• Nenhum resultado encontrado

Um país que odeia a sua cultura é um país que se odeia.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2022

Share "Um país que odeia a sua cultura é um país que se odeia."

Copied!
11
0
0

Texto

(1)

Sábado, 21 de Abril de 2018

Segmento: PUCRS

21/04/2018 | Pioneiro | Opinião | 5

O Leão está de olho

Frederico Cattani, Advogado criminalista, mestre em Ciências Criminais (PUC/RS), conselheiro do Tribunal de Ética da DAB da Bailia e especialista em crimes financeiros

O prazo para entrega das declarações do Imposto de Renda de 2018, referente ao ano base de 2017, termina no próximo dia 30 de abril. Neste período é comum ouvir reclamações sobre a prestação de contas ao Leão, principalmente quando existem valores a serem pagos. Neste momento, pode o contribuinte ficar tentado a omitir alguns dados ou alterar alguns fatos, seja para pagar menos imposto ou para obter uma restituição.

Por certo que existem, na sua grande maioria, aqueles que respeitam todas as regras e aqueles que submetem ao contador profissional as informações, para ser corretamente realizada a declaração anual Mas, ainda assim, se toma conhecimento de que algumas pessoas, por poderem fornecer documentos hábeis para abater valores do imposto de renda, vendem estas facilidades. E sempre que há alguém vendendo é porque hd alguém comprando.

Deve o contribuinte ficar atento, pois o Leão está de olho. Logo após a declaração ser transmitida, a Receita já começa a processar os dados enviados e cruzar as informações passadas por outras fontes, como de empresas, médicos, dentistas, escolas, bancos e cartórios para checar se as contas declaradas por uma parte e por outra se encontraram.

Por isso, a título de exemplo, mesmo que algumas pessoas, por erro ou má fé, adquirem recibos, principalmente de profissionais da saúde e informam isso na declaração, certo é que a Receita busca encontrar as disparidades com a realidade.

Cabe dizer que o profissional da saúde que adultera e vende recibos de serviços médicos para serem usados para deduções no IR, comete crime de falsidade ideológica, que será julgado pela justiça Federal, já que o ato faz com que a Receita Federal perca com deduções indevidas do Imposto de Renda. E, para o contribuinte que utiliza do recibo comprado de serviço médico, o crime é contra a ordem tributária, e também será julgado pela Justiça Federal.

Nem sempre o procedimento se desdobra para a drea penal As vezes os agentes não são descobertos, outras o valor é ínfimo e, quase sempre por ser resolvido ou pago administrativamente. Deve o contribuinte ficar atento para evolução da Receita Federal, e buscar agir com boa fé e dentro das regras, principalmente com o moderno cruzamento de dados e as altas multas que, via de regra, não compensa o risco.

21/04/2018 | Zero Hora | DOC | 2

Um país que odeia a sua cultura é um país que se odeia.

Junto ao artista visual Vik Muniz, será a primeira palestrante da edição 2018 do Fronteiras do Pensamento, em 14 de maio, no Salão de Atos da UFRGS

Conhecida por seus trabalhos como atriz de TV, teatro e cinema, Fernanda Torres tem se destacado na literatura. Seu segundo romance, A Glória e Seu Cortejo de Horrores, saiu em 2017, contando a história de um consagrado ator que se envolve em um turbilhão profissional e pessoal, ao mesmo tempo em que testemunha as mudanças socioeconômicas em um Brasil cada vez mais fora do prumo. Um tema correlato - os dilemas do artista em uma época na qual as vozes da representatividade reivindicam se fazer ouvir sem porta-vozes - deverá motivar sua conferência na abertura do Fronteiras do Pensamento em Porto Alegre, dia 14 de maio.

Ela falará ao lado de Vik Muniz, artista visual brasileiro consagrado no Exterior. Nesta entrevista, concedida por telefone, a atriz e escritora reflete sobre a posição do artista hoje, critica a massificação dos costumes e lamenta a baixa popularidade do humanismo na era da estatística - mas percebe uma nova onda vindo por aí.

(2)

Você pode adiantar o teor da sua conferência?

Vou partir de um trecho de um livro do Roberto Schwarz, crítico de quem sempre gostei, que diz que as casas brasileiras - quando fala da época do Machado de Assis - eram feitas de taipa, na sua maioria erguidas por mão de obra escrava. E, conforme a civilização brasileira foi se sofisticando, por cima das paredes de taipa entrou um reboco onde começaram a pintar paisagens europeias (no ensaio As Ideias Fora do Lugar, do livro Ao Vencedor as Batatas, Schwarz cita o manuscrito Arquitetura Residencial Brasileira no Século XIX, de Nestor Goulart Reis Filho). Acho que hoje a cultura enfrenta esse problema: o de ser esse papel de parede em uma hora em que os movimentos identitários e de raça ganharam voz pela internet e querem falar por si mesmos. Até uma época atrás, o artista, na sua maioria branco, de classe média, era um pouco o porta-voz do povo. Tem isso no Cinema Novo e em muito da literatura. Hoje em dia, pelas questões do lugar de fala, isso não é mais aceitável. Como essa cultura, que sou eu, que é da classe média branca, a dita elite, pode fugir do white people problems ("problemas dos brancos", em tradução literal) (risos)?

