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Efeito do treinamento pliométrico sobre força explosiva, velocidade e agilidade em atletas de voleibol feminino

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Efeito do treinamento pliométrico sobre força explosiva, velocidade e agilidade em atletas de voleibol feminino

Jônata Alencar Lucimar Neves Stefanny Santos Tania Cristina Willian Macena

Resumo: O trabalho verificou o efeito do treinamento pliométrico sobre a força explosiva, velocidade e agilidade de atletas de voleibol feminino. Estas capacidades são importantes visto que a modalidade exige movimentos rápidos com mudanças de direções para o melhor desempenho. Foram selecionadas 16 voleibolistas,com idade entre 14 e 15 anos, sendo divididas em dois grupos: experimental (GE N= 8) que foi submetido ao treinamento pliométrico e ao treino de voleibol; grupo controle (GC N=

8) que foi submetido apenas ao treino de voleibol. Para a avaliação das capacidades pré e pós intervenção foram aplicados os testes de impulsão vertical, impulsão horizontal, medicine ball, teste do quadrado e shuttle run de velocidade. Os dados obtidos foram tratados estatisticamente pelo teste t de Student. Os resultados do GE com relação aos testes do quadrado e medicine ball não evidenciaram diferenças significativas (p >0,05) e os testes de impulsão vertical, impulsão horizontal, e shuttle run com o treinamento apresentaram diferenças significativas (p <0,05). O grupo GC obteve resultado significativo apenas no teste de impulsão horizontal (p <0,05), sendo que nos testes de impulsão vertical, medicine ball, quadrado e shuttle run não expressaram melhoras significativas (p >0,05). Contudo, fica claro que para o GE houve resultado positivo com relação às capacidades físicas de força explosiva de membros inferiores e da velocidade. Em contrapartida, o GC não apresentou alteração no desempenho das capacidades físicas de força explosiva de membros superiores e inferiores no salto horizontal, agilidade e velocidade, apenas apresentando pequena alteração na capacidade de força explosiva de membros inferiores no teste de impulsão horizontal.

Palavra-chave: voleibol, pliometria, força, velocidade, agilidade.

Effect of plyometric training on explosive strength, speed and agility in female volleyball athletes

Abstratct: This work aimed to investigate the effect of plyometric training on explosive strength, speed and agility of female volleyball athletes. These capabilities are important as the mode requires fast movement with changing directions for the best performance. Sixteen volleyball players, aged between 14 and 15 years old, were selected and divided into two groups: experimental (GE N = 8) that underwent plyometric training and volleyball training; control group (CG N = 8) that underwent volleyball training only. For the evaluation of pre and post intervention capacities were applied the vertical impulsion, horizontal impulsion, medicine ball, square test and

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speed shuttle run tests. The data obtained were statistically treated by Student's t test.

The EG results regarding the square and medicine ball tests did not show significant differences (p> 0.05) and the vertical impulsion, horizontal impulsion, and shuttle run tests showed significant differences (p <0.05). The group CG obtained significant result only in the horizontal impulse test (p <0.05), and vertical impulse test, medicine ball, square and shuttle run did not express significant improvements (p> 0.05).

However, it is clear that for GE there was a positive result regarding the physical capabilities of explosive lower limb strength and velocity. In contrast, the CG showed no change in the performance of the upper and lower limb explosive strength physical abilities in horizontal jump, agility and speed, but only a slight change in the lower limb explosive strength capability in the horizontal impulse test.

Keyword: volleyball, plyometrics, strength, speed, agility.

INTRODUÇÃO

O voleibol é um desporto Olímpico que teve a sua origem nos Estados Unidos na Associação Cristã de Moços, em que a Federação Internacional do Voleibol foi fundada em 1947, e logo após teve seu início nos jogos olímpicos em 1964 (Almeida et al, 2012). A equipe do voleibol é composta por 12 jogadores, porém durante a disputa dos pontos são 6 jogadores titulares que se alternam entre ataque e defesa em cada equipe, e se enfrentam em uma quadra com uma rede situada no centro da quadra separando-as equipes. Os gestos que são manifestados no voleibol são movimentos de ataque incluindo saltos para o ataque, deslocamentos em diferentes direções e sentidos, manchetes, saques e cortadas; movimentos de defesa que se compõem com saltos para a defesa, bloqueio, mergulhos para recepção da bola e as ações para distintas direções e sentidos (BIZZOCCHI, 2000).

