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Universidade Federal da Integração Latino-Americana. Foz do Iguaçu, 27 e 28 de Setembro de 2018

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Universidade Federal da Integração Latino-Americana Foz do Iguaçu, 27 e 28 de Setembro de 2018

A ATIVIDADE DE PESQUISA E SUA INTERLIGAÇÃO COM EXTENSÃO E ENSINO À LUZ DAS DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA RI

(Versão em desenvolvimento – por favor, não cite esta versão)

Augusto Veloso Leão (PUC-Minas) Contato: augustovl@usp.br

Área temática: Ensino, Pesquisa e Extensão

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Este artigo pretende discutir as atividades de Pesquisa e suas conexões com as atividades de Extensão e Ensino. Ele parte da experiência do autor no desenvolvimento da pesquisa

"Reconhecimento legal e estima social nas políticas de integração de imigrantes [...]" para argumentar sobre os benefícios da sinergia entre os três apoios do tripé da educação superior para a construção de hipóteses e sua posterior validação, assim como, sobre os efeitos na possibilidade de efetivação dos direitos humanos dos imigrantes e a repercussão para a formulação de políticas públicas. Em outro espectro, o artigo também discute as contribuições de uma atuação integrada para a consecução dos objetivos de formação do profissional em Relações Internacionais, como prevista pelas Diretrizes Curriculares Nacionais definidas pelo Conselho Superior de Educação em outubro de 2017.

Palavras-chave:

Direitos humanos; Políticas públicas

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Introdução

Com a definição das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para o curso de Graduação em Relações Internacionais pelo Conselho Nacional de Educação, em outubro de 2017, o campo de Relações Internacionais (RI) passa a contar com uma ferramenta importante para o aprofundamento das discussões sobre seus objetos, metodologias e atividades. As DCN determinam, por exemplo, que a formação em RI focalize na execução de atividades com interface internacional em diversos setores públicos e privados, como os governos, as universidades, as empresas, as organizações internacionais, as organizações não-governamentais, entre outras.

Mais concretamente, o “eixo de formação estruturante” dos cursos de RI deve estar relacionado com os conteúdos de: Teorias das Relações Internacionais; Segurança, Estudos Estratégicos e Defesa; Política Externa; História das Relações Internacionais; Economia Política Internacional; Ciência Política; Direito Internacional e Direitos Humanos; Instituições, Regimes e Organizações Internacionais (DCN, Art. 5o). Além disso, os cursos de RI devem incluir um “eixo de formação interdisciplinar” com conteúdos das Ciências Sociais;

Economia; Direito; Filosofia; Sociologia; Antropologia; Geografia; Estatística, Metodologia;

Ética; e diretrizes e requisitos legais (DCN, Art. 5o). Dois outros eixos também compõem a formação em RI, quais sejam, o “eixo de formação voltado à atividade profissional”, composto por estudos e atividades práticas transversais e interdisciplinares, como as atividades laboratoriais ou as simulações, e o “eixo de formação complementar”, formado pelos conteúdos de caráter transversal e interdisciplinar para o reconhecimento e teste de habilidades, conhecimentos e competências, como seminários, estágios e participação em grupos de pesquisa, entre outros (DCN, Art. 5o). Por fim, as DCN também definem que a formação deve incluir o desenvolvimento de habilidades interpessoais, como a consciência social, a responsabilidade social e a empatia (DCN, art. 4o).

Por outro lado, há críticas às DCN de RI porque sua formulação seria genérica demais, definindo temas, mas não explicitando qual o conteúdo deve ser ofertado dentro de cada tema, e tampouco oferecendo uma sugestão de carga horária para as disciplinas (Pecequilo, 2017, p. 8 - 10).1 Para Cristina Pecequilo, essa generalidade das DCN podem 1 A definição de conteúdos específicos ou a sugestão de carga horária dentro das DCN tal como sugere Pecequilo seria, na realidade, uma exceção dentro das DCN disponíveis na página do Ministério da Educação (MEC), que seguem um padrão parecido à DCN de RI (<http://portal.mec.gov.br/component/content/article?id=12991>). Por outro lado, as DCN de RI são ligeiramente menos específicas e abrangem mais conteúdo no “eixo de formação interdisciplinar” que as DCN de outros cursos. Alguns exemplos de DCN com conteúdos muito específicos são as dos cursos de Comunicação Social, Computação, Pedagogia (que conta, inclusive, com uma sugestão geral de carga horária), Psicologia e Zootecnia.

