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AS CONSEQUÊNCIAS DOS AGROTÓXICOS SOBRE A SAÚDE DOS TRABALHADORES RURAIS

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AS CONSEQUÊNCIAS DOS AGROTÓXICOS SOBRE A SAÚDE DOS TRABALHADORES RURAIS

Evandro Fernandes de Souza1

RESUMO:A agricultura tem passado por profundas modificações e o uso de agrotóxicos foi uma delas.

Objetivou-se com o presente trabalho abordar uma revisão a respeito da exposição dos trabalhadores rurais aos agrotóxicos e as consequências dessa exposição na saúde dos mesmos. Com o advindo da Revolução Verde ocorreu um aumento da produtividade agrícola, com o uso de agrotóxicos, todavia, o uso descontrolado causou danos ambientais e a saúde dos trabalhadores rurais. A ignorância dos trabalhadores rurais não é por si só única culpada pelo elevado índice de contaminação. Deve ocorrer o uso controlado desses produtos, respeitando a condição ambiental e humana.

PALAVRAS-CHAVE:agricultura; pesticidas; salubridade.

ABSTRACT:Agriculture has undergone profound changes and the use of pesticides was one of them. The

objective of this study was approach a revision about the exposure of rural workers to pesticides and the consequences of such exposure about their health. With the enactment of Green Revolution occurred an increased in agricultural productivity based in use of pesticides, however, the uncontrolled use caused environmental damage and health of rural workers. Ignorance of rural workers isn’t by itself solely to blame for the high rate of contamination. Should be occurring control of these products, respecting the environmental and human condition used should occur.

KEY-WORDS:agriculture; pesticides; salubrity.

SUMÁRIO: 1. Introdução;2. Revolução verde;3. Agricultura no Brasil;4. Agrotóxicos;5. Classificação dos

agrotóxicos;6. A utilização de agrotóxicos;7. Contaminação por agrotóxicos;8. Exposição ao agrotóxico;9. Efeitos dos agrotóxicos no organismo; 10. Equipamentos de proteção individual; 11. Questão social; 12. Considerações finais; Referências bibliográficas.

1. INTRODUÇÃO

A agricultura tem passado por profundas modificaçõese segundo o professor Wilson Badiali Crocomo se originam“muitas delas advindas de processos tecnológicos, como os defensivos agrícolas que passaram a ser utilizados para a supressão populacional de agentes de competição interespecífica, como por exemplo, insetos, plantas daninhas, patógenos e ácaros.”2Em razão do benefício do agrotóxico para o sucesso do plantio, o trabalhador rural tem a tendência de superestimar seus efeitos benéficos para a planta, desconsiderando os malefícios à saúde em curto, médio e longo prazo.

A aplicação desses defensivos sem o emprego dos cuidados necessários tem contribuído para a degradação ambiental e para o aumento das intoxicações ocupacionais, tornando-se um dos principais problemas de saúde pública no meio rural.

A exposição ao agrotóxico produz alterações clínicas quenão são facilmente detectadas e que, silenciosamente,modificam a vida do trabalhador. Segundo Dra.

1

Graduando em Direito pela AJES – Faculdades de Ciências Contábeis e Administração do Vale do Juruena. E-mail para contato: aleevandro@hotE-mail.com

(2)

Heloisa Pacheco-Ferreira“as manifestações clínicas mais comuns são dor de cabeça, distúrbios gastrintestinais e tontura”3. Os sintomas subclínicos são considerados sinal precoce da intoxicação e, podem ser avaliados por meio de exames neurológicos, identificando alterações no sistema nervoso periférico e central.

Dessa forma, a presente revisão pretende explorar e discutir a respeito da exposição dos trabalhadores rurais aos agrotóxicos e as consequências dessa exposição na saúde dos mesmos.

2. REVOLUÇÃO VERDE

O século 20 caracterizou-sepor um intenso e contínuo processo de mudanças tecnológicas e organizacionais que atingiram o mundo da produção, acarretando grandes transformações nas formas, nos processos e nas relações de trabalho. O processo de produção agrícola tem passado por importantes mudanças tecnológicas e organizacionais, cujo resultado final tem sido o aumento da produtividade.

