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Novas tecnologias na biblioteca escolar

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Academic year: 2022

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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA (UnB)

FACULDADE DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO (FCI) GRADUAÇÃO EM BIBLIOTECONOMIA

AMANDA SALOMÃO WERNECK

NOVAS TECNOLOGIAS NA BIBLIOTECA ESCOLAR

BRASÍLIA 2015

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AMANDASALOMÃOWERNECK

NOVAS TECNOLOGIAS NA BIBLIOTECA ESCOLAR

Monografia apresentada como pré- requisito para obtenção do título de bacharel em Biblioteconomia pela Faculdade de Ciência da Informação da Universidade de Brasília.

Orientadora: Profa. Dra. Kelley Cristine Gonçalves Dias Gasque.

Brasília

2015

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Ficha catalográfica

Será impressa no verso da folha de rosto e não deverá ser contada.

W491n

Werneck, Amanda Salomão.

Novas tecnologias na Biblioteca Escolar / Amanda Salomão Werneck. Brasília: Universidade de Brasília, Faculdade de Ciência da Informação, 2015.

66 f.: il., color.

Orientadora: Profª. Dra.Kelley Cristine Gonçalves Dias Gasque.

Monografia (Graduação em Biblioteconomia) – Universidade de Brasília

1. Biblioteca escolar. 2. Novas tecnologias. 3. Bibliotecário escolar. I. Título.

1. Ciência da Informação. 2. Administração.

I. Título.

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DEDICATÓRIA

Dedico esse trabalho para todas as pessoas que querem um mundo melhor, principalmente meus pais por tudo que fazem por mim.

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AGRADECIMENTOS

A meus pais, que sempre fizeram tudo pra me oferecerem o melhor e sempre me apoiaram em todos os momentos da minha vida.

Aos meus amigos que fizeram dessa jornada mais divertida e produtiva.

À minha orientadora Kelley Cristine Gonçalves Dias Gasque, pela sua paciência, orientação e disposição para compartilhar seu conhecimento.

Aos professores da FCI por terem contribuído na minha jornada profissional.

Aos bibliotecários que se dispuseram em responder a entrevista.

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“Sim, todo amor é sagrado, E o fruto do trabalho,

É mais que sagrado, meu amor.”

Amor de índio - Beto Guedes.

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RESUMO

Analisa o uso das novas tecnologias para potencializar a aprendizagem nas Bibliotecas Escolares de quatro escolas do Plano Piloto por meio de uma entrevista estruturada. Os resultados mostram que os bibliotecários tem a consciência da importância das novas tecnologias para a aprendizagem dos estudantes, entretanto, a realidade das bibliotecas não condiz com uma utilização suficiente, o uso dessas novas tecnologias ainda é muito primitivo e básico.

Palavras-chave: Biblioteca Escola. Novas Tecnologias. Bibliotecário Escolar.

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ABSTRACT

Analyzes the use of new technologies to enhance learning in School Libraries in four schools of Pilot Plan through a structured interview. The results show that the librarians have awareness of the importance of new technologies to student learning, however, the reality of libraries does not correspond as a sufficient use, the use of these new technologies is still very primitive and basic.

Keywords: School library. New Technologies. School Librarian.

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Uso das novas tecnologias na biblioteca ... 42

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Curso de formação ... 38

Gráfico 2 - Cursos realizados após a graduação ... 38

Gráfico 3 - Tempo de formação ... 39

Gráfico 4 - Tempo de atuação na biblioteca ... 40

Gráfico 5 - Recursos tecnológicos utilizados na biblioteca ... 41

Gráfico 6 - As novas tecnologias auxiliam na aprendizagem? ... 43

Gráfico 7 - Existe política de incentivo para aquisição de novos recursos? ... 44

Gráfico 8 - Possíveis obstáculos para a inserção das novas tecnologias na biblioteca escolar ... 45

Gráfico 9 - Perspectivas de uso das novas tecnologias no futuro na biblioteca em qual trabalha ... 46

Gráfico 10 - Interação entre biblioteca e pedagógico por meio das novas tecnologias ... 47

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS BE – Biblioteca Escolar

IFLA – International Federation of Library Associations and Institutions

UNESCO - Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 13

1.1 PROBLEMA ... 14

1.2 OBJETIVOS ... 14

1.2.1 OBJETIVO GERAL ... 14

1.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ... 14

1.3 JUSTIFICATIVA ... 15

2 REVISÃO DE LITERATURA ... 16

2.1 Biblioteca escolar ... 16

2.1.1 O papel da Biblioteca Escolar no Século 21 ... 19

2.2 Novas Tecnologias ... 21

2.3 Bibliotecário Escolar ... 24

2.4 Uso de Novas Tecnologias por crianças e na Biblioteca Escolar ... 29

3 METODOLOGIA ... 33

3.1. PRÉ-TESTE ... 36

4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS ... 37

4.1 Perfil do Bibliotecário ... 37

4.2 Uso das novas tecnologias na biblioteca ... 40

4.3 Obstáculos para o uso dessas novas tecnologias... 44

4.4 Possibilidades de uso dessas novas tecnologias para o futuro ... 45

5 CONCLUSÃO ... 48

REFERÊNCIAS ... 51

APÊNDICE A – ENTREVISTA ... 57

APÊNDICE B – Transcrição da Entrevista I ... 58

APÊNDICE C – Transcrição da entrevista II ... 60

APÊNDICE D – Transcrição da Entrevista III ... 62

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APÊNDICE E– Transcrição da Entrevista IV ... 65

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1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho pretende avaliar alguns serviços tecnológicos que são oferecidos por bibliotecas escolares, sendo assim aborda o uso de tablets, leitores eletrônicos e outros suportes, recursos aqui denominados novas tecnologias nas bibliotecas escolares.

Para Pimentel (2007, p. 25), “Biblioteca é a porta de entrada para o conhecimento, fornece as condições básicas para o aprendizado permanente, autonomia das decisões e para o desenvolvimento cultural dos indivíduos e dos grupos sociais”. A biblioteca de forma geral tem uma grande importância e missão na vida de cada pessoa, esse local deve ser somente o começo para o conhecimento e aprendizagem.

De acordo com as ideias de Fragoso (2002, p. 124):

Longe de construir mero depósito de livros, a biblioteca escolar é um centro ativo de aprendizagem. Nunca deve ser vista como mero apêndice das unidades escolares, mas como núcleo ligado ao pedagógico. O bibliotecário trabalha com os educadores e não apenas para eles ou deles isolados.

A biblioteca escolar, apesar de não ter a devida importância reconhecida, tem como finalidade ser suporte para a educação dos estudantes, um local onde eles possam estudar ter contato com várias fontes de informação, passar o tempo, e ainda, ser um local com potencial para aflorar a imaginação desses estudantes.

Esse suporte educacional deve ser adequado aos usuários, nesse caso, crianças e adolescentes, e adequado às demandas do uso das novas tecnologias.

Nesses espaços, atualmente, os estudantes estão cada vez mais querendo dinamismo no ambiente escolar e meios variados para aprimorar a aprendizagem, sendo assim, esse trabalho aborda também como o bibliotecário escolar deve se posicionar diante do uso dessas novas tecnologias, como essas novas tecnologias são utilizadas pelos estudos e como elas podem aperfeiçoar a aprendizagem desses estudantes.

As crianças, já ao nascer, estão praticamente conectadas ao ambiente on- line, sendo assim, o uso dessas novas tecnologias é parte fundamental do dia a dia dessas crianças. Tendo isso em vista, o trabalho aborda o uso dessas tecnologias

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nas bibliotecas escolares, os obstáculos para os usos das tecnologias e as perspectivas futuras do uso das tecnologias.