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causar a concentração de ensino em determinada área em uma instituição, como Direito ou Administração, em detrimento da especificidade do curso de RI (Pecequilo, 2017, p. 9 - 10).

Para a autora, as DCN deveriam ter explicitado melhor o que os cursos de RI deveriam oferecer, e sugere que o conteúdo definido na Portaria no 2422 do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) para avaliação através do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE) dos cursos de RI seria uma opção mais adequada para compor as diretrizes do curso por ser mais específica.

Um dos desafios pendentes para o campo de RI, que persiste mesmo com a definição das DCN, é o estreitamento do que Pecequilo identificou como o “fazer relações internacionais”, caracterizado pelas práticas conhecidas entre os estados e outros atores internacionais, e o “estudar relações internacionais”, que estabelece um corpo de conceitos, teorias e debates visando compreender o “fazer” (Pecequilo, 2017, p.3). Este artigo procura avançar sobre esta perspectiva e sugerir que o “estudar” pode, em certas ocasiões, alterar profundamente o “fazer” ao oferecer novas perspectivas sobre as relações entre atores internacionais e caminhos para transformar essas relações. Neste trabalho, argumentamos que uma das estratégias para que o “estudar” altere o “fazer” é justamente a associação de elementos de Ensino, Pesquisa e Extensão na formação universitária em RI.

Na próxima seção, este artigo faz uma pequena revisão sobre os benefícios apontados para a sinergia entre os três apoios do tripé da educação superior – Ensino, Pesquisa e Extensão – e debate suas vantagens para a construção de hipóteses de pesquisa e sua posterior validação partindo da experiência do autor no desenvolvimento das pesquisas de mestrado e doutorado. Na seção seguinte, discute-se os efeitos dessa sinergia na possibilidade de efetivação dos direitos humanos dos imigrantes, especialmente através de sua repercussão para a formulação de políticas públicas. Na seção final, o artigo discute as contribuições de uma atuação integrada para a consecução dos objetivos de formação do profissional em RI, como prevista pelas DCN.

Benefícios da sinergia entre Ensino, Pesquisa e Extensão

Desde o primeiro Encontro Nacional de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras, em 1987, já se discutia a visão da Extensão como uma forma de articulação entre Ensino e Pesquisa (Forproex, 2012, p.8). Em 2012, o Plano Nacional de 2 A Portaria no 242 do INEP, publicada em junho de 2015, descrevia os conteúdos específicos em 7 temas diferentes a serem avaliados pelo ENADE. Ela foi substituída pela portaria no 448, de maio de 2018, que utiliza os mesmos conteúdos das DCN de RI, sem a descrição específica presente na portaria anterior.

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Extensão Universitária (PNEU), redigido pelo Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras (Forproex), apresentou uma discussão do contexto atual da Extensão Universitária nas universidades públicas do Brasil, esclareceu o conceito de Extensão e ainda estabeleceu algumas ações para o seu fortalecimento (Forproex, 2012).

Para o Forproex, a Extensão Universitária “sob o princípio constitucional da indissociabilidade entre Ensino, Pesquisa e Extensão, é um processo interdisciplinar, educativo, cultural, científico e político que promove a interação transformadora entre Universidade e outros setores da sociedade” (Forproex, 2012, p.15). O conceito de 2012 reafirma a indissociabilidade entre os três apoios do tripé universitário, mas esclarece também algumas atividades específicas da Extensão. Entre outros exemplos de atividades específicas, o Forproex recomenda a articulação da Extensão Universitária com as políticas públicas, em sua formulação, implementação e/ou avaliação, assim como recomenda a articulação com os movimentos sociais, como forma de amplificar o enfrentamento à exclusão e vulnerabilidade sociais (Forproex, 2012, p. 26 – 27). Como uma das formas de efetivar a indissociabilidade de Ensino, Pesquisa e Extensão, o Forproex recomenda o foco no eixo pedagógico “estudante-professor-comunidade”, reconhecendo e incentivando os espaços de aprendizagem dentro e fora da sala de aula e da universidade (Forproex, 2012, p.18) e, dessa maneira, ampliando a formação do estudante para além da formação técnica e incluindo uma formação cidadã.

