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Do Serviço De Referência Convencional A Novos Ambientes De Redes Digitais Em Bibliotecas. Parte I Do Serviço De Referência Convencional :: Brapci ::

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(1)

EQUIVALÊNCIAS: Do

SERViÇO DE

REFERÊNCIA CONVENCIONAL A

CBA

Novos

AMBIENTES DE REDES

DIGITAIS EM BIBLIOTECAS

aZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

P A R T E

I

*

N e u s a D ia s d e M a c e d o * *

F e r n a n d o M o d e s t o * * *

D o S e r v iç o

d e R e f e r ê n c ia

C o n v e n c io n a l

[ C o n t in u a p . 5 5 - 7 2 * )

R e s u m o :

qponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

D e s d e a fo r m u la ç ã o d o s e r viç o d e r e fe r ê n c ia [ SRIj, p o r Sa m u e l Sw e e t

G r e e n , e m

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

1876, a e s s ê n c ia d o SRI r e s is te c o n tr a o te m p o , s e n d o p o n to d e p a r tid a p a r a

c o n c e p ç õ e s d e n o vo s a m b ie n te s te c n o ló g ic o s . D u p lo c e n á r io a q u i é r e p r e s e n ta d o p o r m e io d e p r o c e d im e n to s m e to d o ló g ic o s , e m d u a s fa -c e s : 1) OSRI tr a d ic io n a l - d e s c r ito , s o b b r e -ve e vo lu ç ã o - s e g u id o d e s u a c a r a c te r iza -ç ã o , c o n fo r m e a s c in c o lin h a s d e M A C E D O , c o m e xe m p lific a ç õ e s a in d a d o s q u a tr o tip o s d e b ib lio te c a s (p ú b lic a , e s c o la r , u n ive r s itá -r ia ee s p e c ia liza d a ). F in a liza c o m r e fle xõ e s s o b r e im p a c to s d a s e m e r g e n te s te c n o lo g ia s d e c o m u n ic a ç ã o /in fo r m a ç ã o . 2) E m a m b i-e n ti-e vir tu a l/g lo b a l, s u r g in d o c o m o a N o va

Bib lio te c a D ig ita l, le va a d is c u tir -s e a te r -m in o lo g ia a m b íg u a s o b r e b ib lio te c a e le tr ô n ic a , d ig ita l, vir tu a l e /o u h íb r id a . M O -D E STO c o n tin u a , a p o n ta n d o d e s e n vo lvi-m e n to s d a a u to m a ç ã o e m ic r o in fo r m á tic a c o m o p r é vio s r e q u is ito s p a r a c h e g a r -s e à s r e d e s e le tr ô n ic a s , e s p e c ia lm e n te a In te r n e t, e m c o n tr a p o n to c o m o c e n á r io tr a d ic io n a l. C o m o d e s e n h o d e u m n o vo a m b ie n te , a g r e -g a d o o u n ã o à b ib lio te c a d ita c o n ve n c io n a l, p e r m ite -s e a o le ito r c o m p a r a r d a d o s e p e n -s a r a lto s o b r e a s ig n ific â n c ia d o s e r viç o d e r e fe r ê n c ia e in fo r m a ç ã o .

Palavras-Chave: Se r viç o d e Re fe r ê n c ia , C o n -ve n c io n a l. N o vo Am b ie n te D ig ita l, e m Bib lio -te c a s . E q u iva lê n c ia s . In te r n e t.

*Este artigo está sendo apresentado em duas partes separadas. Parte.I - Do Serviço de Referência Convencional> Parte.lI - De Novos Ambientes Informacionais Mediados por Redes Digitais em Bibliotecas.

* *Professora Doutora do Departamento de Biblioteconomia e Documentação, ECA-USP (aposentada). Editora da Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação.

* * * Professor do CBD-ECA-USP e doutorando em Ciências da Informação, ECA-USP.

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CBA

E q u iv a lê n c ia s : d o S e r v iç o d e R e fe r ê n c ia C o n v e n c io n a l a N o v o s A m b ie n te s d e R e d e s D ig ita is e m B ib lio te c a s

---A

GUISA DE EXPLICAÇÃO

Estudiosos estão atentos ao uso da Internet, ujos efeitos geram mudanças na ambientação ~ebibliotecas, nas atitudes e desempenho dos mediadores da informação e da própria comu-nidade acadêrnica/usuária de sistemas

biblio-tecários. Efeitos e mudanças de vária sorte merecem a devida observação, discussão e controle por meio de pesquisas, sendo preocu-pações dos estudos de doutorado em decorrên-cia, de um dos autores deste trabalho (F.

Mo-desto)ede suaorientadora (N.D. Macedo). Re-fletir sobre as tecnologias emergentes em no-vos ambientes informacionais requer também fazer um retrospecto à longa evolução de sa-beres, experiências profissionais e matéria so-lidificada na área biblioteconômica. A base do serviço de referência e informação [SRI] fim-damentada em técnicas e princípios biblioteconômicos de longa data, resiste con-tra o tempo. Imbricados que são às fases inici-ais de organização e administração de siste-mas bibliotecários - agora, a maior parte já

automatizada, possibilitando entrada às redes eletrônicas/digitais de comunicação - esses princípios são pontos de partida dignos de re-conhecimento.

Daí, ter surgido à idéia de exercitar-se num tipo de procedimento que permitiu fosse estabele-cido um confronto entre o convencional e o novo, neste período que pode chamar-se de transição das bibliotecas. Pertinentemente, estruturou-se este trabalho em duas partes: a Parte I, ligada mais às experiências de Neusa Dias de Macedo e a Parte 11, as de Fernando Modesto.

PRELIMINARES

MUdanças e transformações no mundo tOdo em áreas diversas estão ocorrendo

neste fim de século vinte com a entrada da Internet nos canais de comunicação e in-formação. Conseqüentemente, o uso de seus vários recursos comunicacionais (cor-reio eletrônico; grupos e listas de discus-são; video-conferências; transferências de arquivos, e outros) estão alterando com-portamentos de emissores/ receptores.

No caso especial das bibliotecas, fica a evi-dência de que se exige adequada formação contínua de recursos humanos para melhor

efetividade e qualidade de atendimento ao usuário e aos novos tipos de consultas em serviços de referência e informação. A socie-dade em geral, os bibliotecários e a comuni-dade científica em particular, estão por con-seguinte impactados por exigências de me-lhor desempenho no uso de tecnologias emer-gentes, mormente no traquejo dos vários re-cursos e ferramentas da Internet.

Neste período de transição, recaiu a atenção dos autores deste trabalho no ambiente de bibliotecas em universidades, possibilitando relembrar não só as atividades do bibliotecá-rio como também as do usuábibliotecá-rio. Nesta pri-meira parte, enfocam-se as atividades de re-ferência e informação [SRI] - como aquele trabalho que, por sua natureza, o agente en-tra em interação direta com o usuário final, sem esquecer de outras maneiras indiretas de contatos. Trata-se de setores em que mais po-derão refletir as mudanças de busca e uso da informação; daí, sendo objeto de reflexão e análise os aspectos convencionais do SRI em contraponto a este novo ambiente automati-zado e mediado por redes digitais. Espaço este no qual a Internet (ou melhor, seus recursos) se apresenta como o grande instrumento de comunicação e informação (e ferramenta de trabalho para os bibliotecários), mudando pois os rumos da biblioteconomia e conseqüente-mente da forma de interação dos usuários nos serviços de informação.

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N e u s a D ia s d e M a c e d o e F e r n a n d o M o d e s to

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Na segunda parte, o Novo ocupará atenção e reflexão dos autores, impondo-se como pro-cedimentos ter-se o SRI convencional como ponto-base de confronto entre dois ambien-tes: o antes e o depois da Internet. Um dos grandes e preliminares aspectos a ser discuti-do, na segunda parte, para que melhor se en-tenda a metáfora do acesso eletrônico à in-formação, é sem dúvida o emprego ambíguo de termos como biblioteca do futuro, virtual, digital, e/ou eletrônico. Logo, um retrospecto se faz necessário.

1

CBA

UMA RÁPIDA VOLTA AO PASSADO

Relembrando os tempos clássicos greco-ro-manos até a modernidade, o termo biblio+theke conteve "n" significados, en-tre eles, o conjunto de manuscritos grafados em papiro e guardados em espécies de jar-ras; depois, extensivo às informações registradas em pergaminho até chegar ao con-junto de folhas escritas, amarradas em volu-mes; caminhando em direção do invento de Gutenberg, possibilitando a formação de coleções de documentos impressos, apoia-dos pelos caracteres tipográficos em papel, até chegar, enfim, a prover acervos biblio-gráficos e multimeios, constituindo centros de documentação e bibliotecas convencionais de vários tipos.

