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Sumário. Texto Integral. Tribunal da Relação de Lisboa Processo nº 1052/2002-6

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Tribunal da Relação de Lisboa Processo nº 1052/2002-6

Relator: MARIA MANUELA GOMES Sessão: 25 Setembro 2003

Número: RL

Votação: UNANIMIDADE Meio Processual: APELAÇÃO.

Decisão: REVOGADA PARCIALMENTE.

MÉDICO RESPONSABILIDADE CIVIL CONTRATUAL

RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DANOS MORAIS

Sumário

Na quantificação da indemnização por danos morais deve o julgador atender a todas as circunstâncias concretas do caso, norteado pela ideia de

objectividade, mas também pela de equilíbrio, bom senso e sentido de

proporção das coisas, assim como pelos padrões adoptados na jurisprudência.

A ocorrência de uma queimadura no decurso de uma intervenção cirúrgica, causada pela utilização de um candeeiro inadequado, determina a obrigação de indemnização.

Pelo seu pagamento respondem solidariamente a entidade hospitalar onde a intervenção cirúrgica foi realizada e o médico que a efectuou.

Texto Integral

Acordam no Tribunal da Relação de Lisboa.

RELATÓRIO.

1. L. REGO, residente em Lisboa, intentou em 24.06.1992, no Tribunal Cível de Lisboa (15º Juízo), a presente acção declarativa de condenação, com

processo ordinário, contra a SOCIÉTÉ ... PORTUGAL, instituição particular de solidariedade social, com sede em Lisboa, e F. P., médico, residente em Lisboa, na Av. Marquês de Tomar, n° 33–2°–Esq°, pedindo a condenação solidária de ambos os RR. a pagar–lhe:

a) a quantia de Esc. 5.000.000$00, a título de indemnização por danos patrimoniais sofridos;

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b) a quantia de Esc. 10.000.000$00, a título de indemnização pelos danos não patrimoniais sofridos;

c) uma indemnização em dinheiro – a liquidar em execução de sentença – pelos outros danos sofridos cuja discriminação e liquidação não é ainda possível;

d) uma indemnização – também a liquidar em execução de sentença – pelos danos futuros (sequelas físicas, dores, tratamentos e desvalorizações) que o A.

viesse a sofrer em consequência dos mesmos factos;

e) juros de mora, à taxa anual de 15 %, desde a data da citação até integral pagamento.

Para tal, e em síntese, o autor alegou ter sofrido danos patrimoniais (derivados de uma incapacidade física permanente de 40 %) e não patrimoniais

(traduzidos em fortes dores e incómodos diversos) em consequência de ter sido vítima duma queimadura de terceiro grau provocada por uma lâmpada auxiliar utilizada durante uma intervenção cirúrgica (abdominoplastia)

executada pelo R. F. P. numa clínica particular (o Hospital de ---) de que a Ré SOCIÉTÉ ... PORTUGAL é proprietária e administradora.

Citados, vieram os réus contestar. A primeira - SOCIÉTÉ ... PORTUGAL - contestou apenas por impugnação, pondo em causa que o A. tenha sofrido os danos patrimoniais e não patrimoniais por ele invocados, bem como a

existência de nexo de causalidade entre tais danos e a lâmpada auxiliar solicitada pelo R. F. P. e disponibilizada pelo pessoal desta Ré durante a intervenção cirúrgica a que o A. foi submetido.

O Réu F. P. contestou alegando, em síntese, ter sido o A. quem escolheu a clínica particular onde este R., a pedido daquele, executou a intervenção cirúrgica em questão (por o A. ter nisso conveniência, dado ir ser, na mesma data e local, objecto doutra intervenção cirúrgica, esta do foro urológico, partilhando ambas as cirurgias a mesma via de acesso cutâneo) e não haver a queimadura sofrida pelo A. resultado de qualquer acto ou omissão deste R.

(ambas as intervenções a que o A. foi submetido teriam sido muito bem sucedidas), mas do mero funcionamento do equipamento de utilização

permanente existente na sala de operações, não cabendo ao cirurgião verificar o estado de funcionamento desses aparelhos – e formulou, em reconvenção, o pedido de condenação do A. a pagar–lhe os seus honorários pela prestação dos seus serviços profissionais como cirurgião na aludida intervenção cirúrgica (ajustados em Esc. 200.000$00), acrescidos dos honorários do seu ajudante (no valor de 20 % dos primeiros: Esc. 40.000$00) e dos da enfermeira

instrumentista (no valor de 10 % dos primeiros: Esc. 20.000$00), no total de Esc. 260.000$00.

O Autor replicou, pugnando pela improcedência do pedido reconvencional

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contra ele formulado pelo R. F. P., já que, como este R. não executara verdadeira e adequadamente os serviços estipulados, não teria direito à retribuição previamente ajustada.

