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Professores autores: Marcelo N. Capuano Eduardo Silva Lisboa Oswaldo Arimura dezembro 2018 disponivel em: www1.fatecsp.br/Lisboa apostilas

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Professores autores:

Marcelo N. Capuano Eduardo Silva Lisboa Oswaldo Arimura

dezembro 2018 disponivel em: www1.fatecsp.br/Lisboa

apostilas

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Histórico

Em 1857 Jastrezebowisky publicou um artigo intitulado "ensaios de ergonomia ou ciência do trabalho". O tema é retomado quase cem anos depois, quando em 1949 um grupo de cientistas e pesquisadores se reunem, interessados em formalizar a existência desse novo ramo de aplicação interdisciplinar da ciência.

Em 1950, durante a segunda reunião deste grupo, foi proposto o neologismo "ERGONOMIA", formado pelos termos gregos ergon (trabalho) e nomos (regras). Funda-se assim no início da década de '50, na Inglaterra, a Ergonomics Research Society.

Em 1955, é publicada a obra "Análise do Trabalho" de Obredane & Faverge, que torna-se deciciva para a evolução da metodologia ergonômica. Nesta publicação é apresentada de forma clara a importância da observação das situações reais de trabalho para a melhoria dos meios, métodos e ambiente do trabalho.

Em referência as publicações científicas que marcaram o início da produção dos conhecimentos em ergonomia, podemos citar:

1949 Chapanis com a aplicação da Psicologia Experimental

1953 Lehmann, G.A. Prática da Fisiologia do Trabalho

1953 Floyd & Welford Fadiga e Fatores Humanos no Desenho de Equipamentos

Cronologia

Cronologia

Mundial Brasileira

1857

Jastrezebowisky publica o artigo "ensaios de ergonomia ou ciência do trabalho"

1857 -

1949

Primeira reunião do grupo de pesquisas para retomada dos estudos sobre ergonomia e ciência do trabalho.

1949 -

1950

Adoção do neologismo

"Ergonomia" durante a segunda

reunião do grupo de estudos. 1950 - 1951 Fundação da Ergonomics

REsearch Society, na Inglaterra. 1951 -

1953

Publicação dos trabalhos:

Prática da Fisiologia do Trabalho de Lehmann, G.A.; e Fadiga e Fatores Humanos no Desenho de Equipamentos de Floyd & Welford

1953 -

1955

A European Productivity Agency (EPA), uma subdivisão da Organization for European Economics Cooperation, estabelece uma Human Factors Section.

1955 -

1956

A EPA visita os Estados Unidos para observar as pesquisas

em Human Factors. 1956 -

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1957

Seminário técnico promovido pela própria EPA, na University of Leiden, "Fitting the Job to Worker". Durante o seminário formou-se um comitê para analisar as propostas e organizar uma associação internacional que adotou a denominação International Ergonomics Association.

1957 -

1958

Encontro especial, em Paris, em setembro, para Análise de um regimento preliminar para a associação. Decidiu-se, então, dar continuidade aos trabalhos de organização da associação e realizar um Congresso Internacional, em 1961.

1958 -

1959

O comitê passou a se denominar Comittee for the International Association of Ergonomics Scientists. O comitê se reuniu em Oxford, decidiu manter o nome International Ergonomics Association, e aprovou o regimento e o estatuto.

1959 -

1960 - 1960

Abordagem do tópico "O produto e o homem" por Ruy Leme e Sérgio Penna Kehl na disciplina Projeto de Produto (Eng. Humana) na Politécnica da USP.

1961 I Congresso Trianual da

IEA, em Estocolmo, na Suécia. 1961 - 1964 II Congresso Trianual da

IEA, em Dortmund, FRG. 1964 -

1966 - 1966 Aplicações da Ergonomia no

curso de projeto de Produto ESDI/UERJ.

1967 III Congresso Trianual da IEA, em Birmingham, na Inglaterra. 1967

"Introdução à Ergonomia" no curso de Psicologia Industrial II, na USP - Ribeirão Preto - Paul Stephaneck.

1968 - 1968 Livro "Ergonomia: notas de

aulas", de Itiro Iida e Henri Wierzbicki, lançado em São Paulo, pela Ivan Rossi.

1970 IV Congresso Trianual da IEA, em Strasbourgo, na França. 1970

Disciplina de Ergonomia no Mestrado de Eng. de Produção da COPPE-UFRJ/ Ergonomia na área de Psicologia do Trabalho-Isop/FGV Franco Lo Presti Seminério

1971 - 1971

Tese de Doutorado "A Ergonomia do manejo", defendida por Itiro Iida, na Politécnica da USP./ Curso de Ergonomia na ESDI/UERJ - Itiro Iida./ Área de concentração em

Ergonomia treinamento e

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Aperfeiçoamento Profissional no mestrado em Psicologia do Isop/FGV

1973 V Congresso Trianual da IEA, em Amsterdam, na Holanda. 1973

Ergonomia como disciplina nos cursos de Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho da Fundacentro.

1974 - 1974

1o Seminário Brasileiro de Ergonomia, no Rio de Janeiro, promovido pela ABPA (Associação Brasileira de Psicologia Aplicada) e pelo Isop/FGV.

1975 - 1975

Publicação de "Aspectos ergonômicos do urbano" de Itiro Iida - MIC/STI/COPPE./ Curso de especialização em Ergonomia, na FGV.

Grupo de Estudos Ergonômicos do Isop/FGV - Franco Lo Presti Seminério.

1976

VI Congresso Trianual da IEA, em College Park, nos Estados

Unidos. 1976

Fundação do GAPP (Grupo Associado de Pesquisa e Planejamento Ltda.) - Sérgio Penna Kehl.

1979 VII Congresso Trianual da IEA, em Varsóvia, na Polônia. 1979

Ergonomia como disciplina do currículo mínimo da graduação em Desenho Industrial./CEBERC - Centro Brasileiro de Ergonomia e Cibernética Isop/FGV - Ued Maluf.

19 82

VIII Congresso Trianual da IEA, em Tokio, no Japão.

19

82 -

1983 - 1983

Fundação da ABERGO - Associação Brasileira de Ergonomia, em 31 de agosto

1984 - 1984

2o Seminário Brasileiro de Ergonomia, no Rio de Janeiro, promovido pela ABERGO - Isop/FGV./

Inauguração do Laboratório de Ergonomia do INT - Diva Maria P.

