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Avaliação longitudinal do crescimento craniofacial em crianças dos 4 aos 6 anos de idade.

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Avaliação longitudinal do crescimento craniofacial

em crianças dos 4 aos 6 anos de idade.

Simone Meymi Okano

Belo Horizonte- MG

(2)

Simone Meymi Okano

Avaliação longitudinal do crescimento craniofacial

em crianças dos 4 aos 6 anos de idade.

Dissertação apresentada ao curso

de Mestrado da Faculdade de

Odontologia da Pontifícia

Universidade Católica de Minas

Gerais, como requisito parcial à

obtenção do título de Mestre em

Odontologia, área de

concentração: Ortodontia.

Orientadora: Prof

a

. Dr

a

. Vânia

Célia Vieira de Siqueira

Belo Horizonte

(3)

Á Deus, que como em todos os momentos da minha vida, se mostrou presente

e tornou possível a realização de mais uma etapa;

Ao meu pai, Mário Okano, obrigada, por acreditar em mim, pelo carinho,

amor, compreensão, paciência e por estar sempre presente;

À minha mãe, Amélia Francisca Okano, agradeço, à sua incansável

dedicação como mãe, paciência, carinho, compr

Ao meu irmão, Sheine Teruhiko Okano, agradeço pelo seu amor,

compreensão,apoio e carinho,e a Mariela Dutra, pela amizade;

À minha irmã, Sheila Mayumi Okano, obrigada pela compreensão,

paciência,carinho, amizade e amor.

Ao Marcelo Augusto Kojima, que apesar dos momentos difíceis, esteve

presente durante toda essa jornada, com seu carinho, apoio, conforto e amor.

Dedico e agradeço à realização deste trabalho.

(4)

À Professora Dra. Vânia Célia Vieira de Siqueira, Assistente Doutora da Disciplina de Ortodontia e chefe do departamento de Odontologia Infantil da Faculdade de Odontologia de Piracicaba – UNICAMP, e Adjunta III da Disciplina de Ortodontia da PUC-MG, agradeço-lhe pela eterna dedicação, incentivo, carinho e amizade, durante o decorrer de cada etapa, na realização deste trabalho.

(5)

Ao Magnífico Reitor da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Professor Dr. Eustáquio Afonso Araújo;

Ao Professor Dr. Tarcísio Junqueira Pereira, Digníssimo Diretor da Faculdade de Odontologia da PUC-Minas, por sua incansável dedicação e competência;

Ao Professor Dr. Roberval de Almeida Cruz, Coordenador Geral dos Programas de Mestrado em Odontologia da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, por seu constante empenho, carinho e devoção;

Ao Professor Dr. Ênio Tonani Mazzieiro, Coordenador do Curso de Mestrado em Ortodontia da Faculdade de Odontologia da PUC-Minas;

À congregação dessa Faculdade, composta por dignos professores, alunos e

Aos Professores Hélio Henrique Araújo Brito, Heloísio Resende Leite, Tarcísio

Junqueira Pereira, Bernardo Quiroga Souki, que devido à competência e sabedoria,

dignificam o Centro de Odontologia e Pesquisa da PUC-Minas;

Ao Professor Wellington Pacheco, pelo incentivo, carinho e sabedoria;

Aos demais Professores Armando Lima, Flávia Mourão, Flávio Almeida,

Henrique Torres, José Maurício Barros Vieira, José Eymard Bicalho, Júlio Brant,

pela amizade e conhecimento transmitidos durante o curso;

Aos Professores Doutores, que também participaram de nossa formação, José Bento Alves e Cartelli;

À Professora Dra. Ângela Lana, da Disciplina de estatística, pela competência e dedicação na elaboração das análises estatísticas;

Aos meus amigos e companheiros:

André Machado, pela contribuição em meus conhecimentos, Antônio Ganda, pelo carinho, apoio e amizade,

Max Aquino, pela sinceridade e carinho,

Karen Yared, pela amizade,apoio, carinho e sabedoria,

Renata Cimini, pela amizade, carinho, compreensão e convivência, transmitidos

durante todos os momentos dessa jornada;

(6)

decorrer do tempo.

À Ludimila, pelo seu incansável carinho e amizade;

Ao colega, Adauto Lopes, pela amizade, companheirismo e apoio transmitidos, durante todo curso e na elaboração desse estudo.

Aos colegas do curso de Especialização em Ortodontia do COP, Sérgio Casarim, pelos conhecimentos transmitidos e apoio e a Leandro Piva, pelo companheirismo;

Aos meus colegas da turma anterior do Mestrado em Ortodontia, Alisson, Mariele e Taíssa, pelo apoio e sabedoria;

À Professora Dra. Fernanda Cardoso Fonseca, pelo apoio e contribuição, nas tomadas radiográficas das crianças;

Aos funcionários da Administração do COP: Ana Paula, Angélica, Edna, Diego,

Denise, Roberto, Silvânia e Vitório, pela paciência e empenho na resolução de nossas

necessidades;

Às funcionárias da Clínica de Ortodontia, Andreza, Antônia, Cida, Luzia, Mara,

Mariângela, Poliana e Raquel, pela compreensão e carinho, durante todo o curso;

Aos pacientes, que respeitaram cada passo de meus aprendizados, com paciência. Aos Pais das crianças avaliadas nesse estudo, pela disponibilidade, paciência e

Às crianças da pesquisa, indispensáveis nesse estudo, pela espontaneidade e carinho;

À todas as pessoas que de uma certa forma concorreram para a realização e elaboração desta trabalho, meus sinceros agradecimentos.

(7)

“Nunca ande pelo caminho traçado, pois ele conduz somente

Grahan Bell

(8)

LISTA DE TABELAS... x LISTA DE GRÁFICOS... xi RESUMO... xiii ABSTRACT... xiv 1 INTRODUÇÃO... 1 2 REVISÃO DA LITERATURA... 5 3 PROPOSIÇÃO... 47 4 MATERIAL E MÉTODOS... 49 4.1 Material... 50 4.2 Métodos... 50

4.2.1 Critérios para a seleção da amostra... 50

4.2.1.1 Critério de inclusão das telerradiografias... 51

4.2.1.2 Critério de exclusão das telerradiografias... 52

4.2.2 Obtenção das telerradiografias... 53

4.2.3 Obtenção do traçado cefalométrico... 54

4.2.3.1 Delimitação do desenho anatômico... 55

4.2.3.2 Identificação e demarcação dos pontos cefalométricos... 56

4.2.3.3 Demarcação dos planos e linhas cefalométricos... 58

4.2.3.4 Mensuração das grandezas cefalométricas lineares... 59

4.2.3.5 Mensuração das grandezas proporcionais... 60

4.2.4 Metodologia estatística empregada para a análise estatística... 62

5 RESULTADOS... 64

(9)

6.1 Sobre a amostra utilizada... 78

6.2 Sobre a metodologia empregada... 80

6.3 Sobre os resultados obtidos... 83

7. CONCLUSÔES... 96

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 99

9. ANEXOS... 106

(10)

FIGURA 2 - Posição do paciente durante a tomada radiográfica em vista lateral... 54 FIGURA 3 - Delimitação do traçado cefalométrico... 56 FIGURA 4 – Traçado cefalométrico com localização dos pontos cefalométricos... 58 FIGURA 5 - Demarcação de planos e linhas e mensuração das grandezas lineares cefalométricas... 60 FIGURA 6 - Mensuração das medidas cefalométricas proporcionais... 61

(11)

normalidade e homogeneidade de variâncias das medidas S-N, S-Ba, C. maxila, C. mandíbula, C. ramo, Go, N-Me, Ar-Go, N-ENA, ENA-Me, ENA-Me / N-Me, S-Go / N-Me, Ar-S-Go / S-S-Go e Ar-S-Go / ENA-Me... .