A modalidade voleibol tem como características determinantes o aspecto intermitente, ou seja, apresenta momentos ativos (média de 6 segundos) onde os atletas estão atacando, defendendo e recuperativos (média de 14 segundos) quando uma das equipes já efetuou a pontuação e estão à espera da reposição da bola pela equipe que acometeu o ponto. Essas diferenças de momentos e movimentos do vôlei tornam a modalidade acíclica, em que não compactua de ações contínuas. Sendo assim, o metabolismo energético que se apresenta com maior predominância no momento ativo de jogo é o imediato pela curta duração que obtém as médias de pontuação e a elevada força explosiva que é empregada nos movimentos, e contrariamente no momento recuperativo o metabolismo com a prevalência mais significativa é o oxidativo que se apresenta pela baixa intensidade de movimentação (HEDRICK, 2007).

A força explosiva é influenciada pelos produtos da força e velocidade de movimento, cujo objetivo é se movimentar ou movimentar algo em menor espaço de tempo, e também podendo ser classificada matematicamente como força x velocidade= potência (Prestes, et al. 2010). Para Fleck & Kraemer (2017), força explosiva pode ser inferida pela capacidade máxima de produção de força em um

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espaço curto de tempo. A velocidade se manifesta pela realização de um gesto motor no menor tempo possível (Weineck, 1999). Para Bompa (2001) a agilidade é a valência que tem como característica a alternância do sentido e da direção do movimento, com um menor tempo percorrendo o percurso.

Para o desenvolvimento de força explosiva se encontra um vasto material envolvendo a pliometria em diferentes contexto e modalidades. A pliometria que utiliza dos artifícios do ciclo alongamento encurtamento (CAE) descrita por Ugrinowitsch &

Barbanti (1998), que se refere à mecânica do músculo a partir de um estímulo excêntrico, onde nessa fase acumula força elástica, para tanto, deve ocorrer o estímulo concêntrico imediatamente para que força elástica acumulada não seja dissipada como calor. Assim, a pliometria pode fazer parte do treinamento de várias modalidades esportivas onde a velocidade e força explosiva estejam presentes, utilizando movimentos que proporcionem uma pré-inervação que favoreçam o movimento subseqüente. Os componentes elásticos ativados na musculatura durante a fase de aterrissagem e/ou pré-inervação funcionam como depósitos de energia que será utilizada na fase concêntrica (PIRES et al, 2011).

Dois dos princípios indissociáveis para aplicação do treinamento são as variáveis de intensidade e volume, que uma diz respeito à qualidade e a outra a quantidade. A intensidade é a qualidade do treinamento que se expressa em carga e cadência de movimento. O volume é a quantidade que se manifesta em quantidade de séries, quantidade de repetições, duração total da sessão e duração do tempo de recuperação entre séries (Dantas, 2014). Portanto, ao prescrever o treinamento se deve levar em consideração tais princípios, pois eles são determinantes para o alcance do objetivo pretendido na sessão e na preparação como um todo (micro, meso e macrociclo). Sendo assim, a partir da capacidade física e/ou metabolismo energético objetivado, foi selecionado um método que se relacione à pretensão, e então alinhar a intensidade e volume para que se obtenham alterações necessárias e benéficas que elevem o rendimento em uma supercompensação (Dantas, 2014).

Portanto, o objetivo do trabalho foi analisar o efeito do treinamento pliométrico em diferentes capacidades físicas que se manifestam a partir das fibras de contração rápida no voleibol feminino, a partir da força explosiva, velocidade e agilidade são traçadas as seguintes hipóteses: (H1) o treinamento pliométrico promove alterações positivas nas capacidades físicas; (H2) o treinamento pliométrico não promove alterações nas capacidades físicas.

METODOLOGIA

O público alvo selecionado para a pesquisa foi de 16 atletas com idade entre 14 a 15 anos do voleibol feminino, divididas em grupo controle (GC) e grupo experimental (GE), com 8 sujeitos para cada grupo. O GC realizou treinamento de duas horas com o técnico de voleibol tendo aspectos técnicos e táticos da modalidade, e o GE efetuou uma hora de treinamento pliométrico e em seguida se juntavam ao GC, por mais uma hora de treinamento com o treinador. Para a análise das possíveis alterações

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decorrente do treinamento pliométrico foram aplicados os testes pré e pós intervenção.

