Do casamento art. 1587 .º
ARTIGO 1584.º
Fontes das relações Jurídicas familiares
São quatro as fontes das relações jurídicas familiares: o casamento, o parentesco, a afinidade e a adopção
ARTIGO 1585.º O casamento
O casamento é um acordo entre duas pessoas de sexo diferente, feito de harmonia com as prescrições legais, que com a finalidade de responderem às suas necessidades físicas e morais, estabelecem entre si uma comunhão de vida exclusiva, uma vez que não é permitida a poligamia, nem a poliandria e, com tendência para a perpetuidade, uma vez que não é livremente dissolúvel. Só a união nestes termos entre um homem e uma mulher é um casamento e só uma união assim concebida pode ser fonte de relações familiares.
O casamento gera matrimónio dando origem a uma família, considerada como uma sociedade de direito, disciplinada segundo as regras especificas e contidas no livro IV do C.Civil.
a situação resultante de uma união livre gera uma sociedade de facto, regulada pelas leis gerais, não sendo reconhecidos aos cuncubinos direitos e deveres como cônjuges, mas como homens e mulheres que se encontram em determinada situação fáctica. Assim, um cuncubino não tem nenhum vinculo jurídico com os parentes do seu companheiro. Uma união livre entre um homem e uma mulher, apenas pode levar ao aparecimento de relações familiares de parentesco os filhos que eventualmente gerarem. Não tendo entre si (cuncubinos) qualquer relação de parentesco.
ARTIGO 1586.º Parentesco
O parentesco é um vinculo familiar que resulta da filiação tenha esta ocorrido, vivendo os progenitores unidos pelo casamento e, portanto, tem na sua base um vinculo de sangue. È o que resulta do art.º 1578.º do C.C., onde se lê que “…o parentesco é o vinculo que une duas pessoas…”
O parentesco determina-se tendo em atenção dois elementos:: a natureza do vinculo, que é denominado linha de parentesco; e a proximidade do vinculo, que é chamado grau.
De acordo com o art.º 1581.º C.C. há duas linhas de parentesco consoante as pessoas descendem umas das outras e aparece-nos a chamada linha recta (n.º1), também por vezes referida como linha directa, que é considerada descendente, quando se parte do ascendente para o que dele procede e denominada ascendente, quando se parte deste para o progenitor (n.º2) ou procedem de um tronco comum e estamos perante a chamada linha colateral (n.º1).
Assim dois irmãos, sejam eles germanos (parentes tanto pela linha materna como pela linha paterna), consaguíneos (parentes pela linha paterna) ou uterinos (parentes pela linha materna), são parentes no 2º grau, tio e sobrinho são parentes no 3º grau, primos direitos são parentes em 4º grau e assim sucessivamente.
Resumidamente, as pessoas que se encontram unidas pelo vinculo do parentesco, atribuem- se direitos, que vão por exemplo, desde os direitos sucessórios em geral.
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