1.1 PROBLEMA

Como os Bibliotecários usam as novas tecnologias na Biblioteca Escolar?

1.2 OBJETIVOS

Este estudo propõe atender ao objetivo geral e aos objetivos específicos a seguir.

1.2.1 OBJETIVO GERAL

Analisar o uso das novas tecnologias para potencializar a aprendizagem nas Bibliotecas Escolares do Plano Piloto de Brasília, DF.

1.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Identificar o perfil do bibliotecário que atua nas bibliotecas escolares do Plano Piloto;

 Identificar o uso das novas tecnologias na biblioteca;

 Descrever os obstáculos para os usos dessas tecnologias;

 Identificar as possibilidades de uso para o futuro.

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1.3 JUSTIFICATIVA

A justificativa para a realização desse trabalho vem da necessidade de analisar os novos recursos tecnológicos em uma Biblioteca Escolar. Para Paiva e Costa (2015), as crianças do século XXI nasceram em um mundo conectado, no qual estão cada vez mais envolvidas com a tecnologia. Tecnologia essa que é a base da manutenção das relações sociais, sendo assim, é cada vez mais difícil viver em um mundo sem tecnologia. Sendo assim, a tecnologia deve estar aliada a novas formas de aprendizado no século atual.

Segundo Bueno e Messias (2013), assim como outras áreas, a biblioteconomia deve se aproveitar do avanço da tecnologia para deixar seu trabalho mais facilitado e aprimorado. Essas novas tecnologias proporcionaram ao bibliotecário “[...] processar com agilidade e precisão uma grande massa informacional, substituindo processos manuais e morosos por sistemas mecanizados muito mais rápidos e precisos” (BUENO; MESSIAS, 2013, p. 1).

Outra motivação para a realização desse estudo é que, segundo Oliveira e Oliveira (2011), atualmente a sociedade vive uma revolução cultural que é acelerada devido às inovações tecnológicas e a transmissão globalizada de informação. As relações existentes nessa sociedade são cada vez mais formadas pela dinâmica e pelas múltiplas transformações aceleradas. Tendo isso em vista, é necessária uma adequação da utilização das novas tecnologias na Biblioteca Escolar.

Sendo assim, torna-se necessário fazer um estudo para analisar como ocorre o uso das novas tecnologias em bibliotecas escolares de Brasília, mais especificamente nas escolas situadas no Plano Piloto.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

O presente capítulo trata da revisão de literatura sobre os conceitos que envolvem o uso das novas tecnologias em bibliotecas escolares. A revisão de literatura pretende identificar as principais questões estudadas na referida área por meio de levantamentos e análises de artigos, pesquisas, estudos, sobre as novas tecnologias, os obstáculos para o uso delas, bem como perspectivas futuras.

2.1 Biblioteca escolar

Segundo as ideias de Moro (2011), a biblioteca escolar surgiu, primeiramente, com a função de guardar, de armazenar a informação, sendo assim, seu acesso era restrito. A biblioteca saiu do ambiente somente escolar e se expandiu para a comunidade.

Assim, ainda de acordo com as ideias de Moro (2011), a biblioteca se transformou em local de aprendizagem e em local prazeroso de compartilhamento e interação entre os participantes do cenário educacional. O que era antes local de silêncio transformou-se, deixou de ser local individualista e passou a ser local de troca de conhecimento e consequentemente, possui maior interação social com os participantes, sem deixar de lado os suportes utilizados para esse conhecimento, que não são mais apenas por meio dos livros e sim utilizando outros novos suportes educacionais.

Segundo Silva (201-), a biblioteca escolar aumentou o raio de atuação e com isso é um local de informações educativas e desempenha diversas funções importantes. O que antes era lugar restrito, agora é local mais amplo, com variadas atividades que foram incorporadas ao longo do tempo.

Outro tipo de mudança na biblioteca escolar é citado por Das “Na era pré- digital, em geral, as bibliotecas centravam o papel no desenvolvimento de competências da leitura; décadas mais tarde assumem papel importante nas competências de gestão da informação” (DAS, 2008, p. 1). Assim pode-se identificar que a mudança ocorreu com foco no tipo de conhecimento que o estudante terá, antes, era pensado no modo como o estudante aprenderia as competências de

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leitura, já atualmente, vê-se a necessidade de ensinar como é aprendida a gestão da informação.

Devido às mudanças que ocorreram, Silva (201-) considera que elas se refletem nas bibliotecas escolares. A Biblioteca Escolar e os usuários também foram modificados, por isso é necessário que ocorra mudança com o modo de lidar com o usuário. A biblioteca deve se adaptar às demandas da sociedade atual, sociedade globalizada, em que os sujeitos possuem novos comportamentos, expectativas e necessidades.

O conceito de biblioteca escolar é muito amplo e um pouco complexo de ser conceituado, mas segundo Pimentel (2007) biblioteca escolar pode ser compreendida como um ambiente situado em escolas e tem a função de ser integrada com a sala de aula, tendo grande efeito no desenvolvimento do aluno. É um local que serve de centro de recursos educativos, em conjunto com o ensino, e tem como um dos objetivos desenvolver e fomentar a leitura e a informação. Serve também como um suporte para a comunidade para atender suas necessidades.

Segundo Silva (1986, p. 133), a biblioteca escolar é: “um espaço democrático, conquistado e construído através do ‘fazer’ coletivo (alunos, professores e demais grupos sociais)”. O bibliotecário faz parte também desse fazer coletivo, ele deixa de ser apenas um funcionário qualquer da escola e passa a ser o mediador da informação entre o usuário e se transformando em um bibliotecário-educador.

Gasque (2010) argumenta que a biblioteca escolar é espaço de acesso à informação, de aprendizagem e de conhecimento, mas deve estar integrado ao processo pedagógico da escolar com a tarefa de formar cidadãos críticos e autônomos.

O papel do bibliotecário na Biblioteca Escolar é enfatizado pela IFLA (2000, p.

2), que demonstra que o bibliotecário quando atua em conjunto com os professores, propicia aos estudantes maior nível de leitura, aprendizagem, resolução de problemas e competências no domínio das tecnologias de informação e comunicação. Esses resultados positivos só são alcançados quando o bibliotecário- educador trabalha em conjunto com o professor e ainda, possui grande apoio por parte da escola, que tem que estar de acordo com o planejamento da biblioteca e deve ajudar o bibliotecário na missão de fornecer acesso, suporte ao ensino e pesquisa, bem como aprendizagem significativa.

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O conceito de Biblioteca Escolar, segundo a Organização dos Estados Americanos (1985) é o de uma instituição do sistema social que organiza diferentes tipos de materiais e os disponibiliza para seu público alvo, nesse caso, a comunidade escolar. Integra o sistema educacional e participa de seus objetivos, metas e fins. Ela é o local no qual o estudante desenvolve seu currículo, pratica sua leitura e forma a atitude crítica de um cidadão. É um elemento vital para a aprendizagem, estimula a criatividade, a comunicação, a recreação e a convivência em sociedade. A biblioteca escolar não leva em conta apenas os estudantes, também apoia os docentes, ajudando-os com informações que serão utilizadas em sala de aula. Os pais de alunos e outros indivíduos da sociedade também possuem suportes dados por essa biblioteca.

A história da biblioteca escolar não possui literatura rica para subsidiá-la.

Nascimento (2006) relata que a história dela no Brasil, iniciou-se com os jesuítas, da religião católica, primeiros fundadores de colégios brasileiros. O acervo dessas bibliotecas era basicamente composto por obras religiosas litúrgicas que foram trazidas de Portugal e a atuação desses colégios era dirigida para uma elite nacional.