Ferreira.

1985 IX Congresso Trianual da IEA, em Bornemouth, Inglaterra. 1985

Implantação do setor de Ergonomia da Fundacentro - Leda Leal Ferreira

1986 - 1986

Curso de Especialização em Ergonomia, Departamento de Psicologia Experimental USP - Regina H. Maciel.

1987 - 1987

3o Seminário Brasileiro de Ergonomia e 1o Congresso Latino- Americano de Ergonomia, em São

Paulo, promovido pela

ABERGO/Fundacentro.

1988 X Congresso Trianual da

IEA, em Sidney, Austrália. 1988 -

1989 - 1989

4o Seminário Brasileiro de Ergonomia, no Rio de Janeiro, promovido pela ABERGO/FGV.

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1990 - 1990

Segundo livro do Professor Itiro Iida, "Ergonomia: projeto e produção", pela Editora Edgard Blucher, de São Paulo.

Fundação da ERGON PROJETOS, o primeiro escritório dedicado a consultoria e desenvolvimento de projetos em Ergonomia.

1991 XI Congresso Trianual da IEA, em Paris, França. 1991

Fundação da ABERGO/RJ, Associação Brasileira de Ergonomia, seção Rio de Janeiro, em 23 de maio. / 5o Seminário Brasileiro de Ergonomia, em São Paulo, promovido pela ABERGO/Fundacentro.

1992 - 1992

1o Encontro Carioca de Ergonomia, no Rio de Janeiro, promovido pela ABERGO-RJ/UERJ.

1993 - 1993

6o Seminário Brasileiro de Ergonomia e 2o Congresso Latino- Americano de Ergonomia, em Florianópolis, promovido pela ABERGO/Fundacentro.

1994 XII Congresso Trianual da

IEA, em Toronto, Canadá. 1994 -

1995 - 1995

IEA World Conference 1995./ 3o Congresso Latino-Americano de Ergonomia and 7o Seminário Brasileiro de Ergonomia, no Rio de Janeiro, promovido pela ABERGO e pela International Ergonomics Association.

1997 XII Congresso Trianual da

IEA, em Tampere, Finlândia. 1997 - Conceituação

Algumas definições para a ergonomia

Montmollin, M. - A Ergonomia é a tecnologia das comunicações homem-máquina (1971).

Grandjean, E. - A Ergonomia é uma ciência interdisciplinar. Ela compreende a fisiologia e a psicologia do trabalho, bem como a antropometria é a sociedade no trabalho. O objetivo prático da Ergonomia é a adaptação do posto de trabalho, dos intrumentos, das máquinas, dos horários, do meio ambiente às exigências do homem. A realização de tais objetivos, ao nível industrial, propicia uma facilidade do trabalho e um rendimento do esforço humano (1968).

Leplat, J - A Ergonomia é uma tecnologia e não uma ciência, cujo objeto é a organização dos sistemas homens-máquina (1972).

Murrel, K.F. - A Ergonomia pode ser definida como o estudo científico das relações entre o homem e o seu ambiente de trabalho (1965).

Self - A Ergonomia reúne os conhecimentos da fisiologia e psicologia, e das ciências vizinhas aplicadas ao trabalho humano, na perspectiva de uma melhor adaptação ao homem dos métodos, meios e ambientes de trabalho.

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Wisner - A Ergonomia é o conjunto de conhecimentos científicos relativos ao homem e necessários a concepção de instrumentos, máquinas e dispositivos que possam ser utilizados com o máximo de confôrto e eficácia (1972).

A Ergonomia é considerada por alguns autores como ciência, enquanto geradora de conhecimentos.Outros autores a enquadram como tecnologia, por seu caráteer aplicativo, de transformação.Apesar das divergências conceituais, alguns aspectos são comuns as várias definições existentes:

a aplicação dos estudos ergonômicos;

a natureza multidisciplinar, o uso de conhecimentos de várias disciplinas;

o fundamento nas ciências;

o objeto: a concepção do trabalho.

OBJETO E OBJETIVO DA ERGONOMIA

Se, para um certo número de disciplinas, o trabalho é o campo de aplicação ou uma extensão do objeto próprio da disciplina, para a ergonomia o trabalho é o único possível de intervenção.

A ergonomia tem como objetivo produzir conhecimentos específicos sobre a atividade do trabalho humano.

O objetivo desejado no processo de produção de conhecimentos é o de informar sobre a carga do trabalhador, sendo a atividade do trabalho específica a cada trabalhador.

O procedimento ergonômico é orientado pela perspectiva de transformação da realidade, cujos resultados obtidos irão depender em grande parte da necessidade da mudança. Mesmo que o objetivo possa ser diferente de acordo com a especialização de cada pesquisador, o objeto do estudo não pode ser definido a priori, pois sua construção depende do objetivo da transformação.

Em ergonomia o objeto sobre o qual pretende-se produzir conhecimentos, deve ser construido por um processo de decomposição/ recomposição da atividade complexa do trabalho, que é analisada e que deve ser transformada.

O objetivo é ocultar o mínimo possível a complexidade do trabalho real. Quanto mais ergonomia aprofunda o seu questionamento sobre a realidade, mais ela é interpelada por ela mesma.

Métodos e Técnicas

A Ergonomia utiliza métodos e técnicas científicas para observar o trabalho humano.

A estratégia utilizada pela Ergonomia para apreender a complexidade do trabalho é decompor a atividade em indicadores observáveis (postura, exploração visual, deslocamento).

A partir dos resultados iniciais obtidos e validados com os operadores, chega-se a uma síntese que permite explicar a inter-relação de vários condicionantes à situação de trabalho.

Como em todo processo científico de investigação, a espinha dorsal de uma intervenção ergonômica é a formulação de hipóteses.

Segundo LEPLAT "o pesquisador trabalha em geral a partir de uma hipótese, é isso que lhe permite ordenar os fatos". São as hipóteses que darão o status científico aos métodos de observação nas atividades do homem no trabalho.

A organização das observações em uma situação real de trabalho é feita em função das hipóteses que guiam a análise, mas também, segundo GUERIN (1991), em função das imposições práticas ou das facilidades de cada situação de trabalho.