Manifestações diversas de registros, aconte-ceram sempre, de acordo com preocupações do homem de cada época civilizatória, usan-do-se os suportes materiais peculiares à tecnologia de então. Por fim, passaram a for-mas de representação descritiva e temática em formatos impressos em papel, decorren-tes de técnicas bibliográficas e documentárias entre fins do século dezenove até o momen-to, já demonstrando espírito profissional neste particular. Vão surgindo códigos, nor-mas, esquemas classificatórios de assunto;

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manuais e obras técnicas; constituindo fer-ramentas básicas para fundamentação de en-sino / aprendizagem aos cursos de bibliote-conomia de várias partes do mundo.

Gradativamente, a biblioteca deixa de ser uma depositária de publicações e um local fisico onde se encontrem livros para leitu-ra (não esquecendo dos livros acorrentados em estantes na Idade Média), mas uma entidade social, como têm sido as biblio-tecas públicas; abertas à comunidade, sem qualquer restrição ou preconceito. Já pela década de 60 o material básico incorpora-do em bibliotecas desprende-se do termo "livro" e "documento" para algo mais pro-cedente: a informação. Foram, também, diferenciando-se as atividades do

biblio-tecário: de função técnica para

documentária; daquele que trata a informa-ção (o analista do conteúdo) ao mediador da informação (disponível na área da re-ferência, para orientar o usuário), até che-gar ao gestor de sistemas de informação, entre outras facetas do trabalho profissio-nal. Renovam-se ainda nomes de entida-des de ensino e organismos até chegar-se à Ciência da Informação.

Já por quase dois séculos os materiais de biblioteca têm sido objeto de tratamento es-pecial para possibilitar a recuperação e

dis-seminação da informação, com eficiência e eficácia. Outros tipos de documentos es-tão surgindo, merecendo atenção como os áudio e os visuais, e outros, ditos não-convencionais, até chegar-se ao tipo mais revolucionário: os CD-ROM, e ainda as formas multimídias, os quais incluem não somente o texto gráfico como as imagens, som, animações ... Convivendo ou não en-tre si, os documentos de várias categorias, armazenados em vários tipos de unidades informacionais, além de Bibliotecas, têm sido designados como Multimeios ou

E q u iv a lê n c ia s : d o S e r v iç o d e R e fe r ê n c ia C o n v e n c io n a l a N o v o s A m b ie n te s d e R e d e s D ig ita is e m B ib lio te c a s Midiatecas, ou por outras variadas

deno-minações e formas.

A fim de possibilitar analogias entre o con-vencional e o novo, chega o momento su-gestivo de apresentar-se um retrospecto da base essencial sobre os serviços dirigidos ao público a fim de evidenciar os esforços dos antecessores da área biblioteconôrnica, seguindo-se para as conceituações própri-as sobre o SRI de Macedo(l990), e reve-lando, no final, um quadro de impactos que poderão ocorrer com uso da Internet neste

período de transição.

2

PANORÂMICA SOBRE O SERViÇO DE REFERÊNCIA E INFORMAÇÃO [SRI] EM FORMA

CONVENCIONAL PARA CONTRAPONTO AOS

Novos

AMBIENTES INFORMACIONAIS MEDIADOS POR REDES DIGITAIS

Bibliotecas de diversos tipos e natureza exis-tem como unidades informacionais comuni-tárias, escolares, universitárias e especializa-das; centros de documentação e informação; serviços referenciais até chegar às bibliote-cas interativas escolares e/ou públibibliote-cas; umas mais obsoletas, em países em desenvolvimen-to, com catálogos ainda em fichas; outras com serviços informatizados e práticas de atualização eletrônica/digital.

Como via de atendimento ao público, to-das elas contam com o Serviço de Refe-rência e Informação para assistir os públi-cos-alvo em suas necessidades informacio-nais. Em serviços de qualidade, previamen-te se identificam em vários momentos de carências e propósitos as necessidades es-pecíficas dos usuários por meio dos

conhe-cidos "Estudos de Usuário".

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1 .1 Visã o in ic ia l so b r e SR l e m a m b iê n c ia

c o n ve n c io n a l

O SRI pode ser representado como o coração do sistema bibliotecário no qual é bombea-do tobombea-do sangue informacional, o qual prévia e tecnicamente tratado irá prover aos usuári-os pontusuári-os diversusuári-os de acesso à informação bibliográfica registrada [por autor, título,

assunto]. Considerando o SRI como o órgão central de circulação da informação da biblio-teca, mesmo influenciada pelas característi-cas da entidade mantenedora, tem ele perso-nalidade e sentimentos próprios de comuni-cação. Como meio principal de informação documentária, serve-se de uma instrumenta-lização catalográfica e temática para repre-sentar a literatura de áreas de conhecimento encontráveis nas diversas coleções de

unida-des informacionais, como bibliotecas, bases de dados, arquivos de conhecimento,

consti-tuindo desde os catálogos tradicionais aos eletrônicos. Em alguns destes instrumentos

bibliográficos, agregam-se valor aos dados descritivos [referências bibliográficas e/ou documentais] como palavras-chave, emen-tas ou resumos pertinentes aos assuntos do documento.

Como atividade genuína do SRI, por

bibliote-cários disponíveis no setor, tem-se a assistên-cia e interpretação ao usuário sobre as coleções das bibliotecas e outros instrumentos de comu-nicação. Incluem-se ainda suas prontas respos-tas às questões típicas de referência, as quais

se apoiam em um arsenal de fontes de infor-mação existentes na biblioteca, e/ou fora dela por meio do "referral service", ou seja, pelo encaminhamento do usuário a outras fontes

externas. Desta forma, esses mediadores-da-informação precisam, com a máxima seguran-ça, dominar o universo das fontes informação disponíveis da área institucional da biblioteca., para serem intérpretes de qualidade do siste-ma inforsiste-macional.

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N e u s a D ia s d e M a c e d o e F e r n a n d o M o d e s to

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Além desta visão inicial do que se enten-de por SRI, em razão de melhor se com-preender a etapa de transição entre o tra-dicional e o contemporâneo, é fazer-se uma paradinha. Nada mais elucidativo pois do que traçar um rápido panorama evolutivo deste segmento de um sistema

informacio-nal: o SRI.

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1 .2 Re tr o sp e c to d o s c o n c e ito s d o SRI

Por uma questão de respeito aos antecessores da biblioteconomia convencional, é preciso descrever de onde vêm as primeiras mostras

de formalização do SRI, percebendo-se, gradativamente, o seu teor convencional.

Do humanístico artigo de Samuel Sweet Green (1876) "Personal Relations between Librarians and Readers", este bibliotecário norte-ameri-cano, pontuando as diversas situações da refe-rência, desde a biblioteca pública à universitá-ria, identifica o SRl c o m o u m a r e la ç ã o p e s-so a l, c h e ia d e a m o r ee m p a tia , a le ito r e s d e vá r ia s c a te g o r ia s q u e vê m à b ib lio te c a c o m d i-fe r e n te s p r o p ó sito s, te n d o c o m o o b je tivo g a -n h a r r e sp e ito ec o n fia n ç a d o s m e sm o s, c o n h e -c e n d o su a s n e -c e ssid a d e s ep r o m o ve n d o a b i-b lio te c a p a r a to r n á -Ia p o p u la r .

Esta súmula do conceito de referência a par-tir de fins do século dezenove, encerra ainda nos dias atuais a função essencial e universal da referência: as relações pessoais entre bi-bliotecários e leitores. Um retrospecto dos conceitos e objetivos da referência em auto-res representativos, entre 1910-1979,

indi-cará a natureza do SRl durante sessenta anos passados.