Segundo estudos de Moraes (2006), os primeiros colégios foram fundados no ano de 1549, quando os jesuítas chegaram ao Brasil, nove anos após a vinda da Companhia de Jesus. Os jesuítas vieram com a missão de catequizar índios e instruir colonos. Os livros trazidos de Portugal não eram em quantidade suficiente para todos os colégios fundados. Com o tempo, chegaram mais livros, não somente para a instrução de meninos como também para os mestres se aperfeiçoarem. Ao final do século XVI, os jesuítas tinham em Salvador uma biblioteca instalada em sala especial no colégio.

Assim segundo Moraes (2006), existiam também outras ordens religiosas que ministravam no Brasil e não somente os jesuítas. Os beneditinos, franciscanos e carmelitas possuíam escolas anexas aos seus conventos e tiveram grande papel na instrução da população, principalmente ao ensinar as primeiras letras.

De acordo com as ideias de Silva (2011), a biblioteca escolar ganhou nova configuração ao final do século XIX e início do século XX. Deve-se salientar que as bibliotecas de escolas particulares destacavam-se nesse cenário. As escolas

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privadas, em geral, possuíam o objetivo de ensinar métodos educativos com ênfase religiosa, tendo em vista que esse era o local onde a elite estudava.

Ainda segundo Silva (2011), para entender melhor esse cenário, alguns fatos devem ser levados em conta. O primeiro fato é que a biblioteca escolar surge com grande aparato estrutural de infraestrutura e de acervo. Segundo, o acesso dessa biblioteca era restrito aos integrantes de ordem religiosa e o terceiro é que a biblioteca, entre os séculos XVI e XIX, parecia mais uma biblioteca especializada do que escolar, por serem mais utilizadas visando estudos religiosos. Somente a partir da década de 70 do último século que as bibliotecas escolares começam a ter a noção que ela possui hoje.

De acordo com a lei nº 12.244 do Brasil (2010) “As instituições de ensino públicas e privadas de todos os sistemas de ensino do País contarão com bibliotecas, nos termos desta Lei.” Assim segundo a lei, será obrigatório a biblioteca escolar possuir um acervo que conte um título, no mínimo, para cada aluno que estiver matriculado.

2.1.1 O papel da Biblioteca Escolar no Século 21

A missão da biblioteca escolar, segundo a IFLA (2006) é a de proporcionar informação e ideias fundamentais aos usuários para que sejam bem sucedidos na atual sociedade, baseada no conhecimento e na informação. Os estudantes desenvolvem competências para a aprendizagem que levarão para o resto da vida, competências essas que são passadas por meio da biblioteca escolar.

A grande maioria das bibliotecas no Brasil parece estar presa ao passado. Os Muitos bibliotecários atuantes nesses locais são passivos e atrasados em relação às novidades. Ao contrário, os estudantes do século XXI são frutos de uma geração digital, e vivem rodeados pelas mídias digitais, computadores, videogames, redes sociais, e outras ferramentas digitais. Esses estudantes esperam e têm desejos de maior interação, sendo assim, a biblioteca deve estar apta para receber esses novos usuários (MORO, 2011).

Ainda segundo Moro (2011), as bibliotecas devem atender aos requisitos dos estudantes, das novas formas de ensino e promover o uso das tecnologias como suporte para a aprendizagem. É importante para o bibliotecário entender a evolução e perceber que as necessidades dos usuários mudaram e agora esses estudantes

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passam grande parte da vida online. Eles não distinguem mais identidade virtual da real, só existe uma com representação em espaços diferentes. Esses usuários são unidos por um conjunto de práticas comuns, como por exemplo, a quantidade de tempo que gastam com as tecnologias digitais, modos como se relacionam e pensam uns com os outros.

Segundo Gasque (2010), como espaço de aprendizagem, a biblioteca escolar precisa fomentar o gosto pela leitura e desenvolver competências dos estudantes para pesquisa. Deve ser local de ação cultural sempre trabalhando em conjunto com professores e coordenadores.

Uma biblioteca bem estruturada e integrada pode melhorar o desempenho dos estudantes. Todd Ross citado por DAS (2008) defende que a nova aprendizagem é facilitada pelas bibliotecas escolares e pelos bibliotecários. O efeito positivo das bibliotecas no sucesso educacional é relacionado com a presença de bibliotecário credenciado, especialista em informação, que está envolvido no desenvolvimento curricular dos estudantes.

DAS (2008) relata que Todd e Kuhlthau desenvolveram um conceito didático inovador chamado “guided inquiry”. Este conceito é baseado na extensa pesquisa feita por ambos. A pesquisa trata sobre um novo conceito pedagógico em que os professores e bibliotecários trabalham em conjunto. Nesse caso a biblioteca não é apenas biblioteca e sim um centro de aprendizagem e conhecimento e o bibliotecário atua como mediador. Segundo Todd, o uso eficaz dos recursos da biblioteca não depende apenas do sistema e sim dos recursos humanos, principalmente da equipe da biblioteca.

O conceito de “guided inquiry” institui a biblioteca escolar e o bibliotecário no ambiente educativo. “A biblioteca escolar é mais do que uma simples estrutura, uma sala com computadores e livros. É mais do que uma sala onde os alunos trabalham e aprendem de forma autónoma. A biblioteca escolar desempenha um papel fundamental na aprendizagem. Por outras palavras: a biblioteca escolar não é “a biblioteca na escola, mas toda a escola é uma biblioteca.” (DAS, 2008, p. 4)

A biblioteca escolar do século XXI deve levar em conta o desenvolvimento revolucionário que ocorre na educação e tecnologia, a mudança de atitude dos estudantes em relação à aprendizagem e ao “pensamento econômico”

contemporâneo e deve ter em mente que essas modificações afetam diretamente a

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nova configuração de biblioteca escolar. Os efeitos da nova aprendizagem nos estudantes são vistos por meio das decisões tomadas por eles, cada vez mais eles decidem o que querem e por onde querem aprender (DAS, 2008).

Ainda segundo Das (2008), a nova perspectiva da biblioteca escolar é a atuação como centro de aprendizagem, de desenvolvimento de competências de leitura, de letramento, mas também espaço de lazer. Para executar essa função, a BE precisa utilizar as novas tecnologias. A mudança maior que ocorreu, foi a biblioteca ter se transformado em um local de aprendizagem não somente para alunos mas também para professores, não docentes, funcionários e até mesmo para os pais.

A nova função da biblioteca escolar pode descrever-se como “uma biblioteca escolar sem fronteiras”, uma vez que possibilita acesso permanente, a partir de qualquer ponto. Pode ser implementada de diferentes formas e, por conseguinte, garante soluções à medida para as escolas, a nível individual, aplicações inovadoras em NTIC e em concepções educacionais (DAS, 2008, p. 7).

2.2 Novas Tecnologias

O conceito de tecnologia é amplo e difícil de ser definido. Aqui aborda-se o que a tecnologia deve ser capaz de fazer. Para Martinez (2006), a tecnologia é capaz de criar, transformar e modificar materiais, a natureza como um todo, recursos. O próprio homem e ainda o entorno social em virtude da origem de novas ações, suportes, especialmente quando resultam em modificações de todos os envolvidos pelos novos usos e utilidades. Martinez enfatiza que a mudança que a tecnologia proporciona não é meramente material, e sim, também, uma mudança na sociedade e a relação do ser com o mundo.

Conforme Chaves (1999), o termo tecnologia refere-se a tudo aquilo que o ser humano foi capaz de criar, considerando os artefatos, métodos e técnicas, para atingir um determinado fim e estender a capacidade seja ela física, sensorial, motora ou mental. A tecnologia surge então para simplificar trabalhos, enriquecer relações interpessoais ou apenas para proporcionar prazer.

