REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
TRIBUNAL ADMINISTRATIVO
RELATÓRIO E PARECER
SOBRE A CONTA GER AL
Versão Simplificada DO ESTADO DE 2013
MAPUTO, MARÇO DE 2015
Versão Simplificada do Relatório e Parecer sobre a CGE de 2013
1 LISTA DE ABREVIATURAS
AFU’s - Adiantamento de Fundos
ANE – Administração Nacional de Estradas AR – Assembleia da República
BIRD – Banco Mundial BM - Banco de Moçambique BT’s – Bilhetes do Tesouro
CBRT - Conta Bancária de Receita de Terceiros CGE – Conta Geral do Estado
CUT – Conta Única do Tesouro
CUT-ME – Conta Única do Tesouro em Moeda Estrangeira DAF – Direcção de Área Fiscal
DNPE – Direcção Nacional do Património do Estado DNT – Direcção Nacional do Tesouro
ECMEP – Empresa de Construção e Manutenção de Estrada e Pontes EDM - Electricidade de Moçambique
e-SISTAFE – Sistema Informático de Administração Financeira do Estado FARE – Fundo de Apoio à Reabilitação da Economia
FEMATRO – Federação Moçambicana das Associações dos Transportes Rodoviários FIPAG – Fundo de Investimento e Património de Abastecimento de Água
FMI – Fundo Monetário Internacional HCB – Hidroeléctrica de Cahora Bassa
HIV/SIDA – Síndrome da Imunodeficiência Adquirida IDA - Associação Internacional de Desenvolvimento IGEPE – Instituto de Gestão das Participações do Estado IRPC - Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas IRPS - Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares IVA – Imposto Sobre o Valor Acrescentado
MAF - Manual de Administração Financeira e Procedimentos Contabilísticos
MINT – Ministério do Interior
2 MISAU – Ministério da Saúde
OE – Orçamento do Estado
PARP - Plano de Acção para a Redução da Pobreza PES - Plano Económico e Social
PPP’s – Parcerias Público Privadas
RPCGE – Relatório e Parecer sobre a Conta Geral do Estado SISTAFE - Sistema de Administração Financeira do Estado STP-D - Subsistema do Tesouro Público da Despesa
TA – Tribunal Administrativo
UGB – Unidade Gestora Beneficiária UI - Unidade Intermédia
UI do STP-D – Unidade Intermédia do Subsistema do Tesouro Público da Despesa
UTRE – Unidade Técnica de Reestruturação de Empresas
Versão Simplificada do Relatório e Parecer sobre a CGE de 2013
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APRESENTAÇÃO
Todos os anos, o Governo prevê, para o ano seguinte, os impostos e taxas que vai cobrar e as despesas que irá realizar, em documento que é a proposta de Orçamento do Estado que este submete à Assembleia da República (AR), para a aprovação.
Assim, o Orçamento do Estado é formado pelas receitas e despesas referentes a um determinado ano.
O Governo, quando cobra os impostos e taxas a pessoas e empresas e paga as despesas, por exemplo, de construção de estradas e pontes, escolas, hospitais, etc., os salários dos professores, enfermeiros, polícias e outros funcionários e agentes do Estado, a energia, água, combustível, etc., para o funcionamento dos se us serviços, contabiliza esses recebimentos e pagamentos. Depois, compila todos esses registos e organiza em forma de um documento chamado Conta Geral do Estado (CGE), que remete à AR e ao Tribunal Administrativo (TA). O Tribunal analisa esta Conta e emite o respectivo Relatório e Parecer, para a AR.
O Relatório e Parecer sobre a CGE é escrito em termos técnicos de contabilidade, economia, finanças, direito, etc. Para tornar este documento acessível às pessoas que não são especialistas naquelas matérias, o TA preparou a presente versão simplificada.
Para mais detalhes e aprofundamento dos assuntos apresentados, o caro leitor poderá
consultar a versão completa do Relatório e Parecer sobre a Conta Geral do Estado
(RPCGE) de 2013, disponível na página do TA, na Internet, no endereço www.ta.gov.mz, e
na sede do TA, em Maputo.
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ESTRUTURA DO DOCUMENTO
O documento encontra-se estruturado da seguinte forma:
No Capítulo I – Introdução: são apresentadas as instituições que estão legalmente obrigadas a prestar contas e os órgãos supremos que fiscalizam as receitas e despesas do Estado, que são a Assembleia da República (AR) e o Tribunal Administrativo (TA).
Quanto ao Capítulo II – Processo Orçamental: a análise dos valores do Orçamento de 2013, aprovados pela Assembleia da República, as modificações às dotações orçamentais e as fontes de financiamento.
No que tange ao Capítulo III – Receita: analisa os recursos do Estado em 2013, o IVA, as receitas cobradas a força e os benefícios fiscais.
É analisada, no Capítulo IV – Despesa: a execução da despesa nas duas componentes do Orçamento (Funcionamento e Investimento), segundo os limites estabelecidos na Lei Orçamental, bem como a sua evolução nos últimos cinco anos (2009 – 2013).
Capítulo V - Operações relacionadas com o património Financeiro do Estado: trata das operações financeiras do Estado, nomeadamente as participações em sociedades, saneamento financeiro de empresas e empréstimos com Acordos de Retrocessão.
No Capítulo VI – Dívida Pública: analisa todo o dinheiro que o Estado deve a terceiros, dentro ou fora do país.
No Capítulo VII – Património do Estado: é feita a apreciação da evolução do património do
Estado e o processo de inventariação.
5 PORQUÊ SE DEVE PRESTAR CONTAS?
Todo o funcionário ou dirigente que tem à sua responsabilidade a guarda ou administração de dinheiros ou bens públicos, tem a obrigação de prestar contas pela utilização daqueles recursos.
O mesmo acontece com o Governo, pois este usa meios adquiridos através da cobrança de impostos e taxas à cidadãos e empresas, tendo, por isso, a obrigação de prestar contas, mostrando à sociedade, como, onde, quando e quanto dinheiro cobrou e gastou.
Segundo a lei, têm a obrigação de prestar contas as seguintes instituições:
Quem fiscaliza as Contas do Estado?
A fiscalização das contas do Estado é feita pelo cidadão, através dos seus representantes na AR e pelo TA, como órgão supremo de controlo da legalidade e eficiência das receitas e despesas públicas e pelos tribunais administrativos províncias.
O Governo submete a Conta do ano anterior à AR e ao TA, até ao dia 31 de Maio.
A fiscalização feita por estes órgãos tem em vista apurar se:
- O Orçamento do Estado foi executado dentro do prazo previsto, seguindo as normas - Regularidade financeira;
- O Governo agiu de acordo com a lei – Legalidade;
- O Governo gastou o menos possível para atingir cada objectivo – Economicidade;
- Executou da melhor forma – Eficiência;
- Atingiu o objectivo – Eficácia.
Quem presta contas ao TA?
Oes Quem fiscaliza as contas do Estado?