Outros autores,já no século vinte, entre 1910 a 40, (Richardson, Hasaltine, Bishop, McCombs, Hostetter, Wye, Kroeger, Mudge, ALA, Hutchins) emitiram definições sobre o ato da referência com a predominância de _

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se r u m a fa se e sta n q u e d a b ib lio te c a , u m a s-p e c to d e su a s a tivid a d e s q u e d ize m r e sp e ito

a o a u xílio e /o u o r ie n ta ç ã o d o b ib lio te c á r io a o s le ito r e s, n a u tiliza ç ã o d e livr o s, n o p r ó -p r io r e c in to d a m e sm a p a r a e stu d o e p e sq u i-sa . Estava implícito (na época) que o SRI consistia em u m a r e la ç ã o m u ito p e sso a l, c h e ia d e sim p a tia ee m p a tia , e n tr e o b ib lio -te c á r io eo p ú b lic o , q u a n d o e ste o p r o c u r a -r ia c o m a lg u m p -r o p ó sito . Entre as décadas de 50 a 70, o mesmo espírito de contatos en-tre leitor e documentos, baseado na interação humana - porém já introduzindo, por alguns autores, o termo "informações" - vai consi-derar o SRI a b r a n g e n te , n u m e sp e c tr o d e a ç õ e s, q u e in c lu e m d e sd e u m a va g a n o ç ã o d e a u xílio a o s le ito r e s a té u m se r viç o m u ito is o té r ic o , m u ito a b str a to ea lta m e n te e sp e c i-a lizi-a d o (Shera, 1966).

Foskett (1958), bibliotecário inglês, em rela-ção à biblioteca especializada, já fazia na épo-ca distinções entre o m in istr a r r e sp o sta s a q u e stõ e s - equivalente ao processo em si da referência - e o ato de d isse m in a r in fo r m a -ç õ e s - c o r r e sp o n d e n d o apreparar

instrumen-tos de alerta, a fim de atualizar leitores.

aZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

É interessante notar que, em 1926, Bishop

falava de SRl como o " e sfo r ç o o r g a n iza d o " de toda a biblioteca para o u so fr u tife r o d o s se u s livr o s. Hutchins (trad.1973) reafirma consistir a Referência e m a ssistê n c ia d ir e ta ep e sso a l à q u e m b u sq u e in fo r m a ç õ e s n a b ib lio te c a p a r a q u a lq u e r fin a lid a d e , e, mui-to pertinentemente, destaca que são " d ive r -sa s a s a tivid a d e s h ib lio te c o n ô m ic a s (a n te r i-o r e s) d e stin a d a s a to r n a r a in fo r m a ç ã o tã o a c e ssíve l q u a n to p o ssíve l" .

Se bem que seja correto dizer que a Referên-cia não é algo estanque e, sim, umc o n tin u u m de todas as tarefas anteriores, fica bem claro que o processo em si da referência (equiva-lente ao processo de respostas a perguntas)

-

E q u iv a lê n c ia s : d o S e r v iç o d e R e fe r ê n c ia C o n v e n c io n a l a N o v o s A m b ie n te s d e R e d e s D ig ita is e m B ib lio te c a s é uma atividade e/ou função principal,

enfatizando-se, segundo Katz (1974), que a h a b ilid a d e d o b ib lio te c á r io p a r a tr a d u zir a q u e stã o e m te r m o s p o ssíve is d e se r e m e n c o n -tr a d o s e m u m a d e te r m in a d a fo n te , ta m b é m sã o p o n to s vita is d o SR!.

As "Diretrizes Básicas para o Serviço de Referência e Informação", emitidas pela ALA (1979), muito contribuíram para a atualização de definição do SRI. Nesse documento [A commitment to information services: developmental guidelines, ALA, 1979; Imperatriz, Macedo, 1984], leva-se em conta as tecnologias emergentes de in-formação influindo no serviço-fim. Inter-pretamos nas Diretrizes da ALA que no SRI recaem ainda funções de maximizar o uso dos recursos infonnacionais da bi-blioteca, por meio de uma interação subs-tancial, entre diferentes grupos de usuári-os, em vários níveis, a saber:

1) Nível Direto

A) O Serviço de Referência e Informação, consistindo na assistência pessoal aos usuários, abrangendo desde a resposta a uma indagação aparentemente sim-ples até o fornecimento de informação apoiada em busca bibliográfica.

B) Orientação Formal ao Usuário, inclu-indo instruções desde o uso dos catá-logos, obras de referência e da própria

biblioteca até a orientação formal por meio de visitas orientadas, palestras, cursos.

2) Nível Indireto

Proporcionando acessibilidade à infor-mação, na forma de utilização de ins-trumentos bibliográficos e bancos de dados e na forma de programas

coope-rativos com outras bibliotecas (e agora muitos SRI usando recursos eletrônicos / digitais).

Considera-se pois o SRI como o esforço final da biblioteca para oferecimento da in-formação desejada ao usuário final.

1 .3 As c in c o lin h a s d e M a c e d o , 1 9 8 0

-Como término da revisão dos conceitos, fo-caliza-se a definição do SRI trabalhada por um dos autores deste artigo. Como bibliote-cária de referência, e por longos anos de ministracão desta matéria, a autora tem defi-nido o SRI, com projeção própria, em cinco

linhas, representando sinteticamente as atuações deste setor-fim a qualquer que seja o projeto bibliotecário.

1 .3 .1 As c in c o lin h a s

l" lin h a - Aç ã o e m sid o Se r viç o d e Re fe r ê n -c ia eIn fo r m a ç ã o . Momento importante de interação humana, face-a-face, entre os três pilares do SRl: usuário-informação desejada - e bibliotecário (e/ou intermediário qualifi-cado), caracteriza-se pela transação de ques-tões-respostas genuínas de referência e pelos

encaminhamentos a outros recursos informa-cionais fora da biblioteca, se for o caso.

Co-nhecimento seguro das fontes de informação e domínio de metodologias específicas apoiam os mediadores de informação no

aten-dimento geral e personalizado do usuário.

2" lin h a - E d u c a ç ã o d o U su á r io . Recai na capacitação formal do usuário, prevista

pe-los administradores, a fim de ele utilize ex-tensiva e autonomamente o sistema bibliote-cário. Proporciona oportunidade para cum-prir com qualidade formas de atualização; tarefas de estudo, pesquisa e/ou de caráter profissional, entre outras. Levando-se em conta que o usuário é o ponto convergente de

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N e u s a D ia s d e M a c e d o

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

eF e r n a n d o M o d e s to todas as operações e atenções do sistema,

estudos prévios de usuário são procedidos para não só identificar hábitos e necessida-des informacionais do mesmo como para

pro-gramar treinamentos e educação contínua.

qponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

3a lin h a - Ale r ta e D isse m in a ç ã o d a In fo r -m a ç ã o . Compõe-se de um rol de produtos/ serviços programados para atualizar e divul-gar conhecimento, novidades e aspectos dos interesses expressos pelos vários segmentos

de usuários, como Índices de Periódicos Cor-rentes, Boletins de Alerta, Bibliografias

Seletivas; Resumos e DSI, entre outros (e agora já utilizando fontes eletrônicas).

4a lin h a - D ivu lg a ç ã o e C o m u n ic a ç ã o Visu a l. Quando são programados guias, quadros de plantas localizadoras, representações gráficas, folhetos etc. para melhor facilidade de os usu-ários conhecerem organização/regimentos da

biblioteca e, independentemente, circularem por suas várias seções e setores de acervo.

Isto tudo, tendo como respaldo certos meca-nismos vindos da comunicação visual e da si-nalização, ou seja, da padronização de

infor-mações gráficas, pictogramas (que melhor lo-calizem espaços e seções da biblioteca) e, ain-da, apoiados por técnicas e programações grá-ficas para divulgação da biblioteca.

5a lin h a - Ad m in istr a ç ã o /Su p e r visã o d o SRJ . Atenção é dada a este setor desde o momento

do planejamento da biblioteca até o da pres-tação de informações aos especialistas no mo-mento das demarcações de arquitetura

inter-na e funciointer-nal ao salão principal de leitura, aos locais de controles do acervo e manuten-ção dos catálogos do público, aos postos de

empréstimo e de referência, à supervisão do SRI, sem esquecer das atividades genuínas administrativas, regimentais de empréstimo e consultas, de ordem interna do setor e das regulares avaliações do SRI.

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1.3.2 OSRI e m d u a s a c e p ç õ e s

Diante desta ambientação convencional do SRI e do aspecto de sua dupla personalidade, Macedo (1980) chega a propostas conceituais próprias, sob perspectiva r e str ita e a m p la .

1 .3 .2 .1 Re p r e se n ta ç ã o e m se n tid o r e str ito _ Em essência, o SRI confunde-se com seu pro-cesso. No momento em que a questão de re-ferência é apresentada pelo usuário ao bi-bliotecário (ou por um capacitado intermedi-ário da informação), interagem-se ambos num mútuo papel de emissor/receptor. Acontece pois o diálogo da referência, tanto para a iden-tificação/busca da informação e/ou para sua entrega final, processando-se o ato da refe-rência. Até então (convencionalmente) face-a-face, ou por algum outro meio de comuni-cação: correspondência, telefone, fax. E, ago-ra, por comunicação eletrônica.