Para Souza e Cunha (2009) o conceito de novas tecnologias é associado ao de Novas Tecnologias da Informação e Comunicação (NTIC), que se refere aos métodos e tecnologias que surgiram com a Revolução Informacional. Surgiram com

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o intuito de expandir e melhorar a comunicação no meio da década de 1970 e tiveram o ápice após o ano de 1990.

As novas tecnologias permitem que o conteúdo da comunicação seja mais ágil. Segundo Afonso (2010, p. 19) “considera-se que o advento destas novas tecnologias e a forma como foram utilizadas por governos, empresas, indivíduos e sectores sociais possibilitaram o surgimento da Sociedade da Informação”. Sendo assim, o surgimento das NTICS, para Pinto (2004), é o resultado de três vertentes que se fundiram, são elas a informática, as telecomunicações e as mídias eletrônicas.

Para esse trabalho, endossa-se a definição proposta por Belloni (2006) para NTIC, que explica as tecnologias como, recursos recheados de informática, permitindo a estocagem e a transmissão de informações em quantidade, velocidade e qualidade na história e tem como característica essencial a imaterialidade da matéria-prima, que nesse caso é a

Segundo Martinez (2003), as NTICs não se tratam apenas da Internet e sim do conjunto de tecnologias microeletrônicas, informáticas e de telecomunicações, que em conjunto permitem a produção, armazenamento, processamento de dados em forma de vídeos, áudios, imagens ou textos.

Martínez (2004) explica que as novas tecnologias não devem substituir as convencionais, mas, serem um complemento.

É necessário ter em mente que a incorporação de “novas tecnologias” não pretende substituir as “velhas” ou “convencionais”, que ainda são - e continuarão sendo - utilizadas. O que se busca, na verdade, é complementar ambos os tipos de tecnologias a fim de tornar mais eficazes os processos de ensino e aprendizagem (MARTÍNEZ, 2004, p. 96).

Segundo as ideias de Bueno e Messias (2013), o uso das NTICs possibilitaram para o bibliotecário realizar o processamento com agilidade e precisão de uma grande massa de informações, assim foi possível substituir processos manuais por processos mecanizados. Além disso, a partir do momento que houve a popularização das novas tecnologias, os usuários começaram a exigir o uso delas nas bibliotecas.

Deve-se entender que a utilização dessas novas tecnologias só é possível graças ao advento dos computadores, modens e linhas telefônicas. Infelizmente

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essa realidade ainda não é possível para todos, principalmente para muitos brasileiros, como Altoé e Silva (2005) enfatizam:

Essa realidade ainda é inacessível a muitas pessoas, escolas, comunidades, particularmente em nosso país. Somos um país com um extenso território, no qual a distância não deveria ser motivo para justificar a distância entre um ponto e outro. Vivemos um período destacado como tecnológico, pois, teoricamente tudo se torna próximo, fácil, palpável, acessível, mas mesmo assim continuamos aceitando o não comprometimento do governo com as questões da educação (ALTOÉ;

SILVA, 2005, p. 2).

O final do século XX consolidou a Revolução Informacional. Segundo Schiavoni (2007), nessa época foi estabelecida uma nova era, chamada de sociedade da informação, e posteriormente de sociedade do conhecimento, hoje é conhecida como sociedade da aprendizagem. Isso porque não existe conhecimento sem aprendizagem. Na sociedade da aprendizagem a fonte de produtividade é encontrada na tecnologia de geração de conhecimentos.

Na sociedade contemporânea, em especial nas últimas décadas, a popularização dos computadores, smartphones, tablets e outros recursos tem mudado a forma das pessoas agirem. Wim Veen citado por Das (2008), trata os jovens estudantes de hoje como estudantes “zapping” no qual são capazes de realizar várias atividades simultaneamente, ocorre então uma mudança de ambientes eletrônicos, recolhendo e processando a informação de forma inovadora.

Os chamados alunos “zapping” não necessitam de sala de aula com um quadro negro, mas precisam de computador com tecnologias sofisticadas, em um ambiente de aprendizagem que seja flexível e que forneça oportunidades de aprender, praticar, comunicar-se com os colegas e professores.

Ainda segundo Veen citado por Das (2008, p. 2), o uso de e-books deve ser visto como algo fundamental nos dias de hoje:O que estava nos livros de textos e nos livros de exercícios estará disponível on-line no futuro. Em alguns casos, através do password a informação estará livremente acessível. Muitas vezes, como parte do método de aprendizagem e outras como material independente”.

Segundo as ideias de Martinez (2003), as novas tecnologias não resolvem todos os problemas educativos que sempre existiram, mas podem introduzir uma melhora no âmbito de uma reforma educacional. Do mesmo jeito que as novas tecnologias não excluíram as convencionais, elas não serão a solução para os

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problemas educacionais, mas utilizadas de maneira correta, podem ser grandes facilitadores da aprendizagem.

Assim como enfatiza Shiavoni (2007), a maior contribuição das novas tecnologias é propiciar o contato com a matéria-prima do conhecimento, a informação, de modo ágil e não oneroso. Sendo assim, o estudante consegue ter um maior aproveitamento do estudo e da aprendizagem pelo contato ser feito de maneira mais fácil.

Os profissionais da educação necessitam saber a necessidade do uso das novas tecnologias para melhorar a aprendizagem. Documentos oficiais como os Parâmetros Curriculares Nacionais, de 1998, já mostrava a importância dessas tecnologias:

É indiscutível a necessidade crescente do uso de computadores pelos alunos como instrumento de aprendizagem escolar, para que possam estar atualizados em relação às novas tecnologias da informação e se instrumentalizarem para as demandas sociais presentes e futuras.

(BRASIL, 1998, p. 96).

Uma as mudanças causadas pelo uso das novas tecnologias, é que a aprendizagem não precisa mais ser uma coisa solitária. Ela pode ocorrer por meio de interação com outras pessoas, assim de acordo com Kenski (2003), a aprendizagem não precisa ser feita de maneira solitária, no qual só ocorre a aquisição e o domínio de conhecimentos de modo individual, mas pode ser uma aprendizagem coletiva, integrada, que articula informações e pessoas que estão em diferentes locais e que possuem idade, sexo, condições físicas diferentes.

Ainda segundo as ideias de Kenski (2003), as mudanças que as novas tecnologias causaram na sociedade são claramente vistas nos dias de hoje por meio das tecnologias digitais, que possibilitam novos desafios e possibilidades de acesso à informação, interação e comunicação, que são proporcionadas pelos computadores e periféricos, redes virtuais e as mídias. Essa interação dá origem a novas formas de aprendizagem, comportamentos e valores proporcionados por meio dessa cooperação.

2.3 Bibliotecário Escolar

Um dos pontos mais importantes para o bom funcionamento de uma biblioteca é contar com a presença de um bibliotecário. Em bibliotecas escolares,

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essa necessidade não é diferente, como afirma Correa et al (2002, p. 108): “Para que a biblioteca escolar exerça suas funções de forma adequada e eficiente, sabe- se da necessidade da permanência do profissional melhor habilitado e qualificado para sua gestão: o bibliotecário.”

Segundo Tavares (1973), a principal função do bibliotecário escolar é a de fornecer a informação de uma maneira rápida e prática, o bibliotecário deve encontrar o material adequado a cada estudante, tendo em mente o que o ele deseja e necessita.