Todas as instituições do Estado Entidades que
receberem fundos do Estado
Empresas do Estado
Conselhos administrativos ou comissões administrativas Exactores,
tesoureiros, recebedores Serviços e
organismos autónomos
Sociedades de capitais exclusiva ou maioritariamente públicos
Autarquias locais
Versão Simplificada do Relatório e Parecer sobre a CGE de 2013
6 O que é o Tribunal Administrativo?
O Tribunal Administrativo (TA) é o órgão superior da hierarquia dos tribunais administrativos, fiscais e aduaneiros. Compete-lhe o controlo da legalidade dos actos administrativos e a aplicação das normas regulamentares emitidas pela
Administração Pública, bem como a fiscalização da legalidade das despesas públicas e a respectiva efectivação da responsabilidade por infracção financeira.
Estrutura do TA
Em relação à fiscalização das receitas e despesas públicas, o TA desempenha, de entre outras, as seguintes tarefas:
- Fiscalização prévia (visto) dos actos e contractos;
- Auditorias a todas entidades públicas;
Controlo externo é aquele que é realizado por um órgão externo, independente da entidade fiscalizada.
Administração Pública é o conjunto de órgãos e serviços do Estado.
Fiscalização Prévia é a verificação da legalidade e existência da dotação orçamental de uma despesa, antes da sua realização.
Julgamento de contas é a apreciação e decisão sobre a legalidade e regularidade das contas prestadas pelos responsáveis dos serviços e órgãos do Estado.
Responsabilização financeira é a obrigação em que pode incorrer aquele que, em virtude do seu cargo (detenção ou manejo de dinheiros públicos), violar, por acção ou omissão, normas disciplinadoras da actividade financeira pública.
Auditorias é uma forma especial de controlo que consiste no exame das operações e actividades de uma entidade com vista a verificar se são executadas ou funcionam em conformidade com os objectivos, orçamentos, regras e normas.
HORA DE APRENDER
- J ulgar as acções que tenham por objecto problemas emergentes das relações jurídicas administrativas ou seja entre o Estado e o particular;
- Julgar os recursos contenciosos interpostos das decisões dos órgãos do Estado, dos respectivos titulares e agentes;
- Conhecer os recursos interpostos e as decisões proferidas pelos tribunais administrativos, fiscais e aduaneiros;
- Emitir o Relatório e Parecer sobre a Conta Geral do Estado;
- Fiscalizar, previamente, a legalidade e a cobertura orçamental dos actos e contractos sujeitos à sua jurisdição;
- Fiscalizar a aplicação dos dinheiros obtidos no estrangeiro, através de empréstimos, subsídios, avales e donativos.
COMPETÊNCIAS DO TA
Contas Públicas
7 - Emissão do Relatório e Parecer sobre a Conta Geral Estado;
- Julgamento das contas de entidades públicas;
- Responsabilização financeira dos gestores.
Para a emissão do Relatório e Parecer sobre a Conta, o TA faz o acompanhamento da execução orçamental, realiza auditorias e analisa a Conta.
Quem aprova as Contas do Estado?
Compete à AR apreciar e aprovar a CGE, tendo como base a legislação sobre a matéria aplicável e apoiando-se no Relatório e Parecer sobre aquela, emitido pelo TA.
A AR aprecia e aprova a CGE na sessão seguinte à entrega deste pelo TA.
O que é a Assembleia da República?
A AR é o mais alto órgão legislativo do nosso país. Compete a esta legislar sobre as questões básicas da política interna e externa do país. Estabelece as normas que regem o funcionamento do Estado e a vida económica e social através das leis. Ela é constituída, actualmente, por duzentos e cinquenta deputados. A AR delibera sobre as grandes opções do Plano Económico e Social e do Orçamento do Estado e os respectivos relatórios de execução.
COMPETÊNCIAS DA AR A AR tem, de entre várias atribuições, as seguintes:
- Aprovar a Constituição da República
- Aprovar a delimitação das fronteiras do nosso país;
- Deliberar sobre a divisão territorial;
- Aprovar a legislação eleitoral e o regime do referendo;
- Deliberar sobre o programa do Governo;
- Aprovar o Orçamento do Estado;
- Definir as bases da política de impostos e o sistema fiscal;
- Deliberar sobre as bases gerais da organização e funcionamento da Administração
Pública.
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Capítulo II: PROCESSO ORÇAMENTAL
Para o caro leitor entender melhor como decorre o processo orçamental poderá consultar as versões simplificadas dos Relatórios e Pareceres sobre a Conta Geral do Estado de 2009, 2011 e 2012 disponíveis no site do TA (www.ta.gov.mz).
O Presidente da República eleito formou o Governo que elaborou o programa de governação para o período de cinco (5) anos, Programa Quinquenal do Governo (2010 a 2014). No dia 13 de Abril de 2010, o povo, através dos deputados, aceitou o Programa do Governo.
Para a sua implementação e controlo, o Programa Quinquenal do Governo, é dividido por anos. Para cada ano, há um Plano Económico e Social (PES) em que são estabelecidos objectivos, no campo da Saúde, Educação, Agricultura, Obras Públicas, etc.
Uma vez aprovado o PES, o Governo submete à AR, até ao dia 30 de Setembro de cada ano, a proposta do Orçamento do Estado (OE), na qual consta a informação sobre as previsões das receitas, os limites das despesas e o financiamento do défice.
Este documento, uma vez aprovado pela AR, constitui o OE do ano. A lei que aprova o Orçamento é a Lei Orçamental.
A AR fixou o limite máximo de despesas em 174.954.956 mil Meticais a serem financiadas por 113.961.986 mil Meticais de receita a arrecadar, resultando, daí, um défice orçamental previsto de 60.992.970 mil Meticais.
Posteriormente, alterou aqueles montantes para 120.492.306 mil Meticais, de receitas a cobrar, e 188.719.844 mil Meticais de despesas a executar, resultando, daí, um défice orçamental previsto de 68.227.538 mil Meticais.
HORA DE APRENDER
Orçamento do Estado é o documento no qual estão previstas as receitas a arrecadar e fixadas as despesas a realizar num determinado ano.
Plano Económico e Social é um documento elaborado pelo Governo em que constam os objectivos e prioridades centrais para um determinado ano.
A Lei do Orçamento do Estado autoriza o Governo a cobrar receitas e utilizá-las nos programas.
Se num determinado ano, o valor das despesas for maior que o das receitas, diz-se que se está perante um Défice Orcamental
Recursos Externos Empréstimos que o Estado contrai fora do País
Créditos Internos Empréstimos que o Estado contrai dentro do País.
Alteração orçamental é qualquer modificação produzida numa ou mais dotações orçamentais na tabela de despesa de qualquer serviço ou unidade orgânica.
Défice Orçamental é uma situação em que as receitas do orçamento de Estado são inferiores às suas despesas, ou seja, uma situação de saldo negativo entre as receitas e as despesas do Estado.
Dotaçâo Orçamental é o montante
inscrito em cada rúbrica orçamental,
acrescido dos reforços e deduzidos das
anulações, constituindo o limite máximo
de despesa a realizar no respectivo ano
Económico.