Gostaria de falar sobre essa encruzilhada.

Esse tema lembra a polêmica na qual o ator Luis Lobianco foi envolvido, em janeiro, ao ser criticado pela comunidade trans, que não se sentiu representada no espetáculo Gisberta.

As pessoas deveriam escolher melhor seus inimigos. Quando Chico Buarque lançou Caravanas (disco de 2017), uma mulher escreveu na rede social que ele não a representava mais. Daí Caravanas, que é um dos discos mais extraordinários que Chico já compôs, se reduziu ao problema de representar ou não a mulher atual. Sinto o mesmo com o Lobianco. Ele não é um inimigo das questões identitárias. Estamos vivendo uma época de radicalização, na qual você às vezes nem sabe bem por que ofendeu alguém.

Há muita irracionalidade no mundo em que estamos vivendo. E há a questão da representatividade da arte. Você é um artista justamente pelo prazer da alteridade, de se experimentar na pele do outro, e não para falar só de você. Uma das aventuras da arte é ser outro.

você fez isso em A Glória e Seu Cortejo de Horrores, cujo protagonista é um ator.

Em Fim (primeiro romance de Fernanda, de 2013) também: são todos homens. Iso veio naturalmente em mim pelo prazer de experimentar não ser eu. Há uma grande liberdade nisso. Por ser uma atriz conhecida e escrever em primeira pessoa nos jornais, na hora da literatura eu quis fugir da minha voz. Essa é a função da arte. Chico não poderia ter feito todas aquelas músicas sobre mulheres? Dionísio não poderia se vestir de mulher? Dionísio é o deus do teatro, veste-se de mulher e acaba com Tebas porque riram dele por isso.

Como os artistas estão procurando seu lugar em meio a esse debate?

De um lado, o artista sempre foi visto como o bastião da liberdade de expressão. Enquanto havia um inimigo em comum, que era a ditadura militar, o artista era um pouco a voz da liberdade do cidadão, mas hoje há ataques de todos os lados. Tanto dos conservadores, que acusam a arte de mamar nas tetas (do governo), de se valer de dinheiro público para existir, quanto dos movimentos identitários que veem na classe artística uma elite. Então, a arte está rebolando. Hoje em dia, é difícil encontrar um assunto para se expressar livremente e não ser atacado de todos os lados. A arte existe no cinza. Nem no preto, nem no branco. O lugar da arte é o da subjetividade. E estamos vivendo um período em que não existe mais metáfora. Tudo é real e engajado. Outro dia, eu disse no Programa do Faustão que vivia na Faixa de Gaza, no Rio. Aí alguém entrou no meu Facebook e postou: "Sua idiota, estúpida! Da próxima vez, leia sobre a história de Israel!". Usei a Faixa de Gaza como metáfora de lugar violento. Isso não existe mais. Estamos vivendo o fim da metáfora. Agora, as palavras só existem na sua concretude, no seu significado primeiro, do dicionário. Mas a arte é pura metáfora, pura subjetividade, ela é representação. Está muito difícil. Esse lado cinza, subjetivo da arte, se tornou sinônimo de frouxidão e falta de caráter.

Neste ano, lembramos os 50 anos de 1968, momento da contracultura. Como você descreve aquela época?

Foi uma época muito engajada, também. O Dias Gomes, que é um excelente autor, era considerado maior do que Nelson Rodrigues, porque Nelson era reacionário. Só que Nelson é muito maior do que Dias Gomes; é o maior dramaturgo que o Brasil já produziu: ele coloca a classe média do subúrbio do Rio dentro da tragédia grega. Nos anos 1960, tinha a contracultura, mas tinha essa patrulha ideológica - da esquerda e da direita. Quando comecei a me entender por gente, isso tinha acabado. Foi na época do Asdrúbal (o

(3)

grupo teatral carioca Asdrúbal Trouxe o Trombone), do retorno do Caetano (Veloso) e do (Gilberto) Gil do exílio, época em que o (Fernando) Gabeira voltou com a sunga e todo o discurso ecológico e de sexo. Então, vivi um período em que aquele engajamento tinha arrefecido. Vi agora esse engajamento retornar de uma maneira chocante para mim. Tive que me acostumar a isso.

Você acha que 2018 será lembrado como um ano de revoluções ou de recrudescimento do conservadorismo?

Acho que estamos vivendo um embate dessas duas coisas. Você lembra os anos 1960 como tempo da Guerra Fria, de movimentos conservadores que mataram Martin Luther King e (John Fitzgerald) Kennedy e, ao mesmo tempo, lembra de maio de 1968. Um é resposta ao outro. De agora vamos lembrar principalmente o início do que as revoluções tecnológicas fizeram de nós. Isso é o que marca esse início do milênio. Aliás, escrevi A Glória... muito por isso, como uma reflexão sobre o que era a arte antes e o que é hoje.

O dilema do protagonista Mario Cardoso, que se vê entre o comodismo de um contrato com uma grande rede de tV e o risco de fazer arte no teatro, é um dilema do artista hoje?