A agriculturaconverteu-se numa atividade orientada para a produção comercial e, por trás desta mudança, está à necessidade de alimentar uma população cada vez maior.Segundo O sociólogo Ricardo Abramovay“essa necessidade esse foi o grande impulso para o maior uso dos agroquímicos no campo, a partir de 1930, em especial os agrotóxicos, intensificando-se sua utilização a partir da Segunda Guerra Mundial.”4.

Uma das grandes transformações ocorridas na nossa agricultura, a partir dos anos 50, foi resultado da implantação da chamada Revolução Verde e segundo o autor Francisco Roberto Caporal “esse pacote tecnológico básico se montou a partir das sementes de variedades de alto rendimento e de um conjunto de práticas e insumos agrícolas necessários para assegurar as condições para que as novas cultivares alcançassem níveis crescentes de produtividade”5. A revolução verde foi um processo de mudança da política agrícola no país, com um falso discurso de modernização do campo, esse processo incentivou a prática de monocultivos, o uso de sementes geneticamente modificadas, a forte mecanização do campo e o uso dos pacotes agroquímicos.

3

PACHECO-FERREIRA, H. et al. Monitoramento dos riscos e efeitos a saúde de agentes comunitários expostos ocupacionalmente aos organofosforados: estudo ocupacional, clínico e neuropsicológico. Cad Saúde Colet, v.8, n.1, p.27-38, 2000.

4

ABRAMOVAY, R. 1992. Paradigmas do capitalismo agrário em questão. HucitecAnpocs-Editora da Unicamp, São Paulo- Rio de Janeiro- Campinas.p. 258.

5

CAPORAL, F.R. Superando a revolução verde: a transição agroecológica no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, 2003.p. 145.

(3)

A partir de 1975, com o Plano Nacional de Desenvolvimento (PND), que ocorreu um verdadeiro boom na utilização de agrotóxicos no trabalho rural, devido à abertura do Brasil ao comércio internacional desses produtos. Nos termos do PND, o agricultor estava obrigado a comprar tais produtos para obter recursos do crédito rural. Em cada financiamento requerido, era obrigatoriamente incluída uma cota definida de agrotóxicos, e essa obrigatoriedade, somada à propaganda dos fabricantes, determinou o enorme incremento e disseminação da utilização dos agrotóxicos no Brasil.

Essa política de crédito integrou a Revolução Verde com o objetivo de aumentar a produtividade agrícola a partir do incremento da utilização de agroquímicos, da expansão das fronteiras agrícolas e do aumento da mecanização da produção.

3. AGRICULTURA NO BRASIL

O trabalho agrícola no Brasil é uma atividade significativa do ponto de vista social e econômico, entretanto, a saúde do trabalhador desse setor nem sempre recebe a atenção necessária. A evolução tecnológica ocorrida no setor agrícola do Brasil nas últimas décadas teve impacto na produção, na produtividade, no trabalho rural e na saúde do trabalhador.

Essa evolução trouxe umnovo perfil de trabalhador, em que foi requerida a exigência de novas habilidades para ocupação de postos de trabalhos mais técnicos e qualificados, aumentando consideravelmente a necessidade de capacitação do trabalhador rural.

Segundo Soares“a política de modernização da agricultura brasileira ignorou o despreparo da mão de obra para os novos pacotes tecnológicos e negligenciou uma política de capacitação e treinamento do trabalhador rural”.6Todavia, apesar de tudo, os treinamentos e a capacitação estão longe de resolver todos os problemas decorrentes do uso de defensivos agrícolas pelos trabalhadores rurais. Segundo Peres “a dificuldade de acesso às informações e à educação por parte dos trabalhadores rurais são alguns dos principais determinantes na constituição dessa situação como um dos importantes desafios de saúde pública”.7

Monteiro“alertou para a possível responsabilidade sobre o mau uso do agrotóxico pelo agricultor, quando este não segue as instruções apropriadas, induzindo ao fato de que a

6

SOARES, L.W.; FREITAS, E.A.V.; COUTINHO, J.A.G. Trabalho rural e saúde: intoxicações por agrotóxicos no município de Teresópolis-RJ. Revista de Economia e Sociologia Rural, Brasília, v.43, n.4, p. 685-701, 2005.