Teste de impulsão vertical (CHARRO, et al, 2010).

O avaliado ficou em posição ortostática ao lado de uma parede ou pilar de no mínimo 3 m e graduada em centímetros. Nesse teste tiveram duas fases:

Primeira fase: Em pé, ao lado do instrumento de medida, o avaliado irá elevar a mão dominante e tocar o ponto mais alto possível, sem saltar. A medida será anotada pelo avaliador.

Segunda fase: O avaliado deverá sujar as mãos com giz, flexionar o quadril e joelho, podendo usar o auxílio dos membros superiores para saltar o mais alto possível tocando a mão na escala.

Foram realizadas 3 tentativas, considerando o melhor resultado dentre elas.

Foi calculado a diferença (cm) do valor entre a primeira e segunda fase.

Materiais: Parede ou pilar de no mínimo 3 metros, giz e fita métrica. Tabela de referência, figura 1.

Teste de impulsão horizontal (CHARRO, et al, 2010).

A trena foi fixada ao solo, perpendicularmente à linha, ficando o ponto zero sobre a mesma. O sujeito se posicionou atrás da linha, com os pés paralelos, ligeiramente afastados, joelhos semi-flexionados, tronco ligeiramente projetado à frente. Ao comando, o sujeito saltou a maior distância possível. Foi realizado duas tentativas, registrando-se o melhor resultado.

A distância do salto foi registrada em centímetros, com uma casa decimal, a partir da linha traçada no solo até o calcanhar mais próximo desta.

Materiais: trena e fita adesiva.

Tabela de referência, figura 2.

Arremesso de Medicine ball (CHARRO, et al, 2010).

O objetivo do teste foi avaliar a potência de membros superiores, onde o avaliado partiu da posição sentado em uma cadeira e preso a esta com uma corda aproximadamente na altura do peito e segurando uma bola com as duas mãos e mantê-la o mais próximo possível também na altura linha do processo xifóide. Após o comando foi arremessado a bola sem auxílio de qualquer outro segmento corporal, somente membros superiores.

O resultado foi calculado em centímetros entre a linha inicial (nos pés da cadeira) e local de primeiro contato da bola ao solo. Materiais: Cadeira, corda, medicine ball de 3kg, fita adesiva e fita métrica. Tabela de referência, figura 3.

Teste do quadrado (CHARRO, et al, 2010).

Foi demarcada uma área quadrada com quatro cones, com distância de 4 m entre eles.

O avaliado ficou em posição ortostática, com um pé ligeiramente atrás da linha de partida. Ao comando, o avaliado movimentou-se até o próximo cone em sentido

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diagonal, em seguida, em direção ao cone à sua esquerda (ou direita) e depois ao cone em diagonal (atravessa o quadrado em diagonal) finalizando em direção ao último cone, que correspondeu ao ponto inicial, tocando com uma das mãos cada um dos cones que mapeiam o percurso. O cronômetro foi ativado no momento em que o avaliado executou o primeiro passo na área interna do quadrado. Foi realizado duas tentativas, sendo considerado o melhor tempo de execução. Materiais: 4 cones, 1 cronômetro e área de avaliação. Tabela de referência, figura 4.

Teste do Shuttle Run de velocidade (CHARRO, et al. 2010).

Com objetivo de medir a velocidade de deslocamento o Shuttle Run é um teste que é exigido piso limpo e antiderrapante, cronômetro, fita métrica, fita adesiva e cones de plástico. O avaliado foi orientado a começar com um pé na posição antero- posterior atrás da linha, ao comando, correr até a próxima linha e voltar. Esse processo de ir e voltar é considerado um ciclo. As linhas têm 5 metros de distância uma da outra, bem como 1 metro e 20 centímetros de comprimento, posicionando cones na periferia das linhas traçadas para melhor visualização do avaliado.

Materiais: 4 cones, cronômetro e trena.

Abaixo segue o método de treinamento pliométrico (tabela 1). Para o melhor aproveitamento do treinamento quanto a execução das técnicas certas nos movimentos requeridos, as duas primeiras semanas foram aplicados exercícios com os movimentos do programa com baixa intensidade, a fim de eliminar incorreções quanto à possíveis erros de aprendizagem.

