivos pela Escola Superior do MP de Mato Grosso. Membro do Ministério Público de Mato Grosso.

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PEÇA PRÁTICA

RESPONSÁVEL: PROF. RENEE DO Ó SOUZA

COMENTÁRIOS

1. Defi nição dos crimes narrados na Denúncia:

1.1. Associação para o tráfi co de drogas – artigo 35 da Lei nº 11.343/2006: Denunciados: SÓFOCLES e ÉDIPO.

Veja como constou na questão:

“Restou comprovado por meio do Inquérito Policial 07-2020, que desde o ano 2016, SÓFOCLES e ÉDIPO mantinham uma forte associação destinada à comercialização de entorpecentes. Utilizavam a residência que habitavam, localizada na Rua Nova Atenas, n. 300, Uberlândia-MG, como o ponto de venda, depósito e entrega de drogas para os usuários.”. O artigo 35 da Lei nº 11.343/2006, prevê a associação ao tráfi co:

Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fi m de praticar, reiteradamente ou não, qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 desta Lei:

Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.200 (mil e duzentos) dias-multa.

Ou seja, os agentes “mantinham forte associação”, destinada à “comercialização de entorpecentes”.

1.2. Latrocínio (artigo 157, §3º, inciso II, do CP): ÉDIPO.

- Furto (artigo 155, § 4º, inciso IV c/c o artigo 29, § 2º, primeira parte, ambos do CP): SÓFOCLES.

Há na espécie a cooperação dolosamente distinta.

A questão retrata que SÓFOCLES pretendia praticar apenas o delito de furto qualifi cado pelo concurso de agentes, tanto que adotou todas as cautelas para que não houvesse violência. Ao passo que ÉDIPO levou a efeito o delito de latrocínio. Vejamos:

“Na ocasião, SÓFOCLES foi bem claro com ÉDIPO, ao enfatizar que não cometeria o delito caso houvesse violência, situação que ÉDIPO concordou. Ao saírem de casa, SÓFOCLES adotou mais uma medida para garantir que a subtração da balança não fosse realizada por meio de violência: “revistou” ÉDIPO, mesmo sabendo que ele também não era adepto da violência. Não bastasse isso, SÓFOCLES telefonou

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casa. Nas quatro ligações realizadas, o telefone não foi atendido. Assim, ambos, ‘de mãos limpas’, dirigiram-se à residência de PLATÃO. (…) Ao ver a ação de ÉDIPO, SÓFOCLES, que jamais imaginava ou poderia prever a existência da arma, tentou evitar os disparos, mas não conseguiu”.

Por sua vez, ÉDIPO, à revelia de SÓFOCLES, armou-se para empreitada delitiva:

“No caminho, ÉDIPO relatou que estava nervoso e precisava urinar, quando parou num posto de combustível, e SÓFOCLES permaneceu dentro do carro. Ao descer do automóvel, ÉDIPO contornou o posto de combustível e foi até a casa do reincidente EPICURO, situada na Rua Parthenon, n. 29, Uberlândia-MG, onde com ele pegou um revólver calibre 38 emprestado, situação que SÓFOCLES jamais poderia imaginar ou prever. Logo após, ao chegarem na casa de PLATÃO, ambos pegaram a balança, quando, de maneira inesperada, PLATÃO apareceu, momento em que ÉDIPO puxou a arma e desferiu quatro disparos na vítima, causa de sua morte. Ao ver a ação de ÉDIPO, SÓFOCLES, que jamais imaginava ou poderia prever a existência da arma, tentou evitar os disparos, mas não conseguiu. Apesar da situação, ÉDIPO e SÓFOCLES concordaram em levar a balança para casa...”

A situação, conforme acima narrado, traz a cooperação dolosamente distinta, a teor do artigo 29, § 2º, primeira parte.

Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade.

(...)

§ 2º Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste.

Observe-se, portanto, que em nenhum momento SÓFOCLES poderia imaginar que ÉDIPO estaria armado ou mesmo que a vítima PLATÃO estivesse em casa.

