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O Anglo Resolve. A Prova da Segunda Fase da Fuvest

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Academic year: 2021

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É trabalho pioneiro.

Prestação de serviços com tradição e confiabilidade.

Construtivo, procura colaborar com as Bancas Examinadoras

em sua tarefa árdua de não cometer injustiças.

Didático, mais do que um simples gabarito, auxilia o

estudan-te em seu processo de aprendizagem.

A segunda fase da Fuvest consegue, de forma prática, propor

conjuntos distintos de provas adequadas às carreiras. Assim,

por exemplo, o candidato a Engenharia da Escola Politécnica

USP faz, na segunda fase, provas de Língua Portuguesa (40

pontos), Matemática (40 pontos), Física (40 pontos) e

Quí-mica (40 pontos). Já aquele que pretende ingressar na

Facul-dade de Direito USP fará somente três provas: Língua

Portu-guesa (80 pontos), História (40 pontos) e Geografia (40 pontos).

Por sua vez, o candidato a Medicina terá provas de Língua

Por-tuguesa (40 pontos), Biologia (40 pontos), Física (40 pontos)

e Química (40 pontos).

Com esse critério, embora o conjunto de provas varie de uma

carreira para outra, o total de pontos possível não excede a

160, que será somado à pontuação obtida pelos candidatos

na primeira fase, para efeito de classificação final.

Vale lembrar que a prova de Língua Portuguesa é obrigatória

a todas as carreiras.

Apresentamos, neste fascículo de O Anglo Resolve, a tabela

sobre a relação carreira/provas e a resolução comentada das

questões. No final, a análise dos nossos professores.

O

Anglo

Resolve

A Prova da

Segunda

Fase da

Fuvest

(2)

FUVEST

TABELA DE CARREIRAS E PROVAS

ÁREA DE EXATAS E TECNOLOGIA

Ciências da Terra (Geologia e Geofísica) LP(40), M(40) Ciências Exatas – São Carlos (licenciatura) LP(40), M(40) Computação – São Carlos LP(40), M(40), F(40) Engenharia Aeronáutica – São Carlos LP(40), M(40), F(40) Engenharias – São Carlos (Elétrica, Mecânica, Produção Mecânica) LP(40), M(40), F(40) Engenharia, Computação e Matemática – Bacharelados Aplicada e Computacional – São Paulo LP(40), M(40), F(40), Q(40) Engenharia Civil – São Carlos LP(40), M(40), F(40) Engenharia de Alimentos – Pirassununga LP(40), M(40), F(40), Q(40) Física – São Paulo e São Carlos (Bacharelado), Meteorologia e Matemática – (Bacharelados), Estatística e Matemática – São Paulo LP(40), M(40), F(40) Física Médica – Ribeirão Preto LP(40), M(40), F(40) Informática – São Carlos LP(40), M(40), F(40) Matemática e Física – São Paulo (Licenciatura) LP(40), M(40), F(40) Matemática (Bacharelado e Licenciatura), Matemática Aplicada e Computação Científica – São Carlos LP(40), M(40), F(40) Oceanografia – São Paulo LP(40), M(40), B(40), Q(40) Química – São Paulo LP(40), M(40), F(40), Q(40)

Química – São Carlos LP(40), Q(40)

Química – Ribeirão Preto LP(80), Q(40)

CARREIRAS

PROVAS DA 2ª FASE E RESPECTIVOS NÚMEROS

DE PONTOS ÁREA DE HUMANIDADES

Administração – São Paulo LP(40), M(40), H(40), G(40) Administração – Ribeirão Preto LP(40), M(40), H(40), G(40) Arquitetura – São Carlos LP(80), H(40), HE(40) Arquitetura – São Paulo LP(40), F(20), H(20), HE(80) Artes Cênicas (Bacharelado) LP(40), HE(120)

Artes Cênicas (Licenciatura) LP(40), H(40), HE(80) Artes Plásticas LP(40), H(40), HE(80) Audiovisual LP(40), H(40), HE(80) Biblioteconomia LP(40), H(40)

Ciências Contábeis – São Paulo LP(40), M(40), H(40), G(40) Ciências Contábeis – Ribeirão Preto LP(40), M(40), H(40), G(40) Ciências Sociais LP(40), H(40), G(40) Direito LP(80), H(40), G(40) Economia – São Paulo LP(40), M(40), H(40), G(40) Economia – Ribeirão Preto LP(40), M(40), H(40), G(40) Economia Agroindustrial – Piracicaba LP(40), M(40), H(40), G(40) Editoração LP(40), H(40)

Filosofia LP(80), H(40), G(40) Geografia LP(40), H(40), G(40) Gestão Ambiental – Piracicaba LP(40), B(40), H(40) História LP(40), H(40), G(40) Jornalismo LP(40), H(40), G(40) Letras – Básico LP(80), H(40), G(40) Música – São Paulo e Ribeirão Preto LP(40), HE(120) Oficial Polícia Militar do Estado de São Paulo LP(40) Pedagogia – São Paulo LP(80), H(40) Pedagogia – Ribeirão Preto LP(80), H(40), G(40) Publicidade e Propaganda LP(40), H(40) Relações Internacionais (Bacharelado) LP(80), H(40), G(40) Relações Públicas LP(40), H(40) Turismo LP(40), H(40), G(40) CARREIRAS PROVAS DA 2ª FASE E RESPECTIVOS NÚMEROS DE PONTOS