Corridos os subsequentes termos processuais foi, em 15.07.98, proferida sentença que julgou a acção e a reconvenção parcialmente procedentes e condenou ambos os réus a pagarem solidariamente ao autor a quantia de 7.500.000$00 (sete milhões e quinhentos mil escudos), acrescida dos juros moratórios que sobre aquela se vencessem, à taxa legal (10 % ao ano), desde a data da sentença até integral pagamento, absolvendo os réus do demais

peticionado pelo Autor. Condenou ainda o Autor a pagar ao 2° Réu a quantia de 200.000$00 (duzentos mil escudos) e absolveu-o do demais pedido contra ele pelo 2° Réu.

Inconformados com essa decisão, apelaram ambos os réus.

Alegaram e no final formularam as seguintes conclusões:

A RÉ SOCIÉTÉ …PORTUGAL.

1. A ora recorrente nenhuma responsabilidade teve na produção dos pretensos danos que o A. terá sofrido.

2. O nexo de causalidade estabelecido pelo tribunal "a quo" para afirmar a responsabilidade da ora recorrente – a utilização de um candeeiro em

deficientes condições de funcionamento – não foi verificada, nem comprovada.

3. De facto, apesar do A. e o 2° R. o terem alegado, nunca juntaram aos autos elementos ou alegaram factos, cuja prova comprovasse tal deficiência técnica, e que se traduziria no aquecimento do candeeiro.

4. Do ensaio realizado pelo Instituto de Soldadura e Qualidade no laboratório de ensaios eléctricos, com referência ao candeeiro utilizado no decorrer das intervenções cirúrgicas, resulta objectivamente, que, independentemente, de ter sido utilizada uma lâmpada incandescente ou uma lâmpada de halogéneo, com o respectivo filtro instalado, eram insusceptíveis de obter temperaturas que provocassem a queimadura de que padeceu o A..

5. Ensaio este realizado entre 2 e 4 de Novembro de 1998, na sequência da decisão recorrida que considerou o candeeiro em causa como o facto que determinou a produção da queimadura em causa.

6. De resto, as temperaturas obtidas no ensaio foram–no ao fim de 30 minutos, tempo superior aquele em que terá sido utilizado durante as intervenções cirúrgicas do A..

7. Quer isto dizer que a queimadura que o A. terá sofrido não pode ter sido causado pelo candeeiro utilizado na sala de operações. Apenas no caso do candeeiro não ter o filtro instalado, é que tais queimaduras poderiam ter

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acontecido.

8. Todavia, nesse caso as temperaturas seriam de tal modo elevadas que era absolutamente impossível ao 2° R, e à sua equipa não se terem apercebido, isto, para lá do facto de ser manifestamente impossível suportar no bloco operatório, temperaturas superiores a 50° e mais.

9. Acresce que, um médico cirurgião com a experiência do 2° R. não permitiria, por certo, e em nenhuma circunstância, a utilização de um candeeiro, sem filtro, sendo que este é bem visível, conforme consta das fotografias incluídas no ensaio junto sob o documento n° 1.

10. Conforme consta do parecer do Doutor F. G., junto sob o doc. n° 2, quando se usa electrocirurgia de corte, como foi o caso das intervenções a que se sujeitou o A., aquela é bipolar e no local do eléctrodo de saída desenvolve–se temperatura capaz de fazer queimadura.

11. Este facto é só por si relevante e põe também em crise o entendimento do tribunal "a quo" quanto à circunstância de ter sido o candeeiro o responsável pela queimadura no A..

12. Da prova apurada nos autos, não existe um único facto que demonstre que foi o aquecimento do candeeiro a provocar a queimadura no A. tanto assim que, nem o A., nem o cirurgião 2° R., requereram alguma vez o exame do candeeiro.

13. Sendo que, face à determinação e à interpretação dos factos dados pelo tribunal "a quo" na sentença recorrida, a ora recorrente viu–se obrigada a solicitar o ensaio referido.

14. No âmbito das relações contratuais que se estabeleceram entre a ora recorrente e o A., aquela apenas é responsável pelos actos praticados pelo pessoal afecto e utilizados na execução do contrato de internamento, excluindo–se os actos médicos.

15. Estes (actos médicos) estão compreendidos no âmbito das relações contratuais directas e estabelecidas entre o A. e o 2° R.

16. Não existe, pois, obrigação de indemnização da ora recorrente, uma vez que o nexo causal só pode ser estabelecido relativamente a danos que o lesado provavelmente não teria sofrido se não fosse o comportamento imputado ao lesante, e este não existe na esfera do ora recorrente.

17. Existe uma manifesta contradição entre os factos dados como provados relativamente à saúde, idade, profissão e condições de trabalho do a., e a atribuição de indemnização por danos morais no valor de 7.500.000$00 (sete milhões e quinhentos mil escudos).