1 .3 .2 .2 Re p r e se n ta ç ã o e m se n tid o a m p lo _ Sendo o SRI, um dos setores da biblioteca que trabalha diretamente com o usuário, não só para lhe interpretar como funciona o

sis-tema de informação como para o auxiliar na busca da informação, passa a transvestir - a Referência - o papel da biblioteca como um todo. Recebe, porém, extensivamente, um nome próprio: Serviço de Informação,

Paradoxalmente, é uma das Seções da:Biblio-teca, com vida organizacionalladministrativa; equipamentos; pessoal e metodologia de tra-balho próprios; porém, suas vestes são o da Biblioteca em si. Daí, em havendo quaisquer problemas de arritmia nas partes do sistema, (seleção, aquisição, desenvolvimento de coleções, representação da informação,

em-préstimo, controles administrativos etc.), por motivos de não-atendimento adequado às necessidades e interesses do usuário, todos os erros e inadequações serão transparentes neste momento de atendimento ao usuário.

E q u iv a lê n c ia s : d o S e r v iç o d e R e fe r ê n c ia C o n v e n c io n a l

aZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

a N o v o s A m b ie n te s d e R e d e s D ig ita is e m B ib lio te c a s

-Caberá também ao bibliotecário de referên-cia interpretar esses desentendimentos ao usu-ário, porém ficando claro que o SRI não é o

"pivô do crime".

De alguma forma, o SRI depende do esforço organizado, sistematizado e qualificado de todos os setores da biblioteca para que a mes-ma possa funcionar na sua plenitude e alcan-çar a satisfação do usuário. Para nós, o ponto capital que determinará um conceito de Re-ferência é identificá-Io, primeiro, como pro-cesso de "interação humana" entre usuário/ informação/mediador, no momento da cha-mada "entrevista de referência". Ou melhor, no momento em que se analisa a questão apresentada pelo usuário (ainda em fase pre-paratória) até tomá-Ia uma "questão real de referência", administrando-se as "respostas certas ao leitor certo, no momento certo". Completa-se aqui o ciclo de negociação da questão de referência, saindo satisfeito o cli-ente e/ou sendo remetido para outro recurso informacional mais adequado. O retomo pelo usuário ao SRI é também desejável.

As outras atividades típicas de referência (ori-entação e educação do usuário; alerta e dis-seminação; comunicação/sinalização; distri-buição, divulgação, da informação; promo-ção; gerenciamento do setor), deverão ser consideradas como funções complementares para a otimização deste tipo de assistência ao público. Diante de toda essa formalidade, é dificil crer-se que um robô (ouso ftw a r e inte-ligente) possa substituir integralmente um agente informacional humano.

1 .3 .3 D ife r e n C ia n d o o SRI e m a lg u n s tip o s c o n ve n c io n a is d e b ib lio te c a s

Ainda com Macedo, revendo matéria de suas aulas, o SRI convencional apresenta Como ponto essencial a promoção de va-riado tipo de assistência ao público alvo

da biblioteca, em momentos de dificulda-des e busca de informação, cuja base con-vencional é o tripé: usuário-informação-bi-bliotecário face-a-face. Dependendo do tipo de biblioteca (pública, escolar, univer-sitária, especializada ... ) e, conseqüente-mente, das necessidades/propósitos dos diferentes segmentos de usuários, podem ocorrer diferenças em nível de processo de referência e de tarefas que costumam oti-mizar o uso dos recursos informacionais.

Parte das bibliotecas brasileiras tem falhado na valorização do seu SRI. Entre as várias razões, a principal recai na falta de fundamen-tos de sua estruturação formal e existencial. Do mesmo modo que o ser humano, o SRI precisa ter corpo e alma. Quer seja do ponto de vista de estrutura física/material/adminis-trativa/informacional, provendo o SRI de infra-estrutura capaz de permitir aos recur-sos humanos a franca e firme manipulação dos instrumentos comunicacionais e fontes de informação, quer seja via-fundamentação, em um C O lp U S de postulados éticos e

filosó-ficos, objetivos e metas bem definidos, pro-porcionando segurança aos que gerenciam a informação.

Por quê então não poderá o bibliotecário ter umslo g a n espiritual tal como: "Amar a Deus sobre todas as coisas e aos Usuários como a Si mesmo".

Ébem verdade que o usuário brasileiro

ain-da não é bem compreendido como o foco do SRI (e racionalmente a diretiva de todas as partes do sistema infonnacional). O registro dos livr o s no sentido extensivo - como su-portes fisicos e objetos palpáveis - e/ou a informação bibliográfica - como meio de con-trole do conhecimento disperso, tudo detalhadamente codificado em linguagem referencial de normas e códigos pertinentes à área, parecem ter sido, por muito tempo, o

(5)

N e u s a D ia s d e M a c e d o

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

eF e r n a n d o M o d e s to todas as operações e atenções do sistema,

estudos prévios de usuário são procedidos para não só identificar hábitos e necessida-des informacionais do mesmo como para

pro-gramar treinamentos e educação contínua.

qponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

3a lin h a - Ale r ta e D isse m in a ç ã o d a In fo r

-m a ç ã o . Compõe-se de um rol de produtos/ serviços programados para atualizar e divul-gar conhecimento, novidades e aspectos dos interesses expressos pelos vários segmentos

de usuários, como Índices de Periódicos Cor-rentes, Boletins de Alerta, Bibliografias Seletivas; Resumos e DSI, entre outros (e agora já utilizando fontes eletrônicas).

4 " lin h a - D ivu lg a ç ã o e C o m u n ic a ç ã o Visu a l. Quando são programados guias, quadros de plantas localizadoras, representações gráficas,

folhetos etc. para melhor facilidade de os usu-ários conhecerem organização/regimentos da biblioteca e, independentemente, circularem

por suas várias seções e setores de acervo.

Isto tudo, tendo como respaldo certos meca-nismos vindos da comunicação visual e da si-nalização, ou seja, da padronização de

infor-mações gráficas, pictogramas (que melhor lo-calizem espaços e seções da biblioteca) e, ain-da, apoiados por técnicas e programações grá-ficas para divulgação da biblioteca.

5 " lin h a - Ad m in istr a ç ã o /Su p e r visã o d o SR!. Atenção é dada a este setor desde o momento do planejamento da biblioteca até o da

pres-tação de informações aos especialistas no mo-mento das demarcações de arquitetura

inter-na e funciointer-nal ao salão principal de leitura, aos locais de controles do acervo e manuten-ção dos catálogos do público, aos postos de

empréstimo e de referência, à supervisão do SRI, sem esquecer das atividades genuínas administrativas, regimentais de empréstimo e consultas, de ordem interna do setor e das regulares avaliações do SRI.

1 .3 .2

aZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

O SR! e m d u a s a c e p ç õ e s

Diante desta ambientação convencional do SRI e do aspecto de sua dupla personalidade, Macedo (1980) chega a propostas conceituais próprias, sob perspectiva r e str ita e a m p la .

1 .3 .2 .1 Re p r e se n ta ç ã o e m se n tid o r e str ito _ Em essência, o SRI confunde-se com seu pro-cesso. No momento em que a questão de re-ferência é apresentada pelo usuário ao bi-bliotecário (ou por um capacitado intermedi-ário da informação), interagem-se ambos num mútuo papel de emissor/receptor. Acontece pois o diálogo da referência, tanto para a iden-tificação/busca da informação e/ou para sua entrega final, processando-se o ato da refe-rência. Até então (convencionalmente) face-a-face, ou por algum outro meio de comuni-cação: correspondência, telefone, fax. E, ago-ra, por comunicação eletrônica.

1 .3 .2 .2 Re p r e se n ta ç ã o e m se n tid o a m p lo -Sendo o SRI, um dos setores da biblioteca que trabalha diretamente com o usuário, não só para lhe interpretar como funciona o sis-tema de informação como para o auxiliar na busca da informação, passa a transvestir - a Referência - o papel da biblioteca como um todo. Recebe, porém, extensivamente, um nome próprio: Serviço de Informação.