Como forma de montar um panorama geral (ainda que com um escopo extremamente reduzido) das discussões sobre o relacionamento da Extensão Universitária em RI com a Pesquisa e o Ensino, investiguei os artigos debatidos nas reuniões científicas da Associação Brasileira de Relações Internacionais (ABRI), nas reuniões da Associação Brasileira de Ciência Política (ABCP), assim como, os artigos publicados em periódicos especializados no tema da Extensão Universitária da Área de Avaliação de Ciência Política e Relações Internacionais (CP e RI) classificados no sistema Qualis Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Não pretendo afirmar que este panorama reflete a totalidade das discussões sobre o tripé universitário em RI, mas, sim, um recorte em três espaços que podem ser considerados especializados no assunto.

Os Anais da Área Temática “Ensino, Pesquisa e Extensão” dos encontros e seminários da ABRI3, por exemplo, contém, em seus 3 anos de funcionamento, 14 3 Esta área foi inaugurada no V Encontro Nacional da ABRI, em 2015, sob o nome “Ensino e Pesquisa em

Relações Internacionais (de acordo com os anais do encontro:

<http://www.encontronacional2015.abri.org.br/conteudo/view?ID_CONTEUDO=1041>). O mesmo nome

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contribuições em 2015, 26, em 2016, e 39, em 2017, e muitas delas abordavam as contribuições de diversas pesquisas para o Ensino, ou mesmo, apresentavam pesquisas que discutiam as vantagens (e desafios) de determinados métodos de ensino e oferecendo caminhos para sua aplicação em sala de aula. Dessas 79 contribuições à Área Temática, encontrei ainda nos Anais eletrônicos dos encontros e seminários da ABRI, 10 artigos que mencionavam a Extensão em seu título ou em seu resumo.

A ABCP incluiu a Área Temática de “Ensino e Pesquisa em Ciência Política e Relações Internacionais” em seu VII Encontro, em 2010. Os Anais eletrônicos dessa Área Temática contém 24 artigos no VIII Encontro (2012) e IX Encontro (2014) e 29 artigos no X Encontro (2016)4. Essa área temática não inclui a Extensão Universitária em sua descrição na página da ABCP e as discussões sobre esse apoio do tripé universitário não está presente em muitos textos apresentados nos encontros da ABCP.5

Ainda como forma de compreender como a área de avaliação de CP e RI discute o relacionamento da Extensão Universitária com Ensino e Pesquisa, realizei uma pesquisa na base de dados Qualis Periódicos da CAPES, que, além de compor uma base de dados de revistas acadêmicas, também avalia e classifica os periódicos de acordo com a sua importância relativa para a área, utilizando critérios definidos por cada área de avaliação. Na listagem do quadriênio 2013-2016 para a área de CP e RI, constam 10 periódicos6 (de um total de 1484) que têm o termo “Extensão” em seu título.7 Esses periódicos seriam, portanto, as revistas especializadas no tema da Extensão que são consideradas relevantes para as discussões da área de CP e RI.

foi utilizado no VI Encontro Nacional da ABRI, em 2017. Para este 4o Seminário de Relações Internacionais da ABRI, a Área Temática recebeu o nome de “Ensino, Pesquisa e Extensão”. Desde 2015, porém, trabalhos que discutem a Extensão estão presentes nas discussões da Área Temática.

4 Os Anais do VII Encontro da ABCP, realizado em 2010, não estão disponíveis pela página da associação.

Entrei em contato com os coordenadores da área em 2010, mas não consegui o acesso aos textos apresentados em tempo para inclusão neste artigo.

5 Uma busca pelo termo “Extensão” na página da ABCP (que inclui os Anais Eletrônicos dos VII, IX e X Encontros) permite encontrar 5 trabalhos que mencionam o termo no sentido de “Extensão Universitária” em seu título, resumo, ou texto completo. Quatro destes trabalhos discutem dados que foram produzidos no âmbito de projetos de Extensão Universitária e um deles faz uma breve menção ao papel das atividades de Extensão no currículo de um curso de Bacharelado. Na programação do XI Encontro, que ocorreu em julho de 2018, um trabalho menciona “Extensão” em seu título. Os resumos e os textos completos ainda não estavam disponíveis no momento de finalização deste artigo.

6 A “Revista de Cultura e Extensão” da Universidade de São Paulo (USP) aparece nos resultados de pesquisa sob dois ISSN: 2316-9060 e 2175-6805. A página da “Revista de Extensão da Universidade Estadual do Norte Fluminense” estava fora do ar durante o período de produção deste artigo.