ÁREA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

Ciências Biológicas – São Paulo LP(40), Q(40), B(40) Ciências Biológicas – Ribeirão Preto LP(40), Q(40), B(40) Ciências Biológicas – Agrobiologia – Piracicaba LP(40), Q(40), B(40) Ciências dos Alimentos – Piracicaba LP(40), Q(40), B(40) Educação Física – Bacharelado LP(40), A Enfermagem – São Paulo LP(40), B(40), Q(40) Enfermagem – Ribeirão Preto LP(40), B(40), Q(40) Engenharia Agronômica – ESALQ LP(40), M(40), Q(40), B(40) Engenharia Florestal – Piracicaba LP(40), M(40), Q(40), B(40) Esporte – Bacharelado LP(40), A, HE(80) Farmácia e Bioquímica – São Paulo LP(40), F(40), Q(40), B(40) Farmácia e Bioquímica – Ribeirão Preto LP(40), Q(40), B(40) Fisioterapia – São Paulo e Ribeirão Preto LP(40), F(40), Q(40), B(40) Fonoaudiologia – São Paulo LP(80), F(40), B(40) Fonoaudiologia – Bauru LP(40), F(40), Q(40), B(40) Medicina (São Paulo) e Ciências Médicas (Ribeirão Preto) LP(40), F(40), Q(40), B(40) Medicina Veterinária LP(40), F(40), Q(40), B(40) Nutrição LP(40), F(40), Q(40), B(40) Odontologia – São Paulo LP(40), F(40), Q(40), B(40) Odontologia – Ribeirão Preto LP(40), F(40), Q(40), B(40) Odontologia – Bauru LP(40), F(40), Q(40), B(40) Psicologia – São Paulo LP(40), M(40), B(40), H(40) Psicologia – Ribeirão Preto LP(80), B(40), H(40) Terapia Ocupacional – São Paulo e Ribeirão Preto LP(40), B(40), H(40) Zootecnia – Pirassununga LP(40), M(40), Q(40), B(40) CARREIRAS PROVAS DA 2ª FASE E RESPECTIVOS NÚMEROS DE PONTOS LEGENDA LP – Língua Portuguesa M – Matemática F – Física Q – Química B – Biologia H – História G – Geografia A – Aptidão HE – Habillidade Específica

(3)

Química

O transporte adequado de oxigênio para os tecidos de nosso corpo é essencial para seu bom funcionamen-to. Esse transporte é feito através de uma substância chamada oxi-hemoglobina, formada pela combina-ção de hemoglobina (Hb) e oxigênio dissolvidos no nosso sangue. Abaixo estão representados, de maneira simplificada, os equilíbrios envolvidos nesse processo:

O2(g) + H2O(

l

) O2(aq)

Hb(aq) + 4O2(aq) Hb(O2)4(aq)

100mL de sangue contêm por volta de 15g de hemoglobina e 80g de água. Essa massa de hemoglobina (15g) reage com cerca de 22,5mL de oxigênio, medidos nas condições ambiente de pressão e temperatura. Considerando o exposto acima,

a) calcule a quantidade, em mols, de oxigênio que reage com a massa de hemoglobina contida em 100mL de sangue.

b) calcule a massa molar aproximada da hemoglobina.

c) justifique, com base no princípio de Le Châtelier, aplicado aos equilíbrios citados, o fato de o oxigênio ser muito mais solúvel no sangue do que na água.

Dado: volume molar de O2, nas condições ambiente de pressão e temperatura: 25L/mol

a) 100 mL sangue contêm 15 g hemoglobina 15 g hemoglobina reagemcom 22,5 mL O2

• Cálculo da quantidade de oxigênio, em mols: 25 L 1 mol O2(condições ambiente)

22,5

10– 3L ηO2

ηO2= 1 mol = 9,0

10

– 4mol O 2.

b) 1 mol Massa Molar

4 mol O2 (hemoglobina) (hemoglobina) 15 g 9,0

10– 4mol O 2 (hemoglobina) Massa Molar = = 66,7

103g (hemoglobina)

c) Temos o equilíbrio de dissolução do oxigênio representado por: O2(g) + H2O(l) O2(aq) (I)

E também o equilíbrio para a formação da oxi-hemoglobina: Hb(aq) + 4 O2(aq) Hb(O2)4(aq) (II)

Pelo princípio de Le Châtelier o consumo de O2 (aq)em (II) provoca o deslocamento do equilíbrio (I) para a direita, para repor a [O2 (aq)]. Dessa maneira a solubilidade do O2 (g)no sangue é maior

que na água.

Pedaços de fio de cobre, oxidados na superfície pelo ar atmosférico, são colocados em um funil com papel de filtro. Sobre este metal oxidado, despeja-se solução aquosa concentrada de amônia.

Do funil, sai uma solução azul, contendo o íon Cu(NH3)2+

4 , e que é recolhida num béquer.

a) Escreva as equações químicas balanceadas representando as transformações que ocorrem desde o cobre puro até o íon Cu(NH3)2+

4 .

b) Faça um esquema da montagem experimental e indique nele os materiais de laboratório emprega-dos, os reagentes utilizados e os produtos formados.

