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TV Digital I: Estudo de Implantação em Emissora Local no Brasil

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TV Digital I: Estudo de Implantação em Emissora Local no Brasil

O Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre (SBTVD-TB) encontra-se em fase de implantação e as operações de transmissão e recepção do sinal de televisão foram iniciadas em dezembro de 2007.

Aspectos importantes como a codificação do sinal fonte para transmissão, a modulação e difusão desse sinal e a sua recepção em formato digital estão sendo dominados, gradativamente, pelos diversos segmentos envolvidos no sistema.

Esta série de tutoriais tem como objetivo coletar e organizar informações técnicas de referência sobre o SBTVD-TB, em todas as suas camadas, e realizar um estudo de caso para implantação do sistema em uma emissora local de televisão.

Os tutoriais foram preparados a partir do trabalho de conclusão de curso “Televisão Digital no Brasil:

Estudo de Implantação em uma Emissora Local”, elaborado pelo autor, apresentado à disciplina Projeto de Final de Curso, do curso de Graduação em Engenharia Elétrica – Automação e Telecomunicações da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, campus de Poços de Caldas. Foi orientador do trabalho o Prof. Dr. João Benedito dos Santos Júnior.

Este tutorial parte I mostra inicialmente a importância de se realizar pesquisas envolvendo o tema de Televisão Digital Terrestre Brasileira objetivando um modelo de implantação desta infra-estrutura em emissoras de TV que estão em operação no país, e a seguir aponta os modelos internacionais existentes de televisão digital e como eles estão distribuídos no mundo, além de apresentar um panorama de como cada um destes padrões codifica, formata, modula e transmite as informações audiovisuais e de interatividade.

Fernando Érrico Pereira

Engenheiro Eletricista – Ênfase Automação e Telecomunicações pela PUC – Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (Poços de Caldas, 2010).

Atuou como Estagiário no Departamento Municipal de Eletricidade de Poços de Caldas (DME – PC) e na TV Poços – Fundação de Televisão Educativa de Poços de Caldas (MG). Atuou também como Diretor de Projetos na PEET – Projetos em Engenharia Elétrica e Telecomunicações – EMPRESA JÚNIOR da PUC Minas, Campus Poços de Caldas.

Atualmente trabalha como Engenheiro na TV Poços – Fundação de Televisão Educativa de Poços de Caldas (MG).

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Email: eng.errico@gmail.com

Categoria: TV e Rádio

Nível: Introdutório Enfoque: Técnico

Duração: 15 minutos Publicado em: 25/04/2011

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TV Digital I: Introdução

Ultimamente tem se tornado comum ouvir a respeito de Televisão Digital (TVD), principalmente durante o momento da compra de um novo aparelho televisor, onde os vendedores das lojas de produtos eletrônicos normalmente oferecem um modelo já compatível com a tecnologia digital. Algumas características pertencentes à TVD são a alta-definição, proporcionando à imagem transmitida uma excelente qualidade além de eliminação de distorções nas mesmas; a qualidade superior do som possibilitando o uso de tecnologias surround 5.1 - com seis caixas acústicas e realce de graves; formato wide-screen o qual possibilita uma visão ampla das imagens; a mobilidade e portabilidade, permitindo o acesso à programação por equipamentos eletrônicos portáteis como aparelhos celulares, laptops, ou até receptores de bolso; a multiprogramação permitindo ao telespectador assistir qualquer programa pertencente a um canal a qualquer momento, além de permitir o acesso ao mesmo programa por outras câmeras disponíveis; e por fim a interatividade, que fornece um “canal de retorno” do usuário com o canal transmissor, possibilitando a realização de compras, votação em pesquisas, participação em jogos, acesso a Internet, entre inúmeras possibilidades provenientes da interatividade entre o telespectador e as redes de televisão.

A transição de um modelo analógico de transmissão terrestre de televisão para a era digital demanda vários estágios. O primeiro deles é a definição se o país irá se basear em algum padrão de Televisão Digital já existente ou irá desenvolver um padrão próprio.

No Brasil, esta escolha foi baseada entre três padrões existentes no mundo em funcionamento, como o ATSC (Advanced Television System Committee) - criado nos Estados Unidos, o DVB (Digital Video Broadcastimg) - europeu, ISDB (Integrated System Digital Broadcasting)- japonês, e ainda existia a dúvida se seria mais interessante a criação de um próprio padrão como já ocorrido no sistema de cores PAL-M (Phase Alternated Lines - Manufacturer). Como a criação de um novo padrão, apesar de ser conveniente, demandaria muito tempo para realizar pesquisas, testes e padronizações, então o governo brasileiro por fim adotou o modelo japonês (ISDB-Terrestrial).

Existem ainda grandes impactos a ser enfrentados, como a substituição de equipamentos analógicos por digitais nas redes de TV brasileiras a fim de empregar o modelo escolhido. Além disso, o principal agravante seria a substituição ou adaptação dos aparelhos receptores em todas as residências que queiram receber o sinal digital, onde quase a totalidade dos brasileiros tem acesso à TV analógica atualmente.

Mesmo com todas estas subversões, a convergência para a era digital ainda se torna interessante, pois esta nova maneira de comunicação em massa irá proporcionar uma integração maior entre os telespectadores e as redes de TV, além de possibilitar o acesso de qualquer informação a qualquer momento.

Justificativa

Com a implantação da Televisão Digital no Brasil, novas possibilidades no mercado de trabalho surgirão no setor de telecomunicações. Tendo em vista a alta demanda de profissionais nesta área durante a digitalização do sistema brasileiro de televisão, um estudo de implantação desse sistema apresenta grande importância para se ter uma visão do que será necessário para executar um projeto de digitalização de uma estação transmissora de TV. Outro aspecto importante em relação à TVD no Brasil, é que este é um assunto relativamente novo, então são poucos profissionais que apresentam conhecimento das normas já vigentes no país, tornando então interessante a abordagem dos conceitos envolvidos nestas normas.

Objetivos

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O objetivo geral deste trabalho foi realizar um estudo sobre os diversos aspectos do padrão de Televisão Digital ISDB-T.

Foram ainda considerados os seguintes objetivos específicos:

Realizar um estudo aprofundado do padrão de Televisão Digital adotado no Brasil (ISDB-T), contemplando sua arquitetura e especificações técnicas;

Realizar um estudo de caso para a implantação do SBTVD-T em uma emissora local;

Abordar o canal de retorno entre telespectador e estação transmissora de TV a fim de promover a interatividade plena e sugerir novos modelos de negócio para uma empresa que atue no sistema brasileiro de televisão.