Para Corrêa et al (2002), outras funções do bibliotecário escolar são o planejamento e a organização da biblioteca, a seleção e a disposição do acervo, colocá-lo de maneira mais acessível para o usuário, nesse caso principalmente crianças e adolescentes. O incentivo para o estudante frequentar a biblioteca da escola, utilizar o acervo e participar de atividades que aconteçam nesse ambiente, deve partir do bibliotecário. Para Litton (1974) o bibliotecário escolar deve ser mais participativo e humano ao se relacionar com os estudantes, fazendo com que os estudantes tenham mais prazer em ler e frequentar a biblioteca. O autor classifica as tarefas do bibliotecário escolar em três grandes categorias:

A primeira delas são as tarefas administrativas. Elas incluem o planejar e executar; fazer a seleção e supervisão dos funcionários; promover a integração da biblioteca no programa educativo; fazer a programação do uso das obras pelos estudantes e professores; divulgação sobre seus serviços e recursos junto à comunidade escolar.

A segunda são as tarefas educacionais que abordam o ter o conhecimento das necessidades de leitura individuais dos estudantes e interesses; fazer o planejamento juntos aos professores de como a biblioteca funcionará em conjunto com o programa docente; fazer ao máximo o trabalho bibliotecário ser humano e ter a preocupação de lidar com as necessidades individuais dos estudantes; manter-se sempre informados dos novos métodos, materiais educativos e novidades; realizar a indicação aos professores de materiais que irão contribuir para seu crescimento cultura.

A terceira tarefa estabelecem os procedimentos para seleção, aquisição, processamento, preparação e empréstimos de materiais; manter a documentação dos materiais da biblioteca; realizar o descarte dos materiais que estão

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desatualizados, desgastados e deteriorados; supervisionar as tarefas que são realizadas na biblioteca para manter seu bom funcionamento.

Gasque (2013) elenca quatro competências básicas, quais sejam:

Técnica: refere-se aos conhecimentos necessários para o domínio das tecnologias – saber fazer e o tratamento do fluxo documental, por exemplo, avaliar, selecionar, adquirir, classificar, catalogar, indexar, disponibilizar e recuperar informações, considerando as especificidades da educação básica.

Gerencial: referem-se aos conhecimentos que possibilitam a gestão das tarefas de um grupo ou organização, tais como comprar materiais; contratar recursos humano; definir funções dos funcionários/membros e monitorá-los; planejar o marketing e as atividades de rotina; avaliar o desempenho, dentre outros.

Psicopedagógica: refere-se às áreas abrangidas pela pedagogia e psicologia com referência ao processo de aprendizagem – estilos, modalidades – tendo como foco aprendizes de 3 a 17 anos. A aquisição desse conhecimento possibilita ao bibliotecário criar ambiente social favorável à aprendizagem; estimular o pensamento crítico; orientar os aprendizes a buscar e usar a informação; produzir projetos em parceria com os professores, incentivar a leitura e a pesquisa, orientar sobre o plágio, orientar a formação dos professores pesquisadores, dentre outros.

Social: refere-se ao conhecimento que permite aprimorar as relações humanas, tais como, mediar conflitos, estimular o trabalho em grupo, planejar atividades culturais, aperfeiçoar os feedback aos membros do grupo.

A autora explica que as competências técnicas e gerenciais estão no cerne da formação dos bibliotecários. Contudo, mas com os novos papeis surgidos pelas demandas das tecnologias, dos novos materiais e de propiciar desempenho melhor aos estudantes, o papel psicopedagógico e cultural tornam-se essenciais. Mais ainda, Gasque (2013) argumenta que bibliotecas gerenciadas por bibliotecários sem a formação adequada podem ficar a margem do processo educacional na escola.

A participação do bibliotecário na vida escolar dos usuários deve ser obrigatória. Deve participar do desenvolvimento do programa educativo em que o professor colocará em prática na sala de aula, assim a biblioteca funcionará como extensão das atividades de sala de aula:

Através desta parceria os anseios de incentivo à pesquisa serão atingidos pelo professor, que instiga a formulação de questões em suas aulas, e pelo

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bibliotecário que auxiliará na busca de informações que resultem na solução do problema (CORRÊA et al, 2002, p.118).

O bibliotecário deve mostrar o quão importante é o hábito da leitura, tanto para realização de trabalhos escolares, como também para seu entretenimento.

Nesse caso, o educador e o bibliotecário também precisam trabalhar juntos, para obter o seu pleno sucesso, como afirma Silva (1995, p. 76), “a tarefa de orientar o aluno na utilização da biblioteca e, principalmente, o de despertar nele o gosto e o hábito de leitura são as atribuições mais reveladoras da natureza educativa do trabalho biblioteconômico na escola”.

A participação do bibliotecário em todos os acontecimentos que circundam o ambiente escolar é de extrema importância, ter conhecimento da política educacional da instituição na qual atua estar atento a todos os aspectos que envolvem seu trabalho no contexto escolar, interagindo também através da parte técnica necessária ao bom funcionamento da biblioteca. Sobre isso, Silva (1995, p.

78) afirma que:

[...] ao bibliotecário escolar, visto como educador, cabe dedicar-se menos às atividades mecanizadas e muito mais a programas de incentivo à leitura, junto aos alunos, com o apoio dos outros educadores da escola, como os professores e os especialistas.

Assim, deve ser dada uma maior atenção aos serviços de referência e não ter tanto foco em processamento técnico.

Baseada na Declaração de Alexandria (IFLA, 2005), o investimento maciço em estratégias de competência informacional e no aprendizado ao longo da vida cria valor público, e é essencial ao desenvolvimento da Sociedade da Informação.

Kuhlthau (1999) afirma que o desafio da escola na Sociedade da Informação é educar as crianças para viverem e aprenderem em ambiente rico em informação.

Esse sucesso só poderá ser alcançado quando o bibliotecário também fizer parte desse projeto, tendo em vista que seu papel é de extrema importância.

Segundo as ideias de Campello (2003), o bibliotecário escolar deve vencer a barreira e mostrar que seu valor é muito maior do que apenas localizar e recuperar a informação, mas que ele também tem a função de ensinar, de se envolver no desenvolvimento das habilidades de pensar criticamente, ler, ouvir e ver, ou seja, ensinar a aprender a aprender.

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Dudziak (2003) vê o bibliotecário como agente educacional, iniciante de processos culturais de transformação da educação e da comunidade educacional e social. O trabalho deve ser direcionado para a mediação do aprendizado, que possui sucesso quando o aprendiz tem consciência da própria competência. Esse aprendiz adquire autoconfiança para continuar o aprendizado, e acaba se transformando em um aprendiz autônomo e independente.

O bibliotecário escolar deve ter uma educação continuada, deve aprender a utilizar as mais variadas ferramentas, principalmente as novas, e também deve saber utilizar os suportes de informação. Segundo Farias e Vitorino (2009): “A capacitação deve ser um processo constante, pois sempre existe algo a acrescentar, a aprender.” Essa educação continuada é de grande importância, principalmente nos dias de hoje tendo em vista que a informação é recebida em tempo real e consequentemente novos produtos e serviços são (feitos) e assim, o bibliotecário deve ter conhecimento desses novos produtos e serviços.

Tendo em vista a quantidade de informação que é fornecida nos dias de hoje, deve-se tomar cuidado com a qualidade dessa informação.

A quantidade de mensagens em circulação nunca foi tão grande.

Entretanto, dispomos de poucos instrumentos para filtrar a informação pertinente, para estabelecer comparações, enfim, para nos encontrarmos nos espaços dos fluxos informacionais. A distância entre a quantidade dos fluxos, das mensagens e as formas tradicionais de decisão e de orientação é cada vez maior(SILVA; CUNHA, 2002, p. 80).

Segundo ainda as ideias de Silva e Cunha (2002),a realidade atual do mundo exige dos profissionais de todas as áreas que eles sejam profissionais eficientes e com melhor desempenho. No universo bibliotecário não é diferente, os profissionais devem estar preparados para responder às novas exigências da sociedade atual,. A realidade do bibliotecário escolar não é diferente, ele deve estar sempre se atualizando.

