EDITAL DE SELEÇÃO DE BOLSISTAS PIBIC/CNPq 2018/2019 PARA A EMBRAPA MEIO AMBIENTE
A Comissão Interna instituída pelo Chefe Geral da Embrapa Meio Ambiente, Unidade de Pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, situada no município de Jaguariúna/SP, torna público o Edital para cadastro reserva que trata do processo de seleção de bolsistas através do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) do CNPq, para alunos de graduação, mediante as condições estabelecidas neste Edital.
1. Objetivo
Apresentar os procedimentos de solicitação e seleção de bolsistas PIBIC do CNPq.
2. Detalhamento das condições
MODALIDADE VALOR DURAÇÃO TEMPO DE DEDICAÇÃO
Bolsa PIBIC – CNPq R$ 400,00 (mensais) 12 (doze) meses 20 (vinte) horas semanais
3. Áreas de atuação
A disponibilidade de vagas estará vinculada a projetos para desenvolvimento das seguintes atividades de pesquisa:
PROCESSAMENTO DIGITAL DE DADOS: A partir de parcelas/áreas em campos experimentais ou laboratórios, tais como: infestação diferencial de pragas ou diferentes tipos de amostras de água, serão obtidas medidas espectrorradiométricas (cobrindo o espectro refletido). O acervo espectrorradiométrico (i.e. bibliotecas espectrais) será compilado e analisado conjuntamente por algoritmos computacionais a fim de se identificar padrões de anomalias nas assinaturas espectrais, exemplos: (i) no caso da soja associadas ao ataque da praga em estudo, no caso percevejo marrom. No que se refere a amostras de água objetiva-se a identificação/semi-quantificação de compostos físico-químicos como a clorofila e sua possível relação com resíduos aquícolas, em ambos os casos busca-se definir comportamentos análogos entre feições espectrais diagnósticas vs compostos físico-químicos vs níveis de infestação/contaminação. Em fase posterior os resultados descritos anteriormente serão validados com vias a redução de sua ambiguidade considerando as características das feições espectrais diagnósticas associadas aos alvos sob investigação, estabilidade frente a diferentes condições ambientais, tais como: estresse hídrico, horário do dia, ataque simultâneo de mais de uma praga, infecção por doença, densidade de plantas, turbidez e alta turbidez, profundidade do corpo d’água. Os bioensaios com as plantas e insetos serão realizados com apoio da Embrapa Soja, a coleta dos dados e seu processamento será realizada pela equipe da Embrapa Meio Ambiente/Plataforma ABC, sendo que no caso de amostras de água a parceria se dará com a equipe da Poli/USP, priorizando compostos como clorofila, nitratos e fosfatos, bem como a presença de matéria orgânica no âmbito do projeto BRS_Aqua. Assim, o bolsista irá apoiar na coleta e organização de amostras de solo, minerais e vegetação no âmbito de sua validação em análises laboratoriais e espectrorradiométricas, bem como na elaboração de bibliotecas espectrais. Auxiliar na aplicação de metodologias e ferramentas de geoprocessamento para efetuar correções geométricas, radiométricas, atmosféricas, entre outras em imagens de satélite. Auxiliar na elaboração de mapas temáticos com utilização dos softwares gerenciadores de sistemas de informações geográficas e de processamento de imagens. Colaboração na atividade de análise de dados, redação científica e publicação/apresentação em eventos científicos. Elaboração de relatórios periódicos sobre as atividades do estágio em andamento.