66 TABELA 2 - Estatísticas descritivas das medidas S-N, S-Ba, C. maxila, C.

mandíbula, C. ramo, Go, N-Me, Ar-Go, N-ENA, ENA-Me, ENA-Me / N-Me, S-Go / N-Me, Ar-S-Go / S-S-Go e Ar-S-Go / ENA-Me avaliadas no grupo de 16 crianças do do sexo feminino com quatro anos de idade... 67 TABELA 3 - Estatísticas descritivas das medidas S-N, S-Ba, C. maxila, C.

mandíbula, C. ramo, Go, N-Me, Ar-Go, N-ENA, ENA-Me, ENA-Me / N-Me, S-Go / N-Me, Ar-S-Go / S-S-Go e Ar-S-Go / ENA-Me avaliadas no grupo de 12 crianças do sexo feminino com seis anos de idade... 67 TABELA 4 - Estatísticas descritivas das medidas S-N, S-Ba, C. maxila, C. mandíbula, C. ramo, Go, N-Me, Ar-Go, N-ENA, ENA-Me, ENA-Me / N-Me, S-Go / N-Me, Ar-S-Go / S-S-Go e Ar-S-Go / ENA-Me avaliadas no grupo de 11 crianças do sexo masculino com quatro anos de idade... 68 TABELA 5 - Estatísticas descritivas das medidas S-N, S-Ba, C. maxila, C. mandíbula, C. ramo, Go, N-Me, Ar-Go, N-ENA, ENA-Me, ENA-Me / N-Me, S-Go / N-Me, Ar-S-Go / S-S-Go e Ar-S-Go / ENA-Me avaliadas no grupo de 8 crianças do sexo masculino com seis anos de idade... 69 TABELA 6 - Análise de variância das medidas S-N, S-Ba, C. maxila, C. mandíbula e C. ramo de crianças do sexo masculino e feminino aos quatro e seis anos de idade... 70 TABELA 7 - Análise de variância das medidas S-Go, N-Me, Ar-Go, N-ENA e ENA-Me de crianças do sexo masculino e feminino aos quatro e seis anos de idade... 70 TABELA 8 - Análise de variância das medidas proporcionais ENA-Me / N-Me, S-Go / N-Me, Ar-S-Go / S-S-Go e Ar-S-Go / ENA-Me de crianças do sexo masculino e

feminino, aos quatro e seis anos de idade... 70 TABELA 9 - Comparações entre médias de S-N em crianças do sexo masculino e do feminino aos quatro e seis de idade... 71 TABELA 10 - Comparações entre médias de S-Ba em crianças do sexo masculino e do feminino aos quatro e seis de idade...

72

(12)

TABELA 12 - Comparações entre médias de C. mandíbula em crianças do sexo

masculino e do feminino aos quatro e seis de idade... 72 TABELA 13 - Comparações entre médias de C. ramo em crianças do sexo

masculino e do feminino aos quatro e seis de idade... 72 TABELA 14 - Comparações entre médias de S-Go em crianças do sexo masculino e do feminino aos quatro e seis de idade... 73 TABELA 15 - Comparações entre médias de N-Me em crianças do sexo masculino e do feminino aos quatro e seis de idade... 73 TABELA 16 - Comparações entre médias de Ar-Go em crianças do sexo

masculino e do feminino aos quatro e seis de idade... 73 TABELA 17 - Comparações entre médias de N-ENA em crianças do sexo

masculino e do feminino aos quatro e seis de idade... 73 TABELA 18 - Comparações entre médias de ENA-Me em crianças do sexo

masculino e do feminino aos quatro e seis de idade... 74 TABELA 19 - Comparações entre médias de ENA-Me / N-Me em crianças do

sexo masculino e do feminino aos quatro e seis de idade... 74 TABELA 20 - Comparações entre médias de S-Go / N-Me em crianças do sexo

masculino e do feminino aos quatro e seis de idade... 74 TABELA 21 - Comparações entre médias de Ar-Go / S- Go em crianças do sexo masculino e do feminino aos quatro e seis de idade... 74 TABELA 22 - Comparações entre médias Ar-Go / ENA-Me em crianças do sexo masculino e do feminino aos quatro e seis de idade... 75 TABELA 23 - Correlações entre as variáveis S-N, S-Ba, C. maxila, C. mandíbula, C. ramo, S-Go, N-Me, Ar-Go, N-ENA, ENA-Me, ENA-Me / N-Me, S-Go / N-Me, Ar-Go / S-Go e Ar-Go / ENA-Me avaliadas em crianças do sexo masculino e do feminino aos quatro e seis anos de idade... 76

(13)

feminino (F) aos 4 anos e 6 anos de idade... 84 GRÁFICO 2 – Gráfico da variável S-Ba em crianças do sexo masculino (M) e

feminino (F) aos 4 anos e 6 anos de idade... 84 GRÁFICO 3– Gráfico da variável C. maxila em crianças do sexo masculino (M) e feminino (F) aos 4 anos e 6 anos de idade... 85 GRÁFICO 4 – Gráfico da variável C. mandíbula em crianças do sexo masculino

(M) e feminino (F) aos 4 anos e 6 anos de idade... 87 GRÁFICO 5 – Gráfico da variável C. ramo em crianças do sexo masculino (M) e feminino (F) aos 4 anos e 6 anos de idade... 88 GRÁFICO 6 – Gráfico da variável S-Go em crianças do sexo masculino (M) e

feminino (F) aos 4 anos e 6 anos de idade... 89 GRÁFICO 7 – Gráfico da variável N-Me em crianças do sexo masculino (M) e

feminino (F) aos 4 anos e 6 anos de idade... 90 GRÁFICO 8 – Gráfico da variável Ar-Go em crianças do sexo masculino (M) e

feminino (F) aos 4 anos e 6 anos de idade... 90 GRÁFICO 9 – Gráfico da variável N-ENA em crianças do sexo masculino (M) e feminino (F) aos 4 anos e 6 anos de idade... 92 GRÁFICO 10 – Gráfico da variável ENA-Me em crianças do sexo masculino (M) e feminino (F) aos 4 anos e 6 anos de idade... 92 GRÁFICO 11 – Gráfico da variável ENA-Me/N-Me em crianças do sexo

masculino (M) e feminino (F) aos 4 anos e 6 anos de idade... 93 GRÁFICO 12 – Gráfico da variável S-Go/N-Me em crianças do sexo masculino

(M) e feminino (F) aos 4 anos e 6 anos de idade... 93 GRÁFICO 13 – Gráfico da variável Ar-Go/S-Go em crianças do sexo masculino

(M) e feminino (F) aos 4 anos e 6 anos de idade... 93 GRÁFICO 14 – Gráfico da variável Ar-Go/ENA-Me em crianças do sexo

masculino (M) e feminino (F) aos 4 anos e 6 anos de idade... 94

(14)

Diante da escassez de estudos longitudinais das alterações que ocorrem nas estruturas -mandibulares, em crianças dos 4 aos 6 anos de idade, realizou-se um estudo cefalométrico, na fase de dentadura decídua à mista, investigando as modificações craniofaciais e o dimorfismo sexual. Utilizaram-se para este estudo, 47 telerradiografias, tomadas em norma lateral, de 12 crianças do sexo feminino e 8 do masculino, brasileiras, leucodermas, com idades de 4 a 6 anos, de Belo Horizonte, com oclusão normal, na fase de dentadura decídua e mista, que não se submeteram a qualquer tratamento ortodôntico prévio. As análises cefalométricas efetuadas indicaram as possíveis mudanças lineares maxilares e mandibulares, bem como as proporções faciais ântero-posteriores, verticais e o dimorfismo sexual. Avaliaram-se as medidas da porção anterior e média da base do crânio (S-N), comprimento da porção posterior da base do crânio (S-Ba), comprimento da maxila (ENA-ENP), comprimento do corpo mandibular (Go-Gn), comprimento do ramo mandibular (Co-Go), altura facial posterior total (S-Go), altura do terço póstero-inferior (Ar-Go), altura facial anterior total (N-Me), altura facial ântero-inferior (ENA-Me), altura facial ântero-superior (N-ENA), proporções entre a altura facial ântero-inferior com a altura facial anterior total (ENA-Me/N-Me), altura facial posterior total e a altura facial anterior total (S-Go/N-Me), altura facial póstero-inferior e altura facial posterior total (Ar-Go/S-Go) e proporções entre a altura facial póstero-inferior e ântero-inferior (Ar-Go/ENA-Me). A estatística baseou-se na análise descritiva das variáveis para cada grupo experimental. Estimou-se a média, desvio padrão, máximo, mínimo, coeficiente de variação, intervalo de confiança, o gráfico de box-plot, os testes de Lilliefors para avaliar a normalidade e o de Bartlett, para a homegeneidade, aos níveis de 5 e 1 % de probabilidade. Na avaliação do grau de correlação entre as variáveis empregou-se o coeficiente de correlação de Pearson. C. maxila, C. mandíbula, C. ramo, S-Go, Me, N-ENA, ENA-Me e S-N apresentaram medidas estatisticamente maiores aos 6 anos de idade, com a mesma intensidade de crescimento em ambos os sexos. As medidas S-Ba, Ar-Go, ENA/N-Me, S-Go/N-Me, Ar-Go/S-Go e Ar-Go/ENA-Me não apresentaram alterações com a idade e sexo. Ocorreu correlação entre as variáveis C. ramo x S-Go (74,40%), C. ramo x Ar-Go (72,26%), N-Me x N-ENA (74,06%) e Ar-Go x Ar-Go/S-Go (74,24%), revelando que, enquanto uma medida aumenta a outra também aumenta. Palavras chave: crescimento craniofacial, dentadura decídua, dentição mista, cefalometria, estudo longitudinal.