Vejamos a lição de Cleber Masson:

“A interpretação a ser dala é a seguinte: dois ou mais agentes cometeram dois ou mais crimes. Em relação a um deles – o mais grave -, entretanto, não estavam ligados pelo vínculo subjetivo, isto é, não tinham unidade de propósitos quanto à produção do resultado. Vejamos um exemplo: ‘A’ e ‘B’ combinam a prática do furto de um automóvel que estava estacionado em via pública. Chegam ao local, e, quando tentavam abrir a porta do veículo, surge seu proprietário. ‘A’ foge, mas ‘B’, que trazia consigo um revólver, circunstância que não havia comunicado ao seu comparsa, atira na vítima, matando-a. Nesse caso, ‘A’ deve responder por tentativa de furto (CP, art. 155 c/c o art. 14, II), e ‘B’ por latrocínio consumado (CP, art. 157, par. 3., in fi ne). Se um dos concorrentes quis participar de crime menos grave, diz a lei penal, é porque em relação a

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tocante ao crime menos grave.” (Parte geral, 2017, 577-578. v. 1). 1.3. Ocultação de cadáver – artigo 211 do Código Penal:

Denunciado: SÓFOCLES. Assim constou na tese:

“No local do crime SÓFOCLES resolveu esconder o cadáver; fez uma cova nos fundos do terreno, colocou o corpo da vítima e cobriu-o com terra e tijolos.”

O artigo 211 do Código Penal, prevê:

Art. 211 - Destruir, subtrair ou ocultar cadáver ou parte dele: Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.

Denota-se, portanto, que SÓFOCLES ocultou o cadáver.

1.4. Posse de arma de fogo de uso permitido – artigo 12 da Lei 10.826/2003: Denunciado: EPICURO.

Assim constou na tese:

“Ao descer do automóvel, ÉDIPO contornou o posto de combustível e foi até a casa do reincidente EPICURO, situada na Rua Parthenon, n. 29, Uberlândia-MG, onde com ele pegou um revólver calibre 38 emprestado.”

O artigo prevê:

Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior de sua residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa:

Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.

Conclui-se, portanto, que EPICURO mantinha a arma de fogo em sua residência. 1.5. Tráfi co de drogas – artigo 33 da Lei 11.343/2006:

Denunciados: SÓFOCLES e ÉDIPO. Veja como constou na questão:

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apurou-e SÓFOCLES. Submapurou-etida à papurou-erícia, comprovou-sapurou-e o apurou-efapurou-eito ativo da substância.”

O artigo prevê:

Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:

Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa.

Nesse contexto, os denunciados guardavam e mantinham em depósito entorpecente destinado à comercialização.

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RESPOSTA PADRÃO

Excelentíssimo Senhor Juiz de Direito da Vara Criminal da Comarca de Uberlândia-MG: O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS, por seu Promotor de Justiça abaixo assinado, no uso de suas atribuições legais, e com fulcro no artigo 5º, inciso LIV, artigo 129, inciso I, ambos da Constituição da República Federativa do Brasil, artigo 25, inciso III, da Lei n. 8.625, de 12 de fevereiro de 1993, artigo 24, caput, artigo 41, ambos do Código de Processo Penal, após análise dos autos de inquérito policial anexo, verifi cando a existência de justa causa, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, oferecer a presente DENÚNCIA contra SÓFOCLES, ÉDIPO e EPICURO, pelo cometimento dos seguintes fatos delituosos:

1.1. Associação para o tráfi co de drogas – artigo 35 da Lei 11.343/2006: Restou comprovado por meio do Inquérito Policial 07-2020, que a partir do ano 2015, SÓFOCLES e ÉDIPO, cientes da ilicitude e reprovabilidade de suas condutas, associaram-se para o fi m de praticar o delito de tráfi co de drogas. Para tanto, utilizavam a residência que habitavam, localizada na Rua Nova Atenas, n. 300, Uberlândia-MG, como o ponto de venda, depósito e entrega de drogas para os usuários.

1.2. Tráfi co de drogas – artigo 33 da Lei 11.343/2006: Consta no Inquérito Policial que procedidas as investigações, em data e horário a ser apurado na instrução processual, na residência localizada na Rua Nova Atenas, n. 300, Uberlândia-MG, SÓFOCLES e ÉDIPO, cientes da ilicitude e reprovabilidade de suas condutas, adrede combinados e com unidade de desígnios, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar, guardavam e mantinham em depósito, cinco quilos de cocaína, destinada à comercialização. Submetida à perícia, comprovou-se o efeito ativo da substância, conforme laudo pericial juntado aos autos.