7 A distribuição de periódicos de Extensão nas diversas faixas de classificação é como se segue. Periódicos A1, 0 (de 103), A2, 0 (de 126), B1, 0 (de 122), B2, 0 (de 148), B3, 0 (de 198), B4, 2 (de 236), B5, 6 (de 372) e C, 2 (de 179). Como exemplo, o termo “Ensino” resulta em 3 periódicos classificados na área de CP e RI e o termo “Pesquisa” resulta em 16 periódicos.

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Nos textos analisados das Áreas Temáticas das duas associações e nos periódicos, é possível perceber uma leve predominância da discussão de benefícios obtidos a partir da aliança entre Ensino e Extensão. Dentre esses benefícios descritos, estão a ampliação de conhecimentos pelo alunos de graduação envolvidos por meio do compartilhamento de saberes com a comunidade local (Menezes; Minillo, 2017; Almeida; Pinheiro; Silva, 2017), muito comumente também associada ao desenvolvimento de capacidades de análise crítica, de associação entre temas e articulação de teoria e prática (Souza; Rodrigues; Pinto, 2016;

Dalmáz; Sindelar; Schmitz, 2016). Destaca-se ainda, o benefício da Extensão para a formação de uma nova consciência social e para o processo de transformação da sociedade em alunos de Graduação (Dalmáz; Sindelar; Schmitz, 2016).

Explorando o relacionamento com outras entidades e organizações, Prado (2013) descreve como o relacionamento com o poder público de um projeto de Extensão foi capaz de aliar o aspecto da formação de quadros profissionais entre os alunos de Graduação com a capacitação de servidores públicos sobre o tema da paradiplomacia. Diego Coelho e Raphael Videira ainda discutem que as empresas juniores, pensadas desde a Lei no 13.267, de 2016, como uma forma de Extensão Universitária, são adequadas para a aplicação dos conhecimentos adquiridos durante a Graduação na resolução de problemas tanto pelo trabalho na área de formação, quanto pela capacidade de empreendedorismo, que inclui o processo de organização e gestão de uma empresa (Coelho, Videira, 2017, p. 6 - 8).

Podemos ressaltar também a importância de atividades de Extensão a partir de sua ligação com as atividades de iniciação à docência (Mota e Amor, 2017). Luiz Mota e Ana Amor descrevem que a atividade de monitoria, aliada à participação em um grupo de pesquisas e projeto de Extensão concomitante propiciou que os conhecimentos obtidos durante a imersão em uma comunidade local fossem incorporadas às práticas de ensino no programa de monitoria com benefícios para diversidade de formas de ensino e para o aprofundamento da dimensão prática do conhecimento (Mota e Amor, 2017, p.30).

Martha Marandino explicita as vantagens da sinergia entre os três apoios do tripé universitário para a divulgação científica e ao processo de socialização do conhecimento, que muitas vezes deve envolver um processo de adaptação e simplificação do saber científico para sua compreensão por públicos diversos (Marandino, 2013, p.97).

Experiências semelhantes são descritas por Mário Almeida, Bruna Pinheiro e Gabriella Silva com relação à produção de um programa radiofônico ligado a um curso de Graduação em RI que, por ser um fórum de discussão e adicionalmente permitir a participação de ouvintes,

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“favorece a renovação das abordagens apresentadas em sala de aula” (Almeida, Pinheiro, Silva, 2017, p. 16).

Em sua revisão de literatura sobre a utilização do aprendizado ativo em sala de aula, Cristina Inoue e Marcelo Valença sugerem que o maior envolvimento dos alunos aumenta sua capacidade de compreensão dos temas, facilita a correlação entre conhecimento abstrato e aplicação no mundo real, e amplia a capacidade de retenção do conetúdo, à medida em que são combinadas diferentes estratégias de ensino (Inoue, Valença, 2017, p.

4-5). Uma vez que o aprendizado ativo estimula a utilização de simulações e a discussão de mídias visuais e literatura não-acadêmica, benefícios semelhantes podem ser atribuídos às experiências com a Extensão Universitária.