(15)

Due to the lack of longitudinal studies regarding the esqueletal modification in children from 4 to 6 years old, this cefalometric study intended evaluate the growth and sexual dimorfism in a similar group. Fourty-seven lateral cephalograms were obtained from 16 girls and 11 boys. The children selected were all brazilians and ranged from 4 to 6 years, had a occlusion within normal limits, were in the primary and mixed dentition and had never undergone orthodontic treatment. All the tracing revealed the possible maxilla and mandibular linear changes as well as the sagital and vertical facial proportions and the sexual dimorfism the following measurements were evaluated: anterior and medium cranial base (S-N); posterior cranial base length (S-Ba); maxilla length (ANS-PNS); mandibular length (Go-Gn); total posterior facial hight (S-Go); ramo length (Co-Go); lower posterior height (Ar-Go); total anterior facial height (N-Me); lower anterior facial height (ANS-Me); upper anterior facial height (N-ANS); anterior lower third/ total anterior height proportion (ANS-Me/N-Me); total posterior facial height and total anterior facial height proportion (S-Go/N-Me); lower posterior third height and total posterior height Go/S-Go); lower posterior third height and anterior lower third height proportion (Ar-Go/ANS-Me). Descriptives estatistics from analysed variables was made for each experimental group. The estimated parameters were average, standard deviation, maximum, minimum, trust interval, variation coefficient and the Box-plot graph. To attend the presuppositions of the analyzes of variance tests of Lilliefors were performed to verify the normality and the Bartlett test to verify the homogeinity of variances intra-groups of the studied answers, at the levels of 5 to 1% of probability, and to assess if there were any association among the studied variables the coefficients of correlation of Pearson were used. The results showed some growth changes in the measures S-N, ANS-PNS, Go-Gn, S-Go, Co-Go, N-Me, N-ANS and ANS-Me, between the ages studied, and showed that girls as boys disclosed the same measures. The index for Ba, Ar-Go, ANS/N-Me, S-Go/N-Me, Ar-Go/S-Go e Ar-Go/ANS-Me showed the same for sex and in the interval studied. The variable Co-Go x S-Go (74,40%), Co-Go x Ar-Go (72,26%), N-Me x N-ANS (74,06%) e Ar-Go x Ar-Go/S-Go and the proportion ANS-Me and the proportion ENA-Me/N-M showed higher correlation.

Key words: craniofacial growth, primary dentition, mixed dentition, cephalometric, longitudinal study

(16)

(17)

INTRODUÇÃO

Para se efetuar o correto diagnóstico com o propósito de correção ortodôntica na -se imprescindível conhecer os fenômenos que controlam o desenvolvimento da oclusão, desde o período da dentadura decídua até o estabelecimento da dentadura permanente17.

No exame ortodôntico inicial, a dentadura decídua pode apresentar características de normalidade. Entretanto, durante o crescimento, pode tornar-se anormal, devido ao desequilíbrio entre os ossos, músculos e estruturas dentárias, determinado por fatores genéticos e ambientais, como a utilização inadequada e atemporal de aparelhos

17,18,20

. A conduta mais correta seria conhecer e observar as mudanças que ocorrem fisiologicamente, não desviando-as por meio de terapia ortodôntica.

Portanto, a presença da dentadura normal não é suficiente para o desenvolvimento craniofacial equilibrado. As estruturas ósseas sofrem constantes mudanças fisiológicas, em forma e em proporções, do nascimento à idade adulta, modificando-se tanto em superfície

quanto em sua porção intersticial, podendo alterar a relação dento-alveolar normal27,40.

Existe grande dificuldade em se predizer a oclusão na dentadura permanente, baseada apenas no desenvolvimento da dentadura decídua. Os espaços primatas, geralmente, favorecem a boa erupção dos permanentes. A sobremordida aumenta ou a mordida aberta tende a piorar com o crescimento. A relaçã

variável e dependente da largura mesiodistal dos segundos molares decíduos47.

O avanço e a padronização de técnicas radiográficas, tomadas em norma lateral, em

1931, propostos por BROADBENT9, possibilitaram a avaliação das alterações ocorridas

(18)

crescimento craniofacial estabelece-se quando a dentadura decídua se completa, por volta

dos 3 anos de idade, permanecendo praticamente estável até a idade adulta10,17,20,39,50.

BRODIE14, em 1941, avaliando as modificações ocorridas no crescimento craniofacial,

inferiu que o padrão morfogenético da face e do crânio se esta -natal

Portanto, alterações esqueléticas severas, deveriam ser diagnosticadas ainda na

dentadura decídua, permitindo a instituição imediata do tratamento10,23,50,53

A face da criança é diferente do adulto. Com a maturidade a mandíbula cresce, horizontalmente, em taxa mais rápida que a maxila, a convexidade da face se reduz e o

perfil torna-se mais reto8,10,12,13,16,17,47,52. Dos 3 meses aos 7 anos de idade, ocorre

deposição óssea na borda posterior do ramo mandibular, na superfície superior do côndilo e na tuberosidade maxilar, resultando no posicionamento anterior da face e do mento em

relação à base craniana10,27,49. Da mesma forma, o crescimento do processo palatino da

maxila e da região do trígono retromolar favorece o desenvolvimento normal da

oclusão27,49. Embora a proporção da altura facial superior em relação à total permaneça a

mesma, da infância à idade adulta, a altura vertical aumenta com o crescimento para frente

e para baixo da mandíbula, tornando a face madura mais longa44. O crescimento da cabeça

é maior em comprimento (dos 3 aos 5 anos), menos em largura, e em altura,

respectivamente12,25,27,45. O desenvolvimento da face, dos 12 meses aos 2 anos, representa

43%, e aos 3 anos, 70% do total25.

Considerações a respeito do desenvolvimento oclusal de crianças, da dentadura decídua à mista, são significantes na literatura. No entanto, poucos estudos relacionam-se ao diagnóstico cefalométrico. Notavelmente, as características craniofaciais das crianças diferem-se das características dos adultos. Portanto, medidas cefalométricas das crianças

(19)

literatura, avaliação do crescimento craniofacial, em crianças norte-americanas, além disso, diferenças na forma, dimensão da cabeça, do nariz e da região alveolar quanto à etnia,

20,25,32,34,39,52

. HIGLEY e HILL28, em 1954, estabeleceram o padrão de

medidas cefalométricas de crianças leucodermas, americanas e européias, dos 4 aos 8 anos

de idade. GRESHAM26, em 1963, revelou que crianças da Nova Zelândia apresentavam o

ângulo SN.Ar mais obtuso, sugerindo a face inferior mais retrusiva e a altura facial

superior e total maiores em relação aos norte-americanos26,28. Da mesma forma, a

tendência de crescimento médio e ajuste facial não expressam similarmente em ambos os sexos. As alterações ocorrem precocemente no sexo feminino, enquanto as médias das

medidas craniofaciais são maiores no sexo masculino19,27,38,49. A literatura é escassa em

relação ao crescimento craniofacial de crianças brasileiras na fase da dentadura decídua e início da mista. Além disto, o tratamento ortodôntico se restringe a pacientes adultos e adolescentes. No entanto, existe interesse dos pais a respeito da oclusão de seus filhos. Os pacientes na dentadura decídua, que possuem alterações dento-esqueléticas, devem ser tratados precocemente, pois o problema se agravará futuramente, se persistir, piorando o prognóstico num período mais tardio. O ônus financeiro pa

utilização de aparelhos mais sofisticados e o tratamento irá durar por mais tempo.

(20)

(21)

2. REVISÃO DE LITERATURA

As fases do desenvolvimento da oclusão, incluindo as modificações nos arcos dentários, as mudanças na anatomia e na morfologia participam do processo dinâmico do crescimento craniofacial, já que algumas alterações podem influir negativamente, impedindo que a relação oclusal normal se estabeleça. Nesses casos, medidas ortodônticas

preventivas são fundamentais para o restabelecimento da normalidade17.

TODD49, em 1926, com o propósito de obter informações detalhadas a respeito do

crescimento e das modificações ocorridas nas estruturas ósseas em animais e seres humanos, em diferentes faixas etárias, estudou o crescimento da face, da maxila, da mandíbula e do osso frontal, logo ao nascimento, durante a erupção do

após a sua completa erupção na cavidade bucal. O autor, analisando o crescimento dos ossos tibianos e do fêmur em chimpanzés, gorilas e em outras espécies de macacos, relatou que a maxila cresce no sentido vertical e ântero-posterior nesses mamíferos, porém em diferentes proporções. À medida que a calota craniana cresce em idade mais jovem, a -se para frente e a porção cerebral se desloca para cima e para trás,

aumentando o ângulo entre a face e a linha da base do 49 relacionou,

(22)

da maxila ântero-posterior, favorecendo espaço necessário para a erupção dos dentes posteriores. Por outro lado, o crescimento transversal exibe valores menores e se deve à própria erupção vestibular dos dentes posteriores. O aumento das dimensões e as mudanças nas proporções constituem parte do processo de crescimento. Casos patológicos como retenção prolongada de dentes, dentes impactados, distúrbios de crescimento craniofacial, conduzem ao desequilíbrio e desarmonias estruturais dessas dimensões e proporções. Sugeriu-se, então, a realização de estudos mais precisos, para se obter medidas confiáveis a -posterior e transversal em seres humanos, fundamentais na definição dos princípios do crescimento, local e para se investigar a ocorrência desse crescimento e de suas compensações.