Tutoriais

Este tutorial parte I mostra inicialmente a importância de se realizar pesquisas envolvendo o tema de Televisão Digital Terrestre Brasileira objetivando um modelo de implantação desta infra-estrutura em emissoras de TV que estão em operação no país, e a seguir aponta os modelos internacionais de televisão digital existentes e como eles estão distribuídos no mundo, além de apresentar um panorama de como cada um destes padrões codifica, formata, modula e transmite as informações audiovisuais e de interatividade.

O tutorial parte II irá mostrar inicialmente um estudo de caso de como o sistema brasileiro de televisão terrestre poderá ser implantado em uma emissora local. Aspectos como quais equipamentos serão necessários e quais testes deverão ser realizados permitirão efetuar a análise de viabilidade de implantação desta infra-estrutura. Finalmente irá apresentar a conclusão deste trabalho, além de oferecer contribuições para o desenvolvimento de novos trabalhos envolvendo o universo da TVD.

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TV Digital I: Padrões e Histórico

Atualmente é possível observar o quanto a televisão digital tem se espalhado ao redor do mundo, e por trás de um sistema de difusão digital de áudio e vídeo existe um modelo bem definido envolvendo desde a geração de uma imagem de qualidade digital até a recepção da mesma em um aparelho de televisão, além de propor novos modelos de negócios até então inexplorados pelo mercado televisivo.

Os primeiros passos em busca da TVD, segundo Fernandes (2004), foram dados na década de 80 no Japão, onde foram realizados estudos para se desenvolver um modelo de imagem com qualidade superior à analógica, estas pesquisas resultaram no primeiro padrão comercial de televisão de alta definição, o MUSE (Multiple Sub-Nyquist Sampling Encoding). Assim como os japoneses, os europeus e os norte- americanos também iniciaram suas pesquisas para o desenvolvimento de seus próprios modelos de produção e transmissão audiovisual de alta qualidade.

Fernandes ainda afirma que:

Um sistema de televisão digital interativa deve adotar e integrar um conjunto de diferentes tecnologias de hardware e software para implementar suas funcionalidades. Conjuntamente, estas tecnologias permitem que um sinal eletromagnético, que transporta fluxos elementares de áudio, vídeo, dados e aplicações, possa ser transmitido para o STB (Set-top Box ou URD - Unidade de Recepção e Decodificação) e, então, que estes fluxos sejam recebidos, processados e apresentados aos usuários.

(FERNANDES, 2004, p. 22).

Padrões Internacionais de Televisão Digital

Atualmente existem três modelos de TVD que mais se destacam, são eles: o ATSC, desenvolvido nos Estados Unidos, o DVB criado na Europa e o padrão japonês ISDB. As principais características que devem ser abordadas em um padrão de TVD são:

Imagens em alta definição (Padrão Standart ou Widescreen com alta definição);

Som com qualidade digital;

Interatividade (Permite o usuário final interagir com a estação transmissora de TV);

Portabilidade (Possibilita a recepção do sinal de TVD em quaisquer aparelhos eletrônicos portáteis);

Modulação digital (Envolve diretamente a qualidade do som e imagem e indiretamente a imunidade a ruídos).

Estas características devem ser ponderadas com cuidado durante a adoção de um sistema de TVD, pois os impactos gerados pela transição de um modelo analógico para a digital afeta não só as estações transmissoras, mas também todos os usuários finais que também terão de se adaptar a nova tecnologia. A figura 1 abaixo ilustra o panorama atual da TVD no mundo, incluindo além dos padrões já citados, o SBTVD e o DMB que representa o padrão Brasileiro e Chinês, respectivamente. O padrão brasileiro será melhor detalhado posteriormente e o padrão Chinês não foi abordado neste trabalho, pois este é um sistema incipiente no qual ainda se encontra em fases de testes.

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Figura 1: Panorama mundial da TVD Fonte: DTV STATUS

Padrão ATSC-T

Este padrão atualmente é utilizado nos Estados Unidos, Canadá, Taiwan, Coréia do Sul e Argentina, sua denominação é proveniente de uma organização de padronização americana, também com o nome ATSC, responsável por regulamentar todas as características deste modelo de TVD. O ATSC-T emprega a modulação 8-VSB (Vestigial Side Band), que de maneira simplificada, é a evolução das modulações utilizadas nos sistemas analógicos, porém este esquema de modulação apresenta dificuldades na recepção em antenas internas tornando inviável a utilização do serviço de portabilidade.

Uma característica interessante neste padrão é a possibilidade de transmissão audiovisual em qualidade HDTV (High Definition television), mas devido ao alto custo dos aparelhos receptores que ofereçam esta tecnologia, poucos usuários têm acesso às imagens em alta definição. Outra característica deste padrão é a possibilidade de operar com largura de banda de 6MHZ.

Padrão DVB-T

Este padrão é o mais difundido pelo mundo, sendo utilizado em diversos países da Europa, Oceania, Ásia, África e alguns países da América do Sul. “O projeto é um consórcio iniciado em setembro de 1993 e composto por mais de 300 membros, incluindo fabricantes de equipamentos, operadoras de redes, desenvolvedores de software e órgãos de regulamentação de 35 países” (FERNANDES, 2004, p. 23).

De acordo com Bolaño (2004) o DVB-T foi desenvolvido após a criação do padrão ATSC, desta forma alguns erros presentes no padrão americano foram evitados, tais como maior imunidade a ruídos através de um novo esquema de modulação, o COFDM (Coded Orthogonal Frequency Division Multiplexing), possibilitando também a recepção móvel do sinal de TVD, além de operar com canais de 6, 7 ou 8 MHZ.

No entanto, o padrão DVB apresenta um bloqueio à introdução de HDTV em aparelhos receptores, mesmo este apresentando condições favoráveis ao uso desta tecnologia.

Padrão ISDB-T

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Conforme descrito por Fernandes (2004), o padrão ISDB-T foi promovido através de um grupo denominado DiBEG (Japanese Digital Broadcasting Experts Group), formado por várias empresas e operadoras de televisão. Segundo Zuffo (2003), este modelo apresenta características semelhantes ao padrão Europeu, além de proporcionar um diferencial em relação ao sistema de segmentação no espectro do canal transmitido, viabilizando a alocação flexível de serviços de rádio, SDTV, HDTV e TV móvel.