18. O A. já antes da operação tinha muitas dores, andava com dificuldade, não exercendo qualquer actividade profissional, nem trabalhando desde 25 de Abril de 1974.

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19. Ora, para a atribuição de indemnização, o tribunal "a quo" considerou que o A. era uma pessoa dotada de uma grande capacidade de trabalho, e uma pessoa saudável.

20. Além de que à data em que foi proferida a douta sentença recorrida o

autor tinha 82 anos, já tendo então falecido, o que aconteceu em 1 de Junho de 1998.

21. A indemnização concedida ao A. a título de danos morais, uma vez que só estes foram atendidos, é em qualquer caso manifestamente exagerada,

excedendo em muito o justo grau de compensação estabelecido na lei.

12. Não tendo sido levado em consideração, como o devia ter sido, o próprio grau de culpa do agente, o qual deve ser determinante para se estabelecer a amplitude da respectiva indemnização, e que no caso da ora recorrente e do 2° A. foi considerado como meramente negligente.

13. Violou, a sentença recorrida, nomeadamente, o disposto no art. 800°, n° 1, do Código Civil, no que diz respeito à sua aplicação à ora recorrente, o art.

798°, do mesmo código, uma vez que para a aplicação daquele preceito legal, exige a lei que exista culpa; os arts. 496°, n° 3 e 494°, 487°, n° 2 e 563°, todos os Código Civil.

O RÉU F. P.:

A– A condenação dos RR. no pagamento solidário de uma indemnização ao A., fundada em responsabilidade civil contratual, viola o disposto no art. 5l3° do Código Civil, visto que, nem o contrato, nem a lei determinam a solidariedade de tal obrigação.

B– Ao imputar o acto causador dos danos ao 2°. R. a título de culpa de

organização, a sentença recorrida violou os princípios gerais que regulam a responsabilidade civil contratual e o disposto nos arts. 798° e seguintes do Código Civil, visto que o dito acto constitui cumprimento defeituoso de um contrato em que o mesmo 2° R. não é parte e que foi praticado por pessoas que não agiram como auxiliares do dito 2°. R.

C– Ainda que se analise a conduta do 2°. R. à luz dos princípios da responsabilidade civil extracontratual, não existe nexo de causalidade adequada entre tal conduta e dos danos sofridos pelo A., pelo que a douta sentença recorrida violou o preceituado no art. 563° do Código Civil ao imputar ao 2°. R. a responsabilidade pelos danos

D– Por incluir a utilização do candeeiro no âmbito da actividade cirúrgica do 2°. R., e não na actividade de prestação de serviços auxiliares de medicina da lª R., a sentença recorrida fez errada aplicação ao caso do disposto no art.

493° n°. 2 do Código Civil.

E– Por ter violado os preceitos acima citados, deve a sentença recorrida ser

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revogada, concedendo–se provimento ao recurso e absolvendo–se o 2°. R. do pedido.

Comprovado nos autos o óbito do autor, ocorrido no dia 1.06.1998, procedeu- se à habilitação dos seus sucessores, tendo sido habilitados para ocuparem o lugar do falecido autor na lide, a sua viúva – I. REGO – e os seus filhos - G.

REGO e R. REGO.

Estes contra alegaram, pedindo o desentranhamento dos documentos

apresentados pela recorrente 1ª ré com as alegações do recurso e pugnando pela manutenção integral do decidido.

Colhidos os vistos legais, cumpre decidir.

MATÉRIA DE FACTO.

2. A sentença recorrida deu como provados os seguintes factos:

1. A 1ª Ré (SOCIÉTÉ ... PORTUGAL) é uma instituição particular de

solidariedade social, registada na Direcção–Geral dos Serviços de Segurança Social do Ministério do Emprego e da Segurança Social (cfr. o "Diário da República", 111 Série, n° 169, de 25/7/1990, pág. 12 522) (al. A) da Especificação);

2. A mesma lª Ré é proprietária e administradora de um hospital conhecido por Hospital de ---, instalado na Rua ---, em Lisboa (al. B) da Especificação);

3. Nesse hospital da lª Ré são praticados actos médicos, incluindo

intervenções cirúrgicas e internamento de doentes, contra pagamento pelos interessados dos respectivos serviços, ou seja, é ali exercida sob gestão e responsabilidade da lª Ré, e no interesse desta, medicina privada (al. C) da Especificação);

4. O Autor tinha dificuldade em andar e, sobretudo no verão, sofria muitas dores e outras queixas decorrentes do excesso de gordura no abdómen e pernas (quesito 90°);

5. Por isso, o Autor teve de se submeter a uma dermolipectomia bilateral, para remoção das duas pregas adiposas de um e outro lado das coxas, seguida duma abdominoplastia, com transposição do umbigo e remoção do avental adiposo, e duma herniorrafia, com reforço de toda a parede aponevrótica desde o apêndice xifoideu até ao púbis (resposta ao quesito 91°);