FERTILIZANTES ORGÂNICOS: Durante o desenvolvimento do projeto FertOrg observou-se que a realização de um experimento complementar em casa de vegetação traria ganhos importantes nas discussões dos resultados. O conhecimento da quantidade de nitrogênio fornecida pelo fertilizante orgânico é essencial para que se promova o uso destes insumos não só como condicionadores do solo, mas também como fornecedores de nutrientes, reduzindo gastos do produtor e perdas. A indicação desta informação no rótulo do produto pode ser facilitada via determinação da quantidade disponível no próprio fertilizante orgânico. Entretanto, o método referência para esta determinação é caro e dispendioso em termos de tempo e recursos humanos. Portanto, o objetivo principal do projeto é viabilizar a indicação de quantidades disponíveis de N em fertilizantes orgânicos e estabelecer procedimento mais operacional para determinação destas. Para tal, serão avaliados: (i) compartimentos de N de fertilizantes orgânicos; (ii) taxas de mineralização de N e quantidade disponível deste em fertilizantes orgânicos; (iii) método alternativo de determinação de nitrogênio mineralizável em fertilizantes orgânicos, mais operacional e implementável na rotina de laboratórios comerciais. O bolsista se dedicará à parte deste experimento que tratará da avaliação da taxa de disponibilização de nitrogênio e produção de massa seca de plantas cultivadas em solo adubado com diferentes fertilizantes orgânicos.
TRATAMENTO SANITÁRIO NA AQUICULTURA: O projeto tem o objetivo de avaliar óleos essenciais e extratos botânicos quanto a atividade antimicrobiana, in vitro, contra bactérias causadoras de doenças de tilápia (etapa de screening). Os produtos (óleos, extratos vegetais e substâncias puras) que apresentarem melhores resultados na etapa anterior, serão avaliados, através da dieta ou da água, em testes in vivo, a fim de desenvolver um procedimento para tratamento profilático e terapêutico de doenças, bem como avaliar a possível ação promotora de crescimento de tilápia. O bolsista será capacitado na área de descoberta de novas moléculas bioativas para uso na aquicultura. Para isso será treinado nas seguintes atividades: extração de óleos essenciais, obtenção de extratos orgânicos, realização de bioensaios para atividades antibacterias e antifúngicas, e na realização de bioensaios para avaliações ecotoxicológicas.
CONTROLE BIOLÓGICO DE PRAGAS EM FLORESTAS: O projeto objetiva desenvolver os processos quarentenários para criação, estabelecimento e liberações do bioagente exótico de controle da praga florestal de eucalípto que viabilizou a importação do bioagente exótico Selitrichodes neseri (Hymenoptera: Eulophidae), da África do Sul, para posterior controle da praga vespa-da-galha, Leptocybe invasa (Hymenoptera: Eulophidae) no país. Serão produzidos e liberados o S. neseri no país. O Brasil possui cerca de 7,1 milhões de hectares de florestas plantadas onde predominam os gêneros Eucalyptus e Pinus, com cerca de 0,8% do território nacional, de importância significativa como matéria prima para o setor de papel e celulose, entre outros. A área plantada de eucalipto totalizou 5.102.030 ha em 2012, correspondendo a 71% da área de florestas plantados nesse mesmo ano (Abraf, 2013). Apesar dos excelentes resultados alcançados pelo setor produtivo florestal brasileiro, a intensificação de áreas de florestas de eucaliptos vem sendo acometida pelo aumento de ataques de pragas nativas e exóticas, que afetam a sua produtividade. O controle biológico clássico de pragas exóticas de eucalípto, através da importação de parasitóides exóticos, é inicialmente o método de controle mais adequado para o controle efetivo dessas pragas. A praga exótica, vespa-da-galha Leptocybe invasa é de importância econômica em vários países, e no Brasil desde de 2007. Será mantida criação de L. invasa (em condições controladas de laboratório e semi-campo), no Laboratório de Quarentena “Costa Lima” para subsidiar, durante todo o ano, as liberações desse parasitóide S. neseri importado, em cooperação com empresas florestais parceiras do Protef. Portanto, o bolsista atuará nas atividades referentes ao desenvolvimento dos processos quarentenários para criação, estabelecimento e liberações do bioagente exótico de controle da praga florestal de eucalipto.