Até o final da década de trinta, os estudos do crescimento craniofacial e o planejamento ortodôntico baseavam-se em métodos antropométricos de localização de pontos e planos pouco precisos. O advento de uma técnica radiográfica padronizada,

preconizada por BROADBENT9, em 1931, possibilitou a avaliação das estruturas

(23)

distância da fonte do raio ao plano mediano e/ou maior a distância do filme ao plano mediano, maior é a imagem formada no filme. No entanto, os fatores variáveis

mesmo para as mesmas crianças. Radiografias superpostas revelam as alterações durante o crescimento, assim como as mudanças decorridas do tratamento ortodôntico. A técnica descrita permite o estudo das alterações ocorridas em um mesmo jovem e admite o registro de pontos cefalométricos, até então, localizados em crânios secos.

Em 1935, HELLMAN27, dando continuidade ao trabalho de TODD49 de 1926,

realizou estudos sobre o desenvolvimento proporcional de diversas estruturas craniofaciais. Segundo o autor, o crescimento ântero-posterior da face, durante o desenvolvimento, mostrou que as estruturas aumentam em tamanho em uma direção e que o crescimento de diferentes regiões ocorre de formas distintas. Na base superior, o centro de crescimento localiza-se na tuberosidade; na base inferior, no trígono retromolar. À medida que os ossos crescem, eles são deslocados anteriormente. Observando os crânios em sucessivos estágios de crescimento da face, através do plano de Frankfort e sua perpendicular, passando pelos centros de crescimento da maxila e da mandíbula, avaliou-se o crescimento craniofacial. No primeiro estágio, os dentes decíduos encontravam-se anteriormente a essa perpendicular. A realização de traçados sucessivos demonstrou um deslocamento anterior da face e um crescimento posterior da calota craniana para acomodar os segundos molares decíduos, primeiros, segundos e terceiros molares permanentes. No mesmo momento, o ângulo mandibular se desloca para baixo, e suavemente para trás. De acordo com o

diagrama proposto por HELLMAN27, na avaliação do crescimento da face em relação à

(24)

simultaneamente, diferentemente do sexo masculino. Essa desarmonia pode ser notada pelo posicionamento do ângulo mandibular em ambos os sexos. O crescimento em ula e de maxila dos jovens do sexo feminino continua até a acomodação dos terceiros molares. O ângulo mandibular nessas jovens é deslocado para trás, enquanto o mento se mantém na posição. Se o crescimento em profundidade excede o crescimento em altura, a face diverge anteriormente; se, por outro lado, o crescimento em altura excede, a face diverge posteriormente. Essa tendência a divergências pode ser observada já na infância. O desenvolvimento da face decorre de características próprias que constituem parte do padrão de cada indivíduo. Dessa forma, o desenvolvimento de faces que apresentam maloclusões é diferente daquela que apresenta oclusão normal e devem ser identificadas.

GOLDSTEIN25, em 1936, usufruindo os benefícios da nova técnica radiográfica,

(25)

Exceto para a altura da fronte, os incrementos iniciais de 3 a 5 anos são os maiores. Com a -se uma ligeira diminuição proporcional dos diâmetros da cabeça. O surto de crescimento do comprimento da face ocorre precocemente de 3 a 5 anos e tardiamente, de 13 a 15 anos de idade, juntamente com o aumento da profundidade da face, enquanto o crescimento em profundidade da mandíbula (mento-gônio) acelera-se por volta de 11 a 13 anos. A altura superior da face (násio-próstion) e a altura inferior da face -mento) crescem na mesma proporção se comparada à largura. Da mesma forma, a largura bizigomática e bigoníaca exibiu incrementos semelhantes. A altura facial superior cresceu mais rapidamente do que a inferior até de 9 a 11 anos, quando se altera devido ao crescimento da mandíbula. O desenvolvimento da face aos 3 anos de idade representa 70% do total. O crescimento para frente e para baixo da face é muito evidente, e ativo entre 3 a 5 anos, de 9 a 11 e de 13 a 15 anos de idade. Ocorreram diferenças na forma, na dimensão da cabeça, do nariz e da região alveolar quanto à etnia, assim como o citado por outros autores anteriormente. De maneira geral, o crescimento da cabeça é maior em comprimento, menos em largura e em altura nos períodos avaliados.

BROADBENT10, em 1937, com o propósito de descobrir as modificações que

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ligeiramente para trás, enquanto o gnátio moveu-se para frente e para baixo aumentando o comprimento vertical da face. A alteração significativa em relação ao comprimento do erupção dos segundos molares permanentes. O autor observou que o crescimento da face relaciona-se diretamente com o desenvolvimento e com a erupção dos dentes. Aos três anos e meio de idade, a coroa do primeiro molar permanente move-se para frente e para baixo, deslocando-se do ramo para o corpo mandibular. O segundo molar, por sua vez, faz o mesmo trajeto distalmente ao primeiro molar. Com a erupção dos segundos molares, essa área do palato exibe crescimento significativo. O grupo estudado não revelou diferenças significativas em ambos os sexos. Observou-se crescimento da porção petrosa do temporal e mástoidea para baixo, para fora -se que o crescimento craniofacial se manteve contínuo e uniforme, para baixo e para frente em idade mais adulta.

BRODIE12, em 1940, estudou o crescimento mandibular de 21 crianças, das quais

onze foram acompanhadas dos 3 meses aos 7 anos de idade, e dez dos 6 meses aos 8 anos, utilizando superposição de traçados de telerradiografias tomadas em norma lateral, realizadas de quatro em quatro meses, durante o primeiro ano de vida, semianualmente até os cinco anos e anualmente, a partir dos seis anos de idade. O autor observou que o ângulo entre a base do crânio e a borda inferior da mandíbula se manteve constante dos 3 meses aos 7 anos de idade. Nesse período, ocorreu deposição na borda posterior do ramo e na tuberosidade maxilar resultando um posicionamento anterior da face, e aposição óssea na superfície superior do côndilo, levando à um deslocamento inferior do mento. Dos 3 meses aos 7 anos, o crescimento do comprimento da base do crânio diminuiu, enquanto o crescimento da borda inferior da mandíbula do gnátio ao gônio aumentou, indicando que o

(27)

ramo também aumenta em quantidade menor, à medida que os molares erupcionam. Medidas dos pontos de contato dos molares em relação à borda posterior do ramo revelaram que os segundos molares decíduos e os primeiros e segundos molares permanentes erupcionam no mesmo ponto indicando reabsorção óssea na borda anterior do ramo. O pesquisador concluiu que o padrão morfogenético craniofacial se estabelece precocemente, em todas as superfícies proporcionalmente, de forma a manter toda a harmonia facial.

O mesmo autor13, em 1941, complementando os estudos anteriores sobre o crescimento

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medir o comprimento do palato revelou a mesma estabilidade, de modo que o assoalho nasal manteve-se constante em relação à S-N, descendendo paralelamente em relação à caixa craniana. Com a erupção dos molares, representados pela linha do plano oclusal, ocorreu uma discreta diminuição do ritmo de deslocamento do incisivo central superior, entre as idades de dois anos e meio aos quatro anos, após o qual o ponto incisal recupera o que foi perdido e ultrapassa o ritmo de crescimento da espinha nasal anterior. Na avaliação do crescimento mandibular, realizou-se a superposição por meio das bordas inferior e posterior, devido à pouca alteração dessas partes. Utilizou-se a linha Go-Gn, o plano oclusal e o ponto mais anterior do plano oclusal. Dos dois anos e meio até os sete anos observou-se que o ângulo formado pelo plano oclusal e borda inferior permaneceu constante. A mudança mais pronunciada é observada no ponto Gn, onde o mento aumenta até os quatro anos e depois estabiliza. Isso mostra que a morfologia da mandíbula está pré-determinada, mesmo antes

dos dentes erupcionarem, o que pode ser visto quando analisamos o paralelismo da borda

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não se modifica. Cada parte está crescendo em taxa cada vez menor. Portanto, a face como um todo desloca-se em linha reta para frente e para baixo.

BRODIE14, no mesmo ano, com intuito de estudar o padrão de crescimento de uma

face normal em relação àquelas anormais já avaliadas, assim como o desenvolvimento dos elementos dentários, em jovens leucodermas, dos 3 meses aos 19 anos de idade, do sexo masculino, por meio de telerradiografias tomadas em norma lateral e avaliação histo

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assimetria da face ou do crânio, hipodesenvolvimento mandibular e anquiloses, não possuem correção espontânea do problema.