1.3. - Latrocínio (artigo 157, parág. 3º, inciso II do CP): ÉDIPO.

- Furto (artigo 155, parág. 4º, inciso IV c/c o artigo 29, parág. 2º, primeira parte, ambos do CP): SÓFOCLES.

Na data de 15 de outubro de 2019, ÉDIPO e SÓFOCLES, com consciência e vontade cientes da ilicitude e reprovabilidade de suas condutas, em comum acordo, resolveram subtrair uma balança de precisão de PLATÃO, situada na Rua Baixa Atenas, n. 300, Uberlândia-MG, o qual também se dedicava ao comércio espúrio. Na ocasião, SÓFOCLES foi bem claro com ÉDIPO, ao enfatizar que não cometeria o delito caso houvesse violência, situação que ÉDIPO concordou. Ao saírem de casa, SÓFOCLES adotou mais uma medida para garantir que a subtração da balança não fosse realizada por meio de violência: “revistou” ÉDIPO, mesmo sabendo que ele também não era adepto da violência. Não bastasse isso, SÓFOCLES telefonou à residência de PLATÃO a fi m de garantir que não havia ninguém em casa. Nas quatro ligações realizadas, o telefone não foi atendido.

Assim, ambos, “de mãos limpas”, dirigiram-se à residência de PLATÃO. No caminho, ÉDIPO relatou que estava nervoso e precisava urinar, quando parou num posto de combustível, e SÓFOCLES permaneceu dentro do carro. Ao descer do automóvel, ÉDIPO contornou o posto de combustível e foi até a casa do reincidente EPICURO, situada na Rua Parthenon, n. 29, Uberlândia-MG, onde com ele pegou um revólver calibre 38 emprestado, situação que SÓFOCLES jamais poderia imaginar ou prever.

Logo após, ao chegarem na casa de PLATÃO, ambos pegaram a balança, quando, de maneira inesperada, PLATÃO apareceu, momento em que ÉDIPO puxou a arma e desferiu quatro disparos na vítima, causa de sua morte, a teor do laudo pericial juntado aos autos. Ao ver a ação de ÉDIPO, SÓFOCLES, que jamais imaginava ou poderia prever a existência da arma, tentou evitar

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a balança, a qual foi posteriormente encontrada na residência de ambos. Nesse contexto, ÉDIPO subtraiu coisa móvel alheia, para si, mediante violência a pessoa, consubstanciada em disparos de arma de fogo, de cuja violência resultou na morte da vítima. Por outro lado, SÓFOCLES, subtraiu, para si, coisa alheia móvel, em concurso de agentes, ocasião em que quis participar deste crime menos grave.

1.4. Ocultação de cadáver – artigo 211 do Código Penal: Logo após a prática do fato delitivo acima narrado, SÓFOCLES, com consciência e vontade, ciente da ilicitude e reprovabilidade de sua conduta, ocultou o cadáver de PLATÃO, ocasião em que uma cova nos fundos do terreno, colocou-o dentro e cobriu com terra e tijolos. Por meio das investigações, o corpo restou encontrado, conforme exame necroscópico junto aos autos.

1.5. Posse de arma de fogo de uso permitido – artigo 12 da Lei 10.826/2003: Na data de 15 de outubro de 2019, na rua Canário, o denunciado EPICURO, com consciência e vontade, ciente da ilicitude e reprovabilidade de sua conduta, mantinha em sua residência, arma de fogo de uso permitido, um revólver calibre 38, em desacordo com determinação legal ou regulamentar. Apurou-se que o denunciado emprestou referida arma a ÉDIPO, o qual por sua vez, utilizou-a para prática do delito narrado no fato 3 desta denúncia. Referida arma foi localizada na casa da vítima PLATÃO e submetida à perícia atestou-se que estava apta para efetuar disparos.