Quando ele entra na TV, não é só por comodismo. Os comunistas que sobraram das torturas foram contratados pela Globo: Dias Gomes, todo o Teatro de Arena, Paulo José. Estavam fazendo dentro da Globo obras importantes na época. A Grande Família, O Bem-Amado, Gabriela de Jorge Amado. Obras importantes. Então, quando o Mario vai para a TV, é porque ali a TV tinha tudo o que ele queria. Ele faz O Quinze, de Raquel de Queiroz. Depois é que se acomoda.

O romance também mostra as mudanças nas aspirações de Mario. o livro fala da perda das ilusões da juventude?

Não sei. Minha mãe tem essa frase, que está lá no livro: os primeiros 20 anos são fáceis, difícil é se reinventar aos 60. Quando Mario vai fazer Tchékhov, ele fala: "É aqui". É importante aos 20 anos você ter essa verdade revelada: "Eu sou um ator". Depois, você tem que se reinventar, e vai ficando cada vez mais difícil. Junto com essa eterna necessidade de se reinventar que a profissão de artista requer, existe uma decadência no país. A cidade dele (o Rio) decai, os meios de produção de tetro e de cinema decaem. Tanto que ele acaba num presídio justamente vendo que Shakespeare faz sentido ali. Não faz sentido no shopping. Ele vê que o grande traficante é mais Macbeth do que qualquer outro. E tem a questão do crescimento evangélico. Tudo em que ele trabalha está sendo ameaçado pela entrada da internet, e o único lugar incólume é o canal evangélico. É uma reflexão sobre o país.

A crítica a uma suposta decadência da arte é antiga. Como você vê esse debate?

Sempre estamos em decadência de alguma maneira, mas, sempre que a gente afirma que está em decadência, te garanto que tem alguém achando o caminho do ouro. Abraçar o discurso da decadência é quase um desejo de que ninguém mais se encontre. É nessa hora que alguém do teu lado vai se encontrar e dizer para que serve a arte. Alguém vai reinventá-la enquanto você está ali no discurso pessimista, dizendo que a arte acabou, porque talvez tenha acabado dentro de você. Então, tenho muito cuidado. Você não sabe de onde ela pode vir. A arte é uma coisa que emerge.

Por outro lado, vemos nascer novas vozes na literatura e na cultura.

Sempre. Fukuyama (o cientista político Francis Fukuyama) disse que é o fim da história, só que ela não para. Talvez seja o fim de um ciclo. O humanismo está em baixa. Vivemos um tempo em que as questões do indivíduo foram explodidas. Hoje, o que rege tudo é a estatística. O século 20 foi humanista, e o terceiro milênio se desenha tecnológico, científico. A psicanálise perdeu para a neurologia. Por outro lado, acho que virá outra onda, na qual isso tudo voltará. No caso da psicanálise, você pode dizer que ela não é ciência, que Freud talvez seja mais escritor do que cientista. Ele é mais do que isso, e pode ser que não haja comprovação científica, como se exige hoje, de muito do que ele tenha pensado. Por outro lado, a reinvenção que ele fez do confessionário, da necessidade de um ser humano falar com outro, não morre. Você pode entupir um sujeito de remédio, mas tem uma hora em que ele tem que falar com alguém.

Em que outros aspectos esse fenômeno se manifesta?

O mundo se americanizou. A globalização americanizou o mundo, tanto o que a gente come quanto o que consome. Todas as cidades viraram um Duty Free. O caráter especial de um lugar se perdeu. Todos os lugares são iguais. Todo mundo usa os mesmos remédios para as mesmas doenças. Todo mundo tem depressão. É uma espécie de massificação geral da cultura, da medicina, do

(4)

consumo. Acho que haverá uma onda de horror a isso tudo, de se reconhecer que é preciso outro ser humano para curar a depressão de alguém, de que é necessário ir ao teatro ver alguém em cima do palco. Isso já está ocorrendo. Pense no Facebook, a cultura de ódio que veio desse lugar não regulado e absolutamente predatório, no sentido de usar seus dados. Acho que já está começando a acontecer um revés. Acho que haverá uma crítica à falta de humanidade que há no mundo hoje. Com a arte, por exemplo. Nos anos 1970, 80, os filmes mainstream eram de Coppola, Cassavetes. Apocalypse Now era um filme mainstream. Hoje é só Thor, Homem-Aranha. Isso é geral. Só vai para grandes salas o blockbuster de quadrinhos. A cultura de massa agora não tem sutileza, sofisticação. É bruta. Tudo o que tem sofisticação é cult. Só funciona em nichos.

Há algum otimismo no seu discurso.

Não lido com otimismo, nem com pessimismo. São sempre as duas coisas juntas. Não há como ser otimista hoje em dia. Vivemos um período de fim de mundo, todos têm essa sensação de que o homem enlouqueceu. São ondas, acho que isso vai mudar. É como a questão do Facebook. Era um lugar não regulado, mas chegou a hora em que o próprio Zuckerberg (Mark Zuckerberg, CEO do Facebook) ficou assustado. Você vê na cara dele. Ele está assustado com aquilo para que pode servir o que ele inventou. Ele disse, na CNN, que acha que deve ter regulação. É uma surpresa, porque ele dizia que o Facebook praticamente não existia, que era só uma ferramenta de leva e traz (de notícias e posts), que não podia se posicionar como um jornal.