7

PERES, F. Os desafios da educação ambiental e em saúde para a saúde pública no limiar do milênio. In: Mata SF, Gavazza S, Almeida MCM, Ottoni AB, organizadores. Educação ambiental, desafio do século: um apelo ético. Rio de Janeiro: Terceiro Milênio. 1998, p.156-62.

(4)

educação viria solucionar este problema”. 8Portanto o ponto de vista dos autores sugeriu que sejam realizadas campanhas educativas onde sejaconsiderado o nível intelectual e educacional dos trabalhadores rurais.

4. AGROTÓXICOS

O termo agrotóxico passou a ser utilizado no Brasil, para denominar os venenos agrícolas, esse termo coloca em evidência a toxicidade desses produtos ao meio ambiente e à saúde humana, além disso, são denominados praguicidas ou pesticidas.Segundo a LEI 9.605/98 o uso de agrotóxico é regulamentado:

Art. 56. Produzir, processar, embalar, importar, exportar, comercializar, fornecer,

transportar, armazenar, guardar, ter em depósito ou usar produto ou substância tóxica, perigosa ou nociva à saúde humana ou ao meio ambiente, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou nos seus regulamentos:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

§ 1º Nas mesmas penas incorre quem abandona os produtos ou substâncias referidos no caput, ou os utiliza em desacordo com as normas de segurança.9

Entretanto, sabemos que para se utilizar qualquer tipo de agrotóxico em desacordo com a Lei estaráburlando com as exigências e seus regulamentos, estando este sujeito as sanções cabíveis em cada situação.

Os termos pesticidas, praguicidas, biocidas, fitossanitários, agrotóxicos, defensivos agrícolas, venenos, remédios expressam as várias denominações dadas a um mesmo grupo de substâncias químicas. O termo "agrotóxico" é definido segundo o decreto nº 4.074, de 4 de janeiro de 2002, que regulamentou alei nº 7.802/1989, como:

“...Produtos e agentes de processos físicos, químicos ou biológicos, destinados ao usonos setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de florestas, nativas ou plantadas, e de outros ecossistemas e de ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos, bem como as substâncias de produtos empregados como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores de crescimento (Brasil, 2002)”.10

Nessa linha de raciocínio Silva define Agrotóxico como “sendo um termo usado para indicar uma variedade de compostos químicos largamente utilizados nos processos de produção agropecuária e na área de saúde pública.”11 São considerados produtos químicos

8

MONTEIRO, J.C. O processo de trabalho no desencadeamento dos agravos à saúde dos trabalhadores rurais. Florianópolis, 2004. 132 p. Tese (Doutorado em Engenharia de produção e sistemas – Ergonomia) – Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC.

9

Lei de Crimes Ambientais n° 9.605/98 – Art. 56.

10

Decreto nº 4.074, de 4 de janeiro de 2002 - Regulamenta a Lei no 7.802, de 11 de julho de 1989, que dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras providências.

11

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destinados à utilização pela agricultura com a finalidade de proteção contra pragas ou destinados a aumentar a produtividade de determinadas culturas.

5.CLASSIFICAÇÃO DOS AGROTÓXICOS

Quanto ao modo de ação do ingrediente ativo no organismo alvo ou à natureza da praga combatida, segundo as palavras de Andrei os “agrotóxicos são classificados como inseticidas, fungicidas, herbicidas, rodenticidas e/ou raticidas, acaricidas, nematicidas, fumigantes, moluscicidas, entre outros.”12

Os agrotóxicos que mais causam preocupação em termos de saúde humana são osinseticidas organofosforados e carbamatos, piretroides, organoclorados, fungicidasditiocarbamatos e os herbicidas fenoxiacéticos (2,4D), glifosato e o paraquat.