Diferente do padrão DVB-T, o ISDB-T emprega fortemente a tecnologia HDTV além de oferecer melhor imunidade a ruídos, além de oferecer o serviço de portabilidade, ou seja, será possível obter a recepção de conteúdo de alta qualidade tanto de imagem como de áudio através de equipamentos portáteis.

Breve Histórico da TV No Brasil

De acordo com Trindade (2004), a televisão tem sido um dos mais importantes meios de difusão de informações desde suas primeiras transmissões regulares ocorridas em 1941, nos Estados Unidos. Valim (1998) menciona que a primeira transmissão de televisão no Brasil ocorreu em 1939, na Feira Internacional de Amostras na cidade do Rio de Janeiro, utilizando equipamentos de origem alemã, mas a popularização da TV se deu a partir de 1950 quando Assis Chateaubriand distribuiu os primeiros aparelhos de televisão em diversas localidades na cidade do Rio de Janeiro. Desde então a televisão tem se tornado, segundo Zuffo (2003), um instrumento de integração nacional devido aos serviços de informação e entretenimento disponibilizados abertamente, onde o mesmo sinal analógico é transmitido por todo país rompendo qualquer fronteira cultural ou social.

Durante a década de 60, de acordo com Trindade (2004), o Brasil foi capaz de desenvolver seu próprio sistema de televisão a cores, o PAL-M modelado a partir do padrão europeu PAL (Phase Alternated Lines). A necessidade de criação de um próprio padrão ocorreu devido à frequência da rede elétrica brasileira ser de 60 Hz, diferente dos outros países onde a frequência é de 50Hz, característica esta, que influencia diretamente nas propriedades dos sistemas de cores como resolução e quadros por segundo.

Conforme citado por Valim (1998), em março de 1972 o governo militar homologou o sistema PAL-M, e em 19 de Fevereiro de 1979 ocorreu a primeira transmissão oficial em cores. Desde então a televisão brasileira tem evoluído de tal forma a se tornar um modelo de produção audiovisual no mundo.

Televisão Digital no Brasil

A primeira iniciativa governamental a favor da implantação da televisão digital ocorreu em 1991, através do Ministério de Estado das Comunicações da Comissão Assessora de Assuntos de Televisão (COM-TV), propondo a atribuição de Televisão de Alta Definição ao nosso sistema. Esta iniciativa alavancou os estudos de implantação da TVD no país por um grupo formado pela Sociedade de Engenharia de Televisão (SET) e Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert). Com a criação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e consequentemente extinção da COM-TV, iniciou-se o processo de seleção do sistema de TVD Brasileiro através de uma publicação para expedição de autorização de testes com os padrões mundiais já existentes, com o intuito de determinar qual sistema seria mais adequado ao nosso. Em janeiro de 1999, a Anatel contratou a Fundação do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento (CPqD) para assessorar tecnicamente as pesquisas realizadas com os padrões de TVD, e então tomou conhecimento das empresas credenciadas a participar dos experimentos e suas respectivas parcerias. A partir deste momento, o CPqD assumiu a responsabilidade de validar os materiais e métodos empregados nos testes realizados pelas entidades responsáveis pelo embasamento teórico e prático dos sistemas de TVD. À medida que os resultados foram divulgados, o órgão CPqD emitia relatórios validando os avanços e restrições encontrados no decorrer dos testes realizados pelas entidades civis. Um importante

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passo em busca do padrão que melhor se adaptaria ao nosso país foi a escolha da modulação a ser empregada. Os tipos de modulação testados foram a 8-VSB utilizada no sistema ATSC (Americano) e a modulação COFDM, adotados pelo padrão europeu DVB e japonês, ISDB.

O grupo Abert/Set divulgou através da Consulta Pública (CP) nº 216 de 17 de Fevereiro de 2000 as seguintes conclusões a respeito dos tipos de modulação avaliados:

A modulação COFDM, além de tecnicamente superior é mais adequada às condições brasileiras que a modulação 8VSB, e, portanto, propomos à ANATEL que o sistema de TVD a ser selecionado para adoção no Brasil utilize a modulação COFDM. (Abert/Set, 2000).

Bolaño (2004) menciona que os argumentos que conduziram o grupo Abert/Set a chegar a tal conclusão são de que a modulação COFDM apresenta uma melhor performance em relação à imunidade a ruídos além de acarretar um custo superior às estações emissoras e consequentemente um custo inferior aos telespectadores, uma característica interessante, uma vez que os aparelhos de televisão estão presentes em mais de 90% dos domicílios brasileiros. Após escolhido a modulação que melhor se acomodaria em nosso sistema de difusão de TV, a próxima etapa seria a escolha entre os padrões DVB e ISDB. Então foram levadas em considerações as vantagens e desvantagens de cada sistema, e observou-se uma propriedade conveniente particular do sistema ISDB, que é o melhor desempenho na recepção do sinal em antenas internas, possibilitando a recepção de sinais audiovisuais em aparelhos móveis ou portáteis.

De acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (2000), outro fator importante que favoreceu a escolha do padrão ISDB foi a possibilidade de criação de uma nova canalização no território brasileiro.

Sendo assim, os novos canais disponíveis seriam utilizados para a transmissão do sinal digital, enquanto que os canais já utilizados atualmente continuariam transmitindo o sinal analógico por um determinado período de tempo, até a Anatel decretar o fim das transmissões de televisão por sinal analógico.

Bolaño (2004) ainda ressalta que uma das soluções mais atraentes para os consumidores, emissoras e fabricantes de TV, é a tecnologia HDTV, imagens em alta definição, que é um aspecto fortemente presente no sistema ISDB. No entanto, esta mesma característica desfavoreceu a escolha do DVB, pois mesmo suportando a exibição do HDTV, o mercado atual ainda não investiu em tecnologia para a produção de aparelhos que suportem esta tecnologia. A partir das conclusões obtidas através das pesquisas realizadas pelo grupo Abert/SET, a fundação CPqD reuniu todas as informações coletadas e também gerou relatórios para a Anatel e os publicou, como o Relatório Integrador dos Aspectos Técnicos e Mercadológicos da Televisão Digital, que simbolizou um marco de tudo o que foi feito e tudo que poderá ser feito para que ocorra uma transição de transmissão analógica para digital de maneira harmônica visando o mínimo impacto possível na sociedade, além de possibilitar:

A contribuição para a superação do problema da exclusão social na sociedade da informação; a contribuição para elevação do nível cultural e educacional da sociedade; a contribuição para a melhoria do nível de emprego no país; os benefícios para o telespectador; a contribuição para uma mais rápida transição para um ambiente totalmente digital; a abertura para novas aplicações no futuro. (CPqD, 2001, p. 138).