Paradoxalmente, é uma das Seções da Biblio-teca, com vida organizacional/administrativa; equipamentos; pessoal e metodologia de tra-balho próprios; porém, suas vestes são o da Biblioteca em si. Daí, em havendo quaisquer

problemas de arritmia nas partes do sistema, (seleção, aquisição, desenvolvimento de coleções, representação da informação, em-préstimo, controles administrativos etc.), por motivos de não-atendimento adequado às necessidades e interesses do usuário, todos os erros e inadequações serão transparentes neste momento de atendimento ao usuário.

E q u iv a lê n c ia s : d o S e r v iç o d e R e fe r ê n c ia C o n v e n c io n a l a N o v o s A m b ie n te s d e R e d e s D ig ita is e m B ib lio te c a s

--Caberá também ao bibliotecário de referên-cia interpretar esses desentendimentos ao usu-ário, porém ficando claro que o SRI não é o

"pivô do crime".

De alguma forma, o SRI depende do esforço organizado, sistematizado e qualificado de todos os setores da biblioteca para que a mes-ma possa funcionar na sua plenitude e alcan-çar a satisfação do usuário. Para nós, o ponto capital que determinará um conceito de Re-ferência é identificá-lo, primeiro, como pro-cesso de "interação humana" entre usuário/ informação/mediador, no momento da cha-mada "entrevista de referência". Ou melhor, no momento em que se analisa a questão apresentada pelo usuário (ainda em fase pre-paratória) até tomá-Ia uma "questão real de referência", administrando-se as "respostas certas ao leitor certo, no momento certo". Completa-se aqui o ciclo de negociação da questão de referência, saindo satisfeito o cli-ente e/ou sendo remetido para outro recurso informacional mais adequado. O retomo pelo usuário ao SRI é também desejável.

As outras atividades típicas de referência (ori-entação e educação do usuário; alerta e dis-seminação; comunicação/sinalização; distri-buição, divulgação, da informação; promo-ção; gerenciamento do setor), deverão ser consideradas como funções complementares para a otimização deste tipo de assistência ao público. Diante de toda essa formalidade, é dificil crer-se que um robô (ou so ftw a r e inte-ligente) possa substituir integralmente um agente informacional humano.

1 .3 .3 D ife r e n c ia n d o o SR! e m a lg u n s tip o s c o n ve n c io n a is d e b ib lio te c a s

Ainda com Macedo, revendo matéria de SUas aulas, o SRI convencional apresenta c.omo ponto essencial a promoção de va-nado tipo de assistência ao público alvo

da biblioteca, em momentos de dificulda-des e busca de informação, cuja base con-vencional é o tripé: usuário-informação-bi-bliotecário face-a-face. Dependendo do tipo de biblioteca (pública, escolar, univer-sitária, especializada ... ) e, conseqüente-mente, das necessidades/propósitos dos diferentes segmentos de usuários, podem ocorrer diferenças em nível de processo de referência e de tarefas que costumam oti-mizar o uso dos recursos informacionais.

Parte das bibliotecas brasileiras tem falhado na valorização do seu SRI' Entre as várias razões, a principal recai na falta de fundamen-tos de sua estruturação formal e existencial. Do mesmo modo que o ser humano, o SRI precisa ter corpo e alma. Quer seja do ponto de vista de estrutura fisica/rnaterial/adminis-trativa/informacional, provendo o SRI de infra-estrutura capaz de permitir aos recur-sos humanos a franca e firme manipulação dos instrumentos comunicacionais e fontes de informação, quer seja via-fundamentação, em um c o r p u s de postulados éticos e filosó-ficos, objetivos e metas bem definidos, pro-porcionando segurança aos que gerenciam a informação.

Por quê então não poderá o bibliotecário ter umslo g a n espiritual tal como: "Amar a Deus sobre todas as coisas e aos Usuários como a Si mesmo".

É bem verdade que o usuário brasileiro

ain-da não é bem compreendido como o foco do SRI (e racionalmente a diretiva de todas as partes do sistema infonnacional). O registro dos livr o s no sentido extensivo - como su-portes fisicos e objetos palpáveis - e/ou a informação bibliográfica - como meio de con-trole do conhecimento disperso, tudo detalhadamente codificado em linguagem referencial de normas e códigos pertinentes à área, parecem ter sido, por muito tempo, o

R. bras. Bibliotecon. Doe., São Paulo, Nova Série, v. 1, n.1, p. 38-54,1999 ••• R.bras. Bibliotecon. Doe., São Paulo, Nova Série, v.1, n. 1, p. 38-54,1999

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N e u s a D ia s d e M a c e d o

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

eF e r n a n d o M o d e s to fim último das tarefas bibliotecárias. Se

pai-ram dúvidas sobre o merecimento das tarefas de tratamento da informação, certeza há que sem a organização dos acervos de bibliote-cas, não seria possível armazenar, comuni-car e recuperar a informação Algo mais pre-cisa ser alcançado para que a biblioteca pos-sa ser vista como um notável bem cultural e social. Daí, a necessidade de serem continua-mente objeto de discussão os paradigmas da área de biblioteconomia e ciência da infor-mação Que os projetos bibliotecários, por sua

vez, partam de uma determinação coesa da

qponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

m issã o eo b je tivo s dos vários tipos de

unida-des de informação.

A - M issã o efu n ç õ e s d o SRl

Missão - O bibliotecário precisa apoiar-se em enunciados, menos técnicos e mais filosóficos, que sustentem seu trabalho e intenções. Além do domínio de conceitos do SRI e das atividades típicas e respecti-vas metodologias de trabalho, faz-se ne-cessário refletir sobre sua própria missão. Eis aqui o primeiro passo, sendo a r a zã o d e se r do profissional de qualidade, que tem visão também humanística da biblio-teconomia. Considerar-se um mediador da informação, é tomar posições de forma éti-ca, educacional e social para que melhor se compreenda seu projeto profissional; é firmar obrigações de cidadão e de ser hu-manitário com o público que atende. Acei-tar, cada vez mais, o tributo do "deve ser" ... D e ve r se r pois um trabalhador da informação, porém com o espírito de agen-te social e de alguém que se adapte a

tra-balhar de modo cooperativo e

multidisciplinar. Aceitar parcerias não só com seus pares mas com outros profissio-nais e outros tipos de colaboradores, em qualquer que seja o contexto da biblioteca (convencional ou inovadora), são atitudes estimulantes.

46

Tem-se, pois, como m issã o , no terreno do SRI, sejam estas atividades uma interface aberta entre o estoque informacional (docu-mentação adequadamente selecionada e tra-tada) e o usuário que busca préstimos neste espaço. Estimule-o a ser capacitado como um utilizador especial: o usuário da informação; só assim poderá agir de modo autônomo, não só no presente como no futuro; não para si mesmo como para beneficio de todos os que o rodeiam.

O usuário, quer seja um cidadão comum, quer seja um estudante e/ou profissional, tornar-se-á o usuário da informação no sen-tido de respeitar e valorizar as unidades in-formacionais, os documentos, a informa-ção desejada e obtida, com a consciência de que será um futuro gerador da infor-mação e/ou propagador da mesma .. Expe-riência e aprendizagem obtidas no SRI se-rão também repassadas no decorrer da vida às pessoas da família, aos amigos, aos fu-turos alunos, entre outros. A integração entre agentes da informação e usuários de bibliotecas, proporcionará benefícios mú-tuos à aquisição de forças capazes de in-fluir na cúpula administrativa - caindo aquela afirmação de que a biblioteca é um mero apoio à instituição mantenedora.

B - F u n ç õ e s d a e q u ip e ed o s m e d ia d o r e s d a in fo r m a ç ã o n o SRl

Administrativamente, os gerenciadores da

in-formação em bibliotecas - especificamente aqueles responsáveis pelo componente do sis-tema de informação que presta atendimento ao público - devem ter sob controle três pon-tos (ou fases) para que a transação da refe-rência se realize com resultados eficientes e eficazes:

aZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

* Realizar, sistematicamente, estudos de identificação, hábitos, necessidades e

R . b r a s . B ib lio t e e o n . D o e . , S ã o P a u lo , N o v a S é r ie , v . 1 , n . 1 ,p.3 8 - 5 4 , 1 9 9 9

E q u iv a lê n c ia s : d o S e r v iç o d e R e fe r ê n c ia C o n v e n c io n a l a N o v o s A m b ie n te s d e R e d e s D ig ita is e m B ib lio te c a s

segmentação de grupos específicos de usu-ário e/ou de clientela específica.