Uma nova tendência que vem ocorrendo é que tendo em vista que o mercado é cada vez mais competitivo e focado no domínio de tecnologias e conhecimentos, os profissionais precisam adquirir técnicas e conteúdos que muitas vezes não foram adquiridos na universidade. Então:

Em conseqüência têm sido crescente o número de profissionais com múltiplas formações atuando em áreas multidisciplinares. Os bibliotecários, por exemplo, têm retornado à academia para aprimorar conteúdos elementares à profissão ou complementar a formação com conhecimentos

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em áreas estratégicas, como a comunicação, tecnologia da informação, administração, entre outras (BUENO; MESSIAS, 2013, p.2).

Ainda segundo Bueno e Messias (2013), se antes, saber o básico de inglês e informática davam ao profissional certo status, hoje esses conhecimentos são considerados básicos e essenciais. O que traz um diferencial nos dias atuais é o domínio de técnicas e funções que possibilitem a personalização dos serviços.

2.4 Uso de Novas Tecnologias por crianças e na Biblioteca Escolar

A geração z é uma geração que não possui uma data definida, assim como Toledo et al (2012) enfatiza, alguns autores consideram que são os nascidos na geração y, que são do meado de 1970 até meados de 1990, e outros autores consideram os nascidos no ano de 1995 até 2010. Essa geração tem como características: serem críticos, dinâmicos, exigentes, sabem o que querem, autodidatas, não gostam das hierarquias nem de horários pouco flexíveis. Essa geração não conheceu o mundo sem internet e são indivíduos multi-tarefados.

Segundo Toledo et al:

O “Z” vem de “zapear”, ou seja, trocar os canais da TV de maneira rápida e constante com um controle remoto, em busca de algo que seja interessante de ver ou ouvir ou, ainda, por hábito. “Zap”, do inglês, significa “fazer algo muito rapidamente” e também “energia” ou “entusiasmo”. (TOLEDO et al, 2012, p. 3)

Ainda segundo Toledo et al (2012), a geração z também é chamada de nativos digitais. Essa geração de jovens é conhecida como aquela que nasceu com um chip inserido no cérebro, pois para eles o uso das novas tecnologias é feito de modo intuitivo e com bastante aptidão, uma aptidão maior do que a dos adultos.

Os estudantes nascidos nessa época possuem características que acabam influenciando o modo como aprendem. Eles não têm a necessidade tão grande de ter um professor para ensinar, o aprendizado em grande parte é feito de maneira solitária, devido ao acesso que possuem a internet. Assim como Toledo et al enfatiza:

Os adolescentes de hoje, já nasceram com o Google e a internet. A Wikipédia é a única enciclopédia que eles apreciam para fazer as pesquisas da escola. Eles manejam qualquer tocador de mp3, celular, smartphone, tablet ou leitor de e-book e já tentaram ensinar seus professores, pais ou

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avós a usar o controle remoto da TV de LED e até criar um perfil no Facebook. (TOLEDO et al, 2012, p. 6).

O uso que essas crianças e adolescentes fazem das novas tecnologias, mostram que a aprendizagem deles é bem diferenciada de uma aprendizagem anterior. Eles possuem imensa facilidade com o uso das novas tecnologias e são chamados de “nativos digitais”:

Eles passaram a vida inteira cercados por e utilizando computadores, videogames, reprodutores de música digital, câmeras de vídeo, celulares, e todos os outros brinquedos e ferramentas da era digital. [...] Jogos de computador, e-mail, internet, celulares e mensagens instantâneas são partes integrais de suas vidas (PRENSKY, 2001, p.1).

Em entrevista, a professora e pesquisadora da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Nuria Pons Vilardell Camas, define novas tecnologias como:

[...] a convergência de tecnologias e mídias para um único dispositivo, que pode ser o notebook, o celular, o tablet, a lousa digital, o robô e quaisquer outras que surjam. Para o uso educacional, interessa particularmente a produção colaborativa de conhecimento, em que alunos e professores juntos também sejam coautores.1

Para ela, independente da tecnologia, é importante criar e entender uma nova escola, que abranja o currículo como o caminho a ser construído não somente pelos professores e estudantes, mas também com gestores e familiares. O uso das novas tecnologias faz parte da rotina da maioria dos estudantes, então elas devem ser parte do cotidiano escolar, assim como o livro, o quadro negro e o giz.

Existem vantagens e desvantagens na utilização de novas tecnologias na escola por parte de crianças e adolescentes. Abaixo citam-se algumas vantagens e desvantagens dessa utilização.

Segundo um estudo realizado pela UNESP, a utilização de tecnologias na sala de aula melhorou o rendimento dos estudantes em 32% nas disciplinas de matemática e física quando comparado somente com aulas expositivas. Para Tempesta (2013), a utilização de tecnologias em sala de aula contribui para a

1 Entrevista dada ao Portal do Professor, Jornal do Professor edição 100: Novas Tecnologias.

Disponível no link: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/noticias.html?idEdicao=112&idCategoria=8.

Acesso em 4 out. 2015.

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aprendizagem em todas as áreas do conhecimento, ou seja, “As TICs vieram para facilitar o ensino e trazer qualidade e mobilidade para os conteúdos”.

As vantagens da utilização de novas tecnologias por crianças, segundo Paula (2014), vão desde a quantidade de possibilidades que são oferecidas graças ao mundo da informação digitalizada até provocar o estudante a buscar conhecimento, investigar e pesquisar. Outro fator é a aproximação de crianças que apresentam múltiplas deficiências com a realidade dos estudantes, isso acaba promovendo a sociabilidade, o desenvolvimento cognitivo, afetivo e psicomotor.

As desvantagens, segundo Santos (2015), relacionam-se à exposição exagerada à internet, ao telefone celular, tablets e outros equipamentos, os quais podem causar transtorno de sono, hábitos sedentários e obesidade, queda do rendimento escolar, atrasos cognitivos, dificuldade de aprendizagem, impulsividade e problemas em lidar com sentimentos principalmente a raiva, fadiga ocular, entre outros problemas. Outro fator é o risco de dependência por tecnologia.

Conforme Vieira (2005) alguns estudos mostram que a utilização das NTICs, como ferramenta, tem uma enorme contribuição quando usada como prática escolar em qualquer nível de ensino. O modo dessa utilização pode ser feita de diversas maneiras e poderão ser feitas de acordo com uma determinada concepção de educação que vai além de qualquer atividade escolar.

Para Furtado (2013), com a introdução das tecnologias no ambiente doméstico, a relação das crianças e jovens com a informação, mudou drasticamente.

Esses usuários se sentem mais livres ao realizar a busca e acessar a informação.

Tendo em vista que a biblioteca escolar presta serviços informacionais e tem responsabilidade no desenvolvimento do usuário, esse local precisa adaptar seus serviços e produtos às necessidades e comportamentos informacionais das crianças e jovens. Os jovens e as crianças de hoje demonstram algumas peculiaridades que os diferenciam das outras gerações, exemplos dessas mudanças são o uso da tecnologia de informação e comunicação (TIC) em tarefas do dia a dia; estar sempre conectado com as mídias sociais; realizar leitura em monitores; utilização dos recursos tecnológicos de diversas maneiras e outros.

Sendo assim, ainda segundo as ideias de Furtado (2013), o uso das novas tecnologias nas novas gerações, trazem aspectos que devem ter sua devida atenção, não somente da família, como também nas instituições educacionais e

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principalmente na Biblioteca Escolar. Assim, esse local deve trabalhar, em todas as idades, competências para a literacia digital e informacional e principalmente o uso responsável por parte desses usuários, ou seja, estudantes.