BROADBENT11, em 1941, avaliou as mudanças decorrentes do crescimento e do

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(32)

Com o intuito de avaliar a correlação existente entre a dimensão vertical do ramo

mandibular, o tamanho dos espaços intermaxilares e o grau de sobremordida, WYLIE55,

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WOODS54, em 1950, avaliou quantitativamente as alterações na largura dos arcos

dentários, por meio de pontos da face e da estrutura dentária, utilizando telerradiografias tomadas em norma frontal e lateral. As tomadas radiográficas iniciaram-se aos 3 anos de idade e depois a cada 6 meses. Posteriormente, aos 5 anos de idade e uma vez ao ano até os 15 anos de idade. A amostra se caracterizava por 14 jovens do sexo feminino e 14 do masculino. 25 jovens apresentavam oclusão normal ou maloclusão de Classe I de Angle, de Cl II não tratada, uma maloclusão de Cl III não tratada e uma maloclusão de Cl I tratada. Observou-se que as medidas absolutas variaram consideravelmente, mas o padrão de crescimento mostrou-se uniforme. A média das medidas da face revelou-se maior nos jovens do sexo masculino. A largura bizigomática aumentou em uma taxa menor que as outras dimensões, por volta dos 10-11 anos nas meninas e aos 13 anos nos meninos. A largura bigoníaca aumentou de modo similar em ambos os sexos até 12 anos, após essa idade os jovens do sexo masculino apresentam valores menores. A principal diferença entre os sexos, encontrada neste estudo, foi que todas as dimensões nos jovens do sexo feminino são menores do que as do masculino.

BAUME3, em 1950, com a finalidade de conhecer a quantidade de migração

fisiológica dentária e os mecanismos que determinam o desenvolvimento da oclusão, avaliou 30 crianças, dos 3 aos 5 anos de idade, por meio de modelos de gesso, e observou que dos 4 anos até a erupção dos primeiros molares perma

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apinhamento anterior, sendo 1,5 mm mais estreitos que os tipo I. A ausência de espaços não se deve somente à largura dos dentes decíduos anteriores, mas, também, à falta de crescimento alveolar ou à combinação dos dois fatores. Na relação ântero-posterior não ocorrem modificações no plano terminal, a não ser que exista influência ambiental. A maioria dos casos (mais de 70%) apresenta plano terminal reto. O degrau mesial pode ser devido à variação morfológica na dimensão dos segundos molares superiores e inferiores. Geralmente o molar superior decíduo é menor que o inferior, o que leva a um plano terminal reto. Embora não ocorra aumento das dimensões dos arcos, após a formação da -se crescimento vertical dos processos alveolares e aumento sagital na mandíbula levando, ao aparecimento de espaço na região retromolar para o posterior desenvolvimento da dentadura permanente.

BAUME4, neste mesmo ano, avaliou a migração fisiológica dos dentes posteriores

superiores e inferiores durante o desenvolvimento da oclusão, na dentadura mista, antes e após a erupção do primeiro molar permanente, utilizando 60 modelos de gesso. O autor revelou que, quando existe o degrau mesial, não há necessidade de ajuste para erupção do primeiro molar permanente para boa relação oclusal. No caso do plano terminal reto, os primeiros molares permanentes obtêm relação de topo, e no degrau distal o ajuste oclusal dos molares ocorre na mesialização tardia. Nos arcos tipo I, o espaço primata é aproveitado para a mesialização e intercuspidação dos primeiros molares permanentes e no tipo II, a intercuspidação ocorre durante a fase de esfoliação dos molares decíduos e erupção dos -molares. Dessa forma, o padrão anatômico dos arcos da dentadura decídua normal, assim como a migração mesial, é fundamental na obtenção da r

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BAUME5, em outro trabalho, ainda no mesmo ano, analisou as mudanças nos arcos

dentários, durante e após a erupção dos incisivos permanentes, em relação à largura e ao comprimento dos arcos, por meio de 60 modelos de estudo. Observou que o alinhamento dos incisivos inferiores permanentes ocorre com o aumento da distância intercaninos, em três fases: durante a formação dos arcos decíduos, após o período de lactação; durante a erupção dos incisivos permanentes e durante a erupção dos caninos permanentes e pré-molares. O crescimento para frente e lateral do processo alveolar permite o alinhamento dos incisivos superiores permanentes. No arco inferior, o maior crescimento lateral ocorre durante a erupção dos incisivos laterais permanentes e no arco superior, durante a erupção dos incisivos centrais permanentes.

LANDE34, em 1952, estudou as resultantes da quantidade de crescimento do perfil

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ântero-posterior do início ao final de cada série de 3,75mm a +12,75mm. Na maioria das séries o ponto B avançou menos do que o Gn e em poucos casos os dois pontos deslocaram na mesma quantidade, mostrando a diminuição da convexidade da face na maioria. Os achados revelaram que grande mudança na forma do perfil na direção ântero-posterior, geralmente ocorre depois dos sete anos de idade. O estudo mostrou que se a relação facial muda em uma direção, essa mesma relação se manterá alterada nos períodos tardios. O aumento do prognatismo mandibular, em relação ao maxilar, além de diminuição da convexidade facial, mostrou-se de acordo com os estudos apresentados anteriormente.

HIGLEY e HILL28, em 1954, estudando as medidas craniofaciais de crianças

(37)

das estruturas dentárias e craniofaciais de um paciente, através de um cefalograma padrão, referente a cada idade, a fim de se determinar os limites normais de crescimento de cada jovem.

BRODIE15, em 1955, avaliou o crescimento de cada parte da base craniana e sua

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é influenciado pelo aumento proporcional da base craniana anterior e posterior e pelo crescimento adicional das suturas

Intencionado em obter informações a respeito do mecanismo de crescimento

maxilo-mandibular em um período de observação de 2 anos, BJÖRK8, em 1955,

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anos, do sexo masculino, com aplasia dentária. A criança apresentou um crescimento facial em ambas as direções vertical e sagital, porém com rotação tanto da mandíbula quanto da r apresentou um caso de maloclusão de Classe II, de uma jovem do sexo feminino dos 6 aos 8 anos de idade. A altura do crescimento condilar mostrou-se aumentada e com rotação mandibular, enquanto a maxila deslocou-se para frente e para baixo com tendência à rotação. O crescimento mandibular revelou essencialmente vertical e o seu padrão de crescimento acompanhou a reabsorção da região do ângulo. Por outro lado, a mordida caracterizou-se pela retrusão do perfil facial da mandíbula em relação à maxila. Percebeu-se que o conhecimento do desenvolvimento vertical da face e o modo de erupção dos dentes estão intimamente relacionados entre si, e que sofrem influência de fatores mecânicos tais como pressão de dentes adjacentes e

Objetivando quantificar o crescimento craniofacial, por meio de telerradiografias,

tomadas em norma lateral, de jovens leucodermas, longitudinalmente, NANDA39, em

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temporária de tamanho durante a perda de dentes decíduos, acompanhada da reabsorção do osso alveolar. A medida Infradentário-Gnátio aumentou durante o surto de crescimento, da mesma forma. A curva de incremento de Sela-Gônio e Gônio-Gnátio exibiu o crescimento da altura do ramo e comprimento do corpo mandibular, respectivamente, ao passo que a curva Gônio-Gnátio exibiu valores maiores se comparado ao Sela-Gônio, dos 6 aos 9 anos de idade, o que ocorreu devido à acomodação dos segundos molares permanentes no arco dentário. Por outro lado, dos 13 aos 16 anos, Sela-Gônio mostrou aumentos proporcionais maiores, se comparado ao Gônio-Gnátio, que cessa seu crescimento aos 19 anos, enquanto Sela-Gônio continua. O estudo mostrou que o crescimento da face acompanha o crescimento circumpuberal máximo, no entanto, o crescimento circumpuberal facial ocorre ligeiramente mais tarde em relação à altura corporal. Houve uma diferença significante dos valores de Sela-Násio e Sela-Gônio, mostrando-se maior no sexo masculino, aos 10 anos de idade, indicando que a intensidade do crescimento é maior nesse sexo.

Em 1956, DOWNS20 analisou as variações das alterações faciais e dentárias, citou

sua importância no planejamento do tratamento, utilizando a cefalometria na observação das mudanças que ocorrem na face durante o crescimento e na terapia ortodôntica,

baseadas em um grupo de 20 jovens do sexo masculino e 20 sexo feminino com 14,5 ± 2,5

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mostrou-se significativa quando comparados os mais jovens com os mais velhos. Existe um aumento do ângulo facial e uma diminuição da convexidade facial de uma faixa etária mais jovem para os mais maduros. Os jovens do sexo feminino apresentaram poucas mudanças no tamanho e proporções faciais após 14-15 anos, enquanto que no sexo masculino ocorreu crescimento até 20 anos. Os arcos convexos foram encontrados em casos de retrognatismo, e os arcos côncavos em faces prognatas. O autor enfatizou a importância da cefalometria como um método eficiente para a observação das relações existentes entre as partes que compõem a face, parte dentária, crânio e das mudanças decorrentes do crescimento que poderão fornecer dados estatísticos a respeito das variações médias e dos desvios da normalidade.