Podemos observar nessa tabela de classificação dos agrotóxicos: Tabela 1 - Classificação toxicológica dos agrotóxicos.13

Fonte:http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Arroz/ArrozTerrasAltasMatoGrosso/normas_g erais_uso_agrotoxicos.htm

Seguindo essa classificação, podemos definir cada elemento: I. Organoclorados

São compostos com propriedades físico-químicas semelhantes, lipofílicos, à base de carbono com radicais de cloro e altamente resistentes aos mecanismos de decomposição dos sistemas biológicos. Seu uso está proibido ou severamente restringido em diversos países. Alguns dos principais e mais conhecidos compostos organoclorados com atividade inseticida são: BHC, lindano, aldrin, dieldrin, heptacloro, endossulfan, DDT, dodecacloro, toxafeno, entre outros.

II. Carbamatos

São compostos que apresentam em comum a estrutura fundamental do ácido N-metilcarbâmico. Exemplo: carbaril (sevin), carbofuran e propoxur.

III. Organofosforados

12 ANDREI, E. Compêndio de defensivos agrícolas. 7.ed. São Paulo: Andrei, 2005. p. 215. 13 Disponível em http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/- Acessado em 02 abril de2014.

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São compostos orgânicos derivados do ácido fosfórico, tiofosfórico ou ditiofosfórico. Existem compostos organofosforados sintéticos utilizados como inseticidas, acaricidas, nematicidas e fungicidas, sendo que os relacionados a seguir são os inseticidas mais utilizados no combate a pragas.

IV. Benzoilureicos

São inseticidas que apresentam como fórmula geral a estrutura dos 3-(2,6-difluorbenzoil) ureia. A ação inseticida desses compostos está consolidada na inibição da síntese de um polissacarídeo, a quetina, constituinte principal do exoesqueleto de insetos e acarinos. São também utilizados como acaricidas, principalmente, no combate aos carrapatos. Os principais inseticidas desse grupo são: diflubenzuron, lufenuron, clorfluazuron, teflubenzuron e triflumuron.

V. Piretroides sintéticos

São compostos que apresentam estruturas semelhantes às piretrinas I e II, naturais nas flores de Chrysanthemumcinerariefolium, comumente empregados em campanhas de saúde pública na erradicação de mosquitos, no armazenamento de grãos e em uso doméstico para a eliminação de insetos em geral. Os principais inseticidas piretroides são: cipermetrina, deltametrina, aletrina, cialotrina, bifentrina, permetrina, entre outros.

6. A UTILIZAÇÃO DE AGROTÓXICOS

A utilização de produtos visando ao combate de pragas e doenças presentes na agricultura não é recente. Segundo as palavras de Garcia “as civilizações antigas usavam enxofre, arsênico e calcário, que destruíam plantações e alimentos armazenados, utilizam também substâncias orgânicas, como a nicotina extraída do fumo e do pyrethrum”.14 O intenso desenvolvimento da indústria química a partir da Revolução Industrial determinou o incremento na pesquisa e produção dos produtos agrotóxicos. Sua produção em escala industrial teve início em 1930, intensificando-se a partir de 1940.

De acordo com o Decreto Federal nº 4.074 a Lei 7.802, de 11 de julho de 1989 o agrotóxico pode ser utilizado de várias formas, se estiver dentro das normas:

14

GARCIA, E.G. 1996. Segurança e Saúde no trabalho rural com agrotóxicos: contribuição para uma abordagem mais abrangente. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública). Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo, São Paulo.p. 240.

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...”Que dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras providências”.15

A crescente utilização de agrotóxicos na produção de alimentos tem ocasionado uma série de transtornos e modificações no ambiente, como a contaminação de seres vivos e a acumulação nos segmentos bióticos e abióticos dos ecossistemas (biota, água, ar, solo, sedimentos, dentre outros).

Em geral, essas consequências são condicionadas por fatores intrinsecamente relacionados, como define Araújo dizendo que “o uso inadequado dessas substâncias, a alta toxicidade de certos produtos, a falta de utilização de equipamentos de proteção individual e a precariedade dos mecanismos de vigilância.”16

7.CONTAMINAÇÃOPOR AGROTÓXICOS

A aplicação inadequada de agrotóxicos pode causar efeitos agudos e crônicos no organismo e a magnitude dos efeitos depende da toxicidade da substância, da dose e do tipo de contato. Os efeitos agudos são aqueles que aparecem durante ou após o contato da pessoa com os agrotóxicos, já os efeitos de exposição crônica podem aparecer semanas, meses e até anos após o período de contato com tais produtos e são mais difíceis de serem identificados.