Os comportamentos manifestáveis do homem são freqüentemente observáveis pelos ergonomistas, como por exemplo:

Os deslocamentos dos operadores - esses podem ser registrados a partir do acompanhamento dos percursos realizados pelo operador em sua jornada de trabalho. O registro do deslocamento pode explicar a importância de outras áreas de trabalho e zonas adjacentes. Exemplo; em uma sala de controle o deslocamento dos operadores até os painéis de controle está relacionado à exploração de certas informações visuais que são fundamentais para o controle de processo; o deslocamento até outros colegas pode esclarecer as trocas de comunicações necessárias ao trabalho.

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Técnicas utilizadas na análise do trabalho

Pode-se agrupar as técnicas utilizadas em Ergonomia em técnicas objetivas e subjetivas.

• Técnicas objetivas ou diretas: - Registro das atividades ao longo de um período, por exemplo, através de um registro em video. Essas técnicas impõem uma etapa importante de tratamento de dados.

• Técnicas subjetivas ou indiretas:- Técnicas que tratam do discurso do operador, são os questionários, os check-lists e as entrevistas. Esse tipo de coleta de dados pode levar a distorções da situação real de trabalho, se considerada uma apreciação subjetiva. Entretanto, esses podem fornecer uma gama de dados que favoreçam uma análise preliminar.

Deve-se considerar que essas técnicas são aplicadas segundo um plano preestabelecido de intervenção em campo, com um dimensionamento da amostra a ser considerado em função dos problemas abordados.

Métodos diretos Observação

É o método mais utilizado em Ergonomia pois permite abordar de maneira global a atividade no trabalho.

A partir da estruturação das grandes classes de problemas a serem observados, o Ergonomista dirige suas observações e faz uma filtragem seletiva das informações disponíveis.

Observação assistida

Inicialmente considera-se uma ficha de observação, construída a partir de uma primeira fase de observação "aberta".

A utilização de uma ficha de registro permite tratar estatisticamente os dados recolhidos; as freqüências de utilização, as transições entre atividades, a evolução temporal das atividades.

Em um segundo nível utiliza-se os meios automáticos de registro, áudio e video.

O registro em video é interessante à medida que libera o pesquisador da tomada incessante de dados, que são, inevitavelmente, incompletos, e permite a fusão entre os comportamentos verbais, posturais e outros. O video pode ser um elemento importante na análise do trabalho, mas os registros devem poder ser sempre explicados pelos resultados da observação paralela dos pesquisadores.

Os registros em video permitem recuperar inúmeras informações interessantes nos processos de validação dos dados pelos operadores. Essa técnica, entretanto, está relacionada a uma etapa importante de tratamento de dados, assim como de toda preparação inicial para a coleta de dados (ambientação dos operadores), e uma filtragem dos períodos observáveis e dos operadores que participarão dos registros.

Alguns indicadores podem ser observados para melhor estudo da situação de trabalho (postura, exploração visual, deslocamentos etc).

Direção do olhar

A posição da cabeça e orientação dos olhos do indivíduo permite inferir para onde esse está olhando.

O registro da direção do olhar é amplamente utilizado em Ergonomia para apreciação das fontes de informações utilizadas pelos operadores. As observações da direção do olhar podem ser utilizadas como indicador da solicitação visual da tarefa.

O número e a frequência das informações observadas em um painel de controle na troca de petróleo em uma refinaria, por exemplo, indicam as estratégias que estão sendo utilizadas pelos operadores na detecção de presença de água no petróleo, para planejar sua ação futura.

Comunicações

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A troca de informação entre indivíduos no trabalho podem ter diversas formas: verbais, por intermédio de telefones, documentais e através de gestos.

O conteúdo das informações trocadas tem se revelado como grande fonte entre operadores, esclarecedora da aprendizagem no trabalho, da competência das pessoas, da importância e contribuição do conhecimento diferenciado de cada um na resolução de incidentes.

O registro do conteúdo das comunicações em um estudo de caso no Setor Petroquímico da Refinaria Alberto Pasqualini, Canoas - RS, mostrou a importância da checagem das informações fornecidas pelos automatismos e pelas pessoas envolvidas no trabalho, através de inúmeras confirmações solicitadas pelos operadores do painel de controle.

O conteúdo das comunicações pode, além de permitir uma quantificação de fontes de informações e interlocutores privilegiados, revelar os aspectos coletivos do trabalho.

Posturas

As posturas constituem um reflexo de uma série de imposições da atividade a ser realizada. A postura é um suporte à atividade gestual do trabalho e um suporte às informações obtidas visualmente. A postura é influenciada pelas características antropométricas do operador e características formais e dimensionais dos postos de trabalho.

No trabalho em salas de controle, a postura é condicionada à oscilação do volume de trabalho. Em períodos monótonos a alternância postural servirá como escape à monotonia e reduzirá a fadiga do operador. Em períodos perturbados a postura será condicionada pela exploração visual que passa a ser o pivô da atividade. Os segmentos corporais acompanharão a exploração visual e excutarão os gestos.

Estudo de traços

A análise é centralizada no resultado da atividade e não mais na própria atividade. Ela permite confrontar os resultados técnicos esperados e os resultados reais.

Os dados levantados em diferentes fases do trabalho podem dar indicação sobre os custos humanos no trabalho mas, entretanto, não conseguem explicar o processo cognitivo necessário à execução da atividade. O estudo de traços pode ser considerado como complemento e é usado, com freqüência, nas primeiras fases da análise do trabalho. O estudo de traços pode ser fundamental no quadro metodológico para análise dos erros.

Métodos subjetivos

O questionário é pouco utilizado em Ergonomia pois requer um número importante de operadores.

Entretanto a aplicação de questionário em um grupo restrito de pessoas pode ser utilizada para hierarquizar um certo número de questões a serem tratadas em uma análise aprofundada.

As respostas dos questionários podem ser úteis para a contribuição de uma classificação de tarefas e de postos de trabalho. O questionário, entretanto, deve respeitar a amostra e as probabilidades de aplicação.

Deve-se ressaltar que com o questionário se obtém as opiniões, as atitudes em relação aos objetos, e que elas não permitem acesso ao comportamento real.

Segundo PAVARD & VLADIS (1985), o questionário é um método fácil e se presta ao tratamento estatístico, e, se corretamente utilizado, permite coletar um certo número de informações pertinentes para o Ergonomista.