* Preliminarmente, esses mediadores da in-formação, devem ter passado por progra-mas de capacitação-em-serviço, a fim de dominar o universo não só da biblioteca em si como institucionalmente (a universidade e a faculdade), atualizando continuamente suas habilitações e conhecimentos para al-cançar nível ótimo de competência pro-fissional;

* Repassar seus conhecimentos e experiên-cias e, como reais usuários da informação, tomarem-se formadores de opinião" ao seu público-alvo, incluindo, nesta ação educativa, os próprios colegas e pessoal de apoio; enfim, tomando-se líderes na sua ins-tituição, neste aspecto.

Perfil do bibliotecário de referência - também designado como mediador da informação -deve ser permanentemente averiguado para

estabelecer dificuldades e barreiras existen-tes no trajeto de suas atividades, bem como para obter parâmetros para um correto de-sempenho, fundamentado em matriz conceptual de disposições e competências. Para maiores detalhes consultar tese de dou-torado de Regina Belluzzo (1995).

Valorizando as cinco linhas do SRl (Macedo, 1990), pode-se desenhar, por meio delas, um perfil das atribuições do bibliotecário desta-cado para servir no SRI, em quatro pontos.

B.l F u n ç ã o g e r e n c ia l -chefes e/ou diretores, que estruturam o SRI, baseando-se em técni-cas administrativas de planejamento, coorde-nação, supervisão, avaliação e liderança pro-fissional, programam estudos e capacitação do usuário; ultimam questões de educação contínua da equipe de Referência, apoiando-se obviamente em princípios de qualidade.

B.2 F u n ç ã o in fo r m a c io n a l - profissionais que dominam o universo bibliográfico e os multimeios, e agora também os documentos eletrônicos, no âmbito da biblioteca (e nas áreas correlacionadas) e com a devida prepa-ração e competência para ministrar diálogos com usuário, respondendo a questões e con-sultas típicas de Referência, orientando, mo-mentaneamente, seu interlocutor e/ou re-en-caminhando-o a outros recursos (fontes, pes-soas, instituições), conforme seus níveis e necessidades especificas.

B.3 F u n ç ã o e d u c a c io n a l -mediadores, com a devida fundamentação pedagógica, além de preparação para ministrar instruções rápi-das e informais ao item anterior. Dentro do planejamento educacional global de capaci-tação da biblioteca, poderão ainda programar visitas orientadas, palestras, treinamentos e cursos internos, ou colaborando com disci-plinas do currículo oficial da faculdade. De-verão estar aptos ainda a preparar recursos didáticos convencionais e/ou provindos de novas tecnologias de comunicação para ha-bilitar grupos de usuários nas suas buscas e uso da informação em vários tipos de recur-sos. Na época atual, grande parte de profissio-nais de biblioteca universitária já se adentram à capacitação do usuário para buscas eletrônicas (referências webgráficas).

B.4 F u n ç ã o d e d isse m in a ç ã o d a in fo r m a -ç ã o - membros da equipe, com intuito de propiciar atualização e alertar o usuário, estarão disponíveis (conjuntamente com outros setores da biblioteca) a programar e executar instrumentos de alerta e disse-minação da informação tais como: murais com noticiário corrente, exposições, estan-tes para exibir materiais novos; fontes bi-bliográficas impressas e/ou em CD-ROM, indices de periódicos correntes em formas seletivas (DSI); apoios a comutação biblio-gráfica; buscas on-Iine e iniciações ao uso

47

(7)

N e u sa D ia s d e M a c e d o e F e r n a n d o M o d e sto

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

do correio-eletrônico (se a biblioteca esti-ver ligada a rede digital).

B.5 F u n ç ã o p r o m o c io n a l e d ivu lg a tiva -membros da equipe, em trabalho conjunto com outros setores, estarão programando e refinando os tradicionais guias de biblio-tecas e folhetos específicos do SRI, não só para divulgação da biblioteca como para servir de material didático para instruções, treinamentos e cursos internos; ainda se ocupando do sistema de comunicação vi-sual e de sinalização do setor para facilitar a circulação do usuário e o uso dos recur-sos da biblioteca.

1 .3 .4 C a r a c te r iza ç ã o d o SRI n o s d ive r so s tip o s c o n ve n c io n a is d e b ib lio te c a

Em suma, revendo a essência do SR!, temos em conta para caracterizá-lo em qualquer cir-cunstância dois principais pontos: (1) res-postas a questões típicas de referência, no processo de interação: bibliotecário / usuá-rio; (2) otimização do uso dos recursos da biblioteca, por meio de orientação informal e formal, atualização, capacitação contínua do usuário e dos próprios mediadores de in-formação; comunicação visual e gráfica, e si-nalização dos espaços; promoção e divulga-ção da biblioteca; alerta e disseminação da informação.

De outro, lado é preciso também perceber a diferenciação que ocorre nos SR! dos diver-sos tipos de biblioteca, por razões várias. Levar-se em conta pois a natureza, missão e objetivos particulares de cada tipo de organi-zação bibliotecária e/ou ambiente informacio-nal; de outro lado, observar tamanho e tempo de existência da biblioteca; peculiaridades

de áreas de conhecimento e especialidades; tipologia de usuários e os recursos

informa-cionais utilizados em seus vários momentos

de busca da informação.

aZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

4 8

1 .3 .4 .1 Bib lio te c a P ú b lic a

* Missão - considerando a biblioteca públi. ca como porta de entrada ao conhecimen. to, educação, informação e lazer - é seu dever oferecer condições para tornar os cio dadãos aptos a encontrarem a liberdade prosperidade, desenvolvimento individuai e social; ser agente de paz e bem estar espi, ritual; contribuir para integração social, pre-servação da memória e respeito a ecologia.

* Objetivo - levando em conta as condições locais, disponibilizar prontamente tipos vários de conhecimento, por meio de fon-tes e serviços que incluam materiais con-vencionais, bem como novos tipos de mídias e tecnologias emergentes, com base em igualdade para acesso a todos os cida-dãos em geral e a grupos especiais, a des-peito de idade, raça, sexo, religião, nacio-nalidade, língua esta tu s social, sem censu-ra política, religiosa e pressões comerciais; prover condições para o auto-didatismo; apoiar a educação formal e contínua; prestar informação em vários níveis, infor-mação de utilidade pública, principalmen-te à população desprivilegiada economica-mente; abrir espaços à cultura, ensino, es-tudo e pesquisa e lazer.

*

Público-alvo: cidadão em geral, em um país, estado, cidade ou bairro, com atenção as diversas comunidades, procurando seg-mentar os usuários em grupos específicos: crianças, jovens, idosos; deficientes; imi-grantes; estudantes; profissionais e em-pregados de setores produtivos diversos, entre outros.

*

Ter em conta: pesquisa sócio-econômica da comunidade-alvo; conhecimento/ integração com agências paralelas; identifi-cação de propósitos específicos dos vários segmentos reais e potenciais que freqüentam

R . b r a s . B ib lio t e c o n . D o e . , S ã o P a u lo , N o v a S é r ie , v . 1 , n . 1 ,p. 3 8 - 5 4 , 1 9 9 9

E q u iVa lê n c ia s: d o Se r viç o d e Re fe r ê n c ia C o n ve n c io n a l" N o vo s Am b ie n ie sd e RBc J e sD ; g ; tã iS'iiF iíB7 I

~

biblioteca, como base para traçar diretrizes : atividades/produtos da biblioteca.

1 .3 .4 .2 Biblioteca E scola r

.l\Iissão - integrar "ensino/aprendizagem! informação e bibliotecário/professor" para conjuntamente formarem o "usuário da informação", capacitando o estudante a buscar a informação corretamente a fim de enfrentar o mundo em constante mutação; incluindo em programas especiais docen-tes e técnicos para que se introduzam mais proficientemente no universo dos sistemas

de informação organizados.

.•.Objetivo - integrar no processo ensmo-aprendizagem princípios de pesquisa bi-bliográfica para emprestar melhor qualida-de ao ensino e às habilitações da comuni-dade estudantil e docente, aproximando ainda o docente ao bibliotecário.

.•.Público-alvo - alunos e professores; técni-cos e administradores do ensino fundamen-tal e médio/técnico, bem como a

comuni-dade geral interessada.

.•.Ter em conta: integração "mestres e

biblio-tecários" em reuniões de planejamento e avaliação; projetos pedagógicos; conselhos de bibliotecas, com participação de pro-fessores das várias matérias; programações conjuntas nos produtos/serviços de assis-tência aos usuários; comunicação perma-nente entre escola/biblioteca pública.

