• Nenhum resultado encontrado

PARASITISMO NATURAL DE Perigonia lusca (FABR.) (LEPIDOPTERA: SPHINGIDAE) EM CULTIVO DE CAFÉ CONILON Vera Lúcia Rodrigues Machado Benassi- Pesquisadora, INCAPER/CRDR Linhares, ES, vbenassi@incaper.es.gov.br;

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2022

Share "PARASITISMO NATURAL DE Perigonia lusca (FABR.) (LEPIDOPTERA: SPHINGIDAE) EM CULTIVO DE CAFÉ CONILON Vera Lúcia Rodrigues Machado Benassi- Pesquisadora, INCAPER/CRDR Linhares, ES, vbenassi@incaper.es.gov.br;"

Copied!
1
0
0

Texto

(1)

PARASITISMO NATURAL DE Perigonia lusca (FABR.) (LEPIDOPTERA: SPHINGIDAE) EM CULTIVO DE CAFÉ CONILON

Vera Lúcia Rodrigues Machado Benassi- Pesquisadora, INCAPER/CRDR Linhares, ES, vbenassi@incaper.es.gov.br;

;

Alex Fabian Rabelo Teixeira- Pesquisador, INCAPER/CRDR Linhares, ES, afabian@incaper.es.gov.br; Juliana Simoura; Fabrício Iglesias Valente; Emerson Fraga Comério; Simão Carvalho - bolsistas de Iniciação Científica CNPq/ INCT Hympar Sudeste Brasileira

A mariposa P. lusca foi constatada pela primeira vez em algumas lavouras de café conilon no estado do Espírito Santo, no município de Linhares, ocorrendo no período de maio a junho/88. Em algumas propriedades não houve a necessidade de fazer o seu controle, entretanto, em uma delas o ataque foi severo, atingindo aproximadamente 100.000 covas (MARTINS & BRAGANÇA, 1989).

Na cultura de erva-mate, no Paraná, ocorreram surtos populacionais no ano de 2000, provocando desfolhas que atingiram quase a totalidade dos ponteiros, principalmente na primavera e no verão (ALVES et al., 2001). Já, na Argentina, segundo Trujillo (1995), a espécie é considerada praga dessa cultura, para a qual são recomendadas medidas de controle.

A lagarta também foi relatada em plantas da família Rubiaceae (Guettarda macrosperma e Calycophyllum candidissimum) na Costa Rica e na Venezuela (CHACÍN & CLAVIJO, 1995).

Os ovos são colocados na região abaxial das folhas e as lagartas apresentam coloração verde-amarelada, fatores que, na maioria das vezes, dificultam a sua visualização nas plantas, o que leva à constatação tardia da praga. Na fase mais avançada do desenvolvimento, é possível detectar a sua presença através da observação das fezes sobre as folhas ou no solo.

Devido à importância de informações sobre as espécies de inimigos naturais de P. lusca realizou-se um levantamento em uma cultura de Coffea canephora cv. conilon, localizada no município de Sooretama, Espírito Santo, nas proximidades de uma Reserva Florestal. As coletas de folhas que continham os ovos e larvas do inseto foram feitas manualmente, durante o período de 15/05/09 a 18/05/2010, a cada quinze dias. Em seguida, as amostras foram enviadas ao Laboratório de Controle Biológico do Incaper, em Linhares para obtenção dos parasitóides.

Resultados e conclusões

Durante o período em que foram realizadas as amostragens, que incluíram vinte e sete coletas, constatou-se a presença de P. lusca (ovos e larvas) em treze delas. A primeira observação foi feita na data de 16/06/09 e durante todos os meses desse mesmo ano e do ano seguinte, embora não tenham ocorrido desfolhas severas.

Este fato provavelmente se deva à ocorrência de inimigos naturais que proporcionaram o equilíbrio do inseto. Além disso, durante o período não ocorreram fatores climáticos atípicos na região ou mesmo aplicação excessiva de produtos químicos na cultura, fatores que podem proporcionar o aparecimento de surtos de pragas.

Obtiveram-se como inimigos naturais de P. lusca, duas espécies da Ordem Diptera, Família Tachinidae, parasitando as lagartas. Da Ordem Hymenoptera, ocorreram três espécies pertencentes às Famílias Scelionidae, Eulophidae e Platygasteridae, atacando os ovos e uma de Braconidae parasitando lagartas. Os exemplares serão enviados à especialistas para a identificação das espécies

Este é o primeiro registro de parasitóides de P. lusca na cultura de café no Espírito Santo e no Brasil. O estudo

permitiu concluir que, embora a lagarta estivesse presente durante todo o ano, foi controlada naturalmente, sem a

necessidade da aplicação de produtos químicos.

Referências

Documentos relacionados

O objetivo do presente trabalho foi o de avaliar em Cafelândia, SP a produtividade média e o comportamento agronômico de 19 clones de café Conilon do INCAPER

Este trabalho objetivou avaliar o comportamento de oito materiais genéticos superiores de café conilon, em ambientes representativos da espécie no estado do Espírito Santo..

O  objetivo  deste  trabalho  é  apresentar  as  principais  características  da  mais  nova  variedade  melhorada  de  café  conilon  desenvolvida  pelo 

O objetivo desse trabalho é apresentar as características das três última cultivares clonais de café conilon desenvolvidas e lançadas pelo Incaper para o Espírito Santo, Brasil,

Planococcus citri é praga presente e constante nas lavouras de café conilon no Estado do Espírito Santo. Está distribuída em todos os municípios produtores desse café, com

canephora (Conilon), distintos de acordo com seus ciclos de maturação, oriundos do banco de germoplasma de café Conilon do norte do Estado do Espírito Santo, para a

Este trabalho objetiva informar a respeito da metodologia utilizada no Estado do Espírito Santo para viabilizar o acesso dos  cafeicultores  às  novas 

C.A. Apostólico –Engº Agrº CCA-UFES, Alegre/ES marcioapostolico84@yahoo.com.br, W. Rocha – Bolsista do Consórcio Pesquisa Café- INCAPER CRDR/CS – Domingos