Conforme Tavares (2005), após a transição de governo no Brasil em 2002, novas políticas foram adotadas para dar andamento na definição do melhor padrão de TVD a ser adotado, e consequentemente implantar tal sistema em nosso país. Em 2003, foi lançado o Decreto n° 4.901 instituindo o Projeto do Sistema Brasileiro de Televisão Digital (SBTVD) que listou a criação de um Comitê de Desenvolvimento, um

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Grupo Gestor e um Comitê Consultivo para analisar as possibilidades não só no âmbito de televisão, mas também o social, cultural, econômico além de promover a inclusão digital e o fluxo de informação por todo o país. O conselho gestor denominado FUNTTEL apresentou ao Comitê de Desenvolvimento em 17 de Dezembro de 2005 um relatório contendo todo o estudo já realizado sobre o SBTVD. Sendo assim, conforme descrito em Teleco (2007), restava somente um decreto oficial para validar as definições do modelo de referência do SBTVD, o padrão de televisão digital a ser adotado no Brasil, a forma de exploração do serviço de TVD, seu período e modelo de transição do sistema analógico para o digital.

De acordo com Teleco (2007), finalmente em 29 de Julho de 2006, foi publicado o decreto nº 5.820 dispondo “a implantação do SBTVD-T, estabelecendo diretrizes para a transição do sistema de transmissão analógica para o sistema de transmissão digital do serviço de radiodifusão de sons e imagens e do serviço de retransmissão de televisão”, adotando como base o padrão ISDB-T, além de incorporar novas tecnologias aprovadas pelo Comitê de Desenvolvimento, conforme Decreto nº 5.820 (2006). Este decreto também outorga a radiodifusão de sons e imagens para a transmissão somente em tecnologia digital a partir de 1º de julho de 2013. Como este prazo é curto tendo em vista os impactos que ocorrerão tanto nas estações transmissoras como nos receptores residenciais, o Ministro de Estado das Comunicações publicou a Portaria nº 652 de 10 de Outubro de 2006 definindo o cronograma de implantação do sistema de TVD definindo etapas a serem cumpridas pelas Emissoras de TV analógica se adequar ao novo sistema de transmissão terrestre.

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TV Digital I: Codificação, Formatação e Modulação Sistemas de Codificação

Os sinais de vídeo produzidos digitalmente pelas emissoras de televisão demandariam uma alta taxa de bits para ser transmitidos caso não houvesse algum tipo de compressão, este aspecto independe do meio canalizado para esta finalidade. Desta forma é indispensável comprimir as imagens produzidas de tal maneira a adequar-se a largura de banda do espectro de televisão que é da ordem de 6MHz.

Fernandes (2004) lembra que existem inúmeros métodos de compressão de vídeo, porém atualmente observa-se uma alta demanda de sistemas que apresentam interoperabilidade, um aspecto que só é possível se o método de compressão de seus dados forem compatíveis entre si. O método de compressão adotado por todos os padrões de televisão digital existentes é o MPEG-2, que na realidade abrange uma família de padrões. Este padrão foi criado e padronizado por um grupo denominado MPEG (Moving Pictures Expert Group), que também padronizou outros métodos de compressão como o MPEG4/H264 e o WM9 (Windows Media 9).

Processos como MPEG-2 e MPEG-4 são capazes de eliminar as redundâncias contidas no sinal de vídeo reduzindo imperceptivelmente a qualidade do vídeo original, demandando uma banda demasiadamente reduzida em comparação ao sinal não comprimido.

Assim como o vídeo, o áudio também necessita de ser compactado visando a menor ocupação possível dentro do espectro de 6MHz, porém no caso de compressão do som, os padrões internacionais de televisão digital terrestre adotam sistemas diferentes entre si, que é o caso do ATSC que utiliza o método Dolby AC3 (Audio Codec – 3), o DVB emprega o MPEG-2 BC (Backward Compatible) enquanto o ISDB utiliza o MPEG-2 AAC (Advanced Audio Coding).

Codificações de Vídeo

Os padrões de codificação de vídeo da TV Digital são apresentados a seguir.

MPEG-2

Um vídeo analógico qualquer necessita de passar por vários estágios até ser compactado no padrão citado anteriormente. A figura 2 abaixo apresenta uma visão geral dos caminhos percorridos pelo vídeo, proposto pelo método MPEG-2.

Figura 2: Diagrama em blocos da codificação MPEG-2 Fonte: REVISTA MACKENZIE DE ENGENHARIA E COMPUTAÇÃO

Conforme citado por Yamada (2003), inicialmente é necessário fazer o uso da amostragem do sinal de

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entrada em frequências padronizadas pela ITU-R (International Telecommunications Union – Radiocommunication) como múltiplos de 3,375MHz. Quanto maior o formato do vídeo, maior será a frequência de amostragem necessária. Em seguida o sinal amostrado passa por um bloco de redundância temporal, responsável pelo aproveitamento das semelhanças entre os quadros consecutivos de uma imagem dinâmica. Devido ao fato de o olho humano apresentar baixa sensibilidade para frequências espaciais altas é possível aproveitar a redundância entre os pixels semelhantes em uma representação visual, ou seja, em uma imagem onde há movimentos extremamente sutis entre os pixels consecutivos o olho humano não consegue perceber estes movimentos. Estas operações são possíveis graças a uma técnica denominada DCT (Discrete Cosine Transform) que retifica as frequências imperceptíveis ao olho humano. O próximo passo para concluir a compressão MPEG-2 é utilizar-se das técnicas de VLC (Variable Lenght Code) e RLC (Run Lenght Code), que são amplamente utilizadas em softwares de compressão de arquivos. Basicamente o bloco VLC/RLC quantifica quais informações se repetem e quantas vezes, e em seguida as informações mais repetidas são atribuídas aos símbolos de menor comprimento. A aplicação das técnicas VLC/RLC gera taxas de bits variáveis, então é necessário se fazer o uso de dispositivos de armazenamento controle de fluxo de tal maneira a gerar uma taxa constante de bits na saída do compressor MPEG-2.