15 4 9 0 10 4 g mol mol

, – 22 5 10 25 3 ,

– L L

QUESTÃO 01

RESOLUÇÃO:

QUESTÃO 02

(4)

RESOLUÇÃO:

QUESTÃO 03

a) Corrosão (oxidação ao ar) do cobre, com formação de zinabre (ou azinhavre): 2 Cu(s) + O2(g) + CO2(g) + H2O(l) → Cu (OH)2

CuCO3(sólido esverdeado) O cobre oxida-se, passando de Nox = zero (no metal) para Nox = +2 (no zinabre). A adição de solução concentrada de amônia provoca a complexação do íon cobre II: Cu(OH)2

CuCO3(s) + 8 NH3(aq) → 2 Cu(NH3)42+(aq) + 2 (OH)–(aq) + CO32 –(aq) b)

O ferro-gusa, produzido pela redução do óxido de ferro em alto-forno, é bastante quebradiço, tendo baixa resistência a impactos. Sua composição média é a seguinte:

Para transformar o ferro-gusa em aço, é preciso mudar sua composição, eliminando alguns elementos e adicionando outros. Na primeira etapa desse processo, magnésio pulverizado é adicionado à massa fun-dida de ferro-gusa, ocorrendo a redução do enxofre. O produto formado é removido. Em uma segunda etapa, a massa fundida recebe, durante cerca de 20 minutos, um intenso jato de oxigênio, que provoca a formação de CO, SiO2, MnO e P4O10, os quais também são removidos. O gráfico ao lado mostra a varia-ção da composivaria-ção do ferro, nessa segunda etapa, em funvaria-ção do tempo de contacto com o oxigênio.

Para o processo de produção do aço:

a) Qual equação química representa a transformação que ocorre na primeira etapa? Escreva-a. b) Qual dos três elementos, Si, Mn ou P, reage mais rapidamente na segunda etapa do processo?

Jus-tifique.

c) Qual a velocidade média de consumo de carbono, no intervalo de 8 a 12 minutos? Tempo de contacto com O2/min

1 0 2 3 4 5 0 2 4 6 8 10 12 14 16 180,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 % Si, Mn e P % de C Carbono Fósforo Mang anês Silício Elemento Fe C Si Mn P S outros % em massa 94,00 4,40 0,56 0,39 0,12 0,18 0,35 A B C D E

A = frasco com solução concentrada de amônia B = funil

C = papel de filtro

D = pedaços de cobre oxidados E = solução azul de Cu(NH3)42+

(5)

a) Mg(s) + S (s)

→

Mg S (s)

zero zero +2 –2

OXIDAÇÃO

REDUÇÃO

b) O silício reaje mais rapidamente, como mostra a acentuada inclinação da curva correspondente. Outra maneira de justificar esse fato será a observação da massa de cada elemento que reagirá em um dado tempo — por exemplo, em 5 minutos.

Para t = 5 min

Silício

Para cada 100 g de ferro-gusa, reage aproximadamente 0,6 g de silício.

Manganês

Para cada 100 g de ferro-gusa, reage aproximadamente 0,4 g de manganês.

Fósforo

Não há praticamente reação do fósforo nos primeiros 5 minutos. c) O gráfico mostra que

t = 8 min

% de C eliminado = 4% t = 12 min

% de C eliminado = 2% vmédia=

Vinho contém ácidos carboxílicos, como o tartárico e o málico, ambos ácidos fracos. Na produção de vinho, é usual determinar a concentração de tais ácidos. Para isto, uma amostra de vinho é titulada com solução aquosa de hidróxido de sódio de concentração conhecida. Se o vinho estiver muito ácido, seu pH poderá ser corrigido pela adição de uma bactéria que transforma o ácido málico em ácido láctico. Além disso, tam-bém é usual controlar a quantidade de dióxido de enxofre, caso tenha sido adicionado como germicida. Para tanto, uma amostra de vinho é titulada com solução aquosa de iodo de concentração conhecida. a) Qual dos indicadores da tabela abaixo deverá ser utilizado na titulação ácido-base? Justifique. b) Por que a transformação do ácido málico em ácido láctico contribui para o aumento do pH do vinho?

Explique.

c) Qual a equação balanceada que representa a reação entre dióxido de enxofre e iodo aquosos, em meio ácido, e na qual se formam íons sulfato e iodeto? Escreva essa equação.

Dados:

Constantes de ionização: ácido málico: K1= 4

×

10–4; K

2= 8

×

10–6

ácido láctico: K = 1

×

10–4

a) Nessa titulação ácido-base, temos um ácido fraco e uma base forte. No ponto da equivalência, a so-lução tem pH



7, porque há hidrólise do sal formado na reação de neutralização. Na titulação deverá ser usado um indicador que vira em pH



7. Entre os indicadores citados, somente a fenolftaleína vira em pH



7 (8,2 – 10,0) e, por isso, deve ser o indicador escolhido.

O ideal é escolher um indicador que vira no pH da solução do sal formado na titulação, ou seja, no pH do ponto de equivalência.

b) Considerando as constantes de ionização fornecidos, concluímos que • ácido málico é um diácido;

• ácido lático é um monoácido.

Ao compararmos a primeira constante de ionização do ácido málico com o primeira constante de ioni-zação do ácido lático, podemos concluir que o ácido lático é mais fraco.

ácido málico ácido lático K1= 4

×

10– 4



K1= 1

×

10– 4

Portanto a conversão do ácido málico em ácido lático acarreta aumento no pH.