Tabelas de avaliação

Esse tipo de questionário permite aos operadores avaliarem, eles mesmos, o sistema que utilizam.

O objetivo é apontar os pontos fracos e fortes dos produtos. No caso de avaliação de programas, uma tabela de avaliação deve cobrir os aspectos funcionais e conversacionais.

Entrevistas e verbalizações provocadas

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A consideração do discurso do operador é uma fonte de dados indispensável à Ergonomia. A linguagem, segundo MONTMOLLIN (1984), é a expressão direta dos processos cognitivos utilizados pelo operador para realizar uma tarefa.

A entrevista pode ser consecutiva à realização da tarefa (pede-se ao operador para explicar o que ele faz, como ele faz e por que).

Entrevistas e verbalizações simultâneas

As entrevistas podem ser realizadas simultaneamente à observação dos operadores trabalhando em situação real ou em simulação.

A análise se concentra nas questões sobre a natureza dos dados levantados, sobre as razões que motivaram certas decisões e sobre as estratégias utilizadas.

Dessa maneira o Ergonomista revela a significação que os operadores tem do seu próprio comportamento. As verbalizações devem ser aplicadas com cuidado e de maneira a não alterar a atividade real de trabalho.

Ergonomia

Trata-se de um esforço interdisciplinar que objetiva propiciar resultados em termos da adequação do trabalho às pessoas em atividade de trabalho. A Ergonomia tem ao menos duas abordagens, uma abordagem clássica, de natureza experimental, onde se tenta gerar dados sobre o ser humano para o projeto de produtos e postos de trabalho através de pesquisas em laboratório, e uma abordagem situada onde o principal informador para o projeto se constitui através da Análise Ergonômica do Trabalho - AET- ou seja a modelagem operante do trabalho através da integração da observação do comportamento e o entendimento das condutas das pessoas em situação real de trabalho. A corrente clássica é muito disseminada nos paises anglo-saxões (EUA, Inglaterra, Alemanha) conquanto que a corrente situada é mais frequente em países de língua francesa. No Brasil a corrente situada acabou por se impor dado o levado custo da pesquisa laboratorial, mas também por opção metodológica. Na COPPE os primeiros trabalhos em Ergonomia se pautaram por uma abordagem experimentalista (Iida, 1973). Entretanto a pratica da ergonomia na engenharia de produção, fundamentada no trabalho de campo cedo levou ao questionamento da abordagem experimentalista, e do modelo de sistema homem-máquina para uma perspectiva de observação antropológica (Vidal e al. 1976). O GENTE/COPPE advém de uma simbiose entre esta perspectiva incial e a formação em Ergonomia obtida junto ao CNAM/Paris, específicamente na tradição da Analise do Trabalho tal como a preconizou Simonne Pacaud, difundida pelo cientista belga Jean Marie Faverge e teorizada em vários aspectos pelo brilhante Prof. Alain Wisner. Esta perspectiva que busca uma ergonomia na engenharia de produção se chama Engenharia do Trabalho, termo proposto por Simoni (1982).

Engenharia de Produção

Estuda o projeto e o manejo (gestão) do sistemas integrados de homens, máquinas, materiais e equipamentos inseridos num dado contexto (ambiente físico ou ambiencias, ambiente de atuação ou contingencias ). Os projetos típicos de engenharia de produção são o arranjo organizacional (estrutura lógica do sistema de produção), o arranjo fisico (organização espacial da produção também chamado de layout), os sistemas de controle e acompanhamento da produção (PCP).

Engenharia do Trabalho

Objetiva o sucesso dos projetos e das práticas de engenharia de produção construindo a integração dos componentes dos sistemas de produção atraves do entedimento, formalização e validação de modelos da atividade de trabalho construídos através da abordagem situada em Ergonomia e incorporando, quando pertinentes, elementos oriundos da abordagem clássica da Ergonomia.

Sistemas

Trata-se de um conjunto cuja relação de pertinência é definida por uma função objetivo, expressão matemática de sua missão (razão de ser daquele sistema). Os elementos deste sistema se chamam de componentes e cada um deve ter uma atuação específica, sua contribuição para a missão. Em teoria, a combinação das diversas atuações é o que viabiliza que o sistema realize sua missão.

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Conjuntos Nebulosos

Um conjunto nebuloso é um conjunto cuja função de pertinência - o critério que define se uma dada entidade pertence ou não àquele conjunto - não é determinística ( assumindo o valor 0 se não pertence e 1 se pertence) e sim probabilística (uma função de probabilidade que assume valores entre 0 e 1.) Falar em pertinência nebulosa significa dizer que existe um grau de pertinência ou envolvimento que varia para um mesmo elemento, sendo que a razão de ser desta variabilidade é exatamente a função comportamental que se espera modelar.

COPPE/

ERGONOMIA palavra de origem grega.

ERGO = que significa trabalho NOMOS = que significa regras

DEFINIÇÃO: Estudo entre o homem e o seu trabalho, equipamentos e meio ambiente

A ergonomia surgiu junto com o homem primitivo. Com a necessidade de se proteger e sobreviver, o homem primitivo, sem querer, começou a aplicar os princípios de ergonomia, ao fazer seus utensílios de barro para tirar água de cacimbas e cozinhar alimentos,

Fazer o tacape para se defender ou abater animais.

Mas, foi na revolução industrial que a ergonomia começou a surgir. Nas grandes guerras ela teve uma importância fundamental no desenvolvimento de armas e equipamentos bélicos.

Como podemos notar, a ergonomia surgiu em função da necessidade do ser humano cada vez mais querer aplicar menos esforço físico e mental, nas atividades diárias.

ONDE PODEMOS APLICAR UM ESTUDO ERGONÔMICO?

No lar, no transporte, no lazer, na escola e principalmente, no trabalho, ou seja, em qualquer lugar ERGONOMIA = CIÊNCIA DO CONFORTO

MAIS ERGONOMIA MENOS ESFORÇO FÍSICO E MENTAL

A ergonomia tem sido fator de aumento de produtividade e da qualidade do produto bem como da qualidade de vida dos trabalhadores, na medida em que a mesma é aplicada com a finalidade de melhorar as condições ambientais, visando a interação com o ser humano.