1 .3 .4 .3 Bib lio te c a U n ive r sitá r ia

* Missão - contribuir para a capacitação do estudante e para a formação contínua

do próprio professor, no sentido de torná-Ios "usuários independentes da informação", conscientizando-os de que, Usando corretamente os recursos

infor-macionais e os princípios de pesquisa bibliográfica, retomarão ao sistema de in-formação para contribuir com novas produções de conhecimento, com apoio em normas documentais.

* Objetivo - constituir-se em interface entre o usuário e a informação, principalmente com as atividades de referência, no senti-do de contribuir para que melhor se otimize a busca e recuperação da informação influ-indo no desempenho e produtividade da comunidade acadêmica em lides de ensi-no; aprendizagem; estudos e pesquisa; e ne-cessidades várias no âmbito bibliotecário.

* Público-alvo - a comunidade acadêmica in-terna, com a identificação de segmentos como administradores, professores, pesquisadores, técnicos, estudantes de graduação e pós-gra-duação, funcionários, e outros interessados externos; em confronto com propósitos e in-teresses específicos de cada segmento.

* Ter em conta - as diferentes necessidades, em momentos diversos, dos vários segmen-tos que procuram o SR!, compreendendo ainda as peculiaridades das várias áreas de conhecimento e níveis de usuários; biblio-tecários, participando de reuniões, toman-do conhecimento do currículo, projetos de pesquisa da instituição, integrando-se ainda nos setores de informática e nos vários de-partamentos para participando de comissões e grupos de trabalho institucionais.

·1 .2 .4 .4 Bib lio te c a E sp e c ia liza d a

* Missão - facilitar o desenvolvimento de pesquisas e produção científica e

tecnológica em favor do desenvolvimen-to do homem e das nações, contribuindo para buscas de informação de modo mais pertinente, atualizado e rápido aos

tra-balhos em decurso.

(8)

N e u s a D ia s d e M a c e d o

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

eF e r n a n d o M o d e s to

aZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

* Objetivo - apoio aos projetos de pesquisa e trabalhos em decorrência das entidades que serve, até antecipando a busca da in-formação em vista de cumprir, mais rápi-da e eficientemente, as necessidades pre-viamente determinadas pelos técnicos e

es-pecialistas da organização.

* Público-alvo - instituições de diversos ti-pos, associações governamentais e priva-das/ visando a lucro ou não (bancos, hospi-tais, laboratórios, agências comerciais, de engenharia, jurídicas, museus, institutos de pesquisa ...), representadas por administra-dores, técnicos e especialistas.

* Ter em conta - grupo homogêneo de usu-ários, área bem delimitada que necessite atenção permanente aos trabalhos a serem ultimados em época pré-determinada, exi-gindo pois um sistema automatizado de informação, bibliotecários especializados, altamente integrados na organização, pla-nos, estatutos e projetos em andamento.

2

IMPACTOS EXISTENTES E

REFLEXÕES FINAIS

Posto um quadro que caracteriza o SRI

bási-co e o apontar de inovações, toma-se agora momento para reflexões. O SRI - que tanto chamamos de "convencional" - não deve ser entendido de modo pejorativo e sim pela razão de sua trajetória histórica por mais de um século. Por constituir-se de uma estrutu-ra organizacional administrativa com assen-tamento sólido, tanto pelos objetivos e fins que se propõe quando imbricados num coe-rente estatuto biblioteconômico e das ciências

da informação, como pelas provas que têm sido dadas de proficua utilização pelos usuá-rios quando apoiada em mediadores da in-formação de alta competência.

Na Parte 11,os autores deste trabalho propõem procedimentos práticos para subsidiar o le-vantamento de itens que entrarão em contraponto entre si, e que poderão persona, lizar os atuais ambientes tecnológicos media-dos por redes de computadores como uma es-pécie de "Nova Biblioteca" e/ou "Bibliote-ca Global".

Ocorre, outrossim, um momento de ponde-rar sobre impactos decorrentes do uso das tecnologias emergentes de comunicação que naturalmente já estão causando mudanças e transformação no ambiente de trabalho e nas atividades bibliotecárias. Neste período de transição em muitas unidades informacionais convivem aí não só coleções convencionais impressas em papel, como outras em base e/ ou processo eletrônico, e ainda as digitalizadas.

Observando todos esse anos de sedimenta-ção da área biblioteconômica, documentação e ciência da informação, ligando-se agora à informática e telecomunicações, vemos sur-gir novos processos, ferramentas e produtos tecnológicos que provocam avanços imen-sos ao acesso à informação, Com mais

flexi-bilidade e ainda não presos a códigos e nor-mas tradicionais, acontece a oitava maravi-lha do mundo: a máquina informativa pelas redes digitais. Funciona tão descontraida-mente que já se teme um marasmo de infor-mações, logo mais. Decorrerá daqui uma Nova Biblioteca, sem apertos organizacio-nais e gerenciais? É apenas uma metáfora de biblioteca ou uma mudança de paradigma de acesso à informação? Uns a denominam de biblioteca eletrônica; outros, de biblioteca digitl ou virtual, entre outros apelidos - que até agora não são objetivamente explicadoS. Mas já é tempo de serem abertos debates e explicações convincentes sobre a procedên-cia da organização documentária vs a répli-ca eletrônirépli-ca!!

E q u iv a lê n c ia s : d o S e r v iç o d e R e fe r ê n c ia C o n v e n c io n a l a N o v o s A m b ie n te s d e R e d e s D ig ita is e m B ib lio te c a s

---

qponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

2 .1 Ain d a m a is u m c o n c e ito : o d a " N o va Bib lio te c a "

particularmente, nestas considerações finais da parte I, arrisca-se a apontar uma represen-tação figurada do se está denominando, por exemplo, de 'biblioteca virtual", utilizando-se outro tropo. Sente-se que existe uma fantaziosa representação tecnológica de con-juntos de organismos vivos, crescentes, aber-tos e flexíveis - e particularmente virtual [não presencial] - fluindo em imenso e inesgotá-vel oceano eletrônico, ligando poços comu-nicacionais digitais e convencionais, em um contínuo sistema de redes.

Na verdade, trata-se de um potente Indica-dor de informações que por força da informática e das telecomunicações pode pro-ver um mais significativo e rápido acesso ao diversificado número de navegantes que, sem impedimento espacial e temporal, nem sem-pre sem-precisará sair de seus barcos e locais onde vivem ou atuem, para acessar a informação de modo globalizado.

De outro lado, a base da organização e admi-nistração da informação vem de uma série de estatutos, entre eles o da biblioteconomia, documentação e ciências da informação, que tem suas glórias - a ordem e normalização, por exemplo - e suas perdas - na recupera-ção e disseminarecupera-ção da informação, nas bar-reiras de tempo e espaço, na comunicação imediata, entre outros -.

2 .2 O s im p a c to s c o m a c h e g a d a d e u m a " N o va Bib lio te c a "

Algo estranho já está mexendo psicologicamen-te Coma maioria dos indivíduos, em conseqüên-cia de mudanças mil que acontecem com o sUrgimento das tecnologias emergentes de co-municação/informação, com certeza! Preocu-pam-se as pessoas em geral e os profissionais dos sistemas bibliotecários, particularmente,

porém, diferentemente. Para aqueles que são arraigados ao uso de documentos impressos em papel e/ou atemorizados pela imaginada per-da per-daquilo que muito tem custado para a edificação e organização dos acervos biblio-gráficos de bibliotecas convencionais, é preci-so debater o assunto com reservas.

Todavia, é irreversível que estejam sendo cogitados e perseguidos conceitos e paradigmas novos na área da informação e, por certo, causando impactos e conse-qüentemente mudanças. A questão do im-pacto da Internet nos Serviços de Informa-ção, gerando mudanças e até transforma-ção substancial na sua estruturação, orga-nização e gerenciamento da informação, atingirá a sociedade como um todo e os vários segmentos de cidadãos (professores e estudantes, profissionais e especialistas de várias áreas - e os bibliotecários/medi-adores da informação), outrossim, trará alteração, particularmente, de papéis no clássico Serviço de Referência e Informa-ção, carecendo de um sério repensar (Drabenstott, apud Macedo, 1997).