A contaminação e a mistura de agrotóxicos é situação muito presente na realidade do trabalho agrícola, seja por causa das impurezas, dos inertes, seja pela aquisição de produtos associados ou pelo uso simultâneo de várias substâncias.

Segundo Momesso& Machado Neto existem três principais vias responsáveis pelo impacto da contaminação humana por agrotóxicos, a saber:

a) a via ocupacional, que se caracteriza pela contaminação dos trabalhadores que manipulam o produto desde a sua fabricação até a sua aplicação;

b) a via ambiental, responsável pela dispersão/distribuição dos agrotóxicos ao longo dos diversos componentes do meio ambiente, por exemplo, do ar respirado durante o trabalho;

c) por via alimentar, oriunda da contaminação relacionada à ingestão de produtos contaminados por agrotóxicos: água, alimentos, entre outros.17

15

Decreto Federal nº 4.074 a Lei 7.802, de 11 de julho de 1989. 16

ARAÚJO, A.J. et al. Exposição múltipla a agrotóxicos e efeitos à saúde: estudo transversal em amostra de 102 trabalhadores rurais, Nova Friburgo, RJ. Ciência e Saúde Coletiva, v.12, n.1, p.115-130, 2007.

17

MOMESSO, J.C.; MACHADO NETO, J.G. Efeitos do período e volume de aplicação na segurança dos tratoristas aplicando herbicidas na cultura de cana-de-açúcar (Saccharum spp.). Planta Daninha, v.21, n.3, 2003.

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8.EXPOSIÇÃO AO AGROTÓXICO

A exposição combinada às substâncias químicas pode causar três tipos de efeitos sobre a saúde humana, conforme ressaltados por Alavanja:

Independentes, sinérgicos (aditivos ou potencializados) e antagônicos. Apesar de ainda pouco estudada, alguns trabalhos demonstram que a resposta do organismo humano diante das exposições laborais combinadas pode ser influenciada por algumas características pessoais, tais como tabagismo, alcoolismo e o estado nutricional.18

Os mesmos autores ainda ressaltaram:

a) substâncias químicas e temperaturas elevadas: o aumento da temperatura atmosférica aumenta a volatilidade e a pressão de vapor das substâncias químicas, aumentando sua disponibilidade para inalação e/ou absorção cutânea. Aumenta também a velocidade circulatória, aumentando ainda mais a absorção.

b) substâncias químicas e esforço laboral: o esforço físico aumenta a ventilação pulmonar. Assim, o organismo se vê exposto a maiores quantidades de tóxicos existentes no ar.Os agrotóxicos são absorvidos pelo corpo humano pelas vias respiratória e dérmica e, em menor quantidade, também pela via oral. Uma vez no organismo humano, poderão causar quadros de intoxicação aguda ou crônica.

Sabe-se que a exposição a um determinado produto químico em grandes doses por um curto período causa os chamados efeitos agudos, eventos amplamente descritos na literatura médica. A associação causa/efeito é,geralmente, fácil de ser estabelecida.

Em linhas gerais, o quadro agudo varia de intensidade, desde leve até grave, podendo ser caracterizado por náusea, vômito, cefaleia, tontura, desorientação, hiperexcitabilidade, parestesias, irritação de pele e mucosas, fasciculação muscular, dificuldade respiratória, hemorragia, convulsões, coma e morte.