Pessoalmente, tive experiências ligadas ao Ensino, Pesquisa e Extensão desde a Graduação, com a participação em um projeto de Extensão de produção de programas para rádios comunitárias, que explorava a perspectiva do compartilhamento de saberes com as comunidades locais e da divulgação científica, assim como, a participação em um projeto de iniciação à docência e, por fim, em um projeto de iniciação científica ligado um grupo de pesquisa. Apesar de ter a oportunidade de me envolver com cada um dos apoios do tripé universitário, naquele não foi possível realizar uma articulação entre eles, uma vez que eram projetos diferentes e que não pretendiam interligar esses três apoios. A perspectiva da indissociabilidade e necessidade de articulação do tripé universitário se fortaleceram com minha participação no projeto de Extensão “Educar para o Mundo” entre 2010 e 2016, período que coincide com o desenvolvimento de minha pesquisa de mestrado e de parte de minha pesquisa de doutorado. Neste projeto, além da perspectiva e compartilhamento de saberes com as comunidades, também experimentamos a participação na formulação de políticas, como o envolvimento na I Conferência Municipal de Políticas para Imigrantes, em 2013, a capacitação de servidores públicos, com a participação no módulo “Mediação de Conflitos Envolvendo Migrantes” no curso “Mediação de Conflitos e a Promoção dos Direitos Humanos” da Prefeitura Municipal de São Paulo (PMSP) e o trabalho conjunto com os movimentos sociais de imigrantes (vide Coletivo Educar para o Mundo, 2015; Moraes, 2012;

Mastelaro et. al., 2011).

A perspectiva de cooperação com o poder público se aprofundou ainda mais com minha participação no projeto “São Paulo Cosmópolis - os desafios de uma política migratória municipal”, em suas atividades focadas no apoio para a formulação da política municipal para imigrantes, iniciado em dezembro de 2013; em suas atividades de Extensão, com a criação do Portal Cosmópolis (<http://www.cosmopolis.iri.usp.br>), em 2014; e em

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suas atividades de Pesquisa, através do Grupo de Pesquisa em Políticas Locais para Imigrantes. Apresento as atividades em mais detalhes abaixo.

Os benefícios da aliança entre Pesquisa e Extensão podem ser, por exemplo, observados no relatório final da pesquisa “Imigrantes em São Paulo: diagnóstico do atendimento à população imigrante no município e perfil dos imigrantes usuários de serviços públicos” (São Paulo Cosmópolis, 2017). O relatório demonstra o acúmulo de conhecimento sobre a imigração local para a comunidade acadêmica, poder público e população imigrante (e movimentos sociais relacionados a ela), ampliando a capacidade de compreensão e resolução das demandas da população imigrante, por um lado, e fortalecendo o trabalho dos movimentos sociais, que se viram também reconhecidos por seus esforços na defesa das populações imigrantes. A inserção do grupo de pesquisadores do projeto São Paulo Cosmópolis em aspectos diversos da formulação das políticas municipais de imigração apoiou, por exemplo, uma mudança profunda na percepção e no tratamento das populações imigrantes pelo município de São Paulo.

Além dos já reconhecidos benefícios de acúmulo de conhecimento, argumento neste artigo sobre um benefício relacionado: a utilidade da Extensão Universitária para a formulação de hipóteses para a Pesquisa e o consequente desenvolvimento de métodos e indicadores para sua verificação. No relatório “Imigrantes em São Paulo [...]”, a interação com o poder público enfatizou desafios importantes a serem melhor pesquisados como o fato de populações imigrantes importantes estarem praticamente ausentes entre a população de usuários de serviços públicos ou ofereceu dados concretos para trabalhar hipóteses aventadas por diversas correntes de pesquisa em imigração, como a inter-relação entre irregularidade documental e falta de acesso a serviços, ou o pré-requisito de redes de sociabilidade para o acesso a serviços pelas populações imigrantes, especialmente para a sua inserção laboral.

Da mesma maneira, a minha participação nos projetos de Extensão “Educar para o Mundo” e “São Paulo Cosmópolis” foram cruciais para o desenvolvimento das hipóteses de pesquisa e o desenvolvimento de métodos e e indicadores para a verificação dessas hipóteses durante a realização das pesquisas de mestrado (Leão, 2012) e doutorado (Leão, 2017).

