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Trabalho em equipe nas unidades de diálise

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Academic year: 2022

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Trabalho em equipe nas unidades de diálise

Juan José Dapueto, MD, PhD

Departamento de Psicologia Médica, Faculdade de Medicina Universidad de la República

Uruguai

(2)

Temas

Nessa apresentação abordaremos os seguintes temas:

• Definições de equipe de saúde.

• Importância das equipes de saúde no cuidado dos pacientes.

• Diferentes tipos de equipes e sua função na diálise.

• A experiência de trabalho em equipes nefrológicas.

(3)

Grupos e equipes

Equipe:

• A OMS (1973) define equipe de saúde:

“(…) associação não hierarquizada de pessoas, com

diferentes disciplinas profissionais, mas com um objetivo comum, que é o de prover, em qualquer âmbito, aos

pacientes e famílias, a atenção de saúde mais integral possível.”

(4)

Em 2012, a OMS definiu equipe como:

Um conjunto distinguível de dois ou mais pessoas que

interagem de forma dinâmica, independente e adaptativa, orientadas para alcançar objetivos comuns e valiosos, para quem foram designados papéis e funções específicas a serem desempenhadas e cuja participação se limita a um período de tempo.

A peculiaridade de uma equipe de saúde é que o objetivo comum é oferecer serviços aos pacientes.

Definição equipe de saúde

WHO Patient Safety, Course To Err is Human, Being an effective team player.

Genebra, WHO, 2012.

(5)

Características das equipes de saúde

É necessário que os membros da equipe:

• Possuam conhecimentos e habilidades especializadas e complementares.

• Conheçam seu papel e os papéis dos outros integrantes da equipe, e que interajam entre si para alcançar o objetivo comum.

• Tomem decisões.

• Possam trabalhar frequentemente em condições de grande carga de trabalho e se prestem apoio mútuo.

• Atuem como uma unidade coletiva, resultado da

interdependência das tarefas realizadas pelos membros da equipe.

WHO Patient Safety, Course To Err is Human, Being an effective team player.

Genebra, WHO, 2012.

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Para a construção de uma equipe de saúde efetiva se deve:

• Oferecer estímulo e recompensa permanentes; esse conceito inclui o reconhecimento do local de trabalho e a designação do pessoal necessário.

• Contar com tempo e espaço físico para colocar em prática a interdisciplinaridade.

• Construir um marco referencial comum, em uma linguagem acessível.

• Evitar impor os critérios de uns sobre os outros e as lutas pelo poder.

• Favorecer a circulação do saber e a cooperação.

OPAS/OMS – Faculdade de Medicina - Universidad de Buenos Aires. Salud y Bienestar de Adolescentes y Jóvenes: Una Mirada Integral. Buenos Aires: Organização Pan-Aamericana da Saúde - OPAS, 2010.

(7)

Benefícios do trabalho em equipe

• Benefícios organizacionais:

– Menos entradas ao hospital;

– Melhor acessibilidade aos serviços;

– Menores custos.

• Benefícios para a equipe:

– Melhor coordenação;

– Maior eficiência no uso dos serviços;

– Informação mais completa e diversa.

• Benefícios para o paciente:

– Maior satisfação com os cuidados;

– Melhor aceitação do tratamento;

– Melhores resultados e qualidade dos cuidados.

• Benefícios para os membros da equipe:

– Maior satisfação com o trabalho;

– Maior clareza nos papéis;

– Maior bem-estar.

(8)

A qualidade na comunicação intra-equipe é essencial para ela

funcionar de maneira eficiente

(9)

Uma boa comunicação na equipe:

• Evita a sobreposição de indicações, às vezes contraditórias, e as mensagens erradas.

• Previne a ocorrência de eventos adversos.

• Melhora o relacionamento com o paciente e a família, porque evita mal-entendidos sobre os diferentes papéis e

responsabilidades.

• Melhora a informação e educação do paciente e da família sobre o tratamento e a medicação.

• Previne processos legais do paciente e dos familiares contra a equipe de saúde.

• Previne o aparecimento de comportamentos não profissionais.

(10)

O paciente e sua família são

integrantes da equipe de saúde

(11)

Como integrar o paciente e sua família à comunicação?

• O paciente e sua família participam das juntas médicas para

confirmar a exatidão da informação, retirando-se no momento da discussão do caso e da formulação do tratamento.

• O paciente, a família ou ambos participam, também, na discussão e nas propostas de tratamento, intervindo na tomada de decisões.