Indicador pH de viragem Azul de bromofenol 3,0 – 4,6 Púrpura de bromocresol 5,2 – 6,8 Fenolftaleína 8,2 – 10,0

( % – %) lim

( – ) min , % lim / min

4 2 12 8 0 5 de C e inado de C e inado =

RESOLUÇÃO:

QUESTÃO 04

RESOLUÇÃO:

(6)

c) SO2 → SO42 – +4 oxidação +6 reação de oxidação SO2 + 2H2O → SO42 – + 2e– + 4H+ I2 → 2I– 0 redução –1 reação de redução I2 + 2e– → 2I– SO2 + 2H2O → SO42 – + 2e– + 4H+ I2 + 2e– → 2I– reação global SO2 + I2 + 2H2O → SO42 – + 2I– + 4H+

As equações abaixo representam, de maneira simplificada, o processo de tingimento da fibra de algodão. Certo corante pode ser preparado pela reação de cloreto de benzenodiazônio com anilina:

A fixação deste corante ou de outro do mesmo tipo, à fibra de algodão (celulose), não se faz de maneira direta, mas, sim, através da triclorotriazina. Abaixo está representada a reação do corante com a tri-clorotriazina.

O produto orgânico dessa última reação é que se liga aos grupos OH da celulose, liberando HC

l

. Dessa maneira,

a) escreva a fórmula estrutural do composto que, ao reagir com o cloreto de benzenodiazônio, forma o corante crisoidina, cuja estrutura molecular é:

b) escreva a fórmula estrutural do produto que se obtém quando a crisoidina e a triclorotriazina reagem na proporção estequiométrica de 1 para 1.

c) mostre como uma molécula de crisoidina se liga à celulose, um polímero natural, cuja estrutura mole-cular está esquematicamente representada na página abaixo.

a) O composto é o m-diaminobenzeno, que reage com o cloreto de benzeno diazônio de acordo com a seguinte equação: crisoidina — N N — — NH2 H2N — N N C+ l– + — NH 2 → — N N — — NH2 + HCl corante

QUESTÃO 05

RESOLUÇÃO:

N N N — NH2 + + HCl Cl Cl Cl — N — → N N N Cl Cl corante triclorotriazina H — N NC+ l– + — NH 2 → — N N — — NH2 + HCl H2N H2N

(7)

b) A fórmula do produto pode ser obtida equacionando-se a reação:

c) A crisoidina, para ligar-se à celulose, deve anteriormente reagir com a triclorotriazina, conforme equacionado no item b.

Nessa ligação ocorre a liberação de HC

l

.

A oxidação de íons de ferro (II), por peróxido de hidrogênio, H2O2+ 2Fe2++ 2H+

→

2H

2O + 2Fe3+

foi estudada, a 25ºC, com as seguintes concentrações iniciais: peróxido de hidrogênio ... 1,00

×

10–5mol/L

íons de ferro (II) ... 1,00

×

10–5mol/L

ácido clorídrico ... 1,00mol/L

A tabela seguinte traz as concentrações de íons de ferro (III), em função do tempo de reação.

a) Use a área milimetrada da página abaixo para traçar um gráfico da concentração de íons de ferro (III), em função do tempo de reação.

b) Complete a tabela com os valores da con-centração de peróxido de hidrogênio, em função do tempo de reação.

c) Use a mesma área milimetrada e a mes-ma origem para traçar a curva da concen-tração de peróxido de hidrogênio, em fun-ção do tempo de reafun-ção.

t/min 0 10 20 30 40 50 [Fe3+] /10–5mol L–1 0 0,46 0,67 0,79 0,86 0,91 [H2O2] /10–5mol L–1 — N N — H2N — N N N N Cl H O triclorotriazina crisoidina — N N — — NH2 H 2N N N N + Cl Cl Cl — N N — H 2N — N N N N Cl Cl H + HCl →

QUESTÃO 06

(8)

a) e c)

b)

H2O2 + 2Fe2+ + 2H+

→

2H

2O + 2Fe3+

t = 0 1,00

×

10– 5 mol/L 1,00

×

10– 5 mol/L 0

gasta gasta forma

0,23

×

10– 5 mol/L 0,46

×

10– 5 mol/L 0,46

×

10– 5 mol/L

t = 10 0,77

×

10– 5 mol/L 0,54

×

10– 5 mol/L 0,46

×

10– 5 mol/L

gasta gasta forma

0,105

×

10– 5 mol/L 0,21

×

10– 5 mol/L 0,21

×

10– 5 mol/L

t = 20 0,665

×

10– 5 mol/L 0,33

×

10– 5 mol/L 0,67

×

10– 5 mol/L

gasta gasta forma

0,06

×

10– 5 mol/L 0,12

×

10– 5 mol/L 0,12

×

10– 5 mol/L

t = 30 0,605

×

10– 5 mol/L 0,21

×

10– 5 mol/L 0,79

×

10– 5 mol/L

gasta gasta forma

0,035

×

10– 5 mol/L 0,07

×

10– 5 mol/L 0,07

×

10– 5 mol/L

t = 40 0,57

×

10– 5 mol/L 0,14

×

10– 5 mol/L 0,86

×

10– 5 mol/L

gasta gasta forma

0,025

×

10– 5 mol/L 0,05

×

10– 5 mol/L 0,05

×

10– 5 mol/L

t = 50 0,545

×

10– 5 mol/L 0,09

×

10– 5 mol/L 0,91

×

10– 5 mol/L

Assim, os valores que completam a tabela são:

Aqueles polímeros, cujas moléculas se ordenam paralelamente umas às outras, são cristalinos, fundindo em uma temperatura definida, sem decomposição. A temperatura de fusão de polímeros depende, dentre outros fatores, de interações moleculares, devidas a forças de dispersão, ligações de hidrogênio, etc., gera-das por dipolos induzidos ou dipolos permanentes.