Como você analisa esse momento de ataques a artistas e à cultura no brasil?

É como se a arte fosse um objeto de luxo, uma coisa dispensável. Outro dia eu estava falando com mamãe (a atriz Fernanda Montenegro), que está escrevendo a biografia dela. Li um capítulo em que ela fala de Getúlio Vargas. Ele implantou uma ditadura terrível. Mas chamou Gustavo Capanema (para ser ministro da Educação e Saúde). E quem cuidou da orientação musical foi Villa-Lobos. Chamou Drummond (que foi chefe de gabinete de Capanema). Sinto que havia um desejo de construção de país. O tratamento dispensável que hoje é dado à arte tem muito a ver com o não reconhecimento que nós mesmos estamos tendo do próprio país. Um país que odeia a sua cultura é um país que se odeia. Quando você nega a sua cultura e a trata como algo menor e dispensável, isso é um espelho do sentimento que você tem pelo país. É algo mundial, mas no Brasil está ganhando contornos mais terríveis. Quem tem acesso aos meios de cultura é uma elite, mas que também faz parte do Brasil. Villa-Lobos faz parte do Brasil.

São poucos os Machados de Assis, é preciso que eles venham mais. Sobre a Lei Rouanet, é comum a discussão de que o Sudeste fica com toda a verba. Uma vez, o Jean Wyllys e eu debatemos o tema, e ele veio com esse discurso. Expliquei pessoalmente para ele que acho um desserviço esse racha dentro da classe. O Brasil tem talento de sobra para desenvolver uma indústria criativa. O problema é o mau uso da lei para fazer banquete em ato político. Se vamos dar todo o recurso para quem não tem nada, quando esse cara começar a ter, ele para de ter direito (à Lei Rouanet)? Quando um ator para de ser um ator que não tem nada para ser um ator famoso? Quem estabelece isso?

Você concorda com a tese de que a vilanização dos artistas tem como objetivo calar o potencial crítico da arte?

Em parte, sim. Há setores que sabem que essa classe tem poder de mobilização da opinião pública e que é interessante calá-la.

Quando você consegue colar o discurso de que os artistas são "mamadores", uma elite inútil, é claro que você cala essa voz.

Uma crônica sua sobre feminismo gerou polêmica em 2016. Como você observa a qualidade do debate nas redes sociais, essa nova arena pública?

Há debates e debates. As redes sociais são um avanço imenso, deram voz a milhões de pessoas que a gente nem sabia que tinham voz para falar. Por outro lado, acirraram os grupos que pensam da mesma maneira e concordam entre si e depois atacam os outros grupos. Acirraram essa radicalização do discurso. E o anonimato das redes muitas vezes faz aflorar o pior do ser humano. É o fato de ser um anônimo falando, de não haver justamente o embate pessoal do afeto. Agora, muitas coisas importantes vieram à tona por causa dessas vozes que puderam existir. Outro aspecto é que é difícil, hoje, entender o que é manipulado e o que é real na rede.

Muitas vezes, uma informação que começa manipulada ganha corpo. Uma notícia falsa que começa com um robô é acreditada por um ser humano.

Quais são os seus próximos projetos?

Estou gravando agora Sob Pressão (minissérie da Rede Globo). Há outras coisas rolando, mas não falo primeiramente por

(5)

superstição e, depois, porque não fui permitida a falar (risos).

Hoje, O Brasil está mais para comédia ou tragédia?

O Brasil é tragicômico. Sempre foi.

Fronteiras do Pensamento

O ciclo de conferências tem como conceito "o mundo em desacordo"

conferenciStas

14 de maio FERNANDA TORRES E VIK MUNIZ

De acordo com o curador Fernando Schüler, o primeiro encontro vai discutir o Brasil pelas visões de dois artistas de trajetórias múltiplas. Fernanda é atriz, colunista de jornal e escritora. Vik, um dos artistas brasileiros de maior visibilidade internacional, já fez aberturas de novelas e capas de discos.

18 de junho LEÏLA SLIMANI

Escritora marroquina radicada na França desde a adolescência, foi agraciada em 2016 com o maior prêmio literário de língua francesa, o Goncourt, por seu romance Canção de Ninar, recentemente publicado no Brasil pelo selo Tusquets.

2 de julho

CATHERINE MILLET

Crítica de arte, fundadora e editora da Art Press, influente revista de arte francesa. Provocou polêmica em 2001 com a publicação de seu livro de memórias eróticas A Vida Sexual de Catherine M. e foi uma das signatárias do recente manifesto em resposta ao movimento feminino #metoo.

6 de agosto

JOSÉ EDUARDO AGUALUSA

Romancista angolano, escreveu O Vendedor de Passados, Teoria Geral do Esquecimento e A Sociedade dos Sonhadores Involuntários.

3 de setembro

SIDDHARTHA MUKHERJEE

Oncologista e pesquisador indiano, é autor do best-seller O Imperador de Todos os Males, no qual realiza uma "biografia" do câncer.