Tendo em vista que a Biblioteca Escolar tem o papel ser o principal sistema de informação da escola, deve ter em mente a necessidade de preparo dos alunos, a respeito da literacia digital e informacional:

Pois, para além do acesso, o uso das ferramentas sociais demanda aprendizado e competência para leitura de documentos em inúmeros formatos e, especificamente, participação em tomada de decisões, expressão de ideias e produção de informação, onde a biblioteca da escola tem papel imperativo e tempestivo (FURTADO, 2013, p. 8).

Para Furtado (2013), no caso das Bibliotecas Escolares, é importante uma presença no momento em que os alunos estão no ócio, trabalhando como uma forma de lazer, como por exemplo, os alunos poderem ter a oportunidade de realizar a leitura de livros digitais infantis, assim a biblioteca deve ser a porta de entrada para a literatura existente no mundo on-line, incentivando as práticas de leitura desses usuários.

A Biblioteca Escolar deve intervir também em outro quesito, no aprendizado da organização pessoal digital, ensinar aos usuários a utilização do vocabulário adequado para classificação de objetos digitais. “Neste aspecto a biblioteca da escola deve orientar as crianças e jovens nas melhores estratégias para etiquetar, organizar e compartilhar informações relevantes, acumuladas em suas pesquisas online, visando recuperação futura.” (FURTADO, 2013, p. 11)

Para Lanzi (2012), algumas opções podem ser implantadas na Biblioteca Escolar para promover o acesso à informação em parceria com as novas tecnologias, em primeiro lugar, promover a divulgação das novas aquisições nas redes sociais da escola; realizar a divulgação de livros que são de domínio público no blog da escola; incentivar a realização de resenhas, sugestões, indicações de livros, nas redes sociais que a escola possui; em caso da ausência do professor, os alunos poderão ir para a biblioteca desenvolver algumas atividades que já foram planejadas ou somente utilizar o computador com supervisão, o aluno poderá também postar no blog da biblioteca algum conteúdo que ache interessante.

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3 METODOLOGIA

A metodologia adotada nesse trabalho é de natureza exploratória e enfoque qualitativo.

Segundo Barros (1986, p. 1), metodologia:

Consiste em estudar e avaliar os vários métodos disponíveis, identificando suas limitações ou não ao nível das implicações de suas utilizações. A Metodologia, num nível aplicado, examina e avalia as técnicas de pesquisa bem como a geração ou verificação de novos métodos que conduzem à captação e processamento de informações com vistas à resolução de problemas de investigação.

Segundo Gerhardt e Silveira (2009, p. 31) “a pesquisa qualitativa não se preocupa com representatividade numérica, mas, sim, com o aprofundamento da compreensão de um grupo social, de uma organização, etc.”.

Ainda de acordo com as autoras citadas supracitadas (p. 32):

[...] os pesquisadores que utilizam os métodos qualitativos buscam explicar o porquê das coisas, exprimindo o que convém ser feito, mas não quantificam os valores e as trocas simbólicas nem se submetem à prova de fatos, pois os dados analisados são não-métricos (suscitados e de interação) e se valem de diferentes abordagens.

A pesquisa foi realizada em quatro escolas particulares de Brasília, situadas na Asa Sul e Asa Norte (Plano Piloto). As escolas selecionadas foram: Colégio Marista de Brasília (Asa Sul), Colégio Madre Carmen Sallés (Asa Norte), Colégio Galois (Asa Sul) e o Centro Educacional Leonardo da Vinci (Asa Norte). O motivo da escolha desses colégios relaciona-se com os investimentos nas escolas privadas e o bom desempenho nos resultados do ENEM 2014.

O instrumento de coleta de dados foi a entrevista estruturada. Esta técnica é utilizada para se coletarem dados não documentados sobre determinado tema. É uma técnica de interação social, uma forma de diálogo assimétrico, em que uma das partes busca obter dados, e a outra se apresenta como fonte de informação (GERHARDT; SILVEIRA, 2009). Nesse caso foi escolhida a entrevista estruturada, que segue um roteiro previamente estabelecido, as perguntas são predeterminadas. O objetivo é obter diferentes respostas à mesma pergunta, possibilitando que sejam comparadas.

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As informações descritas a seguir foram retiradas do site institucional de cada escola:

O colégio Marista de Brasília “Maristinha”, situado na L2 sul, foi fundado em 1962 e possui 2.820 alunos. A escola possui 18.000 m² de ampla infraestrutura. O colégio atende da Educação Infantil ao Ensino Fundamental. A proposta pedagógica foi criada há quase 200 anos atrás por São Marcelino Champagnat, com a missão de educar e evangelizar as crianças e jovens. No processo educacional o ensino de valores - a presença significativa, espírito de família, amor ao trabalho, justiça, simplicidade e espiritualidade é parte crucial da aprendizagem.

É desenvolvido um processo pedagógico-pastoral que visa à educação integral e articula fé, cultura e vida. Para os Colégios do Grupo Marista, para a aprendizagem ser dinâmica e significativa, é preciso levar em conta o processo de ensino, aprendizagem e avalição (COLÉGIOS MARISTAS, 2015).

O colégio Galois foi fundado em 1996. A princípio, ministrava aulas de matemática para os vestibulandos que queriam ingressar na UnB. O nome original é Instituto Evariste Galois, mas é conhecido como Galois somente. A prática pedagógica é construída em pressupostos éticos, políticos e pedagógicos na compreensão do significado das ciências, letras e artes. Os pilares da instituição são os cognitivos, formativos e espirituais. O pilar cognitivo preza pela seriedade, prudência e responsabilidade ao trabalhar os conhecimentos inerentes a cada série e baseado nos Parâmetros Curriculares Nacionais, procura desenvolver o gosto pelos estudos, bem como o hábito de leitura. O pilar formativo pretende formar cidadãos que sabem da importância para a transformação do mundo. Os hábitos de estudo, compromissos com as normas, respeito à família e ao próximo constroem nos estudantes a consciência de valores essenciais à cidadania. O pilar espiritual do colégio, apesar de ser uma escola laica, é declaradamente Católica Apostólica Romana. Respeita todos os credos, mas possui celebrações exclusivamente Católicas nas dependências. O colégio possui o Ensino Fundamental I - Le Petit, Ensino Fundamental II, Ensino médio, cursos e pré- vestibular. (GALOIS, 2015)

O Colégio Madre Carmen Sallés foi fundado em 1962 e oferece educação integral e integrada em uma pedagogia personalizada, que respeita as diferenças de cada indivíduo. O processo de ensino-aprendizagem é fundamentado nas

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teorias de construção do conhecimento, por meio das relações mediadoras de aprendizagem o estudante tem a oportunidade de realizar atividades cognitivas, físicas, afetivas e espirituais que possibilitam o desenvolvimento de novas habilidades e competências através do saber, fazer e ser (MADRE CARMEM SALLÉS, 2015).

O Centro Educacional Leonardo da Vinci foi criado em 1969 e ofertava cursos preparatórios para exames supletivos e pré-vestibulares. A Unidade Norte do colégio foi criada e 1995 e vai do Ensino Fundamental I até o Ensino Médio. Os pilares de sua educação são ética, inovação e responsabilidade social e ambiental.

A escola oferece projeto pedagógico diferenciado, que permite a formação de cidadãos éticos, competentes, íntegros, solidários, criativos, empreendedores e preparados para enfrentar e vencer desafios (LEONARDO DA VINCI, 2015).

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3.1. PRÉ-TESTE

O pré-teste foi realizado com a coleta de dados com três Bibliotecários da Câmara dos Deputados nos dias 19 e 20 de outubro de 2015.