COHEN18, em 1959, com o intuito de conhecer e estudar as variáveis que atuam no

desenvolvimento da maloclusão, observou que essa apresenta etiologia multifatorial. Quando o fator é hereditário, principal causa da maloclusão, podem existir discrepâncias entre o tamanho dos dentes e dos arcos dentários, relação desfavorável dos arcos entre si e com o crânio, além de alterações na forma e na função da musculatura facial e da língua. Os fatores locais estão relacionados com o ambiente, como perda precoce de dentes decíduos, retenção prolongada, supra-numerários ou ausentes, anomalias de tamanho e forma dos dentes, freios labiais anormais, cistos, hábitos deletérios e tumores, assim como problemas sistêmicos e anomalias congênitas. Na dentadura mista, as

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supra-numerários, caninos impactados, agenesias, alterações na posição e/ou eru

incisivos centrais superiores, alterações patológicas locais e hábitos deletérios.Concluiu que os problemas oclusais são resultantes de um desequilíbrio entre osso, músculo e estrutura dentária, cada um com seu determinante genético e modificadores ambientais, desse modo, a maloclusão não possui causa específica e varia desde um fator ambiental até uma complexa relação com a genética de cada um, ou ambos podem estar associados.

Estudando o tratamento precoce na dentadura decídua, WEST53, em 1960, revelou

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craniofacial. Em um período tardio, o tratamento dessas maloclusões seria dificultado; no caso do tratamento em duas fases, a segunda contaria com pouco crescimento do paciente.

GRESHAM26, em 1963, comparou as partes dentárias e faciais de 46 crianças de

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com maior divergência das bases apicais, já que os outros valores apresentavam-se aproximadamente iguais em ambos os grupos. No entanto, observou-se uma diferença significante entre as bases apicais no grupo norte-americano; conseqüentemente, o ângulo de convexidade da face mostrou-se semelhante entre os dois grupos, revelando que outros fatores devem estar envolvidos com o aumento do ângulo de convexidade do norte-americano. Além disso, o comprimento do corpo mandibular de crianças da Nova Zelândia dos 7-9 anos encontrava-se maior do que as norte-americanas, compensando o maior ângulo de S. Encontraram-se diferenças significativas na inclinação axial do incisivo

inferior para o plano mandibular, com a média de 97,045° para a amostra norte americana,

e 92,568° para a da Nova Zelândia (dentro da normalidade). Em relação à altura facial superior e à total, as crianças norte-americanas mostraram valores menores. Basicamente, existiu uma similaridade no padrão esquelético entre os grupos.

Objetivando analisar o crescimento facial da vida fetal à idade adulta, por meio de telerradiografias, tomadas em norma lateral, de crianças com oclusão normal ou

maloclusão de Classe I de Angle, SCOTT44, em 1963, utilizou o retângulo facial descrito

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em relação à profundidade, continuando seu crescimento na vida adulta. Nos 10 casos de estudo longitudinal, observou-se grande mudança do ângulo SN.Gn, dos 3 aos 10 anos de idade, mostrando uma alteração significante da posição ântero-posterior da mandíbula em relação à base craniana. A partir dos 5 anos de idade, os resultados revelaram que, em uma grande quantidade de crianças, o arco SN.Gn cortou a 5ª e a 6ª coluna vertebral aos 6 anos, e a 5ª coluna dos 7 aos 18 anos; portanto, existe uma tendência de se alcançar a 4ª coluna com aumento da idade provavelmente pelo crescimento posterior da mandíbula. Observou-se que as mudanças significativas em relação ao período de crescimento e em proporções

, aos 5 anos de idade, período esse que necessita de muitos

estudos.

BURSTONE17, em 1964, propôs descrever o desenvolvimento normal da oclusão

distinguindo-o do desenvolvimento da maloclusão. Estudou as mudanças que ocorrem durante o processo de desenvolvimento normal da oclusão, nas inclinações axiais dentárias, na forma e dimensão do arco, na intercuspidação, sobressaliência e sobremordida, diferenciando o estágio normal do desenvolvimento da oclusão da alteração da normalidade. Constatou que na dentadura decídua, os incisivos superiores e inferiores apresentam-se verticalizados em relação ao plano oclusal e a face. As inclin

sentido vestíbulo-lingual e no mésio-distal sofrem modificações durante a fase de dentadura mista e permanente. Durante a passagem da fase “patinho feio”, as raízes dos incisivos centrais tendem a divergir em relação à linha média. Com a er

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crescimento para baixo e para frente do processo alveolar. A dentadura decídua exibiu espaços generalizados na região anterior, que permanecem até a erupção dos permanentes. Por outro lado, o apinhamento na dentadura mista apresentou prognóstico desfavorável na ausência de espaço. A relação do molar permanente mostrou-se dependente da posição e

diâmetro mesio-distal dos segundos molares decíduos, e no sentido ântero-posterior, a

normalidade relacionou-se à posição do canino inferior à frente do superior. A face da -se diferente do adulto. Com a maturidade, a mandíbula cresce horizontalmente em uma taxa mais rápida que a maxila e a convexidade da face se reduz. Embora a proporção da face superior em relação à face como um todo permaneça a mesma, a altura vertical aumenta com o crescimento para frente e para baixo da mandíbula, tornando a face madura mais longa, devido ao maior vetor de crescimento vertical da face. Diante da complexidade e dinamismo do crescimento dento-facial, a decisão de intervir precocemente ou acompanhar o crescimento deve ser criteriosa.

SINGH e SAVARA45, em 1966, avaliaram o crescimento da maxila de 50 crianças

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dos 5 aos 8 anos e diminui após os 12 anos. Existiu em DAM a IOM, na largura entre PTM de um lado e outro, e na medida de ANS para PTM um aumento significativo dos 3 aos 6 anos.Os autores observaram que em altura a maxila diminui com a perda de incisivos decíduos, e que as medidas relacionadas ao crescimento em comprimento e em largura da maxila revelam alterações pouco significativas. A largura apresentou um aumento maior na erosidade em relação à largura zigomática na idade mais jovem. As dimensões relacionadas à altura maxilar apresentam crescimento em fase precoce se comparada com as medidas em largura e comprimento. Além disso, o crescimento em que o da largura, até os 8 anos, e acelera após os 8 anos. A forma da face, então, é influenciada pela quantidade de crescimento em altura, menos em comprimento e em largura maxilar, respectivamente.

MERRIFIELD38, em 1966, objetivando desenvolver um guia específico, com o

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plano de Frankfort e a linha do perfil, denominou-se de ângulo Z. Após a análise dos resultados, percebeu-se que as medidas angulares do triângulo de diagnóstico proposto dos areciam com as mesmas da amostra tratada de Tweed e que a espessura total do mento é importante para a avaliação do perfil. A linha do perfil mostrou-se esteticamente melhor, quando mostrou-se relaciona com o ponto mais anterior do lábio superior. O autor observou que, nesse estudo, as jovens do sexo feminino alcançam a maturidade mais rápido e mostram menos mudanças após o tratamento ortodôntico do que os do sexo masculino. A espessura do mento é igual ou maior que a do lábio superior nas jovens do sexo feminino tratadas e menor nos do masculino. O ângulo Z mostrou-se normal para

adultos quando mediu 80 ± 5º. O sexo feminino apresentara um valor desse ângulo maior

em relação ao sexo oposto, semelhante aos valores do adulto, em jovens normais não facial vertical pode alterar o equilíbrio facial em jovens com medida do ângulo Z normal. O ângulo Z e a linha do perfil fornecem uma descrição mais crítica da face inferior do que a simples “aparência”.

Estudos cefalométricos do crescimento mandibular prévios investigaram uma ou duas dimensões em diferentes amostras, além disso, não exibiram valores do crescimento em altura, largura e comprimento da mandíbula, da infância à adolescência. TRACY e

SAVARA50, em 1966, visando estudar o tamanho e incrementos anuais de 5 medidas

anatômicas mandibulares, de crianças do sexo feminino, avaliaram 50 jovens, leucodermas, dos 3 aos 16 anos de idade, em estudo semi-longitudinal. Os autores examinaram as crianças anualmente, 30 delas durante a infância e 20 durante o p

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basearam-se na altura do ramo, no comprimento do corpo mandibular, no comprimento máximo do corpo, na largura bigoníaca e na largura bicondilar. Observou-se que a altura do ramo exibiu pouco crescimento (1,72cm) durante o período de 3 a 16 anos, mostrando-se constante de 4 a 6 anos, diminuindo aos 7 anos, tornando-mostrando-se regular após essa idade; entretanto, notou-se um maior crescimento dos 11,5 aos 12,5 anos de idade. O comprimento do corpo mandibular exibiu um aumento de 2,29cm durante todo período, os incrementos diminuíram dos 4 aos 5 anos de idade, mantendo-se constantes aos 7 anos, e diminuindo novamente, dos 8 aos 9 anos, com um aumento dos 11,6 aos 12,6 anos de idade. No comprimento máximo da mandíbula, percebeu-se um aumento de 3,09cm dos 3 aos 16 anos. O crescimento diminuiu dos 3 aos 9 anos, aumentou dos 11,1 aos 12,1 anos, porém menos do que aos 4 anos de idade. Em relação à largura bigoníaca, observou-se um aumento de 2,05cm durante o período de estudo. Os incrementos mostraram-se constantes dos 4 aos 6 anos de idade, diminuindo até os 9 anos. O crescimento circumpuberal máximo, ocorrido dos 11,2 aos 12,2 anos, exibiu valores menores se comparado com as medidas anteriores aos 7 anos. A grandeza bigoníaca mostrou incrementos menores quando comparada às outras. A largura bicondilar aumentou 2,05cm dos 3 aos 16 anos. O incremento bicondilar diminuiu dos 4 aos 7 anos, aumentou aos 8 anos, diminuindo aos 9 anos. O aumento máximo da distância bicondilar, durante o período circumpuberal, ocorreu dos 11,1 aos 12,1 anos, mostrando-se menor do que o ocorrido aos 4 anos de idade. A mandíbula cresceu muito em profundidade (comprimento máximo e comprimento do corpo), menos em largura (largura bicondilar e bigoníaca), seguida pela altura (altura do ramo). A quantidade de crescimento mandibular diminuiu na infância, aumentou até o

surto de crescimento e diminuiu subseqüentemente. O estudo de TRACY e SAVARA50

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valores maiores no comprimento máximo da mandíbula, na altura do ramo e na largura bicondilar, quando comparado ao comprimento do corpo e largura bigoníaca.