Ao contrário, os chamados efeitos crônicos, que estão relacionados com exposições por longos períodos e em baixas concentrações, são de reconhecimento clínico bem mais difícil, principalmente quando há exposição a múltiplos contaminantes, situação bastante comum no trabalho agrícola. Há, neste caso, maior dificuldade para o reconhecimento de uma associação causa/efeito. Entre os inúmeros efeitos crônicos sobre a saúde humana são descritas alterações imunológicas, genéticas, malformações congênitas, câncer, efeitos deletérios sobre os sistemas nervoso, hematopoiético, respiratório, cardiovascular,

18

ALAVANJA, M.C.R. et al. Health effects of chronic pesticide exposure: cancer and neurotoxity. Annu. Rev. Public Health, v. 25, p.157-197, 2004.

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geniturinário, trato gastrintestinal, hepático, reprodutivo, endócrino, pele e olhos, além de reações alérgicas a estas drogas, alterações comportamentais, entre outros.

9. EFEITOS DOS AGROTÓXICOS NO ORGANISMO

A intoxicação por agrotóxicos pode ocorrer por três vias: inalação, ingestão e dérmica (contato). No caso de envenenamento por inalação, os sintomas iniciais mais comuns são caracterizados por dores no tórax, dificuldade de respiração e dores de cabeça, aliadas à visão borrada e lacrimejante; quando ingerido, provoca náuseas, vômitos, diarreias e câimbras; quando o produto entra em contato com a pele, ocorrem contrações e sudorese.

Os quadros de intoxicação, tanto aguda como crônica, refletem a precariedade com que são realizadas as atividades de controle de pragas no campo, sem proteção por equipamentos de segurança e com uso indiscriminado de substâncias químicas prejudiciais ao meio ambientee ao homem.

Tabela 2 – Sintomas de Intoxicação por agrotóxicos.19

Fonte: Adaptado de Peres & Moreira, 2003.

No Brasil, as informações em saúde encontram-se dispersas em várias bases de dados, de forma fragmentada e desarticulada. Como herança da vigilância epidemiológica das doenças infecciosas de notificação compulsória, privilegia-se o registro de doenças. Isto dificulta o conhecimento dos seus condicionantes e determinantes nas condições de vida e trabalho concretas dos trabalhadores.

A dificuldade de acesso dos agricultores às unidades de saúde, o despreparo das equipes de saúde para relacionar problemas de saúde com o trabalho em geral e com a exposição aos agrotóxicos de forma particular, os diagnósticos incorretos, a escassez de

19

PERES, F.; MOREIRA, J.C. É veneno ou é remédio? Agrotóxicos, saúde e ambiente. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 2003. p.384.

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laboratórios de monitoramento biológico e a inexistência de biomarcadores precoces e/ou confiáveis são alguns dos fatores que influem no subdiagnóstico e no sub-registro.

Portanto, pode-se afirmar que os dados oficiais brasileiros sobre intoxicações por agrotóxicos não retratam a gravidade de nossa realidade, como podemos constatar nos estudos dos autores aqui citados.

Quando a exposição é contínua e prolongada, o diagnóstico torna-se mais difícil, podendo ocasionar câncer, doenças no rim, fígado, lesões no sistema nervoso, entre outros, que podem até levar à morte.As intoxicações mais nocivas são as sequelas neurológicas tardias.

Segundo Martin & Adams Junior:

O trabalhador agrícola, desconhecendo os riscos e os impactos negativos do uso de agrotóxicos na saúde, tende a supervalorizar seus benefícios para as plantações de culturas diversas, utilizando muitas vezes doses maiores que as necessárias, para obter melhores resultados agronômicos.20

Do ponto de vista epidemiológico, é difícil correlacionar a contaminação por agrotóxicos e os efeitos de compostos químicos sobre a saúde humana. As dificuldades são inúmeras, em função da variedade dos métodos de aplicação e de utilização dos produtos, da multiplicidade de fatores de risco e da dificuldade de mensurar com precisão os níveis e o tempo de exposição dos sujeitos contaminados, bem como o desconhecimento da toxicidade apresentada pelas misturas das diversas substâncias.

Rozmaninformaram que “as manifestações clínicas resultantes da contaminação por agrotóxicos, envolvem três fatores: o mecanismo fisiopatológico, por meio do qual o tóxico atua; a dose absorvida e a presença de complicações”.21

As manifestações de uma intoxicação podem ser diversificadas e os estudos epidemiológicos têm estabelecido a relação de causa-efeito na associação entre a integridade física e a exposição a agentes contaminantes, com resultado significativo na associação.