Versão Simplificada do Relatório e Parecer sobre a CGE de 2013
9 No Quadro que se segue, é apresentado o Orçamento do Estado Inicial e o Rectificativo do ano de 2013.
Quadro n.º 1 – Orçamento do Estado Inicial e Rectificativo
Designação Orçamento Inicial Orçamento Rectificativo Diferença RECEITA
Receitas Internas 117,535,231 124,065,551 6,530,320
Receita Externa 57,419,725 64,654,293 7,234,568
TOTAL 174,954,956 188,719,844 13,764,888
DÉFICE ORÇAMENTAL
Crédito Interno 3,573,245 3,573,245 0
Receita Externa 57,419,725 64,654,293 7,234,568
TOTAL 60,992,970 68,227,538 7,234,568
DESPESA
Componente Funcionamento 105,529,927 108,736,741 3,206,814
Componente Investimento 69,425,029 79,983,103 10,558,074
TOTAL 174,954,956 188,719,844 13,764,888
O aumento da receita e a fixação do novo limite da despesa implicou uma alteração do Défice Orçamental em mais 7.234.568 mil Meticais, a cobrir através do incremento previsto nos Donativos (3.420.930 mil Meticais) e nos Créditos Externos (3.813.638 mil Meticais). Verifica- se, pois, que as receitas previstas (120.492.306 mil Meticais) cobrem 63,8% das necessidades
Hora de Aprender
Créditos Internos são empréstimos que o Estado contrai dentro do País.
Créditos Externos são empréstimos que o Estado contrai fora do País.
Donativos Externos são ofertas que o Estado recebe de organizações ou países.
Receitas Fiscais são aquelas que provêm de impostos como o IVA, o IRPC, o IRPS, etc.
Receitas de Capital são as provenientes de operações de crédito, alienações de bens, amortizações de empréstimos concedidos.
Receitas não Fiscais são aquelas que provêm de taxas pagas ao Estado por prestação de vários serviços.
Receitas Consignadas são os recursos públicos que, a título excepcional e por determinação legal, são afectos à cobertura de determinadas despesas públicas.
Despesas de Funcionamento são os gastos do Estado para que este possa ter a sua máquina a funcionar.
Despesas de Investimento são os gastos feitos pelo Estado que aumentam o seu património.
10 de financiamento das despesas orçamentadas (188.719.844 mil Meticais), sendo o défice orçamental (68.227.538 mil Meticais) assegurado através de donativos, crédito interno e crédito externo.
As Receitas Fiscais (100.829.930 mil Meticais) representam 53,4% da globalidade dos recursos financeiros previstos, seguidas dos créditos externos com 41.422.701 mil Meticais (21,9%) e Donativos, com 23.231.592 mil Meticais (12,3%).
De onde veio o dinheiro em 2013?
O Gráfico que se segue espelha os valores de cada uma das fontes de financiamento, no Orçamento do Estado de 2013
Gráfico n.º1 – Fontes de Financiamento Previstas no OE 2013
2 817 158 3 573 245
7 635 139 9 210 079
23 231 592
41 422 701
100 829 930
0 20 000 000 40 000 000 60 000 000 80 000 000 100 000 000 120 000 000
Receita de Capital Crédito Interno Receitas Consigandas Receitas não Fiscais Donativos Créditos Externos Receitas Fiscais
Em Mi l Me ticais
Despesas de Funcionamento e de Investimento
No que concerne à previsão das despesas, às de Funcionamento foram destinados 108.736.741 mil Meticais. É de realçar que as despesas correntes têm uma dotação de 99.826.703 mil meticais (52,9%) e as de Capital, 8.910.038mil meticais (4,7%). Por seu turno, no Investimento, foram destinados 79.983.103 mil Meticais, maior porção do Orçamento contempla o de financiamento Externo, com 45.372.601 mil meticais (24%) tendo-se previsto 34.610.502 mil Meticais (18,3%), para o de Financiamento Interno.
Hora de Aprender
Despesas Correntes são as que o Estado faz em bens consumíveis ou que se vão traduzir em bens consumíveis tais como, vencimentos de funcionários, subsídios, electricidades, água, etc.
Receitas Correntes são aquelas destinadas a cobrir as despesas orçamentárias que visam a manutenção das actividades governamentais;
proveniente de impostos, taxas e contribuições de melhoria.
O Plano de Acção para Redução da
Pobreza (PARP) 2011 – 2014 é a
estratégia de médio prazo do Governo de
Moçambique que operacionaliza o
Programa Quinquenal do Governo
(2010-2014), focado no objectivo de
Versão Simplificada do Relatório e Parecer sobre a CGE de 2013
11 Hora de Aprender
Análise Sectorial da Dotação da Despesa
Em 2013, a dotação alocada aos sectores prioritários do PARP, tem vindo a crescer desde o primeiro ano da sua vigência, partindo de 86.148 milhões de Meticais, em 2011, para 102.491 milhões de Meticais no ano seguinte e 120.963 milhões de Meticais, em 2013. No quadro que se segue é apresentada a dotação da Despesa por Sectores prioritários.
Quadro n.º 2 Dotação dos Sectores prioritários do PARP
As maiores dotações da despesa dos Sectores Prioritários inscritas no Orçamento couberam à Educação, com 32.823 milhões de Meticais (16,7%), Infra-estruturas, com 28.557 milhões de Meticais (14,5%) e Saúde, com 22.731 milhões de Meticais (11,6%), conforme se detalha no Gráfico IV.5, a seguir.
Valor Pe so
(%) Valor Pe so
(%) Valor Pe so (%)
Var.
(%)
Educação 26,953 18.2 28,606 17.3 32,823 16.7 14.7 21.8
Saúde 11,131 7.5 17,199 10.4 22,731 11.6 32.2 104.2
HIV/SIDA 210 0.1 110 0.1 157 0.1 42.7 -25.2
Infra-e struturas 23,144 15.6 27,987 16.9 28,557 14.5 2.0 23.4
Agricultura e De se nvolvime nto Rural 13,378 9.0 13,275 8.0 15,682 8.0 18.1 17.2 Gove rnação, Se gurança e Siste ma Judicial 9,489 6.4 10,881 6.6 15,656 8.0 43.9 65.0 O utros Se ctore s Prioritários 1,843 1.2 4,433 2.7 5,514 2.8 24.4 199.2
Acção Social 1,511 1.0 3,919 2.4 4,900 2.5 25.0 224.3
T rabalho e Emprego 332 0.2 514 0.3 613 0.3 19.3 84.8
Total Se ctore s Prioritários 86,148 58.2 102,491 61.9 120,963 61.6 18.0 40.4 Restantes Sectores (não Prioritários) 51,744 34.9 45,339 27.4 55,290 28.2 21.9 6.9 De spe sa Total (se m Encargos e O pe raçõe s
Finance iras) 137,892 93.1 147,830 89.3 176,253 89.8 19.2 27.8
Total da De spe sa 148,088 100 165,512 100 196,372 100 18.6 32.6
Fonte: Quadro 24 e Mapa I-1-2 da CGE-2013.
(Em milhões de Meticais)
2011 2012 2013
Se ctore s / Instituiçõe s Prioritárias Inte grante s do PARP
O rçame nto do Estado
Var.
13/11 (%)
O Plano de Acção para Redução da Pobreza (PARP) 2011 – 2014 é a estratégia de médio prazo do Governo de Moçambique que operacionaliza o Programa Quinquenal do Governo (2010-2014), focado no objectivo de combate à pobreza.
Dotação da Despesa é o limite fixado pela
Assembleia da República para o Estado
gastar.