8 de outubro AI WEIWEI

O artista chinês combina em seu trabalho novas tecnologias e mensagens políticas engajadas. É um crítico incisivo do governo chinês e militante pelos direitos humanos - um de seus trabalhos mais recentes é a escultura A Lei da Jornada, sobre a crise mundial dos refugiados.

(6)

22 de outubro

JAVIER CERCAS E ALEJANDRO ZAMBRA

O espanhol Cercas criou grandes romances sobre o passado de seu país, como Soldados de Salamina e Anatomia de um Instante. O chileno Zambra produz narrativas curtas que discutem os limites da forma literária, como o recente Múltipla Escolha.

19 de novembro

MARK LILLA E LUIZ FELIPE PONDÉ

O americano Lilla é autor de A Mente Imprudente e A Mente Naufragada, duas obras sobre as relações entre os intelectuais e a política. Filósofo, Pondé é uma das vozes mais provocadoras do pensamento conservador brasileiro.

SERVIÇO

Local: Salão de Atos da UFRGS, em Porto Alegre.

Classificação etária: 16 anos.

Ingressos: só serão comercializados pacotes para todo o ciclo, a R$ 1.780 (pode ser parcelado em cinco vezes no cartão de crédito).

Pacotes adquiridos até 22 de abril dão direito a um código especial que garante 50% de desconto na compra de outro pacote.

Desconto de 50% para participantes de edições anteriores, médicos cooperados Unimed Porto Alegre, professores da PUCRS e da UFRGS e colaboradores do Hospital Moinhos de Vento.

Titular do Clube do Assinante tem 30% de desconto.

Meia-entrada para: - Estudantes com carteira de identificação estudantil válida - Idosos com idade igual ou superior a 60 anos

- Pessoas com deficiência

- Aposentados e pensionistas do INSS que recebam até três salários mínimos

- Jovens inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) - Doadores regulares de sangue

Descontos não cumulativos.

À venda no site ticketsforfun.com.br, na livraria Bamboletras, no Instituto Ling e no StudioClio. Informações: fone 4020-2050 O Fronteiras do Pensamento Porto Alegre é apresentado por Braskem, com patrocínio Unimed Porto Alegre e Hospital Moinhos de Vento, parceria cultural PUCRS e empresas parceiras CMPC Celulose Riograndense e Souto Correa. A parceria institucional é da Unicred. Universidade parceira UFRGS e promoção Grupo RBS.

21/04/2018 | Zero Hora | Em dia | 23

Pobreza cresce no Brasil

(7)

Economista e professor da Escola de Negócios da PUCRS ely.mattos@pucrs.br

Um estudo da LCA Consultores, divulgado na semana passada, aponta que, em 2017, o número de pobres extremos no Brasil chegou a 14,8 milhões, 7,2% da população. Isso significa um crescimento de mais de 11% frente ao número de 2016. O país criou um milhão e meio de novos pobres extremos. Um número realmente muito triste, assustador. Mas pouquíssimo se falou sobre isso. E acredito que a falta de atenção ao tema se deve a nossa insensibilidade a ele.

Considere uma família composta de dois adultos e duas crianças. Para as pessoas desta família serem consideradas extremamente pobres, critérios internacionais sugerem que o total de renda mensal da casa deve ser menor do que R$ 544 - ou seja, R$ 136 por pessoa. É praticamente meio salário mínimo para sustentar quatro pessoas, sendo duas crianças. Não é possível, você diria! Bem, foi possível para quase 15 milhões de pessoas em 2017.

Vamos supor que essa família esteja instalada em algum lugar que não tenha custo, como uma área irregular, ou morando de favor, ou na rua. Uma das crianças tem apenas um ano de idade e precisa de leite. Se mais ninguém beber leite na família, seria algo como 15 litros por mês, somando R$ 30. Uma cesta de alimentos básicos (feijão, arroz, massa, óleo, sal etc) custa em torno de R$ 80.

Vamos adicionar alguma carne vermelha ou frango, que no mês totaliza outros R$ 80, e alguns legumes e verduras por mais R$ 40.

Para os preparos, precisa de um botijão de gás, de R$ 70. Até aqui, gastou-se R$ 300.

Note que a família sequer tomou banho ainda, e já gastou mais da metade do seu orçamento. Vamos lançar, então, R$ 50 de itens de higiene e limpeza no mês. As crianças também precisam de algum medicamento, que gera um custo médio mensal de R$ 50. Agora, restam R$ 44. Tudo que você não leu nesta lista, até aqui, precisa caber neste valor: do transporte ao vestuário, passando pelo mais simples pirulito que seu filho pedir.

E se essa família ganhasse o triplo? Melhoraria bastante, mas ainda seria complicado, certo? Pois cerca de 1/4 da população brasileira está nesta situação. Essa narrativa é dramática e sensacionalista, sim. É que não consigo imaginar nada mais dramático do que ver este padrão voltando a crescer.

Ely José de Mattos escreve aos finais de semana, a cada 15 dias. Na edição de segunda-feira, Michel Gralha.