Segundo Levigard&Rozemberg:

as intoxicações por agrotóxicos, manifestadaspela diminuição das defesas imunológicas,da anemia, da impotência sexual masculina, dacefaleia, da insônia, de alterações da pressãoarterial, de distimias (alterações do humor) ede distúrbios do comportamento (surtos psicóticos) são descritos como frequentes entre

20

MARTIN, C.O.; ADAMS JUNIOR, H.P. Neurological aspects of biological and chemical terrorism: a review for neurologists. ArchNeurol., v.60, n.1, p.21-25, 2003.

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osagricultores, determinando, por vezes, a proibiçãomédica do trabalho na lavoura e a orientaçãopara outro tipo de atividade profissional.22

10.EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

O emprego de equipamentos de proteção individual (EPIs), apesar de não desejado, deve ser considerado como tecnologia de proteção disponível dentro de uma visão integrada e sistêmica de abordagem dos problemas ocupacionais. A eficiência de todo sistema de Saúde e Segurança no Trabalho está intimamente relacionada à forma como é conduzida e balanceada, no processo decisório, a escolha das alternativas de prevenção, proteção e controle.

A Organização Internacional do Trabalho – OIT (InternationalLabour Office – ILO) estabelece que os perigos e riscos à segurança e à saúde dos trabalhadores devem ser identificados e avaliados de forma contínua e que as medidas de prevenção e proteção devem ser implementadas seguindo a seguinte ordem de prioridades:

a) eliminar os riscos/perigos;

b) controlar as fontes de risco/perigo utilizando técnicas de engenharia e/ou medidas de gestão;

c) minimizar os riscos/perigos através de projetos de sistemas de segurança, que devem incluir mecanismos de controle gerenciais;

d) onde houver riscos/perigos residuais que não puderem ser evitados/controlados por medidas coletivas, o empregador deve providenciar os equipamentos de proteção adequados.23

Na agricultura brasileira, especialmente em pequenas comunidades rurais, é comum deparar-se com trabalhadores rurais sem os EPIs obrigatórios durante a manipulação e a aplicação de agrotóxicos. Uma das principais razões para não se utilizar EPIs reside no fato de que muitos dos EPIs utilizados na agricultura, devido a sua inadequação, podem provocar desconforto térmico, tornando-os bastante incômodos para uso, podendo levar, em casos extremos, ao estresse térmico do trabalhador rural.

A proteção através do uso de equipamentos de proteção para a manipulação de agrotóxicos minimiza a ocorrência de episódios de intoxicação, mas os extensos danos crônicos que o agrotóxico traz ao ambiente, à biodiversidade e ao próprio homem devem ser trabalhados através de uma mudança do paradigma na agricultura, que reduza e até mesmo um dia venha a excluir o uso destes químicos.

Como podemos observar na figura a seguir:

22

LEVIGARD, Y.E.; ROZEMBERG, B. A interpretação dos profissionais de saúde acerca das queixas de" nervos" no meio rural: uma aproximação ao problema das intoxicações por agrotóxicos. Cad SaúdePública, v.20, n.6, p.1515-1524, 2004.

23

ILO.International Labour Office.Guidelines on occupational safety and health management systems, ILO-OSH 2001, Geneva. 2001.

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Figura 1 – Equipamentos de proteção individual. Fonte: Agronomia com Gismonti.

Os equipamentos de proteção individual (EPI) recomendados para a aplicação de agrotóxicos são:

a) Vestimentas (calças e jaleco): as calças devem ser compridas, de brim grosso e de cor clara. Na perna da calça se faz um reforço chamado perneira, de material impermeável;

b) Botas: as botas deverão ser de PVC, de preferência brancas, devem ser usadas com meias e a barra das calças deve ficar por cima do cano;

c) Máscara: as máscaras têm a finalidade de evitar que o trabalhador inale os vapores, névoas e partículas finas liberadas pelo produto; deve estar bem ajustada e vedada. As máscaras também devem ser lavadas diariamente e penduradas para secar. Os filtros das máscaras são específicos para agrotóxicos e têm prazo de validade. O aplicador não poder ter barba para permitir que a máscara se encaixe perfeitamente na face;

d) Boné árabe: protege o couro cabeludo e o pescoço contra os respingos; e) Luvas: devem ser resistentes aos solventes dos produtos.