O primeiro bibliotecário testado do pré-teste, sentiu dificuldade na questão 8.

A dúvida foi se as possíveis barreiras são por parte dos estudantes ou por parte do bibliotecário escolar.

O segundo bibliotecário sugeriu alteração em quase todas as questões para ficarem mais claras para o entendimento, as modificações realizadas foram na escrita das questões.

O terceiro bibliotecário sugeriu a adição das palavras estudantes nas questões 4 e 6, a questão 4 quando adicionada a palavra estudante passou a ser escrita como: Quais recursos tecnológicos, como microcomputadores, tablets e leitores eletrônicos, a Biblioteca utiliza para a aprendizagem dos estudantes? e a questão 6, após a adição da palavra estudantes passou a ser escrita como: Na sua opinião, os novos recursos tecnológicos ajudam na aprendizagem dos estudantes?

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4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

Esse capítulo aborda os resultados e análise dos dados referentes a pesquisa.

A coleta dos dados foi realizada por meio de entrevistas presenciais nas quatro escolas selecionadas, entre os dias 26 e 29 de outubro de 2015. A priori, as entrevistas seriam realizadas nas escolas: Colégio Marista de Brasília (Maristinha), Centro Educacional Leonardo da Vinci, Colégio Galois e Centro Educacional Sigma por serem escolas que foram bem classificadas no ENEM 2014, mas no processo de coleta de dados, o Centro Educacional Sigma não aceitou a realização da entrevista, por isso ficou decidido que a outra escola que seria avaliada seria o Colégio Madre Carmem Sallés.

As entrevistas foram feitas por meio da gravação do áudio e depois transcritas e podem ser consultadas nos Apêndices B, C, D e E que estão disponíveis ao final do trabalho. As questões foram divididas em quatro categorias, essas categorias foram realizadas de acordo com os objetivos do trabalho (itens 1.2.1 e 1.2.2) e da revisão de literatura (item 2), sendo assim, as categorias ficaram assim divididas:

 Perfil do bibliotecário;

 Uso das novas tecnologias na biblioteca;

 Obstáculos para o uso dessas novas tecnologias;

 Possibilidades de uso dessas novas tecnologias para o futuro.

Em cada uma das categorias estão apresentados os resumos das informações coletadas com as entrevistas.

4.1 Perfil do Bibliotecário

A primeira categoria é sobre o perfil dos entrevistados e abrangem as perguntas 1 a 3. Os quatro entrevistados foram bibliotecários de quatro escolas particulares do Plano Piloto de Brasília.

Curso de formação

Curso de formação dos entrevistados.

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Gráfico 1 - Curso de formação

Fonte: autoria própria

Todos os entrevistados possuem graduação em Biblioteconomia.

Cursos realizados após a graduação

De todos os entrevistados, três possuem cursos realizados após a graduação, um deles possui Pós-graduação em gerenciamento de projetos e Mestrado, o outro realiza uma Pós-graduação em gestão de pessoas, o outro possui Pós-graduação em gerenciamento de projetos. O outro bibliotecário entrevistado não possui nenhum tipo de curso além da graduação.

Gráfico 2 - Cursos realizados após a graduação

Fonte: autoria própria

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De acordo com os dados obtidos, 75% dos entrevistados possuem algum tipo de Pós-graduação. Os dados mostram a importância da educação continuada.

Segundo Moreno et al (2007, p. 46) “não se limita aos conhecimentos obtidos na graduação, pois a formação profissional somente deverá se concretizar por meio da educação continuada”. Sendo assim a educação continuada é de grande importância na vida do profissional bibliotecário principalmente o bibliotecário escolar que lida com um público alvo em constante atualização.

Tempo de formação

De todos os entrevistados, dois são formados há 3 anos e os outros dois tem mais de 10 anos de formação.

Gráfico 3 - Tempo de formação

Fonte: autoria própria

Tempo de atuação na biblioteca

Dos quatro entrevistados, dois estão a menos de 3 anos na determinada biblioteca e os outros dois estão no período de 4 a 7 anos.

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Gráfico 4 - Tempo de atuação na biblioteca

Fonte: autoria própria

4.2 Uso das novas tecnologias na biblioteca

A segunda categoria abrange o uso das novas tecnologias nas escolas das quais cada um trabalha as perguntas 4 a 7 são a respeito dessa categoria. Nessa categoria abrangem quatro tópicos, que são: recursos tecnológicos; uso dos recursos tecnológicos; recursos tecnológicos auxiliam na aprendizagem e política de incentivo.

Recursos tecnológicos utilizados pela biblioteca

Esse tópico abrange os novos recursos utilizados na biblioteca.

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Gráfico 5 - Recursos tecnológicos utilizados na biblioteca

Fonte: autoria própria

Nas quatro instituições, o único recurso tecnológico utilizado é o microcomputador. Em uma das instituições, os tablets são utilizados esporadicamente e por isso não foram considerados. Com esses dados, vê-se que ainda é muito incipiente o uso das novas tecnologias nas bibliotecas escolares avaliadas, nas quatro bibliotecas entrevistadas ficou claro que os recursos utilizados são recursos convencionais e que já são utilizados a bastante tempo.

Uso dos recursos tecnológicos

Esse tópico abrange as novas tecnologias utilizadas pela biblioteca.

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Quadro 1 - Uso das novas tecnologias na biblioteca

Uso das novas tecnologias na biblioteca

Entrevista I Entrevista II

Entrevista III Entrevista IV Categorias/ Frequência

Pesquisa

Contação de história

Pesquisa Pesquisa

Professores para atualizar o diário eletrônico

Pesquisa

Catalogação e empréstimo de livros

Pesquisa – 100%

Contação de histórias – 25%

Professores atualizam o diário eletrônico – 25%

Catalogação e empréstimo de livros – 25%

Fonte: autoria própria

As novas tecnologias, em todas as escolas entrevistadas, são utilizadas basicamente para pesquisa. Em uma instituição são usadas em casos de contação de histórias. No outro caso, são utilizadas pelos professores para a atualização do diário eletrônico e na quarta instituição, os novos recursos são utilizados para catalogação e empréstimo de livros.

Novas tecnologias e aprendizagem

Para os quatro bibliotecários entrevistados, as novas tecnologias auxiliam na aprendizagem.

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Gráfico 6 - As novas tecnologias auxiliam na aprendizagem?

Fonte: autoria própria

Apesar das bibliotecas não possuírem recursos tecnológicos fora do padrão, todos os bibliotecários tem a consciência de que as novas tecnologias auxiliam na aprendizagem. Segundo Mamede-Neves e Duarte (2008, p. 771):

É recorrente a visão de que as novas tecnologias da informação e da comunicação (TIC) são capazes, por elas mesmas, de promover informação, comunicação, interação, colaboração e, em conseqüência disso, de construir novos conhecimentos.

Política de incentivo

Das quatro instituições entrevistadas, apenas uma relatou a existência de política de incentivo por parte da escola para a aquisição de novas tecnologias.

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Gráfico 7 - política de incentivo para aquisição de novos recursos

Fonte: autoria própria

Mesmo existindo a consciência por parte dos bibliotecários da importância das novas tecnologias para a aprendizagem, a maioria das instituições não possui nenhum tipo de incentivo para a aquisição desses recursos.

4.3 Obstáculos para o uso dessas novas tecnologias

A terceira categoria trata sobre os possíveis obstáculos para o uso das novas tecnologias e foram dados descritos pela resposta à pergunta 8.

Possíveis obstáculos para inserção das novas tecnologias

Nesse tópico, os bibliotecários citaram alguns possíveis obstáculos para a inserção das novas tecnologias na biblioteca escolar.

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