MPEG-4

Segundo Richardson (2003), este método de codificação explora tanto a redundância temporal como a espacial, onde no domínio temporal a alta similaridade entre os quadros de um vídeo são aproveitados, enquanto no domínio espacial as correlações entre os elementos adjacentes em uma imagem são utilizados para aprimorar a codificação.

Este padrão surgiu no intuito de aprimorar o padrão antecessor MPEG-2 tanto em eficiência como em ferramentas de manipulação de mídias digitais, desta forma é possível obter vídeos mais compactos com a mesma qualidade do padrão MPEG-2.

É bastante improvável uma aplicação qualquer suportar todas as ferramentas pertencentes ao MPEG-4 Visual, portanto foi preciso desenvolver também neste sistema perfis apropriados para diferentes aplicações. Estes perfis podem variar de maneira a suportar desde aplicações de baixa complexidade com o mínimo de requisitos possíveis até compressões de alta complexidade.

O padrão MPEG-4 Visual implementa a codificação de objetos visuais, permitindo uma codificação independente entre objetos pertencentes ao plano de fundo e objetos irregulares no primeiro plano na cena de vídeo. Esta ferramenta permite mapear os pixels de uma imagem além de indicar qual a relevância deles, tornando possível o desenvolvimento de novas aplicações que podem envolver a interatividade.

Imagens fixas também podem ser codificadas e transmitidas como se fossem um vídeo, então em busca da otimização, o padrão MPEG-4 apresenta o conceito de texturas em imagens estáveis que permite transmiti-las na mesma sequência de quadros além de aprimorar aplicações que fazem uso de animações gráficas como objetos visuais em 2D e 3D, onde a codificação de polígonos em malha é empregada, permitindo a manipulação de objetos animados durante a compressão.

Richardson (2003) ainda descreve que estas características são possíveis devido a técnicas avançadas de compressão, dentre as quais podem ser destacadas a modelagem temporal, visual e o codificador de entropia. A modelagem temporal apresenta como objetivo reduzir a redundância entre uma imagem transmitida predizendo as características da próxima imagem, subtraindo as características semelhantes entre uma imagem e outra. A modelagem visual consiste em utilizar as amostras de vídeo (pixels) em um

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codificador de entropia comprimindo as amostras redundantes. Este modelo faz uso de três componentes principais responsáveis pela transformação (separação e compactação dos dados), quantização (redução da precisão dos dados transformados) e reordenação (organização dos dados em relação a sua relevância).

E por fim o codificador de entropia converte uma série de dados que representa os elementos de uma sequência de vídeo em arquivos comprimidos de diferentes taxas de bits de tal maneira a adequá-los a aplicação.

Codificação H.264

Segundo Richardson (2003), os padrões MPEG-4 e ITU-T H.264 compartilham bastantes características, tais como a utilização de CODEC, além das técnicas de compressão semelhantes. No entanto estes padrões apresentam diferentes visões onde o MPEG-4 enfatiza mais a flexibilidade enquanto o padrão H.264 aprofunda mais na confiabilidade da compressão. Este sistema oferece uma melhor compressão comparada aos padrões anteriores, além de apresentar características integradas visando a robustez em transmissões em meio a vários canais simultâneos. O H.264 contempla apenas três perfis de aplicação, diferente do MPEG-4 que possui cerca de 20 perfis diferentes. Cada perfil atende uma aplicação específica, o Baseline ou básico, agrega aplicações de conversações visuais tais como videoconferência, o perfil Extended ou estendido, adiciona ferramentas de otimização para o fluxo de vídeo sobre redes de Internet como o streaming, e o perfil Main ou principal, faz uso de ferramentas para a utilização em transmissões audiovisuais do tipo broadcasting além de permitir o armazenamento dos dados comprimidos.

Codificações de Áudio

De maneira análoga à compressão de vídeo, o áudio também é comprimido através de padrões universais possibilitando o transporte de até seis canais de áudio de alta qualidade de maneira eficiente. O sistema mais utilizado na maioria dos padrões internacionais de TVD é o padrão MPEG e suas variações. Assim como observado no sistema de compressão de vídeo, a compressão MPEG também tira proveito da limitação da percepção humana. Neste caso é observado que o ouvido humano é capaz de identificar frequências de 16Hz a 20kHz, e que ainda ao misturar várias frequências ao mesmo tempo os tons mais graves se sobrepõe aos agudos. Depois de realizada a compressão do áudio, o ouvido humano é incapaz de observar alterações significativas entre um som antes e depois da compressão.

O Padrão norte americano adota o sistema de áudio digital Dolby – AC3, enquanto o padrão japonês emprega o código MPEG-2 AAC e o Europeu utiliza o sistema MPEG-2 – BC.

Dolby AC3

Este sistema é utilizado atualmente em discos no formato DVD (Digital Video Disc), onde é possível selecionar desde um canal mono de áudio até um sistema de som envolvente caracterizado por apresentar dois canais laterais frontais, dois canais laterais traseiros, um canal central e mais um canal de frequências mais graves. O principal algoritmo utilizado no sistema de compressão do Dolby AC3 é o perceptual coding responsável por eliminar frequências inaudíveis ao ouvido humano reduzindo as taxas úteis de bits por segundo.

MPEG-2 BC

Baseado no mesmo conceito do codificador perceptual, o padrão europeu utiliza-se de técnicas que

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aproveitam apenas as faixas de maior percepção humana. Outra característica interessante da natureza humana é que tons com frequências próximas entre si são mascarados pelo tom que apresentar maior intensidade, porém em frequências mais distantes a distinção destes tons é mais evidente, esta particularidade é denominada efeito máscara, um fenômeno não linear, porém passível de ser manipulado a favor de obter uma compressão bastante eficiente.