21/04/2018 | Zero Hora | Artigo | 31

Privacidade na internet

Os usuários de redes sociais e aplicativos têm realmente noção dos riscos que enfrentam? Especialista no tema, o chefe de Polícia do Rio Grande do Sul, Emerson Wendt, entende que há, no máximo, privacidade relativa. "Do que gostamos, aonde fomos e com quem estamos torna-se o capital, o ativo comercializável das mídias sociais", alerta. O jornalista e professor da PUCRS André Fagundes Pase entende que o usuário também tem parcela de responsabilidade, principalmente quando aceita condições de serviços sem olhar o contrato. E adverte: "Discutimos nas timelines, mas não prestamos a devida atenção à forma como a vida digital funciona".

NÃO HÁ ALMOÇO GRÁTIS NAS REDES SOCIAIS

Se eu perguntasse agora, pessoalmente, onde você jantou ontem, cone quem você estava e para onde você foi depois.. você contaria?

Ou melhor, vocês contaria a um estranho ou a um conhecido? Provavelmente a sus resposta seria um sonoro "não". É por que isso?

É simples: você e eu - todos nós - gostamos de preservar a nossa privacidade e não abrir mão dela senão às pessoas muito próximas a um círculo restrito de amizades e familiares "e olhe lá!".

No entanto, eu, você e mais de 2 bilhões de pessoas estamos conectados ao Facebook. Eu, você e mais 1,5 bilhão de pessoas estamos conectados ao WhatsApp. Muitos de nós sequer leem os "Termos de uso" e a "Política de privacidade", tampouco analisam e adequam as configurações de privacidade das redes sociais que diuturnamente acessamos. Assim como podemos vasculhar informações alheias, espontaneamente expostas nessas mídias, assim também é possível que outros o façam em relação a nós.

(8)

Resta, pois, uma pergunta: existe privacidade no contexto atual? Posso dizer que não! No máximo, essa privacidade é relativa, pois as configurações nos permitem restringir os dados a outros usuá- rios, porém elas ficam disponíveis para o "dono" da rede social, que, por disponibilizá-la de forma "gratuita" (sim, entre aspas), forma seu banco de dados de usuários e os analisa de maneira a transformá-los em dinheiro. Do que gostamos, aonde fomos e com quem estamos torna-se o capital, o ativo comercializável das mídias sociais. Não há gratuidade na rede, ou melhor, não "há almoço grátis"!

Estamos aprendendo a lidar com essa perda de privacidade e com os riscos no ambiente digital, mas apenas em situações envolvendo a exposição de dados de usuários de mídias sociais - o mais recente, do Facebook, com mais de 440 mil dados de brasileiros sendo usados para fins escusos -, é que passamos (ao menos deveríamos) a tomar cuidados antes impensados. Entre os aspectos em que precisamos atentar, naturalmente avaliamos o risco e a teoria da compensação correspondente, ou seja, "o quanto vale a pena correr este ou aquele risco? Conectar-se a esta ou aquela rede? Os benefícios serão maiores que eventuais riscos futuros?". Afinal, somos humanos e estamos acostumados a correr riscos!

Então, se estamos dispostos a correr riscos na web e diminuir a exposição, ou melhor, a manter o mínimo de nossa privacidade, seja sobre o que é segredo ou sobre o que é reservado (a poucos), podemos reduzir as possibilidades de invasão e de captura de informações privilegiadas, começando pelos processos de dupla verificação ou autenticação, com senhas de oito dígitos, alfanuméricos e com caracteres especiais, uma senha para cada aplicativo etc. etc. etc. As configurações de privacidade, com reserva aos amigos ou somente a determinadas pessoas, aliadas aos cuidados quanto ao check-in e restrição de informações familiares, são passos importantes e fundamentais. No entanto, privacidade plena na era digital, somente se não estivermos conectados nas redes sociais! Privacidade plena, somente se não

estivermos conectados nas redes sociais.

ACEITAMOS OS TERMOS SEM OBSERVAR O CONTRATO

O uso escuso de dados pessoais presentes no Facebook configura a última versão da formação da privacidade contemporânea. Anos, atrás, o programa de vigilância Prism foi revelado para o público, mas o debate sobre esta questão proposto por Edward Snowden arrefeceu para o grande público. Assim, na era de compartilhar experiências em busca da atenção do outro, a sociedade paga um preço alto por nãos refletir corretamente sobre os atuais fluxos de conversação e as propriedades dos canais utilizados.

O estranhamento provocado por sistemas integrados que exibem produtos e links conforme rastros digitais foi acentuado. O alerta sobre o uso de cookies realizado no início da internet comercial não foi considerado e os eficientes sistemas personalizados nos smartphones acentuaram isso. Trocamos dados pes- soais por serviços sem entender o devido valor da compra.

Softwares são elementos sociais e políticos, e, ao refutar a sua compreensão em nome da dificuldade de compreender termos, transferimos para terceiros a responsabilidade da construção da sociedade contemporânea. Aceitamos termos de serviço de apps sem lermos o contrato, sem questionarmos interesses e processos. Neste cenário de um crime perfeito, sem que todos os culpados sejam arrolados no processo, Mark Zuckerberg tornou-se um "vilão" conveniente que expurga a nossa culpa pela falta de uma educação e de um uso ético das ferramentas - mais uma das nossas hipocrisias digitais.