A seguir são dadas as estruturas moleculares de alguns polímeros. 0,10 10 20 30 40 50 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80 0,90 1,0 tempo (min) H2O2 Fe3+ [ ] / 10– 5 mol L–1 t/min 0 10 20 30 40 50 [Fe3+]/10– 5mol L– 1 0 0,46 0,67 0,79 0,86 0,91 [H2O2]/10– 5mol L– 1 1,00 0,77 0,665 0,605 0,57 0,545

RESOLUÇÃO:

QUESTÃO 07

(9)

Cada um desses polímeros foi submetido, separadamente, a aquecimento progressivo. Um deles fundiu-se a 160ºC, outro a 330ºC e o terceiro não se fundiu, mas se decompôs.

Considerando as interações moleculares, dentre os três polímeros citados, a) qual deles se fundiu a 160ºC? Justifique.

b) qual deles se fundiu a 330ºC? Justifique. c) qual deles não se fundiu? Justifique.

a) O polímero que se funde a 160°C é o polipropileno. Esse polímero apresenta macromoléculas ordena-das paralelamente e, por esse motivo, funde-se numa temperatura definida. Seu ponto de fusão é o menor por apresentar como único tipo de interações moleculares as forças de dispersão, geradas por dipolos induzidos.

b) O polímero que se funde a 330°C é o poli (ácido-3-aminobutanóico). Esse polímero também apresenta estrutura cristalina, como o polipropileno, porém seu ponto de fusão é maior devido à presença das ligações de hidrogênio ao longo da estrutura de suas macromoléculas.

c) O polímero que não se fundiu é a baquelita. Esse polímero não se funde devido ao fato de apresentar estrutura tridimensional com entrelaçamento de cadeias, o que não permite a separação das cadeias sem a quebra de ligações covalentes. A decomposição do polímero corresponde à quebra dessas ligações.

Kevlar é um polímero de alta resistência mecânica e térmica, sendo por isso usado em coletes à prova de balas e em vestimentas de bombeiros.

a) Quais as fórmulas estruturais dos dois monômeros que dão origem ao Kevlar por reação de condensa-ção? Escreva-as.

b) Qual o monômero que, contendo dois grupos funcionais diferentes, origina o polímero Kevlar com uma estrutura ligeiramente modificada? Escreva as fórmulas estruturais desse monômero e do polí-mero por ele formado.

c) Como é conhecido o polímero sintético, não aromático, correspondente ao Kevlar?

a) b) monômero: ácido para-aminobenzóico H—N— | H —C O — — OH — ——— N — H H polímero: —C O — — N — — — C ——— n O e p-diaminobenzeno —C O C— —— OH — — — — O HO ácido p-benzenodióico H—N— —N — H | H | H ——— N —— —— N —— C —— H H O —— C ——— O n Kevlar —— CH2 —— CH—— CH3 — —— N—— CH—— CH2 —— C—— H — polipropileno — — O n n poli(ácido 3-aminobutanóico) --- CH2 OH CH2 CH2 --- CH2 CH2 OH CH2 CH2 OH CH2 CH2 CH2 OH OH CH2 OH CH2 OH CH2CH2 CH2 ---CH2

---baquelita (fragmento da estrutura tridimensional)

CH3

RESOLUÇÃO:

QUESTÃO 08

(10)

c) Um exemplo de polímero sintético com estrutura correspondente à do Kevlar são os náilons. Um dos tipos comuns de náilon apresenta a seguinte estrutura:

Esses polímeros são conhecidos por poliamidas.

A reação representada a seguir produz compostos que podem ter atividade antibiótica:

Tal tipo de reação pode ser empregado para preparar 9 compostos, a partir dos seguintes reagentes:

Esses 9 compostos não foram sintetizados separadamente, mas em apenas 6 experimentos. Utilizando-se quantidades corretas de reagentes, foram então preparadas as seguintes misturas:

M1 = A1B1 + A1B2 + A1B3 M2 = A2B1 + A2B2 + A2B3 M3 = A3B1 + A3B2 + A3B3 M4 = A1B1 + A2B1 + A3B1 M5 = A1B2 + A2B2 + A3B2 M6 = A1B3 + A2B3 + A3B3 Dessas misturas, apenas M2 e M6 apresentaram atividade antibiótica.

a) Qual o grupo funcional, presente nos compostos do tipo A, responsável pela formação dos 9 compostos citados? Que função orgânica é definida por esse grupo?

b) Qual a fórmula estrutural do composto que apresentou atividade antibiótica?

a) O grupo funcional presente nos compostos A1, A2 e A3, responsável pela formação dos compos-tos citados, é o grupo , característico da função aldeído.

b) Analisando-se as duas misturas que apresentaram atividade antibiótica: M2: A2B1 + A2B2 + A2B3

M6: A1B3 + A2B3 + A3B3

Verificamos que o composto comum é formado pela união de A2 com B3 e que este último não aparece em nenhuma das misturas sem atividade antibiótica.

A sua fórmula estrutural pode ser determinada pela reação entre A2 e B3, conforme o modelo:

Em 1999, a região de Kosovo, nos Bálcãs, foi bombardeada com projéteis de urânio empobrecido, o que gerou receio de contaminação radioativa do solo, do ar e da água, pois urânio emite partículas alfa. a) O que deve ter sido extraído do urânio natural, para se obter o urânio empobrecido? Para que se usa

o componente retirado? — C O H + H2N — N — C NH NH2 O2N A2 H O — C N — N — C NH NH2 O2N H O → H + H2O B3 A2B3 — CHO H O — C O O2N CHO A2 NO2 CHO A3 H2N Br N — H B1 H2N C N N — H B2 H2N N — C H NH NH2 B3 O2N CHO A1 R — C O H + H2N — N H R’ → C N H R N R’ H + H2O ——— N — (CH2)6 — N — C — (CH2)4 n — C ——— O H H O : Náilon 6,6.