12 Gráfico n.º2 Repartição Percentual da Dotação da Despesa por Sectores
Análise das Dotações por Âmbito
No gráfico abaixo, no tocante à distribuição das dotações por âmbito, aos órgãos e instituições de Âmbito Central foram destinados 133.353 milhões de Meticais, o equivalente a 67,9% do valor total orçamentado (196.372 milhões de Meticais). Deste montante, coube ao Âmbito Provincial o valor de 36.975 milhões de Meticais (18,8%), ao Distrital, 23.619 milhões de Meticais (12,0%) e ao Autárquico, 2.425 milhões de Meticais (1,2%).
No âmbito Provincial, as maiores dotações são as das Províncias de Nampula, com 5.609 milhões de Meticais (2,9%), Sofala e Cabo Delgado, com 4.461 milhões de Meticais e 4.421 milhões de Meticais, respectivamente, que correspondem ao peso idêntico de 2,3%.
Gráfico n.º3 - Distribuição das Dotações por Âmbito Territorial
Educação 16,7%
Saúde 11,6%
HIV-Sida 0,1%
Infraestruturas 14,5%
Agricultura e Desenvolvimento Rural
8,0%
Governação, Segurança e Sistema Judicial
8,0%
Acção Social 2,5%
Trabalho e Emprego 0,3%
Restantes Sectores 28,1%
Encargos da Dívida 2,9%
Operações Financeiras 7,4%
0 20.000 40.000 60.000 80.000 100.000 120.000 140.000
Central Provincial Distrital Autárquico 133.353
36.975
23.619
2.425
Milhões de Meticais
13
Capítulo III: RECEIT A
As receitas chegam aos cofres do Estado obedecendo aos quatro (4) passos seguintes:
R
ECURSOS DOO
RÇAMENTO DOE
STADOQuadro n.º 1 - Recursos do Orçamento do Estado
Em mil M eticais Categorias Valores Peso (% )
Receitas do Estado 126.318.714 66,8
Empréstimos Internos 3.158.000 1,7
Donativos 30.233.385 16,0
Empréstimos Externos 29.300.008 15,5
TOTAL 189.010.107 100
Em 2013, a Receita do Estado prevista foi de 120.492.306 mil Meticais, tendo o Estado colectado, 126.318.714 mil Meticais. A maior parte das receitas proveio das Receitas Fiscais arrecadadas pela Administração Central, representando 98,9% do volume total da receita.
Importa referir que 98,9% do total da Receita do Estado, correspondente a 124.953.118 mil Meticais, provém da Administração Central e 1,1%, equivalendo a 1.365.596 mil Meticais, da Administração Provincial, incluindo, nesta última, as receitas de nível distrital.
Indicação de quanto foi previsto na LOE
para a receita Reconhecimento do direito de o Estado receber a
receita Recebimento de Impostos, taxas e
créditos devidos
ao Estado Depósito do dinheiro nos cofres do Estado
COFRES DO ESTADO 1.º.PASSO
HORA DE APRENDER
Receita do Estado são todos os Recursos Monetários ou espécie, seja qual for a sua fonte ou natureza, postos à disposição do Estado, com ressalva daqueles em que este seja mero depositario temporario.
Empréstimos Externos são os empréstimos que o Estado contrai fora do País Donativos são ofertas que o Estado recebe de organizações ou países.
Receitas Fiscais são aquelas que provêm de impostos como o IVA, o IRPC, o IRPS, etc.
IVA é o Imposto sobre o Valor Acrescentado. Este é pago sempre que compramos ou importamos alguns produtos.
2. º.PASSO
5.º.PASSO
4.º.PASSO
3.º.PASSO
Versão Simplificada do Relatório e Parecer sobre a CGE de 2013
14 Cobrança do IVA no Quinquénio
A cobrança do IVA apresentou, ao longo do quinquénio 2009-2013, em termos nominais, uma tendência de contínuo crescimento, sendo que, em 2013, o montante arrecadado representa um incremento de 20,7%, face ao ano de 2012.
Reembolsos do IVA
O Governo recebeu 903 pedidos de reembolsos de IVA no montante de 7.881.788 mil dos quais foram pagos 1.110.450 mil meticais o que equivale a 14,1% do valor arrecadado.
Foram pagos 266 pedidos de anos anteriores, no montante de 2.351.759 mil Meticais, correspondentes a 67,9% do valor total reembolsado (3.462.209 mil Meticais).
Receita Cobrada nos Mega-projectos
Quadro n.°2 – Receita Cobrada nos Mega-projectos
Em milhões de Meticais Mega-
Projecto
Natureza do Imposto
Peso (% ) IRPC IRPS
Imposto Sobre Produção
Taxa Liberatória
Taxas de
Concessão Dividendos Total Geral
Mozal 0 161 0 237 803 149 1,350 17.5
Areias Pesadas de Moma
(Kenmare) 15 219 126 0 0 0 359 4.6
Mozal 310 196 0 0 0 0 506 6.5
Sasol Petroleum
Temane 929 31 244 0 0 0 1,204 15.6
ENI - East
África SPA 1,058 91 0 0 0 0 1,150 14.9
Sasol Petroleum
Moçambique 0 0 15 0 0 0 15 0.2
Vale
Moçambique 412 792 192 0 0 0 1,396 18.1
Rio Tinto 76 465 35 0 0 0 576 7.5
Anadarko
Moçambique 1,064 113 0 0 0 0 1,177 15.2
Total 3,864 2,068 612 237 803 149 7,733 100
Relativamente ao peso da contribuição dos Mega-projectos no total da receita gerada por tais empresas, na Receita do Estado, em 2013, destacaram-se, no total da receita gerada, a Vale Moçambique, Sasol Petroleum Temane, Anadarko Moçambique e ENI - East África SPA, com 18,1%, 15,6%, 15,2%, 14,9%, respectivamente.
HORA DE APRENDER
Reembolsos do IVA − Na importação
de alguns produtos, o Estado cobra o
IVA, porém, no âmbito dos benefícios
fiscais, este deve devolver aos
importadores o valor correspondente a
este imposto.
15 Receita Cobrada através das Execuções Fiscais
O saldo final das dívidas ao Estado dos documentos debitados aos Recebedores das Áreas Fiscais e, posteriormente, enviados à cobrança coerciva, correspondia, em 31/12/2013, a 1.959.116 mil Meticais, menos 159.831 mil Meticais que no ano anterior. Os Conhecimentos de Cobrança debitados perfizeram o valor de 431.972 mil Meticais, representando um aumento de 7,8% comparativamente ao ano anterior.
Na mesma linha, a cobrança teve um aumento, relativamente ao ano anterior, tendo passado de 55.463 mil Meticais para 71.370 mil Meticais.
Benefícios Fiscais
Os benefícios fiscais concedidos, em 2013, foram de 18.914 milhões de Meticais, contra 13.174 milhões de Meticais atribuídos no ano de 2012, isto é, um incremento de 43,6%.
Verifica-se, que os benefícios fiscais incidentes sobre o IVA registaram 9.429 milhões de Meticais, que correspondem a 49,9% do total dos benefícios concedidos.
Quadro n.º3 – Benefícios Fiscais Concedidos
Em milhões de Meticais
Imposto 2012 2013 Peso Variação
Imposto Sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas (IRPC) 4,665 5,243 27.7 12.4
Imposto Sobre o Rendimento de Pessoas Singulares (IRPS) 1 1 0.01 0.0
Direitos Aduaneiros 2,438 3,962 20.9 62.5
Imposto Sobre Consumos Específicos - Produtos Importados 71 279 1.5 295.9 Imposto Sobre Valor Acrescentado (IVA) na Importação 6,000 9,429 49.9 57.2
TOTAL 13,174 18,914 100 43.6
HORA DE APRENDER
Execuções Fiscais – Quando os contribuintes não pagam voluntariamente impostos, o Estado é obrigado a cobrar coercivamente.