Em 1970, GIANELLY22, com a finalidade de observar o desenvolvimento

craniofacial de jovens com maloclusão e dos que possuem oclusão normal, avaliou a influência da idade e do sexo nas relações esqueléticas e dentárias em jovens com

maloclusão de Classe II de Angle, 1a divisão e com oclusão normal. A amostra englobou

252 pacientes com maloclusão de Classe II, 1a divisão, e 137 jovens com oclusão

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Em 1971, BAUMRIND e FRANTZ6, considerando a importância do uso freqüente

de telerradiografias em estudos craniofaciais, tomadas em norma lateral, analisaram a quantidade de erros na identificação dos pontos cefalométricos, avaliando os erros subseqüentes das medidas angulares e lineares, por meio de superposições radiográficas. -graduação da Universidade da Califórnia traçaram 20 radiografias escolhidas aleatoriamente e identificaram 16 pontos cefalométricos. Os estudiosos utilizaram a linha SN como referência na superposição das radiografias e o eixo X e Y para estimar a localização dos pontos escolhidos. O gônio e o ápice dos incisivos inferiores mostraram pontos de localização mais variável; por outro lado, o pório, a sela, o násion, o incisal dos incisivos superiores e inferiores revelaram uma quantidade de erro de

-se o erro de cada ponto para que, em sua úni , o

desvio padrão pudesse ser calculado. Os pesquisadores inferiram que a quantidade de erros relacionados à identificação varia de ponto para ponto e que o controle e a redução dos erros podem ser melhorados por meio do uso de equipamentos computadorizados na rotina do diagnóstico radiográfico.

BUGG, CANAVATI e JENNINGS16 em 1973, objetivando estabelecerem padrões

dentários e faciais de crianças latino-americanas, com oclusão normal, boas proporções faciais, em 60 jovens, dos 4 aos 5 anos de idade, avaliaram, por meio de telerradiografias tomadas em norma lateral, medidas angulares e lineares de traçados realizados. As crianças apresentavam oclusão normal com os caninos em CLI de Angle, e molares em plano terminal reto ou degrau mesial. Comparando os valores obtidos com as medidas de adultos,

os autores observaram que o movimento dos pontos A e N encontravam-se estáveis em

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mandibular e oclusal em relação ao S-N; e que os incisivos superiores decíduos posicionam-se mais verticalizados e os inferiores, mais vestibularizados em relação aos permanentes. Os autores enfatizaram que as diferenças étnicas devem ser consideradas quando analisamos e comparamos grupos étnicos distintos.

VANN Jr., DILLEY e NELSON52, em 1978, com o intuito de estabelecerem

normas cefalométricas de crianças leucodermas, na idade de 4 anos e aproximadamente 6 meses, por meio de telerradiografias tomadas em norma lateral, analisaram dezessete medidas cefalométricas de 32 crianças leucodermas. Os jovens apresentavam a face simétrica com perfil reto a ligeiramente convexo, dentadura decídua completa, sem

cias de erupção dos primeirosmolares permanentes na cavidade bucal, relação CLI

de Angle de caninos e molares em plano terminal reto ou degrau mesial, sem apinhamentos ou mordida aberta anterior e posterior, sobressaliência de 1mm a 4mm e sobremordida de 1mm a 3,5mm. Com o auxílio de 12 pontos em cada traçado, os autores não observaram diferença estatisticamente significante para qualquer variável cefalométrica para crianças do sexo masculino e feminino, exceto para a posição do incisivo central superior. Comparando-se ambos os sexos, o ângulo entre o UI (incisivo superior) e S-N mostrou-se maior nas crianças do sexo masculino, enquanto que o ângulo I-I (interincisivo) e Oc-SN,

menor. O ângulo SNB correlacionou-se muito com o SNPg, como o FNB com o FNPg.

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que nos adultos (2,0°). Esses achados sustentam o conceito de que o componente do crescimento mandibular para frente excede àquele da maxila durante o período da idade -escolar à idade adulta, e que o crescimento da mandíbula muda de horizontal para vertical com a idade, evidenciado pela diminuição dos ângulos Occ-SN e SN-MP da criança (18,8° e 35,3°) em relação ao adulto (14,5° e 32,0°). Os incisivos decíduos superiores mostraram-se mais verticalizados do que os permanentes, evidenciados pelos ângulos UI-SN e UI-F para crianças (92,4° e 97,6°) e adultos (104° e 110°) e os inferiores decíduos mais lingualizados do que os permanentes. O ângulo I-I é mais aberto nas

crianças (148,4°) do que nos adultos (130,0°), refletindo a inclinação verticalizada dos

incisivos centrais decíduos.

JARVINEN31, em 1981, preocupado em verificar a necessidade de intervenção

ortodôntica em crianças dos 3 aos 5 anos de idade, examinou 931 crianças nessa faixa etária, durante o período de 1 ano. A avaliação da necessidade de inter

de um acompanhamento do caso baseou-se no grau de patogenicidade da maloclusão na dentição. O autor analisou a prevalência da maloclusão, do traumatismo, da perda precoce, de cáries e variações quanto ao número de dentes. Obtiveram-se dados sobre a presença de hábitos orais durante o preenchimento da ficha clínica. Observou-se o percentual de 25,8% da necessidade interceptora e preventiva na maloclusão das crianças. O tratamento -se necessário em 14,4% de crianças portadoras de mordida cruzada

anterior, lateral, e perda precoce dos primeiros molares decíduos. A necessidade de

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Estimou-se a necessidade de restaurações interproximais pela presença de cárie em 12,2% das crianças, observando um aumento dessa proporção com a idade. A variação do número de elementos dentários mostrou um valor de 1,4%, e a perda de molares decíduos precocemente, com necessidade de tratamento ortodôntico, foi de 0

na região de incisivos de 5,5%. A maloclusão de classe III ocorreu em 0,4% das crianças. Diante da possibilidade do diagnóstico precoce da maloclusão, o tratamento interceptor e preventivo deve ser instituído tão logo o problema seja identificado, a fim de que ocorra um desenvolvimento normal das estruturas craniofaciais.

SMITH47, em 1982, relatou que a relação oclusal muda de acordo com o

desenvolvimento da dentadura decídua, permanente e mista, e que o exame da oclusão deve ser realizado, por vista oclusal e lateral, examinada a relação dos dentes com lábios e face. Na dentadura permanente não existe crescimento em largura, e o comprimento do arco ocorre na parte posterior para acomodar os segundos e terceiros molares permanentes. O arco superior deve posicionar-se mais anterior do que o inferior em oclusão, com os côndilos na fossa articular, enquanto a relação de molares permanece em CL I de Angle. Normalmente, os incisivos superiores cobrem de 1mm a 2 mm a coroa dos inferiores, posicionando-se anteriormente aos inferiores, com as linhas médias superior e inferior

coincidentes. No exame facial, observa-se o selamento passivo labial, a tonicidade dos

músculos mental e orbicular com o paciente em repouso, com a quantidade de exposição gengival de 1mm ou 2 mm no sorriso. Conclui-se que é difícil predizer como será a

oclusão na dentadura permanente, baseada no desenvolvimento da dentadura decídua. Os

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criança apresenta a face mais convexa e a mandíbula menos desenvolvida que o adulto, e, com o tempo, o perfil torna-se mais reto com o nariz, tendendo a crescer até o final da adolescência. O autor revelou que uma observação longitudinal da oclusão de uma criança é importante para o acompanhamento das mudanças que ocorrem no desenvolvimento de uma oclusão normal.

