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A IMPORTÂNCIA DA SAÚDE RENAL NA ATIVIDADE FÍSICA

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Academic year: 2021

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LIMA, Amanda Pontes1 MARQUES, Caroline Silva2 MANCINI, Hugo Lovatti3 CERREIA, Júlia Borges4 CARVALHO FILHO, Wilson O. 5

INTRODUÇÃO

No mundo contemporâneo, houve um aumento considerável nos praticantes de atividades físicas, que em suma maioria busca exercícios para uma melhor qualidade de vida e resultados estéticos. Todavia, pouco se sabe dos efeitos que a prática exagerada e incorreta desses pode causar no organismo, especialmente no sistema renal.

METODOLOGIA

Este trabalho foi desenvolvido com o estudo qualitativo de cunho bibliográfico, um estudo de meta-análise, onde foi feito um resumo de seis artigos e alguns livros, sobre uma mesma questão, assim combinando o resultado de tais pesquisas. O estudo aconteceu durante três semanas, através de pesquisas no Google Acadêmico, encontramos artigos que abordava o assunto escolhido, foram usadas as seguintes palavras chaves: Doenças renais, atividade física e rins, rabdomiólise, importância dos rins, a importância da atividade física em pacientes com doenças renais. Para os artigos utilizados, tivemos como critério selecioná-los a partir do ano de 2013.

RESULTADOS Saúde Renal

Para que ocorra a devida manutenção do meio interno, é indispensável um bom funcionamento renal, já que estes contribuem para um equilíbrio no organismo. Os rins, segundo Dr. Dráuzio Varella (2014) “Fazem parte do sistema excretor e

1 Graduanda do Curso de Ed. Física do Centro Universitário São Camilo-ES –amanda.p.lima1@outlook.com.

2 Graduanda do Curso de Ed. Física do Centro Universitário São Camilo-ES –mrsmarqueswork@gmail.com.

3 Graduando do Curso de Ed. Física do Centro Universitário São Camilo-ES –hugo_lovatti@hotmail.com.

4Graduanda do Curso de Ed. Física do Centro Universitário São Camilo-ES – juliaborgescerreia@gmail.com.

5 Wilson Pinheiro de Carvalho Filho. Médico Veterinário/ Educador Físico. Centro Universitário São Camilo-ES coachbrutus@aol.com.

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osmorregulador, pois filtram e excretam os dejetos presentes no sangue”, sendo responsável assim pela filtragem de nutrientes e excreção de restos metabólicos.

Esse órgão, que faz parte do Sistema Urinário, também possui funções de regular o nível de água contribuindo para o controle da hipovolemia, reabsorver potássio que é importante para o funcionamento da bomba de Na e K no transporte ativo e excretar as substâncias prejudiciais, através da formação de urina (LOPES; ROSSO, 2010).

Cada rim possui a unidade morfofuncional denominada néfron, que tem inicio na cápsula de Bowman por onde ocorre a penetração a ramificação da artéria renal (PAULINO, 2000). Eles trabalham diretamente com o Sistema Circulatório, já que exerce a atividade de filtrar o sangue através de uma grande artéria renal presentes em cada rim (NETTER, 2015), contribuindo para o controle da pressão arterial.

Logo, é visível a importância de cuidados com os rins a fim de manter seu devido funcionamento e evitando o surgimento de doenças renais que trarão prejuízos a todo o sistema corporal.

Atividade Física

Movimento causado por algum exercício, onde o corpo sai do estado de repouso. Essa ação traz diversos benefícios à manutenção da saúde, contribuindo para uma longevidade e qualidade de vida. Combate ao sedentarismo e suas consequências; melhora do funcionamento renal, controle de triglicérides, pressão, hipertensão e ansiedade são alguns exemplos das vantagens que a prática de atividade física gera ao corpo. (SILVA et al., 2010)

Relação da saúde renal com a atividade física

Diálogos em torno da conexão existente entre praticantes de exercício físico intenso e a relação com problemas renais como a rabdomiólise, insuficiência e lesão renal discreta – mas persistente – e pacientes sob tratamento hemodialítico e transplantados tem se tornado alvo de estudos.

Um estudo(2) feito na Colômbia destaca a rabdomiólise por esforço físico em dois casos de pessoas que iniciaram treinamento intenso e devido a fatores como calor, desidratação e urina roxa – por conta de grandes quantidades de mioglobina, associada a insuficiência renal aguda desencadearam a patologia. (MOGOLLON, 2015). Entretanto, apesar de não ser comum, a rabdomiólise pode acontecer até

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mesmo em praticantes de musculação, principalmente por conta da falta de hidratação e intervalo de descanso, e esses fatores podem ser explicados pela falta de consciência pela busca rápida e incessante por resultados em curto prazo.