Receitas de Capital são aquelas provenientes de operações de crédito (quando o Estado concede crédito) e alienações de bens (quando o Estado vende seus bens).
Conhecimento de Cobrança é um certificado de dívida que é emitido pela Direcção da Área Fiscal.
Benefícios Fiscais são medidas que
implicam a isenção ou redução do
montante a pagar dos impostos em
vigor, com o fim de favorecer as
actividades de reconhecido interesse
público.
16
Capítulo IV: DESPESA
Os passos para a realização das despesas são os seguintes:
Despesa Pública é o dispêndio, pelo Estado, de recursos monetários ou em espécie, seja qual for a sua proveniência ou natureza, com ressalva daquelas em que o beneficiário se encontra obrigado à reposição dos mesmos. As regras para a realização dos dispêndios em 2012 constam da Lei n.º 1/2012, de 13 de Janeiro, que aprova o Orçamento do Estado daquele ano.
Na execução da Despesa devemos, ainda, ter em conta, os Regulamentos do SISTAFE e da Contratação de Empreitada de Obras Públicas, Fornecimento de Bens e Prestação de Serviços ao Estado, e o Manual de Administração Financeira e Procedimentos Contabilísticos (MAF). Fazem ainda parte da legislação atinente à execução da despesa, as Instruções de Execução Obrigatória do Tribunal Administrativo, de 29 de Dezembro de 2008, e, por último, as Instruções sobre a Execução do Orçamento do Estado, emitidas pela Direcção Nacional de Contabilidade Pública, em 31 de Outubro de 2000.
É o conjunto de dispêndios realizados pelo Estado para custear os serviços públicos (despesas correntes) prestados à sociedade ou para a realização de investimentos (despesas de capital).
Autorização através da lei para o Estado gastar (a chamada dotação orçamental.)
FIXAÇÃO
É a reserva da dotação orçamental necessária para a realização de uma despesa.
CABIMENTAÇÃO
Verificar se o serviço foi feito ou se o bem adquirido está em boas condições se estiver.
LIQUIDAÇÃO
Pagamento da despesa liquidada PAGAMENTO
HORA DE APRENDER
Versão Simplificada do Relatório e Parecer sobre a CGE de 2013
17 Evolução da Execução Orçamental da Despesa de 2009 a 2013
Quadro n.° 1 - Evolução da Execução Orçamental da Despesa de 2009 a 2013 Em milhões de Meticais
Execução do Orçamento da
Despesa
2009 2010 2011 2012 2013
Valor Peso
% Valor Peso
% Valor Peso
% Valor Peso
% Valor Peso
% Funcionamento 43,793 51.6 59,356 55.4 70,989 55.5 83,805 57.7 95,655 52.5 Investimento 35,336 41.6 43,681 40.8 51,012 39.9 53,457 36.8 72,301 39.7 Operações
Financeiras
5,747 6.8 4,049 3.8 5,935 4.6 7,983 5.5 14,235 7.8 Despesa Total 84,876 100 107,086 100 127,935 100.0 145,245 100 182,191 100
Como se pode ver no quadro acima, a despesa total executada, de 2009 a 2013, registou crescimentos anuais de 26,2%, em 2010, 19,5%, em 2011, 13,5%, em 2012, e 25,4%, em 2013. Em 2013, as Despesas de Funcionamento cresceram 14,1% e as de Investimento, 35,2%, relativamente ao ano de 2012.
Em 2013, a realização da despesa atingiu 182,191 milhões de Meticais.
Execução Global do Orçamento segundo a Classificação Funcional
No quadro abaixo, mostra-se a Despesa por funções, com destaque para as áreas consideradas prioritárias, no âmbito do PARP.
Quadro n.° 2 - Execução Global do Orçamento segundo a classificação Funcional
Sectores Prioritários Dotação Actualizada
Execução Valor % Peso
Educação 32,823 31,703 96.6 19.3
Saúde 22,731 20,869 91.8 12.7
Infra-estruturas 28,557 26,220 91.8 16.0
Programa Contas dos Desafios do Milénio 523 523 100.0 0.3 Agricultura e Desenvolvimento Rural 15,159 13,548 89.4 8.3
Boa Governação 15,656 15,174 96.9 9.3
Outros Sectores Prioritários 5,514 5,272 95.6 3.2
Total Sectores Prioritários 120,963 113,309 93.7 69.1
Restantes Sectores 55,291 50,677 91.7 30.9
Despesa Sem Encargos da Dívida e Operações Financeiras
176,254 163,986 93.0 100
Encargos da Dívida 5,622 3,970 70.6
Operações Financeiras 14,496 14,235 98.2
Despesa Total 196,372 182,191 92.8
18 A execução das despesas dos sectores
prioritários do PARP, em termos globais, foi de 93,7% e o dos restantes sectores, de 91,7%. A execução da despesa total fixou-se em 92,8%, com as Operações Financeiras a registarem uma execução de 98,2% e os Encargos da Dívida, 70,6%.
Quanto ao peso, na Despesa Total sem Encargos da Dívida, verifica-se, ainda, no mesmo quadro, que o sector da Educação é o que apresenta a maior expressão, com 19,3%, seguido dos sectores das Infra-estruturas e da Saúde, com 16,0%, e 12,7%, respectivamente.
Seguem-se os sectores da Boa Governação, com 9,3%, e o sector da Agricultura e Desenvolvimento Rural, com 8,3%.
No sector da Educação, o Ensino Geral assume o maior destaque com 16,5%.
Nas Infra-estruturas, o destaque vai para as Estradas, com um peso de 10,5%.
Realização Global da Despesa da Componente Funcionamento do Orçamento
Nas despesas de funcionamento, foram gastos 95.654.687 mil Meticais, dos quais, 47.628.202 mil Meticais (49,8%) correspondem às despesas de Âmbito Central, 26.608.394 mil Meticais (27,8%), do Provincial, 19.897.232 mil
Meticais (20,8%), do Distrital, e 1.520.859 mil Meticais (1,6%), do Autárquico. Constata-se que, do total executado nesta componente, 99,6% foi em Despesas Correntes, assumindo as Despesas de Capital a participação de 0,4%.
Encargos da dívida são aquelas obrigações que abrangem as transacções que conduzem à variação de activos e passivos mobiliários e financeiros do Estado.
Operações financeiras são operações realizadas pelas empresas com objectivo de gerar recursos financeiros (dinheiro).
As operações Financeiras podem ser Activas quando compreendem a concessão de empréstimos e adiantamentos, aquisição de títulos de crédito, incluindo obrigações, acções, quotas e outras participações do Estado.
As operações Passivas compreendem a amortização de empréstimos contraídos, pelo Estado, a regularização de adiantamentos recebidos e a execução de avales ou garantias.
Estas operações compreendem as rubricas empréstimos Externos, Empréstimos Internos Bancários e as obrigações Internas.
Componente Funcionamento do Orçamento analisa os gastos feitos pelo Estado Para pôr a sua máquina a funcionar. Por exemplo, os gastos referentes ao pagamento de salários, pensões, etc.