• Comunicação telefônica com os familiares diante de situações de dúvida ou de informações relevantes.

• O paciente pode se comunicar com a equipe fora das horas de diálise, por telefone ou meios eletrônicos.

• O paciente tem um caderno de anotações, no qual a enfermagem, o médico, a nutricionista enviam e recebem mensagens da família.

• O paciente e a família recebem folhetos ou materiais educativos.

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As equipes nefrológicas

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Coexistem vários tipos de equipe

• Equipe central: é a equipe que inclui os líderes da equipe e

membros diretamente envolvidos na atenção do paciente. Está conformada pelos médicos nefrologistas, enfermeiras, técnicos de diálise, nutricionistas, trabalhadores sociais, psiquiatras ou

psicólogos.

• Equipe de coordenação: é o grupo responsável pelo manejo operativo do dia a dia, pelas funções de coordenação e pelos recursos necessários para o funcionamento da equipe central, isto é, a equipe de controle da qualidade da água, a equipe de infecções, a equipe de insumos.

• Equipes de contingência: são formadas para eventos específicos ou de emergência, por exemplo: equipes de parada cardíaca, de resposta a desastres.

• Equipes auxiliares: inclui as copeiras, auxiliares de serviço, pessoal dos traslados e de apoio específico em diversas situações.

• Equipes de apoio e administração: tarefas específicas, como manutenção de equipes. Administração e gestão.

(14)

Experiências de trabalho em

equipe na diálise

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Experiências de trabalho em equipe

Normas do Fondo Nacional de Recursos do Uruguai, 1982 e 2006

Item Recursos Humanos:

– Outros profissionais:

Os centros e serviços de diálise crônica deverão ter nutricionista com experiência ou formação em nefrologia, psicólogo médico e/ou psiquiatra, e assistente social.

http://www.fnr.gub.uy/sites/default/files/normativas/tecnicas/n_dialisis_0.pdf

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Lições aprendidas 1

• Garantir uma reunião periódica da equipe

– A reunião mensal com enfoque psicossocial (nutrição, situação social e familiar, estado mental);

• Apresentar os dados de forma clara aos colegas de outras disciplinas, evitar o jargão;

• Ser eminentemente prático;

• Ser conciso, não sobrecarregar com dados irrelevantes os outros profissionais;

• Registrar no prontuário médico comum.

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Lições aprendidas 2

• Respeitar os diferentes papéis e perspectivas;

• Aceitar os questionamentos e discrepâncias;

• Buscar o consenso nas opiniões e, diante das discrepâncias, respeitar a decisão do coordenador da equipe;

• A decisão do coordenador deve considerar as diferentes perspectivas e opiniões;

• Processar os conflitos e desavenças ao interior do grupo;

• Promover a confiança e o cuidado mútuo dos integrantes,

“cuidando dos cuidadores”.

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Não esquecer de:

• Fazer da reunião de equipe um momento de intercâmbio distendido e frutífero.

• Não evitar as confrontações.

• Permitir que alguém faça de advogado do diabo.

• Terminar com um resumo, definindo objetivos, ações, tarefas e responsabilidades.

• Em situações complexas, designar um porta-voz para ser o interlocutor do paciente e da família: uma única mensagem por um único mensageiro.

• Aproveitar o grupo para discutir sobre como nos afetam as situações relacionadas aos pacientes e prevenir,

dessa forma, o desgaste na tarefa.

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Exemplo de confluência de percepções

O caso de um paciente com depressão

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O hematócrito está muito baixo. Está com problemas de

memória e atenção.

Senhor Rodríguez Perdeu peso,

não tem apetite.

Reclama da comida da

esposa.

Não tem critérios diagnósticos para

transtorno do humor. Não há risco de suicídio.

A esposa diz que está deprimido e ele

me contou que não quer mais

viver assim.

Meu marido está deprimido.

Esposa Nefrologista

Psiquiatra Nutricionista

Licenciada em Enfermagem

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Temas

Nessa apresentação abordamos os seguintes temas:

• Definições de equipe de saúde.

• Importância das equipes de saúde no cuidado dos pacientes.

• Diferentes tipos de equipe e sua função na diálise.

• A experiência de trabalho em equipes nefrológicas.

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Trabalho em equipe nas unidades de diálise

Juan José Dapueto, MD, PhD

Departamento de Psicologia Médica, Faculdade de Medicina Universidad de la República

Uruguai

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