O monitoramento da intensidade de treinamento foi por meio da percepção subjetiva de esforço (PSE) (Foster, 1998), tendo uma escala de 0 - 10 com descritores e os sujeitos darão as respostas pelo seu grau de percepção do esforço de cada sessão.

Tabela 1 - Programa de Treinamento Pliométrico Estruturação Planejamento de

treino 1 (PT1)

Planejamento de treino 2 (PT2)

Planejamento de treino 3 (PT3)

Tipo Saltos Saltos em

profundidade 1

Saltos em

profundidade 2

Duração 2 semanas 3 semanas 2 semanas

Frequência 2x por semana 2x por semana 2x por semana

Séries 2 3 3

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Momentos ativos 10 segundos 10 segundos 10 segundos

Momentos recuperativos

3 minutos 3 minutos 3 minutos

Materiais Medicine ball (1,5kg)

Plataformas (alt.

50 e 10 cm)

Suporte de

madeira (alt. 60 cm)

Medicine ball (2,5 kg)

Plataformas (alt.

60 e 20 cm)

Suporte de

madeira (alt. 70 cm)

Medicine ball (3,5 kg)

Barbante e bexiga

Exercício 1 6 saltos unilaterais para lateral

6 saltos unilaterais para lateral da plataforma (50cm)

6 saltos unilaterais da plataforma (60cm)

transpassando o suporte e tentando tocar a bexiga Exercício 2 6 saltos unilaterais

para frente

6 saltos unilaterais para frente, plataforma (50 cm)

6 saltos unilaterais para frente, plataforma (60cm), transpassando o suporte e tentando tocar a bexiga Exercício 3 6 saltos bipodais

para frente

6 saltos bipodais da plataforma

(50cm) e

transpassando o suporte

6 saltos bipodais da plataforma (60cm),

transpassando o suporte e tentando tocar a bexiga

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Exercício 4 8 saltos bipodais verticais

8 saltos bipodais verticais da plataforma (50cm)

8 saltos bipodais verticais da plataforma (60cm) e tentar tocar a bexiga

Exercício 5 6 flexões de braços

6 flexões de

braços da

plataforma (10cm)

6 flexões de braços da plataforma (15cm)

Exercício 6 6 arremessos de medicine ball, por cima da cabeça

6 arremessos de medicine ball, por cima da cabeça

6 arremesso de medicine ball, por cima da cabeça Exercício 7 6 arremessos de

medicine ball, na altura do peito

6 arremessos de medicine ball, na altura do peito

6 arremessos de medicine ball, na altura do peito

CM= centímetros/ alt.= altura/ KG= quilograma

O programa de treinamento pliométrico seguiu as recomendações do Verkhoshanski (1996), onde relata que o tempo de recuperação entre as séries deve ser de 3 a 5 minutos e o tempo de recuperação entre as repetições devem ser cômodas pela percepção do sujeito, mas foi adotado 10 segundos com a maior quantidade de repetições e intensidade de exercício para os momentos ativos, e para os momentos recuperativos 3 minutos, respeitando assim, (MCARDLE, et al. 2016) a depleção de ATP-CP pela via de transferência de energia imediata (anaeróbia alática). Quanto a projeção da frequência semanal de treinamento pelo método pliométrico na preparação de atletas não devem exceder 3 sessões por semana (VERKHOSHANSKI, 1996).

Tratamento estatístico

Os dados foram apresentados como média ± desvio padrão. A comparação entre as médias das variáveis de interesse foi realizada através do Test t de Student. O nível de significância adotado foi de P <0,05. O tratamento estatístico foi realizado utilizando-se planilha do Microsoft Excel.

RESULTADOS

O resultado da média e desvio padrão dos testes foram expostas por meio de gráficos no formato de barras e as cores representam os grupos e pré e/ou pós intervenção. Cada teste e reteste está especificado com cores azul escuro para impulsão vertical, cinza para impulsão horizontal, azul claro para arremesso de

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medicine ball, preto para teste do quadrado e verde água para shuttle run, respectivamente.

Figura 1 - média dos grupos salto vertical, salto horizontal e arremesso de medicine ball, expressos em centímetros.