Despesas Correntes são os gastos do Estado com os seus funcionários, por exemplo, pagamento de vencimentos, pensões, subsídios de combustível, funeral, telefones, energia, uniformes, compra de papel, etc.
Despesas de Capital são os gastos com as construções, habitações, edifícios, estradas, etc.
HORA DE APRENDER
Versão Simplificada do Relatório e Parecer sobre a CGE de 2013
19 No âmbito central, destacam-se, em 2013, no total das
despesas de funcionamento, o Ministério do Interior, com 11,7%, os Encargos da Dívida - Central, com 8,3%, as Forças Armadas de Defesa de Moçambique, com 7,8%, a Direcção Geral dos Impostos, com 7,3%, o Sector Subsídios - Central, com 7,1%, e a Autoridade Tributária de Moçambique, com 6,8%.
No âmbito provincial, de uma dotação de 27.312.575 mil Meticais, foram executados 26.608.394 mil
Meticais, o equivalente a 97,4%.
No âmbito Distrital, em 2013, a taxa de execução das Despesas de Funcionamento de Âmbito Distrital foi de
98,8%, e nelas as Despesas Correntes tiveram, também, 98,8% e as de Capital, 82,0%.
Fundo de Compensação Autárquica
A dotação orçamental do Fundo de Compensação Autárquica, na Componente Funcionamento, foi de 1.528.142 mil Meticais, tendo sido transferidos 1.520.860,00 Meticais. Relativamente ao peso no montante global transferido, destacam-se as Autarquias da Cidade de Maputo, da Beira, da Matola e de Nampula, com 19,8%, 9,7%, 9,4% e 7,0%, respectivamente.
Execução Global da Componente Investimento do orçamento por âmbito e tipo de financiamento
Na Componente Investimento, foram gastos 72.300.643 mil Meticais, dos quais 59.398.391 mil Meticais (82,2%) correspondem a despesas de Âmbito Central, 8.595.823 mil Meticais (11,9%), do Provincial, 3.410.205 mil Meticais (4,7%) Distrital e por último, 896.224 mil Meticais (1,2%), do âmbito Autárquico.
Quanto à execução das despesas, por tipo de financiamento, 34.012.709 mil Meticais, correspondem ao financiamento interno, dos quais 24.312.529 mil Meticais, no Âmbito Central (71,5%), sendo o remanescente distribuído pelas províncias, distritos e autarquias.
No que concerne, ao financiamento externo, de um total de 38.287.934 mil Meticais (53%), foram despendidos 35.085.861 mil Meticais, a nível Central (91,6%), sendo o remanescente distribuído pelas províncias e distritos.
Fundo de Compensação Autárquica é destinado a complementar os recursos orçamentais das autarquias. É constituído por 1,5% das receitas fiscais previstas no respectivo ano económico.
Componente Investimento do Orçamento analisa a parte do Orçamento do Estado ligada aos investimentos.
HORA DE APRENDER
Versão Simplificada do Relatório e Parecer sobre a CGE de 2013
20
Capítulo V: Operações relacionadas com o Património Financeiro do Estado
No ano de 2013, o montante previsto para as Operações Financeiras foi de 8.266.274 mil Meticais, sendo de 4.424.519 mil Meticais para as Operações activas e 3.841.755 mil meticais para as Operações Passivas.
Em relação ao valor global da Execução das Operações Activas, há uma diferença entre a previsão de 4.424.519 mil Meticais, e o montante de 10.564.543 mil Meticais, apresentado na CGE como dotação orçamental corrigida, um incremento nas previsões orçamentais de 140,8%.
A execução das Operações Activas, de acordo com a informação da CGE, foi de 10.564.542 mil Meticais (99,2%), tendo os Empréstimos com Acordos de Retrocessão registado 10.329.473 mil Meticais, o correspondente a 97,8%.
Sociedades com Participações do Estado No que diz respeito a participações do Estado nas Sociedades por Quotas, o exercício em apreço não registou movimentos, mantendo-se a participação do Estado em 20 sociedades.
Ao longo do quinquénio, a intervenção do Estado nas sociedades por quotas tem vindo a diminuir, com 27, em 2009, para as actuais 20 sociedades, havendo um movimento inverso entre o número de sociedades e o peso da participação do Estado nas mesmas.
No que se refere as participações do Estado nas Sociedades Anónimas observa-se que o Estado detinha, em 2013, participações em 103
As operações patrimoniais dizem respeito ao património físico e financeiro do Estado. As receitas e despesas patrimoniais provêm da administração desse património mobiliário e imobiliário.
As operações financeiras abrangem as transacções que conduzem à variação de activos e passivos mobiliários ou financeiros do Estado. Estes devem constar da Conta Geral do Estado, com referência às datas do início e fim do exercício económico.
O património financeiro do Estado é, também, composto pelo capital das empresas públicas e das sociedades de capitais públicos, bem como pelas participações do Estado no capital de empresas privadas, quer sejam sociedades anónimas, quer sejam sociedades por quotas, ou outras.
As Operações Financeiras Activas compreendem a concessão de empréstimos e adiantamentos, aquisição de títulos de crédito, incluindo obrigações, acções, quotas e outras formas de participação do Estado.
Sociedades por quotas são aquelas em que o capital está dividido em parcelas e os sócios são solidariamente responsáveis pela realização do capital social.
Sociedades Anónimas (SA) são aquelas em que o capital é dividido em acções e cada sócio limita a sua responsabilidade ao valor das acções que detém.
HORA DE APRENDER
21 sociedades, sendo que em 18 delas, através do IGEPE e nas outras 85, por outras instituições do Estado, com um peso de 82,5%.
Nas 103 sociedades participadas, o Estado detém 45.616.229 mil Meticais de capital social, o que significou um aumento de 45.574 mil Meticais, comparativamente ao ano de 2012, em que se registou, em 102 sociedades, uma participação de 45.570.655 mil Meticais.
No ano em apreço, o peso da participação do Estado no capital social das sociedades anónimas representou 61,6%, percentagem praticamente idêntica à do ano anterior (61,5%).
Saneamento Financeiro Através do IGEPE e da DNPE
Nas auditorias realizadas ao IGEPE e à Direcção Nacional do Património do Estado (DNPE), foi apurado que os gastos do Estado no saneamento financeiro, através destas duas entidades, foram de 157.175 mil Meticais, dos quais, 149.522 mil Meticais, através do IGEPE, e 7.653 mil Meticais, através da DNPE como se dará conta a seguir.
Através do IGEPE
Em 2013, destaca-se a despesa no saneamento financeiro nas Empresas de Construção e Manutenção de Estradas e Pontes (ECMEP´s) de pagamento de salários em atraso aos trabalhadores, indemnização aos ex-trabalhadores e reservas matemáticas, no valor total de 130.045 mil Meticais, o que representou 87% da despesa do ano.
Compete ao IGEPE gerir as participações que o Estado tem nas empresas, com vista a garantir a efectivação da sua reestruturação patrimonial. Cabe ao IGEPE coordenar e controlar as participações do Estado nos diferentes tipos de sociedade e acompanhar ou participar na gestão de todas as empresas participadas pelo Estado.
HORA DE APRENDER
Capital Social das Empresas é o valor dos bens ou o dinheiro com que os sócios contribuem para uma empresa sem direito de devolução.