Buscando criar uma ponte entre os estudos teóricos e empíricos, desenvolvi entre 2010 e 2012 uma pesquisa sobre as discussões de políticas públicas de imigração e sua interligação com as discussões realizadas na esfera pública. Foi a participação nos projetos de extensão que me trouxeram a atenção para a questão da governança das migrações e

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de como as decisões de políticas públicas se amparavam em discussões muito mais amplas, que ocorriam não somente entre os legisladores, mas dentro de diversos âmbitos da sociedade. Naquele momento, um dos temas de discussão entre os grupos que atuavam na defesa dos direitos humanos dos imigrantes era a relativa invisibilidade desses grupos nas discussões políticas e uma percepção de defasagem da legislação brasileira para a questão das migrações (Ventura, Illes, 2010; Moulin, 2011). Foi com base nessa percepção, que desenvolvi uma pesquisa para compreender como, por quem, e com qual frequência a questão da migração era discutida no Brasil (Leão, 2013), chegando à esperada conclusão de que a imigração era não era um “problema” no Brasil, com a consequência que as discussões para uma nova legislação de migração, ou mesmo, tentativas de coordenação das políticas públicas para esta população (como a “Política Nacional de Imigração e Proteção ao(à) Trabalhador(a) Migrante”, de 2010) não obtivessem sucesso ou efetividade.

Essas discussões, me despertaram o interesse para as questões relacionadas às políticas locais, ao mesmo tempo em que uma mobilização social importante conseguiu que as demandas da população migrante em São Paulo se tornassem parte do programa político do candidato que foi eleito no final de 2012 para a Prefeitura Municipal. O início da cooperação entre o Instituto de Relações Internacionais da USP e a Prefeitura Municipal de São Paulo, por meio da Coordenação de Políticas para Imigrantes da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, para a realização das atividades de Extensão e de Pesquisa do projeto “São Paulo Cosmópolis” criaram o ambiente de convivência e cooperação entre poder público, organizações civis e academia que possibilitaram o desenvolvimento das hipóteses de pesquisa que foram desenvolvidas durante a pesquisa de doutorado. Um exemplo são as questões sobre a participação política de imigrantes que ocorriam entre as proibições de manifestação política da Lei no 6.815/1980 e a necessidade de mobilização para atenção às demandas específicas da população imigrante (Leão;

Demant, 2016). Ou ainda, sobre a estima social de imigrantes, que pode culminar em uma situação de falta de acesso direitos na prática, por questões de discriminação e de segregação social.

A sinergia entre Ensino, Pesquisa e Extensão para efetivação dos direitos humanos

As atividades do projeto “São Paulo Cosmópolis”, incluindo a interlocução de minha pesquisa de doutorado no projeto, podem ser analisadas também a partir do ponto de vista de sua atuação para a garantia e efetivação dos direitos humanos dos imigrantes,

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ressaltando a importância que as atividades de Ensino, Pesquisa e Extensão podem ter para o enfrentamento à exclusão e vulnerabilidade sociais, como recomenda, por exemplo, o Forproex.

Como brevemente mencionado, o projeto “São Paulo Cosmópolis” atuou em três âmbitos principais entre 2013 e 2017: a criação de um portal de informações sobre as migrações históricas e recentes em São Paulo (<http://www.cosmopolis.iri.usp.br/>); o desenvolvimento de uma pesquisa sobre a população imigrantes em São Paulo; e a participação na formulação de políticas públicas para a população imigrantes, especialmente a partir de sua participação no Comitê Intersetorial da Política Municipal para a População Imigrante (criado pelo decreto n. 56.353, de 24 de setembro de 2015), como membro representante da sociedade civil. O projeto também organizou mesas de debate que possibilitaram o retorno de informações produzidas pelo projeto para o âmbito acadêmico (como as mesas “Política migratória brasileira e direitos humanos: o fluxo de migrantes venezuelanos em Roraima”, em 2017, e “A atual crise migratória na Europa e o futuro do espaço Schengen”, em 2016). No convênio também está prevista a organização de uma disciplina sobre Migrações Internacionais para articular os conhecimentos produzidos no projeto para os alunos de graduação em Relações Internacionais.

