• Nenhum resultado encontrado

Wyrau’haw: a Festa da Menina-Moça do povo indígena Tenetehara/Guajajara

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2023

Share "Wyrau’haw: a Festa da Menina-Moça do povo indígena Tenetehara/Guajajara"

Copied!
10
0
0

Texto

(1)

submissão: 21/01/2019 | aprovação: 04/12/2019

MENINA-MOÇA DO POVO INDÍGENA TENETEHARA/GUAJAJARA

Ana Caroline Amorim Oliveira

Universidade Federal do Maranhão. Programa de Pós-Graduação em

Cultura e Sociedade | São Luís – MA – Brasil

(2)

volume 11 (2)

|

873 - 882

|

2019

Este ensaio fotográfico ilustra

a

Wyrau’haw, conhecida como Festa da Menina-Moça ou Festa do Moqueado (Figuras 1 a 8). Trata-se de um ritual do povo Tenetehara/

Guajajara, de língua Tupi, localizados na pré-Amazônia maranhense. Esta festa marca a passagem da mulher Tenetehara/Guajajara da infância para a vida adulta. Ela é composta por três momentos: Mandiocaba, ou Festa da Mandiocaba, Caçada e Festa do Moqueado (Gomes 2018). O presente ensaio refere- se à última etapa desta festa, a Festa do Moqueado, que ocorreu em setembro de 2016, na aldeia Lagoa Quieta, Terra Indígena (TI) Arariboia. Os Tenetehara chamam de Wyrau’haw o momento da passagem

e de transformação de menina para a idade adulta. Em português, eles usam a palavra “festa” para se referirem a esse momento de relação entre os vivos e os encantados.

Os Tenetehara conheceram as

festas e como realizá-las com os

encantados. Esses eventos marcam a

comunicação entre o plano empírico

e o plano dos encantados. Como

afirma Renato Sztutman (1998:124),

sobre o sentido que a festa possui

entre os Waiãpi, povo Tupi da

região amazônica: “É a atividade

ritual – a festa – a instância capaz

de colocar em prática este processo

de transformação, essa incessante

necessidade de transpor o plano das

relações empíricas à comunicação

com outros planos”.

(3)

Figura 1 - Distribuição da carne de caça moqueada no jirau, para ser consumida durante a festa. Aldeia Lagoa Quieta, TI Arariboia, Maranhão. Foto: Ana Caroline Amorim Oliveira (2016).

(4)

volume 11 (2)

|

873 - 882

|

2019

(5)

Figura 3 - Tocaia onde ficam recolhidas as meninas-moças para a festa. Apenas as mulheres podem entrar na tocaia.

Aldeia Lagoa Quieta, TI Arariboia, Maranhão. Foto: Ana Caroline Amorim Oliveira (2016).

(6)

volume 11 (2)

|

873 - 882

|

2019

Figura 4 - Menina-moça sendo pintada de jenipapo pela mãe na tocaia. Aldeia Lagoa Quieta, TI Arariboia, Maranhão. Foto: Ana Caroline Amorim Oliveira (2016).

(7)

Figura 5 - Meninas-moças sendo observadas e ensinadas pelas mulheres mais velhas da comunidade sobre como preparar

(8)

volume 11 (2)

|

873 - 882

|

2019

(9)

Figura 7 - Meninas-moças enfeitadas para presenciarem a saída antes do amanhecer, na tocaia, onde ocorre a última cantoria da festa. Aldeia Lagoa Quieta, TI Arariboia, Maranhão. Foto: Ana Caroline Amorim Oliveira (2016).

(10)

volume 11 (2)

|

873 - 882

|

2019

Figura 8 - Encerramento da festa, com distribuição dos bolinhos de carne de caça moqueada pelas meninas-moças, agora mulheres Tenetehara. Aldeia Lagoa Quieta, TI Arariboia, Maranhão.

Foto: Ana Caroline Amorim Oliveira (2016).

Referências

Documentos relacionados

Para identificar as bases materiais e de gestão, analisei documentos de orientação e mandados de recomendação da Funci para os agentes; verifiquei os convênios

Além de todo o aspecto mais claramente simbólico da Festa do Círio de Nazaré como a relação entre a festa e o mito, a profunda devoção popular e a organização destes

Assim, esta pesquisa tem como objetivo verificar se os alimentos comercializados na Festa do Bode Rei, que é o principal evento turístico de Cabaceiras (município no semiárido

Figura 19: Representação esquemática do aparelho genital feminino; representação esquemática da histologia do tecido epitelial pavimentoso estratificado não queratinizado

Mateus do jovem rico (Mt 10,17-23) . Qual a mensagem que posso tirar para a minha vida? 2. Palavras do Papa a) O texto do papa fala da necessidade de darmos testemunho de

Então, quando os praticantes se encontram para fazer o cortejo nos dias da festa eles se colocam: primeiro os Marujos ou Marinheiros; depois Congos, que são os guardiões, os

Na década de 60, talvez pela primeira vez, uma mulher de fora da comunidade foi especialmente convidada para desfilar como passista de destaque numa escola de samba.. E, a partir

Uma reflexão acerca da manutenção da identidade desta etnia indígena proporcionada através da descrição da festa Aruanã se justificou, pois a identidade coletiva de um grupo é um