Saneamento Financeiro é o processo que visa ajustar a situação financeira de uma empresa para evitar o seu colapso, permitido um funcionamento normal da mesma. É a implementação de um conjunto de medidas com objectivo de melhorar o seu desempenho.
HORA DE APRENDER
Versão Simplificada do Relatório e Parecer sobre a CGE de 2013
22 Quadro n.º 1 - Despesas do Estado no Saneamento Financeiro de Empresas e Aume nto de Capital, através do IGEPE
Em mil Meticais
Empresas 2009 2010 2011 2012
2013
Total 2009/13
Peso (%) Valor Peso
(%)
I. S aneamento financeiro 62,337 28,100 148,653 310,559 149,522 100.0 699,171 53.8
1. Texmoque 0 0 0 2,360 0 0.0 2,360 0.2
2. Texlom, SARL 6,500 0 0 0 0 0.0 6,500 0.5
3. M inas do Zambeze 0 0 0 0 8,027 5.4 8,027 0.6
4. Riopele 4,000 0 0 0 0.0 4,000 0.3
5. M abor 5,500 0 3,151 3,400 0 0.0 12,051 0.9
6. Companhia do Búzi, SA 0 0 0 24,500 300 0.2 24,800 1.9
7. Vidreira e Cristalaria de
M oçambique, SA 6,000 0 0 4,145 0 0.0 10,145 0.8
8. SCANM O 3,337 0 0 0 0.0 3,337 0.3
9. M inas de M urrua e M agma 37,000 0 470 10,000 1,488 1.0 48,958 3.8
10. ADENA 0 28,100 69,837 355 0 0.0 98,292 7.6
11. Sociedade M oçambicana de
M edicamentos 0 0 37,562 32,148 7,190 4.8 76,900 5.9
12. Empresas de Construção e M anutenção de Estradas e Pontes-
ECM EP´s 0 0 24,660 219,716 130,045 87.0 374,421 28.8
13. ALC - African Leasing Company,
SA (*) 0 0 12,973 2,472 1.7 15,445 1.2
14. Riopele, Têxteis de M oçambique,
SA 13,935 0.0 13,935 1.1
II. Operações Financeiras Activas 100,000 29,650 0 471,571 0 0.0 601,221 46.2
II.1-Constituição de Capital 1,000 0 0 0.0 1,000 0.1
1. Empresa M oçambicana de
Exploração M ineira, SA 1,000 0 0 0 0.0 1,000 0.1
II.2-Aumento de Capital 35,749 29,650 0 0 0 0.0 65,399 5.0
1. mCel- M oçambique Celular, SA 35,749 0 0 0 0.0 35,749 2.7
2. SEM OC 0 17,850 0 0 0.0 17,850 1.4
3. Auto Gás, SA. 0 11,800 0 0 0.0 11,800 0.9
II.3-Aumento da Participação do
Estado no Capital S ocial 0 0 0 471,571 0 0.0 471,571 36.3
1. Banco Nacional de Investimentos 471,571 0 0.0 471,571 36.3
II.4-Empréstimos 32,964 0 0 0 0 0.0 32,964 2.5
1. CM G- Companhia M oçambicana
de Gasodutos, SA 32,964 0 0 0 0.0 32,964 2.5
II.5-S uprimentos 30,287 0 0 0 0 0.0 30,287 2.3
1. Sociedade M oçambicana de
M edicamentos 30,287 0 0 0 0.0 30,287 2.3
Total Geral I+II 162,337 57,750 148,653 782,130 149,522 100.0 1,300,39
1 100.0
Disponibilizado Pelo OE (1) 235,069
Saldo de 2012 cuja utilização em 2013 foi autorizada pelo M inistro das Finanças (2)
14,517
Outros recursos (**) (3) 43,421
Total de Recursos (4) = (1) + (2) + (3) 293,007
23 Através da DNPE
Quadro n.º 2 – Saneamento Financeiro de Empresas através da DNPE
Em mil Meticais
Empre sas 2009 2010 2011 2012
2013 Total
2009/13 Pe so Valor Pe so (%)
(%)
Int ermecano 2,488 394 174 0 0 0.0 3,055 3.8
Lomaco - Montepuez 200 0 0 0 0 0.0 200 0.2
Ex-Fábrica de Refrigerantes de T ete 0 3,832 0 0 0 0.0 3,832 4.7
Pescom Internacional - Delegação de
Maputo 0 164 0 0 0 0.0 164 0.2
Pescom Internacional - Beira 1,541 0 24 0 0 0.0 1,565 1.9
Mecanagro e Auto Diesel da Maxixe 2,164 0 0 0 0 0.0 2,164 2.7
Ex-Construtora Integral de Sofala 17,687 0 0 0 0 0.0 17,687 21.7
ROMOS Inharrime 0 0 256 0 0 0.0 256 0.3
ROMON, E.E. - Delegação de Lichinga 2,058 0 0 0 0 0.0 2,058 2.5
Serração e Carpintaria Beirense 458 0 0 1,744 0 0.0 2,202 2.7
CET A-Construções e Serviços 70 0 0 0 0 0.0 70 0.1
Porto de Pescas de Quelimane 5,652 0 0 0 0 0.0 5,652 6.9
Romoza, E.E. - Delegação de Quelimane 4,030 0 0 0 0 0.0 4,030 5.0
Cerâmica e Carpintaria Monteiro e Giro -
Deleg. da Zambézia 2,173 0 0 0 0 0.0 2,173 2.7
Unidade T écnica de Reestruturação de
Empresas (UTRE) 615 680 883
138 448 5.9 2,765 3.4
Cinemas (Gúruè, Montalto, Preciosa,
Nacional, 25 de Setembro e Victórial) 163 207 188 710 76 1.0 1,344 1.7
Pensão Tomás 0 0 95 0 0 0.0 95 0.1
Joaquim Miquicene 42 0 0 0 0 0.0 42 0.1
Vilmar, Manica 849 618 0 0 0 0.0 1,467 1.8
Instituto Nacional de Segurança Social
(INSS) 73 186 0 0 0 0.0 259 0.3
Pedreira de Movene 71 0 0 0 0 0.0 71 0.1
Bartolomeu Manuel Banze 29 0 0 0 0 0.0 29 0.0
Vulcanizadora de Moçambique 157 0 0 0 0 0.0 157 0.2
João Chipela 203 0 0 92 0 0.0 295 0.4
Armando Fernando Milú 0 5,800 0 0 0 0.0 5,800 7.1
Costa Alberto Landane- CNAA-MOPH 0 0 0 678 0 0.0 678 0.8
Arvindcumar Jamnadás 0 687 0 0 0 0.0 687 0.8
Romão Domingos Pinto Romão 0 777 0 0 0 0.0 777 1.0
Ex-Romoc, E.E. - Delegação de T ete 0 383 0 0 0 0.0 383 0.5
Ex-Agro Pecuária de Quelimane 133 0 0 0 0 0.0 133 0.2
Fábrica de Descasque de Arroz de
Conhane 0 0 0 4,530 0 0.0 4,530 5.6
Fábrica de Refrigerantes de T ete 0 0 0 61 0 0.0 61 0.1
Construtora Integral de Manica 0 0 0 9,553 0 0.0 9,553 11.7
IMAGRAL 0 0 0 4,131 54.0 4,131 5.1
Empresa Joaquim A. S. dos Reis 0 0 0 2,998 39.2 2,998 3.7
TO TAL 40,854 13,728 1,620 17,507 7,653 100 81,362 100.0
No exercício económico de 2013, foram gastos, através da DNPE, 7.653 mil Meticais no saneamento financeiro de empresas, com recurso a receitas de alienação do património e A DNPE é a entidade que procede ao saneamento das empresas detidas pelo Estado, com dificuldades financeiras. As saídas de fundos respeitam, de entre outras, ao pagamento de salários em atraso, indeminizações aos trabalhadores e outras despesas. As entradas de fundos provêm dos pagamentos efectuados pelos adjudicatários (pessoa escolhida após concurso por ter apresentado a proposta mais favorável para adquirir uma empresa ou bem do Estado.) das empresas privatizadas, sendo, na sua maioria, realizados em prestações.