6. O Autor procurou o 2° Réu para que este procedesse a uma intervenção cirúrgica na sua pessoa, destinada a eliminar um avental adiposo e pregas de gordura nas raízes das coxas (resposta ao quesito 53°);

7. O 2° Réu informou o Autor de que a intervenção em causa era possível, desde que a situação de saúde do Autor – na parte cardíaca e pulmonar – não

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criasse risco a tal intervenção (quesito 54°);

8. Contudo, antes da intervenção ser efectuada, começou o Autor a referir queixas de natureza urológica (quesito 94°);

9. O 2° Réu foi de opinião que a solução de tais problemas deveria preceder a intervenção ao abdómen e coxas (quesito 95°);

10. O médico urologista que observou o Autor – Prof. M. F. – tinha–se

pronunciado no sentido de resolver o problema de saúde do Autor relacionado com a sua especialidade pela realização de uma intervenção cirúrgica (quesito 97°);

11. A cirurgia a praticar pelo 2° Réu e a urológica partilhariam, em caso de realização simultânea de ambas as intervenções, a mesma via de acesso cutâneo e o prolongamento do tempo decorrente da junção de ambas não constituiria risco significativo para o doente (resposta ao quesito 56°);

12. O Autor e o 2° Réu acordaram que este prestaria ao primeiro serviços profissionais como cirurgião, consistentes nas intervenções já descritas:

– cura operatória de uma hérnia da parede abdominal com flacidez

generalizada I dos planos músculo–aponevróticos e ressecção de um avental adiposo – abdomino–plastia;

– remoção de pregas de gordura das raízes da coxa direita e da coxa esquerda - dermolipectomia das coxas (quesito 84°);

13. O Prof. M. F. opera no Hospital de --- (resposta ao quesito 98º).

14. O 2° Réu acedeu a realizar a operação em local diferente da clínica onde habitualmente opera (resposta ao quesito 57°);

15. No dia 6 de Novembro de 1990, o Autor foi submetido, no Hospital de ---, em Lisboa, a uma intervenção cirúrgica à próstata com remoção de um

testículo e, em seguida, a uma hérnia (abdominoplastia) (al. D) da Especificação);

16. Foram quatro as intervenções a que o Autor foi submetido no Hospital de ---, no dia 6 de Novembro de 1990: a) uma operação à próstata –

prostatectomia; b) remoção de um testículo ectópico – orquidectomia; c) cura operatória de uma hérnia da parede abdominal com flacidez generalizada dos planos músculo–aponevróticos e ressecção de um avental adiposo abdomino–

plastia; d) remoção de pregas de gordura das raízes da coxa direita e da coxa esquerda – dermolipectomia das coxas (quesito 58°);

17. A operação à próstata foi executada pelo cirurgião Prof. M. F. (al. E) da Especificação);

18. A abdominoplastia foi executada pelo ora 2° Réu (al. F) da Especificação);

19. O local, a data e demais circunstâncias das intervenções cirúrgicas referidas na al. D) da Especificação foram estabelecidos entre os dois

cirurgiões referidos nas als. E) e F) da Especificação, limitando–se o Autor a

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aceitar o que lhe foi proposto pelos referidos especialistas (resposta ao quesito 89°);

20. Ambos os cirurgiões acordaram proceder a tais intervenções com uma única anestesia (al. G) da Especificação);

21. Assim, o Prof. M. F. começou por executar a operação à próstata – que decorreu normalmente (al. H) da Especificação);

22. Seguidamente, terminada a sua intervenção, esse médico retirou–se da sala de operações, entrando o 2° Réu para efectuar a abdominoplastia (al. 1) da Especificação);

23. Ambas as intervenções cirúrgicas referidas na al. D) da Especificação foram executadas num período de tempo adequado para a realização de tais actos cirúrgicos (resposta ao quesito 66°);

24. As intervenções cirúrgicas a que o Autor foi submetido no dia 6.11.1990 requerem, para a sua execução, muito mais tempo do que duas horas, a isto acrescendo que, no acto cirúrgico, além do tempo operatório, que corresponde ao período decorrido desde a incisão da pele até à última suturação, há ainda a considerar a preparação prévia do doente com a colocação de vias

endovenosas, monotorização, anestesia, desinfecção e preparação do campo operatório, bem como, no final, a feitura do penso com ligaduras, o acordar e a obtenção da estabilidade das funções vitais do doente (resposta ao quesito 80°

);

25. No caso do Autor, em que todos os actos referidos na resposta ao quesito 80° foram praticados, ocorrendo ainda uma substituição de equipas cirúrgicas e de instrumentos, um tempo de sete horas constitui um bom tempo (resposta ao quesito 81°);

