• Nenhum resultado encontrado

Atratores para equações de reação-difusão em domínios arbitrários

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "Atratores para equações de reação-difusão em domínios arbitrários"

Copied!
99
0
0

Texto

(1)

Atratores para equações de reação-difusão em

domínios arbitrários

(2)

Atratores para equações de reação-difusão em domínios

arbitrários

Henrique Barbosa da Costa

Orientadora: Profa. Dra. Maria do Carmo Carbinatto

Dissertação apresentada ao Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação - ICMC-USP, como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre em Ciências - Matemática . VERSÃO REVISADA

USP – São Carlos

Junho de 2012

Data de Depósito: 18/06/2012

(3)

com os dados fornecidos pelo(a) autor(a)

C837a

Costa, Henrique Barbosa da

Atratores para equações de reação-difusão em domínios arbitrários / Henrique Barbosa da Costa; orientadora Maria do Carmo Carbinatto. -- São Carlos, 2012.

86 p.

Dissertação (Mestrado - Programa de Pós-Graduação em Matemática) -- Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação, Universidade de São Paulo, 2012.

1. Atratores globais. 2. Equações parabólicas. 3. Equações de reação-difusão. 4. Estimativas de

(4)

podiam escutar a m´usica”.

(5)
(6)

Agradec¸o a minha fam´ılia pelas horas passadas em casa, que sempre foram confortantes,

independente do momento. Em especial `a minha m˜ae, que sempre me guiou e aconselhou nas

encruzilhadas que passamos. Fico feliz em dizer que ela cumpriu bem o seu papel, que segundo

ela mesma ´e “criar asas”para que possa ficar t˜ao longe da fam´ılia e n˜ao me sentir triste e “manter

ra´ızes”para que sempre saiba onde procurar conselhos e se sentir em casa. E agradec¸o ao meu

pai pelos genes, afinal, a culpa por seguir esta profiss˜ao tem que ser de algu´em.

Agradec¸o aos meus irm˜aos. A quem eu deveria servir de exemplo, por ser o primogˆenito,

mas que, `as vezes, sinto que s˜ao mais exemplos para mim do que sou a eles.

Agradec¸o a minha namorada, que sempre fez t˜ao bem pra mim, apesar da distˆancia. Por me

apoiar, sustentar e me amar apesar de todos pesares. Eu sei que ´e dif´ıcil, mas se fosse f´acil, que

grac¸a teria?

Agradec¸o aos meus amigos. Os amigos de Sete Lagoas por serem meu escape. Como dizem,

os amigos s˜ao a fam´ılia que nos deixam escolher, e creio que escolhi meus irm˜aos muito bem.

E os amigos de S˜ao Carlos que tornaram minha moradia aqui quase nada complicada, fazendo

estudar matem´atica parecer f´acil e divertido (talvez tenha exagerado um pouco aqui).

Agradec¸o `a minha orientadora, Maria do Carmo Carbinatto, pela paciˆencia, devoc¸˜ao e

cui-dado. Por toda a orientac¸˜ao, que n˜ao teria como ser melhor. Pelo fim dessa jornada me sinto

orgulhoso em poder chama-la de amiga.

(7)
(8)

Neste trabalho estudamos a dinˆamica assint´otica de uma classe de equac¸˜oes diferenciais

de reac¸˜ao-difus˜ao definidas em abertos de R3arbitr´arios, limitados ou n˜ao, com condic¸˜oes de

fronteira de Dirichlet. Utilizando a t´ecnica de estimativas de truncamento, como nos artigos de

Prizzi e Rybakowski, mostramos a existˆencia de atratores globais.

Palavras-chave: Atratores globais, equac¸˜oes parab´olicas, equac¸˜oes de reac¸˜ao-difus˜ao,

(9)
(10)

In this work we study the asymptotic behavior of a class of semilinear reaction-diffusion

equations defined on an arbitrary open set of R3, bounded or not, with Dirichlet boundary

conditions. Using the tail-estimates technic based on papers of Prizzi and Rybakowski, we

prove existence of global attractors.

(11)
(12)

Introduc¸˜ao 1

1 Preliminares 3

1.1 Medidas espectrais . . . 3

1.2 Operadores de Nemytskiˇı . . . 7

1.3 Medida de n˜ao-compacidade de Kuratowski . . . 9

1.4 Operadoresm-dissipativos . . . 10

1.5 Operadores setoriais . . . 11

1.6 Semifluxos e atratores globais . . . 21

1.7 Equac¸˜oes diferenciais parab´olicas . . . 24

2 O problema linear 31 2.1 Um resultado de an´alise funcional . . . 31

2.2 Resultados auxiliares sobre espac¸os de potˆencias fracion´arias . . . 34

2.3 O problema linear abstrato . . . 51

3 O problema n˜ao-linear 57 3.1 Estimativas n˜ao-lineares . . . 57

(13)

4 Dinˆamica assint´otica 69

4.1 Equac¸˜oes parab´olicas semilineares . . . 69

4.2 Construc¸˜ao da func¸˜ao de Lyapunov . . . 73

4.3 Estimativas de truncamento . . . 76

4.4 Compacidade assint´otica e existˆencia de atrator . . . 80

5 Considerac¸˜oes finais 83

Referˆencias bibliogr´aficas 85

(14)

A teoria de sistemas dinˆamicos descreve fenˆomenos que evoluem com o tempo. Dessa

forma, sistemas dinˆamicos servem de modelo para v´arias ´areas das ciˆencias aplicadas. Uma

quest˜ao que podemos colocar ´e entender o compartamento assint´otico de um determinado

sis-tema dinˆamico. Neste contexto, podemos investigar a existˆencia de conjuntos invariantes com

determinadas propriedades ou, em particular, a existˆencia de atratores globais. O papel dos

atratores globais est´a diretamente relacionado com o estudo da dinˆamica assint´otica dos

siste-mas dinˆamicos. A existˆencia de um atrator global nos fornece a garantia de que o fenˆomeno se

aproxima de um padr˜ao no futuro.

Neste trabalho, estudamos uma classe de equac¸˜oes diferenciais parciais parab´olicas e

apre-sentamos condic¸˜oes para existˆencia de um atrator global. Mais especificamente, consideramos

a seguinte equac¸˜ao de reac¸˜ao-difus˜ao semilinear

ut+β(x)u−∑i,ji(ai j(x)∂ju) = f(x,u), t≥0,x∈Ω,

u(x,t) =0, t0,x∂Ω, (ERD)

ondeΩ´e um aberto arbitr´ario emRN(limitado ou n˜ao),β: Re f: ×RRs˜ao func¸˜oes

dadas e Lu:=∑i,ji(ai j(x)∂ju)´e o operador diferencial de segunda ordem na forma divergente.

Existe uma vasta literatura tratando da existˆencia de atratores para equac¸˜oes de

reac¸˜ao-difus˜ao em dom´ınios limitados (ver, por exemplo, os livros [14], [2], [7], [17] e [23]). Neste

caso, a compacidade assint´otica das soluc¸˜oes ´e obtida da compacidade da inclus˜ao de Sobolev

H1(Ω)L2(Ω).