HORA DE APRENDER
Versão Simplificada do Relatório e Parecer sobre a CGE de 2013
24 participações do Estado, as despesas de saneamento financeiro tiveram uma redução, passando de 17.507 mil Meticais, em 2012, para 7.653 mil Meticais, no exercício em análise.
As empresas que mais recursos absorveram, em 2013, foram a IMAGRAL, no montante de 4.131 mil Meticais, com um peso de 54,0% do valor total despendido no ano, e a Joaquim A.S.
dos Reis, com 2.998 mil Meticais, representando 39,2% do valor total.
Foram, ainda, efectuadas despesas no saneamento financeiro à Unidade Técnica de Reestruturação de Empresas (UTRE), com 448 mil Meticais (5,9%) e aos Cinemas (Gúruè, Montalto, Preciosa, Nacional, 25 de Setembro e Victória), com 76 mil Meticais (1%).
Ao longo do quinquénio, do total dos recursos despendidos, as empresas que mais recursos consumiram no seu saneamento financeiro foram a ex-Construtora Integral de Sofala, com 21,7%, e a Construtora Integral de Manica, com 11,7%.
Empréstimos Concedidos pelo Estado
Em 2004, foi outorgado um crédito, através do Ministério dos Transportes e Comunicações, à Federação Moçambicana das Associações dos Transportes Rodoviários (FEMATRO), com receitas consignadas (Taxa sobre o Combustível), no valor de 7.900 mil Meticais, para a compra de autocarros.
O Acordo de Empréstimo foi assinado entre o Fundo de Apoio à Reabilitação da Economia (FARE) e a FEMATRO, em 9 de Junho de 2005.
Da auditoria realizada ao FARE, relativa ao exercício económico de 2008, foi constatado que a FEMATRO, até àquela data, do valor total que já devia ter sido pago, correspondente a 4 prestações em capital e juros (6.774.250 Meticais), tinha liquidado 500.000 Meticais, equivalentes a 7,4% da dívida.
Em 2009, o valor reembolsado, em termos de capital, ascendia a 3.350.000 Meticais, ou seja, 42,4% do empréstimo, no valor de 7.900.000 Meticais. Desde esta data, não se registou qualquer reembolso adicional do empréstimo.
A este respeito, a Direcção Geral do FARE referiu que está a estudar melhores formas de persuadir o mutuário a pagar a sua dívida, entre as quais uma possível reprogramação e novos termos de condições daquele empréstimo.
O artigo 37 do Estatuto do FARE, aprovado pelo Decreto n.º 89/2009, de 31 de Dezembro,
dispõe que em caso de incumprimento das obrigações, pelos beneficiários dos créditos desta
instituição, poderá promover a cobrança coerciva até ao reembolso integral, através dos
tribunais judiciais, contudo, assim não procedeu.
25 Desembolsos e Reembolsos dos Créditos Concedidos com Acordos de Retrocessão
Em 2013 foram desembolsados, 10.329.473 mil Meticais e reembolsados 335.983 mil Meticais, de que resultou um saldo de 39.023.823 mil Meticais, em 31/12/2013.
Beneficiaram dos desembolsos acima referenciados as empresas Maputo-Sul, EDM,
ANE – Fundo de Estradas, FIPAG e FARE, nos montantes de 7.058.921 mil Meticais, 2.183.079 mil Meticais, 737.496 mil Meticais, 325.682 mil Meticais e 24.295 mil Meticais, respectivamente. Em relação aos reembolsos, no exercício em apreço, efectuaram pagamentos as empresas EDM, HCB e FIPAG, nos montantes de 125.000 mil Meticais, 124.544 mil Meticais e 86.395 mil Meticais, respectivamente, totalizando 335.983 mil Meticais.
Empréstimos com Acordos de Retrocessão são empréstimos concedidos pelos diferentes parceiros, para os quais o Estado é co garante da sua devolução.
HORA DE APRENDER
26
Capítulo VI: Dívida Pública
Dívida Externa
No quinquénio 2009-2013, a Dívida Pública Externa, que inclui a dívida Multilateral e a Bilateral, diminuiu, de 2009 a 2010, tendo, nos anos subsequentes, registado sucessivos aumentos, ao passar de 3.743,5, em 2010, para 5.798,3 milhões de Dólares Americanos, em 2013.
Em 2013, a Dívida Multilateral foi de 3.383,1 milhões de Dólares Americanos, enquanto a Bilateral situou-se em 2.415,2 milhões de Dólares Americanos, totalizando 5.798,3 milhões de Dólares Americanos. A Dívida Multilateral registou um crescimento de 15,6%, em relação ao exercício de 2012, em que registou 2.926,8 milhões de Dólares Americanos. O aumento deveu-se, essencialmente, à dívida com o mutuante IDA, no montante de 2.189,5 milhões de Dólares Americanos, significando um incremento de 21,1%, relativamente a 2012.
A Dívida Bilateral registou um aumento de 27,0%, em relação ao exercício de 2012, cujo valor se situou em 1.902,4 milhões de Dólares Americanos.
Dívida Interna
De acordo com o Mapa I-3 da CGE, a Dívida Interna é constituída pelas rúbricas Banco Central, Outros Bancos e Instituições Financeiras, Obrigações do Tesouro e Outros, e regista o total de 35.312.633 mil Meticais, em desembolsos efectuados no ano.
Sustentabilidade da Dívida
Em 2013, todos os indicadores da sustentabilidade da Dívida Pública Externa situaram-se dentro dos limites estabelecidos. Embora em 2013, o peso relativo do Valor Actual da Dívida
Dívida Pública é todo o dinheiro que o Estado deve a terceiros, dentro ou fora do país.
O conceito da Dívida Pública está relacionado com o conceito de défice orçamental.
Aliás, é, em parte, devido aos défices orçamentais que existe dívida pública.
A Dívida Pública pode ser Externa (quando contraída fora do País) ou Interna (quando contraída dentro do país).
A dívida externa pode ser Multilateral (quando contraída junto de organismos Internacionais, como o FMI, BIRD, etc) ou Bilateral (quando contraída junto de Estados).
A Sustentabilidade da Dívida ou Nível de Solvência é a capacidade de um país honrar as suas responsabilidades relativas ao serviço da dívida, sem prejuízo dos seus objectivos de desenvolvimento económico e social.
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Versão Simplificada do Relatório e Parecer sobre a CGE de 2013