26. A anestesia do Autor não foi prolongada por um tempo superior ao que as intervenções em causa requerem (quesito 67°);

27. O 2° Réu serviu–se, durante a intervenção cirúrgica referida na alínea F) da Especificação, de equipamento de utilização permanente pertencente ao Hospital propriedade da 1ª Ré (resposta ao quesito 63°);

28. Além da iluminação principal existente no tecto da sala de operações, existem, no hospital pertencente à lª Ré, candeeiros auxiliares destinados, quando necessário, a funcionar, na sala de operações, como focos de

iluminação complementar, para permitirem uma melhor visualização de zonas determinadas (resposta ao quesito 62°);

29. O Prof. Doutor F. P. [2° Réu] solicitou uma luz auxiliar para a realização da intervenção cirúrgica (al. L) da Especificação);

30. O 2° Réu, durante a operação, ordenou a instalação de um foco de luz auxiliar (resposta ao quesito 22°);

31. Um enfermeiro ao serviço da 1ª Ré referiu ao 2° Réu, quando trouxe para

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a sala de operações o candeeiro auxiliar referido na resposta ao quesito 19°, que o mesmo "aquecia" (resposta ao quesito 50°);

32. O 2° Réu utilizou o referido candeeiro durante a operação (resposta ao quesito 50º);

33. A lâmpada do candeeiro auxiliar utilizado durante a operação não era tecnicamente adequada para essa utilização (resposta ao quesito 23°);

34. O ora 2° Réu, bem como os seus auxiliares presentes na sala de operações, apenas se aperceberam de tal circunstância quando constataram, por

observação visual, que uma zona do abdómen do Autor se apresentava de cor rosada (resposta ao quesito 24°);

35. A acção da lâmpada do candeeiro auxiliar utilizado durante a intervenção cirúrgica provocou, no quadrante inferior esquerdo do abdómen do Autor, uma queimadura do terceiro grau, que afectou os tecidos no plano cutâneo

(resposta ao quesito 25°);

36. O abdómen do Autor nunca entrou em combustão, nem os seus órgãos internos foram afectados (quesito 79°);

37. A referida queimadura verificou–se durante a intervenção cirúrgica efectuada pelo ora 2° Réu (quesito 18°);

38. As terminações nervosas localizadas na região afectada foram lesadas, determinando um certo grau de hipostasia, embora tal não comprometa a sensibilidade da parede anterior do abdómen do Autor, no seu conjunto, a qual se encontra conservada (resposta ao quesito 17°);

39. A insensibilidade da parede abdominal do Autor foi apenas temporária e é resultado de qualquer abdominoplastia (resposta ao quesito 78°);

40. Tais lesões foram causadas pela lâmpada de um candeeiro (auxiliar) gizado durante a intervenção cirúrgica (resposta ao quesito 19°);

41. O Autor sofreu, em consequência da aludida queimadura, dores e incómodos, tendo ficado com uma cicatriz de queimadura do 3° grau,

localizada no quadrante inferior esquerdo do abdómen, a qual se apresenta de forma irregular, multilobulada, de aspecto ligeiramente retráctil,

despigmentada na porção central e hiperpigmentada nos bordos, bastante aparente, ainda que sem carácter desfigurante, e cobrindo uma área de 11 x 12 cm., nas suas maiores dimensões (resposta ao quesito 27°);

42. A lesão sofrida pelo Autor determinou uma incapacidade genérica

temporária parcial (1GTP), fixável numa média de 20 %, entre o dia 6/11/1990 (dia da produção da queimadura) e o dia 19/4/1991 (data da consolidação da lesão) e uma incapacidade genérica permanente parcial (IPP) de 3 % (0,03) (resposta ao quesito 33°);

43. Após a operação referida na al. F) da Especificação, o Autor permaneceu na unidade de cuidados intensivos da lª Ré, ainda anestesiado (resposta ao

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quesito 1°);

44. O Autor foi transferido, a seguir às operações, para a unidade de cuidados intensivos, por ser esse o procedimento corrente e tecnicamente adequado depois de uma intervenção (quesito 68°);

45. Os cirurgiões não acompanham o paciente na permanência nessa unidade, cabendo ao pessoal da mesma vigiá–lo e pedir a comparência do cirurgião ou do anestesista, se a mesma se revelar necessária (quesito 69°);

46. Ninguém, da mesma unidade ou do Hospital, pediu a comparência do 2°

Réu, do anestesista ou do Dr. B. P. na citada unidade (quesito 70°);

47. Durante o internamento, o ora 2° Réu foi efectuando os pensos ao Autor (quesito 5°);

48. Quando o Autor já se encontrava em sua casa, passou a deslocar–se ao consultório do 2° Réu, para este lhe continuar a fazer os pensos, o que fazia, inicialmente, dia sim dia não e, posteriormente, de quatro em quatro dias (resposta ao quesito 6°);

49. O ora 2° Réu sempre omitiu ao Autor que tivesse surgido qualquer anomalia na operação cirúrgica (quesito 7°);

50. Limitava–se a dizer ao Autor, à família deste e ao médico assistente que havia dificuldades de cicatrização, mas omitindo sempre qualquer acidente ocorrido (quesito 8º).