Em 2013, foi realizado o estudo “Diagnóstico do atendimento à população imigrante”

com o objetivo de identificar agentes municipais com papel chave no atendimento a imigrantes internacionais; relacionar as principais dificuldades encontradas por estes agentes-chave na interface com os imigrantes; e colher e formular sugestões na perspectiva da construção de uma política municipal para imigrantes internacionais. O “Diagnóstico”

identificou a falta de informações sobre a população imigrante em São Paulo, uma lacuna na formação dos agentes públicos para superar as barreiras para que os imigrantes possam acessar os serviços públicos, assim como uma falta de “pontes” para a aproximação às populações imigrantes e para facilitar o atendimento (São Paulo Cosmópolis, p.51-52, Steffens, Martins, 2016). Além disso, detectou-se a falta de articulação e de interlocução entre os diversos órgãos que atendem à população imigrante e entre os níveis municipal, estadual e federal de governo. As observações preliminares desse “Diagnóstico” foram apresentadas na I Conferência Municipal de Políticas para Migrantes, em Novembro de 2013, e serviram como subsídio das discussões do evento. Em maio de 2013, o Ministério da Justiça criou uma comissão de especialistas para elaborar uma proposta de Lei de Migrações e Promoção dos Direitos dos Migrantes no Brasil (Portaria n. 2.162/2013).

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O “Portal Cosmópolis” foi oficialmente lançado em 2014 e começou a reunir notícias, trabalhos acadêmicos, manifestações culturais e informações sobre serviços e legislação para a população imigrante. Este ano foi também marcado pelas discussões sobre políticas para a população imigrantes no nível federal com a realização, em maio, da I Conferência Nacional de Imigração e Refúgio (Comigrar), em São Paulo. A Comigrar discutiu propostas de políticas para a população imigrante no Brasil por delegados eleitos pelas comunidades migrantes, gestores de políticas públicas e organizações da sociedade civil. A primeira versão do anteprojeto de Lei de Migrações pela comissão do Ministério da Justiça também foi um dos temas de discussão e as recomendações da Comigrar foram analisadas para a versão final do anteprojeto, apresentada em agosto de 2014.

Os membros do projeto “São Paulo Cosmópolis” também tiveram influencia direta na formulação de políticas públicas, uma vez que dois deles foram participantes no Comitê Intersetorial da Política Municipal para a População Imigrante (criado pelo decreto n. 56.353, de 24 de setembro de 2015), composto por representantes do governo e da sociedade civil com o propósito de formular os princípios, as diretrizes e os objetivos para o atendimento a migrantes no Município de São Paulo. O papel dos membros do “São Paulo Cosmópolis” no Comitê foi o de trazer as informações coletadas nas atividades de pesquisa e extensão para as discussões do Comitê, além de apresentar uma perspectiva a partir das teorias sobre a Migração Internacional e das experiências de outros municípios e países na formulação de políticas para esta população. O ano de 2015 ainda marcou o início das atividades do Grupo de Pesquisa em Políticas Locais de Migração, que reunia pesquisadores do IRI-USP, da UFABC e de outras instituições para a discussão dos enfoques teóricos e abordagens práticas relacionadas às políticas de imigração em nível local.

A Política Municipal para a População Imigrante foi sancionada em 2016, através da Lei Municipal nº 16.478, depois da finalização dos trabalhos do Comitê Intersetorial e da tramitação do anteprojeto na Câmara Municipal, que contou com a realização de audiências públicas e consulta pública. Ao longo deste ano, o Grupo de Pesquisa em Políticas Locais de Migração realizou o estudo “Perfil dos Imigrantes Usuários de Serviços Públicos” em São Paulo. Esse estudo analisou dados sobre a população imigrante entre 2010 e 2016 e, dessa maneira, pôde verificar o avanço de vários aspectos da política municipal para a população imigrante, como o aumentos dos recursos para atendimento à população imigrante e para levar em consideração as principais barreiras encontradas por essas populações no acesso aos serviços públicos, além da Prefeitura ter inaugurado serviços direcionados especificamente para esta população, como os centros de referência e acolhida (São Paulo

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Cosmópolis, p.155-157). Percebe-se também o aumento da disponibilidade de dados sobre a população imigrante em São Paulo e o maior interesse em compreendê-la em profundidade.

Como se pode perceber, as atividades do projeto “São Paulo Cosmópolis”

acompanharam um ciclo de formação de políticas públicas na qual foram realizadas tarefas de coleta de dados qualitativos, avaliação desses dados, estabelecimento de um plano de ação, ampliação da coleta de dados para observar a situação a partir de metodologias quantitativas, seguida de uma nova avaliação e observação do contexto em que estavam localizados os dados. Algumas atividades de monitoramento e avaliação das políticas públicas também ocorreram entre a publicação do “Diagnóstico” e a realização do “Perfil”, mas seria importante uma atuação sistematizada de avaliação das políticas após esse período inicial para compreender qual é o impacto das políticas públicas na garantia dos direitos humanos dos imigrantes em São Paulo. Analisando as lacunas que puderam ser observadas no “Diagnóstico” (algumas que persistem também na análise realizada pelo