Para caso de dom´ınios n˜ao limitados, esta inclus˜ao n˜ao ´e compacta e necessitamos de

ou-tras ferramentas para obter a propriedade da compacidade assint´otica das soluc¸˜oes. Nos

traba-lhos [3], [1], [21], [24] os autores mostram a existˆencia de atrator global para uma equac¸˜ao de

(15)

reac¸˜ao-difus˜ao definida em um dom´ınio n˜ao limitado. O objetivo deste trabalho ´e apresentar o

trabalho desenvolvido em [21].

Em [21], os autores mostram a existˆencia de atrator global para a equac¸˜ao parab´olica (ERD) definida em um dom´ınioΩn˜ao limitado deR3(isto ´e,N=3) sem supor qualquer condic¸˜ao de

regularidade na fronteira∂ΩdeΩou nas func¸˜oesai j(·). No trabalho, os autores exploram da

t´ecnica de estimativas de truncamento desenvolvida por Wang em [24] e o fato de que a equac¸˜ao

do calor admite um funcional de Lyapunov.

Observamos que sem hip´oteses de regularidade sobre∂Ωe emai j(·)n˜ao ´e poss´ıvel estudar

(ERD) emLq(Ω)comq6=2. Isso se d´a porque n˜ao podemos usar a teoria de regularidade das equac¸˜oes el´ıpticas para caracterizar os espac¸os de potˆencias fracion´arias gerados pelo operador

−L+β(x)I. Contudo, de modo a trabalhar emL2(Ω), devemos impor condic¸˜oes de crescimento em f. No caso particular em queN=3 o expoente cr´ıtico ´eρ=5.

Para descrever o trabalho [21] organizamos a apresentac¸˜ao como segue. No Cap´ıtulo 1

enumeramos alguns conhecimentos preliminares importantes que foram estudados para o

de-senvolvimento do trabalho.

No Cap´ıtulo 2 apresentamos as Hip´oteses (HL1), (HL2) e (HL3). Com estas hip´oteses

o operador u7→ −Lu+β(x)u define um operador positivo auto-adjunto A: D(A)X X, ondeX=L2(Ω). Apresentamos as propriedades importantes do operadorAe constru´ımos uma fam´ılia de operadores auto-adjuntosA(α)Rtal queA(α): Xα Xα−1.

No Cap´ıtulo 3 apresentamos a Hip´otese (HNL) e determinamos umα [0,1)tal que a partir

uma func¸˜ao f satisfazendo Hip´otese (HNL) obtemos um operador de Nemytskiˇıf: H01(Ω)

X−α. Munido dos resultados sobre equac¸˜oes parab´olicas apresentados no Cap´ıtulo 1 obtemos que (ERD) gera um semifluxo globalπ emH01(Ω).

Finalmente, no Cap´ıtulo 4, demonstramos o principal resultado deste trabalho que diz que

assumindo as Hip´oteses (HL1), (HL2), (HL3) e (HNL), o semifluxoπpossui um atrator global

(16)

1

Preliminares

Neste cap´ıtulo apresentamos os diversos conceitos e resultados b´asicos estudados.

1.1 Medidas espectrais

As referˆencias [10] e [16] foram consultadas para esta sec¸˜ao.

A teoria espectral para operadores fechados tem como objetivo representar operadores

li-neares fechados de um modo mais simples. SeX ´e um espac¸o de Banach eA: D(A)X X

´e um operador linear fechado, o elemento principal dessa teoria ´e o espectro do operador A,

σ(A).

Outra consequˆencia importante da teoria espectral, al´em de escrever o operador de forma

mais simples, ´e o c´alculo operacional. Com o c´alculo operacional podemos “aplicar” func¸˜oes a

operadores lineares. Isso ´e, seA ´e um operador linear fechado e f: RRtem certas

proprie-dades, poderemos definir f(A)que ser´a um operador linear limitado emL(X) ={B: X X|

B´e linear e limitado}.

As medidas espectrais ou fam´ılias espectrais se encontram nesse contexto. QuandoX ´e um espac¸o de Hilbert eA´e um operador auto-adjunto podemos definir uma fam´ılia de subespac¸os de

X que se relaciona de modo biun´ıvoco com o operadorA. ´E poss´ıvel tamb´em aplicar o c´alculo operacional para estas fam´ılias e realizar o c´alculo de func¸˜oes de operadores. No caso particular

estudado aqui, o c´alculo operacional ser´a importante na gerac¸˜ao das fam´ılias de espac¸os de

(17)

potˆencias fracion´arias deX.

Dessa forma, no que segue X denota um espac¸o de Hilbert com produto interno ,·iX.

Vamos ent˜ao, definir de uma forma mais abstrata, o conceito de fam´ılia espectral.

Seja{Eλ}λRuma fam´ılia de projec¸˜oes ortogonais emX. DadoxX definimos

Ex= lim

λ→−∞Eλx,

E+∞x= lim

λ→∞Eλxe

Eλ+0x= lim

ε→0+Eλ+εx.

Definic¸˜ao 1.1.1. Uma fam´ılia{Eλ}λRde projec¸˜oes ortogonais em X ´e chamadauma fam´ılia

espectralouresoluc¸˜ao da identidadese satisfaz as condic¸˜oes:

(i) Eλ◦Eµ=Emin{λ,µ}, para todoλ, µ∈R.

(ii) E∞=0e E+∞=I.

(iii) Eλ+0=Eλ para todoλ R.

Observamos que os limites acima s˜ao tomados na norma deX.

Proposic¸˜ao 1.1.2. Seja {Eλ}λR uma fam´ılia espectral em X . Ent˜ao para todo u, vX a

func¸˜ao

λ R7→ hEλu,viX R (1.1.1)

´e uma func¸˜ao de variac¸˜ao limitada em todo intervalo limitado da reta. Al´em disso, sua variac¸˜ao total V(λ;u,v)satisfaz

V(λ;u,v)≤ |u||v|, para todo u, vX eλ R.

Sejam[α,β]R um intervalo fechado deR, f: RCuma func¸˜ao euX. Considere

uma partic¸˜aoπ ={α=λ1,λ2, . . . ,λn=β}do intervalo[α,β]. Defina anorma deπ por

k= max

(18)

Para cada j∈ {1, . . . ,n}sejaλjjj+1]. A soma n

j=1

f(λ′j)(Eλj+1Eλj)u

´e chamada asoma de Riemann da func¸˜ao f com relac¸˜ao `a partic¸˜aoπ.

Proposic¸˜ao 1.1.3. Com a notac¸˜ao introduzida acima, suponha que f: RCseja uma func¸˜ao

cont´ınua. O limite forte em X

lim

π0 n

j=1

f(λ′j)(Eλj+1−Eλj)u (1.1.2)

existe, para qualquer que seja a escolha deλjno intervalojj+1], j∈ {1, . . . ,n}.

Denotamos o limite (1.1.2) por

Z β

α f(λ)dEλu.

SeuX e f: RC´e uma func¸˜ao cont´ınua tal que os limites (forte emX)

lim

α→−∞

Z β

α f(λ)dEλue limβ→∞

Z β

α f(λ)dEλu

existem, dizemos que a integral

Z +∞

−∞ f(λ)dEλuexiste.