MPEG-2 AAC

Segundo Collins (2004), o MPEG-2 AAC é um código avançado baseado na percepção da audição humana, usado inicialmente para aplicações de rádio. O código AAC aprimora as técnicas anteriores de maneira a aumentar a eficiência da codificação. Por exemplo, um sistema AAC operando em 96kbps produz um som com as mesmas qualidades que um ISO/MPEG-1 Layer-2 operando a 192kbps, ou seja, uma redução de 2:1 na taxa de bits. O padrão AAC possui três modos de operação, o principal ou Main, LC (Low Complexity), e o SSR (Scaleable Sampling Rate). Os diferentes modos são equilibrados com relação à qualidade e complexidade do áudio em uma determinada taxa de bits. Por exemplo, em 180kbps, o perfil Main AAC apresenta maior complexidade na estrutura de codificação do que o código LC AAC na mesma taxa de bits, porém este apresenta uma qualidade de áudio superior como resultado. O MPEG-2 AAC oferece a capacidade de até 48 canais de áudio principais, 16 canais de efeito de baixa frequência, 16 canais multilíngue/sobrepostos, e 10 fluxos de dados. Por comparação o ISO/MPEG-1 Layer 1 oferece dois canais e o Layer 2 oferece 5.1 canais no máximo. O código AAC não é compatível com o Layer 1 e nem o Layer 2.

Sistemas de Formatação

São apresentados a seguir os sistema de formatação de vídeo, áudio e dados.

Formatos de Vídeo

Um sinal de vídeo pode ser representado por três grandezas distintas que compõe os quadros de imagens percebidos por nossa visão, são elas: a luminância, crominância e saturação. A luminância é responsável pela quantidade de luz que a imagem apresenta, já as outras duas grandezas representam os contrastes e complementos das diferentes cores presentes nas imagens. Estas grandezas estão relacionadas apenas fisicamente ao sinal de vídeo nas quais podem ser modeladas matematicamente, no entanto é necessário que haja uma padronização também da qualidade do vídeo. A qualidade do vídeo envolve vários parâmetros importantes, nos quais são descritos na figura 3 de modo a caracterizar o vídeo como HDTV (high definition television) e SDTV (standart definition television).

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Figura 3: Parâmetros dos Sinais SD e HD Fonte: ABNT NBR 15602-1

O formato SDTV

Este formato é também conhecido como definição padrão que pode ser comparado às imagens utilizadas em sistemas de televisão analógicos convencionais. A resolução característica deste serviço é de 4:3, este tipo de formatação limita o ângulo de visão humana impossibilitando a percepção de detalhes em dimensão. Um aspecto positivo deste tipo de serviço é sua ocupação reduzida no espectro de frequência possibilitando o uso da multiprogramação, que consiste na transmissão de mais de um programa simultaneamente no mesmo canal de televisão. Esta nova aplicação permite a emissora de TV inúmeras possibilidades como a personalização de sua programação, como por exemplo, permitir ao telespectador escolher seu programa preferido a partir do momento em que liga seu televisor, ou ainda escolher qual câmera prefere acompanhar em um mesmo programa.

O formato HDTV

Esta formatação de imagem é caracterizada por apresentar uma resolução mais larga conhecida como widescreen (tela larga) que possui 16 linhas horizontais para cada 9 linhas verticais, esta resolução (16:9) foi criada baseada na percepção do olho humano ser mais aguçada a imagens panorâmicas do que imagens em amplitude. A Transmissão de TVD no formato HDTV ocupa quase todo o espectro de frequência em um único sinal de vídeo, porém este tipo de vídeo agrega detalhes de altíssima qualidade, possibilitando ao telespectador atentar mais aos detalhes tendo uma sensação bem próxima a uma imagem real. É importante observar que o usuário só terá HDTV no caso de utilização de equipamentos compatíveis com este sistema, por exemplo, a captura de um sinal de 1080 linhas ativas em um aparelho televisor de 525 linhas acarretará como produto final uma imagem com qualidade padrão 525 linhas.

O formato LDTV

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Um novo serviço possível agregado a televisão digital é a recepção do sinal em dispositivos portáteis.

Estes equipamentos normalmente apresentam antenas receptoras internas e uma tela de exibição de em média 7”, e ainda podem operar em movimento. A partir destas características é possível observar que a recepção de um sinal de alta definição ou até mesmo o de definição padrão seria incompatível com tal aparelho, por outro lado a demanda pelo acesso de vídeos em dispositivos portáteis vem crescendo largamente nos últimos anos, partindo do princípio que este é um mercado interessante, o padrão Japonês acrescentou uma nova formatação de vídeo capaz de ser decodificada e visualizada em aparelhos portáteis mesmo que estes estejam se deslocando em altas velocidades como por exemplo dentro de um veículo. Os vídeos decodificados através do serviço LDTV (low definition television) são classificados como de baixa resolução pois as modulações empregadas apresentam baixas taxas de bits por segundo.

Estes sinais de vídeo ocupam um único segmento no espectro de 6MHz, e o serviço de transmissão destas mídias é denominado one-seg (Único segmento), no qual é agregado ao padrão ISDB. A resolução de imagens de baixa qualidade pode variar desde 160 x 120 até 352 x 288.

Formatos de Áudio

As formatações de áudio dependem de seu esquema de compressão, onde suas variações ou subconjuntos podem ser classificados como perfil ou camada. Por exemplo, um áudio comprimido no formato MPEG-1 apresenta subconjuntos de camadas ou layers, onde cada camada representa uma taxa de compressão e uma complexidade particular. Já o formato MPEG-2 ou MPEG-4 apresenta subclasses de perfis nos quais estão interligados a uma diversidade de aplicações como, por exemplo, a utilização de um padrão de áudio multicanal ou até mesmo oferecer um áudio multilíngue, onde o usuário pode escolher em qual linguagem ele prefere ouvir o áudio.

O serviço de TVD permite a escolha entre quatro esquemas de canais de áudio diferentes sendo eles o Mono (canal único de áudio), Estéreo (canal de áudio duplo separado entre canais direito e esquerdo), Joint Estéreo (áudio estéreo mixado em um único canal) e o Multicanal, que representa uma combinação de seis canais diferentes nos quais oferecem uma sensação de áudio envolvente, separados em canal esquerdo frontal, direito frontal, central, esquerdo traseiro, direito traseiro e mais um canal adicional de baixas frequências.

Formato de Dados

Assim como o áudio e vídeo, os dados enviados pela emissora de TV também deve seguir uma formatação padrão para permitir sua decodificação em Terminais de Acesso (TA). Um TA por sua vez deve apresentar um middleware, que é um componente classificado como um software capaz de acessar o fluxo de dados recebidos, processá-los e apresentá-los ao usuário de uma maneira harmônica. O middleware também é responsável pelo acesso e armazenamento dos dados em TA’s que apresentarem um disco rígido. Desta forma, este software pode também ser classificado como um sistema operacional uma vez que ele permite o acesso a memória, processamento e aplicação.