Uma produção de trabalhos sobre a realida-de eletrônica e virtualjá se encontra disponí-vel em todas as revistas especializadas, na ordem internacional. Em especial para o Bra-sil, o v.2, de 1997, da revista C iê n c ia d a In -fo r m a ç ã o , é dedicado Biblioteca Virtual.

Enfim, é assunto do momento em todos os periódicos e eventos da área.

É claro que estamos num período de

transi-ção que sempre exige mudanças de atitudes e comportamentos. - Qual o caminho a se-guir, portanto? Obviamente, para encarar esta novidade tecnológica em termos de ensino-aprendizagem as primeiras diligências deve-riam iniciar-se com a educação fundamental e média Em particular, no caso da Bibliote-conomia, uma bateria de iniciativas

precisa-U F P R

(9)

N e u s a D ia s d e M a c e d o

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eF e r n a n d o M o d e s t o ria começar pelo alunado de graduação,

se-guidas de atenção aos profissionais já forma-dos, incluindo ainda até parte do próprio pro-fessorado.

Portanto, uma série de mentalizações, articu-lações e devidas investi das caberão, àqueles de direito, nas escolas, associações, ambientes produtivos, setores de treinamento, órgãos governamentais de cúpula da área, e às pesso-as individualmente, por disposições do próprio profissional, a fim de que se revertam quadros de acomodação e inércia. Entre essas investi das, destacam-se as palestras, trabalhos em congres-sos, cursos intensivos, treinamentos e educa-ção contínua, leitura, divulgações ostensivas, aliados a isso tudo, fóruns de debate, revisões de currículo, traduções, artigos em revistas, dissertações e teses para um trabalho de com-posição de novo campo biblioteconômico e de ciências da comunicação/informação, e prin-cipalmente para que os pesquisadores possam intuir e explicitar novos paradigmas para a área, incluindo o de acesso aberto e global à infor-mação.

Outro ponto importante, dirigido agora aos elementos e organismos que se preocupam com estudos e pesquisas, deve recair em sé-ria reflexão e detecção aos impactos causa-dos por essas mudanças, tanto aos profissio-nais como à comunidade específica dos vá-rios tipos de biblioteca. Se "não é só do pão que vive o homem", também não e só do tra-balho de caráter operacional, gerencial,

docência e associativa que vivem os

biblio-tecários.

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Éhora de refletir, debater, procurar óbices, causas de algo que possa estar

emperrando o desenvolvimento e as transfor-mações deste potente organismo que é a

bi-blioteca, e do próprio desempenho de seus agentes profissionais, instituição e carreira estas que devem ser valorizadas mais do que nunca, pela experiência incalculável que pesa sobre si ...

52

Voltando a refletir sobre os impactos causa. dos pelo uso dos recursos da Internet,

POr

exemplo, é óbvio que os hábitos sejam di. versos entre cada tipo de indivíduo. TUdo

dependerá da natureza e

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m o d u s vive n â t de cada pessoa em particular, diferenciando_se

em momentos determinados que vão deSde a familiaridade inicial com a máquina ao de-curso do seu uso (condicionando o indivíduo a usá-Ia com motivação e busca de aperfei_ çoamento) até tomar-se um e xp e r t (já com plena realização pessoal).

As reações adversas ao uso da Internet, pelo bibliotecário, podem estar condicionadas a partir de um treinamento precário com o pró-prio microcomputador; com fatores de idade, inabilidade motriz, como por várias outras ra-zões de ordem emocional, psicológica, cultu-ral, ideológica, social, e até motivadas pela não-atenção e valorização ao bibliotecário, que ainda acontece nos países em desenvolvimen-to. É fácil ocorrer, primeiramente, um certo temor e insegurança, depois um constrangi-mento por aborreciconstrangi-mentos e falhas

mecâni-cas, sensação de perdas de tempo por não te-rem sido obtidos contatos instantâneos até che-gar a uma insatisfação ou desmotivação por esperar uma coisa pelas maravilhas da Internet, e encontrar só percalços. Todavia, ao contrá-rio, muitas pessoas sentem-se por demais eu-fóricas com esta "oitava maravilha do mundo eletrônico", esquecendo que a posse e o poder da máquina jamais suplantarão a segurança da apropriação contínua do conhecimento e for-mação cultural...

Na verdade, a Internet em si é o próprio im-pacto aos serviços de informação, não só

pe-las mudanças que vão ocorrer em todo o pro-cesso organizacional e administrativo da bi-blioteca, causando espécie principalmente aos indivíduos mais acomodados, acríticos e de espírito rotineiro, como às pessoas abertas a transformações, prontas a enfrentar novas

R . b r a s . B ib lio t e c o n . D o c . , S ã o P a u lo , N o v a S é r ie , v . 1 , n . 1 ,p.3 8 - 5 4 , 1 9 9 9

E q u iv a lê n c ia s : d o S e r v iç o d e R e f e r ê n c ia C o n v e n c io n a l a N o v o s A m b ie n t e s d e R e d e s D ig it a is e m B ib lio t e c a s

---P

erimentações, superar sta tu s q u o

estag-ex

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.

d " ' "1

nado. E a dlcotomla: o pro ou contra .

Incertezas, inseguranças até temores podem star inibindo parte dos profissionais de sis-~emasbibliotecários. Muitos já superaram a desconfiança em entender a ilustre desconhe-cida ferramenta informacional, que é a Internet, passando a acreditar nela como um recurso amplo que propicia formas múltiplas de comunicação (interpessoal e/ou de caráter cultural, educacional, social, profissional, co-mercial, entre-pares-de-pesquisa etc.). É tão

útil, que de qualquer forma carece ser expe-rimentada, do contrário, fica-se para trás: porque outros profissionais e especialistas j á há muito tempo a estão dominando. Entre-tanto, é preciso, urgentemente, entendê-Ia e manipulá-Ia, enfim, serem os bibliotecários introduzidos e capacitados com técnicas se-guras para uso dos programas de microcom-putador e dos vários recursos das redes das redes. Enfim, é preciso que sejam enfrenta-das as tecnologias emergentes - e não fugir delas! Com reservas, todavia, de que se trata apenas de um instrumental a serviço da co-municação e informação, entre outros

pon-tos, e não uma simples parafernália.

CBA

Abstract: Th e e sse n c e o f Re fe r e n c e Se r vic e

c o m in g f r o m th e Am e r ic a n lib r a r ia n Sa m u e l Sw e e t G r e e n(1876) r e sists a g a in st tim e , b e in g a d e p o r -fu r e p o in tf o r th e d e ve lo p m e n t o f n e w e n vir o n m e n ts in lib r a r ie s. A d o u b le sc e n a r io is r e p r e se n te d th r o u g h a m e th o d o lo g ic a l p r o c e d u r e s, in tw o fa c e s. 1 ) Ba se d o n M AC E D O 'sjive p r in c ip ie s, th e RiS in a c o n ve n tio n a l f o r m is d e sc r ib e d , in c lu d in g a sh o r t e vo lu tio n a n d th e c h a r a c te r istic s o ffo u r typ e s o f lib r a r ie s (p u b lic , sc h o o l, a c a d e m ic a n d sp e c ia l). F in a lly, c o n sid e r s th e im p a c ts o n c o m m u n ic a tio n a n d in f o r m a t io n te c h n o io g ie s. 2)An a m b ig u o u s te r m in o lo g y o n e le c tr o n ic , d ig ita l a n d /o r vir tu a l, h yb r id lib r a r y isd isc u sse d in o r d e r to u n d e r sta n d iJ a N e w Lib r a r y r e a lly e xists. M O D E STO g o e s O n p o in tin g o u t th e a u to m a tio n a n d m ic r o c o m -p u tin g a s p r e vio u s d e ve lo p m e n ts fo r u p d a tin g

li-b r a r y se r vic e s in o r d e r to r e a c h e le c tr o n ic n e ts, sp e c ia lly lh e In te r n e t, in o p p o sitio n to th e tr a d i-tio n a l sc e n a r io . Th e n , h a vin g d e sig n e d a n e w li-b r a r y e n vir o n m e n t w h ic h c a n a g g r e g a te th e c o n -ve n tio n a llib r a r y o r n o t, itisp o ssib le fo r th e r e a d -e r s to c o m p a r -e d a ta a n d th in k a b o u t th e s ig n if

i-c a n i-c e o f r e fe r e n c e a n d in fo r m a tio n se r vic e .

K e y - w o r d s :Re fe r e n c e Se r vic e , C o n ve n tio n a l. N e w D ig ita l E n vir o n m e n ts. E q u iva le n c ie s. In te r n e t.

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