Teorema 1.1.4. Sejam uX e f: RCuma func¸˜ao cont´ınua. As seguintes afirmativas s˜ao

equivalentes:

(i)

Z +∞

−∞

f(λ)dEλu existe.

(ii)

Z +∞

−∞ |f(λ)|

2d

|Eλu|2<∞.

(iii) A aplicac¸˜ao v7→F(v):=

Z +∞

−∞ f(λ)dhEλv,uiX ´e um funcional linear cont´ınuo.

Teorema 1.1.5. Seja f: RRuma func¸˜ao cont´ınua. Defina o seguinte subconjunto de X :

D=

uX|

Z +∞

−∞ |f(λ)|

2

d|Eλu|2<∞

(19)

Ent˜ao D ´e denso em X . Definimos operador por

hTu,viX = Z +∞

−∞

f(λ)dhEλu,viX, uD e vX . (1.1.3)

Ent˜ao T ´e um operador auto-adjunto em X com dom´ınio D(T) =D.

Com a notac¸˜ao do Teorema 1.1.5, para o caso particular em que f(λ) =λ,λ R, definimos

hAu,viX = Z +∞

−∞ λdhEλu,viX, parauD(A)⊂X evX,

onde

D(A) =

uX |

Z +∞

−∞ λ

2

d|Eλx|2<∞

.

No que segue o operadorAser´a denotado, simbolicamente, por

A=

Z +∞

−∞ λdEλ (1.1.4)

e chamamos (1.1.4)a representac¸˜ao espectral do operador auto-adjunto A no espac¸o de Hilbert X .

Reciprocamente, seA: D(A)X X ´e um operador linear auto-adjunto, podemos definir uma fam´ılia espectral{Eλ}λRcorrespondente ao operadorA. Descrevemos esta conex˜ao no

Teorema Espectral a seguir.

Teorema 1.1.6(Teorema Espectral). Sejam X um espac¸o de Hilbert complexo e A: D(A)X X um operador auto-adjunto. Ent˜ao existe uma ´unica fam´ılia espectral{Eλ}λRassociada ao

operador A. Al´em disso para cadaλ Reξ C/Rtemos

h(ξA)−1u,viX = Z +∞

−∞

1

ξλdhEλu,viX, para todo u, vX.

Finalmente obtemos

(20)

uma ´unica fam´ılia espectral{Eλ}λRtal que

hAu,viX = Z

dhEλu,viX,

Au=

Z

R

λdEλu.

Conclu´ımos observando que existe uma correspondˆencia entre operadores auto-adjuntos no

espac¸o de Hilbert X e fam´ılias espectrais. Dessa maneira, analogamente ao Teorema 1.1.4, podemos definir os operadores f(A). Se f for uma func¸˜ao emRa valores complexos limitada

emσ(A), o espectro deA, ent˜ao f(A)´e um operador linear limitado emX e, ainda,

kf(A)k ≤ sup

λ∈σ(A)|

f(λ)|.

Escrevemos, anolagamente `a equac¸˜ao (1.1.4) e ao Corol´ario 1.1.7,

f(A) =

Z +∞

−∞ f(λ)dEλ.

(1.1.5)

f(A)u=

Z +∞

−∞

f(λ)dEλu, para todouX. (1.1.6)

1.2 Operadores de Nemytskiˇı

Para os conceitos apresentados e demonstrac¸˜oes dos resultados enunciados, sugerimos [12].

Sejam N 1 um n´umero natural e ΩRN um subconjunto aberto de RN. Dizemos que

f: Ω×RR´e umafunc¸˜ao de Carath´eodoryse

1) para cadasR, a func¸˜aox7→ f(x,s)´e (Lebesgue) mensur´avel e

2) para q.t.p.xΩ, a func¸˜aoRs7→ f(x,s)´e cont´ınua emR.

Denotemos porM o conjunto das func¸˜oes mensur´aveis deΩemR.

(21)

Portanto, uma func¸˜ao de Carath´eodory f define uma aplicac¸˜ao fb: M M, chamada

aplicac¸˜ao de Nemytskiˇı.

Muitos resultados importantes requerem que o subconjuntoΩdeRN seja limitado e como

n˜ao estamos nos restringindo a apenas este caso enumeramos apenas alguns resultados que n˜ao

necessitem desta restric¸˜ao emΩ.

Teorema 1.2.2. Sejaum subconjunto aberto de RN e seja f:×RR uma func¸˜ao de

Carath´eodory. Suponhamos que existam c>0, bLq(Ω),1q, e r>0tais que

|f(x,s)| ≤c|s|r+b(x), para todo xe sR.

Ent˜ao bf: Lqr(Ω)Lq(Ω) ´e uma func¸˜ao cont´ınua. Al´em disso a imagem de subconjuntos limitados ´e um conjunto limitado.

´

E impressionante saber que a condic¸˜ao suficiente do Teorema 1.2.2 ´e tamb´em necess´aria

para um func¸˜ao de Carath´eodory definir uma aplicac¸˜ao de Nemytskiˇı. Mais precisamente temos:

Teorema 1.2.3. Sejaum subconjunto aberto de RN e seja f:×RR uma func¸˜ao de

Carath´eodory. Suponhamos que existam p, q [1,∞) tais que bf: Lp(Ω) Lq(Ω). Ent˜ao existem c>0e bLq(Ω)tais que

|f(x,s)| ≤c|s|p/q+b(x), para todo xe sR.

Para nossos objetivos precisamos, ainda, de condic¸˜oes que garantam a diferenciabilidade da

aplicac¸˜ao de Nemytskiˇı. Para isso enunciamos o seguinte resultado sobre diferenciac¸˜ao.

Teorema 1.2.4. Sejaum subconjunto aberto de RN e seja f:×RR uma func¸˜ao de

Carath´eodory. Suponhamos que existam c>0, bLn(Ω),1ne m>0tais que

f

s(x,s)

c|s|m+b(x), para todo x∈Ωe s∈R.

Ent˜ao as aplicac¸˜oes de Nemytskiˇı

b

f: Lp(Ω)Lq(Ω)e fb′: Lp(Ω)Ln(Ω),

onde f′=∂f

s, p=mn, q= mn

(22)

diferenci´avel com Dfb: Lp(Ω)L(Lp(),Lq())definida por

Dbf(u)[v] = bf′(u)v= f′(·,u(·))v(·)), para todo u,vLp(Ω).

1.3 Medida de n˜ao-compacidade de Kuratowski

Nosso objetivo nesta sec¸˜ao ´e definir uma medida que nos mostre, dado um subconjunto

limitado de um espac¸o de dimens˜ao infinita, o qu˜ao “n˜ao-compacto” ´e este conjunto. Uma

referˆencia para o t´opico ´e [11]. SejaX um espac¸o de Banach e denote por B o conjunto dos

subconjuntos limitados emX.

No que segue dado um subconjuntoAdeX, diam(A)denota o diˆametro do conjuntoA. A bola aberta de centro emaX e raior>0 ´e denotada porB(a,r).

DadoABdefinimos

βK(A) =inf

(

d>0|A

n [

j=1

Kjcom diam(Kj)≤d,j∈ {1, . . . ,n}

)

.