É válido destacar que o uso desses equipamentos de proteção individual deve proporcionar bem-estar ao trabalhador rural, respeitando a homeostase e a termorregulação individual de cada pessoa.

11.QUESTÃO SOCIAL

O trabalho na terra (produção agrícola) estávinculado às relações sociais que estruturam afamília, envolvendo valores e diferenciações depapéis e hierarquias, mas no que

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diz respeito à intoxicação por agrotóxicos, essa regra não se aplica, visto que o agrotóxico pode contaminar a água, o solo, os alimentos, entre outros.

Segundo o IBGE “o problema da intoxicação por agrotóxicos é atribuído ao baixo índice de escolaridade dos trabalhadores rurais, sobretudo porque o índice de analfabetismo é muito elevado no país e principalmente na comunidade rural”24.

Algo que facilita o uso desses produtos está relacionada a uma série de políticas de comunicação visual (como o uso de ilustrações, figuras) em produtos e informes direcionados a este público-alvo. Essas figuras, em especial os pictogramas (representações gráficas de rápida visualização, como a "caveirinha" que indica perigo, ou o "par de luvas" que indica a obrigatoriedade do uso de luvas no manuseio de tal produto), são encontradas em rótulos de produtos.

Seria interessante que esses trabalhadores fossem incentivados a participar de cursos e palestras ministrados por sindicatos rurais, como o SENAR, por exemplo, e que tivessem assistência técnica regular, visando minimizar o impacto causado pelo uso inadequado do agrotóxico, visto que este é apenas um, entre todos os outros problemas encontrados na produção.

O trabalhador rural precisa ser valorizado, entendido e apreciado como ser humano, é primordial entender que “ele” não é o culpado pelo problema e sim uma vítima de todas as políticas que foram fomentadas pelo governo que vislumbrava crescimento econômico. As intoxicações poragrotóxicos, a desvalorização econômica daatividade agrícola, a sobrecarga de trabalho, aperda progressiva da terra como referencial devida, são alguns dentre todos os outros problemas associados ao trabalhador rural.

12.CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os agrotóxicos, embora desempenhempapel importante dentro dosistema de produção agrícola, têm sidoalvo de crescente preocupação por parte dosdiversos segmentos da sociedade, em virtudede seu potencial de risco ambiental e à saúdeda população.

O baixo índicede escolaridade dos trabalhadores ruraistorna ainda mais difícil oentendimento das informações técnicascontidas nos rótulos dos produtos, aumentando os riscos de acidentes, bem como a exposição continuada e o poder tóxico destes agentes leva a inúmeras e graves complicações, podendoser de caráter irreversível.

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Todavia, essa contaminação humana e ambiental por agrotóxicos é muito complexa e demanda um entendimento mais amplo do problema, visto que este é de ordem global e envolve toda a cadeia produtiva. Deve-se dissociar a ignorância dos trabalhadores rurais do elevado índice de contaminação, pois o consumo de agroquímicos foi estimulado pelo governo, sem um plano de metas em longo prazo e agora, colhe os frutos dessa Revolução Verde desorganizada que ocorreu no país. Vale ressaltar, que para a indústria produtora destes agentes, esse problema não importa muito, visto que, anualmente, fatura em cima de um mercado estimado na casa dos bilhões de dólares.

É importante destacar que não faltará alimento para a população se for minimizado o uso de agroquímicos, o que de fato ocorrerá é um aumento de preços, como o que ocorre nos períodos de entressafra. O uso de agrotóxicos não deve ser abolido, visto que a alta produtividade é relacionada ao seu uso, que extermina as pragas do campo, o que deve ocorrer é o uso controlado desses produtos e, quando aplicados, respeitar a condição ambiental e humana, evitando aplicações desnecessárias (como controle).

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