1-) ERGONOMIA DE CORREÇÃO

Atua de maneira restrita modificando os elementos parciais do posto de trabalho, como:

Dimensões, Iluminação, Ruído, Temperatura etc TEM EFICÁCIA LIMITADA

2-) Ergonomia de concepção

Interfere amplamente no projeto do posto de trabalho, do instrumento, da máquina ou do sistema de produção, organização do trabalho e formação de pessoal.

3-) Ergonomia de conscientização

Ensina o trabalhador a usufruir dos benefícios de seu posto de trabalho

Boa postura, Uso adequado de mobiliários e equipamentos, Implantação de pausas, Ginástica laborativa (antes, no meio e depois da atividade).

A ergonomia estuda a situação de trabalho como atividade, ambientes físicos, iluminação, ruído, temperatura. O posto de trabalho, dimensões, formas, concepção etc Buscando dar o máximo de conforto, segurança e eficiência.

Ergonomia é o conjunto de conhecimentos científicos relativos ao homem e necessário para os engenheiros conceberem ferramentas, máquinas e conjuntos de trabalho que possam ser utilizados com o máximo de conforto, segurança e eficiência.

Murrel , 1949 - britânico

princ.htmprinc.htmmailto:brasgolden@brasgolden.com.brmailto:brasgolden@brasgolden.com.br BRAS GOLDEN Consultoria, Comércio e Representação Ltda. Av.Carlos F.Werneck Lacerda 287 - Jacareí - SP- CEP:12 320-410 Atendimento ao Cliente Tel/Fax (12) 3952 1777 ou 0800 11 3289

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Segurança do Trabalho

Somos Engenheiros de Segurança do Trabalho e estamos desenvolvendo esta home page para oferecer a você, além de nossos serviços profissionais, uma fonte de consulta útil e prática, contendo informações importantes sobre o assunto. Para tanto estaremos atualizando, complementando e reorganizando esta página, sempre que possível.

Convidamos você a voltar sempre que quiser.

Antecipadamente agradecemos por sua visita.

Última atualização: 05/08/1999

Em primeiro lugar apresentamos nossos serviços profissionais:

A Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho está relacionada a um conjunto de Leis, Normas, Procedimentos Técnicos e Educacionais que visam à proteção da integridade física e mental do trabalhador, preservando-o dos riscos à saúde, inerentes às tarefas do cargo e ao ambiente onde são executadas.

A Segurança e Saúde dos empregados constituem-se num dos principais fatores de preservação do bom clima organizacional, dos níveis de qualidade competitivos e da conservação da força de trabalho de uma empresa.

Estamos prontos para assessorá-lo quanto a observância da legislação vigente e os meios eficazes e econômicos de diminuir os riscos existentes, maximizando a produtividade e o nível de segurança dos trabalhadores.

Elaboração de Laudo técnico pericial contendo:

- levantamento das condições ambientais - Ruído, calor, iluminação, ventilação, gases e vapores, instalações elétricas - análise qualitativa e/ou qualitativa

- ENQUADRAMENTO DOS FUNCIONÁRIOS PARA FINS DE PREENCHIMENTO DA GFIP/GRFP

- levantamento das condições de Ergonomia: iluminação, prevenção de L.E.R.

- PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - DSS 8030 - laudo para aposentadoria especial

- Mapeamento de Riscos

- CIPA: Formação, adequação e curso de Prevenção de Acidentes (N.R.5) - Análise de Riscos: Lay-out e proteção de máquinas e equipamentos - Análise e Controle: Agentes químicos, físicos, mecânicos e biológicos - Equipamentos de Proteção: Padronização individual e coletiva

- Inspeções Técnicas: Adequação às Normas Regulamentadoras do MTb

- Análise de Projetos: Edificações, Prevenção e Combate a Incêndio: Cursos, palestras e formação de pessoal

Atendemos Campinas e Região.

Demais localidades podem ser atendidas mediante consulta prévia.

Entre em contato conosco: schreine@bestway.com.br Esta página foi elaborada, confeccionada e atualizada por:

Eng.º Sylvio Schreiner Eng.ª Julia Schreiner

Escolhemos o formato de perguntas e respostas para fornecer as informações. Se você tiver alguma pergunta a fazer entre em contato conosco pelo e-mail acima e incluiremos sua pergunta.

O que é um posto de trabalho?

Um posto de trabalho pode ser considerado como a menor unidade produtiva; dentro de um sistema de produção geralmente envolvendo um homem e seu local de trabalho. Desta forma, uma empresa seria formada por um conjunto de postos de trabalho.

Qual é o enfoque ergonômico do posto de trabalho?

O enfoque ergonômico do posto de trabalho está no fato de adequar este posto de trabalho às características psico-fisiológicas do trabalhador, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.

Com o enfoque ergonômico na concepção e na correção dos postos de trabalho, estes deverão reduzir as exigências bio-mecânicas posturais do trabalhador, procurando colocá-lo em uma boa postura de trabalho, adequando os equipamentos, ferramentas e objetos ao alcance dos movimentos corporais, de

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forma que haja facilidade de percepção no recebimento de informações, sejam elas visuais, auditivas ou tácteis. Em outras palavras, o posto de trabalho deve envolver o trabalhador como uma "vestimenta" bem adaptada, em que ele possa realizar a sua tarefa com conforto, segurança e eficiência.

Como se verificam problemas ergonômicos no posto de trabalho?

Diversos critérios podem ser adotados para se diagnosticar os problemas ergonômicos de um posto de trabalho; entre eles se incluem o tempo gasto na operação e o índice de erros e acidentes na execução das tarefas. Contudo, o melhor critério do ponto de vista ergonômico, é a postura e o esforço físico exigido dos trabalhadores; desta forma, determinam-se os principais pontos de concentração de tensões, que tendem a provocar dores nos músculos e tendões. Por este motivo, o fator mais importante na análise ergonômica de um posto de trabalho são as posturas assumidas na execução das tarefas, visto que uma má postura pode provocar não só problemas operacionais, como também problemas de coluna e outros, colaterais, provocados por estes.

Como saber se a iluminação está boa?

Determinar a iluminação necessária a um ambiente significa estabelecer a intensidade e distribuição da radiação visível adequadas aos tipos de atividades e às características do local, bem como sugerir alterações para este, a fim de proporcionar melhores condições de trabalho e, conseqüentemente, maior eficiência e conforto.