A aplicac¸˜ao βK: B →[0,∞) ´e chamada a medida de n˜ao-compacidade de Kuratowski.

DadoAB podemos tamb´em definir

βB(A) =inf

(

r>0|existemajX, j∈ {1, . . . ,n}, tais queAn [

j=1

B(aj,r)

)

.

A aplicac¸˜aoβB: B→[0,∞)´e chamada amedida de n˜ao-compacidade por bolas.

Com estas medidas definidas seguem os resultados que ser˜ao importantes no decorrer do

trabalho.

Proposic¸˜ao 1.3.1. Suponha que X seja um espac¸o de Banach de dimens˜ao infinita e sejaB a fam´ılia de limitados de X eβ: B[0,∞)a medida de n˜ao-compacidade de Kuratowski ou a medida de n˜ao-compacidade por bolas. Ent˜ao

(i) β(A) =0se, e somente se, A ´e compacto.

(23)

(iii) Sejam A1, A2 ∈ B tais que A1 ⊆ A2. Ent˜ao β(A1) ≤ β(A2) e β(A1 ∪A2) =

max{β(A1),β(A2)}.

(iv) β(convA) =β(A), para todo AB. AquiconvA denota a envolt´oria convexa de A.

(v) β ´e cont´ınua com respeito a distˆancia de HausdorffdH dada por

dH(A1,A2) =max

(

sup

xA1

inf

yA2|

xy|,sup

xA2

inf

yA1|

xy|

)

, A1, A2∈B.

Em particular,β(A) =β(A).

1.4 Operadores

m

-dissipativos

Nesta sec¸˜ao definiremos os chamados operadores dissipativos e m-dissipativos. Tais ope-radores s˜ao usualmente encontrados em exemplos e possuem boas propriedades para nossos

objetivos. As demonstrac¸˜oes dos resultados apresentados podem ser encontradas em [6]. No

que segue considereX um espac¸o de Banach.

Definic¸˜ao 1.4.1. Um operador A: D(A)XX em X ´e ditodissipativose

|uλAu| ≥ |u|, para todo uD(A)e todoλ >0.

Definic¸˜ao 1.4.2. Um operador A: D(A)X X em X ´e dito m-dissipativo se as seguintes condic¸˜oes est˜ao satisfeitas:

(i) A ´e dissipativo;

(ii) para todoλ >0e para todo vX , existe uD(A)tal que uλAu=v.

A proposic¸˜ao a seguir oferece uma condic¸˜ao necess´aria e suficiente para que um operador

dissipativo seja tamb´emm-dissipativo.

Proposic¸˜ao 1.4.3. Seja A: D(A)X X um operador dissipativo em X . As seguintes propri-edades s˜ao equivalentes:

(24)

(ii) Existe umλ0>0tal que para todo vX , a equac¸˜ao uλ0Au=v possui uma soluc¸˜ao uD(A).

Agora, vamos restringir ao caso em que X ´e um espac¸o de Hilbert e analisar o conceito de dissipatividade e m-dissipatividade. SejaX um espac¸o de Hilbert. O produto interno definido em X ser´a denotado por ,·i. No que segue dado A: D(A)X X um operador linear densamente definido, o seu operador adjunto ser´a denotado porA∗.

Apresentamos um crit´erio de dissipatividade para operadores definidos em espac¸os de

Hil-bert:

Proposic¸˜ao 1.4.4. Um operador A: D(A) X X ´e dissipativo em X se, e somente se,

hAu,ui ≤0, para todo uD(A).

Uma consequˆencia importante ´e o seguinte

Corol´ario 1.4.5. Seja A: D(A)XX um operador m-dissipativo em X . Ent˜ao D(A)´e denso em X .

Os resultados a seguir relacionam operadores dissipativos em-dissipativos com o operador adjunto e operadores auto-adjuntos.

Teorema 1.4.6. Seja A: D(A)X X um operador linear densamente definido e dissipativo em X . Ent˜ao A ´e m-dissipativo se, e somente se, A ´e um operador fechado e A´e um operador dissipativo.

Corol´ario 1.4.7. Seja A: D(A)X X um operador auto-adjunto em X tal quehAu,ui ≤0, para todo uD(A). Ent˜ao A ´e m-dissipativo.

Proposic¸˜ao 1.4.8. Seja A: D(A)X X um operador sim´etrico e densamente definido tal que hAu,ui ≤0 para todo u D(A) em X . Ent˜ao A ´e m-dissipativo se, e somente se, A ´e auto-adjunto.

1.5 Operadores setoriais

Operadores setoriais tˆem uma relevˆancia muito grande no estudo dos semigrupos

linea-res, pois estes s˜ao geradores dos conhecidos semigrupos anal´ıticos que possuem in´umeras

(25)

Nesta sec¸˜ao faremos uma breve exposic¸˜ao dos operadores setorias e apresentamos as

notac¸˜oes e resultados que ser˜ao utilizados no texto. Em [7], [8] e [15] encontramos mais

deta-lhes sobre o assunto.

Iniciamos recordando algumas definic¸˜oes e resultados da teoria geral de semigrupos.

Nesta sec¸˜aoX denota um espac¸o de Banach e denotamos porL(X)o conjunto dos

opera-dores lineares limitados deX emX.

Definic¸˜ao 1.5.1. Umsemigrupo de operadores lineraresou um C0-semigrupo´e uma fam´ılia de operadores lineares{T(t)|t0}emL(X)que satisfaz as seguintes propriedades:

(i) T(0)x=x, para todo xX .

(ii) T(t+s)x=T(t)T(s)x, para todo s, t 0e xX .

(iii) T(t)xx, quando t0+, para todo xX .

Definic¸˜ao 1.5.2. Umsemigrupo uniformemente cont´ınuo de operadores´e uma fam´ılia de ope-radores lineares{T(t)|t0}emL(X)que satisfaz as seguintes propriedades:

(i) T(0)x=x, para todo xX .

(ii) T(t+s)x=T(t)T(s)x, para todo s, t 0e xX .

(iii) kT(t)Ik →0, quando t0+, para todo xX .

´

E claro que todo semigrupo uniformemente cont´ınuo de operadores ´e umC0-semigrupo.

Teorema 1.5.3. Seja{T(t)|t 0}um C0-semigrupo em X . Ent˜ao existem constantesω 0e M1tais que

kT(t)k ≤Meωt, para todo t [0,∞).

O resultado acima nos mostra que umC0-semigrupo ´e uniformemente limitado em interva-los limitados da reta.

(26)

Seja{T(t)|t0}umC0-semigrupo emX e considere o conjunto

D=nxX | lim

t→0+

T(t)xx t existe

o

.

Definimos o operador linearA: D(A)XX, ondeD(A) =De

Ax= lim

t→0+

T(t)xx

t , paraxD(A).

O operadorAdefinido acima ´e chamadogerador infinitesimal do semigrupo{T(t))|t0}em X.

Teorema 1.5.5. Sejam{T(t)|t0}um C0-semigrupo em X e A: D(A)X X seu gerador infinitesimal. As seguintes propriedades s˜ao satisfeitas:

1. lim

h→0+

1

h

Z t+h

t

T(τ)dτ=T(t)x, para todo xX , t[0,∞).

2.