QUESTÃO 09

RESOLUÇÃO:

QUESTÃO 10

(11)

b) Qual a equação da primeira desintegração nuclear do urânio-238? Escreva-a, identificando o nuclídeo formado.

c) Quantas partículas alfa emite, por segundo, aproximadamente, um projétil de urânio empobrecido de massa 1kg?

Dados: composição do urânio natural ... U-238 — 99,3% U-235 — 0,7% meia-vida do U-238 ... 5

×

109anos constante de Avogadro... 6

×

1023mol–1

1 ano... 3

×

107s alguns elementos e respectivos números atômicos

a) O urânio é empobrecido pela remoção parcial do isótopo de 235U presente no urânio natural.

O componente retirado (235U) pode sofrer fissão nuclear em condições adequadas, o que o torna

apli-cável na tecnologia de usinas termonucleares e bombas atômicas. b) 23892U

→

42

α

+ 23490Th

c) v = kN k = constante radioativa.

N = número de átomos do elemento radioativo. meia-vida. átomos/mol átomos de 238U átomos de 238U v = 1,16

×

107átomos de 238U/s 238 92U

→

23490Th + 42

α

1 átomo 1

α

1,16

×

107átomos 1,16

×

107

α

1 kg de 238U emite em um segundo 1,16

×

107partículas

α

.

v= k N= s

×

× ×

0 693 15 10 6 10 238 16 1 26 , – N= 6×10 238 26 N g g mol = 1000

× ×

238 6 10 23 / k s s = ×

× ×

=

×

0 693 5 10 3 10 0 693 15 10 9 7 16 1 , , – k t t = 0 693 = 1 2 1 2 , / / 88 89 90 91 92 93 94 95 96 Ra Ac Th Pa U Np Pu Am Cm

RESOLUÇÃO:

(12)

História

A cidade e o Estado não surgiram na Grécia antiga. Mas a Pólis, entre os séculos VIII e III a.C., foi uma criação especificamente grega.

a) Indique as instituições básicas da Pólis.

b) Comente sua especificidade e sua importância histórica.

a) Na Grécia antiga, edificou-se a Pólis, a cidade-Estado independente, fundada em instituições como a Assembléia de Cidadãos (tanto em cidades democráticas quanto aristocráticas) e o exér-cito, composto também pelos seus cidadãos.

b) A Pólis representou uma forma original de Estado dentro de um espaço territorial quase sempre bastante limitado. Sua estrutura permitia que os cidadãos participassem ativamente nos negócios públicos (incluindo administração, elaboração de leis, tribunais e defesa). Historicamente, foi o rom-pimento com práticas políticas teocráticas ou despóticas, tornando-se o modelo clássico de cidada-nia, mais tarde difundido e adaptado em todo o Ocidente.

A servidão e a relação feudo-vassálica constituem as duas instituições fundamentais do sistema feudal, tal como este se formou e desenvolveu na Idade Média Ocidental. Explique a origem e o funcionamento: a) da servidão

b) da vassalagem, ou da relação feudo-vassálica.

a) A servidão consistia no vínculo do camponês à propriedade e na sua submissão aos senhores feudais, consubstanciada no pagamento de tributos e obrigações. Sua origem remonta à crise do escravismo an-tigo, ocorrida na fase final do Império Romano (séculos III-V), quando gradualmente o trabalho escra-vo foi substituído pelo colonato (exploração do trabalho em troca de subsistência e proteção militar). b) Originária das relações militares germânicas baseadas na lealdade pessoal (“comitatus”), a vas-salagem era um vínculo entre nobres em que um deles (o suserano) concedia um feudo a outro (o vassalo), que, em troca, devia prestar-lhe ajuda militar (“auxilium”) e participar dos tribunais feudais (“concilium”), entre outras obrigações (que poderiam incluir, por exemplo, o pagamento do resgate do suserano, se ele fosse capturado em guerra).

“Andava o conde de Nassau tão ocupado em fabricar a sua nova cidade, que para estimular os moradores a fazerem casas, ele mesmo, com muita curiosidade, lhe andava fazendo as medidas, e endireitando as ruas para ficar a povoação mais vistosa.”

Frei Manuel Calado. O valoroso Lucideno e triunfo da liberdade, 1648.

Com base no texto, responda: a) Quem foi o conde de Nassau?

b) Qual o projeto apresentado no texto? Explique.

a) Em 1637, a Companhia das Índias Ocidentais nomeou Maurício de Nassau governador das pos-sessões holandesas no Nordeste brasileiro. Nassau ocupou esse cargo até 1644, quando foi demi-tido devido a desentendimentos com a diretoria da Companhia.

b) O texto refere-se à iniciativa de Maurício de Nassau de mandar construir uma nova cidade, para nela instalar a capital do Brasil holandês. A cidade — que ele modestamente chamou de “Maurícia” — localizava-se na ilha de Antônio Vaz, correspondendo aproximadamente à atual área central do Recife.

Numa perspectiva mais ampla, “Maurícia” incluiu-se na série de melhoramentos urbanos e ini-ciativas de caráter cultural e científico que pautaram a ação de Nassau na região de Olinda e Recife, e que se destinavam principalmente a dar aos holandeses aqui residentes um pouco do conforto material e do cosmopolitismo a que estavam acostumados nos Países Baixos.