51. Mesmo ao médico assistente do Autor, Dr. B. P., nunca o 2° Réu revelou a ocorrência de qualquer anomalia durante a operação (resposta ao quesito 9°);

52. Posteriormente à operação, um amigo do Autor, em conversa casual com uma pessoa ligada ao Hospital de ---, veio a saber que tinha ocorrido uma anomalia durante uma operação ali realizada e relacionou–a com a situação do Autor (resposta ao quesito 20°);

53. Informado do caso, o Autor logo contactou com o ora 2° Réu, que efectivamente confirmou (mas só então) ter o Autor sofrido uma grave queimadura provocada por uma lâmpada utilizada durante a intervenção cirúrgica (quesito 21°);

54. O 2° Réu só posteriormente à operação comunicou ao Autor a verificação da queimadura (resposta ao quesito 73°);

55. O Autor era acometido constantemente por dores violentas, designadamente na zona abdominal (quesito 10°);

56. E sentia que a ferida não cicatrizava (quesito 11°);

57. Assim, mais de 60 dias após a intervenção cirúrgica, e encontrando–se o Autor desesperado com dores, o seu médico assistente [Dr. B. P.] decidiu chamar outro clínico, especialista em cirurgia plástica (quesito 12°);

58. Esse outro clínico – Dr. G. M. – observou o Autor e verificou que este tinha, no abdómen, uma necrose motivada por queimaduras do 3° grau, infectada,

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com perda cutânea de 0,5 % da superfície corporal, bordos inflamados e com dificuldade de cicatrização (quesito 13°);

59. Procedeu [o Dr. G. M.] à limpeza cirúrgica, tendo o doente melhorado (quesito 14°);

60. Foi proposto um enxerto cutâneo, que não veio a ser executado, tendo a ferida cicatrizado por segunda intenção (quesito 15°);

61. Actualmente, o Autor apresenta uma cicatriz instável.

62. O Autor sofreu dores até à consolidação da lesão (verificada em 19/4/1991) (resposta ao quesito 34°);

63. Os pensos e tratamentos provocaram também fortes dores (quesito 35°);

64. O Autor teve de ser submetido, já pelo Dr. G. M., a várias sessões de remoção da matéria putrefacta da ferida, sem anestesia (resposta ao quesito 36°);

65. Esses tratamentos eram dolorosos (resposta ao quesito 37°);

66. O Autor viveu, durante meses, angustiado com a perspectiva de a ferida não cicatrizar (resposta ao quesito 38°);

67. O período de tratamento post–operatório foi prolongado, em resultado da ocorrência da referida queimadura (resposta ao quesito 41°);

68. Em condições normais – e se não fora o acidente em causa –, o período de recuperação post–operatório não excederia trinta dias (quesito 41°);

69. A idade do Autor, a presença de vasos arteroescleróticos e a existência de uma diabetes pré–existente contribuíram para prolongar e dificultar o

processo de eliminação espontânea da pele necrosada (resposta ao quesito 75°);

70. O Autor só começou a poder sair de casa e a fazer vida normal em Abril de 1991 (quesito 40°);

71. O Autor era uma pessoa saudável, considerando a sua idade, e dotado de grande capacidade de trabalho (resposta ao quesito 44°);

72. Os carcinomas em cicatrizes cutâneas antigas e retrácteis, em especial por queimaduras extensas, ocorrem apenas em 1 a 2 % dos casos, ocorrendo

sobretudo com cicatrizes localizadas nos membros inferiores, abrangendo as articulações coxofemural e do joelho, e no couro cabeludo, com 20 a 40 anos de evolução (respostas aos quesitos 76° e 77°);

73. Segundo a Tabela dos Actos Médicos da Ordem dos Médicos (código da nomenclatura e valor relativo a actos médicos) em vigor em 1990, a

dermolipectomia das coxas e a dermolipectomia abdominal com transposição do umbigo tinham, respectivamente, o seguinte valor de K: 150 e 250

(resposta ao quesito 59°).

3. O DIREITO.

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3.1. Recurso da 1ª ré.

3.1.1. Vistas as conclusões da alegação desta recorrente e sabido que é através delas que se delimita o objecto do recurso, a questão fulcral nele suscitada prende-se com uma pretendida alteração da matéria de facto, tendente a afastar o facto (claramente dado como provado na sentença

recorrida – ponto 35 da matéria de facto), de que a queimadura de 3º grau que afectou o tecido cutâneo do quadrante inferior esquerdo do abdómen do autor, na sequência das operações referidas nos autos se ficou a dever à acção do candeeiro auxiliar utilizado no decurso da segunda das operações e fornecido pela 1ª ré.