Z t

0

T(τ)xdτ D(A)e A

Z t

0

T(τ)xdτ=T(t)xx, para todo xX , t[0,∞).

3. T(t)xD(A), se xD(A)e t[0,∞). Al´em disso, para xD(A), a func¸˜ao[0,∞)t7→ T(t)xX ´e diferenci´avel e

d

dtT(t)x=AT(t)x=T(t)Ax.

4. T(t)xT(s)x=

Z t

s

T(τ)Axdτ =

Z t

s

AT(τ)xdτ, para xD(A)e t, s[0,∞), com st .

Corol´ario 1.5.6. Se A: D(A)X X denota o gerador infinitesimal de um C0-semigrupo

{T(t)|t 0}, ent˜ao A ´e um operador linear fechado e D(A) =X .

Passamos `a definic¸˜ao de operadores setorias e listaremos alguns resultados importantes.

Dadosα Reφ (0,π/2), definimos o setorSα,φ do plano complexo por

Sα,φ :={λ ∈C|φ ≤ |arg(λ−α)| ≤π,λ 6=α}.

(27)

(i) ρ(A)cont´em o setorSα,φ,

(ii) para cadaλ Sα,φ vale a estimativa

k(λA)−1k ≤ M

α|.

Proposic¸˜ao 1.5.7. Seja A: D(A)X X um operador linear fechado e densamente definido em X . As seguintes afirmativas s˜ao equivalentes:

(a) AI ´e um operador setorial em X para algumωR.

(b) AI ´e um operador setorial em X para todoω R.

(c) Existem constantes k, ω R tais que o conjunto ρ(Aω) cont´em o semiplano {λ C|

reλ k}e

kλ(λIAω)−1k ≤M, para todoreλ ≤k.

Aqui, Aω :=AI.

Suponhamos que{T(t)|t 0} seja umC0-semigrupo de operadores lineares emX e que existem um setor do plano complexo

φ ={zC| |argz|<φ}, com 0<φ π/2,

e uma fam´ılia{T(z)|zφ}de operadores emL(X)que coincide comT(t)paraz=t[0,∞) e tal que

(i) a aplicac¸˜aoz7→T(z) ´e anal´ıtica em∆φ\{0},

(ii) T(z1+z2) =T(z1)T(z2), sez1,z2∈∆φ,

(iii) para todoxX, lim

z0 z∈∆φ

T(z)x=x.

OC0-semigrupo{T(t)|t0}´e chamadosemigrupo anal´ıtico (fortemente cont´ınuo).

(28)

O teorema a seguir caracteriza os geradores de semigrupos anal´ıticos e uma prova detalhada

pode ser encontrada em [8].

Teorema 1.5.9. Seja A: D(A)XX um operador linear fechado e densamente definido. As seguintes afirmativas s˜ao equivalentes:

(i) A ´e o gerador infinitesimal de um semigrupo anal´ıtico.

(ii) A ´e um operador setorial em X .

Lema 1.5.10. Seja 0<φ π/2. Seja{T(t)|t 0} um semigrupo anal´ıtico no setorφ =

{zC| |argz|<φ}, tal que para constantes C1e aR,

kT(z)k ≤Cearez, zφ

e suponha que A: D(A)X X seja seu gerador infinitesimal. As seguintes propriedades est´ao satisfeitas:

(1) T(z) = 1 2πi

Z

Γe

λz(λ

A)−1dλ, para z∆Φ\{0}, ondeΓ ´e a curva consistente dos

se-guintes segmentos orientados conforme a parametrizac¸˜ao:

Γ1={−arei(π/2+φ)| −∞<r1}; Γ2={−a+eiψ | −π/2φ ψπ/2+φ}; Γ3={−a+rei(π/2+φ)|1r<∞}.

(2) Para todo0<ε<φ e xX , temos

T(z)xx, se z0e zφε.

(3) Se t>0, ent˜ao T(t)xD(A)para todo xX e d

dtT(t)x=AT(t)x, para todo xX .

Nosso intuito agora ´e definirmos as potˆencias fracion´arias que s˜ao elementos importantes

no estudo das equac¸˜oes parab´olicas e suas soluc¸˜oes.

(29)

(i) A ´e um operador fechado e densamente definido,

(ii) (∞,0]ρ(A)e

(iii) existe um N1tal que

k(sA)−1k ≤ N

1+|s|, para todo s≤0.

O operadorAda definic¸˜ao acima tamb´em ´e ditooperador positivo do tipo N, ondeN´e como em(iii).

Lema 1.5.12. Suponha que A: D(A)X X seja um operador positivo do tipo N. Ent˜ao o setor

ΣN=

λ C|existe um s0tal que|λs| ≤ 1+|s|

2N

est´a contido emρ(A). Al´em disso

k(λA)−1k ≤2N+1

1+|λ|,para todoλ ∈ΣN.

Nas condic¸˜oes do Lema 1.5.12 pode ser mostrado que

λ C| |argλ| ≥πarcsen 1

2N

λ C| |λ| ≤ 1

2N

⊂ΣN.

Lema 1.5.13. Seja A: D(A)XX um operador positivo do tipo N. Para cada zCtal que

rez0, definimos

B(z) = −1 2πi

Z

Γλ

z(λ

A)−1dλ, (1.5.1)

ondeΓ´e a curva emΣN\(∞,0]que consiste dos trˆes segmentos

Γ1=nseiθ |s(∞,1/(4N))o,

Γ2=(1/(4N))eiψ | |ψ| ≤θ ,

Γ3=nseiθ |s[1/(4N),∞)o,

ondeθ arcsen(1/(2N)),π), orientada pela parametrizac¸˜ao. Ent˜ao para z fixado B(z)

(30)

Note que, o Teorema de Cauchy implica que podemos modificar o comportamento de Γ

em torno do 0C. E, com o Lema 1.5.13, podemos definir as potˆencias fracion´arias de um

operador positivo, se rez<0.

Definic¸˜ao 1.5.14. Seja A:D(A)XX um operador positivo do tipo N. Para zΠ0={z

C|rez<0}, definimos

Az:= −1 2πi

Z

Γλ

z(λ

A)−1dλ L(X), (1.5.2)

ondeΓ ´e dada como no Lema 1.5.13 comθ arcsen(1/(2N)),π).

No que segue utilizaremos a notac¸˜aoA0=I, ondeIdenota a a aplicac¸˜ao identidade emX.

Proposic¸˜ao 1.5.15. Seja A: D(A)XX um operador positivo. Ent˜ao

(i) Az1+z2=Az1Az2, para quaisquer z

1,z2∈Π0∪ {0}.

(ii) Para nN, temos An= (A−1)n, onde A−1denota a inversa de A.

(iii) Az ´e injetor, para cada zCcomrez<0.

Segue da Proposic¸˜ao 1.5.15 que podemos definir as potˆencias fracion´arias de um operador

positivo quando rez>0.

Definic¸˜ao 1.5.16. Seja A: D(A)X X um operador positivo. Definimos

Az= (Az)−1: R(Az)XX,

para zCcomrez>0.