Provas de alto desempenho, como o estudo feito em uma Ultramaratona de 24 horas (3) que coletou dados laboratoriais pré e pós prova de alguns atletas, indicou elevação de creatinina e uréia, discreta redução de calemia e uma remota chance de desencadear a rabdomiólise severa em suma maioria. Porém, é importante ressaltar que os corredores tiveram a oportunidade de ingerir alimentos, água e isotônicos e de descansar também, fator que inibiu maiores prejuízos renais e musculares.

Além da rabdomiólise, a relação entre exercício físico e sistema renal está presente também em pacientes com outras doenças renais, como por exemplo o resultado de uma pesquisa feita pela WHOQOL-Bre com pacientes em diálise “[...]

investigou que os efeitos de exercício físico na qualidade de vida de pacientes pós- transplante renal indicou que a prática de exercícios esteja associada à melhor qualidade de vida [...]” isto é, indivíduos que já se exercitavam de maneira regular possuem maior probabilidade de resultados positivos no tratamento.

Já em outra inquirição feita em pessoas com doença renal crônica apontou que

“77,8% dos pacientes são sedentários, e que 70,4% não receberam orientação para realização de atividade física.” (ARAÚJO et al., 2016) Quer dizer, o alto índice de sedentarismo presente nos pacientes sob tratamento hemodialítico pode ser explicado pelos efeitos colaterais existentes, como câimbras musculares, baixa pressão arterial e coceira na pele. Entretanto, estudos Europeus apresentaram dados que provam os benefícios causados pelo exercício em pacientes submetidos à hemodiálise, como aderência ao tratamento, conveniência de horário, redução da monotonia do processo de diálise e facilidade de acompanhamento médico.

(REBOREDO ET AL. 2007).

Conforme o exposto acima se pode levantar questionamentos como: até onde o exercício físico é saudável? Qualquer pessoa pode praticar atividades físicas? É necessária orientação? Qual a importância da atividade física no sistema renal?

CONSIDERAÇÕES FINAIS

É importante destacar que assim como qualquer excesso traz malefícios, com o exercício físico não seria diferente se feito de maneira errônea, pois quando de alta intensidade, este implicará negativamente no sistema renal. Podemos

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considerar a necessidade de conscientização em relação há ingestão de líquidos como isotônicos e hábitos saudáveis por parte dos praticantes de qualquer exercício físico, diminuindo assim a probabilidade de doenças renais. É imprescindível que qualquer pessoa esteja com os exames rotineiros em dia, para que dessa forma a mesma possa ter controle de sua saúde e melhor orientação por parte de um profissional. Academias, institutos ou qualquer outro lugar que forneça orientação de atividade física devem fazer anamnese e recolher exames atualizados a fim de evitar futuros problemas. Pacientes com doenças renais crônicas devem esperar aval médico para continuarem ou iniciarem a prática de exercício físico, para que este não prejudique o tratamento.

Portanto, apesar das pesquisas existentes em relação à prática de exercício físico e saúde renal ainda notamos a necessidade de novos estudos e maior aprofundamento do assunto, a fim de buscar maiores certezas perante as informações.

REFERÊNCIAS

MENDONÇA, Ana Eliza O. et al. Análise dos aspectos dfisicos da qualidade de vida de receptores de rim. Revistada Escola de Enfermagem da USP, vol.49, n.1, 2015, p.76-81. Universidade de São Paulo. São Paulo. Brasil.

ARAUJO, José ET AL. Nível de atividade física de pacientes em hemodiálise:

um estudo de corte transversal. Recife: Pernambuco, 2016. p.7.

MOGOLLON, Yurete A. T. Rabdomiolise na primeira semana de treinamento:

estudo de dois casos. Revista Med., 2015, p. 96-109.

PASSAGLIA, Daniela G. ET AL. Efeitos agudos de exercício físico prolongado:

avaliação após ultramaratona de 24 horas. Curitiba: Sociedade Brasileira de Cardiologia, 2012.

TEIXEIRA, Renato da Costa ET AL. Análise da capacidade funcional cardiorrespiratória em pacientes com insuficiência renal crônica em tratamento dialítico. ASSOBRAFIR Ciência, 2014, dez, p. 47-54.

REBOREDO, Maycon de Moura ET AL. Exercício físico em pacientes dialisados.

Revista Brasileira de Medicina do esporte, vol.13, n.6, Nov/dez, 2017, p.427-430.

SILVA, R. S.; SILVA, I.; SILVA, R. A.; SOUZA, L.; TOMASI, E. Atividade física e qualidade de vida. Ciência & Saúde Coletiva. 15 (1): 115-120, 2010.

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VARELLA, Dráuzio. Corpo Humano: rim. Disponível em:

https://drauziovarella.com.br/corpo-humano/rim/. Acesso em: 15 de julho de 2017.

PAULINO, Wilson Roberto. Biologia. Editora Àtica. São Paulo, 2017, p. 253-255.

LOPES, Sônia; ROSSO, Sergio. Bio. São Paulo: Editora Saraiva, 2010, v.2, p. 182- 183.

HANSEN, John T. Netter anatomia para colorir. 2. Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015.

Referências

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