GE = Grupo Experimental/ GC = Grupo Controle

Na média no GE para o salto vertical no pré teste as atletas estabeleceram 30,71 de média e no pós ocorrendo um acréscimo de 33,94 centímetros, para o GC no pré teste tiveram uma média de 31,41 sendo elevada no reteste para 33,68 centímetros. Ainda, o teste de salto vertical foi utilizado somente a diferença entre o alcance do salto vertical e a atleta saltando.

O salto horizontal para o GE se situou a média entre pré 151,88 e no pós 156,82 centímetros, levando a um acréscimo de 5 centímetro. No grupo GC a média atingiu o valor para pré 148,06 e no pós 152,71 centímetros, mostrando-se um aumento de 3 centímetros.

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Figura 2 - média dos grupos em teste do quadrado e shuttle run, manifestados em segundos.

GE = Grupo Experimental/ GC = Grupo Controle

No teste de arremesso de medicine ball podem ser observados elevados escores, no GE atingiram no pré 326,94 e no pós 328,35 centímetros, obtendo uma elevação de 2 centímetros. Para o GC no pré ficando na ordem de 324 e no pós 325,88, visualizando um incremento de 1 centímetro.

Para o dados do testes do quadrado o GE conquistando no pré 6,19 e no pós 6,20 segundos, ocorrendo uma estagnação. Para o GC no pré 5,25 e no pós 5,21, podendo observar uma estabilização.

Figura 3 - desvio padrão dos grupos salto vertical, salto horizontal e arremesso de medicine ball, expressos em centímetros.

GE = Grupo Experimental/ GC = Grupo Controle

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Por fim, o shuttle run nos resultados para GE no pré 11,33 e no pós 11,62 segundos, nos mostrando uma estabilização no platô. Já no GC para o pré 10,62 e para pós 10,37 segundos, levando a uma conservação dos resultados.

Os resultados dos dados para desvio padrão no salto vertical no pré 4,62 e pós 7,22. Para GC no pré 4,09 e pós 7,59, podendo ser observado nos dois grupos uma maior variação entre sujeitos.

Em segundo, o salto horizontal para GE no momento pré 15,84 e pós 17,83. O GC no pré 15,94 a no pós 18,88, mostrando-nos um incremento para os dois grupos na variação inter atletas.

O arremesso de medicine ball no GE para o período pré 37,55 e pós 32,30. No GC para o pré 37,29 e pós 33,18, expressando uma menor diferença entre sujeitos.

Figura 4 - desvio padrão dos grupos em teste do quadrado e shuttle run, manifestado em segundos.

GE = Grupo Experimental/ GC = Grupo Controle

Para o teste do quadrado no GE houve no pré 0,46 e pós 0,45. No GC um desvio padrão no pré de 0,54 e pós 0,46, acarretando uma estagnação para ambos grupos.

Por último, no teste de shuttle run para o grupo GE na ocasião pré 0,84 e pós 0,79. Para o GC pré 0,84 pós 0,78, não havendo diferença no desvio padrão.

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Tabela 2 - Resultado do desvio padrão.

TESTE TESTE T GE

RESULTADO GE

TESTE T GC

RESULTADO GC

SALTO VERTICAL 0,04 P <0,05 0,08 P >0,05

SALTO HORIZONTAL 0,05 P <0,05 0,05 P <0,05

MEDICINE BALL 0,78 P >0,05 0,89 P >0,05

QUADRADO 0,48 P >0,05 0,56 P >0,05

SHUTTLE RUN 0,04 P <0,05 0,07 P >0,05

GE = Grupo Experimental/ GC = Grupo Controle

No teste t de Student para o GE os resultados variaram, os testes do quadrado e medicine ball não apresentaram ajustamentos benéficos decorrente das sessões de treinamento sendo 0,48 e 0,78 (p >0,05), respectivamente. Nos teste de salto vertical, salto horizontal, e shuttle run apresentaram alterações benéficas devido o período de intervenção, sendo 0,04, 0,05 e 0,04 (p <0,05), respectivamente.

Os resultados do teste t para o GC apresentaram também uma variação entre os testes, para o salto vertical, medicine ball, quadrado, shuttle run não expressaram alterações significativas, sendo 0,08, 0,89 0,56 e 0,07 (p >0,05), respetivamente. Para o teste de salto horizontal apresentou melhora significativa (p <0,05).