EMISSÃO DE GASES DE EFEITO ESTUFA EM PISCICULTURA: A pesquisa tem por meta a quantificação dos fluxos e emissão dos gases (CO2, CH4 e N2O) associada à piscicultura, nas áreas selecionadas dos reservatórios, suas variações regionais e sazonais. Avaliar as emissões de GEE, pretende-se agregar um indicador ambiental relacionada às emissões de GEE que somado aos indicadores utilizados no manejo da aquicultura, poderão subsidiar a reformulação das políticas públicas referentes ao monitoramento ambiental do setor de forma a contribuir para a sustentabilidade dessa atividade produtiva. Além das atividades de monitoramento e quantificação do fluxo e emissões dos GEE nas áreas selecionadas dos reservatórios, suas variações regionais e sazonais e medição de parâmetros físico-químicos de qualidade da água que podem influenciar a emissão dos gases, o projeto tem como meta a obtenção dos fatores de emissão dos reservatórios e proveniente da atividade aquicultura, bem como fomentar os parâmetros para os estudos de Análise de Ciclo de Vida (ACV) da produção de peixe. O bolsista atuará no suporte as ações previstas no monitoramento das emissões de GEE em reservatórios alagados associados a piscicultura, que objetiva a determinação dos fluxos ebulitivo e difusivo. Será responsável pelo preparo do material para coleta, participação eventual nas campanhas de amostragem e auxílio nas análises cromatográficas e físico-químicas das amostras coletadas.
deverá desenvolver as atividades de campo junto aos piscicultores, usar o software R para elaboração de gráficos, avaliações numéricas e estatísticas; organizar dados em planilhas Microsoft Excel; desenvolver atividades de Banco de Dados (MySQL); usar o software LimeSurvey para aplicação de questionários online nas etapas de elaboração e/ou validações das novas rotinas.
AGROMETEOROLOGIA: No caso desta pesquisa, as informações de disponibilidade de forragens obtidas em campo serão essenciais para a validação e calibração do atributo biofísico biomassa (kg ha-1 mês-1), estimado a partir de um modelo agrometeorológico espectral. A coleta de
dados de campos, em trabalhos de sensoriamento remoto aplicados à estimativa da disponibilidade de forragem, deve levar em consideração a sincronização com as datas de passagem do sensor orbital e a representatividade da cobertura vegetal nas áreas escolhidas. As imagens orbitais escolhidas para este estudo serão as do satélite Landsat-8. As áreas a serem consideradas para monitoramento local e orbital encontram-se na Fazenda Canchim (CPPSE) e situam-se em áreas experimentais de sistemas pecuários de longa duração (Rede PECUS). O objetivo geral deste estudo, considerando os requisitos ideais e as condições operacionais, é definir a periodicidade de coletas e número de amostras que representem a produção média das unidades experimentais escolhidas, assim como a validação e a calibração do modelo agrometeorológico espectral. O bolsista irá executar as seguintes atividades: (1) auxílio na revisão de literatura sobre o(s) objeto(s) de estudo; (2) atividades de coletas de biomassa e outras variáveis em campo experimental de sistemas de produção em pecuária; (3) tabulação de dados primários a partir das coletas em campo e imagens orbitais; (4) elaboração de gráficos e execução de estatística básica; (4) iniciação na escrita científica (introdução, objetivo, material e métodos, resultados, discussão e conclusão) e (5) elaboração de relatórios e participação do 13º Congresso Interinstitucional de Iniciação Científica.
BOAS PRÁTICAS DE MANEJO NA PISCICULTURA: Nos sistemas intensivos a ração é a principal fonte de alimento dos peixes e apresenta relevada influência para redução do volume e melhora da qualidade do efluente, que são um dos principais objetivos das Boas Práticas de Manejo (BPM) na piscicultura. Dessa forma, estratégias que permitam melhorar o aproveitamento da ração e minimizar sobras alimentares e volume de fezes podem diminuir o impacto ambiental da atividade. Além disso, as atividades de pesquisas desenvolvidas poderão contribuir para o fornecimento de informações sobre a relação do uso de ácidos orgânicos e potencial de diminuição do impacto ambiental, que poderão auxiliar na elaboração de políticas públicas para o estabelecimento de padrões de qualidade, limites toleráveis de macrominerais e a recomendação de diferentes classes de aditivos que minimizem o impacto ambiental da ração e que melhorem o desempenho animal. Dessa forma, a inclusão do bolsista de iniciação científica em atividades do projeto será de extrema valia para o alcance dos resultados esperados, além de proporcionar base técnico-científica na área de aquicultura e meio ambiente, que poderão auxiliar em sua formação profissional. O bolsista deverá, então, desempenhar as seguintes atividades: monitorar os parâmetros de qualidade da água; fazer a seleção de ingredientes, formulação, mistura e granulação de rações experimentais, análises bromatológicas e hematológicas; biometria e montagem de ensaios experimentais; análise estatística; redação de relatórios/resumos/artigos científicos.