São inúmeros os padrões de aplicação suportados em sistemas de televisão digital, porém a limitação de qual aplicação pode ser apresentada é residente no middleware, ou seja, qualquer padrão de aplicação pode ser empregado desde que o middleware seja capaz de identificar e processar os dados. Segundo o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento (2006), as aplicações devem ser divididas em procedurais e declarativos, onde a primeira classificação refere-se a um conjunto de tecnologias como conjunto de classes organizadas em bibliotecas, formato de arquivo para as classes, máquina virtual e ambiente de

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desenvolvimento. Já a segunda classificação contempla a utilização de linguagens declarativas como, por exemplo, as variações da HTML (HyperText Markup Language) que permitam facilitar a utilização da própria tecnologia além de criação de conteúdos neste novo ambiente.

Os padrões suportados pelos aplicativos procedurais são o Java Virtual Machine, JavaTV, DAVIC1.41(Specification part 9), JMF1.0 e o HAVi Level 2 – (User Interface). E os padrões suportados pelos aplicativos declarativos são o XML 1.0, XHTML, CSS, DOM, e ECMAScript.

Sistemas de Modulação

A transmissão de dados através de links de antenas está sujeita a inúmeras intempéries, dentre elas a mais crítica é as atenuações devido à reflexão, refração e difração sofrida pelo sinal durante seu trajeto até atingir a antena receptora. Esta é uma característica notável em sistemas do tipo broadcasting, onde apenas uma antena irradia o sinal em potências elevadas com o intuito de entregar o sinal a inúmeras antenas receptoras de baixo desempenho e sem visada direta. Estas atenuações são claramente observadas no sistema de televisão analógico quando nota-se imagens “fantasmas” com atrasos em relação à imagem principal, este aspecto ocorre devido ao atraso do sinal fonte recebido em relação ao sinal refletido captado.

O sistema de televisão digital surgiu com o intuito de eliminar estes efeitos indesejáveis na recepção do sinal irradiado, necessitando então de métodos de modulação mais eficientes de tal maneira a otimizar a transmissão e recepção de informações. Os métodos de modulação utilizados nos padrões definidos são o 8-VSB e o COFDM.

8-VSB

O esquema de modulação 8-VSB trata-se de um aperfeiçoamento do método de modulação analógico em busca de obter maior robustez do sinal irradiado inserindo códigos de correção de erros evitando a contaminação do sinal fonte por ruídos. O padrão norte-americano ATSC adotou esta modulação em seu sistema de transmissão ocupando a mesma banda de frequência do sinal analógico de 6MHz.

O fluxo de bits em uma modulação 8-VSB passa por vários estágios até apresentar as características adequadas a ser transmitido pelo estágio de potência.

Primeiramente, o sinal necessita apresentar homogeneidade em relação aos seus níveis de potência, pois se um ruído atingir um sinal onde a maior parte da energia está concentrada em alguns pontos, a informação será perdida completamente. Desta forma o primeiro estágio do esquema 8-VSB é responsável pelo embaralhamento espectral dos dados visando à suavização do espectro. Devido ao fato de a informação estar fora de ordem, é necessário utilizar um sistema de correção de erros, neste caso o código utilizado é o Reed Solomon responsável por inserir bytes de paridade formando segmentos. O código Reed Solomon apresenta uma baixa eficiência se por acaso um ruído impulsivo afetar o sinal transmitido, então a medida tomada para evitar este tipo de ruído é a realização do embaralhamento temporal dos bits. Para conferir maior robustez ao sinal, mais um código de correção de erros é inserido, o Código Treliça, que basicamente gera 3 bits em sua saída a cada 2 bits de entrada melhorando assim a confiabilidade da informação difundida. Após estas etapas é necessário inserir símbolos de sincronismo e posteriormente um nível DC neste sinal de tal maneira criar um sinal piloto compatível com o modulador VSB. A partir deste ponto as últimas adaptações no sinal até irradiá-los através do meio, baseiam se em modular o sinal na frequência designada para a transmissão e amplificá-lo em um estágio de potência.

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COFDM

Segundo Yamada (2005), o esquema de modulação adotado pelos padrões Europeu e Japonês, denominado Coded Orthogonal Frequency Division Multiplex apresenta várias características semelhantes ao 8 VSB, tais como a aplicação de códigos de correção de erros para melhorar a confiabilidade da informação, além do uso de técnicas de aleatorização e entrelaçamento dos dados.

Entretanto a modulação COFDM apresenta aspectos que evidenciam a superioridade deste tipo de modulação em relação à 8-VSB, como por exemplo a presença de multiportadoras ortogonais entre si possibilitando o envio de mais de uma única informação audiovisual canalizada no mesmo espectro de 6MHz. Esta característica segmenta o espectro de transmissão criando hierarquias possibilitando o uso de diferentes serviços como recepção fixa, móvel e portátil.

Neste esquema de modulação é necessário analisar as informações manipuladas em formatos de pacotes de tamanho fixo, designados TS (Transport Stream). Os pacotes TS são gerados durante a codificação MPEG-2 e em seguida são multiplexados áudio, vídeo e dados. O canal de saída do MUX é conectado a entrada do codificador COFDM. Os pacotes TS apresentam 188 Bytes, onde a informação está contida em 187 Bytes e o Byte restante é designado para realizar o sincronismo.

O bloco codificador da modulação COFDM apresenta as mesmas funções descritas anteriormente na modulação 8 VSB, contudo uma separação do fluxo do sinal ocorre internamente nesse bloco. Trata-se do splitter, um componente que separa o sinal de entrada em hierarquias dependendo de suas características, ou seja, é possível separar a informação de acordo com sua aplicação como, por exemplo, vídeos de alta e baixa resolução.

Diferentemente da modulação 8 VSB, a COFDM apresenta um bitrate variável no sinal de entrada do codificador, isto ocorre pois esta última apresenta várias portadoras com modulações diferentes entre si como DQPSK (Differential Quadrature Phase Shift Keying) QPSK (Quadrature Phase Shift Keying), 16-QAM (Quadrature Amplitude Modulation) e 64-QAM, e ainda estas modulações podem apresentar code rates diferentes como 1/2, 2/3, 3/4, 5/6 e 7/8, diferentemente do código treliça utilizado na modulação anterior onde a taxa de bits é fixa em 2/3.