DISCUSSÃO

O treinamento pliométrico para desenvolvimento da força explosiva já se tornou comumente utilizado por diversos autores na literatura. Na expectativa de verificar o efeito de dois tipo de treinamento sobre a potência de membros inferiores de atletas femininas do voleibol Lombardi, et al. (2011), utilizaram uma amostra contendo 16 atletas divididas em treinamento pliométrico (GP n= 5), treinamento musculação (GM n=6) e grupo controle (GC n=5), esse último não sofrendo nenhum tipo de treinamento específico para força explosiva e para a avaliação foi inserido o teste counter movement jump. Os resultados foram comparados pré e pós teste do GM havendo aumento significativo no valor do salto, mas quando comparados os três grupos não houve diferença significativa entre eles e propondo que os três tipos de treinamento podem ser utilizados.

Outro trabalho buscando analisar os efeitos do treinamento pliométrico sobre a impulsão vertical de uma equipe de voleibol escolar. Para a avaliação da força explosiva dos membros inferiores foram utilizados os testes de impulsão vertical com

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e sem auxílio dos membros superiores, em 21 atletas de voleibol com faixa etária de 15±2 anos, com uma duração de treinamento pliométrico de 8 semanas. Ao fim do período de treinamento o grupo mostrou significativa melhora no desempenho do teste de impulsão vertical (p< 0,05), mostrando-se o método pliométrico eficiente para o desenvolvimento de força explosiva de membros inferiores (Francelino &

Passarinho, 2007).

Esses artigos e muitos outros mostram a pliometria um método eficiente para o desenvolvimento de força explosiva no voleibol, mas o que a literatura mostra do método pliométrico com a intencionalidade de promover ajustamentos em outras capacidades físicas que utilizam do mesmo recrutamento de fibras do tipo de IIB para a sua manifestação. Na pesquisa de Viegas (2017), pretendeu utilizar o treinamento pliométrico na força explosiva de membros inferiores, velocidade e agilidade de jovens futebolistas, com uma amostra de 18 sujeitos do gênero masculino contendo uma faixa etária de 15,6±0,5 anos de idade sendo divididos em grupos GE (N=10) e GC (n=8), para a avaliação das capacidades físicas foram utilizados o testes squat jump, counter movement jump para força explosiva de membros inferiores, para o teste de velocidade aos 10 e 20 metros e agilidade teste de Illinois. Os resultados apresentaram um aumento significativo do desempenho dos saltos, diminuição do tempo no teste de velocidade aos 20 metros, bem como melhor tempo no teste de agilidade no GE, já para o grupo GC não houve alteração do desempenho na aplicação do pós teste. Portanto, o autor concluiu que o treinamento progressivo de pliometria produziu alterações benéficas no desempenho de atividades que contenha força explosiva, velocidade e agilidade.

Com a intenção de investigar a influência do treinamento pliométrico sobre a agilidade em jogadoras de futsal feminino. Para tanto, conteve uma amostra de 20 atletas, com idade de 18 a 21 anos sendo composta grupo controle (n=10) e grupo intervenção (n=10), o teste selecionado para avaliar a agilidade foi o shuttle run. Os resultados foram para o grupo controle pré 12,65±1,00 pós 12,64±0,86 e grupo intervenção pré 11,52±0,66 pós 10,67±0,42. Os resultados mostram que houve melhora significativa no pré e pós testes do grupo intervenção e também em relação intergrupos este apresentou melhores escores. Com isso, o autor concluiu que o treinamento pliométrico é relevante para promover ajustamentos sobre a agilidade em jogadoras de futsal (Menezes, 2014).

Navarro & Gonçalves (2017), com a ambição de examinar a influência do treinamento pliométrico sobre a força explosiva e velocidade de atletas masculino de futsal. Com uma quantidade de 20 sujeitos de 16 ± 1 ano de idade, sendo divididos em grupo A (n=10) e grupo B (n=10). As capacidades físicas foram avaliadas pelo teste de Sargent jump adaptado, salto longitudinal e corrida de 50 metros, para a intervenção o grupo A sofreu a aplicação do treinamento pliométrico e o grupo B não teve aplicação de nenhum treinamento físico específico. Após o período de aplicação a partir dos resultados os autores constataram que o grupo A teve melhora significativa, do que quando comparado com o grupo B, mas que esse último também teve um aumento positivo dos resultados.