4. Plano de trabalho
5. Requisitos e compromissos relativos ao aluno/bolsista
a) Estar regularmente matriculado em curso de graduação em instituição de ensino superior; b) Demonstrar bom desempenho acadêmico;
c) Cumprir integralmente as atividades previstas no plano de trabalho aprovado e vinculado ao projeto de pesquisa;
d) Não ter vínculo empregatício de qualquer natureza, nem receber qualquer outra bolsa para desenvolvimento de pesquisa;
e) Ter disponibilidade das horas semanais para execução do trabalho conforme indicado na vaga pleiteada;
f) Apresentar os resultados alcançados no desenvolvimento do plano de trabalho através de Relatório Técnico semestral.
g) Escrever um resumo expandido e elaborar um pôster, em conjunto com o orientador, sobre os resultados alcançados durante o estágio e apresentar no Congresso de Iniciação Científica que se realiza no final do estágio, conforme requisito do CNPq.
h) Participar, juntamente com o orientador, do Congresso de Iniciação Científica.
6. Requisitos e compromissos relativos ao pesquisador/orientador a) Assumir compromisso formal com as atividades do bolsista, envolvendo:
• A orientação do bolsista nas diversas fases do trabalho de pesquisa, incluindo elaboração de relatórios técnico-científicos e de outros meios para divulgação dos resultados;
• A permissão e o estabelecimento de condições adequadas de acesso às instalações laboratoriais ou outras imprescindíveis para realização do Plano de Trabalho do bolsista;
b) Estabelecer um plano de trabalho para o bolsista, vinculado a um projeto de pesquisa que assegure os recursos necessários para a sua execução;
c) Incluir o nome do bolsista nas publicações e nos trabalhos apresentados em congressos e seminários, em cujos resultados houve a participação efetiva do bolsista;
e) Escrever, junto com o bolsista PIBIC, um resumo expandido e um pôster para apresentar no Congresso de Iniciação Científica a ser realizado no final do estágio;
f) Participar, juntamente com o bolsista PIBIC, do Congresso de Iniciação Científica;
g) Informar, imediatamente, ao SGP e à Comissão Interna PIBIC sobre qualquer alteração na relação e compromissos do bolsista com o desenvolvimento das atividades de seu plano de trabalho.
7. Inscrição
Os interessados devem se inscrever no período de 14/05/2018 a 18/05/2018 enviando a Ficha Cadastral preenchida - ANEXO III - através do e-mail: cnpma.pibic@embrapa.br
8. Avaliação e julgamento dos candidatos
A avaliação e a classificação dos candidatos ficarão sob a responsabilidade dos pesquisadores/orientadores e serão feitas através do desempenho escolar e entrevista individual. 9. Cronograma 14/05/2018 a 18/05/2018 21/05/2018 a 24/05/2018 25/05/2018 a 29/05/2018 04/06/2018 Inscrições abertas Avaliação das
inscrições candidatos com o Entrevista dos pesquisador/orientador Divulgação do resultado e encaminhamento da documentação ao candidato 10. Documentos necessários
Por ocasião da entrevista, o candidato deverá apresentar o comprovante de matrícula e as cópias do CPF e do RG.
11. Resultado final
O resultado das avaliações, fornecido pelos pesquisadores/orientadores após o processo seletivo, será divulgado aos possíveis contemplados até o final do mês de julho no site da Embrapa Meio Ambiente.
Na disponibilidade de vagas, ficará reservado o percentual de 10% (dez por cento) das oportunidades de estágio para alunos com deficiência.