A utilização de uma iluminação adequada proporciona um ambiente de trabalho agradável, melhorando as condições de supervisão e diminuindo as possibilidades de acidentes. As conseqüências de uma iluminação inadequada são notadas:

na segurança - implicando no aumento do número de acidentes;

na produtividade - maior desperdício de material, pior qualidade do produto final;

no bem-estar - maior fadiga visual e geral, ambiente desagradável baixando o moral dos trabalhadores.

A iluminação de um ambiente pode ser natural ou artificial, ou ainda os dois tipos combinados de modo a provocar iluminação geral ou suplementar (luminária próxima ao trabalhador de modo a melhor iluminar determinada operação). Existe uma série de fatores a serem considerados para que se tenha um local de trabalho adequadamente iluminado. Entre estes fatores destacam-se: tipo de lâmpada e de luminária; quantidade de luminárias; distribuição e localização das luminárias; manutenção e limpeza das luminárias e cores adequadas no ambiente de modo a possuir uma refletância adequada da luz incidente.

Estes fatores devem ser levados em consideração quando da elaboração de um projeto de iluminação.

Quando, porém, a iluminação num local de trabalho, já instalado e em operação, é encontrada abaixo dos níveis recomendados, algumas medidas simples podem ter um bom resultado.

Quanto peso podemos carregar?

São freqüentes os serviços que exigem dos trabalhadores o levantamento e transporte manual de pesos. Pode ocorrer, no entanto, que em conseqüência de desconhecimento ou negligência dos procedimentos corretos a serem adotados, os trabalhadores sejam surpreendidos por dores lombares, entorses, deslocamentos de disco e hérnias. O SESMT ? Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho - da empresa tem plena capacidade de transmitir os procedimentos corretos aos trabalhadores em treinamento adequado, mas muitas empresas não contam com tais profissionais em seu quadro de funcionários, até mesmo porque nem todas são obrigadas por lei a tal.

Para um operário brasileiro, os limites de peso que podem ser levantados sem causar problemas à sua saúde, segundo a FUNDACENTRO, são apresentados a seguir. Caso haja necessidade de levantar manualmente volumes com peso maior que o indicado, o trabalho deverá ser realizado por dois funcionários.

pessoas X limitações homens mulheres

adultos (18 a 35 anos) 40 Kg 20 Kg

de 16 a 18 anos 16 kg 8 Kg

menos de 16 anos proibido proibido

mais de 35 anos desaconselhável desaconselhável

Rodízio de funções?

O regime de pausas é uma medida fisiológica de diminuição do cansaço, não necessariamente ligada com o tipo de trabalho, que aumenta a disposição para o trabalho e a produtividade. Como nem

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sempre a pausa é possível, uma medida simples pode ser adotada: o rodízio de funções, ou seja o trabalhador periódicamente troca de função com outros.

E o ruído?

O ruído acima dos níveis estabelecidos como limite de tolerância pela legislação em vigor (Anexo 1 da NR 15 da Portaria 3.214/78 do MTb) pode causar uma ou mais alterações passageiras até graves defeitos irreversíveis. Um dos mais facilmente demonstráveis é a interferência com a comunicação oral, causando um "mascaramento" da voz humana que pode atrapalhar a execução de trabalhos, ou dificultar a audição da voz de comando ou de aviso, o que pode ser considerado um fator que aumenta a probabilidade de acidentes. Em relação aos efeitos sobre o sistema auditivo, estes podem ser de três tipos:

- mudança temporária do limiar de audição ou surdez temporária que ocorre após a exposição do indivíduo a barulho intenso, mesmo por um curto período de tempo;

- surdez permanente, que se origina da exposição repetida, durante longos períodos, a barulhos de intensidade excessiva. Esta perda é irreversível. Deve-se atentar para o fato de que, no começo do processo, as pessoas não percebem a alteração, porque esta não atinge, de imediato, as freqüências utilizadas na comunicação verbal, entretanto, com o passar do tempo as perdas progridem;

- trauma acústico, que é a perda auditiva repentina após a exposição a barulho intenso, causado por explosões ou impactos sonoros semelhantes.

Além dos problemas auditivos, existem outros efeitos possíveis, que têm potencialidade para provocar alterações em quase todos os aparelhos e órgãos que constituem o nosso organismo. É comum observar-se que um barulho repentino produzir um susto, o que nos mostra um exemplo da vasta incidência dos efeitos do barulho: os vasos sangüíneos contraem-se, a pressão sangüínea eleva-se, as pupilas dilatam-se e os músculos tornam-se tensos.

Estes efeitos "extra-auditivos" podem provocar ações sobre o sistema cardiovascular, alterações endócrinas, desordens físicas e dificuldades mentais e emocionais, entre as quais, irritabilidade, fadiga e maus ajustamentos, incluindo também a possibilidade de conflitos entre os trabalhadores expostos ao barulho.

Fontes de pesquisa

1-) Campanhole, Hilton Lobo - "Consolidação das Leis do Trabalho e Legislação Complementar", 98ª edição, São Paulo, Ed. Atlas, 1997

2-) Couto, Hudson de Araújo - "Ergonomia Aplicada ao Trabalho: Manual Técnico da Máquina Humana", Belo Horizonte, ERGO Editora, 1995. 2 vols.

3-) Astete, Martin Wells; Giampaoli, Eduardo; Zidan, Leila Nadim - "Riscos Físicos", São Paulo, Fundacentro, 1987.

4-) Vários autores, "Curso de Engenharia de Segurança do Trabalho", São Paulo, Fundacentro, 6 vols.

5-) Monticuco, Deogledes; Kopelowics, Mauro; Caracik, Angela M.B., "Levantamento e Transporte Manual de Pesos", São Paulo, Fundacentro, 1987.

6-) Alexandry, Federico Groenewold - "O Problema do Ruído Industrial e seu Controle", São Paulo, Fundacentro, 1985.

PROJETOS DE ACÚSTICA AMBIENTAL E CONTROLE DO RUÍDO - ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO

NÍVEIS DE RUÍDO PARA CONFORTO ACÚSTICO

Com relação ao conforto acústico no trabalho, apresentamos abaixo uma transcrição parcial da Lei 6.514 de 22/11/77 relativa ao Capitulo V do Titulo II da Consolidação das Leis do Trabalho, relativo à Segurança e Medicina do Trabalho, dado pela Portaria No. 3.751 de 23 de Novembro de 1990, Norma Reguladora No. 17- ERGONOMIA, na qual encontramos os parâmetros que permitem a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar conforto acústico, desempenho e segurança:

17.5.2 - Nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exigem solicitação intelectual e atenção constantes, tais como: salas de controle, laboratórios, escritórios, salas de desenvolvimento ou análise de projetos, dentre outros, são recomendadas as seguintes condições de conforto:

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a) Níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152, registrada no INMETRO.

b) Índice de temperatura efetiva entre 20 e 23 graus.

c) Velocidade do ar não superior a 0,75 m/s.

d) Umidade relativa do ar não inferior a 40%.