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Em um estudo, agora pretendendo verificar a influência de um programa de treinamento pliométrico sobre a força explosiva e agilidade em jogadores profissionais de basquete. Tiveram como amostra 12 atletas com idade de 24,36 ± 3,9 anos, altura de 196,2 ± 9,6 cm e peso de 92,9 ± 13,9 kg, executaram um programa de treinamento pliométrico de 6 semanas para membros inferiores e superiores do corpo no transcorrer da pré-temporada. os testes utilizados foram para força explosiva de membros superiores “Counter Movement Jump Free Arms” e para membros inferiores

“Two Step Run Up Jump” para agilidade o teste de broca “T” e o teste de obstáculos hexagonal, foram realizados esta bateria de testes nas ocasiões pré-temporada, ao fim do programa de treinamento pliométrico e após seis semanas do encerramento do programa de treinamento pliométrico. para análise dos dados foi utilizada a estatística ANOVA de Friedman para medições repetidas para avaliar a significância (p <0,05). Os resultados do treinamento foram significativo para o teste hexagonal (p

<0,01), para análise foi utilizado o post hoc revelando-se um acréscimo significativo no desempenho do teste entre o 1° e a 3° avaliação (p <0,01) e entre a 2° e a 3°

avaliação (p <0,05). Em conclusão os autores puderam constatar que em jogadores de elite do basquetebol, o treinamento de pliometria em 6 semanas não promoveu melhorias significativas da força explosiva e agilidade (Lehnert, et al. 2013).

CONCLUSÃO

Portanto, podemos concluir que neste estudo o treinamento pliométrico expressou ajustamentos positivos para GE em impulsão vertical, impulsão horizontal, e shuttle run e para GC somente o salto horizontal apresentou melhoras significativas.

Isso nos mostrando desenvolvimento de força explosiva e velocidade de movimento.

Em contrapartida, para o GE nos testes de medicine ball e quadrado com o treinamento não se pode visualizar melhores escores e para GC não expressou melhoras em Impulsão vertical, medicine ball, quadrado e shuttle run. Contudo, não desenvolvendo para GE agilidade e força explosiva de membros superiores e para GC não traduzindo alterações significativas para força explosiva em impulsão para cima, força explosiva de membros superiores, agilidade e velocidade. Foi diagnosticado que a literatura carece de pesquisas relacionando a interferência da pliometria sobre velocidade e agilidade no voleibol. Então não podemos considerar a risca nenhuma das hipóteses levantadas, mas podemos inferir a partir desta pesquisa, que com estas condições houve desenvolvimento de algumas capacidades físicas e outras não.

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WEINECK, J. Treinamento ideal. 9° ed. Manole, 1999.

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ANEXOS

Figura 1. Resultado comparativo para teste de impulsão vertical

Gênero Idade Excelente Muito bom Bom Regular Fraco Feminino 11-12 41 ou mais 40-37 36-33 32-29 28 ou menos Feminino 13-14 50 ou mais 49-45 44-40 39-35 34 ou

menos Feminino 15-16 51 ou mais 50-47 46-43 42-39 38 ou

menos

Charro et. al. 2003

Figura 2. Resultado comparativo para teste de impulsão horizontal

Sexo Idade Excelente Muito bom Bom Regular Fraco Feminino 11-12 2,23 ou

mais

2,01-1,94 1,93-1,86 1,85-1,78 1,77 ou menos Feminino 13-14 2,06 ou

mais

2,07-1- 1,96

1,95-1,88 1,87-1,83 1,82 ou menos Feminino 15-16 2,23 ou

mais

2,12-2,06 2,05-1,99 1,98-1,92 1,91 ou menos

Charro et. al. 2003

Figura 3. Resultado comparativo para teste de arremesso de medicine ball

Nível de rendimento Gênero Feminino (cm)

Avançado 428 ou mais

Intermediário/avançado 367 - 427

Intermediário 214 - 366

Iniciante/intermediário 123 - 213

Iniciante 122 ou menos

Charro et. al. 2003

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Figura 4. Resultado comparativo para teste do quadrado

Charro et. al. 2003

Referências

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