Nas primeiras décadas do século XIX, com as independências das Américas, parecia aos contemporâ-neos que o colonialismo terminara. Mas, nas últimas décadas do mesmo século, as potências européias estavam guerreando e negociando entre si a partilha da África e da Ásia. Explique os interesses econô-micos e os argumentos político-ideológicos presentes

a) na superação do velho colonialismo. b) na constituição do neocolonialismo.

RESOLUÇÃO:

RESOLUÇÃO:

RESOLUÇÃO:

QUESTÃO 01

QUESTÃO 02

QUESTÃO 03

QUESTÃO 04

(13)

a) Os interesses econômicos de superação do “velho colonialismo” estavam associados ao avanço do capitalismo industrial, que visava a romper as barreiras mercantilistas para ampliar e modi-ficar as relações econômicas entre a América e a Europa. Os argumentos político-ideológicos pau-tavam-se no liberalismo político e econômico, que garantiria a autonomia política, a livre-ini-ciativa e o livre comércio.

b) Na constituição do neocolonialismo, as potências européias que viviam a Segunda Revolução Industrial necessitavam conquistar novos mercados consumidores e exportar capitais exce-dentes. Seus argumentos baseavam-se na idéia da missão civilizadora, que incluía um suposto “fardo do homem branco”, obrigado a levar a certas populações seus modelos políticos, econômi-cos e tecnológieconômi-cos.

“Odeio cordialmente as revoluções … Nas reformas deve haver muita prudência … Nada se deve fazer aos saltos, mas tudo por graus como manda a natureza… Nunca fui nem serei absolutista, mas nem por isso me alistarei jamais debaixo das esfarrapadas bandeiras da suja e caótica democracia”.

José Bonifácio de Andrada e Silva, 1822.

Analise o texto, associando-o ao processo de independência do Brasil no que se refere a) à forma assumida pela monarquia no Brasil.

b) à participação popular.

a) O processo emancipatório brasileiro foi conduzido pela elite do Centro-Sul, da qual José Bonifácio, o Patrono da Independência, fazia parte.

Após a conquista da independência, conflitos ocorreram para se estabelecer a estrutura político--administrativa do novo país. D. Pedro dissolveu a Assembléia Constituinte, que estava elaboran-do um texto limitaelaboran-dor elaboran-do poder imperial, e outorgou a Constituição de 1824. Essa Carta possibili-tava centralização graças, principalmente, à criação do Poder Moderador, que era prerrogativa do monarca. Portanto havia no Brasil apenas um liberalismo de fachada.

Foi nesse contexto que José Bonifácio — que no texto se diz contrário à democracia, mas também ao absolutismo — rompeu relações com D. Pedro I.

b) O texto do Patriarca reflete bem a roupagem elitista do drama político que se desenrolou nos primeiros anos da década de 1820. Entre as classes agrárias, das quais provinham as lideranças políticas, predominava o desejo de mudanças com mínimas alterações nos quadros socioeconô-mico e político do país. Daí serem refratários a qualquer tipo de participação popular, tanto no processo de independência quanto na futura nação livre. Afinal, seria incorrer no risco de se cair na “caótica democracia”.

Em 1872, a cidade de São Paulo possuía 31.385 habitantes. Em 1920, havia 579.033 pessoas na Capital.

Explique esse extraordinário crescimento no período.

O fenômeno acelerado de metropolização de São Paulo é explicado pela expansão da cafeicultura no Noroeste Paulista, pela maciça chegada de imigrantes e, no século XX, pelo crescimento do setor industrial.

Estrategicamente situada entre o porto de Santos e as terras roxas da Mogiana, a cidade, que em meados do século XIX era praticamente uma vila colonial, atraiu os interesses de empresas ingle-sas, como a “São Paulo Railway” e as companhias exportadoras que montaram armazéns para a retenção do café, dessa forma manipulando os preços no mercado internacional.

A extraordinária riqueza gerada pelos negócios agroexportadores conduziu à rápida ampliação do setor de serviços: bancos, comércio, telégrafo, telefonia, eletricidade, bondes e abastecimento de água potável. Participaram nesse processo os capitais dos cafeicultores e também de companhias estrangeiras, destacando-se a “Light and Power”, na época alcunhada de “Polvo Canadense”. Concomitantemente, assistiu-se ao adensamento demográfico proporcionado pela intensa chegada de imigrantes. Eles tornaram-se a mão-de-obra assalariada fundamental dos latifúndios cafeeiros, e, com o tempo, muitos fixaram-se na progressista urbe.

Com vasta mão-de-obra disponível, mercado consumidor em expansão, detentora de um parque ferroviário e de amplos recursos financeiros, a cidade de São Paulo avançou para o capitalismo industrial. Em 1930 já era uma metrópole cosmopolita — uma das mais importantes do planeta.

“Havia o professor responsável pela classe que algumas vezes aparecia de uniforme. Ele nos expli-cou o comunismo: ‘Comunismo é quando passamos por um açougue onde está pendurada uma lingüiça. Quebramos então a vitrine e levamos a lingüiça. Isso é comunismo.” […]

Heiner Müller. Guerra sem batalha.

RESOLUÇÃO:

RESOLUÇÃO:

RESOLUÇÃO:

QUESTÃO 05

QUESTÃO 06

QUESTÃO 07

(14)

Com base no relato do autor, membro da Juventude Hitlerista, explique a) a concepção de comunismo do professor.

b) como o regime nazista combatia esse inimigo.

a) Em sua definição bizarra de comunismo, o professor revela sua visão preconceituosa.