Assim agindo, incorreram os denunciados nos seguintes crimes:

a) ÉDIPO: artigo 35 da Lei 11.343/2016 (fato 1), artigo 33 da Lei 11.343/2006 (fato 2) e artigo 157, parág. 3º, inciso II, do Código Penal (fato 3), na forma do artigo 69 do Código Penal e com os consectários da Lei 8.072/1990;

b) SÓFOCLES: artigo 35 da Lei 11.343/2016 (fato 1), artigo 33 da Lei 11.343/2006 com os consectários da Lei 8.072/1990 (fato 2), 155, parág. 4º, inciso IV c/c o artigo 29, parág. 2º, primeira parte, ambos do Código Penal (fato 3) e artigo 211 do Código Penal (fato 4), na forma do artigo 69 do Código Penal;

c) EPICURO: artigo 12 da Lei 10.826/2003(fato 5).

Por essas razões, requer-se o recebimento e autuação da presente denúncia, instaurando-se o devido processo legal sob o rito ordinário (art. 394, § 1º, inciso I, do Código de Processo Penal), citando-se os denunciados para responder a acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias, designando-se em seguida audiência de instrução e julgamento, consoante regras insculpidas no art. 396 e seguintes do Código de Processo Penal, até fi nal condenação.

Requer-se, por fi m, a intimação das pessoas abaixo arroladas para deporem sobre os fatos narrados, na forma da lei.

Rol: 1 – 2 –

Uberlandia-MG, data. Promotor de Justiça.

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ESPELHO

ABORDAGEM ESPERADA PONTUAÇÃO MÁXIMA

1. Associação para o tráfi co de drogas – artigo 35 da Lei

11.343/2006. 2,00

2. Tráfi co de drogas – artigo 33 da Lei 11.343/2006. 2,00 3. Latrocínio (artigo 157, parágrafo 3º, inciso II do CP): ÉDIPO.

Furto (artigo 155, parágrafo 4º, inciso IV c/c o artigo 29, parágrafo

2º, primeira parte, ambos do CP): SÓFOCLES. 3,00 4. Ocultação de cadáver – artigo 211 do Código Penal. 1,00 5. Posse de arma de fogo de uso permitido – artigo 12 da Lei

10.826/2003. 1,00

6. Redação e técnica. 1,00

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QUESTÃO 01 – DIREITO ADMINISTRATIVO RESPONSÁVEL: PROF. RENEE DO Ó

COMENTÁRIOS

Nesta questão, deve-se ater sobre a prescrição em atos de improbidade administrativa, especialmente em atos de prefeitos. Caberia, sem dúvidas, uma argumentação geral sobre a improbidade administrativa, trazendo conceito, previsão constitucional e outros elementos que possam enriquecer a questão e demonstrar o conhecimento sobre o assunto.

Deve-se falar dos prazos previstos no art. 23 da Lei de Improbidade.

Abordar, também, quando começa o prazo para os atos de improbidade cometidos por prefeitos, sobretudo em casos de reeleição e quando estes tenham ocorrido no primeiro mandado.

Apesar de importante, e, até poderia ser citado, a questão não procurou saber da discussão se a Ação de Improbidade Administrativa seria aplicada aos Agentes Políticos.

Com efeito, conceitua-se Improbidade Administrativa:

Todo aquele que, à custa da Administração Pública e do interesse público, importa em enriquecimento ilícito (art.9º); que causa prejuízo ao erário (art. 10) e que atenta contra os princípios da Administração Pública (art. 11). (Curso de Direito Administrativo, JÚNIOR, Dirley da Cunha, Ed. JusPodivm, 7. Ed. 2009, pág. 550).

Perceba-se, pois, que é ímprobo todo e qualquer ato condizentes com os artigos acima citados da lei.

É, pois, um ato ilegal praticado no âmbito da Administração Pública, quando um agente público age de forma desonesta e desleal no cumprimento das suas funções públicas.

Na Lei da Improbidade Administrativa, vale destacar a tipifi cação das três principais modalidades deste ato ilícito:

Enriquecimento ilícito: quando um agente público usa o seu cargo e função para

adquirir vantagem econômica para si ou terceiros, prejudicando, deste modo, qualquer dos entes;

Ações que provoquem dados ao erário: ocorre quando o agente público usa os

recursos fi nanceiros do Estado para fi ns particulares. Consiste no desvio de dinheiro público e aplicação de verbas públicas para o enriquecimento do funcionário, por exemplo;

Violação à princípio da Administração: qualquer tipo de conduta que viole os

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