Também são réus a imprensa e o comércio, que colocaram seus bens principais em espaços gerenciados por terceiros em busca de atenção e sobrevivência dos seus negócios, sem propor e, principalmente, manter redes próprias. O balanço positivo de hoje esconde problemas maiores amanhã. A academia falhou ao não ser mais incisiva na proposição de tecnologias, pois precisa empregar seu tempo e conhecimento para encontrar estratégias de sobrevivência da sua pesquisa. Juristas necessitam aprender de fato as dinâmicas online, pois crimes e delitos passaram por upgrades e um bug em uma sentença que não compreendeu a técnica pode ser um erro fatal. Além disso, políticos são coniventes com tais práticas e acabam por usar as redes para a rasa exposição em busca do voto. O Marco Civil da Internet é constantemente ameaçado com debates tortos que escondem interesses escusos.

A falta de uma correta educação para as mídias cobra um preço alto. Discutimos nas timelines, mas não prestamos a devida atenção na forma como a vida digital funciona. É preciso cuidado para que o upgrade deste debate não corrompa ainda mais o desempenho do sistema. A demanda por uma regulação de rede não pode ser disfarce para uma nova forma de censura. Devemos utilizar serviços com algoritmos e rotinas transparentes, também remunerando criadores por produtos pagos que operam de forma justa. Infelizmente, a responsabilidade sobre o uso da internet foi transformada em formulários de reclamação sem respostas humanas - e concordamos

(9)

com isso. A falta de educação para as mídias cobra um preço alto

21/04/2018 | Zero Hora | Obituário | 38

Sômis Luiz Mânica

O comerciante Sômis Luiz Mânica morreu na terça-feira, aos 82 anos, no Hospital São Lucas da PUCRS, em Porto Alegre.

Nascido em 4 setembro de 1935, em Santa Maria, Chumbo, como era conhecido carinhosamente pelos familiares e amigos, era casado com Marlene Schneider Mânica havia 50 anos. Com ela, teve o filho, Luciano Sômis.

O irmão João Batista Mânica explica o porquê do apelido:

- Quando ele era pequeno, meus pais falavam que era muito pesado, parecia um "chumbinho"; apesar dele nunca ter sido gordinho - disse Mânica.

Segundo a família, o comerciante era alegre, simpático, querido e sempre bem humorado. Onde ele estava, a felicidade se fazia presente.

Entre 1960 a 1980, Chumbo foi campeão brasileiro de motociclismo e de motonáutica (prova de barcos a motor). Junto com o amigo Lalo Corbetta foi campeão mundial da modalidade na prova de seis horas. A competição foi realizada em Paris, na França, em pleno Rio Sena. O comerciante também participava de corridas de kart no autódromo de Tarumã.

Em 1960, ele e os amigos fundaram o Vespa Clube, uma organização que homenageava a moto italiana. Segundo João, o irmão

"modifica a motocicleta por inteira e a fazia voar baixo".

Além da mulher e do filho, ele deixa os irmãos Mickey, Semíramis, Terezinha, Julio Augusto e João. A missa de sétimo dia será realizada segunda- feira, às 18h, na Igreja São Pedro, em Porto Alegre.

Segmento: Outras Universidades 21/04/2018 | Jornal VS | Olho vivo | 2

Moda

Unisinos promove atividades gratuitas na Semana Fashion Revolution no Compus Porto Alegre. Será ente os dias 24 e 27 de abril.

SUSTENTÁVEL

A Fashion Revolution ação é mundial e busca ajudar a transformar a forma como a moda é pensada e produzida, tendo como propósito promover uma moda mais sustentável, com trabalho justo e sem prejudicar o ambiente.

21/04/2018 | Jornal VS | Comunidade | 18

PEI completa 30 anos de valorização

São Leopoldo - Uma ideia. Assim começam as ações. E algumas se multiplicam, se fortalecem e transformam vidas. Ontem a equipe do Programa Esporte Integral (PEI), da Unisinos, iniciou as comemorações pelos seus 30 anos. Uma existência pautada pela valorização da vida, pela convivência, pelo encontro. As atividades foram abertas com a exposição PEI 30 anos - Um lugar de encontros, na Galeria Cultural (Claraboia) da Biblioteca, no câmpus São Leopoldo, com materiais esportivos, prerniações,

(10)

reportagens, fotos e uniformes que contam um pouco a história do programa.

"Nesses 30 anos foi preciso nos reinventarmos por necessidades metodológicas e até mesmo financeiras. A cada fase sempre conseguimos nos fortalecer", ressalta o coordenador executivo do PEI, Augusto Dias Dotto. Por uma ideia do professor Lauro Inácio Ely, ex-coordenador e fundador do PEI. E para marcar esse momento, a série de atividades será realizada durante todo ano com participação das crianças e adolescentes que fazem parte do programa. Nessas três décadas, a iniciativa mobilizou as atenções de 11.649 jovens e contou com a dedicação de 579 acadêmicos, que conquistaram uma formação diferenciada, além de orientações de mais de 150 professores e técnicos. Neste ano, o programa atende 300 crianças e adolescentes entre 7 e 17 anos que participam de atividades esportivas, recreativas e culturais.