Podemos tamb´em definir a potˆencia fracion´aria de um operador positivo quando rez=0, por´em este caso n˜ao ser´a importante nos nossos estudos e portanto n˜ao ser´a retratado nesta

sec¸˜ao. Abaixo, enumeramos fatos importantes sobre as potˆencias fracion´arias de um operador

positivo.

(31)

(1) Az ´e um operador fechado em X , para todo zC, comrez>0,

(2) se z1,z2∈C, comrez1>rez2>0, ent˜ao D(Az1)⊂D(Az2)⊂X ,

(3) para cada zC, comrez>0, temos D(Az) =X .

Dizemos que um operadorA: D(A)XX ´e umoperador setorial positivoseA´e setorial emX e reσ(A)>0.

Lema 1.5.18. Suponha queA: D(A)XX seja o gerador infinitesimal de um semigrupo

{T(t)|t0}e que a>0e M1sejam constantes positivas tais que

kT(t)k ≤Meat, para todo t0.

Ent˜ao A ´e um operador positivo.

Observamos que em particular, segue do Lema 1.5.18 que se A ´e um operador setorial positivo, ent˜aoA´e um operador positivo.

Teorema 1.5.19. Seja A: D(A)X X o gerador infinitesimal de um semigrupo {T(t)|

t0}e suponha que existam constantes a>0e M1tais que

kT(t)k ≤Meat, para todo t0.

Ent˜ao, se zCcomrez>0, temos

Azx= 1 Γ(z)

Z ∞

0

tz−1T(t)xdt, xX. (1.5.3)

Vamos agora restringir o estudo `as potˆencias fracion´arias reais de operadores positivos. Seja

A: D(A)X X um operador positivo. Dadoα 0,Xα denota o espac¸oD(Aα) =R(A−α). EmXα consideraremos a com a norma

|u|Xα =|Aαu|, uD(Aα).

(32)

Lema 1.5.20. Seja0α β, ent˜ao Xβ ´e um subespac¸o denso de Xα e a inclus˜ao Xβ Xα ´e cont´ınua, mais precisamente, existe uma constante C0tal que

|u|Xα ≤C|u|Xβ, para todo uXβ.

Teorema 1.5.21. Seja A: D(A)X X um operador positivo. Se 0α <1, ent˜ao existe uma constante c>0tal que para todo xX1, temos

|x|Xα ≤c|x|X1−α|x|α1.

Teorema 1.5.22. Sejam A um operador setorial positivo e{T(t)|t0}o semigrupo anal´ıtico gerado porA. As seguintes propriedades s˜ao satisfeitas:

(i) T(t): XD(Aα), para todoα 0e t>0.

(ii) T(t)Aαu=AαT(t)u, para todoα0, uD(Aα)e t0.

(iii) AαT(t)L(X). Al´em disso existe um a>0 e para cada α 0 existe uma constante

positiva Cα tal que

kAαT(t)k ≤Cαt−αeat, para todo t>0.

(iv) Se0<α 1, ent˜ao

k(T(t)I)uk ≤ 1

αC1−αt

α

|Aαu|, para todo uD(Aα)e t>0,

onde C1−α ´e a constante positiva de(iii).

Proposic¸˜ao 1.5.23. Sejam α,γ 0 e θ [0,1] . Escreva β = (1θ)α+θ γ. Ent˜ao existe constante C0tal que:

|Aβu| ≤C|Aαu|1−θ|Aγu|θ, para cada uX. (1.5.4)

O seguinte resultado ´e encontrado em [13] e [15].

Lema 1.5.24. Sejam X , Y espac¸os de Banach, A: D(A)X X um operador setorial com

(33)

que existamα [0,1)e c0tais que

|Bx|Yc|Ax|α|x|1−α, para todo xD(A).

Ent˜ao para todoβ (α,1], B possui uma ´unica extenso a um transformac¸˜ao linear cont´ınua de Xβ em Y , isto ´e, BA−β ´e transformac¸˜ao linear cont´ınua.

Finalizamos esta sec¸˜ao enunciando alguns resultados sobre operadores setoriais para o caso

em queX for um espac¸o de Hilbert. A seguir apresentamos uma condic¸˜ao suficiente para que um operador seja setorial para espac¸os de Hilbert.

Proposic¸˜ao 1.5.25. Suponha que(X,,·i)seja um espac¸o de Hilbert. Seja A: D(A)XX um operador linar auto-adjunto, densamente definido e suponha que exista uma constante aR

tal que

hAx,xi ≥ahx,xi, para todo xD(A). Ent˜ao A ´e setorial.

Corol´ario 1.5.26. Seja (X,,·i) seja um espac¸o de Hilbert. Se A: D(A)X X ´e auto-adjunto, densamente definido ereσ(A)>0, ent˜ao A ´e setorial.

No caso particular em que X ´e um espac¸o de Hilbert, se A for auto-adjunto e definido positivo, ent˜aoAser´a setorial positivo, como enunciado no Corol´ario 1.5.26.

Finalmente, em vista da teoria espectral para operadores auto-adjuntos feita na Sec¸˜ao 1.1 se

Afor auto-adjunto, setorial positivo emX espac¸o de Hilbert, podemos escrever:

A−α =

Z

R

λ−αdEλ (1.5.5)

onde{Eλ}λR⊂L(X)representa a fam´ılia espectral gerada pelo operadorAemX. Portanto,

a partir de uma aplicac¸˜ao da Desigualdade de H¨older em (1.5.5), obtemos a

Proposic¸˜ao 1.5.27. Sejamα,γ 0, tais queα γ, eθ [0,1]. Escrevaβ = (1θ)α+θ γ. Ent˜ao:

(34)

1.6 Semifluxos e atratores globais

Neste trabalho estamos interessados na existˆencia de atratores. Os atratores s˜ao importantes

objetos no estudo da dinˆamica assint´otica dos sistemas dinˆamicos. Nesta sec¸˜ao vamos expor

os principais elementos para a definic¸˜ao dos atratores e listar suas propriedades importantes.

Tamb´em apresentaremos condic¸˜oes necess´arias e suficientes para que um sistema dinˆamico

possua atrator.

As referˆencias [5], [7], [14] e [17] apresentam a teoria de atrator global para sistemas

dinˆamicos n˜ao lineares.

Para esta sec¸˜ao, a referˆencia [7] foi utilizada para o estudo dos atratores e o conceito de

semifluxo local ´e como apresentado em [22].

SejamX um espac¸o m´etrico eDum aberto de[0,∞)×X. Uma aplicac¸˜aoπ: DX ´e um

semifluxo local em X se

(a) para cada uX, existe um ωu =ω(π,u)∈(0,∞] tal que (t,u)∈D se, e somente se,

t [0,ωu);

(b) π(0,u) =u, para todouX;

(c) sempre que(t,u)De(s,uπt)D, temos(t+s,u)Deπ(t+s,u) =π(s,π(t,u)).

Escrevemosπ(t,u) =uπt, para(t,u)D.

Se um semifluxo ´e tal queωu= +∞para todouX, ent˜ao dizemos que este ´e umsemifluxo

global.

Dado um intervaloIR, uma aplicac¸˜aoσ: IR´e chamada umasoluc¸˜ao deπse sempre

quetI es[0,∞) s˜ao tais quet+sI, ent˜aoσ(ts ´e bem definido e σ(ts=σ(t+s). SeI=Rent˜aoσ ´e chamadasoluc¸˜ao global deπ.