17.5.2.1 - Para as atividades que possuam as características definidas no sub-item 17.5.2, mas não apresentam equivalência ou correlação com aquelas relacionadas na NBR 10152, o nível de ruído aceitável para efeito de conforto será de até 65 dB(A) e a curva avaliação de ruído (NC) de valor não superior a 60.

17.5.2.2. - Os parâmetros previstos no sub-item 17.5.2 devem ser medidos nos postos de trabalho, sendo os níveis de ruído determinados próximos à zona auditiva e às demais variáveis na altura do tórax do trabalhador.

NB-95 NBR 10152/1987 - Tabela 1- dB(A) NC HOSPITAIS

Apartamentos, Enfermarias, Berçários, C.Cirúrgicos 35-45 30-40 Laboratórios, Áreas para uso do público 40-50 35-45

Serviços 45-55 40-50 ESCOLAS

Bibliotecas, Salas de música, Salas de desenho 35-45 30-40 Salas de aula, Laboratórios 40-50 35-45

Circulação 45-55 40-50 HOTÉIS

Apartamentos 35-45 30-40

Restaurantes, Salas de estar 40-50 35-45 Portaria, Recepção, Circulação 45-55 40-50 RESIDÊNCIAS

Dormitórios 35-45 30-40 Salas de estar 40-50 35-45

AUDITÓRIOS

Salas de concertos, Teatros 30-40 25-30

Salas de conferência, Cinemas, Salas de uso múltiplo 35-45 30-35 RESTAURANTES

Restaurantes 40-50 35-45 ESCRITÓRIOS

Salas de reunião 30-40 25-35

Salas de gerência, projetos e de administração 35-45 30-40 Salas de computadores 45-65 40-60

Salas de mecanografia 50-60 45-55 IGREJAS E TEMPLOS

Cultos meditativos 40-50 35-45 LOCAIS PARA ESPORTE

Pavilhões fechados para espetáculos e ativ. esportivas 45-60 40-55

NOTA: O valor inferior da faixa representa o nível sonoro para conforto, enquanto que o valor superior significa a nível sonoro máximo aceitável para a finalidade.

Eng. João Afonso Abel Jankovitz Home page

O Posto de Trabalho

O grau de mobilização dos diversos grupos sociais é o fator mais importante na autodeterminação de seus destinos. A mobilização pressupõe primordialmente um conhecimento abrangente do contexto da realidade possibilitando melhor planejamento de ações.

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Muitos passos foram dados pela categoria dos Trabalhadores em Processamento de Dados e Trabalhadores em Empresas de Processamento de Dados, e vitórias têm sido colhidas desde então.

Conseguimos a inserção de diversos parâmetros na legislação trabalhista que determina melhores condições de conforto, higiene e segurança no trabalho. Eles estão registrados na redação dada pela Portaria MTb 3.751 de 23/11/90. São eles:

Mobiliários dos postos de trabalho

• As mesas, escrivaninhas e os painéis devem proporcionar boa postura, visualização e operação com altura, área do trabalho e características dimensionais adequadas à diversidade antropométrica e ao trabalho a ser executado;

• Os assentos devem ter:

- altura ajustável

- pouca ou nenhuma conformação na base do assento

- borda frontal arrendondada na base do assento para não limitar a circulação sanguínea na parte inferior das pernas

- encosto com formas adaptadas para a região lombar

- sendo o trabalho realizado sentado deve-se haver suporte para os pés do trabalhador Equipamentos

. as superfícies de trabalho devem ser ajustáveis quanto à altura, movimentos de aproximação, recuo e lateralidade;

• suporte para documentos ajustável que forneça boa postura, visualização e operação, evitando assim movimentação frequente do pescoço e fadiga visual;

• documentos de fácil legibilidade, sempre que possível, sendo vedada a utilização de papel brilhante ou de qualquer outro tipo que provoque ofuscamento;

• tela ajustável de modo a evitar reflexos e proporcionar correto ângulo de visibilidade;

• as distâncias do olho, da tela ao teclado e ao documento devem ser aproximadamente iguais;

A figura 9 mostra a disposição de um posto de trabalho adequado como fator positivo para as condições de trabalho;

Condições ambientais de trabalho

• o nível de ruído deve ser inferior a 60 dB (A), conforme estipula a norma NBR 10152 para prevenir perda auditiva e demais problemas orgânicos e psicológicos;

• a temperatura efetiva deve variar entre 20 e 24ºC com umidade relativa do ar superior a 40% e velocidade do ar não superior a 0,75 m/s, diminuindo desta forma riscos nas vias respiratórias quanto ao seu ressecamento e quanto a correntes de ar;

• a iluminação geral deve ser uniformemente distribuida e difusa evitando ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos; deve ainda ter valores de iluminamento parametrizados pela norma NBR 5413 (leitura de documentos para digitação - 500 a 750 lux dependendo da legibilidade;

teclado - 300 lux; máquinas de contabilidade - 500 a 750 lux);

Como se organiza o trabalho

• o empregador não deve promover qualquer sistema de avaliação dos trabalhadores envolvidos na atividade de digitação baseado no número individual de toques sobre o teclado, inclusive o automatizado, para efeito de remuneração e vantagens de qualquer espécie;

• o número máximo de toques reais exigidos pelo empregador deve ser inferior a 8.000 por hora trabalhada, sendo considerado toque real cada movimento de pressão no teclado;

• o tempo efetivo do trabalho de entrada de dados não deve exceder o limite máximo de 5 horas sendo que no período de tempo restante da jornada, o trabalhador poderá exercer outras atividades, desde que não exijam movimentos repetitivos nem esforço visual;

• nas atividades de entrada de dados devem haver no mínimo pausas de 10 minutos para cada 50 minutos trabalhados não deduzidos da jornada normal de trabalho;

• quando do retorno ao trabalho após qualquer tipo de afastamento igual ou superior a 15 dias, a exigência de produção em relação ao número de toques deverá ser iniciada em níveis inferiores até o máximo permitido seguindo aumentos progressivos;

Outras recomendações:

Além dos direitos garantidos por lei, outras recomendações devem ser observadas para um trabalho saudável e produtivo:

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• diversificação e enriquecimento do conteúdo do trabalho repetitivo e monótono;

• maior controle do trabalhador sobre seu trabalho;

• utilização de suporte descansa punhos;

• terminais de vídeo com limite de emissão radioativa em concordância com as normas internacionais TCO - MPR II;

• assentos e encostos revestidos com materiais que permitam e absorvam a perspiração do corpo;

• o suporte para os pés deve ser regulável em altura e inclinação.