Com vista a tal, juntou a recorrente com as suas alegações dois documentos – um relatório atribuído ao Instituto de Soldadura e Qualidade e outro, uma declaração atribuída ao Assistente Hospitalar do Serviço de Dermatologia do Hospital do Desterro, intitulado de “Parecer”.

Independentemente da classificação dos documentos juntos aos autos pela ora recorrente com as suas alegações e da inadmissibilidade dessa junção visto o disposto no art. 524º do CPC, as decisões dos tribunais de 1ª instância sobre matéria de facto só podem ser alteradas nas situações expressamente enunciadas no art. 712º nº 1 do CPC, isto é: a) se do processo constarem todos os elementos de prova que serviram de base à decisão ou se, tendo ocorrido gravação dos depoimentos prestados, aquela tiver sido impugnada nos termos do art. 690º-A; b) se os elementos fornecidos pelo processo impuserem

decisão diversa, insusceptível de ser destruída por quaisquer outras provas; c) se o recorrente apresentar documento novo superveniente e que, só por si, seja susceptível para destruir a prova em que a decisão assentou.

Os documentos apresentados pela recorrente, para além de poderem e deverem ter sido apresentados pela ora recorrente com a sua contestação se nisso visse interesse, nos moldes em que estão elaborados sempre seriam inócuos já que, como referem os recorridos, nem sequer se pode dizer que se prendam com a matéria em causa. O “relatório” diz respeito a um candeeiro que, nada de concreto, permite afirmar que se trate do candeeiro auxiliar a que se reportam os autos e o “parecer” mais não é que uma declaração que enuncia, abstractamente, a queimadura como um dos efeitos indesejáveis da Electrocirurgia.

Assim, não se verificando qualquer das situações enunciadas no citado art.

712º, nº1, do CPC, a decisão sobre a matéria de facto da 1ª instância é insindicável por esta Relação e como tal insusceptível de alteração.

Ora, em face da matéria de facto dada como provada, designadamente a constante dos ponto 33 e 35 e sobretudo do 40, dúvidas não há de que se encontra provado o nexo causal entre o dano e a conduta da 1ª ré que, por

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virtude do contrato celebrado, estava obrigada a disponibilizar todos os instrumentos necessários à realização das operações, nas devidas condições técnicas para o efeito, o que não aconteceu com o candeeiro em causa, facto que era mesmo do conhecimento do seu pessoal, já que ficou igualmente provado que um enfermeiro ao serviço da 1ª ré, quando trouxe para a sala de operações o dito candeeiro, referiu que o mesmo aquecia (ponto 31 da matéria de facto provada).

Assim sendo, mostrando-se verificados todos os pressupostos de constituição da obrigação de indemnizar por parte da 1ª ré (artigo 789º e seguintes do C.

Civil), improcede o primeiro núcleo de conclusões da sua alegação de recurso.

3.1.2. Defende, em seguida, a mesma recorrente que a atribuição da quantia de 7 500 000$00 a título de indemnização pelos danos morais sofridos pelo autor é excessiva.

A indemnização por danos morais, quando tem lugar, tem como finalidade dar ao lesado uma compensação pelos danos sofridos. O respectivo montante será fixado equitativamente pelo tribunal, tendo em conta a extensão e gravidade dos prejuízos, o grau de culpabilidade do agente, a situação económicas deste e do lesado e demais circunstâncias do caso (art. 496º, nº1, 1ª parte, do C.

Civil).

Quer isto dizer que o julgador, há de atender a todas as circunstâncias

concretas do caso, norteado pela ideia de objectividade mas também pela de equilíbrio, bom senso e sentido de proporção das coisas, bem como ainda pelos padrões de indemnização adoptados na jurisprudência.

Ora, dos factos provados resulta que o primitivo autor, sofreu dores violentas, por virtude da queimadura de 3º grau causada pelo candeeiro fornecido pela 1ª ré, viu, por causa dela, demorado por mais quatro meses e meio o seu período de recuperação, ao longo dos quais foi submetido a sucessivos pensos e tratamentos dolorosos e ficou, no final, com uma cicatriz instável, geradora de uma IPP de 0,03.

Provado que está também que a cicatriz estava localizada no abdómen, sem qualquer inconveniente particular para o autor, pessoa então já com mais de setenta anos, a indemnização a arbitrar há-de destinar-se, basicamente, a compensar o autor pelas dores sofridas até à cura da lesão e pela angústia vivida com a incerteza da cicatrização, justificável até pela sua condição de diabético.