Um subconjunto A de X ´e chamado π-invariante se para todo uA existe uma soluc¸˜ao globalσ tal queσ(R)Aeσ(0) =u.

(35)

Dados um semifluxo localπ emX e um subconjuntoN deX, dizemos queπ n˜ao explode em N se sempre queuX euπ[0,ωu)⊂N, implicarωu= +∞.

No restante desta sec¸˜aoπ denota um semifluxo global definido num espac¸o de BanachX. A seguinte definic¸˜ao ´e apresentada em [7].

Definic¸˜ao 1.6.1. Dizemos que um subconjunto BX ´e (π-)eventualmente limitado se existe um tB∈[0,∞)tal que o conjunto{uπt|uB, t∈[tB,∞)} ´e limitado.

Pode ser encontrado na literatura o conceito desemifluxo (semigrupo) eventualmente limi-tado. Neste caso, dizemosπ ´e eventualmente limitado se todo limitado deX ´e eventualmente limitado conforme a Definic¸˜ao 1.6.1

SejaBX. A ´orbita positivadeBporπ ´e definida como o conjunto

γ+(B):= [

t∈[0,∞)

Bπt= [

t∈[0,∞)

{uπt|uB}.

O conjunto

γt+(B):= [

s∈[0,∞)

Bπ(s+t) = [

s∈[t,∞)

Bπs

´e chamadoa ´orbitadeBπt. O conjuntoω-limitedeB ´e definido como

ω(B) = \

t∈[0,∞)

γt+(B).

Proposic¸˜ao 1.6.2. Seja BX . Ent˜ao

(i) ω(B) ´e fechado.

(ii) Seja vX . Ent˜ao vω(B)se, e somente se, existem sequˆencias(tn)n em[0,∞)e(un)n

em B tais que tn→∞e unπtnv quando n→∞.

Precisamos da noc¸˜ao de atrac¸˜ao sobre o semifluxo π de modo a definirmos o conceito do

atrator. Mas primeiro vamos definir a semidistˆancia de Hausdorff entre dois conjuntos. Sejam

(36)

distH(A,B), por

distH(A,B) =sup uA

inf

vB|uv|.

SejamAeBsubconjuntos deX. Dizemos queA atrai Bpela ac¸˜ao deπ se

lim

t→∞distH(Bπt,A) =0.

Proposic¸˜ao 1.6.3. Sejaπ um semifluxo global em X . Ent˜ao AX ´eπ-invariante se, e somente se, Aπt=A, para todo t[0,∞).

Um subconjunto A deX ´e umatrator global para π, seA ´e um conjunto compacto, π

-invariante e que atrai subconjuntos limitados deX sob a ac¸˜ao deπ.

Definic¸˜ao 1.6.4. O semifluxo globalπ ´e chamadoassintoticamente suavese para cada subcon-junto B de X n˜ao-vazio, fechado e limitado tal que Bπt B para todo t [0,∞), existir um conjunto n˜ao-vazio e compacto KB tal que K atrai B sob ac¸˜ao deπ.

Definic¸˜ao 1.6.5. O semifluxo global π ´e chamado assintoticamente compacto se para cada subconjunto B de X n˜ao-vazio e eventualmente limitado tal que para cada sequˆencia(tn)nem

[0,∞)e cada sequˆencia(un)nem B com tn→∞, a sequˆencia(unπtn)npossui uma subsequˆencia

convergente.

Os conceitos acima s˜ao equivalentes:

Proposic¸˜ao 1.6.6. Um semifluxo global ´e assintoticamente suave se, e somente se, ´e assintoti-camente compacto.

Teorema 1.6.7. Sejaπ um semifluxo global definido num espac¸o de Banach X . As seguintes afirmativas s˜ao equivalentes:

(i) π ´e assintoticamente compacto, existe um subconjunto limitado B de X tal que para cada uX existe um tu≥0com uπtuB e todo conjunto limitado em X ´e π-eventualmente

limitado.

(37)

A seguir definiremos o que ´e conhecido por funcional de Lyapunov. Semifluxos que

pos-suem um funcional de Lyapunov s˜ao chamados de semifluxos gradientee possuem boas pro-priedades que nos levam a um teorema de existˆencia de atrator global mais direto do que o

Teorema 1.6.7.

Um funcionalL: X Rcont´ınuo emX e limitado inferiormente ´e chamadofuncional de

Lyapunovparaπse

1. para cadauX a aplicac¸˜ao(0,∞)t7→L(uπt)R ´e n˜ao-crescente,

2. seuX ´e tal que existe umku∈Rcom

L(uπt) =ku, para todot≥0,

ent˜aou´e um ponto de equil´ıbrio deπ.

Podemos agora, apresentar o teorema que ser´a utilizado para demonstrar a existˆencia de

atrator global no nosso trabalho.

Teorema 1.6.8. Sejaπ um semifluxo global definido num espac¸o de Banach X . Suponha que:

(a) π ´e assintoticamente compacto,

(b) todo subconjunto limitado em X ´e eventualmente limitado,

(c) o conjunto dos pontos de equil´ıbrio deπ ´e limitado e

(d) existe um funcional de Lyapunov para o semifluxoπ.

Ent˜ao existe um atrator global paraπ.

1.7 Equac¸˜oes diferenciais parab´olicas

Nesta ´ultima sec¸˜ao apresentamos resultados utilizados sobre as equac¸˜oes diferenciais

(38)

Suponha 0α < 1 e seja U um conjunto aberto em Xα. Seja g: U X uma func¸˜ao localmente Lipschitziana. Considere a equac¸˜ao:

du

dt +Au=g(u). (1.7.1)

Seja u0∈U et0 ≥0. Uma soluc¸˜ao de(1.7.1) em(t0,t1) tal que em t0 vale u0 ´e uma func¸˜ao

cont´ınuau: [t0,t1)→X tal que

1. u(t0) =u0;

2. u(t)U parat(t0,t1);

3. u´e diferenci´avel em(t0,t1);

4. u(t)D(A)parat(t0,t1);

5. [t0,t1)∋t7→g(u(t))∈X ´e cont´ınua;

6. a equac¸˜ao (1.7.1) est´a satisfeita para todot(t0,t1).

A definic¸˜ao de soluc¸˜ao ´e como em [18].

A seguir apresentamos um teorema de existˆencia e unicidade de soluc¸˜oes maximais para

a equac¸˜ao (1.7.1) com condic¸˜ao inicial u(t0) =u0 ∈U cuja demonstrac¸˜ao ´e adaptada das

demonstrac¸˜oes de [15].

Teorema 1.7.1. Seja A um operador setorial em X e seja g: U X uma func¸˜ao localmente Lipschitziana, onde U ´e um conjunto aberto em Xα, para algum0α <1. Ent˜ao para todo t0≥0e para todo u0∈U , existe um intervaldo maximal[t0,ωu0), ondeωu0∈(0,∞]e uma ´unica

soluc¸˜ao t7→u(t,u0)de

du

dt +Au=g(u) tal que u(t0) =u0definida em[t0,ωu0).

