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Dossiê “infância e educação infantil”

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Academic year: 2018

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OSSIÊ "INFÂNCIA E EDUCAÇÃO INFANTIL"

ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

í I i a H e l e n a V i e i r a C r u z '

[ B C H - U F C ]

nmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

O S artigos Q ue inauguram a nossa seção tem ática

- rarn produzidos a partir de pesouísas realizadas pelo

, c1eo D esenvolvim ento. Linguagem e E ducação da

ríança. do P rogram a de P ós-G raduação da

Faculda-de E ducação da U n í v e r s í d a d e Federal do C eará.

E stas pesouísas expressam o esforço desta

universida-de conhecer m elhor e contribuir para superar os

zrandes desafios postos para a educação no nosso

estado. N o referido N úcleo. baseadas num a

concep-- com um de desenvolvim ento e educação da

crían-em espaços coletivos. as linhas de pesouísa abrangcrían-em

o as áreas de E ducação Infantil com o de E ducação

cial. N este m om ento. estam os apresentando

tra-lhos da área de E ducação Infantil.

A partir da evidência da im portância das

expe-. ncias iniciais para o desenvolvim ento da pessoa.

: m havido um interesse crescente pela Q ualidade das

. êncías oferecidas nas creches ep r é - e s c o l a s . A

cons-- ç ã o da identidade da E ducação Infantil enouanto

cam po de atuação profissional é um processo

- cabado e m arcado por controvérstas-a P edagogia

Infância não é ainda um a realidade entre nós. N o

tanto. já é consenso entre os pescuísadores da área

e estas instituições devem ter com o foco a

crian-. com suas antes insuspeitadas capacidades de

in eração e com preensão; m últiplas possibilidades de

linguagem . form as características de entender e se

elacíonar com o seu contexto social e cultural. E

n-fim . a criança. com todas as suas necessidades e

de-sejos. tom ada na sua inteireza - o Q ue significa Q U e

odos os aspectos do seu desenvolvim ento devem

ser igualm ente privilegiados. Tam bém se acredita Q ue.

devido às características peculiares desta etapa do

desenvolvim ento. há um a necessária í n t e r - r e l a ç ã o

entre educação e cuidado Q ue a criança peouena

pre-cisa. E . através do oferecim ento de oportunidades

" D o u t o r a e m P s i c o l o g i a p e l a U n i v e r s i d a d e d e S ã o P a u l o . p r o f e s s o r a d a F a c u l d a d e d e E d u c a ç ã o d a U n i v e r s i d a d e F e d e r a l d o C e a r á e i n t e -g r a n t e d o G r u p o G e s t o r d o F ó r u m d e E d u c a ç ã o I n f a n t i l d o C e a r á .

E D U C A Ç Ã O E M D E B A T E ••• F O R T A LE Z A

diversificadas para a am pliação dos seus conhedm

-tos e a expressão de suas idéias e sentim en-tos. tal

trabalho deve contribuir firm em ente para a

autono-m ia da criança e para a construção da sua

identida-de. E videntem ente. estas concepções de criança e

de E ducação Infantil dem andam o trabalho Q U

alifica-do de professores com form ação específica para o

trabalho educativo com esta faixa etária: além de

for-m ação inicial. torna-se im prescindível Q ue tenham

acesso a diferentes form as de aperfeiçoam ento

pro-fissional. inclusive o acom panham ento freoüente e

contínuo da sua prática.

A s práticas pedagógicas desenvolvidas com

as crianças. têm sido alvo de grande interesse no

núcleo D esenvolvim ento Linguagem e E ducação da

C riança. V ários trabalhos têm enfocado as ações

de-senvolvidas pelos órgãos públicos responsáveis pela

E ducação no estado do C eará e no m unicípio de

Fortaleza e as suas repercussões nas oportunidades

educacionais oferecidas às crianças. N o núm ero

anterior desta revista (n.? 43). a prática pedagógica

desenvolvida nas salas de pré-escolas da rede m

u-nicipal. vinculadas à C oordenadoria de E ducação da

S ecretaria M unicipal de E ducação e A ssistência

S ocial- S E D A S . foi enfocada por Fátim a M aria A

ra-újo Sabóla Leitão. Q ue procurou conhecer a Q ue

concepções elas recorrem . cuaís recursos práticos

dispõem para tom ar suas decisões e Q ue apoios

re-cebem nesse sentido. S andra M aria de O liveira

S chram m tam bém apresenta a sua in esngação do

cotidiano da escola. em Q ue buscou com preender

com o as experiências escolares es - c ~. . o

para a form ação de s 'e' os

m ero. Inês 1am ede. analisou

do cham ado • redi easkJ : 1 a : n

alfabetização" nas co ce ões e

fessoras ai abetiza oras e B e e e de S ouza P

or-to defe e a i -~ cía a I dicidade para o

processo de ai a ü z a ç ã o de crianças.

o está io de ransição em Q ue vivem os.

ainda há -áríos eQ l ipam entos destinados ao

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m ento em creche e

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p r é - e s c o l a ? sob a

responsabili-dade da área assistencial. A ssim . no âm bito do

go-verno estadual. as creches com unitárias. Q ue se

constituem em Q uase única oportunidade de

aten-dim ento em período integral para as populações

pobres da nossa cidade. são subordinadas à S

ecre-taria do Trabalho e A ssistência S ocial - S E TA S .