CONVIVÊNCIA

"As ações do PEI têm como compromisso trabalhar a convivência. A convivência é um ensinamento, uma maneira de trabalhar a pacificação. Vivemos uma pandemia de violência. Pacificar por meio do conviver e dando sentido para as pessoas. São 30 anos ensinando convivência", destacou o reitor da Unisinos, padre Marcelo Fernandes de Aquino, na cerimônia.

DESDE 1988

Criado em 1988, o PEI oferece atividades no Complexo de Esporte e Lazer da Unisinos, na Associação Atlética do Banco do Brasil (AABB) e Associação de Moradores do Bairro Feitoria Seller. Os alunos praticam hóquei sobre grama, futebol, futebol callejero (futebol de rua), atletismo e dança. O programa também conta como grupo de percussão, o Baturidança. Há ainda o festival do programa e a colônia de férias. Presenças em solenidade Entre as autoridades, conforme protocolo da universidade, estavam também a coordenadora de assistência social da Associação Antônio Vieira (ASAV), Leila Pizzato; a presidente da Associação Atlética Banco do Brasil de São Leopoldo, Márcia Farias; o gerente da agência do Banco do Brasil (Independência), Luiz Henrique Hauser; e o representante do Centro de Cidadania e Ação Social da Unisinos, Nestor Pilz.

Também participaram da solenidade o assistente de desporto educacional da Coordenadoria Regional de Educação (2ª CRE) de São Leopoldo, Francisco Menezes; o coordenador do curso de Educação Física (Licenciatura), Ednaldo da Silva Pereira Filho; e os coordenadoras do Curso de Educação Física (Bacharelado), professoras Cláudio Augusto Silva Guterrez e Jorge Luiz Teixeira da Silva. Presença também da representante da coordenação do curso de Serviço Social, Marilene Maia; e do representante da Federação de Hóquei sobre grama do Rio Grande do Sul, Daniel Finco. Coordenador foi estagiário em 2004

"Tenho um orgulho muito grande em ter me formado na Unisinos, ter estagiado no PEI, depois voltar ao projeto como professor e agora fazer parte de coordenação. E uma satisfação imensa conseguir dar continuidade ao programa. E não existe no Brasil ação que trabalhe esporte e cultura há 30 anos com crianças e adolescente em vulnerabilidade social", enfatiza Augusto Dias Dotto, lembrando que o sentimento é forte, pois em diversas oportunidades foi necessário se reinventar para oferecer um espaço diferenciado de convivência para as crianças e adolescentes de São Leopoldo. Dotto foi estagiário do programa em 2004. Voltou a atuar pelo PEI em 2009 e em 2010 assumiu como coordenador. O PEI é um ação educativa alinhada à Política Nacional da Assistência Social e está vinculado ao Centro de Cidadania e Ação Social Unisinos. VALORES Margit Kolling, uma das colaboradoras do PEI, também destaca a longa e positiva história do programa que tem entre seus valores a pesquisa de novas formas de educar e de intervir na comunidade. O projeto tem como característica fundamental o serviço de convivência e fortalecimento de vínculos com ênfase na cultura do movimento humano.

O PROGRAMA

O PEI atende crianças e adolescentes de 7 017 anos, moradores de São Leopoldo. O programa busca prevenir situações de risco e vulnerabilidade investindo no fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, incentivando potencialidades. Também, cria laços que visam a um melhor relacionamento com os familiares e a comunidade.

21/04/2018 | Zero Hora | MicroAgenda | 23

Curso

(11)

A Unisinos realiza, na próxima terça-feira, em Porto Alegre, o curso de extensão Grandes Ideias SXSW. O evento abordará relatos de um dos maiores eventos da indústria criativa no mundo, o South by Southwest, que ocorre todo mês de março em Austin, no Texas. Mais informações: bit.ly/2HON8DZ

Referências

Documentos relacionados

O enfermeiro, como integrante da equipe multidisciplinar em saúde, possui respaldo ético legal e técnico cientifico para atuar junto ao paciente portador de feridas, da avaliação

A Faculdade de Medicina de Marília, torna pública a abertura de inscrições para seleção de candidatos ao Programa de Aprimoramento Profissional da Secretaria de

*-XXXX-(sobrenome) *-XXXX-MARTINEZ Sobrenome feito por qualquer sucursal a que se tenha acesso.. Uma reserva cancelada ainda possuirá os dados do cliente, porém, não terá

O Museu Digital dos Ex-votos, projeto acadêmico que objetiva apresentar os ex- votos do Brasil, não terá, evidentemente, a mesma dinâmica da sala de milagres, mas em

nhece a pretensão de Aristóteles de que haja uma ligação direta entre o dictum de omni et nullo e a validade dos silogismos perfeitos, mas a julga improcedente. Um dos

Equipamentos de emergência imediatamente acessíveis, com instruções de utilização. Assegurar-se que os lava- olhos e os chuveiros de segurança estejam próximos ao local de

Tratando-se de uma revisão de literatura, o presente trabalho utilizou-se das principais publicações sobre as modificações de parâmetros técnicos observados em corredores,

Completado este horário (09h do dia 24 de fevereiro), a organização encerra os revezamentos e fecha a área de troca, não sendo mais permitida a entrada de nenhum atleta