No restante do texto se A: D(A) X X ´e um operador setorial em X, o semigrupo anal´ıtico gerado porAser´a denotado por{eAt|t 0}.

(39)

Lema 1.7.2. Seja u uma soluc¸˜ao do problema (1.7.1)em(t0,t1) com valor inicial u(t0) =u0.

Ent˜ao

u(t) =eA(tt0)u

0+ Z t

t0

eA(ts)g u(s)ds, para t[t0,t1). (1.7.2)

Reciprocamente, se u: [t0,t1)→Xα e [t0,t1)∋t 7→ g(u(t))∈ X s˜ao func¸˜oes cont´ınuas, e a

equac¸˜ao integral(1.7.2)´e satisfeita para t(t0,t1), ent˜ao u ´e uma soluc¸˜ao da equac¸˜ao

diferen-cial(1.7.1).

Para a demonstrac¸˜ao do Lema 1.7.2, ver [15] e [18].

A f´ormula (1.7.2) ´e conhecida como aF´ormula da Variac¸˜ao das Constantes.

No que segue vamos supor que A ´e um operador setorial positivo, isto ´e, A ´e setorial e reσ(A)>0, g: Xα X uma func¸˜ao Lipschitziana em limitados de Xα, com 0α <1 e, tamb´em, quet0=0. Para cadau0∈U et ∈[0,ωu0), definaut :=u(t,u0). Dessa forma π ´e

um semifluxo local emU.

Vamos assumir tamb´em queg:U X seja uma func¸˜ao Lipschitziana em limitados, isto ´e, dadoBU limitado existe uma constanteLB≥0 tal que

|g(u)g(v)|XLB|uv|, para todou,vB.

A seguir enunciamos e demonstramos resultados gerais que ser˜ao utilizado nos pr´oximos

cap´ıtulos.

Proposic¸˜ao 1.7.3. Seja BU um subconjunto limitado tal que para cada uB, uπtB, para todo t[0,ωu). Ent˜aoωu= +∞.

Demonstrac¸˜ao. SejauB. Logo,uπtB, para todot[0,ωu). Suponhamos por absurdo que ωu<∞. Sejam 0<α <β <1 es∈(0,ωu).

(40)

Utili-zando a F´ormula da Variac¸˜ao das Constantes temos

|uπt|Xβ ≤ |eAtu|Xβ+ Z t

0 |

eA(ts)g(uπs)|Xβds

≤ |Aβ−αeAt||Aαu|+

Z t

0 |

AβeA(ts)g(uπs)|Xds

≤max{Cβα,CβLB}(tβ−α|u|Xα+ Z t

0(

ts)−βds)

≤max{Cβα,CβLB,1}(tβ−α|u|Xα+t1−β).

Como[su)∋t 7→tβ−α|u|Xα+t1−β ´e limitada, a afirmativa est´a demonstrada.

Sejamsτ<tu. A F´ormula da Variac¸˜ao das Constantes implica que

uπtuπτ=eA(t−τ)Iuπτ+

Z t

τ e

A(ts)g(uπs)ds.

Portanto,

|uπtuπτ|Xα ≤

1

βαC1−β+αkA −α

k(tτ)β−α|u0πτ|Xβ+CαLB Z t

τ (ts)

−α

ds

β 1

−αC1−β+αkA −α

k(tτ)β−α+CαLB(t−τ)1−α

Ce(tτ)β−α,

ondeCe=max{ 1

βαC1−β+αkA −α

k,CαLB(t−τ)1−β}.

Como β >α, o Crit´erio de Cauchy implica que o limite, quando t ωu−, existe. Seja

u1 o valor deste limite e defina v(t) =uπt, se t ∈[0,ωu) e vu) =u1. Segue que v ´e uma

soluc¸˜ao de (1.7.1) comv(0) =udefinida em[0,ωu]. Por´em isso contradiz a maximalidade de ωu. Portanto,ωu= +∞para todouB.

O pr´oximo resultado pode ser encontrado na Proposic¸˜ao 3.2.1 e Lema 3.2.1 em [7].

Proposic¸˜ao 1.7.4. Seja BXα um subconjunto limitado em Xα. Ent˜ao para todo t(0,ωB),

Bπt ´e limitado em Xγ, para cadaα γ 1.

Conclu´ımos o cap´ıtulo com um resultado de regularidade que pode ser encontrado em [15].

(41)

Lema 1.7.5(Desigualdade de Gronwall Singular). Sejam0α <1,0β <1, a0, b0

constantes e T (0,∞). Se u: [0,T]R´e uma func¸˜ao integr´avel tal que

0u(t)at−α+b

Z t

0(

ts)−βu(s)ds, para quase todo t [0,T],

ent˜ao existe uma constante positiva M tal que

0u(t)aMt−α, para quase todo t (0,T].

Teorema 1.7.6. Assuma a notac¸˜ao apresentada acima. Seja u uma soluc¸˜ao de(1.7.1)em[t0,t1]

eγ (0,1). Ent˜ao du dtX

γ e existe uma constante C>0tal que

du dt

Xγ ≤

C(tt0)α−γ−1, para t0<tt1.

Demonstrac¸˜ao. Sejaβ >0 tal que max{α,γ}<β <1.

Denotemos f(t):=g(u(t)), parat[t0,t1]. Como[t0,t1]´e compacto, sejamBeLconstantes

positivas tais que, para todot[t0,t1]eh0≥0, comt0≤tt+ht1e 0≤hh0,

|f(t)| ≤B, (1.7.3)

|f(t+h) f(t)| ≤L|u(t+h)u(t)|. (1.7.4)

Parat0<t<t+ht1temos:

u(t+h)u(t) =eA(t+ht0)u(t0) + Z t+h

t0

eA(t+hs)f(s)ds

eA(tt0)u(t0)− Z t

t0

eA(ts)f(s)ds

= (eAhI)eA(tt0)u(t0) + Z t0+h

t0

eA(t+hs)f(s)ds

+

Z t

t0

Referências

Documentos relacionados

Neste trabalho, desenvolve-se um estudo para encontrar o intervalo maximal de existência de soluções no tempo para as equações de Navier-Stokes em um domínio tridimensional fino,

O termo extrusão do núcleo pulposo aguda e não compressiva (Enpanc) é usado aqui, pois descreve as principais características da doença e ajuda a

esta espécie foi encontrada em borda de mata ciliar, savana graminosa, savana parque e área de transição mata ciliar e savana.. Observações: Esta espécie ocorre

O valor da reputação dos pseudônimos é igual a 0,8 devido aos fal- sos positivos do mecanismo auxiliar, que acabam por fazer com que a reputação mesmo dos usuários que enviam

A assistência da equipe de enfermagem para a pessoa portadora de Diabetes Mellitus deve ser desenvolvida para um processo de educação em saúde que contribua para que a

Ninguém quer essa vida assim não Zambi.. Eu não quero as crianças

Ainda segundo Gil (2002), como a revisão bibliográfica esclarece os pressupostos teóricos que dão fundamentação à pesquisa e às contribuições oferecidas por

Por último, temos o vídeo que está sendo exibido dentro do celular, que é segurado e comentado por alguém, e compartilhado e comentado no perfil de BolsoWoman no Twitter. No