FOSTER e GRUNDY21, em 1986, sugeriram que várias características da oclusão

são transferidas da dentadura decídua para a permanente e persistem, mesmo após a completa troca dos dentes. Em um estudo longitudinal, os autores avaliaram a oclusão de 60 crianças, aos 5 e aos 12 anos, sem perda prematura de dentes, com a completa mudança de dentição entre as duas idades. Por meio de modelos de estudos, mediram a sobressaliência, a sobremordida, a relação molar e de canino e o apinham

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exclusivamente. Concluíram que precauções individuais são necessárias para predizer o

Devido à diversidade de misturas raciais presentes na população americana e com o

objetivo de identificar as variações existentes entre os grupos étnicos, JOHNSON32 em

1992, estudou as medidas cefalométricas em cada um deles. Algumas “normas” das medidas cefalométricas, definidas por meio de idade, sexo, tamanho e raça, mostraram valores diferentes de um grupo étnico comparado a outro. A protrusão ou a inclinação dos incisivos superiores e inferiores pode ser identificada pela avaliação do ângulo interincisivo; nesse caso, os leucodermas apresentam os incisivos mais retroinclinados, lábio superior pouco projetado e uma convexidade facial menor em comparação com outros grupos raciais. Na avaliação da relação da base craniana com as bases apicais SNA,

SNB e N-Pog, e do plano mandibular, existe uma diferença das normas dos leucodermas.

O trespasse horizontal apresenta-se significante na raça negra e em japoneses, por outro lado, o vertical é mais evidente nos leucodermas. A relação do plano oclusal com a base do crânio exibiu semelhança entre leucodermas, em japoneses, filipinos, chineses e havaianos; no entanto, os chineses mostraram um maior ângulo do plano oclusal e os americanos, um menor ângulo. A altura facial de japoneses, coreanos, havaianos, filipinos e chineses apresentou-se menor quando comparada com a dos leucodermas, enquanto que os americanos e negros apresentaram valor maior. Por outro lado, a distância bizigomática facial exibiu valores maiores no primeiro grupo. O autor inferiu que o diagnóstico e o

plano de tratamento não devem ser alterados de um grupo racial para o outro, sem

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NANDA40, no mesmo ano, investigou a relação entre o crescimento da base do

crânio com o da maxila e da mandíbula, por meio de telerradiografias, tomadas em norma

lateral, avaliando 18 crianças, do sexo feminino, leucodermas, entre 3 a 26 anos de idade,

selecionadas em um Centro de Pesquisa de Denver. A seleção da amostra baseou-se na proporção entre a altura facial inferior (ENA-Me) e a altura facial total (N-Me) durante os 13 anos e 6 meses. A porcentagem média dessa proporção variou entre 52% a 56%. O método de medida baseou-se em quatro medidas lineares e quatro angulares. Dentre as

medidas lineares, considerou-se S-N, ENA-ENP, Ar-Pog e S-ENA, enquanto que nas

angulares mediu-se ENA-N, ENA-N-S, Gn-N e Gn-N-S. As medidas absolutas de S-N, S-ENA, ENA-ENP e Ar-Pog exibiram diferenças significantes para cada idade, revelando um crescimento crescente até a pré-adolescência, a partir da qual se estabilizou. Os resultados mostraram que o padrão de crescimento da mandíbula é diferente das outras dimensões, desacelerando lentamente até os 13 anos de idade. O crescimento mandibular é retardado em 4 anos em relação ao comprimento da base do crânio nessa idade, e em 2

anos, se comparado ao comprimento da maxila aos 5 anos de idade. Ocorreu um

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direção de crescimento da maxila expressa pelo ângulo SN. ENA exibiu um aumento de

2,63°, dos 4 aos 18 anos, mostrando flutuações no sentido vertical -ENP

no sentido horizontal, durante todo o período estudado. O crescimento das quatro dimensões faciais avaliadas não ocorreu de forma homogênea, mas essas mantiveram as mesmas relações, da infância à idade adulta. A quantidade de crescimento da maxila e da mandíbula não é semelhante e não atinge um mesmo tamanho relativo na idade adulta. -N são atingidos aos 4,5 anos; o ENA-ENP, aos 6,3 anos; o S-ENA, aos 6,5 anos; e o Ar-Pog, aos 8,5 anos. Verificaram-se discrepâncias esqueléticas maxilo-mandibulares, dos 4 aos 10 anos de idade, relacionadas com as características do desenvolvimento normal nessa faixa etária. A mandíbula cresceu mais lentamente durante um tempo maior em relação à maxila, contribuindo para a d

da convexidade facial durante todo o período de desenvolvimento. Os clínicos poderiam caracterizar erroneamente a discrepância observada na pré-adolescência como displasia esquelética Os critérios utilizados para identificar a relação esquelética anormal nos adultos não são apropriados para a avaliação das crianças e pré-adolescentes. A utilização de aparelhos ativadores funcionais no estágio da dentadura mista pode comprometer o resultado facial no final do crescimento do jovem.

GIMENEZ, SIQUEIRA & NEGREIROS23, em 2000, avaliaram a oclusão de 29

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para a avaliação da relação terminal dos molares decíduos. A análise das radiografias baseou-se na classificação da relação terminal em plano reto, degrau mesial e degrau distal. tidos, os autores observaram uma maior porcentagem (58%) de relações terminais em plano reto, seguida das relações em degrau mesial em 24% e de uma reduzida parcela com degrau distal em 18%. Enfatizaram que a dentadura decídua merece um estudo detalhado, com acompanhamento longitudinal durante a fase de transição para a dentadura permanente, no intuito de detectar possíveis alterações, e assim conduzir uma Ortodontia interceptora, tratando as maloclusões do tipo Classe II e Classe III de Angle precoce e adequadamente.

MENDLOVITZ37, em 2002, estudando as características cefalométricas

ântero-posteriores de jovens do sexo masculino, de 4 e 5 anos de idade, com oclusão normal, através de 42 telerradiografias tomadas em norma lateral, e avaliando medidas angulares (SNA, SNB, ANB, SN.GoGn, ângulos interincisivos, S-N, ENA-ENP, trespasse horizontal e altura do ramo mandibular), observou que os jovens de 5 anos apresentam os incisivos superiores e inferiores mais verticalizados dentro de suas bases ósseas, quando comparados aos jovens de 4 anos, e que todas as medidas lineares do grupo de 5 anos mostraram-se superiores às encontradas no grupo de 4 anos, apresentando significado estatístico somente -A, Co-Gn e diferença maxilo-mandibular. Dessa forma, Co-Gn, S-N, ENA-ENP, Co-Go, aos 4 anos, mediram 89,86mm, 64,50mm e 46,73mm, 41,36mm, em média, respectivamente. As mesmas medidas foram, respectivamente, de 95,88mm, 65,20mm, 48,00mm, 42,70mm, aos 5 anos.

PEREIRA41, no mesmo ano, estudou o crescimento, as características esqueléticas

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entre 4 e 5 anos de idade, brasileiros, leucodermas, da região de Belo Horizonte, com oclusão normal, sem nenhum tratamento ortodôntico prévio, através de 20 telerradiografias tomadas em norma lateral para cada idade. Foram avaliadas medidas lineares, angulares, proporcionais, altura dento-alveolar e o polígono de BJÖRK. Os resultados mostraram que

AFI foi maior que AFS nas jovens de 5 anos, em média, 2,13mm; a AFPI (ENP-Go)

aumentou de 33,63mm para 35,10mm, dos 4 para 5 anos, alterando a AFPI em 1,47mm; e

o ângulo Ba-Na.PTM-Gn diminuiu 2,85º, dos 4 para 5 anos. Na avaliação dessas três

medidas, observou-se um crescimento vertical da face dos 4 para 5 anos. As proporções

entre Ar-Go/S-Go, ENA-Me/ N-Me e S-Go/N-Me exibiram valores de 58,42%, 58,68% e 60,49%, respectivamente, aos 4 anos, e 57,10%, 58,96% e 60,36%, nessa ordem, para a idade de 5 anos.

SHIMIZU46 et al., em 2003, da mesma forma, avaliaram a incidência dos planos

terminais dos segundos molares decíduos, dos tipos de arcos, segundo a classificação de Baume e dos espaços primatas, assim como o dimorfismo sexual, de 85 crianças brasileiras, 44 do sexo masculino e 41 do sexo feminino, leucodermas e melanodermas, com idade entre 3 e 6 anos, da rede pública e particular de ensino da cidade de Curitiba, PR. Os resultados mostraram que o plano terminal reto incidiu em 60 quadrantes (70,59%); o degrau mesial, em 16 quadrantes (18,82%); e o degrau distal, em 9 quadrantes (10,59%). Não se observou nenhuma diferença estatisticamente significante em relação ao dimorfismo sexual com a incidência das relações distais dos molares decíduos. Em relação aos tipos de arcos, na arcada superior, o do tipo I incidiu em 34 quadrantes (40%), 18

(40,91%) para o sexo masculino e 16 (39,02%) para o sexo feminino; e o arco tipo II, em

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(16,36%) para o sexo masculino e 20 (48,78%) para o sexo feminino; e o arco tipo II, 49 quadrantes (57,65%), dos quais 28 (63,64%) para o sexo masculino e 21 (51,22%) para o sexo feminino. Mais uma vez o dimorfismo sexual não apresentou diferenças estatisticamente significantes. O espaço primata na arcada superior, do lado direito, ocorreu em 85,88%, e do lado esquerdo, em 83,53%. Para a arcada inferior, 56,47% das ocorrências foram para o lado direito, e a mesma incidência para o lado esquerdo.

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