A falta de profissionais qualificados não é um problema somente o Brasil. Japão, Perú, Índia e Argetina também sofrem com a escassez de profissionais qualificados, segundo a 9ª Pesquisa Anual sobre a Escassez de Talentos do Manpowergourp.
Foram ouvidos mais de 37 mil empregadores em 42 países e territórios, sinalizando a média global de escassez de talentos em 36%, a mais alta desde 2007(41%). Em 2013, o percentual foi de 35%. No Brasil, o estudo ouviu mais de 850 empregadores.
"No Brasil a situação permanece preocupante. A pequena queda percentual de 68% em 2013 para 63% em 2014 não significa melhora no quadro da empregabilidade. As empresas
continuam sem preencher vagas, pois não encontram profissionais com as competências necessárias para os cargos", afirma Riccardo Barberis, CEO do ManpowerGroup Brasil.
Segundo Barberis, não há expectativa de melhor nos próximos anos. "Houve investimento recente do governo brasileiro e das próprias organizações em programas de treinamento e cursos profissionalizantes, porém são ações de longo prazo, que ainda não refletem no resultado do estudo", afirma.
"O gap (lacuna) do Brasil atinge todos os níveis, mas está mais concentrado na faixa de profissionais técnicos. Essa conclusão aponta para a necessidade de investimento na formação desses profissionais", diz Márcia Almström, diretora de recursos humanos do Manpowergroup.
Veja o ranking dos 10 profissionais mais procurados no Brasil:
2014
1) Operários
2) Técnicos
3) Motoristas
4) Secretárias, assistente administrativo e auxiliar de escritório
5) Trabalhadores de ofício manual
6) Profissionais de TI
7) Contadores e profissionais de finanças
8) Operadores de máquinas e produção
9) Engenheiros
10) Gerente de vendas
2013
1) Técnicos
2) Operadores de produção
3) Contadores e profissionais de finanças
4) Trabalhadores de ofício manual
5) Operários
6) Engenheiros
7) Motoristas
8) Secretárias, assistente administrativo e auxiliar de escritório
9) Representante de vendas
As organizações apontaram que a escassez resulta diretamente na redução da capacidade de atender adequadamente seus clientes (41%), redução da competitividade e produtividade em geral (40%), aumento da rotatividade de pessoal (27%) e diminuição na criatividade e inovação (24%).
"No Brasil, já é discurso comum entre os líderes empresariais a falta de competitividade e a necessidade de aumentar a produtividade para tornar-se atraente no mercado", acrescenta Barberis.
2014
1) Trabalhadores de ofício manual
2) Engenheiros
3) Técnicos
4) Representantes de vendas
5) Contadores e profissionais de finanças
6) Executivos e gestores
7) Gerentes de vendas
9) Secretárias, assistente administrativo e auxiliar de escritório
10) Motoristas
2013
1) Trabalhadores de ofício manual
2) Engenheiros
3) Representantes de vendas
6) Executivos e gestores
7) Profissionais de TI
8) Motoristas
9) Secretárias, assistente administrativo e auxiliar de escritório
10) Operários
Fonte: G1