Ergonomia: estudo das relações entre as condições de trabalho e a segurança, o conforto e a eficácia no trabalho.

Antropometria: técnica de medição dos segmentos do corpo, servindo para adequação de mobiliário e equipamentos à diversidade dos usuários, por exemplo:

Medições de distância vertical da sola do sapato até a superfície do assento para melhor ajuste da faixa de variação da altura do assento da cadeira.

Metabolismo Anaeróbico: reações químicas a nível celular onde se caracteriza uma insuficiência de oxigênio no processo.

Tecido Sinovial: membrana que atua no recobrimento e lubrificação das articulações e tendões em seus deslocamentos.

Tendões: cordões fibrosos que inserem os músculos nos ossos.

Ligamento Anular do Carpo: tecido fibroso que envolve os ossos do carpo mantendo-os nas respectivas posições.

Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde do Trabalhador NR17/ ERGONOMIA (117.000-7)

17.1. Esta Norma Regulamentadora visa a estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.

17.1.1. As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do posto de trabalho e à própria organização do trabalho.

17.1.2. Para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do trabalho, devendo a mesma abordar, no mínimo, as condições de trabalho conforme estabelecido nesta Norma Regulamentadora.

17.2. Levantamento, transporte e descarga individual de materiais.

17.2.1. Para efeito desta Norma Regulamentadora:

17.2.1.1. Transporte manual de cargas designa todo transporte no qual o peso da carga é suportado inteiramente por um só trabalhador, compreendendo o levantamento e a deposição da carga.

17.2.1.2. Transporte manual regular de cargas designa toda atividade realizada de maneira contínua ou que inclua, mesmo de forma descontínua, o transporte manual de cargas.

17.2.1.3. Trabalhador jovem designa todo trabalhador com idade inferior a 18 (dezoito) anos e maior de 14 (quatorze) anos.

17.2.2. Não deverá ser exigido nem admitido o transporte manual de cargas, por um trabalhador cujo peso seja suscetível de comprometer sua saúde ou sua segurança. (117.001-5 / I1)

17.2.3. Todo trabalhador designado para o transporte manual regular de cargas, que não as leves, deve receber treinamento ou instruções satisfatórias quanto aos métodos de trabalho que deverá utilizar com vistas a salvaguardar sua saúde e prevenir acidentes. (117.002-3 / I2)

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17.2.4. Com vistas a limitar ou facilitar o transporte manual de cargas, deverão ser usados meios técnicos apropriados.

17.2.5. Quando mulheres e trabalhadores jovens foram designados para o transporte manual de cargas, o peso máximo destas cargas deverá ser nitidamente inferior àquele admitido para os homens, para não comprometer a sua saúde ou sua segurança. (117.003-1 / I1)

17.2.6. O transporte e a descarga de materiais feitos por impulsão ou tração de vagonetes sobre trilhos, carros de mão ou qualquer outro aparelho mecânico deverão ser executados de forma que o esforço físico realizado pelo trabalhador seja compatível com sua capacidade de força e não comprometa a sua saúde ou sua segurança. (117.004-0 / I1)

17.2.7. O trabalho de levantamento de material feito com equipamento mecânico de ação manual deverá ser executado de forma que o esforço físico realizado pelo trabalhador seja compatível com sua capacidade de força e não comprometa a sua saúde ou sua segurança. (117.005-8 / I1)

17.3. Mobiliário dos postos de trabalho.

17.3.1. Sempre que o trabalho puder ser executado na posição sentada, o posto de trabalho deve ser planejado ou adaptado para esta posição. (117.006-6 / I1)

17.3.2. Para trabalho manual sentado ou que tenha de ser feito em pé, as bancadas, mesas, escrivaninhas e os painéis devem proporcionar ao trabalhador condições de boa postura, visualização e operação e devem atender aos seguintes requisitos mínimos:

a) ter altura e características da superfície de trabalho compatíveis com o tipo de atividade, com a distância requerida dos olhos ao campo de trabalho e com a altura do assento; (117.007-4 / I2)

b) ter área de trabalho de fácil alcance e visualização pelo trabalhador; (117.008-2 / I2)

c) ter características dimensionais que possibilitem posicionamento e movimentação adequados dos segmentos corporais. (117.009-0 / I2)

17.3.2.1. Para trabalho que necessite também da utilização dos pés, além dos requisitos estabelecidos no subitem 17.3.2 os pedais e demais comandos para acionamento pelos pés devem ter posicionamento e dimensões que possibilitem fácil alcance, bem como ângulos adequados entre as diversas partes do corpo do trabalhador em função das características e peculiaridades do trabalho a ser executado. (117.010-4 / I2)

17.3.3. Os assentos utilizados nos postos de trabalho devem atender aos seguintes requisitos mínimos de conforto:

a) altura ajustável à estatura do trabalhador e à natureza da função exercida; (117.011-2 / I1) b) características de pouca ou nenhuma conformação na base do assento; (117.012-0 / I1) c) borda frontal arredondada; (117.013-9 / I1)

d) encosto com forma levemente adaptada ao corpo para proteção da região lombar. (117.014-7 / I1)

17.3.4. Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados sentados, a partir da análise ergonômica do trabalho, poderá ser exigido suporte para os pés que se adapte ao comprimento da perna do trabalhador. (117.015-5 / I1)

17.3.5. Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados de pé, devem ser colocados assentos para descanso em locais em que possam ser utilizados por todos os trabalhadores durante as pausas. (117.016-3 / I2)

17.4. Equipamentos dos postos de trabalho.

Referências

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