Q uanto à esfera da m unicipalidade. encontram os

tanto as creches com unitárias m an 'das ela O

pe-ração Fortaleza - O P E FO R co nidades ou ras

tais com o U P . s. C IA C s e c.. inc adasà C

oorde-nado ria de A ssis encia S ocial. ór ão da S ecretaria

M unicipal de E ducação e A ssis ência S ocial S E

-D A S .3 O artigo de aria C elina Furtado B ezerra e

C osta. in estiga o atendim en o oferecido por esta

C oordenadoria. buscando conhecer com o as

pro-fessoras concebem e realizam o trabalho com as

crianças de três e Q uatro anos de idade.

especial-m ente Q uanto à relação entre educação e cuidado.

O trabalho realizado nas creches com unitárias

foi tem a de dois trabalhos. am bos com raízes num a

pesouísa realizada na segunda m etade dos anos

no-venta. "O atendim ento em creches com unitárias da

cidade de Fortaleza: diagnóstico da situação a t u a l " . "

Q l1enos trouxe inform ações iniciais acerca das

carac-terísticas desses eoulparnentos (instalações. m ateriais.

pessoal. rotinas. relações com usuários etc.) e da visão

das professoras e fam ílias usuárias sobre o trabalho ali

desenvolvido. E ntre os aspectos identificados. Q ue

de-m andavade-m de-m aior code-m preensão. estava a rotina a Q ue

são subm etidas as crianças. m arcada por longos

perí-odos de espera e de ociosidade - este foi o tem a a Q ue

R osim eire C osta de A ndrade se dedicou. U m outro

aspecto. igualm ente preocupante. foi a subm issão

ob-servada na m aioria das crianças: assim . a pesouísa Q ue

coordenei procurou com preender m elhor este processo

2 E stam os adotando aQ ui a term inologia adotada nos textos legais: o

atendim ento em creche refere-se à faixa de zero a três anos. enouan-to a pré-escola destina-se as crianças de Q uatro a seis anos.

3A s classes de pré-escola, Q ue funcionam em escolas m unicipais ou

nos cham ados "anexos" destas escolas. se Illlarn à C oordenadoria de E ducação da m esm a S ecretaria.

4Tal pesouísa. financiada parcialm ente pelo C onselho N acional de P

esoui-sa e D esenvolvim ento Tecnológico - C N P Q . envolveu vários alunos do curso de P edagogia da U FC e possibilitou a elaboração de diversos traba-lhos apresentados em encontros locais e nadonais (com o C R U Z et ai. 1998. C R u z . 1999. A N D R A D E e P E R E IR A ) e um artigo (C R U Z. 200 I).

de disciplinam ento e dar m aior visibilidade à

perspec-tiva da criança acerca das suas experiências cotidianas

nestes eouíparnentos. Tam bém C ristiane A m orim

M artins procurou captar e entender as perspectivas

das crianças aceitando o desafio de ouvi-Ias. N o seu

artigo, ela discute as facetas da concepção Q ue ela

pró-pria tem acerca do oue é ser criança.

O artigo de M aria de Fátim a

Vasconcelos

da

C osta trata de um tem a especialm ente im portante

para o desenvolvim ento infantil e.

conseoüenternen-te para o trabalho educativo com a criança peouena:

o jogo. E la explora as relações entre jogo e

lingua-gem a partir da com preensão de Q l1e am bos podem

ser aproX im ados enouanto processos de significações.

E m seu conjunto. tais artigos apresentam um

oua-dro preocupante. A creche e a pré-escola deveriam se

constituir em instrum entos de justiça social, am pliando

as possibilidades de desenvolvim ento e de

aprendiza-gem das crianças. o entanto, há evidências de Q l1eas

práticas efetivam ente oferecidas nos estabelecim entos

aQ l1ienfocados contribuem para aum entar o fosso Q ue

já existe entre as crianças Q ue os freoüentam e as Q ue

podem ter acesso a m elhores oportunidades de

educa-ção, expressando e aprofundando a injustiça social.5

H á, portanto, urgência de grandes investim

tos nesta área, a fim de possibilitar o desenvolvim

en-to de práticas pedagógicas de m aior Q ualidade. V ale

destacar Q ue, em Q ue pesem a im portância de um a

estrutura física adeouada e a disponibilidade de bom

m aterial pedagógico em Q uantidade suficiente. estes

estudos ressaltam a necessidade de Q ualificar e

valo-rizar o trabalho das professoras da E ducação Infantil

(neste sentido. tam bém trazem elem entos im

portan-tes para em basar a elaboração de program as de

for-m ação iniciada e continuada desses profissionais).

A pontar estas necessidades com base em

tra-balhos pautados no rigor científico tam bém é parte

da contribuição Q ue a universidade deve dar para Q ue

a E ducação Infantil tenha, efetivam ente, a Q ualidade

Q ue todas as crianças precisam e m erecem .

5 V ale lem brar Q ue o princípio da acessibi/idadeé condição para um atendim ento igualitário. O acesso a serviços de Q ualidade não pode depender da capacidade dos pais de pagarem pelo serviço. m uito m enos em um a sociedade onde a m aioria da população não tem um a renda Q ue viabilize isso. A ssim . cabe ao E stado garantir um atendi-m ento de Q ualidade.

Referências

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