Nela está clara a posição dos nazistas: eles contrapunham a ordem e o respeito à propriedade (que diziam representar) à desordem e ao roubo (de que acusavam os comunistas).

b) O nazismo, através de propaganda, afirmava que o modelo comunista era praticado por socie-dades inferiores, agressivas e desorganizadas. Além disso, a repressão violenta, sistemática e pedagógica (educação), feita pelo Estado nazista visava a impedir física ou ideologicamente o surgimento de organizações que defendessem aquele projeto social.

“As comunidades negras do vale do Ribeira não têm título das terras que ocupam, mas estão reivin-dicando o direito coletivo de possuí-las, com base na Constituição de 1988 (…).”

Liana John. Jornal da Tarde, 28/12/1993.

a) Explique a origem das comunidades negras a que se refere o artigo do jornal.

b) Qual a relação entre o problema colocado pelo texto e o fato de a Constituição de 1988 ser chama-da de “constituição-cichama-dadã”?

a) As comunidades negras referidas no artigo têm sua origem vinculada ao emprego da mão-de-obra escrava africana nas lavouras, desde o Período Colonial, e à formação de quilombos, sobretudo na fase das lutas pela abolição da escravatura, no século XIX.

b) O texto destaca e inter-relaciona duas questões sociais de projeção na evolução da História brasileira: a do acesso à propriedade da terra e a relativa à segregação étnica. No processo de elaboração da Constituição de 1988, várias conquistas de cunho social e de interesse popular foram materializadas, fazendo dela a mais democrática que o país já teve. Esse caráter da “constituição-cidadã” abriu caminho para as novas lutas pela cidadania. E para as comu-nidades negras do Ribeira a posse legal da terra foi o canal de acesso à cidadania. Ressalte-se o respaldo da “Lei Caó”, do deputado Carlos Alberto de Oliveira, do Rio de Janeiro, que, no espírito da Constituição de 1988, tornou-se instrumento de combate ao racismo e à segregação social.

Jornal O Estado de S. Paulo, 14/08/2001.

No primeiro plano desta fotografia, Fernando Henrique Cardoso e Fidel Castro juntam as mãos com Hugo Chávez. Na década de 1970, esta foto seria impossível, já que os governos do Brasil e de Cuba não mantinham relações diplomáticas.

Aponte duas razões — uma nacional e outra internacional — para essa impossibilidade.

Na década de 1970, a foto de um presidente brasileiro apertando amistosamente a mão do diri-gente cubano Fidel Castro seria impossível: o Brasil vivia sob uma ditadura militar, de nítido caráter anticomunista.

No plano internacional, a Guerra Fria impunha a divisão do mundo em blocos rivais. O governo cubano assumiu, a partir de 1961, uma postura claramente socialista e aproximou-se ainda mais do regime soviético. As decisões de Havana não foram aceitas pelo governo norte-americano, que impôs um rígido bloqueio econômico à ilha de Fidel. Os generais brasileiros — apesar de algumas rusgas diplomáticas ocorridas no governo Geisel (1974-1979) — mantiveram o país alinhado ao bloco capitalista, liderado pelos Estados Unidos.

RESOLUÇÃO:

RESOLUÇÃO:

RESOLUÇÃO:

QUESTÃO 08

(15)

Se é, como se diz comumente, pelo estudo do passado que se pode compreender o presente, utilize seu conhecimento de História para comentar criticamente

a) a manchete de capa da revista Época/Globo, em outubro de 2001: “A Globalização do Medo. Viver ficou perigoso”

b) o ataque terrorista ao Pentágono e ao W.T.C., em 11 de setembro do mesmo ano.

Os seguintes tópicos poderiam ser utilizados para se responderem os itens a e b.

— No passado, foi um atentado — o de Sarajevo, ocorrido em 28/06/1914 — que provocou a Primeira Guerra Mundial.

— O atentado terrorista expôs a vulnerabilidade do Ocidente pós-Guerra Fria, sua impotência diante de um inimigo inusitado.

— A potência militar norte-americana mostrou-se perplexa com a falência dos complexos sistemas de defesa.

— Os efeitos do ataque terrorista ao Pentágono e ao W.T.C. não se confinaram aos Estados Unidos, mas abalaram o mundo capitalista, interligado pela globalização.

— O ataque terrorista contra o poder militar (Pentágono) e econômico (W.T.C.), símbolos da dominação norte-americana, pode ser entendido como reação de povos ou grupos excluídos dos eventuais bene-fícios criados pela nova ordem.

O questionamento crítico de um fato recente, controvertido e ainda não inteiramente esclarecido pressupõe que as respostas serão vagas e imprecisas, desfavorecendo a análise histórica.

QUESTÃO 10

RESOLUÇÃO:

(16)

Comentários

A prova de Química elaborada pela banca da Fuvest foi de bom nível, contendo questões com itens de diferentes graus de dificuldade. Isso irá permitir uma ótima seleção dos candidatos.

Notamos, nos dois últimos anos, uma mudança de rumo na elaboração das questões: a Química do dia-a-dia foi substituída por uma Química mais técnica.

Prova bem elaborada, abordando aspectos relevantes do processo histórico brasileiro e, portanto, adequada à seleção de candidatos a carreiras da área de humanidades.

Fazemos uma ressalva referente à questão 10 — bastante vaga e de difícil avaliação.

Incidências

História do Brasil

ASSUNTO Nº DE QUESTÕES

1

2

3

4

Colônia

Império

República

História Geral

História Antiga

História Medieval

História Moderna

História Contemporânea

Atomística

ASSUNTO Nº DE QUESTÕES

1

2

3

4

Química Geral

Físico-Química

Química Orgânica

Química

Química

História

História

Referências

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