A utilização de diferentes modulações permite não só variar a qualidade do sinal como também possibilita o maior alcance de irradiação do mesmo, pois modulações diferentes envolvem também a robustez deste sinal, por exemplo, a modulação QPSK apresenta baixas taxas de bits, porém possibilita irradiar este sinal em áreas maiores e mais acidentadas, diferentemente da 64-QAM que é utilizada para modular sinais de HDTV onde recepção deste sinal atinge uma área bem reduzida em comparação da modulação QPSK à mesma potência.

Após a segmentação dos diferentes tipos de sinais os dados passam por um estágio de Adaptação, Multiplexação e Dispersão de Energia, onde pacotes TS sofrem uma aleatorização de maneira equivalente ao entrelaçador de bits utilizados no sistema 8-VSB, que produz como resultado um sinal modulado com os mesmos aspectos independente do sinal de entrada.

A função de codificação externa no COFDM equivale ao codificador Reed Solomon pertencente ao 8-VSB, onde a única diferença entre os dois esquemas de modulação é a quantidade de bytes de redundância. Enquanto o 8-VSB acrescentava 20B, o sistema de codificação FEC (Forward Error Correction) do COFDM acrescenta apenas 16B. Ainda em comparação à modulação do padrão ATSC o

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sinal passa a um Entrelaçador Externo equivalente ao Entrelaçador de Dados detalhado anteriormente.

Em seguida os pacotes TS passam por um Codificador Interno no qual aplica um code rate ao sinal, onde é possível escolher códigos diferentes a partir de um código mãe de 2/3.

A seguir o sinal passa por um entrelaçador interno que atua no sentido de evitar ruídos impulsivos de uma maneira otimizada, posteriormente este sinal passa por um bloco de estruturação de quadro. O estruturador de quadro é responsável por mapear o sinal de entrada em relação a sua modulação (DQPSK, QPSK, 16-QAM ou 64-QAM) e adicionar informações de configuração para receptor conhecidos como TPS (Transmission Parameter Signallling). O mapeamento do sinal é essencial, pois é quem garante a organização do quadro COFDM onde cada subportadora pode apresentar uma modulação diferente no bloco posterior, que é o modulador COFDM propriamente dito, que além de modular as portadoras, ele ainda insere um intervalo de guarda entre o transporte de cada pacote de dados. Este intervalo é importante, pois ele proporciona diminuição significativa de interferências intersimbólicas que ocorre na recepção de mais de um sinal ao mesmo tempo onde um sinal apresenta um atraso superior ao outro. Este intervalo de guarda garante a separação dos dois sinais atrasados entre si somente se o período de tempo do atraso for inferior ao período do intervalo de guarda.

O sinal de radiofrequência que deve estar canalizado no ar é de natureza analógica assim como o sinal de TV convencional, então o circuito de saída para o transmissor não sofre nenhuma alteração desde que o sinal seja irradiado na banda de UHF (Ultra High Frequency), como o sinal fonte foi manipulado digitalmente nos blocos de codificação, estruturação de quadro e modulação, uma conversão digital- analógica deverá ser empregada após a inserção do intervalo de guarda de tal maneira a possibilitar a conexão entre o bloco de modulação e bloco de transmissão que por sua vez transfere a frequência intermediária do sinal para o canal consignado pela emissora e posteriormente o amplifica com a intenção de irradiá-lo ao meio possibilitando uma transmissão do tipo broadcasting.

Conclusões Finais

Esta seção e a seção anterior apresentaram os padrões internacionais de TVD mais difundidos no mundo destacando quais as características principais de cada um deles. Através da análise dos sistemas de codificação permite o entendimento de como as informações audiovisuais são codificadas de maneira a possibilitar a transmissão destas informações a inúmeros usuários simultaneamente, e ainda nos permite avaliar quais são os atributos das codificações de vídeo como MPEG-2, MPEG-4 ou H.264, e quais são os serviços possíveis oferecidos na codificação de áudio como MPEG-2 AAC, ou Dolby AC3. É necessário avaliar não só as codificações dos serviços oferecidos por uma emissora de televisão como também suas respectivas formatações, como por exemplo, a qualidade de uma imagem que pode ser em alta definição (HDTV), resolução padrão (SDTV) ou baixa resolução (LDTV), além de avaliar como são separados os canais de áudio (Mono, Stereo ou Surround 5.1) e ainda analisar a diferença entre aplicações procedurais e declarativas. Esta seção e a seção anterior também detalharam os aspectos técnicos dos sistemas de modulação utilizados por estes padrões internacionais como o 8-VSB (ATSC) e o COFDM (DVB e ISDB), nos quais permite a visualização de como informações codificadas de áudio, vídeo e dados são tratadas antes de ser transmitidas por sistemas irradiantes.

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TV Digital I: Considerações finais

Este tutorial parte I procurou mostrar inicialmente a importância de se realizar pesquisas envolvendo o tema de Televisão Digital Terrestre Brasileira objetivando um modelo de implantação desta infra-estrutura em emissoras de TV que estão em operação no país. A seguir apontou os modelos internacionais de televisão digital existentes e como eles estão distribuídos no mundo, além de apresentar um panorama de como cada um destes padrões codifica, formata, modula e transmite as informações audiovisuais e de interatividade.

O tutorial parte II irá mostrar inicialmente um estudo de caso de como o sistema brasileiro de televisão terrestre poderá ser implantado em uma emissora local. Aspectos como quais equipamentos serão necessários e quais testes deverão ser realizados permitirão efetuar a análise de viabilidade de implantação desta infra-estrutura. Finalmente irá apresentar a conclusão deste trabalho, além de oferecer contribuições para o desenvolvimento de novos trabalhos envolvendo o universo da TVD.

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TV Digital I: Teste seu entendimento

1. Qual das alternativas abaixo representam um dos padrões internacionais de TV Digital?

ATSC.

DVB.

ISDB.

Todas as anteriores.

2. Qual das alternativas abaixo não representa um dos padrões de codificação de vídeo?

MPEG-2.

Dolby 5.1.

MPEG-4.

Codificação H.264.

3. Quais são os padrões de formatação de vídeo da TV Digital?

EDTV, HDTV e LDTV.

SDTV, HDTV e MDTV.

SDTV, HDTV e LDTV.

SDTV, SHDTV e LDTV.

Referências

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