Assim, tudo ponderado, entende-se como justo fixar a indemnização devida ao falecido autor, em consequência da queimadura sofrida, em 2 500 000$00, correspondentes actualmente, por aproximação, a 12 470 euros.

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Procede, nesta parte, a alegação da recorrente, impondo-se reduzir a sua condenação para aquele montante, absolvendo-a do restante que lhe era pedido.

3. 2. Recurso do réu F. P.

3. 2. 1. Vistas as conclusões deste recorrente, são duas as questões a

apreciar: (a) saber se, face aos factos provados, aquele deve ser obrigado a indemnizar os sucessores do primitivo autor; (b) em caso afirmativo, saber se é caso de condenação solidária com a 1ª ré, conforme foi decidido em 1ª instância.

Como as questões estão intimamente interligadas, passaremos a abordá-las em conjunto.

Como se diz na sentença recorrida, com a qual, nessa parte, se concorda inteiramente, no caso, a responsabilidade do 2º réu, enquanto médico, radica no contrato celebrado entre ele e o primitivo autor e, em princípio, tendo o réu cumprido diligentemente todos os passos dos actos cirúrgicos que se obrigou a realizar, teria cumprido com a sua obrigação e, consequentemente, por nada poderia ser responsabilizado.

Todavia, resulta da matéria de facto dada como provada, que no decurso desses actos, o 2º réu pediu uma luz auxiliar, equipamento que lhe foi

fornecido pela 1ª ré, através de um seu enfermeiro, o qual referiu ao 2º réu que o candeeiro aquecia.

Impunha-se-lhe, nessa circunstância, que ordenasse que lhe trouxessem outra luz auxiliar que reunisse as condições técnicas exigíveis, ou pelo menos, que providenciasse para que esse aquecimento não fosse projectado sobre a pele do doente. Ao omitir esses cuidados, exigíveis a qualquer cirurgião

medianamente diligente, o 2º réu, ora recorrente, omitiu cuidados a que

estava obrigado, violando dessa forma obrigações acessórias do contrato que celebrara com o falecido autor e, constituindo-se, por isso, a par com a 1ª ré, na obrigação de indemnizar.

Sendo contratual a responsabilidade dos réus, diversa a causa (fundamento) da obrigação de cada um deles, mas concorrendo as actuações de ambos para um mesmo facto danoso, e verificando-se uma comunhão de fins – a

compensação devida ao autor pelo sofrimento derivado da lesão causada pelo candeeiro - não há uma solidariedade perfeita, tal como é definida no art. 512º do C. Civil,

Só que, concorrendo a conduta de ambos os réus para o (mesmo) facto danoso, tendo ambas as obrigações o mesmo objecto e extinguindo-se

necessariamente aquelas pela realização integral da prestação por parte de qualquer um dos obrigados, a situação integra aquilo que geralmente se

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denomina por solidariedade imperfeita ou aparente[1], sendo-lhe aplicável, designadamente o disposto no art. 518º e seguintes do C. Civil.[2]

Mas ainda que assim se não entenda, por estarem em causa responsabilidades de natureza contratual[3], então há que aplicar à situação em apreço, por analogia, alguns preceitos das obrigações solidárias, designadamente o estatuído no art. 519º do C. Civil, por procederem inteiramente, no caso, as razões justificativas da solidariedade nos casos de responsabilidade por facto ilícito contempladas no 497º do C. Civil (artigo 10º, nº2, do mesmo diploma).

Improcedem, pelo exposto, as conclusões da alegação do recorrente Fernando Paredes, impondo-se a manutenção da sua condenação (embora por razões diversas das invocadas na sentença recorrida), em regime de solidariedade, no pagamento aos sucessores do autor da indemnização por danos morais, mas apenas no valor atrás fixado, absolvendo-o do restante.

DECISÃO.

4. Termos em que se acorda em julgar parcialmente procedentes os recursos de ambos os recorrentes, e condená-los solidariamente a pagarem aos

sucessores do primitivo autor a quantia de 12.470 € (doze mil quatrocentos e setenta euros) a título de indemnização por danos não patrimoniais sofridos por aquele, absolvendo-os do mais em que foram condenados, revogando-se, nessa parte, a sentença recorrida.

Custas, nas duas instância, serão suportadas pelos recorrentes e recorridos, na proporção do respectivo decaimento.

Lisboa, 25 de Setembro de 2003 Maria Manuela Gomes

Olindo Geraldes Fátima Galante

______________________________________________________

[1] Cfr. Antunes Varela, Das Obrigações em Geral, 2ª ed., vol. I, p. 619.

[2] Ás chamadas obrigações solidárias imperfeitas são aplicáveis, por analogia, as regras legais sobre as obrigações cuja razão de ser lhes seja extensível (Vaz Serra, RLJ, ano 111, p. 67 e 195)

[3] Cfr. Ac. do STJ de 18.05.76, BMJ nº 257, p. 138.

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