“Perfil”), percebe-se que a Prefeitura Municipal de São Paulo desconhecia as barreiras que impediam o acesso de imigrantes aos serviços públicos e que, como consequência, criavam, muitas vezes, impedimentos a seus direitos, por exemplo, o acesso ao direito à saúde ou à educação. A participação dos membros do “São Paulo Cosmópolis” no Comitê Intersetorial possibilitou o intercâmbio de informações acadêmicas sobre as políticas públicas para imigrantes (teorias que poderiam embasar o conteúdo das políticas, experiências de outros países e cidades) com as demandas dos imigrantes de São Paulo (quais serviços são mais necessário, que tipos de dificuldades práticas eles enfrentam), e as experiências práticas de gestores (o que pode funcionar ou não no município, ações para as quais já existem recursos ou não, etc.). Todas essas atividades significaram aportes significativos para que fossem criadas as oportunidades para a população imigrantes exercer efetivamente seus direitos. Além disso, trouxe de volta para a atividade de pesquisa a confirmação de hipóteses levantadas por diferentes teorias sobre os movimentos migratórios, ou questões para as quais é necessária a formulação ou desenvolvimento de conceitos novos.

Conclusão

A sinergia entre Ensino, Pesquisa e Extensão possibilita uma série de vantagens recíprocas para esses três apoios da Educação Superior que recomendam fortemente pela

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realização de atividades integradas e pela valorização da Extensão tanto nas atividades de Ensino (na Graduação ou na Pós-graduação) quanto nas atividades de Pesquisa. Como relatado pelos artigos analisados neste trabalho, essa sinergia pode permitir a ampliação de conhecimentos pelo alunos envolvidos, por meio do compartilhamento de saberes com a comunidade local; apoiar o desenvolvimento de capacidades de análise crítica, de associação entre temas e de articulação de teoria e prática; beneficiar a formação de uma nova consciência social e favorece o processo de transformação da sociedade; apoiar a formação de quadros profissionais entre os alunos das universidades, assim como abre a possibilidade de capacitação de outros públicos (como servidores públicos, movimentos sociais e atores da sociedade civil); permitir a aplicação dos conhecimentos adquiridos na resolução de problemas; incorporar novas práticas de ensino; e também beneficiar a divulgação científica e o processo de socialização do conhecimento. Percebe-se, ademais, a relevância que essa sinergia pode ter para o desenvolvimento das atividades de Pesquisa, contribuindo para a formulação de hipóteses e a construção de métodos de pesquisa adequados para verificá-las. Por fim, ressalta-se o papel da sinergia entre Ensino, Pesquisa e Extensão para a possibilidade de efetivação dos direitos humanos, especialmente de grupos marginalizados ou vulneráveis.

Esses benefícios podem ter um impacto relevante na consecução do objetivo definidos na DCN para a formação do profissional graduado em RI, que deve poder “exercer atividades com interface internacional nas esferas pública e privadas, tais como governos, universidades, empresas, organizações internacionais, organizações não-governamentais, consultorias, mercado financeiro, entre outras instituições” (DCN, Art. 3o), uma vez que focalizam a formação no eixo pedagógico “estudante-professor-comunidade”, como recomenda o Forproex. Em especial, a sinergia entre Ensino, Pesquisa e Extensão apoia uma formação interdisciplinar, auxiliando a compreensão de “questões internacionais no seu contexto político, econômico, histórico, geográfico, estratégico, jurídico, cultural, ambiental e social” (DCN, Art. 4o).

Adicionalmente, o fortalecimento das atividades de Extensão com uma perspectiva de “interação transformadora entre Universidade e outros setores da sociedade” (Forproex, 2012, p.15) pode contribuir de sobremaneira para o desenvolvimento de habilidades interpessoais, como a consciência social, a responsabilidade social e a empatia (DCN, Art.

4o).

Assim, argumenta-se pela efetivação da integração e sinergia entre Ensino, Pesquisa e Extensão, como uma maneira de consecução dos objetivos estabelecidos nas DCN de RI,

(15)

além dos benefícios pessoais e profissionais para o aluno, para o avanço dos conhecimentos científicos em RI, assim como os benefícios para a sociedade.

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